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JOSÉ DARI KREIN. "A Reforma Trabalhista: precarização do trabalho e comprometimento das fontes de financiamento da seguridade social"

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Academic year: 2021

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(1)

"A Reforma Trabalhista: precarização do trabalho e comprometimento das fontes de financiamento da seguridade social"

(2)

Introdução

O significado da Reforma Trabalhista e suas conexões

com as características do capitalismo contemporâneo; Duas questões nortearam a reforma:

legalizar práticas já existentes no mercado de

trabalho;

Novo cardápio” de flexibilização das relações de

trabalho

Uma reforma muito substantiva e expressiva.

O balanço é parcial, levantamento de questões para pesquisa

Eixos de investigação e acompanhamento.

Hipótese: Reforma trabalhista é sinônimo de

desmonte de direitos e diminuição da proteção social. Além de buscar minar as fontes de resistência.

(3)

A regulação do trabalho:

referências

Processo desconstrução de direitos e

da proteção social

Regulação Pública x Privada

‘Desmercantilização’ x Mercantilização

Começa nos anos 1980 com a virada

neoliberal

Depois do seu insucesso perde

relativa força (flexicurity)

Após crise dos anos 2007/2008

(4)

Compatibilização das relações de

trabalho às características do

capitalismo em cada momento

histórico:

1. Referência para pensar a regulamentação do

trabalho: proteção x flexibilidade;

1. Flexibilidade: aumento do poder empregador e

(5)
(6)

1. O capitalismo contemporâneo:

ainda mais desfavorável ao trabalho

e à ação coletiva

1. Financeirização: gerência por curto prazo,

redução de custos e constituição de grandes grupos econômicos;

2. Desregulamentação e Liberalização da economia;

3. Internacionalização da produção e de constituição

de cadeias globais;

4. Neoliberalismo: concepção de mundo

(empreendedorismo e empregabilidade);

5. Economia instável e aumento da concorrência por

preços;

6. Reestruturação da produção de bens e serviços:

(7)

Apesar das especificidades dos

sistema nacionais de relações de

trabalho, o sentido da agenda de

reformas é muito similar

1. Novas modalidades de contratação; 2. Jornada flexível;

3. Remuneração variável;

4. Diminuição da proteção social;

5. Descentralização na definição das regras;

6. Fragilização dos sindicatos e das instituições

(8)

1ª Dimensão: economia e

desenvolvimento

Não há indicadores mais

consolidados, mas os dados iniciais

não indicam que uma das

justificativas tenha se concretizado:

crescimento econômico, por meio do

aumento da produtividade e

competitividade.

Hipótese: não resolve os problemas

econômicos do país e é até

anacrônica.

(9)
(10)
(11)

2ª - mercado de trabalho

Queda da taxa de participação

Desemprego continua alto;

Subutilização da força de trabalho;

(12)
(13)
(14)
(15)
(16)

4

EVOLUÇÃO DO SALÁRIO MÉDIO REAL DE ADMISSÃO E DESLIGAMENTO - CAGED

(17)

3ª - Modalidades de contratação

 Finalidade do capital:  Facilidade de despedir;  Redução de custos;  Trabalhador just-in-time;  Formas:

 Contratos atípicos, com destaque ao parcial e temporário;

 Terceirização

 Trabalho ‘autônomos’ subordinado (Pejotização);  Contrato intermitente: legaliza a força de trabalho na

exata medida da necessidade do capital;

 Intermediação privada de mão-de-obra;  “Uberização”: viração.

(18)

SÍNTESE TÓPICOS ESPECÍFICOS DA REFORMA (NOV/17 – MAI18)

2 1

• Saldo contratos por tempo parcial:

15.626

admitidos e 10.102 desligados ( sendo que 2/3 são mulheres)

• Saldo contratos de trabalho

intermitente: 20.213

(19)
(20)

SÍNTESE TÓPICOS ESPECÍFICOS DA REFORMA (NOV/17 – jul/18)

2 1

• O contrato de trabalho intermitente, mesmo sem qualquer custo fixo de salário, representa apenas

0,31% das admissões informadas ao CAGED até julho de 2018.

• O trabalho parcial, ampliado pela Reforma, constitui

0,38% das admissões informadas ao CAGED no mesmo período.

• os saldos de emprego formal com trabalho intermitente e parcial no mesmo período, somados, atingem 39 mil pessoas (o equivalente 0,35% dos empregados sem carteira assinada no país.

• Desde o início de 2018, o número de pessoas

subocupadas, contingente que deveria estar sendo formalizada por tempo parcial e intermitente, cresceu quase 400 mil.

(21)

Formas de contratação:

autônomo e terceirização

 A contratação de trabalhadores na condição formal de conta

própria (ou autônomo), também estimulado pela Reforma, parece se manter praticamente estável desde novembro do ano passado, orbitando em 23 milhões de pessoas. Também não ocorreu

mudança importante na composição dessas pessoas entre

portadoras ou não de Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídica (CNPJ) (mantendo a relação 4,4 milhões com inscrição contra 18,6 milhões sem CNPJ).

 A terceirização irrestrita, ratificada pela lei 13.467/17, parece se

enquadrar nos saldos desprezíveis de formalização. Segundo o

CAGED, as contratações na seção do CNAE 95 tipicamente

utilizada para terceirizar (aluguéis e serviços prestados às

empresas) tem crescimento de aproximadamente 0,5% após a Reforma.

(22)

Não formalizou

 O número de empregados sem carteira assinada no setor

privado, segundo a PNAD, tem se mantido em cerca de 11 milhões desde a aprovação da Reforma.

 O número de empregados com carteira assinada também

está praticamente estagnado desde novembro do ano passado, oscilando minimamente para cima, segundo o CAGED (mais 0,1%), ou ainda em queda, segundo a PNAD (menos 1%).

(23)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Intermitente - Admitidos, Desligados e Saldo por Setor Atividade Econômica - MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65

2 8

(24)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Intermitente - Admitidos, Desligados e Saldo por Unidade da Federação - MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65

2 9

(25)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Intermitente – Ranking do saldo das 10 maiores ocupações - MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * A porcentagem é a proporção em relação ao total.admitidos

3 0

36,4%

(26)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Intermitente – Atributos Pessoais dos Admitidos -MAIO/2018

3 1

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * A porcentagem é a proporção em relação ao total admitidos.

(27)
(28)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Parcial - Admitidos, Desligados e Saldo por Unidade da Federação no Trabalho Parcial – MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65

3 3

(29)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Parcial - Admitidos, Desligados e Saldo por Setor de Atividade Econômica - MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65

3 4

(30)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Parcial - Ranking das 10 maiores ocupações – MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * Porcentagem em relação ao total admitidos.

3 5

34,3%

(31)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Trabalho Parcial – Atributos Pessoais dos Admitidos – MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65

3 6

71,5%

(32)

DESLIGAMENTOS POR ACORDO

MÚTUO

805 5841 9356 11118 13522 12256 14576

(33)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – DESLIGAMENTO POR ACORDO EMPREGADO E EMPREGADOR POR UNIDADE DA FEDERAÇÃO - MAIO/2018

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * A % de cada mês é a proporção em relação ao total.

2 3

(34)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – DESLIGAMENTO POR ACORDO EMPREGADO E EMPREGADOR POR SETOR - MAIO/2018

2 4

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * A % de cada mês é a proporção em relação ao total.

(35)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Desligamento por acordo empregado e empregador - 15 Ocupações de Destaque MAIO/2018

2 5

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * A % de cada mês é a proporção em relação ao total desligados.

(36)

CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – CAGED

BRASIL – Desligamento por acordo empregado e empregador -Atributos Pessoais - MAIO/2018

2 6

FONTE: MTb – CADASTRO GERAL DE EMPREGADOS E DESEMPREGADOS – LEI 4923/65 * A % de cada mês é a proporção em relação ao total.

(37)

Gráfico 11 Total de “PJ zero”, estabelecimentos com um ou mais empregados (“outros) e MEI, 2002 - 2017

(38)

4ª - Despadronização da jornada

de trabalho

 O trabalho na América Latina sempre foi pouco

estruturado;

 A crescente insegurança e vulnerabilidade;

 A taxa de desemprego pode se tornar insuficiente

para mensurar a realidade do mercado de trabalho;

 A taxa de informalidade necessita ser

(39)

4ª - Despadronização da jornada

Modulação da jornada de trabalho;

Jornada Parcial;

Liberalização dos trabalhos nos

domingos;

Reorganização dos turnos e escalas;

Jornada in itinere;

(40)

Negociação coletiva e

jornada

Banco de horas

– ampliação;

Parcelamento de férias;

Redução do intervalo de almoço;

Reorganização dos turnos e escalas;

(41)

Horas médias trabalhadas em países selecionados – 1870-1979

1870 1913 1938 1950 1970 1979

Áustria

2935 2580 2312 1976 1848 1660

Bélgica

2964 2605 2267 2283 1986 1747

França

2945 2588 1848 1989 1888 1727

Alemanha

1941 2584 2316 2316 1907 1719

Holanda

2964 2605 2244 2208 1910 1679

Itália

2886 2536 1927 1917 1768 1566

Suécia

2945 2588 2204 1951 1660 1451

Reino Unido

2984 2624 2267 1958 1735 1617

Estados Unidos

2964 2605 2062 1867 1707 1607

(42)

Despadronização da

jornada

Incidência (%) da jornada a tempo parcial – 1985-2015 – Definição usual – Todas as pessoas – Trabalho assalariado 1985 1990 1995 2000 2005 2010 2015 França 11,7 12,7 14,8 14,7 13,9 14,3 14,4 Alemanha 10,6 13,2 14,2 17,9 21,8 22,4 22,7 Itália 8,2 9,8 11,5 13,0 15,7 17,5 19,9 Suécia 16,4 16,6 14,1 13,6 13,8 13,4 Reino Unido 20,1 20,8 22,5 23,2 23,0 24,4 23,1 Estados Unidos 14,7 14,1 14,0 12,6 12,8 13,5 12,7

(43)

5ª - Remuneração variável

Política de valorização do Salário

mínimo?

Pagamento por produção;

Fragilizações das negociações salariais;

Programas de Participação nos Lucros e

Resultados;

(44)

Cont. Remuneração

Resultado das negociações coletivas

– reajustes salariais – Dieese;

Avanço da remuneração variável e de

pagamento por meio de benefícios =

30% do total da remuneração anual

de 217 empresas, em 2016:

10% PLR e outras formas de

remuneração variável

(45)
(46)
(47)

Negociação salarial

Não há alteração sobre o reajustes:

1º semestre de 2018 - Dieese:

Acima inflação: 75,7%

Igual

– 12,5%

(48)

6ª - Representação dos

trabalhadores e negociação

coletiva

 Enfraquecimento dos sindicatos;

 Asfixia do financiamento = ponto central da

disputa sindical e contaminação da campanha

eleitoral;

 Desproteção com fim da obrigatoriedade das

homologações: queda e negócio.

 Aumento da fragmentação das classes

trabalhadoras;

 Reorganização sindical – reestruturação?  Sindicalização, greves e mobilizações?

(49)

Frentes de fragilização do movimento sindical na Reforma Trabalhista de 2017.

Frentes de fragilização do movimento sindical

Capacidade de Organização

Criação de modalidades precários de contratação não cobertas pelos acordos coletivos: trabalho intermitente, autônomos permanentes, terceirizados, temporários via agência, os contratados como PJ ou como MEI.

Negociação individual se sobrepõe à lei e aos Contratos coletivos (com renda superior a U$ 3.000,00)

Regulamentação da representação sindical do local de trabalho

Capacidade de Negociação

Prevalência do negociado sobre o legislado Proibição da ultratividade dos acordos coletivos Homologação deixa de ser assistida pelo sindicato

Sustentação Financeira Fim das contribuições sindicais obrigatórias e resultantes da negociação coletiva Fonte: elaboração própria com base em Castro (2017) e Galvão et.al. (2017).

(50)
(51)

Estratégias entidades sindicais

Centrais sindicais:

Eleições oportunidade para resolver o

problema do financiamento;

“Revogar os aspectos negativos”;

Diretrizes políticas: adaptação x

oposição;

Sindicatos de base?

Campanhas sindicalização;

(52)

Descentralização das

negociações coletivas

 O trabalho continua sendo coletivo,

 Prevalência do negociado sobre o legislado: definição

das regras no local de trabalho;

 Individualização de regras;

 Balanço das negociações: poucos avanços.

 Importância do Estado em um mercado de trabalho

(53)

Ver sistematização inicial do Dieese

 Intervalo intrajornada: 11,4%  Homologações: 8,9%  Custeio sindical: 8,4%  Banco de horas: 7,6%  In itinere: 7,6%  Insalubridade gestante: 5,5%  Contrato individual: 5,1%

 Rescisão comum acordo: 5,1%  Jornada 12x36:3,8%

 Ultratividade: 3,8%;

 Termo de quitação: 3,8%

 Contrato intermitente: 3,4%  Férias e feriados: 2,1

(54)

7ª - instituições públicas

Hipótese: concentração do ataque?

Queda de 40% do número de

reclamatórias na Justiça do

trabalho;

Queda de 81% das causas sobre

(55)
(56)
(57)

Outras dimensões: sem

dados

8ª - Segurança e saúde do trabalho;

9ª - Sistema de proteção social;

10ª - Processos de trabalho;

11ª - Desigualdade social

(58)

Balanço inicial e desafios

1. A reforma ainda está em disputa, mas com

perspectivas de que estamos perdendo o debate;

2. O conteúdo da reforma está sendo testada;

1. O poder de resistência dos sindicatos está baixo;

2. Ataque ao estado e às instituições públicas, especialmente da

Justiça do Trabalho.

3. A estratégia sindical centrada na resolução do

problema do financiamento;

4. Reorganização sindical: adequada com a atual

reconfiguração das classes trabalhadoras;

5. A crescente importância da regulação geral do

(59)

Continuidade

1. Importância da defesa dos direitos sociais de

caráter universal;

2. É uma reforma anacrônica;

3. Reforma ainda muito desconhecida de

importante classe trabalhadora;

4. A situação de precariedade já atingiu boa parte

dos trabalhadores

5. Não passa o crivo eleitoral; 6. Como mobilizar?????

7. A importância da academia e dos estudos sobre

(60)

Referências

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