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Relatório Final de Estágio

6º Ano | Estágio Profissionalizante

Ano letivo 2016-2017

ANA CRACIUN

NÚMERO DE ALUNA

2011349

TURMA

1

NOVA Medical School | Faculdade de Ciências Médicas

Mestrado Integrado em Medicina

(2)

“(…) a Sociedade espera e exige do Médico, competência e actualização permanente dos

conhecimentos, isto é, aprendizagem contínua, para a vida. (…)”

in O Licenciado Médico em Portugal, 2005

SIGLAS

AEFCM – Associação de Estudantes da Nova Medical School BO – Bloco operatório

CEDOC – Centro de Estudos de Doenças Crónicas CHLC – Centro Hospitalar de Lisboa Central

CHPL – Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa CSP – Cuidados de Saúde Primários

GO – Ginecologia e Obstetrícia HBA – Hospital Beatriz Ângelo HSJ – Hospital São José

HVFX – Hospital Vila Franca de Xira IGC – Instituto Gulbenkian de Ciência IPO – Instituto Português de Oncologia

MCD – Meios complementares de diagnóstico MGF – Medicina Geral e Familiar

MIM – Mestrado Integrado em Medicina

NMS | FCM – Nova Medical School | Faculdade de Ciências Médicas SEC – Sociedade Europeia de Cardiologia

SNS – Sistema Nacional de Saúde SU – Serviço de Urgência

UC – Unidade Curricular

UCSP – Unidade de Cuidados de Saúde Primários UTIs – Infeções do Trato Urinário

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ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS……….………..……….. 3

II. ESTÁGIOS PARCELARES INTEGRADOS NO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE... 4

a. Medicina Interna……….……….... 4 b. Cirurgia Geral……….…………..……….. 4 c. Pediatria……….………... ………….……… 5 d. Ginecologia e Obstetrícia……….………. 6 e. Saúde Mental……….………. 6

f. Medicina Geral e Familiar……….……… 7

III. OUTROS ESTÁGIOS DO 6º ANO……… 7

a. Unidade Curricular Opcional - Hematologia……….. 7

b. Unidade Curricular Integradora - Preparação para a Prática Clínica……… 8

IV. ELEMENTOS VALORATIVOS……….……… 8

V. REFLEXÃO CRÍTICA……….……… 9

VI. ANEXOS – Descrição dos elementos valorativos……….……… 11

1 a. Monitora da Unidade Curricular de Anatomia……….………..………….. 11

b. Editora da secção “Ciência” da revista FRONTAL.………..…….. 12

c. Coordenadora do Departamento de Ciência e Investigação da AEFCM……….. 13

d. Membro da Comissão Organizadora do iMed Conference 6.0……….. 14

e. Colaboradora da Divisão de Documentação e Biblioteca da NMS……… 15

f. Estágio de Medicina Interna e Dermatologia na CUF Descobertas, PECLICUF……. 16

g. Colaboração no Estudo “Emergency Department therapy for UTIs”, HBA…………... 17

h. Estágio de Medicina Interna no Hospital da Luz, Estágios de Verão NBup……..…… 18

i. Programa de mobilidade ERASMUS em Paris, França……….……... 19

j. iMed Conference 8.0, Lisbon 2016……….……….. 22

k. Leaping Forward Cuidados de Saúde Primários, Luz Saúde………..………. 23

l. Jornadas Saúde Solidária, 2ª edição, associação VOX Lisboa………... ………... 24 m. Voluntariado em São Tomé e Príncipe……….... 25

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I. INTRODUÇÃO E OBJETIVOS

O Estágio Profissionalizante está integrado no plano curricular do 6º ano do MIM da NMS, encontrando-se dividido em seis Estágios Parcelares: Medicina Interna, Cirurgia Geral, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde Mental e Medicina Geral e Familiar. Este plano engloba ainda uma Unidade Curricular Opcional e uma Unidade Curricular Integradora. Desta forma, é possibilitada a experiência nas especialidades primordiais, permitindo desenvolver as ferramentas necessárias para exercer Medicina. O presente relatório inicia-se com esta breve introdução e exposição dos objetivos gerais e pessoais propostos para este ano, seguindo-se da descrição de atividades desenvolvidas. Por fim, descrevo alguns dos elementos valorativos para a minha formação pessoal e profissional, terminando com uma reflexão crítica global.

Ao longo do MIM, e principalmente, para o Estágio Profissionalizante, iniciei este ano na perspetiva de cumprir os seguintes objetivos gerais: demonstrar conhecimentos das ciências básicas e clínicas, utilizando-os eficazmente na análise e solução dos problemas clínicos comuns; avaliar e gerir adequadamente os problemas dos doentes através da elaboração de história clínica, exame físico, formulação de hipóteses diagnósticas com respetivas estratégias adequadas de investigação e implementação de um plano de gestão eficaz (a considerar todos os procedimentos práticos nestas fases); utilizar uma abordagem biopsicossocial na avaliação e tratamento dos doentes; demonstrar conhecimentos fundamentais da prevenção da doença e promoção de saúde; demonstrar comportamento profissional a nível pessoal e interpessoal, assim como desenvolver aptidões de comunicação e interação eficaz com os doentes, familiares e todos os profissionais envolvidos na prestação de cuidados de saúde; demonstrar aptidões de autoaprendizagem e constante atualização no campo da Medicina. Para além destes supracitados, propus-me igualmente atingir outros pessoais como: adquirir autonomia na prática e raciocínio clínicos e na tomada de decisões, principalmente nas situações clínicas mais comuns; adquirir conhecimentos no domínio da gestão da saúde; explorar oportunidades para adquirir experiência e formação em investigação, inclusive saber avaliar e interpretar criticamente dados biomédicos na avaliação do melhor tratamento para o doente, baseado na evidência.

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II. ESTÁGIOS PARCELARES INTEGRADOS NO ESTÁGIO PROFISSIONALIZANTE a. Estágio parcelar de Medicina Interna

O estágio de Medicina Interna, com início a 12 de setembro e término a 4 de novembro de 2016, decorreu no Serviço de Medicina 1.2 do HSJ – CHLC, sob tutoria da Dra. Liliana Dias e regência do Prof. Doutor Fernando Nolasco. Neste período tive oportunidade de realizar autonomamente várias tarefas em enfermaria - avaliação de doentes, colheita de história clínica, realização de exame objetivo, colocação de hipóteses de diagnóstico, interpretação de MCD e discussão de medidas terapêuticas; discussão dos casos em Reuniões de Serviço – essenciais para o desenvolvimento do raciocínio clínico. A frequência do SU foi uma componente fundamental deste estágio na abordagem do diagnóstico diferencial, reforçando a necessidade de estabelecer prioridades na marcha diagnóstica e identificar critérios de internamento ou necessidade de seguimento em consulta. De forma complementar, participei nas formações,

journal club, sessões clínicas gerais, de radiologia e neurorradiologia, discussão de casos clínicos

e de ECG. Em conjunto com os meus colegas de estágio, apresentámos um trabalho sobre “Pericardites: abordagem clínica, diagnóstico e terapêutica”, assente na atualização das

guidelines de 2015 da SEC. O facto de ter sido o primeiro estágio do 6º ano foi fundamental, pois

pude desenvolver as minhas competências na abordagem do doente e no raciocínio clínico, numa perspetiva global, aprofundando os meus conhecimentos das patologias mais prevalentes.

b. Estágio parcelar de Cirurgia

O estágio de Cirurgia, com início a 7 de novembro de 2016 e término a 13 de janeiro de 2017, decorreu no Hospital da Luz, sob tutoria do Dr. Paulo Roquete e regência do Prof. Doutor Rui Maio. Durante a primeira semana decorreram aulas teóricas e teórico-práticas no HBA, fundamentais para aprofundar conhecimentos relacionados tanto com atitudes e comportamentos profissionais, como com técnicas práticas na abordagem do doente. No período de Cirurgia Geral, tive a oportunidade de realizar um estágio prático exemplar, ao acompanhar o meu tutor nas suas diversas atividades: Bloco Operatório (BO), Consulta Externa, Enfermaria e Pequena Cirurgia. No BO foi-me permitido participar em metade das 32 cirurgias assistidas, como 1ª ou 2ª ajudante,

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familiarizando-me com o saber-estar no BO; trabalho em equipa; métodos de assepsia; procedimentos cirúrgicos e técnicas de sutura. Assisti a 42 consultas, das quais 7 foram de obesidade, onde os doentes foram ou iriam ser submetidos à cirurgia de Bypass gástrico – dos quais 2 por cirurgia robótica (Da Vinci® Surgical System), que tive oportunidade de presenciar. Outra consulta a destacar é a de neoplasia colorretal, cujos doentes eram posteriormente discutidos na reunião multidisciplinar de Oncologia Digestiva, que considero fundamental para diagnóstico, estadiamento, tratamento e follow-up de excelência. Durante duas semanas realizei estágio de Anestesiologia, sob a tutela da Dra. Cristina Pestana, de carácter principalmente prático, graças a sua coordenação e gosto de ensinar infindável; para além de aprofundar os meus conhecimentos de medicina perioperatória, treinei técnicas como intubação endotraqueal, colocação de sondas orogástricas e de cateteres venosos centrais, linhas arteriais e acessos venosos periféricos. Dia 9 de Janeiro tive oportunidade de participar na Masterclass TaTMe –

Transanal Total Mesorectal Excision, no Hospital da Luz. No final do estágio decorreu o

Mini-Congresso do HBA, contando com a apresentação de casos clínicos pelos alunos do 6º ano, sendo o do meu grupo “O rebento do mediastino”: diagnóstico de divertículo do esófago médio, a manifestar-se com queixas de halitose, regurgitação e desconforto torácico.

c. Estágio parcelar de Pediatria

O estágio de Pediatria, com início a 23 de janeiro e término a 17 de fevereiro de 2017, decorreu na Unidade de Infeciologia do Hospital D. Estefânia do CHLC, sob tutoria da Dra. Flora Candeias e regência do Prof. Doutor Luís Varandas. O contacto com a enfermaria permitiu-me melhorar técnicas de colhimento de história clínica em Pediatria, rever conteúdos básicos de diagnóstico e tratamento de patologias infeciosas. Também ajudei na observação dos doentes, elaboração tanto de notas de entrada como de alta. Em conjunto com a minha colega do 6º ano, elaborámos história clínica de uma doente de 5 anos de idade, que se apresentou com febre, dor e impotência funcional do membro inferior direito. Outra mais-valia foi a oportunidade de assistir às consultas de Imunodeficiência, sendo a maioria doentes seropositivos por transmissão vertical. No SU, apesar de ser mais observacional, pude acompanhar e discutir marcha diagnóstica de

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patologias mais frequentes, bem como o tratamento e medidas de suporte geral. Contactei ainda com a área de Imunoalergologia, tanto na sua componente teórica como prática. A componente formativa, como reuniões de Serviço, sessões clínicas e Ação de Formação de Infeciologia, foi também de grande utilidade. Em grupo, apresentámos um seminário sobre “Complicações de pneumonia”, baseado num caso clínico – bebé sexo feminino, 11 meses de idade, internada por pneumonia necrotizante a Streptococcus Pneumoniae, associada a empiema e fístula broncopleural.

d. Estágio parcelar de Ginecologia e Obstetrícia

O estágio de GO, com início a 20 de fevereiro e término a 17 de março de 2017, decorreu no HVFX, sob tutoria da Dra. Paula Ambrósio e regência da Prof. Doutora Teresa Ventura. Neste estágio, pude explorar várias vertentes da Ginecologia e Obstetrícia, com Ginecologia Oncológica a ter um papel preponderante, destacando a Patologia do Colo, onde observei diferentes procedimentos diagnósticos e/ou terapêuticos por colposcopia – colpocitologia e biópsia, conização do colo uterino com ansa diatérmica, vaporização a laser. Também assisti à realização de histeroscopias e ecografias, assim como acompanhei cirurgias de foro oncológico no BO. No âmbito da Obstetrícia, as atividades foram igualmente muito completas: consultas de Medicina Materno-Fetal do 1º, 2º e 3º trimestres de gravidezes de alto risco; ecografia obstétrica; atividades de enfermaria; Bloco de Partos, onde assisti a várias cesarianas eletivas. No SU, tive a oportunidade de contactar com várias urgências ginecológicas e obstétricas, assim como presenciar partos eutócicos e distócicos. Pude realizar exame ginecológico, exame pélvico da grávida, citologia do colo, o que permitiu melhorar as minhas competências. Por fim, em conjunto com a minha colega do 6º ano, apresentámos um trabalho de revisão sobre as infeções no pós-operatório da cirurgia ginecológica, uma entidade clínica relativamente frequente que aumenta o tempo de internamento e respetivos custos associados.

e. Estágio parcelar de Saúde Mental

O estágio de Saúde Mental, com início a 20 de março e término a 21 de abril de 2017, decorreu no Serviço de Psiquiatria Geriátrica do CHPL, sob tutoria do Dr. João Reis e regência do

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Prof. Doutor Miguel Xavier. Saliento a importância de contactar com a patologia demencial, seu modo de apresentação e respetivo diagnóstico diferencial para a minha formação profissional; dado o crescente envelhecimento da população, será uma realidade cada vez mais presente. Em conjunto com o meu tutor, acompanhei as consultas no Centro Comunitário de Saúde Mental em Odivelas – cuja missão é a integração social e comunitária da pessoa com doença mental – tendo observado as patologias psiquiátricas mais comuns. Também tive oportunidade de assistir a sessões de Eletroconvulsivoterapia e de frequentar o SU, onde observei a abordagem diagnóstica e terapêutica das situações agudas e/ou descompensadas.

f. Estágio parcelar de Medicina Geral e Familiar

O estágio de MGF, com início a 24 de abril e término a 19 de maio de 2017, decorreu na UCSP Olivais, sob tutoria da Dra. Sara Cardoso e regência da Prof. Doutora Isabel Santos. Sendo o meu primeiro contato com a MGF, este estágio permitiu-me compreender a abrangência que caracteriza esta especialidade; a sua visão integrativa e global através da qual avalia e lida com as pessoas, assim como a importância da avaliação biopsicossocial e da relação médico-doente; essenciais na prestação de cuidados longitudinais. Na prática assisti principalmente a consultas de Saúde de Adultos, mas também de Saúde Infantil, Saúde Materna e Planeamento Familiar, consolidando os conhecimentos teóricos e práticos na abordagem das patologias mais prevalentes. A elaboração do Diário de Exercício Orientado permitiu desenvolver os métodos de pesquisa e síntese na justificação de abordagens diagnósticas e terapêuticas baseadas na evidência, alvo de discussão no final de estágio.

III. OUTROS ESTÁGIOS DO 6º ANO

a. Estágio opcional – Hematologia no IPO

Optei por realizar o Estágio Clínico em Hematologia no IPO, Lisboa, entre 22 de maio a 2 de junho de 2017, sob tutoria da Prof. Doutora Maria Gomes da Silva. Esta escolha foi motivada pelo meu contato com a Hematologia no Serviço de Medicina Interna do Hospital Kremlin Bicêtre, Paris, aquando da realização de Erasmus no 5º ano. Para além do contato com as patologias

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mais prevalentes em internamento e consulta externa, destaco a importância da sensibilidade na relação médico – doente e na comunicação interpessoal, fundamentais nesta área.

b. Preparação para a Prática Clínica

Esta UC, sob regência do Prof. Doutor Roberto Palma dos Reis, com objetivo principal de integrar conhecimentos transversais às várias áreas da Medicina, permitiu-nos desenvolver o raciocínio clínico, consolidar conhecimentos e clarificar a marcha em diagnóstico diferencial de um sinal / sintoma comum na prática clínica, através da abordagem multidisciplinar.

IV. ELEMENTOS VALORATIVOS

Ao longo do MIM, procurei envolver-me em atividades complementares para a minha formação pessoal e profissional, cujo papel foi fulcral no desenvolvimento das minhas competências, tanto científicas e interpessoais, como transversais, nomeadamente organização pessoal e gestão de tempo. Desta forma, destaco por ordem cronológica as que considero mais relevantes, com respetiva descrição nos Anexos.

- 2012/2013 e 2013/2014 – Monitora da Unidade Curricular de Anatomia

- 2012/2013 – Editora da secção “Ciência” da revista FRONTAL, projeto da AEFCM -2013/2014 – Coordenadora do Departamento de Ciência e Investigação da AEFCM;

– Membro da Comissão Organizadora do iMed Conference 6.0 Lisbon 2014 como Coordenadora do Concurso Fundação AstraZeneca Innovate Competition

- 2013/2014 e 2014/2015 – Colaboradora da Divisão de Documentação e Biblioteca da NMS - Julho 2014 – Estágio de Medicina Interna e Dermatologia na CUF Descobertas, PECLICUF - 2014/2015 – Colaboração no Estudo “Emergency Department therapy for UTIs”, no HBA

- Julho/Agosto 2015 – Estágio de Medicina Interna no Hospital da Luz, Estágios de Verão NBup - 2015/2016 – Programa de mobilidade ERASMUS em Paris, França

- 2016/2017 – Participação no iMed Conference 8.0 (desde iMed 4.0), promovido pela AEFCM, – Leaping Forward Cuidados de Saúde Primários, promovido pela Luz Saúde,

– Jornadas Saúde Solidária, 2ª edição, organizadas pela associação VOX Lisboa, – Voluntariado em São Tomé e Príncipe, prémio do Clinical Mind Competition iMed.

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V. REFLEXÃO CRÍTICA

Tendo em consideração todo o percurso realizado até ao 6º ano, iniciei o Estágio Profissionalizante com grandes expetativas direcionadas, sobretudo para cumprimento dos objetivos gerais e pessoais propostos inicialmente, essencialmente a aquisição de ferramentas para uma autonomia global. Dado o meu particular interesse nas especialidades que centram a sua abordagem na avaliação do doente adulto como um todo, destaco os Estágios Parcelares de Medicina Interna, Cirurgia e MGF.

Quanto ao estágio de Medicina Interna, foi a vertente deste ano que mais contribuiu para a aquisição de autonomia, atingindo a globalidade dos objetivos gerais propostos. Tive oportunidade de aprofundar a minha perspetiva acerca dos cuidados hospitalares, em especial a abrangência de cuidar de doentes com múltiplas comorbilidades, e a relevância do apoio social numa sociedade cada vez mais envelhecida e com poucos recursos. Adicionalmente, anotei as dificuldades encontradas na necessidade de conciliar expetativas e objetivos tanto do médico, como da família e do doente e o reconhecimento da importância de uma comunicação clara e efetiva adaptada a cada pessoa no seu contexto.

Relativamente ao estágio de Cirurgia Geral, as minhas expetativas foram largamente superadas dada a diversidade e complementaridade de formação que tive ao longo de 8 semanas, tendo sido o estágio parcelar com mais componente prática, tanto a nível de Cirurgia como Anestesiologia. Ao longo deste houve um constante estímulo para consolidar conhecimentos teóricos – pelas diversas formações atendidas e variedade de casos clínicos apresentados no mini-congresso –; treinar o raciocínio clínico; assim como desenvolver atitudes e comportamento profissionais, tanto individuais, como em equipa.

Em relação ao estágio de MGF, este foi essencial para compreender a importância dos CSP na manutenção da saúde, tanto pelo tipo de cuidados prestados, como pela abordagem holística centrada na pessoa. Contudo, tive dificuldades em atingir os objetivos específicos, como realizar consultas de forma autónoma; não por falta de disponibilidade da minha tutora, mas por questões logísticas. Apesar disso, assisti a consultas que servirão de modelo a seguir na minha futura

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prática clínica, destacando a relação médico-doente e situações exemplares de educação para a saúde. Sendo a MGF a pedra basilar do SNS, acho fundamental contactar com a especialidade numa fase mais precoce do mestrado, tendo uma duração de 8 semanas no 6º ano.

Ao longos dos Estágios Parcelares de Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Saúde Mental, julgo ter atingido a maioria dos objetivos gerais propostos inicialmente. Em todos eles, de modo global, tive oportunidade para melhorar gestos semiológicos, consolidar conhecimentos teóricos e aplicá-los na prática, assim como discutir com os tutores ou em equipa as melhores estratégias de diagnóstico e plano terapêutico. Destaco a variedade de patologias observadas em Pediatria no Serviço de Infeciologia, assim como a diversidade de formação disponibilizada pelo próprio.

Quanto ao percurso extracurricular, acredito que constituiu um complemento determinante a minha formação pessoal e profissional, não só por ser força motriz do desenvolvimento de

soft-skills difíceis de cultivar no âmbito formal e que constituem fatores de diferenciação, mas também

por me incitar a saber mais e a dar o meu melhor em tudo a que me dedico.

Para concluir, sabendo o desafio que foi atingir todos os objetivos propostos inicialmente, considero que de uma forma global conseguir alcançar os gerais. Contudo, penso que continua a ser imprescindível apostar continuamente na formação “hands on approach” ao longo do Estágio Profissionalizante, pois só assim poder-se-á reconhecer e colmatar as falhas na nossa educação. Quanto aos objetivos pessoais, considero que desenvolvi bastante autonomia ao longo deste ano, contudo, não tive possibilidade de aprofundar os meus conhecimentos no domínio da gestão de saúde e da investigação, especialmente a interpretação crítica dos dados biomédicos. São lacunas que tentarei colmatar ao longo da minha formação pós-graduada. Nesse sentido, considero que no 6º ano seria proveitoso ter estágio parcelar de Saúde Pública, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos obtidos na UC do 3º ano, assim como UC de Gestão e Governação Clínica, que neste momento faz parte das UC Opcionais do 5º ano.

Por fim, deixo o meu sincero agradecimento a todos os profissionais que acompanharam o meu percurso, pela sua orientação e exemplo, e, especialmente, a todos os doentes que partilharam as suas histórias, essenciais para a minha formação.

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VI. ANEXOS – ELEMENTOS VALORATIVOS a. Monitora da Unidade Curricular de Anatomia

Nos anos letivos 2012/2013 e 2013/2014 colaborei no corpo docente do Departamento de Anatomia da NMS como monitora da UC de Anatomia, no apoio a várias turmas do 1º ano do MIM. Esta atividade foi importante para a minha formação, sobretudo na aquisição de aptidões e práticas de docência, úteis em caso de responsabilidades futuras de ensino.

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b. Editora da secção “Ciência” da revista FRONTAL, projeto da AEFCM

No ano letivo 2012/2013 fui editora da secção Ciência da revista FRONTAL, projeto da AEFCM (http://revistafrontal.com/), tendo sido responsável tanto pela elaboração de alguns artigos (A

Melodia Cerebral; Uma simbiose para a vida – parte II; “É difícil esquecer” – não neste caso; A Medicina Bizarra – Parte I e II; A Medicina em 2013; Conscientia: Vini, Vidi, Vici, Secção Principal Ciência, edição 44), como pela publicação destes escritos pelos membros da equipa.

Nesse sentido, desenvolvi competências de pesquisa e escrita, organização, comunicação e capacidade de trabalho em equipa. Apresento de seguida a Declaração comprovativa.

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c. Coordenadora do Departamento de Ciência e Investigação da AEFCM

No ano letivo 2013/2014 fui Coordenadora do Departamento de Ciência e Investigação da AEFCM, sendo o ano em que mais apostei no associativismo, com respetivo desenvolvimento de

soft-skills, capacidade de gestão de tempo e recursos, e, principalmente, organização e

delegação de tarefas nos projetos, palestras, cursos e workshops do Departamento. Destes, destaco o projeto PIATI, 3ª edição – Plano de Integração de Alunos em Trabalhos de Investigação (13 participantes), em parceria com CEDOC e IGC; e o projeto PECLICUF, 3ª edição – Plano de Estágios Clínicos nos Hospitais CUF durante o verão de 2014, com realização de diversos workshops e elaboração de casos clínicos, tendo participado no total 43 alunos em 5 Unidades CUF: Infante Santo, Descobertas, Cascais, Torres Vedras e Porto.

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d. Membro da Comissão Organizadora do iMed Conference 6.0 Lisbon 2014

No ano letivo 2013/2014 também fui Membro da CO do iMed Conference 6.0 Lisbon 2014, como Coordenadora do Concurso Fundação AstraZeneca Innovate Competition. Este concurso permitia a alunos pré-graduados da área das Ciências da Vida, integrados numa equipa de investigação, apresentar o seu projeto atual e expor uma ideia original, com base na sua linha de investigação. Os 2 vencedores foram premiados com bolsas de investigação no valor de 12,000 €. Contámos com 27 participantes, 13 da investigação básica e 14 da investigação translacional. Por fim, Profª Stella Hurtley, Editora Senior da Revista Science, aceitou o convite de apresentar uma palestra sobre “Publishing in Science”. Deste modo, considero que desenvolvi as competências referidas acima, assim como comunicação

com os diversos palestrantes e espírito de equipa.

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e. Colaboradora da Divisão de Documentação e Biblioteca da NMS

Nos anos letivos 2013/2014 e 2014/2015 colaborei na Divisão de Documentação e Biblioteca da NMS, no atendimento ao público das 18:00 às 20:00 horas, em turnos rotativos organizados pela AEFCM. Como funções desempenhadas destaco o apoio aos utilizadores na pesquisa de documentação/informação quer através de documentos impressos, quer por meios eletrónicos; rotinas de circulação de obras, rotinas de pagamentos, localizações de obras nas coleções da Biblioteca e no exterior, arrumação de espécies, entre outras tarefas. Esta atividade permitiu-me desenvolver sentido de responsabilidade, organização e espírito de equipa; competências técnicas como meios de pesquisa e comunicação.

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f. Estágio de Medicina Interna e Dermatologia na CUF Descobertas, PECLICUF, 3ª ed

Apesar de ser coordenadora do projeto, decidi realizar um estágio do PECLICUF, 3 edição, de 21 de julho a 1 de agosto de 2014, no Hospital CUF Descobertas. Realizado no final do 3º ano do MIM, considero ter sido de grande importância o contacto com a Medicina Interna e Dermatologia, tendo optado por realizar mais dias de Medicina Interna, dado o interesse na especialidade. Este estágio revelou-se complementar e preparatório para os anos seguintes pois pude colher história clínica, realizar exame objetivo e discutir abordagem diagnóstica e terapêutica.

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g. Colaboração no Estudo “Emergency Department therapy for UTIs”

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h. Estágio de Medicina Interna no Hospital da Luz, Estágios de Verão NBup

De 22 de julho a 14 de agosto de 2015, tive a oportunidade de estagiar no Serviço de Medicina Interna do Hospital Luz Saúde, no âmbito do estágios de verão NBup, promovidos pelo NOVO BANCO, sob tutoria do Doutor Pedro Raimundo. Ao longo deste, contactei com uma diversidade de patologias no internamento, sendo possível efetuar uma história clínica abrangente e um exame físico detalhado, assim como aprofundar os meus conhecimentos teóricos. Destaco a organização do serviço, sendo responsável pelo seguimento de doentes de diversas áreas médicas, em colaboração com outras especialidades. Por fim, acompanhei o Doutor nas consultas e no Atendimento Médico Permanente, tendo observado diferentes abordagens de patologias agudas e crónicas, com discussão da marcha diagnóstica e terapêutica

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i. Programa de mobilidade ERASMUS em Paris

No 5º ano do MIM integrei o Programa de Mobilidade ERASMUS, realizando este período de estudos na Universidade Paris-Sud, França. Ingressei neste Programa e realizei a componente prática (Medicina Interna, Pediatria e Urgências, com duração de 3 meses cada) e teórica (Psiquiatria, Addictologie, Hematologia, Dermatologia e Oftalmologia) da minha formação em Paris, motivada pelo contacto com outras populações e respetivas culturas, acesso a outras vivências hospitalares. A par da formação pré-graduada, também tive oportunidade de adquirir novas competências linguísticas nomeadamente na língua francesa.

Em França, os alunos dos anos clínicos são responsáveis pela elaboração das notas de entrada e alta, histórias clínicas, pedidos de MCD e execução de procedimentos práticos, ganhando as competências necessárias e o espírito de trabalho em equipa desde o primeiro dia hospitalar. Assim sendo, tendo sido integrada neste ambiente, beneficiei de um ensino muito virado para a prática clínica. O facto de contactar com outros profissionais e sistema de saúde, estimulou bastante as minhas capacidades de integração e adaptação, úteis aquando envergar na vida profissional. Para além da formação exigida pelo plano curricular, aventurei-me na realização de bancos de urgência de 12 horas no Serviço de Cudados Intensivos, Cirurgia Geral e Pediatria; e um de 24 horas no Serviço de Neurocirurgia.

Fora do ensino hospitalar, participei em congressos de interesse nos diversos institutos de Paris: - Workshop in Honor of Françoise Barré-Sinoussi: A career dedicated to a Pastorian vision

of research, Institut Pasteur, October 2015

- Mardi de Curie : épigénétique, reprogrammation et thérapie cellulaire, Déborah Bourchis

and Pr Edith Heard, Institut Curie, April 2016

- Journée de la recherche translationnelle – 3 sessions ; Institut Pasteur, Paris, April 2016

 Human physiopathology : Keynote speaker Scott Friedman, USA Hepatic fibrosis, from mechanisms to treatment – a translational success story

 Human microbiology and immunology

 Human genetics

- International Zika Summit 2016, Institut Pasteur, Paris, April 2016

 Epidemiology and clinical cohorts

 Neurologic complications

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 Diagnostics

 Animal Models

 Vector Control

- Mini-symposium Stem Cells and Drug Discovery, Institute Pasteur, Paris, May 2016

- Symposium DNA repair targeting as cancer therapy, Institute Gustave Roussy, June 2016

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j. Participação no iMed Conference 8.0 Lisbon 2016

No ano letivo 2016/2017, participei no iMed Conference 8.0, projeto criado pela AEFCM, um congresso com especial significado para mim, pelo facto de ter sido o primeiro evento científico no qual participei no 2º ano (iMed Conference 4.0); por ter desempenhado funções como membro da comissão organizadora do iMed 6.0 e, por ter ganho o Concurso Clínico Clinical Mind Competition no iMed 7.0, que me permitiu ter uma experiência única como voluntária em São Tomé e Príncipe no 6º ano. Ao longo dos anos, pude assistir a vários palestrantes de renome, entre os quais vencedores de prémio Nobel, assim como participar em workshops de qualidade excelente “Non-technical skills”; “Infection, Sepsis & Shock”; “Differential Diagnosis”; “Genetics”.

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k. Leaping Forward Cuidados de Saúde Primários, Luz Saúde

No dia 23 de Novembro 2016, participei no congresso internacional Leaping Forward Cuidados de Saúde Primários, organizado pelo Hospital da Luz, no Centro Cultural de Belém. Sendo o primeiro nesta área, teve como temas o perfil do doente do futuro, as suas necessidades, e como responder à realidade deste estar cada vez mais familiarizado com as novas tecnologias e plataformas de comunicação digital. Foram abordados modelos e estratégias na integração e continuidade de cuidados de saúde, assim como o papel do médico de família do futuro.

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l. Jornadas Saúde Solidária, 2ª edição, organizadas pela associação VOX Lisboa

Este foi um evento que pretendeu reforçar a importância da prática do voluntariado, do acompanhamento emocional e social como ferramenta terapêutica, e promover a partilha de conhecimentos e experiências na prestação de cuidados de saúde a pessoas em situação de sem-abrigo, ou em outros contextos de exclusão social.

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m. Voluntariado em São Tomé e Príncipe, no âmbito de vencedora do Clinical Mind Competition, iMed Conference 7.0

De 10 a 24 de dezembro de 2016, em conjunto com outra colega, tivemos a oportunidade de realizar voluntariado em São Tomé e Príncipe, no âmbito do programa “Saúde para todos”, organizado pelo Instituto Marquês de Valle Flôr, que consistiu maioritariamente em dar apoio médico na consulta e no internamento do Hospital de Neves, Centro de Saúde de Lembá, dada a carência significativa de recursos materiais e humanos (3 médicos por aprox. 19 000 habitantes). Apesar de ter sido um estágio de apenas 2 semanas, este permitiu-me alargar os horizontes quanto ao estilo de vida, sistema de saúde, tradições e culturas dos são-tomenses. Em muitas ocasiões foi necessário ter autonomia e espírito crítico, assim como decidir apenas com base nos conhecimentos adquiridos até à data. Ao longo do estágio, frequentemente tínhamos de ser autodidatas, de forma a tentar proporcionar os melhores cuidados aos doentes.

Referências

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