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Gradientes pluviométricos do estado de Pernambuco: uma análise do litoral ao Semiárido

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Academic year: 2021

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ISSN 2175-6813

Revista Engenharia na Agricultura

V.26, n.03, p.240-249, 2018

Viçosa, MG, DEA/UFV - DOI: https://doi.org/10.13083/reveng.v26i3.889

GRADIENTES PLUVIOMÉTRICOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE DO LITORAL AO SEMIÁRIDO

Marcelo José da Silva1, Maria Gabriela de Queiroz2, Alexandre Maniçoba da Rosa Ferraz Jardim3, George do Nascimento Araújo Júnior4 & Thieres George Freire da Silva5

1 - Mestrando em Engenharia Agrícola, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Juazeiro, BA, Brasil 2 - Doutoranda em Meteorologia Agrícola, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG, Brasil

3 - Mestrando em Produção Vegetal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Serra Talhada, PE, Brasil 4 - Mestrando em Produção Vegetal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Serra Talhada, PE, Brasil 5 - Professor Adjunto IV, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Serra Talhada, PE, Brasil.

Palavras-chave:

análise de regressão dados geográficos precipitação

RESUMO

A precipitação pluvial é uma das variáveis mais importantes para a atividade agrícola, com variabilidade espaço-temporal em função da localização geográfica e de fenômenos atmosféricos. Assim, objetivou-se identificar a influência de fatores geográficos e de fenômenos atmosféricos que contribuem para a variabilidade espaço-temporal da precipitação pluviométrica do litoral ao semiárido do estado de Pernambuco. Foram usados normais climatológicas de precipitação pluviométrica de 11 municípios do estado de Pernambuco, provenientes do Instituto Nacional de Meteorologia. Os valores mensais e anuais foram relacionados aos dados geográficos, por meio de análise de regressão, e as suas tendências foram associadas a fenômenos atmosféricos regionais. Verificou-se que houve relação significativa da altitude, quando não se considerou os dados do município de Recife, e da longitude, sendo desprezados dados de Triunfo, com a precipitação pluviométrica anual e a maioria dos dados mensais (p < 0,10). Essas tendências estão associadas às penetrações de sistemas frontais e ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical no nordeste brasileiro. Conclui-se que os gradientes pluviométricos do litoral ao semiárido de Pernambuco são explicados pela variação do relevo.

Keyworks:

regression analysis geographic data rainfall

RAINFALL GRADIENTS IN THE STATE OF PERNAMBUCO: AN ANALYSIS FROM THE COAST TO THE SEMIARID

ABSTRACT

Rainfall is one of the most important variables for agricultural activity with spatial and temporal variability due to geographic location and atmospheric phenomena. Thus, the objective of this study was to identify the influence of geographic factors and atmospheric phenomena that contribute to the spatiotemporal variability of rainfall from the littoral to the semiarid region of Pernambuco state. Climatic norms of precipitation were used in 11 municipalities of the state of Pernambuco, coming from the National Institute of Meteorology. The monthly and annual values were related to the geographic data through regression analysis, and their trends were associated with regional atmospheric phenomena. It was verified that there was a significant relation of the altitude, when the data of Recife city and its longitude were not considered; data of Triunfo were despised, with the annual rainfall and most of the monthly data (p < 0.10). These trends are associated with penetrations of frontal systems and the positioning of the Intertropical Convergence Zone in the Brazilian northeast. It was concluded that the pluviometric gradients from the littoral to the semiarid of Pernambuco are explained by the relief variation.

(2)

INTRODUÇÃO

A região nordeste abrange 18,2% do território brasileiro, possuindo uma área de 1,56 milhões de km², sendo que 62% está inserida no Polígono das Secas, enfrentando elevados déficits hídricos. O período chuvoso ocorre predominantemente no verão, compreendendo os meses de dezembro a abril (MOURA et al., 2007; MARENGO, 2008). A região apresenta diferentes tipos de climas (equatorial úmido, litorâneo úmido, tropical e semiárido), caracterizando um regime de chuvas bastante complexo, variando entre 300 e 2.000 mm por ano, sendo a precipitação pluviométrica considerada a principal variável meteorológica local (COUTINHO et al., 2017; PAREDES-TREJO et al., 2017).

Pernambuco é um dos nove estados da região nordeste. Ao longo de sua extensão territorial, possui climas bastante diversificados, modificados de acordo com a localização geográfica de cada município, sendo o seu território dividido em cinco mesorregiões: Zona Metropolitana, Zona da Mata, Agreste, Sertão e Sertão do São Francisco (FERREIRA, 2016). Parte do território estadual possui clima semiárido, apresentando precipitações irregulares durante todo o ano, temperatura média do ar entre 23 e 27º C, baixos valores de umidade relativa do ar e evapotranspiração potencial de

aproximadamente 2.000 mm ano-1 (ALMEIDA et

al., 2017; PAREDES-TREJO et al., 2017).

Marengo et al. (2011) mencionaram que uma característica marcante da região semiárida brasileira é a variabilidade espaço-temporal da precipitação pluviométrica, que se deve a diversos fatores como: relevo, tipo de superfície, localização geográfica, além da atuação de sistemas convectivos e massas de ar predominantes na região. A atuação de sistemas atmosféricos, a exemplo da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e Frentes Frias, são alguns dos principais sistemas responsáveis pela distribuição espaço-temporal das chuvas no estado (MELO et al., 2011). Silva (2009) salienta que a precipitação na região nordeste e no estado de Pernambuco é influenciada por pelo menos cinco sistemas meteorológicos: frentes frias, ondas de leste, zona de convergência intertropical, brisas terrestres e marítimas e vórtices ciclônicos da atmosfera superior.

Existe ampla sazonalidade da chuva entre os municípios do estado de Pernambuco, onde as chuvas na região do Sertão são predominantes durante os meses de janeiro a março; para o Agreste, Zona da Mata e região Metropolitana, os maiores níveis pluviométricos são observados entre os meses de abril a agosto. Em termos quantitativos, os maiores valores de precipitação são verificados no Litoral (região Metropolitana) e Zona da Mata, seguindo da região Agreste e logo depois Sertão e Sertão do São Francisco, caracterizando a existência de um gradiente pluviométrico (MELO et al., 2011). Vale salientar também que a diversidade climática do estado de Pernambuco está condicionada ao relevo e fatores fisiográficos. O relevo exerce forte influência na atuação de sistemas meteorológicos, principalmente sobre brisas de vale e montanha e nas chuvas orográficas (PEREIRA et al., 2007).

Diante do exposto, objetivou-se identificar a influência de fatores geográficos e de fenômenos atmosféricos que contribuam para a variabilidade espaço-temporal da precipitação pluviométrica de 11 municípios do estado de Pernambuco, localizados desde o Litoral ao Semiárido pernambucano.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram utilizados dados de normais climatológicas de precipitação pluviométrica pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referente às estações convencionais localizadas em 11 municípios do estado de Pernambuco (Recife, Surubim, Caruaru, Garanhuns, Pesqueira, Arcoverde, Triunfo, Floresta, Petrolândia, Cabrobó e Petrolina), compreendendo um período de 30 anos, equivalentes ao intervalo de 1961 a 1990.

Os dados foram organizados e processados

em planilha eletrônica do software Excel® da

Microsoft Office em escala de tempo mensal e anual, relacionados aos dados geográficos: latitude, longitude e altitude (Tabela 1).

Os dados de chuvas e coordenadas geográficas foram submetidos à análise de regressão, procedendo-se com análise das curvas de tendência,

por meio do coeficiente de determinação (R2) e

as estatísticas das significâncias das equações, admitindo-se como válidos desde que p < 0,10.

Para as regressões utilizando a altitude como variável independente, o município de

(3)

Recife foi eliminado das análises, devido sua precipitação pluviométrica sofrer maior influência da maritimidade, evento predominante na Zona Litorânea do estado. Do mesmo modo, quando utilizou-se a longitude como variável independente, o município de Triunfo foi desprezado, visto que sua elevada altitude interfere diretamente na precipitação, fazendo com que não haja relação entre os dados, efeito esse de escala topoclimática.

As análises de regressão e as suas respectivas representações gráficas foram realizadas com

auxílio do software SigmaPlot® 12.0 (SYSTAT

SOFTWARE, 2011). A análise de agrupamentos de dados utilizada (análise de clusters) foi através do método de particionamento. Esse tipo de técnica consiste no agrupamento de dados com características análogas, ou seja, itens similares (KUMAR & DHANYA, 2009) para a formação de grupos homogêneos (GADO et al., 2017). As dadas similaridades foram atribuídas através das precipitações pluviométricas, por meio da distância

Euclidiana (dij) pelo método de Ward, entre dois

objetos (i e j) (HAN et al., 2011), em que quanto menor for a sua distância, maior será a similaridade entre eles, conforme descrito na equação 1.

dij = (xi1- xj1)2 + (xi2- xj2)2 +…+ (xip- xjp)2

(1)

em que,

xi e xj são os dados observados de precipitação

pluviométrica.

A distância entre os grupos pelo método de Ward é dada pela soma dos quadrados entre os agrupamentos feito sobre a variável (WARD JÚNIOR, 1963), conforme a equação 2. Esse tipo de método é considerado bastante eficiente para a formação dos grupos (ANDRADE et al., 2018).

W =  xi2- 1n x  2 n i=1 (2) em que,

W = homogeneidade intragrupos e heterogeneidade intergrupos através da soma do quadrado dos desvios;

n = número de valores analisados; e

xi = i-ésimo elemento do agrupamento.

Para a análise de clusters, optou-se pelo método de particionamento utilizando o algoritmo Ward, agrupando pela homogeneidade de precipitação pluvial da região. Todas as análises foram realizadas no software R (R CORE TEAM, 2016).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os municípios estudados apresentam variação nas médias de precipitação pluviométrica anuais (Figura 1).

Tabela 1. Coordenadas geográficas de 11 municípios localizados no estado de Pernambuco, Brasil.

Municípios Latitude Longitude Altitude (m)

Recife 8°03’ S 34°57’ W 10 Surubim 7°50’ S 35°43’ W 418,3 Caruaru 8°17’ S 35°58’ W 537,2 Garanhuns 8°53’ S 36°31’ W 822,8 Pesqueira 8°24’ S 36°46’ W 639,0 Arcoverde 8°25’ S 37°05’ W 680,7 Triunfo 8°49’ S 38°07’ W 1.105,0 Floresta 8°36’ S 38°34’ W 309,7 Petrolândia 9°04’ S 38°19’ W 286,0 Cabrobó 8°31’ S 39°20’ W 341,5 Petrolina 9°22’ S 40°28’ W 370,5

(4)

Localidade

RecifeSurubimCaruar u GaranhunsPesqu eira Arcov erde Triun fo Flores ta Petrol ândia CabrobóPetro lina Pr eci pi tação A nu al (m m ) 0 500 1000 1500 2000 2500

Figura 1. Precipitação média anual de 11

municípios localizados no estado de Pernambuco, séries históricas de 1961-1990.

Comparando os dados de cada município, observa-se que Recife e Triunfo apresentaram médias de precipitação pluviométrica elevadas quando comparadas às demais localidades (Figura

1) (> 1.200 mm ano-1). Isso ocorre em função de

dois fatores para o município de Recife que está localizado na Zona Litorânea do estado, é uma região caracterizada por elevadas precipitações pluviais médias devido a influência do oceano e constante presença da atuação da massa equatorial do Atlântico Sul e, em relação a Triunfo, a mesma apresenta elevada altitude, o que condiciona aos fatores topoclimáticos, contribuindo assim a elevados regimes pluviométricos e uma condição climática atípica da região (THORNTHWAITE, 1953; COLEMAN et al., 2009).

Nota-se que para os demais municípios, as médias anuais de precipitação foram semelhantes, sendo que os municípios localizados na região semiárida (Floresta, Petrolândia, Cabrobó e Petrolina) apresentam as menores médias anuais (Figura 1), devido a variação espaço-temporal que as chuvas dessa região ocorrem em virtude da dinâmica atmosférica, sistemas meteorológicos e posição geográfica (SILVA et al., 2017; LIMA et al., 2018; MARRA & MORIN, 2018).

Para a análise de agrupamento (análise de clusters) demonstrado pelo dendograma, foram divididas em três grupos hierárquicos (Figura 2). O primeiro grupo constituído pelos municípios

de Petrolina, Petrolândia, Cabrobó e Floresta; os municípios de Caruaru, Surubim, Garanhuns e Recife compõe o grupo dois e o grupo três composto por Triunfo, Arcoverde e Pesqueira. Os municípios que compreendem o grupo 1 são caraterizados por apresentarem menores volumes de precipitação pluviométrica, esses resultados estão relacionados à sua maior distância euclidiana (eixo y) em relação aos demais grupos, outra característica relevante é a distribuição espacial das chuvas desses municípios ao longo do ano, que possui uma elevada similaridade.

Figura 2. Dendograma com análise de agrupamento

(clusters) aplicado à distância Euclidiana pelo método de Ward para os 11 municípios, em função da análise de precipitação pluvial de 1961 a 1990. Grupo 1: Petrolina, Petrolândia, Cabrobó e Floresta; Grupo 2: Caruaru, Surubim, Garanhuns e Recife; Grupo 3: Triunfo, Arcoverde e Pesqueira.

Dourado et al. (2013) reportaram resultados de variabilidade espaço-temporal da precipitação pluviométrica, no período de 1981 a 2010 em regiões semiáridas do estado da Bahia bem similares ao do presente estudo. Regiões inseridas em ambientes de clima semiárido apresentam baixos índices pluviométricos e elevada sazonalidade desses eventos durante os anos em escala intrasazonal e interanual (MARTINS et al., 2018).

Apesar dos grupos 2 e 3 estarem separados, as proximidades entre os mesmos são bem elevadas, devido a sua distância com relação ao eixo y ser

(5)

bem menor. Os municípios como Triunfo e Recife, apesar dos volumes de precipitação pluviométrica excederem a 1.200 mm, encontram-se em grupos hierárquicos diferentes, devido a distribuição das chuvas ocorrerem em períodos distintos, já que o município de Triunfo está localizado na região do Sertão de Pernambuco, sendo o seu período chuvoso diferente do município Recife, que fica localizado na Zona da Mata de Pernambuco, recebendo influência das brisas oceânicas.

Locais como Triunfo, que estão inseridos na região Nordeste do Brasil e apresentam precipitações pluviométricas superiores a 1.000 mm, são influenciados pelo fator relevo, localidade geográfica e sistemas atmosféricos, favorecendo assim a elevados volumes de chuva (OLIVEIRA et al., 2014). Nos locais inseridos na Zona Litorânea

brasileira, as precipitações pluviométricas

possuem magnitudes superiores a 1.500 mm ano

-1 (OLIVEIRA et al., 2017), enquadrando-se o

município de Recife.

Os municípios do grupo 2, com exceção de Recife, estão localizados na região do Agreste Meridional de Pernambuco, região com médias de precipitação pluviométrica de 580 a 900 mm

ano-1 (ANDRADE et al., 2018), adequando-se ao

período chuvoso na mesma época do ano da Zona da Mata, o que influenciou a inserção no grupo.

De posse das médias mensais de precipitação pluviométrica, foi possível relacioná-las aos dados geográficos de cada município. A precipitação pluviométrica média mensal, em função da latitude (Figura 3), mostrou que não houve correlação entre estas variáveis para todos os meses do ano (p < 0,10).

Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu m ul ad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Fevereiro Março Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu m ul ad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Abril Maio P = 0,6054 .Lat. + 3835,9675 R2 =0,2081 ; p = 0,1611 P = 0,3592 .Lat. + 3160,3689 R2 = 0,0000 ; p = 0,5754 P =0,4622 .Lat. + 5389,2244 R2 =0,0170 ; p = 0,3825 P =0,4858 .Lat. + 4723,7910 R2 =0,0449 ; p = 0,3408 P =0,5688 .Lat. +3208,2635 R2 =0,1544 ; p = 0,2094 P = 0,5577 .Lat. + 2781,9740 R2 = 0,1388 ; p = 0,2253 Junho Agosto Setembro P = 0,4427 .Lat. + 831,0834 R2 = 0,0000; p = 0,4179 P =0,4124 .Lat. +269,4322R2 = 0,0779 ; p = 0,2075 Latitude vs Anual Latitude vs Anual Latitude vs Anual Latitude vs Anual Latitude (º) -9,4 -9,2 -9,0 -8,8 -8,6 -8,4 -8,2 -8,0 -7,8 Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu m ul ad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Outubro Latitude (º) -9,4 -9,2 -9,0 -8,8 -8,6 -8,4 -8,2 -8,0 -7,8 Novembro P = 0,4472 .Lat. + 714,4092 R2 = 0,0000 ; p = 0,4096 RP = 0,4829 .Lat. + 823,67682 = 0,0415 ; p = 0,3458 Latitude (º) -9,4 -9,2 -9,0 -8,8 -8,6 -8,4 -8,2 -8,0 -7,8 Dezembro P = 0,1585 .Lat. + 744,1086 R2 = 0,0000 ; p = 0,9032 Janeiro Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu m ul ad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Julho P = 0,5519 .Lat. + 2637,6339 R2 =0,1308 ; p < 0,2338

Figura 3. Relação da precipitação pluviométrica mensal à coordenada geográfica latitude de 11 municípios

(6)

A latitude, embora seja um fator macroclimático determinante para formação de condições do tempo e clima local para as onze localidades analisadas neste trabalho, não comportou-se como um fator decisivo do regime de chuvas mensais, o que pode estar atrelado ao fato de todos os municípios estarem localizados em latitudes bem próximas.

A análise de regressão dos dados mensais médios de chuva em relação à longitude mostrou-se significativa para todos os memostrou-ses, com exceção do mês de fevereiro (p > 0,10) (Figura 4).

As correlações obtidas entre a precipitação pluviométrica e a longitude são em decorrência dos efeitos da oceanidade e continentalidade no regime e distribuição das chuvas ao longo do ano. Pereira

et al. (2007) mencionaram que esses efeitos, devido à proximidade do local ao oceano (característico de Zonas Litorâneas), fazem com que não haja alterações na amplitude térmica da temperatura do ar local, uma vez que o oceano atua como moderador deste evento. Já o efeito da continentalidade se dá devido ao distanciamento do local do oceano, onde são observadas maiores amplitudes térmicas. Esse tipo de fenômeno é bastante comum em regiões do Semiárido nordestino (JATOBÁ et al., 2017). Tal afirmativa é confirmada neste estudo, devido haver uma tendência no aumento da precipitação pluviométrica (p < 0,10), ao passo que se diminuem os valores de longitude (Figura 4).

Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu nu lad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400

450 Janeiro Fevereiro Março

Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu nu lad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Abril Maio P = 0,7603 .Lon. + 199146,1510 R2 = 0,3672 ; p = 0,1356 P = 0,8115 .Lon. + 217473,9068 R2 = 0,4879 ; p = 0,0750 P = 0,8675 .Lon + 344784,9723 R2 = 0,6288 ; p = 0,0299 P = 0,8756 .Lon. + 360784,6180 R2 = 0,6501 ; p = 0,0252 P = 0,9254 .Lon. + 317076,5656 R2 = 0,7847 ; p = 0,0061 Junho Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu nu lad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Julho P = 0,8756 .Lon. + 360784,6180 R2 = 0,6501 ; p = 0,0252 P = 0,9516 .Lon. + 340463,9961 R2 = 0,8583 ; p = 0,0018 Agosto Setembro P = 0,9283 .Lon. + 227753,4566 R2 = 0,7927 ; p = 0,0055 P = 0,9112 .Lon. + 131105,2019 R2 = 0,7455 ; p = 0,0100 Col 2 vs Col 3 Col 2 vs Col 3 Col 2 vs Col 3 Col 2 vs Col 3 Longitude (º) -40 -39 -38 -37 -36 -35 Pr eci pi tação P lu vi om ét rica acu nu lad a m en sal (m m ) -50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Outubro Longitude (º) -40 -39 -38 -37 -36 -35 Novembro P = 0,7901 .Lon. + 4391,4309 R2 = 0,5169 ; p = 0,0325 P = 0,8161 .Lon. + 18434,7319 R2 = 0,4990 ; p = 0,0705 Longitude (º) -40 -39 -38 -37 -36 -35 Dezembro P = 0,9299 .Lon. + 139020,4845 R2 = 0,7971 ; p = 0,0051

Figura 4. Relação da precipitação pluviométrica mensal à coordenada geográfica longitude de 11 municípios

(7)

À medida em que se avança em direção ao interior do estado, as médias mensais da precipitação pluviométrica diminuem (Figura 4), estando relacionado a atuação de diferentes sistemas meteorológicas responsáveis pelas chuvas destas regiões em diferentes escalas (SILVA et al., 2017).

As correlações entre a altitude e as precipitações pluviométricas mensais dos onze municípios (com exceção de Recife) apresentaram significância estatística (p < 0,10) para os meses de dezembro a outubro, com exceção apenas do mês do novembro (Figura 5).

A altitude, assim como a latitude, também é considerada um fator macroclimático que influencia nas condições do tempo e clima local

(SLAVICH et al., 2014). Diferentemente da latitude, as altitudes dos municípios analisados apresentaram correlações significativas com a precipitação mensal (p < 0,10) (Figura 5).

Para os meses de dezembro, janeiro, fevereiro e março, verifica-se que mesmo nas menores altitudes (Floresta, Petrolândia, Cabrobó e Petrolina) são observados valores mais altos de chuva do que nas localidades de altitudes medianas (Figura 5). Isso ocorre, visto que o período chuvoso para esses municípios que estão localizados no sertão semiárido do estado ocorre entre os meses de dezembro a abril, ocasionados pelo deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) (MENDONÇA & DANNI-OLIVEIRA, 2007; MOURA et al., 2007). A partir do mês de maio,

Setembro P = 0,785 .Alt. + (-35,1649) R2 = 0,5067 ; p = 0,0350 Agosto P = 0,8166 .Alt. + (-62,8196) R2 = 0,5717; p = 0,0213 Pr eci pit ação pl uv iom étr ica acu mu lad a m en sal (m m) 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 Julho P = 0,8174 .Alt. + (-116,1956) R2 = 0,5733; p = 0,0211 Junho P = 0,8298 .Alt. + -95,9498 R2 = 0,5996 ; p = 0,0169 Maio P = 0,9232 .Alt. + -17,1011 R2 = 0,8337 ; p = 0,0001 Pr eci pit ação pl uv iom étr ica acu mu lad a m en sal (m m) 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 Abril P = 0,9098.Alt. + 44,5333 R2 = 0,8061 ; p = 0,0003 Altitude (m) 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 Dezembro P = 0,8615 .Alt. + 126,4086 R2 = 0,6686 ; p = 0,0087 Altitude (m) 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 Novembro P = 0,0894 .Alt. + 26,7638 R2 = 0,0000 ; p = 0,8060 Altitude (m) 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 Pr eci pit ação pl uv iom étr ica acu mu lad a m en sal (m m) 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 Outubro P = 0,8547 .Alt. + 10,8335 R2 = 0,6535 ; p = 0,0102 P = 0,8669.Alt. +233,9857 Março R2 = 0,6806; p = 0,0076 Fevereiro P = 0,8742 .Alt. + 200,3322 R2 = 0,6969 ; p = 0,0064 Pr eci pit ação pl uv iom étr ica acu mu lad a m en sal (m m) 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240 Janeiro P = 0,8322.Alt. + 206,9536 R2 = 0,6047 ; p = 0,0161

Figura 5. Relação da precipitação pluviométrica mensal à coordenada geográfica altitude de 11 municípios

(8)

verifica-se valores reduzidos de chuvas para estes locais.

O município de Triunfo, embora esteja localizado no Sertão do estado, é aquele que possui maior altitude (1.105,0 m) entre os municípios analisados e possui período chuvoso mais prolongado do que os demais municípios da região, com maiores volumes de chuva entre os meses de janeiro a julho. Esse comportamento está condicionado ao fato do aumento da altitude ocasionar redução dos valores de temperatura do ar, devido ao ar ser mais rarefeito e à diminuição da pressão atmosférica, podendo também estar relacionado ao favorecimento de chuvas do tipo orográficas (PEREIRA et al., 2007).

Jardim et al. (2014) analisaram o comportamento da precipitação em relação à altitude no Semiárido de Pernambuco e concluíram que à medida em que os valores de altitude eram reduzidos em cerca de 100 m, a precipitação tendeu a diminuir em média 99,62 mm para valores anuais. Moura et al. (2007) afirmam que regiões montanhosas ou com a presença de serra possuem um microclima característico, apresentando precipitações mais elevadas dos que as áreas circunvizinhas.

Na Figura 6, são apresentadas as correlações entre os totais anuais de chuva e as coordenadas geográficas das localidades (latitude, longitude e altitude).

Do mesmo modo que foi observado para os valores mensais, em termos anuais também verificou-se tendências significativas apenas para a longitude e altitude (p < 0,10), mostrando que os regimes pluviométricos anuais das localidades avaliadas sofrem influência de sua posição

geográfica. Em relação à latitude, constatou-se novamente que não há relação entre as variáveis e, como foi mencionado, uma explicação para esse fato pode ser devida todos os municípios apresentarem valores de latitude semelhantes.

CONCLUSÕES

• O gradiente pluviométrico do Litoral ao

Semiárido de Pernambuco é explicado pela variação do relevo e pelo efeito de continentalidade no estado, associados aos fenômenos atmosféricos predominantes na região Nordeste.

AGRADECIMENTOS

Ao Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC-INPE) e ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), pela disponibilidade dos dados, e ao Grupo de Agrometeorologia no Semiárido (GAS).

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-9,4 -9,2 -9,0 -8,8 -8,6 -8,4 -8,2 -8,0 -7,8 Pr eci pi tação P lu vi om étr ica An ual (m m ) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Anual P = 0,5434 .Lat. + 29319,7533 R2 = 0,1191 ; p = 0,2467 Latitude (°) Altitude (m) 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 Pr eci pi tação P lu vi om étr ica An ual (m m ) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Anual P = 0,9331.Alt. + 234,7454 R2 = 0,8485; p = 0,0001 Longitude (°) -40 -39 -38 -37 -36 -35 Pr eci pi tação P lu vi om étr ica An ual (m m ) 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 Anual P = 0,9107 Lon + 2741590,3445 R2 = 0,7441 ; p = 0,0101

Figura 6. Relação da precipitação pluviométrica anual com as coordenadas geográficas (latitude, longitude

e altitude) de 11 municípios do estado de Pernambuco, para séries históricas de 1961 a 1990 (p < 0,10).

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