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5. RESULTADOS
5.1. SUCESSO ACADÉMICO
Plano de Melhoria
Procedimentos de análise e avaliação
de indicadores de sucesso.
2 «A eficácia de uma escola também é reforçada quando a monitorização do sucesso e do progresso dos alunos é realizada ao nível de toda a instituição. (…)
Em síntese, a incorporação de sistemas de monitorização e a recolha de informação avaliativa para alimentar e fundamentar os processos de tomada de decisão, assim como o feedback realizado com base nestes dados, fazem com que a informação não seja uma realidade inerte nas organizações, mas antes uma matéria que é processada de forma activa.»
Sammons, P., Hillman, J. and Mortimore, P. (1995a) Key Characteristics of Effective Schools: A review of school effectiveness research .
ÍNDICE
1. “Roteiro” do processo de avaliação do Sucesso Académico (SA)
Pág. 32. Organigrama Pág. 4
3. Instruções de Preenchimento – Grelhas do Sucesso Académico Pág. 5
4. Glossário Pág. 6
5. Algumas opções técnicas Pág. 8
6. Mensagem aos Representantes de Área Disciplinar Pág. 8
ANEXO I – Grelha Básico ANEXO II – Grelha Secundário
3
1. “Roteiro” do processo de avaliação do Sucesso Académico (SA)
Sugere-se a análise de Resultados do SA numa lógica de trabalho sistematizado
e participado, com recurso a instrumentos e modelos de observação tanto quanto
possível simples e uniformes. Para tal, foi criado este roteiro que visa facilitar a
apropriação da terminologia e das dinâmicas de envolvimento inerentes à metodologia
PAR – Projecto de Avaliação em Rede (ESV/UM), bem como, fornecer com maior
objectividade o apoio técnico-logístico à sua aplicação.
Em particular, nesta área de aplicação da Auto-Avaliação de Escola (5.
Resultados), foram desenvolvidos documentos que se inscrevem neste preceito, tanto
ao nível do enquadramento legislativo como técnico-académico, com os quais se
pretende sustentar a avaliação do SA.
Foi produzido um
Mapa de dados por disciplina
relativos aos resultados dos
últimos 3 anos, que decorre de um modelo articulado com os Referenciais definidos
pela equipa, dentro da matriz PAR e assente em Referentes externos e internos
(Consultar proveniência no
Referencial
associado).
O
Referencial
(5.1. Sucesso Académico), numa dimensão induzida, que
pretende responder às questões levantadas no Quadro de Referência, passa assim a
possuir o suporte da “base de dados de resultados da escola” para a qual (escola) se
pretende constituir índices orientadores, intervalos ou outros parâmetros (valores de
referência qualitativos ou em alternativa qualitativos), que permitam monitorizações
eficazes.
Os índices orientadores ou valores de referência (induzidos pelo referencial)
ultrapassam o campo de acção deste
Mapa de dados por disciplina relativos aos
resultados
e são competência do Departamento Curricular e respectivas Áreas
Disciplinares, cabendo a estas estruturas a sua adopção, ou a indicação de alternativas,
sendo certo que com o evoluir do tempo os indicadores estatísticos potenciarão
monitorizações mais cabais. Estamos apenas a iniciar um processo, que a seu tempo,
nos conduzirá a bom porto.
Assim,
optou-se
ainda
pela
construção
e/ou
sugestão
de
um
instrumento/modelo de análise e avaliação dos resultados (SA)
de modo a
possibilitar o seu posterior tratamento sistematizado e correspondendo à modelização
subjacente ao Referencial, delimitado pelos interesses particulares de cada Área
Disciplinar.
Deste processo resultará a produção de um relatório de avaliação do SA, tal
como refere a alínea d) do artigo 6º da Lei nº 31/2002, que subsequentemente
integrará o Relatório de Auto-Avaliação, instrumento de autonomia de acordo com o
que estabelece a alínea c) do ponto 2, artigo 9º do Decreto-Lei nº75/2008.
4
5
3. Instruções de preenchimento da grelha de avaliação do sucesso académico
Avaliação de Resultados por Departamento/Área Disciplinar Ensino Básico
Critérios de Análise/Indicador Tendência do Indicador no histórico(2) Índice/ Intervalo Regulador (3) Situação actual(4) Variação do Indicador face ao Índice/Intervalo Regulador(5) São necessárias medidas? Observações (coerência/causas/ sugestões/…) E ficá cia
interna - Taxa de sucesso da
disciplina de: (1) ______________________ _ ↓ □ ↔ □ ↑ □ □ □ ↓ □ ↔ □ ↑ □ SIM
□
NÃO□
Q ua lida deinterna - % de níveis ≥ 4 na disciplina
de: (1)______________________ ____ ↓ □ ↔ □ ↑ □ □ □ ↓ □ ↔ □ ↑ □ SIM
□
NÃO□
(1) Referir a disciplina e ano; (2) Face ao histórico dos últimos 3 anos; (3) Utilizar a média de 3 anos, ou, intervalo sugerido (com desvios padrão), ou outro parâmetro que o grupo decida como regulador do seu processo de análise; (4) Resultado relativo ao 3ºP de 2009/2010, para o índice escolhido; (5)Comparação do presente ano com o
histórico (utilizar legenda final para classificar). Ex:. Descrição do juízo de valor e respectivas ilações a retirar
Observação – A área disciplinar opta pela média, intervalo (média+/- desvio padrão) do histórico da escola, ou escolhe outro índice, em resultado da análise do contexto local/regional e nacional, em função da especificidade da disciplina em causa.
6
4. Glossário
Auto-Avaliação (de escola) – processo de identificação do grau de concretização dos
objectivos fixados no projecto educativo, da avaliação das actividades realizadas pela escola e da sua organização e gestão, designadamente no que diz respeito aos resultados escolares e à prestação do serviço educativo.
PAR – Projecto de Avaliação em Rede (rede de estabelecimentos de ensino em articulação com o Projecto da Universidade do Minho)
Grupo de Focagem – Conjunto de actores da comunidade educativa, representativos de todos os quadrantes, domínios e interesses, que tem funções de consulta e validação do processo de implementação da Auto-Avaliação de Escola (AAE).
Quadro de Referência – alicerce do processo de auto-avaliação, isto porque ao configurar as áreas a avaliar, possibilita o sintetizar dos aspectos mais relevantes a ter em conta,
considerando a administração central, a investigação e o contexto local. Permitirá organizar ideias, apontar caminhos e definir opções, de maneira a ter uma visão global do trabalho a desenvolver – composto por 5 áreas que se desdobram em sub-áreas.
Referencial – quadro comparativo entre realidade escolar e os referentes que especificam a situação ideal e/ou legal. Assume dimensões de Induzido, Construído e Produzido.
Referencialização - processo de procura, selecção e construção de referentes, selecção de critérios e construção dos respectivos indicadores que constituirá um referencial que, ao ser confrontado com a realidade escolar, desencadeará a produção de um juízo de valor que sustentará a tomada de decisões.
Referentes Externos/Internos – traduzem o ideal, o que se preconiza, numa base Administrativa (legislativa), Académica (investigação) e de contexto local (PE/RI).
Dimensão Induzido/Diagnóstico - processo de avaliação baseado na procura de informação que permita a indução de estratégias e metas que sustentam o Projecto Educativo.
Dimensão Construído/ Formativo – processo de avaliação regulador da escola que permite alcançar o preconizado no Projecto Educativo.
Dimensão Produzido/ Sumativo – processo de avaliação de prestação de contas que permite aferir o cumprimento das metas existentes no Projecto Educativo.
Elementos constitutivos – desdobramento da sub-área.
Critérios – modos de interpretação e qualificação da informação sustentada pelo quadro de referência.
Indicadores – evidenciam a informação, permitindo efectuar concretamente a comparação induzida pelo critério, pela via da quantificação de parâmetros (aqui designados por condições).
7 Resultados – quinta e última Área da matriz do Quadro de Referência PAR, composta por cinco Sub-áreas.
Sucesso Académico – Sub-área 5.1. da Área 5. do Quadro de Referência.
Resultados Escolares – uma das formas concretização dos parâmetros de avaliação, que incorpora a eficácia, a qualidade e os fluxos escolares – adaptado do artigo 9º da Lei nº31 de 2002.
Eficácia interna - taxa de sucesso das diferentes disciplinas (% alunos com determinada classificação).
Eficácia externa - taxa de sucesso das diferentes disciplinas, que se sujeitam a exame externo. Coerência (Eficácia) - diferença da taxa de sucesso interna e externa das diferentes disciplinas. Qualidade interna - média das diferentes disciplinas por ano lectivo (no básico essa média é substituída pela % de níveis iguais ou superiores a 4 por referência/decisão interna).
Qualidade externa - média das diferentes disciplinas sujeitas a exame externo (não apurada para o 9º Ano).
Coerência (Qualidade) - diferença entre a média interna e externa nas disciplinas sujeitas a exame externo.
Fluxos escolares - Taxa de anulações da matrícula por disciplina/Taxa de excluídos por faltas por disciplina/Taxa de transferências.
Dados actuais – do último momento formal de avaliação (3ºP do ano lectivo de 2009/2010) Histórico – conjunto de dados obtidos para cada condição (permitindo apurar valores de referência), nas mesmas circunstâncias, para um universo de 3 anos lectivos.
Modelo de análise – configuração estruturada de um conjunto de argumentos inerentes a um dado referencial, sincronizada com o respectivo quadro de referência e que visa a sua
operacionalização.
Taxa de Sucesso – rácio entre o número de alunos que respeita a condição do indicador (de sucesso, no caso) e o número de alunos total (população).
Média – é um valor significativo de uma lista de valores, obtido pela soma dos valores individuais e dividindo pelo número total de ocorrências.
Média de – é a média aplicada mediante uma condição (ex. de alunos com classificação ≥4) População – total de entidades (alunos/disciplina/turmas) à qual se aplica o critério. Intervalo – é um conjunto que contém cada valor numérico entre dois extremos indicados para uma dada condição.
Desvio Padrão – é uma medida da dispersão estatística (definida como a raiz quadrada da variância). Aplicado ao total da população e relativo ao conjunto de dados apurados para uma condição.
8 Condição – na operacionalização dos critérios e indicadores ao nível da tradução em valores, são necessárias condições para quantificação do respectivo dado.
5. Algumas Opções Técnicas
População (considerada) – sempre o total à qual se aplica cada condição.
Número de anos em histórico – nesta primeira etapa 3 anos, para maior conservação da coerência das condições e dos padrões de trabalho.
Histórico considerado - apenas foram apurados dados internos de disciplinas com
continuidade lectiva (no presente ano), sendo apurados dados ao nível externo unicamente para disciplinas sujeitas a exame no quadro actual.
Mapas de dados sincronizados com o modelo PAR – foram desenvolvidos de forma a corresponder às condições de validade que sustentam cada critério, indicador e condição. Forma de obtenção e tratamento de dados – os dados são importados directamente para folhas de cálculo Excel, sendo tratados por formatação e acumulação directa de valores. São aplicadas diferentes ferramentas de cálculo (funções) para obtenção de medidas de localização e intervalos de valores que respeitam as condições.
Fontes – internas: programa de gestão de alunos (pautas); externas: programa ENEB e ENES. Perspectiva evolutiva – procurou-se, acima de tudo, criar uma base de dados polivalente com capacidade para extracção de condições e medidas necessárias ao modelo actual, mas que permita a sua reprodução e outras análises futuras.
6. Mensagem aos Representantes das Áreas Disciplinares
A Comissão de Avaliação Interna, em estreita colaboração com a Secção Pedagógica dos Resultados Escolares dos Alunos, recolheu, tratou e está a levar até si, um conjunto de dados sobre os indicadores do sucesso académico da escola (histórico de 3 anos e último ano lectivo). Estes dados, sujeitos a atenta análise, podem transformar-se em informação valiosa, que em simultâneo, seja aproveitada quer, em particular, pela sua área disciplinar, quer, em geral, pela escola.
Seguindo os procedimentos expressos para preenchimento da grelha de resultados (anexo I e II), é de esperar que, para a vossa área disciplinar, desenvolvam os seguintes passos:
a) analisar e caracterizar o histórico em todos os anos de escolaridade ( desde o 7º até ao 12º) e indicadores (eficácia, qualidade, etc.);
b) indicar de que forma se pretendem auto-regular, registando um valor ( que pode ser a média) ou intervalo de valor ( que pode ser a média +/- desvio padrão);
9 c) comparar e situar cada indicador(eficácia, qualidade, etc.) do 3º período de 2009/2010
em relação ao valor ou intervalo de valor seleccionado em b);
d) entregar os anexos I e II a um dos elementos da Comissão de Avaliação Interna.
Depois de concluída esta fase, cada área disciplinar estará em condições de efectuar a avaliação dos resultados, de forma ancorada e sistemática, permitindo que, em cada momento de avaliação, possa situar-se, saber quando deve tomar medidas e estabelecer metas, perseguindo o objectivo que, nesta como noutras matérias, é o da melhoria contínua.