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Academic year: 2021

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(1)

Disciplina: An´alise de Sistemas Lineares

Prof. Rodrigo Gusm˜ao Cavalcante

rodgcav@ifba.edu.br rodgcav@gmail.com

Departamento de Engenharia El´etrica Instituto Federal da Bahia

(2)

1 O que ´e um sinal?

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos Sistemas de comunica¸c˜ao Sistemas de controle

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

(3)

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

Sistemas lineares e n˜ao lineares

Sistemas invariantes e variantes no tempo Sistemas invariantes e variantes no tempo Sistemas instantˆaneos e dinˆamicos

Sistemas causal e n˜ao causal

Sistemas em tempo cont´ınuo e em tempo discreto Sistemas anal´ogicos e digitais

Sistemas invers´ıveis e n˜ao invers´ıveis Sistemas est´aveis e inst´aveis

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda Sistemas El´etricos

Sistemas Mecˆanicos Sistemas Eletromecˆanicos

10 Descri¸c˜ao interna e externa de um sistema

(4)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(5)

Os sinais, de uma forma ou de outra, constituem um ingrediente b´asico de nossa vida di´aria.

Por exemplo, uma forma comum de comunica¸c˜ao humana se desen-volve atrav´es do uso de sinais da fala, seja na conversa¸c˜ao frente a frente ou por um canaltelefˆonico.

Um sinal ´e formalmente definido como uma fun¸c˜ao de uma ou mais vari´aveis, a qual veicula informa¸c˜oes sobre a natureza de um fenˆ o-meno f´ısico.

O sinal de fala ´e um exemplo de sinalunidimensional, cuja amplitude varia com o tempo.

Uma imagem ´e um exemplo de sinal multidimensional, com duas dimens˜oes.

(6)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(7)

Nos exemplos de sinais mencionados, h´a sempre um sistema as-sociado `a gera¸c˜ao de cada sinal, e outro associado `a extra¸c˜ao da informa¸c˜ao do sinal.

Sistema Sinal de saída Sinal de entrada

Um sistema ´e formalmente definido como uma entidade que mani-pula um ou mais sinais para realizar uma fun¸c˜ao, produzindo, assim, novos sinais.

A intera¸c˜ao entre um sistema e seus sinais de entrada e sa´ıda de-pendem, naturalmente, da aplica¸c˜ao pretendida pelo sistema ( clas-sifica¸c˜ao):

Lineares e N˜ao Lineares Est´aveis e Inst´aveis Anal´ogicos e Digitais Causal e N˜ao Causal

Tempo Cont´ınuo e em Tempo Discreto Invariantes e Variantes no Tempo Instantˆaneos e Dinˆamicos Invers´ıveis e N˜ao Invers´ıveis

(8)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(9)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

Existem trˆes elementos b´asicos em todo sistema de comunica¸c˜oes, a saber, o transmissor, ocanal e oreceptor.

mensagem Sinal da Transmissor Transmitido Sinal Canal Recebido Sinal Receptor do sinal da Estimativa mensagem

Cada um desses trˆes elementos pode ser visto como um sistema com sinais pr´oprios associados.

O transmissor converte o sinal da mensagem produzido por uma fonte de informa¸c˜ao para uma forma apropriada para ser transmitida por um canal.

O canalpode ser de fibra ´optica, cabo coaxial, canal de sat´elite, ou canal de r´adio m´ovel.

O receptor produz uma estimativa do sinal da mensagem original e entrega ao usu´ario final.

(10)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

Diagrama de bloco de um sistema de comunica¸c˜ao anal´ogico

Ruído Canal Modulador (Transmissor) Demodulador (Receptor) Transdutor Transdutor Destinatário Fonte

(11)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

Diagrama de bloco de um sistema de comunica¸c˜ao digital

Ruído Canal Demodulador Modulador de Canal Codificador de Canal Decodificador de Fonte Decodificador de Fonte Codificador Destinatário Fonte

(12)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

A informa¸c˜ao a ser enviada por um dos canais de transmiss˜ao citados anteriormente precisa estar na forma de sinais el´etricos, magn´eticos ou eletromagn´eticos.

Os sinas el´etricos podem seranal´ogicos oudigitais.

A voz, a m´usica, a imagem, o v´ıdeo, etc. podem ser convertidos em sinas el´etricos anal´ogicos portransdutores.

A informa¸c˜ao digital ´e obtida deconversores de sinal anal´ogico em digital (A/D), pelas seguintes etapas:

amostragem: convertendo o sinal em um conjunto de n´umeros, representando a amplitude do sinal em cada instante de tempo;

quantiza¸c˜ao: representando cada n´umero produzido pelo amostra-dor no n´ıvel mais pr´oximo dentre um n´umero finito de n´ıveis de amplitude discreta;

codifica¸c˜ao: representando cada amostra quantizada em uma pala-vra c´odigo composta por um n´umero finito de s´ımbolos.

(13)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

Amostragem Quantiza¸c˜ao (8 n´ıveis)

Amostras N´ıveis [−1.00, −0.75) −0.875 [−0.75, −0.50) −0.625 [−0.50, −0.25) −0.375 [−0.25, 0) −0.125 [0, 0.25) 0.125 [0.25, 0.50) 0.375 [0.50, 0.75) 0.625 [0.75, 1.00] 0.875

Codifica¸c˜ao (bin´aria-3 bits)

N´ıveis −0.875 −0.625 −0.375 −0.125 0.125 0.375 0.625 0.875

C´odigo 111 011 101 000 001 100 101 110

(14)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

Ocontrole em sistemas f´ısicos ´e generalizado na aplica¸c˜ao de sinais e sistemas.

Como alguns exemplos espec´ıficos em que o controle ´e aplicado, mencionamos os pilotos autom´aticos de avi˜oes, ve´ıculos de trans-porte coletivo, motores de autom´oveis, ferramentas de m´aquina, refinarias de petr´oleo, f´abricas de papel, reatores nucleares, usinas el´etricas e robˆos.

O objeto a ser controlado ´e comumente chamadoplanta.

Do ponto de vista da engenharia, existem dois importantes motivos para o uso de sistemas de controle:

1 resposta satisfat´oria- sa´ıda segue ou acompanha uma entrada de

referˆencia espec´ıfica (processo deregula¸c˜ao);

2 desempenho robusto- exibir boa regula¸ao, apesar da presen¸ca de

perturba¸c˜oes externas e de mudan¸cas nos parˆametros da planta devido a condi¸c˜oes ambientais vari´aveis.

(15)

Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

A obten¸c˜ao dessas propriedades desej´aveis normalmente exige o uso de realimenta¸c˜ao. Neste caso, o sistema de controle ´e chamado de

sistema de controle de malha fechada ou sistema de controle com realimenta¸c˜ao. Controlador Planta Saída v(t) Sistemaderealimentação r(t) y(t) + n(t) Perturbação Entradade referên iax(t) − e(t) Σ Σ Sensor(es)

Um sistema de controle pode ser do tipo:

sistema de entrada ´unica/sa´ıda ´unica (SISO- single-input/single-output)

sistema de m´ultiplas entradas/m´ultiplas sa´ıdas (MIMO - multiple-input/multiple-output)

(16)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital 5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(17)

As opera¸c˜oes de processamento de sinal podem ser implementadas de duas maneiras diferentes:

1 abordagem anal´ogica ou de tempo cont´ınuo - recorre ao uso de

elementos de circuitos anal´ogicos como, por exemplo, resistores, capacitores, indutores, amplificadores transistorizados, diodos.

2 abordagem digital ou de tempo discreto- recorre a trˆes elementos

de computador digitais b´asicos: somadores e multiplicadores (para opera¸c˜oes aritm´eticas) e mem´oria (para armazenamento).

Abordagem anal´ogica

O principal atributo dessa abordagem ´e a capacidade natural de resolver equa¸c˜oes diferenciais que descrevem sistemas f´ısicos, sem ter de lan¸car m˜ao de solu¸c˜oes aproximadas para elas.

Estas solu¸c˜oes tamb´em s˜ao obtidas emtempo real,independente da faixa de frequˆencia do sinal de entrada, uma vez que os mecanismos subjacentes respons´aveis pelas opera¸c˜oes da abordagem anal´ogica s˜ao todos f´ısicos por natureza.

(18)

Abordagem digital

Em contrapartida, a abordagem digital recorre a computa¸c˜oes nu-m´ericas para suas opera¸c˜oes.

O tempo necess´ario para executar estas computa¸c˜oes determina se a abordagem digital ´e capaz de operar em tempo real, ou seja, manter-se a par das mudan¸cas no sinal de entrada.

Vantagens: flexibilidade, pela qual a mesma m´aquina digital pode ser usada para implementar deferentes vers˜oes de uma opera¸c˜ao de processamento de sinal;repetitividade, a qual uma opera¸c˜ao ode ser repetida de maneiraexata muitas vezes.

An´alise final

A escolha de uma abordagem anal´ogica ou digital para a solu¸c˜ao de uma problema de processamento de sinais somente pode ser deter-minada pela aplica¸c˜ao de interesse, pelos recursos dispon´ıveis e pelo custo envolvido na constru¸c˜ao do sistema.

(19)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

10 Descri¸c˜ao interna e externa de um sistema

(20)

Genericamente falando, a amplitude do sinal varia com o tempo. Como um sinal que existe em um certo intervalo de tempo com amplitude variante pode ser medido por um n´umero que ir´a indicar o tamanho ou a for¸ca do sinal?

Tal medida deve considerar n˜ao apenas a amplitude do sinal, mas tamb´em sua dura¸c˜ao.

Energia do sinal

A ´area abaixo do sinal x2(t) ´e definida como a energia do sinal, Ex =

Z ∞ −∞

x2(t) dt .

Essa defini¸c˜ao pode ser generalizada para um sinal complexo x(t), sendo dada por

Ex = Z ∞

−∞|x (t)| 2dt.

(21)

A energia do sinal deve ser finita para que seja uma medida signifi-cativa do tamanho do sinal.

Uma condi¸c˜ao necess´aria para que a energia seja finita ´e que a am-plitude do sinal → 0 quando |t| → ∞.

Quando a amplitude do sinal x(t) n˜ao → 0 quando |t| → ∞, a energia do sinal ´e infinita. Neste caso, uma medida mais significativa do tamanho do sinal ´e apotˆenciado sinal.

Potˆencia do sinal

Para um sinal x(t), define-se sua potˆencia Px por Px = lim T→∞ 1 T Z T /2 −T /2 x2(t) dt .

Para um sinal complexo x(t), essa defini¸c˜ao ´e dada por Px = lim T→∞ 1 T Z T /2 −T /2|x (t)| 2dt.

(22)

Sinal omenergianita x(t)

x(t)

t

Sinal ompotên ianita

(23)

A potˆencia do sinal Px ´e uma m´edia temporal do quadrado da am-plitude do sinal, ou seja, o valor m´edio quadr´atico de x(t).

De fato, a raiz quadrada de Px ´e o conhecido valor rms(raiz m´edia quadr´atica) de x(t).

Quando x(t) ´e peri´odica, |x (t)|2 tamb´em ´e peri´odica e a potˆencia de x(t) pode ser calculada efetuando a m´edia de |x (t)|2 em um per´ıodo.

Aten¸c˜ao

A energia e a potˆencia, tal como foram definidas aqui, n˜ao indicam a energia ou a potˆenciareal(no sentido convencional) do sinal. Essas medidas s˜ao indicadores convencionais do tamanho do sinal, sendo bastante ´uteis em v´arias aplica¸c˜oes.

As unidades de energia e potˆencia, como definidas aqui, dependem da natureza do sinal x(t).

(24)

Exemplo 1 - resolvido em sala de aula

Determine as medidas de tamanho adequadas dos sinais abaixo.

t x(t) t x(t) 2e−t/2 (a) 0 −1 4 0 1 2 3 4 −3 −2 −1 1 2 (b) 2

(25)

Exemplo 2 - resolvido em sala de aula Determine a potˆencia e o valor rms de

a) x(t) = C cos(ω0t + θ)

b) x(t) = C1cos(ω1t + θ1) + C2cos(ω2t + θ2) c) x(t) = Dej ω0t

Exerc´ıcio 1

Mostre que as energias dos sinais das figuras (a), (b), (c) e (d) s˜ao 4, 1, 4/3 e 4/3, respectivamente. Observe que o dobro do sinal quadruplica sua energia e o deslocamento no tempo de um sinal n˜ao possui efeito em sua energia. Mostre tamb´em que a potˆencia do sinal da Fig.e) ´e 0.4323. Qual ´

e o valor rms do sinal da Fig.e)?

(26)

Exerc´ıcio 1 - continua¸c˜ao t x1(t) t x2(t) t x3(t) t x4(t) t e−t x5(t) 1 2 0 (a) 1 0 (b) 1 1 2 0 ( ) (d) 2 0 0 1 (e) 2 3 4 −3 −2 −1 1 −1

(27)

Exerc´ıcio 2

Refa¸ca o exemplo 2-a) para determinar a potˆencia da sen´oide Ccos(ω0t+ θ) calculando a m´edia da energia do sinal em um per´ıodo T0 = 2π/ω0(em vez de calcular a m´edia em um intervalo infinitamente grande de tempo). Mostre tamb´em que a potˆencia de um sinal CC x(t) = C0 ´e C02 e seu valor rms ´e C0.

Exerc´ıcio 3

Mostre que seω1= ω2, a potˆencia de C1cos(ω1t+ θ1) + C2cos(ω2t+ θ2) ´

e [C12+ C22+ 2C1C2cos(θ1− θ2)]/2, o qual n˜ao ´e igual a [C12+ C22]/2.

(28)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais 7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(29)

Deslocamento temporal

Considerando um sinal x(t) (Fig.a) e o mesmo sinal atrasado por T se-gundos (Fig.b), o qual chamaremos de φ(t). O que acontecer em x(t) em algum tempo t tamb´em aconte-cer´a com φ(t) T segundos ap´os, no instante t+ T. Portanto, φ(t + T ) = x (t) e φ(t) = x (t− T ). t φ(t) = x(t− T ) t x(t) t T φ(t) = x(t + T ) T Atrasado Avançado 0 (b) (a) 0 ( ) 0

(30)

Escalonamento temporal

A compress˜ao ou expans˜ao de um si-nal no tempo ´e chamada de escalo-namento temporal. Em geral, sex(t)

for comprimido no tempo por um fa-tora (a > 1), o sinal resultanteφ(t)

´e dado por

φ(t) = x (at).

Usando um argumento similar, pode-mos pode-mostrar que quando x(t) ´e ex-pandido no tempo por um fator a

(a > 1), temos φ(t) = x t a  . t φ(t) = x(2t) t x(t) t φ(t) = x(t/2) Comprimido Expandido T1 T2 T1 2 T2 2 2T2 2T1 0 (b) (a) 0 ( ) 0

(31)

Revers˜ao temporal

Na revers˜ao temporal dex(t), rotaci-onamos esta forma em 180◦ com re-la¸c˜ao ao eixo vertical. Observe que o que acontece na Fig.a) em algum ins-tantet tamb´em acontecer´a na Fig.b) no instante −t, e vice versa. Por-tanto, φ(t) = x (−t). t t x(t) φ(t) = x(−t) (b) (a) 0 −1 5 2 −2 2 2 0 −5 −1

(32)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais 8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(33)

Sinais cont´ınuos e discretos no tempo

Um sinal que ´e especificado para valores cont´ınuos de tempo t ´e um

sinal cont´ınuo no tempo.

Um sinal que ´e especificado apenaspara valores discretos de t ´e um

sinal discreto no tempo.

(34)

Sinais anal´ogicos e digitais

Os termos cont´ınuo no tempo e discreto no tempo qualificam a natureza do sinal ao longo do eixo de tempo.

Os termosanal´ogico e digitalqualificam a natureza daamplitude do sinal.

A amplitude de um sinal anal´ogico pode assumir infinitos valores (qualquer valor em um faixa cont´ınua).

Um sinal digital pode assumir M valores (sinal M -´ario, M = 2 ´e um exemplo de sinal bin´ario).

Um sinal anal´ogico n˜ao ´e necessariamente um sinal cont´ınuo no tempo

(35)

Exemplo de sinais - Classifique! t x(t) t x(t) x(t) t x(t) t (a) (b) ( ) (d)

(36)

Sinais peri´odicos e n˜ao peri´odicos

Um sinal x(t) ´e dito peri´odico se para alguma constante positiva T0 x(t) = x (t + T0), para todo t .

O menor valor de T0 que satisfaz a condi¸c˜ao de periodicidade da equa¸c˜ao acima ´e o per´ıodo fundamentalde x(t).

Uma propriedade ´util adicional de um sinal peri´odico x(t) com per´ıodo T0 ´e que Z a+T0 a x(t) dt = Z b+T0 b x(t) dt . t x(t) 0 6 12 −6

(37)

Sinais de energia e potˆencia

Como a m´edia ´e calculada em um intervalo infinitamente grande, um sinal com energia finita possui potˆencia nula e um sinal com potˆencia finita possui energia infinita.

Portanto, um sinal n˜ao pode ser tanto de energia quanto de potˆencia. Exemplo 3 - resolvido em sala de aula

Mostre que a exponencial de dura¸c˜ao infinita e−at n˜ao ´e nem um sinal de energia nem de potˆencia para qualquer valor real de a. Entretanto, se a for imagin´ario, ela ´e um sinal de potˆencia (Px = 1), independente do valor de a.

(38)

Sinais determin´ısticos e aleat´orios

Um sinal cuja descri¸c˜ao f´ısica ´e completamente conhecida, seja na forma matem´atica ou na forma gr´afica ´e um sinal determin´ıstico. Um sinal cujos valores n˜ao podem ser preditos precisamente, mas s˜ao conhecidos apenas em termos de uma descri¸c˜ao probabil´ıstica, tal como valor m´edio ou valor m´edio quadr´atico, s˜aosinais aleat´orios. Nesta disciplina, trabalharemos exclusivamente com sinais determi-n´ısticos.

(39)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

10 Descri¸c˜ao interna e externa de um sistema

(40)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Conceito de linearidade

Um sistema cuja sa´ıda seja proporcional a sua entrada ´e umexemplo

de um sistema linear.

Mas a linearidade implica em mais do isso, ela tamb´em implica a propriedade aditiva.

x1 → y1 e x2 → y2 ⇒ x1+ x2 → y1+ y2. Propriedade de homogeneidade ou escalamento

Para um n´umero real ou imagin´ario arbitr´ario k , se uma entrada aumentar k vezes, seu efeito tamb´em aumentar´a k vezes.

x → y ⇒ kx → ky.

Propriedade da superposi¸c˜ao

Atente as propriedade aditiva e de escalonamento simultaneamente. Parak1 e k2 n´umeros reais ou imagin´arios arbitr´arios, tem-se

(41)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Resposta de um sistema linear

A sa´ıda de um sistema para t ≥ 0 ´e o resultado de duas causas independentes: a condi¸c˜ao inicial do sistema (ou estado do sistema) para t = 0 e a entrada x (t) para t ≥ 0.

A resposta de umsistema linearpode ser expressa como a soma das componentes deentrada nula(resultante das condi¸c˜oes iniciais para t = 0 com entrada x (t) = 0 para t ≥ 0) e estado nulo(resultante apenas da entrada x(t) para t ≥ 0 quando as condi¸c˜oes iniciais s˜ao consideradas iguais a zero):

resposta total = resposta a entrada nula + resposta ao estado nulo. Essa propriedade dos sistemas lineares, a qual permite a separa¸c˜ao de uma sa´ıda em componentes resultantes das condi¸c˜oes iniciais e da entrada, ´e chamada de propriedade de decomposi¸c˜ao.

(42)

Classifica¸c˜ao dos sistemas + − − + y(t) vc(t) C R x(t)

Para o circuito RC descrito acima, a resposta y(t) ´e dada por:

y(t) = vc(0) | {z } entrada nula + Rx (t) + 1 C Z t 0 x(τ ) d τ | {z } estado nulo

(43)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Exemplo 4 - resolvido em sala de aula

Mostre que o sistema descrito pela equa¸c˜ao abaixo ´e linear. dy

dt + 3y(t) = x (t) Exerc´ıcio 4

Mostre que o sistema descrito pela equa¸c˜ao abaixo ´e linear. dy

dt + t

2y(t) = (2t + 3)x (t) Exerc´ıcio 5

Mostre que o sistema descrito pela equa¸c˜ao abaixo n˜ao ´e linear.

y(t)dy

dt + 3y(t) = x (t)

(44)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Sistemas cujos parˆametros n˜ao s˜ao alterados com o tempo s˜ao inva-riantes no tempo (tamb´em chamados de sistemas com parˆametros constantes).

Em tais sistemas, se a entrada for atrasada por T segundos, a sa´ıda ´

e a mesma anterior, por´em atrasada tamb´em por T segundos (as-sumindo que as condi¸c˜oes iniciais tamb´em sejam atrasadas de T segundos). x(t) x(t) Sistema Atrasode T segundos y(t− T ) y(t− T ) Sistema Atrasode T segundos y(t) x(t− T )

(45)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Circuitos compostos por elementosRLCe outros componentes ativos tais como transistores s˜ao sistemas invariantes no tempo.

Um sistema com uma rela¸c˜ao de entrada/sa´ıda descrita por uma equa¸c˜ao diferencial linear ´e um sistema invariante linear (LIT), quando os coeficientes forem constantes.

Exemplo 5 - resolvido em sala de aula

Mostre que um sistema com sa´ıda y(t) = e−tx(t) ´e um sistema variante no tempo.

Exerc´ıcio 6

Mostre que o sistema descrito pela seguinte equa¸c˜ao ´e um sistema com parˆametros variantes no tempo:

y(t) = sin(t)x (t− 2).

(46)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Geralmente, a sa´ıda de um sistema em um instante t qualquer de-pende de todo o passado da entrada.

Entretanto, nos sistemas instantˆaneos ou sem mem´oria, a sa´ıda a qualquer instante t depende apenas da entrada naquele instante.

Por exemplo, em circuitos resistivos, qualquer sa´ıda do circuito em qualquer instante de tempo t depende da entrada no instante t. Caso contr´ario, o sistema ´e chamado de dinˆamico (ou sistema com mem´oria).

Circuitos contendo elementos indutivos e capacitivos possuem me-m´oria infinita, porque a resposta de tais circuitos a qualquer instante t ´e determinada por todo o passado de suas entradas(−∞, t). Nesta disciplinas, trabalharemos com sistemas dinˆamicos. Os siste-mas instantˆaneos s˜ao um caso especial de sistemas dinˆamicos.

(47)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Um sistema causal (tamb´em conhecido como f´ısico ou n˜ao anteci-pado) ´e aquele no qual a sa´ıda em qualquer instante t0 depende apenas do valor da entrada x(t) para t ≤ t0.

Em outras palavras, o valor de sa´ıda no instante presente depende apenas do valor presente e passado da entrada x(t), e n˜ao de seus valores futuros.

Um sistema n˜ao causal´e um sistema hipot´eticoque conhece a en-trada futura e atua nela no presente.

Portanto, se aplicarmos uma entrada come¸cando em t = 0 a um sistema n˜ao causal, a sa´ıda pode come¸car mesmo antes de t = 0. Por exemplo, considere o sistema especificado por

y(t) = x (t− 2) + x (t + 2)

(48)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Por que estudar sistemas n˜ao causais?

1 Sistemas n˜ao causais s˜ao realiz´aveis quando a vari´avel independente

for outra que n˜ao o“tempo”(por exemplo, o espa¸co).

2 Mesmo para sistemas temporais, tais como os utilizados para o

pro-cessamento de sinais, temos todos os dados de entrada gravados anteriormente, e com isso os valores futuros da entrada est˜ao dispo-n´ıveis para nosso uso.

3 Al´em disso, os sistemas n˜ao causais fornecem um limitante superior

para o desempenho de sistemas causais. Por exemplo, um filtro que separa um sinal do ru´ıdo ´e um filtro n˜ao causal.

(49)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Se quisermos saber o que acontecer´a daqui a um ano, temos duas escolhas: ir a um profeta (uma pessoa n˜ao realiz´avel) que nos dir´a as respostas instantaneamente ou ir a um s´abio e permitir a ele um atraso de

um ano para nos dar as respostas!

(50)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Sistemas cujas entradas e sa´ıdas s˜ao sinais cont´ınuos no tempo s˜ao

sistemas em tempo cont´ınuo.

Por outro lado, sinais definidos apenas em instantes discretos de tempo t0, t1, t2, . . . , tn, . . . s˜ao sinais discretos no tempo, repre-sentados pelos s´ımbolos x(tn), y(tn) e assim por diante.

Sistemas cujas entradas e sa´ıdas s˜ao sinais discretos no tempo s˜ao

sistemas em tempo discreto (ousistemas discretos no tempo).

tempodis reto Sistemaem dis reto

Contínuopara x(t Dis retopara

n) y(tn) y(t)

x(t)

ontínuo

C/D D/C

(51)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

O sinais anal´ogicos e digitais foram discutidos anteriormente. Um sistema cujos sinais de entrada e sa´ıda s˜ao anal´ogicos ´e um

sistema anal´ogico.

Um sistema cujos sinais de entrada e sa´ıda s˜ao digitais ´e umsistema digital

Um computador digital ´e um exemplo de um sistema digital (bin´ a-rio). Observe que um computador digital ´e um sistema digital e em tempo discreto.

(52)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

Um sistemaS executa uma certa opera¸c˜ao em um sinal de entrada. Se pudermos obter a entrada x(t) da sa´ıda y(t) correspondente atrav´es de alguma opera¸c˜ao, o sistemaS ´e ditoinvers´ıvel.

Quando v´arias entradas diferentes resultam na mesma sa´ıda, ´e im-poss´ıvel obter a entrada da sa´ıda e o sistema ´e n˜ao invers´ıvel. Portanto, para um sistema invers´ıvel, ´e essencial que toda entrada possua uma ´unica sa´ıda, de forma que exista um mapeamento de um-para-um entre a entrada e a sa´ıda correspondente.

O sistema que efetua a opera¸c˜ao inversa (de obten¸c˜ao de x(t) a partir de y(t)) ´e o sistema inversodeS.

Por exemplo, se S ´e um integrador ideal, ent˜ao o sistema inverso ´e diferenciador ideal.

(53)

Classifica¸c˜ao dos sistemas

A estabilidade pode ser internaouexterna.

Se cada entrada limitada aplicada ao terminal de entrada resultar em uma sa´ıda limitada, o sistema ´e dito serexternamente est´avel. Este tipo de estabilidade tamb´em ´e conhecida como estabilidade no sentido BIBO (bounded-input/bounded-output), entrada limi-tada/sa´ıda limitada.

O conceito de estabilidade interna ser´a deixado para mais adiante, pois requer algum conhecimento do comportamento interno do sis-tema.

Exemplo 6 - resolvido em sala de aula

Mostre que o sistema descrito pela equa¸c˜ao y(t) = x2(t) ´e n˜ao invers´ıvel com estabilidade no sentido BIBO.

(54)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda 10 Descri¸c˜ao interna e externa de um sistema

(55)

A descri¸c˜ao de um sistema em termos de medidas nos terminais de entrada e sa´ıda ´e chamado de descri¸c˜ao entrada-sa´ıda.

O primeiro passo na an´alise de um sistema ´e a constru¸c˜ao de um modelo do sistema, o qual ´e a express˜ao matem´atica ou regra que aproxima satisfatoriamente o comportamento dinˆamico do sistema.

Inicialmente, consideraremos apenas sistemas cont´ınuos no tempo (a modelagem de sistemas discretos no tempo ser´a apresentada mais adiante).

Modelos de sistemas abordados: Sistemas El´etricos

Sistemas Mecˆanicos Sistemas Eletromecˆanicos

(56)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Em sistemas el´etricos devemos determinar um modelo satisfat´orio para a rela¸c˜ao tens˜ao-corrente de cada elemento.

Para tanto, devemos determinar as v´arias rela¸c˜oes nas tens˜oes e correntes quando v´arios elementos est˜ao conectados.

→ vR(t) = R i (t) → vC(t) = 1 C Z t t0 i(t) dt → vL(t) = L d dti(t)

Al´em de usar as conhecidas Leis de Kirchhoff para tens˜ao e corrente (LKT e LKC).

(57)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Exemplo 7 - resolvido em sala de aula

Para o circuito RLC s´erie abaixo, determine a equa¸c˜ao de entrada-sa´ıda que relaciona a tens˜ao de entrada x(t) com a corrente de sa´ıda (corrente da malha) y(t). x(t) y(t) L = 1H R = 3 Ω vC(t) C =1 2F Resposta: d 2y dt2 + 3 d y dt + 2y = d x dt .

(58)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Exemplo 8 - resolvido em sala de aula

Determine a equa¸c˜ao relacionando a entrada e a sa´ıda para o circuito RC s´erie da figura abaixo, se a entrada for a tens˜ao x(t) e a sa´ıda for

a) a corrente de malha i(t) b) a tens˜ao no capacitor y(t)

x(t) R = 15 Ω y(t) C =1 5F i(t)

(59)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Exerc´ıcio 7

Para o circuito RLC do Exemplo 7, determine a rela¸c˜ao de entrada sa´ıda se a sa´ıda for a tens˜ao vL(t) do indutor.

Resposta: D2+ 3D + 2 vL(t) = D2x(t), onde D ´e o operador diferen-cial d/dt.

Exerc´ıcio 8

Para o circuito RLC do Exemplo 7, determine a rela¸c˜ao de entrada sa´ıda se a sa´ıda for a tens˜ao vC(t) do capacitor.

Resposta: D2+ 3D + 2 vC(t) = 2x (t).

(60)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

O movimento planar pode ser decomposto em movimento translaci-onal (retil´ıneo) e movimento rotacitranslaci-onal.

Sistemas translacionais: os elementos b´asicos utilizados na modelagem de sistemas translacionais s˜ao massas ideais, molas lineares e amortecedores com amortecimento viscoso.

(61)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Para uma massaM, uma for¸cax(t)causa um momentoy(t)e uma acelera¸c˜ao. A partir da lei de Newton para movimento,

x(t) = M ¨y(t) = Md 2y

dt2 = M D 2y(t) .

A for¸cax(t)necess´aria para alongar (ou comprimir) umamola linear por uma certa quantidadey(t)´e dada por

x(t) = K y(t) , onde K ´e a constante da mola.

Para oamortecedor linear, o qual opera em fun¸c˜ao do atrito viscoso, a for¸ca movendo o amortecedor ´e proporcional a velocidade relativa de uma superf´ıcie em rela¸c˜ao a outra. Logo,

x(t) = B ˙y(t) = Bdy

dt = B D y(t) .

(62)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Exemplo 9 - resolvido em sala de aula

Determine a rela¸c˜ao entrada-sa´ıda para o sistema mecˆanico translacional mostrado na figura abaixo. A entrada ´e a for¸cax(t)e a sa´ıda ´e a posi¸c˜ao da massa y(t).

Resposta: My¨(t) =−B ˙y(t) − K y(t) + x (t) ou (M D2+ B D + K )y(t) = x (t).

(63)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Sistemas rotacionais: em sistemas rotacionais, o movimento de um corpo pode ser definido como o movimento em um certo eixo. As vari´aveis utilizadas para descrever o movimento rotacional s˜ao

torque (no lugar da for¸ca), a posi¸c˜ao angular (no lugar da posi¸c˜ao linear), a velocidade angular(no lugar da velocidade linear) e a ace-lera¸c˜ao angular (no lugar da acelera¸c˜ao linear).

Os elementos do sistema s˜ao a a massa rotacional ou momento de in´ercia(no lugar da massa),molas de tor¸c˜ao(no lugar de molas lineares) eamortecedores de tor¸c˜ao(no lugar de molas amortecedores lineares).

Como veremos a seguir, as equa¸c˜oes terminais destes elementos s˜ao an´alogas `as equa¸c˜oes correspondentes para os elementos translacio-nais.

(64)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

SeJ ´e o momento de in´ercia de um corpo girando em um certo eixo, ent˜ao o torque externo necess´ario para este movimento ´e igual a

torque = J ¨θ = Jd 2θ dt2 = J D

2θ(t).

Similarmente, se K ´e a constante de uma mola de tor¸c˜ao e θ ´e o deslocamento angular de um terminal da mola com rela¸c˜ao ao outro, ent˜ao,

torque = K θ.

Por fim, o torque devido ao amortecimento viscoso de uma amorte-cedor de tor¸c˜ao com coeficiente de amortecimento B ´e

(65)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Exemplo 10 - resolvido em sala de aula

O movimento de uma aeronave pode ser controlado por trˆes conjuntos de super-f´ıcies (mostradas sombreadas na figura abaixo): profundores, lemeeailerons. O ˆ

angulo de giroϕ pode ser controlado deflex˜ao em dire¸c˜oes opostas da superf´ıcie dos dois ailerons. Considerando apenas o movimento de rota¸c˜ao, determine a equa¸c˜ao relacionando o ˆangulo de giroϕ com a entrada (defle¸c˜ao) θ.

(66)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Exerc´ıcio 9

Um torque T(t)´e aplicado ao sistema mecˆanico rotacional mostrado na figura abaixo. A constante da mola ´e K, o momento de in´ercia ´e J, o coeficiente de amortecimento viscoso entre o cilindro e a superf´ıcie ´e B. Determine a equa¸c˜ao relacionando o ˆangulo θ de sa´ıda com o torque T

de entrada

(67)

Modelagem de sistemas mecˆanicos keq = k1+ k2 1 keq = 1 k1 + 1 k2 F = keqx F = keqx F = k1y F = k2(x− y)

(68)

Modelagem de sistemas mecˆanicos beq = b1+ b2 1 beq = 1 b1 + 1 b2 F = beq( ˙y − ˙x ) F = beq( ˙y − ˙x ) F = b1( ˙z− ˙x ) F = b2( ˙y− ˙z )

(69)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exemplo 11

Considere o sistema massa-mola-amortecedor montado em um carro de massa desprez´ıvel, como mostrado na figura abaixo.

(70)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exemplo 11 - Solu¸c˜ao

A segunda lei de Newton estabelece que ma=XF md 2y dt2 =−b  dy dt − du dt  − k(y − u) md 2y dt2 + b dy dt + ky = b du dt + ku

(71)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exerc´ıcio 10

Obtenha as equa¸c˜oes diferenciais que relacionam as sa´ıdas x1(t) e x2(t) com a entrada u(t) do sistema mecˆanico mostrado na figura abaixo.

(72)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exemplo 12

Um pˆendulo invertido montado em um carro motorizado ´e mostrado abaixo. Esse ´

e modelo de controle de posi¸c˜ao de um foguete na fase de lan¸camento. O pˆendulo invertido ´e inst´avel, pois pode cair a qualquer instante, para qualquer dire¸c˜ao, a menos que uma for¸ca adequada de controle seja aplicada a ele.

(73)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exemplo 13 - Solu¸c˜ao

As coordenadas do centro de gravidade da haste s˜ao: xG = x + l sin θ e yG = l cos θ

O movimento rotacional da haste do pˆendulo em torno de seu centro de gravidade pode ser descrito por:

I ¨θ = Vl sin θ− Hl cos θ

onde I ´e o momento de in´ercia da haste em rela¸c˜ao ao centro de gravidade. O movimento horizontal do centro de gravidade da haste ´e dado por:

md

2

dt2(x + l sin θ) = H

O movimento vertical do centro de gravidade da haste do pˆendulo ´e: md

2

dt2(l cos θ) = V − mg

(74)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exemplo 13 - Solu¸c˜ao

O movimento horizontal do carro ´e descrito por: Md

2x

dt2 = u− H

Como o pˆendulo invertido deve ser mantido na posi¸c˜ao vertical, podemos admitir queθ(t) e ˙θ(t) sejam grandezas suficientemente pequenaspara que se possa fazer sin θ = 0, cos θ = 1 e θ ˙θ2= 0. Ent˜ao, as equa¸c˜oes anteriores

podem ser linearizadas como segue:

I ¨θ = Vl θ− Hl m(¨x+ l ¨θ) = H 0 = V− mg A partir da manipula¸c˜ao dessas equa¸c˜oes obtemos:

(75)

Modelagem de sistemas mecˆanicos

Exerc´ıcio 11

Considere o sistema de pˆendulo invertido mostrado na figura abaixo. Nesse sistema a massa est´a concentrada no topo da haste, o centro de gravidade ´

e o centro da bola do pˆendulo e, neste caso, vamos supor I = 0.

(76)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Uma grande variedade de sistemas eletromecˆanicos converte sinais el´etricos em movimento mecˆanico (energia mecˆanica) e vice-versa. Considerando um motor CC controlado pela armadura e alimentado por uma fonte de corrente x(t). O torque T(t) gerado pelo motor ´

e proporcional a corrente de armadurax(t). Portanto, T(t) = KTx(t) ,

onde KT ´e a constante do motor. Este torque alimenta uma carga

(77)

Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

Logo,

(J D2+ B D)θ(t) = T (t) = KTx(t) a qual pode ser expressa na forma convencional por

Jd 2θ dt2 + B

dt = KTx(t)

(78)

2 O que ´e um sistema?

3 Vis˜ao geral de sistemas espec´ıficos

4 Processamento de sinal anal´ogico versus digital

5 Tamanho do sinal

6 Algumas opera¸c˜oes ´uteis com sinais

7 Classifica¸c˜ao dos sinais

8 Classifica¸c˜ao dos sistemas

9 Modelo de sistema: descri¸c˜ao entrada-sa´ıda

(79)

A rela¸c˜ao de entrada-sa´ıda de um sistema ´e uma descri¸c˜ao externa

do sistema. Determinamos a descri¸c˜ao externa de sistemas em todos os exemplos discutidos at´e agora.

Uma descri¸c˜ao que pode ser obtida atrav´es de medi¸c˜oes de terminais externos (mesmo quando o resto do sistema est´a selado dentro de uma caixa preta inacess´ıvel)´e uma descri¸c˜ao externa.

Uma descri¸c˜ao interna ´e capaz de fornecer a informa¸c˜ao completa sobre todos os poss´ıveis sinais do sistema.

Uma descri¸c˜ao externa pode n˜ao fornecer uma informa¸c˜ao completa como essa.

Uma descri¸c˜ao externa pode ser sempre determinada de uma descri-¸

c˜ao interna, mas o inverso n˜ao ´e necessariamente v´alido.

(80)

3 Ω 1 Ω 1 Ω i/2 x(t) 3 Ω 2 Ω 2 Ω y(t) 2 Ω 2 Ω i/2 i/2 x(t) y(t)

A tens˜ao no capacitor ´e nula (o circuito est´a balanceado). Portanto, para o prop´osito de determina¸c˜ao da corrente i(t), o capacitor pode ser removido ou substitu´ıdo por um curto circuito (circuito equiva-lente). Claramente, para a descri¸c˜ao externa, o capacitor n˜ao existe.

(81)

Para a maioria dos sistemas, as descri¸c˜oes interna e externa s˜ao equivalentes, mas existem algumas exce¸c˜oes, como no caso apresen-tado, nos quais a descri¸c˜ao externa fornece um quado inadequado do sistema.

Isso ocorre quando o sistema ´e n˜ao control´aveloun˜ao observ´avel. Em(a)parte do sistema (S2) dentro da caixa n˜ao pode ser

contro-lado pela entradax(t).

Em(b)algumas das sa´ıdas do sistema (S2) n˜ao podem ser observa-das a partir dos terminais de sa´ıda.

S1 S2 x(t) Σ S1 S2 (a) x(t) (b) y(t) y(t)

Referências

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