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Avaliação dos efeitos da hospitalização sobre a capacidade funcional de idosos

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Academic year: 2021

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Ministério da Educação Universidade Federal de São Paulo

Campus​ Baixada Santista

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

HELENA SILVA MOTA

Avaliação dos efeitos da hospitalização sobre a capacidade funcional de idosos

Santos 2020

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HELENA SILVA MOTA

​Avaliação dos efeitos da hospitalização sobre a capacidade funcional de idosos

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal de São Paulo como parte dos requisitos para obtenção do título de bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: Profa. Dra. Márcia Souza Volpe

Santos 2020

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Dedico este trabalho às minhas afilhadas Nicolli e Mikaella, que são as minhas maiores motivações na busca pela construção de um mundo melhor. A vocês, todo o meu amor.

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AGRADECIMENTOS

À Profª Drª Márcia , pelos ensinamentos, incentivo e orientação que foram de suma importância para meu crescimento científico e intelectual.

Aos meus pais Luiz e Rita por serem minha base, refúgio e incentivo em toda essa minha longa jornada. Ao meu irmão Felipe, por não permitir que eu desistisse do meu sonho, estar sempre ao meu lado para realizá-lo e ser meu eterno companheiro de vida. Ao meu avô Sebastião e meu irmão Robson, que como anjos, se uniram a Deus e aos seres de luz, me guiando e protegendo neste caminho. Amo vocês imensamente, essa conquista é nossa.

A Ingrid por compartilhar a casa, alegrias, angústias, conquistas e a vida durante esses cinco anos. Amadurecemos juntas como pessoas e profissionais e criamos um elo permanente de amor e amizade, sem você não teria chegado tão longe.

Aos meus amigos Natasha, Matheus, Maria Lúcia, Ariane, Mayara e Lucas, por se fazerem presentes mesmo à distância e viverem esse sonho comigo.

Aos colegas e amigos da UNIFESP, Bernardo e Letícia, que foram colaboradores e parceiros essenciais para a conclusão deste trabalho. À Giovanna, por todo apoio e amizade que compartilhamos. Ao Rafael pelo incentivo, amparo e carinho.

E por fim, agradeço a Universidade Federal de São Paulo por me privilegiar com educação pública e de qualidade. E ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão da bolsa de iniciação científica.

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RESUMO

O processo senil corresponde ao envelhecimento fisiológico do organismo e também pode ser definido como um declínio funcional dependente do tempo que causa perda progressiva da integridade fisiológica, função prejudicada dos órgãos e subsequente aumento da vulnerabilidade à morte. Com a perda da integridade fisiológica, a internação hospitalar decorrente de doença aguda se torna mais frequente e a internação, por sua vez, pode acelerar a perda de capacidade funcional. É importante ressaltar que o conceito de funcionalidade transcende a saúde física e reflete a interação entre as várias dimensões da saúde: biológica, individual e social. Portanto, a limitação física compromete atividades desenvolvidas pelo idoso e sua participação na sociedade, impactando negativamente na sua qualidade de vida. Fatores como, a imobilidade no leito e a pior alimentação/ingestão de nutrientes parecem estar relacionados com a perda de capacidade funcional durante o processo de internação hospitalar. O objetivo principal desse estudo foi avaliar os efeitos da hospitalização sobre a capacidade funcional de pacientes idosos. Foram incluídos pacientes internados nas enfermarias da Santa Casa de Santos, com idade igual ou superior a 65 anos, sem doença neuromuscular ou ortopédica que impeça a realização dos testes, com capacidade de caminhar independentemente previamente à internação, índice de massa corpórea < 30 kg/m2, estáveis hemodinamicamente, sem desconforto respiratório e sem expectativa de abordagem cirúrgica. Os pacientes foram avaliados entre o segundo e terceiro dia de internação e no momento da alta hospitalar. Os métodos avaliativos foram: força da musculatura respiratória, força de preensão palmar, Timed Up and Go (TUG) e índice de Barthel, utilizamos de análise descritiva através do cálculo das médias e desvio padrão. Foram avaliados 18 idosos, com idade média de 69 anos, sendo 11 do sexo masculino e 7 do sexo feminino e os resultados mostram que a força da musculatura respiratória sofreu redução ao longo da internação, na média inicial de PIMáx= 89 ± 24 cmH 2O e final PIMáx= 82,5 ± 30 cmH 2O e aumento na média inicial de PEMáx= 88 ± 23 cmH 2​O e final PEMáx = 94 ± 27 cmH 2​O. A média de força de preensão palmar também sofreu redução: de 20,5 ± 8 Kgf para 19,5 ± 8 Kgf. Enquanto o tempo para completar o TUG reduziu de 15,3 ± 5,6 s para 14,4 ± 5,5 s. Já o índice de Barthel não apresentou alteração significativa (médias inicial e final iguais a 91 e 90 pontos, respectivamente). Esses resultados indicam um declínio da função respiratória e da força muscular global, após um período relativamente curto de internação hospitalar. Assim,

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intervenções fisioterapêuticas, entre outras medidas, poderão ser adotadas para minimizar a perda de capacidade funcional de idosos internados.

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ABSTRACT

The senile process corresponds to the physiological aging of the organism and can also be defined as a time-dependent functional decline that causes progressive loss of physiological integrity, impaired organ function and subsequent increased vulnerability to death. With the loss of physiological integrity, hospitalization due to acute illness becomes more frequent and hospitalization, in turn, can accelerate the loss of functional capacity. It is important to note that the concept of functionality transcends physical health and reflects an interaction between the various dimensions of health: biological, individual and social. Therefore, physical limitations compromise activities developed by the elderly and their participation in society, negatively impacting their quality of life. Factors such as bed immobility and worse nutrient feeding / intake seem to be related to the loss of functional capacity during the hospitalization process. The main objective of this study was to evaluate the effects of hospitalization on the functional capacity of elderly patients. Patients admitted to the wards of Santa Casa de Santos, aged 65 years or over, without neuromuscular or orthopedic disease that prevented the tests from being included, with the ability to walk before admission, body mass index <30 kg / m2 , hemodynamically stable, without respiratory distress and without expectation of a surgical approach. Patients were taken between the second and third day of hospitalization and at the time of hospital discharge. The evaluated methods were: respiratory muscle strength, handgrip strength, Timed Up and Go (TUG) and Barthel index, we used descriptive analysis through the calculation of means and standard deviation. Eighteen elderly people were obtained, with an average age of 69 years, 11 of whom were male and 7 female, and the results show that the strength of the respiratory musculature was reduced during hospitalization, in the initial mean of MIP = 89 ± 24 cmH2O and Final MEP = 82.5 ± 30 cmH2O and increase in the initial mean MEP = 88 ± 23 cmH2O and final MEP = 94 ± 27 cmH2O. The average handgrip strength also decreased: from 20.5 ± 8 Kgf to 19.5 ± 8 Kgf. While the time to complete the TUG reduced from 15.3 ± 5.6 s to 14.4 ± 5.5 s. The Barthel index does not present any significant change (initial and final averages equal to 91 and 90 points, respectively). These results indicate a decline in respiratory function and overall muscle strength, after a relatively short period of hospitalization. Thus, physical therapy interventions, among other measures, eliminated should be adopted to minimize the loss of functional capacity of hospitalized elderly.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 10 2 JUSTIFICATIVA 12 3 OBJETIVOS 12 3.1 OBJETIVO GERAL 12 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 12 4 MÉTODOS 13 4.1 DESENHO DO ESTUDO 13 4.2. DESENHO DO ESTUDO 13 4.3 LOCAL DO ESTUDO 13 4.4 AMOSTRA DA POPULAÇÃO 13 4.4.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO 14 4.4.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO 14 4.5 PROTOCOLO 14 4.5.1 TRIAGEM 14

4.5.2 FORÇA DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA 14

4.5.3 FORÇA DE PREENSÃO PALMAR 15

4.5.4 Teste Timed Up and GO (TUG) 15

4.5.5 Índice de Barthel 15

5. ANÁLISE DOS DADOS 16

6. RESULTADOS 16

7. DISCUSSÃO 19

8. CONCLUSÃO 21

ANEXO A 23

Termo de consentimento livre e esclarecido 23

ANEXO B 25

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1 INTRODUÇÃO

A população idosa, com idade superior a 60 anos, está crescendo rapidamente em todo o mundo, inclusive no Brasil. A população brasileira ganhou 4,8 milhões de idosos desde 2012, correspondente a um crescimento de 18% deste grupo etário e superou a marca dos 30,2 milhões em 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características dos Moradores e Domicílios, divulgada pelo IBGE em 2018¹. O instituto também estima que até 2060 o país terá mais idosos do que crianças, apresentando um aumento de 13% para 32% da população total, já as crianças até 14 anos que atualmente representam 21% terão a queda percentual para 15%. Esses números são justificados pelo aumento na expectativa de vida associado à redução gradual da taxa de fecundidade.

O envelhecimento está associado a alterações fisiológicas e patofisiológicas que apresentam impacto direto na prevenção e tratamento de doenças e, portanto, na manutenção de uma vida saudável. Por exemplo, alterações como a perda de massa e de força muscular com o avanço da idade estão associadas à redução da capacidade funcional. 2​Após os 50 anos,

a força e massa muscular diminuem em 1-2% e em 1,5 - 5% por ano, respectivamente 3​. Com

a diminuição da força muscular ocorre perda da mobilidade ao longo do tempo. Hicks e col. em um estudo longitudinal com 934 adultos demonstraram que homens com força extensora de joelho menor que 19,2 kg e mulheres com força extensora de joelho menor que 18,0 kg apresentaram diminuição na velocidade de marcha clinicamente significante de 0,24 m/s e 0,06 m/s, respectivamente em um intervalo de três anos. 4 ​É importante ressaltar que o

conceito de funcionalidade transcende a saúde física e reflete a interação entre as várias dimensões da saúde: biológica, individual e social. 5 ​Portanto, a redução da força muscular

com consequente prejuízo da marcha não se restringe a limitação física, mas irá comprometer atividades desenvolvidas pelo idoso e sua participação na sociedade, impactando negativamente na sua qualidade de vida.

Os outros sistemas orgânicos também sofrem alterações anatômicas, fisiológicas e imunológicas com o envelhecimento. O sistema respiratório desenvolve deformidades na parede e coluna torácica que prejudicam a complacência total do sistema respiratório; o parênquima pulmonar perde sua estrutura de suporte causando dilatação dos espaços aéreos e perda da força de retração elástica; e há aumento do espaço morto alveolar, afetando a eficiência das trocas gasosas. 6​Em relação à força da musculatura respiratória, Enright e col.

demonstraram que ocorre uma diminuição entre 0,8 a 2,7 cmH 2O por ano, após os 65 anos de idade. 7 ​Além disso, já foi demonstrado que a força da musculatura inspiratória está

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diretamente relacionada à capacidade de caminhar. 8,9​Todas essas modificações do sistema

respiratório em associação provocam o aumento do trabalho respiratório que, por sua vez, limitam a capacidade física e funcional.

O sistema cardiovascular também sofre uma série de alterações fisiológicas de nível estrutural e funcional com o envelhecimento. Observa-se frequentemente aumento na espessura da parede ventricular, apoptose das células musculares lisas da parede arterial, aumento da rigidez das artérias, mudanças na regulação autonômica cardíaca com redução da habilidade em alterar a frequência cardíaca de maneira adequada em resposta a situações de estresse, e maior ocorrência de arritmias. 10,11

Além de reduzir a funcionalidade, todas essas alterações - fisiológicas e patofisiológicas decorrentes do envelhecimento - predispõe os pacientes idosos ao adoecimento mais frequente e maior ocorrência de internação hospitalar. A menor reserva funcional dos idosos frente à hospitalização decorrente de doença aguda pode acelerar a redução de funcionalidade e torná-la permanentemente comprometida. 12​Entre 25 a 60% dos

idosos internados evoluem com restrição da capacidade funcional. 12​De acordo com o estudo

de Margitic e col., um em cada três pacientes idosos apresentam redução da capacidade funcional após hospitalização por doença aguda e um em cada cinco não recupera a funcionalidade após três meses da alta hospitalar. 13​Sabe-se ainda que o tempo de internação

atua como fator de risco para ocorrência de diminuição da capacidade funcional. No estudo de Solh e col. 45% dos pacientes internados por mais de sete dias apresentaram redução da capacidade funcional versus 32% daqueles que permanecem por até três dias internados. 14

Vale ressaltar que a ausência de recuperação da capacidade funcional em até três meses após a alta hospitalar está associada a maior risco de readmissão hospitalar e morte. 14

Além da doença aguda, a imobilidade ou redução da atividade física e a pior alimentação/ ingestão de nutrientes parecem ser fatores relacionados com a perda de capacidade funcional durante o processo de internação hospitalar.

Já foram descritos como fatores de risco associados a maior perda de funcionalidade com a hospitalização: idade avançada, menor capacidade funcional e alterações cognitivas prévias ao evento, hipoalbuminemia e aumento dos níveis séricos de TNF-α (relacionado com a degradação acelerada de proteínas). 14 ​Apesar dos efeitos da hospitalização sobre a

diminuição de capacidade funcional estarem bem estabelecidos, o entendimento dos mecanismos envolvidos nesse processo não está totalmente claro. Por exemplo, pouco se sabe sobre os efeitos da hospitalização sobre a força muscular respiratória e a sua associação com a perda de capacidade funcional. Um estudo nacional, com 63 pacientes internados por

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insuficiência cardíaca aguda com idade média de 75 anos, não encontrou redução significativa na força da musculatura inspiratória durante o período de internação que, em média, foi de 11 dias. A força da musculatura inspiratória foi avaliada por meio da obtenção da pressão inspiratória máxima (PIMáx) após a estabilização clínica do paciente (com dois a três dias da internação) e no momento da alta hospitalar. Porém, os autores encontraram que 75% dos pacientes apresentavam redução da força da musculatura inspiratória em relação ao predito. A não redução da PIMáx durante o período de internação - resultado que não era esperado - pode ter sido consequência do tratamento fisioterapêutico realizado que consistiu em exercícios respiratórios, exercícios de membros superiores e inferiores, deambulação e subir/descer de escada.15

2 JUSTIFICATIVA

O presente estudo buscou colaborar cientificamente com o entendimento das alterações que ocorrem na capacidade funcional de pacientes idosos decorrentes do processo de internação hospitalar. A principal relevância clínica do trabalho é identificar os efeitos deletérios da hospitalização sobre a força muscular respiratória e sua relação com a capacidade funcional de idosos. Essa identificação dará suporte ao tratamento fisioterapêutico destes pacientes com a finalidade de minimizar esses danos e, assim, contribuir para uma melhor qualidade de vida e retomada precoce das atividades de vida diária (AVDs) após a alta hospitalar.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar os efeitos da hospitalização sobre a capacidade funcional e força muscular de pacientes idosos.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a capacidade funcional de forma integrada por meio da avaliação da: I. Força da musculatura respiratória, em relação ao predito e sua evolução ao longo da internação;

II. Força muscular global, em relação ao predito e sua evolução ao longo da internação;

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III. Capacidade de execução de AVDs, préviamente a internação com a do momento de alta hospitalar;

IV. Capacidade física, em relação ao predito e sua evolução ao longo da internação.

4 MÉTODOS

4.1 DESENHO DO ESTUDO

Longitudinal, prospectivo e observacional.

4.2. DESENHO DO ESTUDO

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP (nº 2.879.861) e teve seu início mediante sua aprovação. Todos os participantes foram informados sobre os objetivos, procedimentos, riscos e benefícios da pesquisa por meio de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) segundo as determinações do Conselho Nacional de Saúde (Resolução 466/2012) (ANEXO A). Todos os voluntários que concordaram com os termos da pesquisa assinaram o TCLE.

4.3 LOCAL DO ESTUDO

Unidades de internação masculina e feminina, do Sistema Unico de Saude da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de Santos.

4.4 AMOSTRA DA POPULAÇÃO

Os pacientes elegíveis ao estudo foram identificados via acesso ao sistema online de registro e prontuário dos pacientes da clínica médica. Foram recrutados todos os pacientes elegíveis, que estavam internados nas enfermarias durante o período de coleta de dados do estudo.

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4.4.1 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO ● Pacientes com idade ≥ 65 anos;

● Ausência de doenças neuromusculares ou ortopédicas que impediam a realização dos testes de avaliação;

● Capacidade de caminhar independentemente, sem auxílio humano, previamente à internação;

● Índice de massa corpórea < 30 kg/m2​;

● Estabilidade hemodinâmica caracterizada por: pressão arterial sistólica > 90 mmHg e < 180 mmHg e frequência cardíaca ≤ 100 bpm;

● Ausência de desconforto respiratório caracterizada por: frequência respiratória < 25 resp/min e saturação periférica de oxigênio > 90%;

● Sem expectativa de abordagem cirúrgica.

4.4.2 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO ● Recusa em participar da pesquisa; ● Incompreensão dos testes de avaliação.

4.5 PROTOCOLO 4.5.1 TRIAGEM

Após a inclusão no estudo foram coletados os seguintes dados no prontuário dos pacientes: diagnóstico, medicações em uso, dados demográficos e causa da internação. Em seguida, os pacientes foram submetidos aos seguintes testes/ avaliações, realizados entre o segundo e terceiro dia de internação e no dia da alta hospitalar.

4.5.2 FORÇA DA MUSCULATURA RESPIRATÓRIA

A mensuração da força muscular respiratória, ocorreu por meio de manovacuômetro analógico, com escala de -120 cm/H20 a +120cm/H2O, devidamente calibrado. Com o paciente sentado de forma confortável e com os pés apoiados, foi solicitado ao avaliado que expirasse até o volume residual e, então, que executasse um esforço inspiratório forte e rápido na peça bucal do manovacuômetro, para registro da PIMáx. Para a medida da pressão expiratória máxima (PEMáx), o avaliado deveria inspirar

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até a capacidade pulmonar total e, então, expirar o mais rápido e forte que conseguisse. Para ambas as medidas, o procedimento foi repetido três vezes e considerado o maior valor obtido⁸. Contudo, se na última aferição fosse observado aumento de 5% em relação à aferição anterior, a manobra era repetida novamente, pois é um indicativo do efeito aprendizado do paciente com o teste. Os valores de referência para a PIMáx e PEMáx foram calculados de acordo com as equações propostas por Neder e col.17

4.5.3 FORÇA DE PREENSÃO PALMAR

O teste foi feito com um dinamômetro manual CROWN®, com capacidade de 10 a 100 kgf. O paciente permanecia sentado com os quadris e joelhos a 90° de flexão, ombro em adução, cotovelo fletido a 90°, antebraço e punho em posição neutra. 18 Foram

realizadas três medidas para cada mão e considerado o valor de preensão palmar a média dos três valores. Em idosos, valores de força de preensão palmar máxima menores que 30 kg em homens e menores que 20 kg em mulheres são considerados marcadores de sarcopenia²¹.. Os valores de referência para a força de preensão palmar máxima foram calculados de acordo com as equações propostas por Novaes e col.18

4.5.4 Teste Timed Up and GO (TUG)

Este teste requer que o paciente se levante de uma cadeira (com altura de aproximadamente 46 cm), ande uma distância de 3 m, vire-se, volte ao ponto de partida e se sente novamente. O teste foi repetido três vezes e o tempo de execução foi cronometrado, ao final calculamos a média do tempo. Valores do TUG ≥ 13,5 segundos classificam os pacientes com maior risco de queda e capacidade funcional reduzida. 19

4.5.5 Índice de Barthel

O índice de Barthel (ANEXO B) foi originalmente descrito para avaliar a capacidade de execução de AVDs ou independência funcional em pacientes com acidente vascular encefálico, mas posteriormente o seu uso se estendeu a população geriátrica. Inclusive já foi descrito como um preditor robusto de análise de sobrevida para pacientes idosos no momento da hospitalização. 20 ​O Índice de Barthel consiste na avaliação da

capacidade do indivíduo em executar 10 AVDs: alimentação, banho, vestuário, higiene pessoal, eliminações intestinais, eliminações vesicais, uso do vaso sanitário, passagem cadeira-cama, deambulação e escadas. Cada atividade é pontuada de acordo com o desempenho do paciente em realizar as tarefas de forma independente, com alguma ajuda ou de forma independente.

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A pontuação final consiste na somatória dos pontos atribuídos para cada atividade e varia de 0 (dependente) a 100 (independente). A pontuação do Índice de Barthel pode ser classificada em quatro estratos: AVD muito baixa (0-24 pontos); AVD baixa (25-49 pontos); AVD com redução moderada (50-79 pontos); e independente (80-100 pontos). 20

5. ANÁLISE DOS DADOS

O desfecho principal consiste na avaliação da PIMáx ao longo da internação. Para a análise estatística descritiva das variáveis numéricas foram utilizados a média e o desvio padrão e das variáveis categóricas porcentagens. As variáveis numéricas de interesse foram coletadas em dois momentos ao longo do tempo (com 2-3 dias de internação e na alta hospitalar) e foram avaliadas utilizando-se o teste t pareado ou o Wilcoxon. A existência de correlação entre as variáveis foi analisada por meio da correlação de Pearson ou de Spearman.

A análise estatística foi feita utilizando-se o programa específico Statistical Package for the Social SciencesTM (SPSS), versão 18.0.

6. RESULTADOS

Entre janeiro/2019 e março/2020 foram internados 550 idosos nas enfermarias com idade ≥ 65 anos. Dentre estes, 38 pacientes foram elegíveis ao estudo, porém 20 foram excluídos: 5 realizaram procedimento cirúrgico após a primeira avaliação, 8 tiveram a alta hospitalar antecipada, 5 foram encaminhados para a UTI e 2 foram a óbito.(figura 1).

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Figura 1. Fluxograma da triagem dos pacientes .

A tabela 1 apresenta os dados demográficos dos 18 pacientes incluídos no estudo. A maioria dos pacientes era do sexo masculino, com mediana de peso dentro da faixa adequada. Como o diagnóstico de muitos pacientes não estava claro, agrupamos os pacientes de acordo com a origem do sistema fisiológico afetado.

Tabela 1. Dados demográficos dos pacientes incluídos no estudo.

Variáveis n=18

Sexo masculino, n (%) 11 (61%)

Idade, anos (média e desvio padrão)

geral 69 ± 7,4

homens 68 ± 7

mulheres 69 ± 9

Peso, kg (média e desvio padrão)

geral 76 ± 17

homens 72 ± 17

mulheres 82 ± 17

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Altura, m (média e desvio padrão)

geral 1,72 ± 0,15

homens 1,80 ± 0,13

mulheres 1,61 ± 0,06

IMC, kg/m2​ (média e desvio padrão)

geral 26,2 ± 5,6

homens 24 ± 3,6

mulheres 31,3 ± 6,7

Período de internação, dias (média e desvio padrão)

geral 10 ± 3,8

homens 10 ± 3,8

mulheres 11 ± 4,3

Origem da causa da internação, n (%)

Gastrointestinal 12

Cardiovascular 3

Sistema urinário 2

Pulmonar 1

A força da musculatura inspiratória apresentou uma redução não significativa ao longo da internação, média inicial de PIMáx= 89 ± 24 cmH2O e final PIMáx= 82,5 ± 30 cmH2O (tabela 2). Porém, ao avaliarmos a evolução da PIMáx de acordo com o sexo, nota-se que a redução da PIMáx ocorreu apenas nas mulheres, enquanto que a PIMáx nos homens apresentou uma tendência de recuperação. Já a musculatura expiratória apresentou uma tendência de aumento, independente do sexo (tabela 2).

Tabela 2. Variáveis de interesse do estudo coletadas no início da internação e no momento da alta hospitalar.

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PIMax (cmH2O) geral 89 ± 24 82,5 ± 30 0,29 homens 92 ± 27 95 ± 29 mulheres 85 ± 19 61 ± 21 PEMax (cmH2O) geral 88 ± 23 94 ± 27 0,20 homens 97 ± 21 104 ± 20 mulheres 77 ± 21 81 ± 31 Força de preensão palmar (Kgf) geral 20,5 ± 8,0 18,9 ± 8,2 0,15 homens 24,9 ± 6,4 22,7 ± 7,8 mulheres 14,1 ± 5,5 13,6 ± 5,3 TUG (s) geral 15,3 ± 5,6 14,4 ± 5,5 0,91 homens 14,6 ± 6,6 13,2 ± 5,8 mulheres 16,3 ± 3,9 16,1 ± 5,2 Índice de Barthel geral 91 ± 9 90 ± 10 0,42 homens 92 ± 9 91 ± 10 mulheres 89 ± 11 89 ± 11

A força de preensão palmar praticamente não se alterou ao longo da internação e o tempo para completar o TUG apresentou uma tendência de melhora de 14,6 s para 13,2 s somente nos homens. Já o índice de Barthel não apresentou alteração significativa (médias, inicial e final, iguais a 91 e 90 pontos, respectivamente).

7. DISCUSSÃO

Os principais resultados do nosso estudo sugerem que as pacientes do sexo

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feminino apresentaram uma tendência de redução da força da musculatura inspiratória ao longo da internação associado a uma tendência de redução da força de preensão palmar e de não recuperação do tempo de execução do TUG. Já os pacientes do sexo masculino apresentaram uma tendência de melhora da força da musculatura respiratória e do tempo para completar o TUG.

A nossa hipótese inicial era que, independente do sexo, os pacientes que ficassem internados por um período superior a 7 dias iriam evoluir com redução da capacidade funcional e da força da musculatura respiratória. Uma das possíveis explicações para a pior evolução das pacientes do sexo feminimo pode ser o fato das pacientes serem obesas (IMC, > 27 kg/m² é indicativo de obesidade) ​, o que sugere que elas eram mais sendentárias e, portanto, com menor capacidade física. A doença em sua fase aguda, associada a menor reserva funcional pode ter resultado na sua pior evolução. Já os homens apresentavam um IMC normal e, possivelmente, apresentavam uma maior reserva funcional. Assim, os possíveis efeitos deletérios da hospitalização foram superados pela maior reserva funcional associado a recuperação da doença aguda. Um resultado que reforça esses resultados foi que na média as pacientes do sexo feminino permaneceram um dia a mais internadas do que os pacientes do sexo masculino.

Um outro dado que corrobora com a hipótese de que as mulheres apresentavam menor capacidade funcional do que os homens no momento da internação foi que a força de preensão palmar das mulheres correspondia a 70% (14 kgf) do valor de corte para sarcopenia (20 kgf), enquanto a dos os homens correspondia a 80% (23kgf, valor de corte para sarcopenia 30 kgf).

Além disso, é importante destacar que os resultados da força de preensão indicam que a nossa amostra de idosos apresentava indícios de sarcopenia. O TUG acompanha essa tendência, uma vez que o tempo para completar o TUG ficou acima de 10,85 s, valor de corte considerado preditor de sarcopenia em idosos hospitalizados²³. Já um tempo ≥ 12,47 s parece ser o melhor valor preditivo para quedas de idosos brasileiros² ⁴, embora alguns estudos considerem >13,5 s.

No estudo de OHARA e col.²¹ realizado com 383 idosos da comunidade, foi estabelecido como ponto de corte para predição de sarcopenia, os valores de PEMáx ≤60 cmH2O e ≤50 cmH2O e de PIMáx ≤55 cmH2O e ≤45 cmH2O, respectivamente para homens e mulheres. Se formos considerar esses limiares das pressões respiratória, os nossos idosos não teriam sarcopenia. No entanto, mais estudos são necessários para estabelecer a correlação entre força da musculatura respiratória e sarcopenia.

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O indicativo de presença ou não de sarcopenia nesta população, nos é relevante pois a redução da massa e força muscular decorrentes do envelhecimento, é amplamente considerada uma das principais causas de incapacidade em pessoas idosas²². Os resultados citados anteriormente quando associados ao Índice de Barthel, cujo as médias foram 91 e 89 pontos, para homens e mulheres respectivamente, caracterizando dependência leve²⁵, indicam comprometimento funcional destes pacientes.

No entanto, o nosso estudo apresenta limitações importantes. A principal foi o número reduzido de idosos incluídos, o que impediu a obtenção de resultados robustos. Além disso, o aparelho utilizado para fazer a medição das pressões respiratórias era analógico, o que pode ter prejudicado a precisão das avaliações.

8. CONCLUSÃO

A hospitalização por um período relativamente curto parece ter reduzido a força da musculatura inspiratória e contribuído para uma pior recuperação funcional em idosas obesas, com menor reserva funcional. Se esses resultados forem confirmados com um número maior de pacientes, intervenções fisioterapêuticas, entre outras medidas, poderão ser adotadas para minimizar a perda de capacidade funcional de idosos internados.

REFERÊNCIAS

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ANEXO A

Termo de consentimento livre e esclarecido

Prezado (a),

O(A) senhor(a) está sendo convidado(a) a participar voluntariamente da pesquisa intitulada "Avaliação dos efeitos da hospitalização sobre a capacidade funcional de idosos", que está sendo desenvolvida por Helena Silva Mota, do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal

(25)

de São Paulo (UNIFESP) – Campus Baixada Santista, sob a orientação da Prof. Dra. Márcia Souza Volpe.

O estudo tem como objetivo principal avaliar os efeitos da internação hospitalar sobre a capacidade de movimentação e de realizar atividades do dia-a-dia em pacientes com 65 ou mais anos de idade.

A finalidade deste estudo é compreender melhor os efeitos da internação hospitalar e aprimorar a prática clínica fisioterapêutica ao minimizar os danos causados pela hospitalização e, assim, contribuir para uma melhor qualidade de vida e retomada precoce das atividades de vida diária após a alta hospitalar.

Caso o(a) senhor(a) aceite em participar dessa pesquisa, o(a) senhor(a) realizará testes que avaliarão a habilidade de caminhar, a função dos pulmões, a força da musculatura da respiração e das mãos. Além de responder um questionário sobre a sua capacidade em realizar atividades do dia-a-dia como, tomar banho e subir escadas. Os testes exigirão esforço e poderão causar um pouco de cansaço. Porém, o cansaço passará logo e será respeitado o seu limite físico. Caso o(a) senhor (a) queira, os testes poderão ser interrompidos a qualquer momento.

Informamos que o seu nome não aparecerá em nenhum momento do estudo, pois o mesmo será identificado com um número.

Esclarecemos que sua participação no estudo é voluntária e, portanto, o(a) senhor(a) não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades solicitadas pelas pesquisadoras. Caso decida não participar do estudo, não sofrerá nenhum dano.

As pesquisadoras estarão a sua disposição para qualquer esclarecimento que considere necessário. A principal investigadora é a Prof. Dra. Márcia Souza Volpe, que pode ser encontrada no Edifício Central da UNIFESP, Campus Baixada Santista – Rua Silva Jardim, n°136, sala – Santos - SP - CEP: 11015-020 Telefone: +55 (13) 3229- 0100.

Se o(a) senhor(a) tiver alguma consideração ou dúvida sobre a ética da pesquisa, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) – Rua 17 Francisco de Castro no 55, Vila Clementino, CEP 04020-050 – São Paulo/SP – Tel: (11) 5571-1062 fax: (11) 5539-7162 – E-mail: cep@unifesp.edu.br.

(26)

ANEXO B Índice de Barthel 1.Alimentação o Incapaz de realizar Pontos 0

o Precisa de ajuda para cortar alimentos, espalhar a manteiga, ou requer modificação na dieta 5 o Independente 10 2.Banho O Dependente 0 O Independente 5 3.Higiene Pessoal

O Precisa de ajuda com os cuidados pessoais 0

O Independente: face, cabelo, dentes, barba

(instrumentos fornecidos) 5

4.Capacidade de Vestir-se

O Dependente 0

O Precisa de ajuda, mas consegue vestir-se a

metade sem ser ajudado 5

O Independente (incluindo botões, zíperes e

laços) 10

5.Continência fecal

O Incontinente (ou precisa ser dado enema) 0

O Ocasionalmente há defecação acidental 5

O Continente 10

6.Continência Urinária

O Incontinente ou cateterizado e incapaz de

urinar sozinho 0

7.Uso do banheiro

O Dependente 0

O Precisa de alguma ajuda mas pode fazer

alguma coisa sozinho 5

O Independente (entra e sai, veste-se e

limpa-se) 10

8.Transferência

O Incapaz, não tem equilíbrio para sentar 0

O Grande ajuda (uma ou duas pessoas ou física

pode sentar) 5

O Pequena ajuda verbal ou física 10

O Independente 15

9.Mobilidade

O Imóvel ou < 45 metros 0

O Cadeira de rodas independente, incluindo

cantos, > 45 metros 5

O Anda com ajuda de uma pessoa (verbal ou

física) > 45 metros 10

(27)

O Independente (mas pode usar um auxílio,

como bengala) > 45 metros 15

10. Subir escadas

O Incapaz 0

O Precisa de ajuda (verbal, física, ajuda de

suporte) 5

O Independente 10

Referências

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