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Academic year: 2021

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1. Macroeconomia

ECONOMIA GLOBAL

Entre o optimismo económico e os receios financeiros.

Os principais indicadores de actividade (ex. PMIs) sugerem um crescimento suportado (e superior às expectativas iniciais) nas principais áreas económicas, no final de 2010 e início de 2011. Esta evolução – em particular no que respeita aos EUA e Alemanha – resulta, sobretudo, de um comportamento mais favorável da actividade industrial (no caso alemão, em grande medida ligado às exportações). Paralelamente, a actividade modera ligeiramente, mas mantém-se forte, nos principais Emergentes.

EUA – ISM Manufacturing e Serviços.

30 35 40 45 50 55 60 65 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 In de x ( Po in ts ) ISM Manufacturing ISM Non-manufacturing Fonte: Bloomberg.

China e Brasil – PMI Manufacturing.

30 35 40 45 50 55 60 65

Jun. 2007 Jun. 2008 Jun. 2009 Jun. 2010

In d e x ( P o in ts ) China Brazil Fonte: Bloomberg.

Preços das commodities aumentam visibilidade dos riscos de inflação.

O risco associado à forte subida dos preços das matérias-primas tem ganho visibilidade crescente no início de 2011, com as condições climatéricas adversas e as restrições diversas às exportações a incentivarem a procura para constituição de stocks de segurança por parte dos importadores, bem como o aumento de investimentos de natureza especulativa, tendo em conta o ambiente global marcado por taxas de juro baixas e procura global mais forte que o esperado.

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Preço Petróleo (Brent), USD vs. EUR/barril. 0 20 40 60 80 100 120 140 160 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 USD ; E U R USD EUR 97 72 Fonte: Bloomberg. Índice CRB – Alimentação. 200 250 300 350 400 450 500 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 In d e x ( P o in ts ) Fonte: Bloomberg.

Nova deterioração do risco soberano, com forte pressão sobre Portugal faz também aumentar os riscos de contágio da “periferia” para o “centro”.

A confiança nos mercados de dívida soberana e de crédito voltou a deteriorar-se no início de 2011 (com especial incidência na periferia da Zona Euro e, especificamente, em Portugal), em função de:

• Planos da CE para impor haircuts aos senior holders de dívida dos bancos no caso de futuros apoios públicos;

• Notícias de que o Banco Central da Suiça deixou de aceitar dívida pública portuguesa como colateral; • Notícias não confirmadas sobre uma pressão franco-alemã para Portugal solicitar o apoio do mecanismo de estabilização europeu;

• Receios de contágio a outras economias (Espanha, Bélgica – a braços com mais uma crise política –, Itália, etc.) e especulação sobre a estabilidade do Euro;

• Especulação sobre a capacidade de as economias e as instituições financeiras da periferia virem a satisfazer todas as necessidades de financiamento de 2011, dados os montantes elevados de emissões esperados este ano (Portugal fez emissão de OTs a 4 e 10 anos em 12 de Janeiro, com taxas médias de 5,396% e 6,716%, respectivamente, e forte procura);

• Receios de reestruturações forçadas de dívida a médio prazo na periferia da Zona Euro.

Spreads dos títulos da dívida pública a 10 anos vs.

Alemanha (bps). 0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 Out. 2007 Abr. 2008 Out. 2008 Abr. 2009 Out. 2009 Abr. 2010 Out. 2010 B a si s P o in ts Greece Ireland Portugal Spain 222 371 526 812 158 Italy Fonte: Bloomberg.

Spreads dos CDS soberanos a 5 anos – Economias

seleccionadas (bps). 0 50 100 150 200 250 300 Jan.

2008 2008Jul. 2009Jan. 2009Jul. 2010Jan. 2010Jul. 2011Jan.

Ba si s P o in ts France Belgium 236 105 247 Italy Fonte: Bloomberg.

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EUA: Expectativas de crescimento revistas em alta mas fraca criação de emprego suporta postura expansionista do Fed.

O PIB norte-americano deverá ter crescido em torno de 4% (anualizado) no 4º trimestre (crescimento anual de 2010 próximo de 2,8%). Assume-se agora para 2011 um crescimento anual de pelo menos 3%, sobretudo em função do prolongamento dos estímulos fiscais às famílias e às empresas, que deverá “libertar” perto de USD 900 mil milhões, suportando o consumo e o investimento privado. No entanto, a confiança dos consumidores regista uma queda, reflectindo as dificuldades do mercado de trabalho. Assim, a criação de emprego ficou aquém do esperado em Dezembro (+103 mil vs. expectativa de 140 mil), suportando a ausência de pressões inflacionistas a nível core. No entanto, a taxa de desemprego recuou de 9,8% para 9,4%, mas à custa de uma queda da população activa. Neste contexto, o Fed deverá levar o QE2 (+USD 600 mil milhões) até ao fim, procurando restringir (ou anular) a subida das yields de longo prazo associada ao anúncio do novo estímulo fiscal e à expectativa de crescimento do PIB mais forte.

Vendas a retalho (%, y-o-y).

-15 -10 -5 0 5 10 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 % Fonte: Bloomberg.

Confiança dos consumidores.

0 20 40 60 80 100 120 140 1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 In de x ( P o in ts ) Fonte: Bloomberg.

China: Inflação força política monetária mais cautelosa.

Na China, a inflação subiu para 5,1% y-o-y em Novembro, um máximo de 28 meses, sobretudo em função dos preços dos alimentos, mas também com uma aceleração da componente não alimentar. O controlo de preços, a política monetária mais restritiva (ex. juros de referência subiram no Natal) e os efeitos estatísticos deverão atenuar a inflação nos próximos meses. Mas esta mantém-se como um risco, sobretudo tendo em conta a forte procura interna (importações crescem 25,6% y-o-y em Dezembro).

Inflação homóloga (IPC e IPP, %).

-4 -2 0 2 4 6 8 10 Jan. 2007 Mai. 2007 Set. 2007 Jan. 2008 Mai. 2008 Set. 2008 Jan. 2009 Mai. 2009 Set. 2009 Jan. 2010 Mai. 2010 Set. 2010 -10 -5 0 5 10 15 PPI (RHS) CPI (LHS) % % Fonte: Bloomberg.

Rácio de reservas obrigatórias e taxa de empréstimo a um ano (%). 4 6 8 10 12 14 16 18 20 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 % 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 % 1-Year Lending Rate (RHS) Researve Requirement Ratio (LHS) Fonte: Bloomberg.

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Brasil: Baterias apontadas à apreciação do real.

Com a provável necessidade de se retomar um ciclo de subida de juros em 2011 (dada a maior visibilidade das pressões inflacionistas), as autoridades pretendem evitar os impactos restritivos da recente tendência de apreciação do Real (que vem penalizando a balança comercial). Neste contexto, foram anunciadas novas restrições sobre a actividade do sector financeiro no mercado de FX (aumento das reserve requirements em operações de short-selling do USD contra o Real).

Os indicadores mais recentes sobre a inflação e a actividade reforçaram a ideia de que a autoridade monetária deverá ajustar a taxa SELIC em breve. A produção de veículos e o fluxo de veículos pesados nas estradas sugerem um crescimento robusto da produção industrial em Dezembro. A inflação (medida pelo IPCA) fechou o ano com um registo de 5,91%. USD/BRL e EUR/BRL. 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 U S D /BR L; E U R /BR L EUR/BRL USD/BRL Fonte: Bloomberg. Inflação (%, y-o-y). 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 2006 2007 2008 2009 2010 % 5,9% Fonte: Bloomberg.

Zona Euro: Exportações e actividade industrial suportam crescimento.

O crescimento do PIB do 3Q 2010 foi revisto marginalmente em baixa, de 0,4% para 0,3% q-o-q. Mas a actividade industrial (produção e novas encomendas) continua a suportar o crescimento, algo particularmente visível na Alemanha. O ISE da Zona Euro voltou a subir em Dezembro (para 106,2, vs. média de longo prazo de 100), a partir da subida da componente da indústria. No entanto, persistem divergências claras entre centro e periferia (ex. desemprego).

Já a inflação subiu em Dezembro de 1,9% para 2,2% y-o-y, com os efeitos (provavelmente temporários) das subidas dos preços da energia e alimentação. Mas com o desemprego em 10,1%, a inflação core deve manter-se contida, conferindo margem de manobra ao BCE (espera-se manutenção da taxa refi ao longo de 2011). O Banco Central prolongou as operações extraordinárias de cedência de liquidez a 3 meses pelo 1Q 2011 e tem vindo a reforçar as aquisições de títulos de dívida da periferia.

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Zona Euro, Alemanha e Espanha – Taxa de desemprego (% população activa). 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 % of la bo u r f or ce Germany Spain 6,7 20,6 Fonte: Bloomberg.

Cedência de liquidez pelos Bancos Centrais (EUR mil milhões). 0 20 40 60 80 100 120 140 160

Jan. 2007 Jan. 2008 Jan. 2009 Jan. 2010

E U R Bi lli on Portugal (40.9; December) Spain (61.1; November) Greece (96.4; November) Ireland (136.4; November) Fonte: Bloomberg. Fonte: ES Research

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2. Biblioteca Best

O RATING

Os mercados obrigacionistas têm um sistema que avalia os emitentes de obrigações de acordo com a sua situação financeira e com a sua capacidade em honrar os compromissos assumidos com a emissão de obrigações. Esse sistema designa-se de “Rating”.

As maiores agências de Rating, todas americanas, são a Standard & Poor's, Moody’s e Fitch.

Estas agências estudam os emitentes de forma detalhada e atribuem um “rating” (ex: AAA, AA, B, etc) baseado na análise das capacidades financeiras e de gestão, condições económicas e estrutura de endividamento e origem das receitas da empresa emitente. Os “ratings” mais elevados são classificados de AAA (S&P e Fitch) e Aaa (Moody’s). Por seu lado, obrigações classificadas na categoria BBB ou superior são consideradas de “Investment Grade” e obrigações com “ratings” de BB ou inferiores são classificadas como “High Yield” ou abaixo de “Investment Grade”. As obrigações “High Yield” também se designam de obrigações especulativas, “Non Investment Grade” ou “Junk Bonds” e oferecem normalmente taxas de juro mais altas para compensar o risco de crédito adicional que possuem.

Os “ratings” podem ser revistos periodicamente pela agência e podem ser melhorados (“upgraded”), revistos em baixa (“downgraded”) ou mantidos. Quando as agências de Rating estão a ponderar alterações no grau de “rating” de determinado emitente podem colocar determinado título em revisão (CreditWatch - S&P, Under Review - Moody’s ou Rating Watch - Fitch).

E como podemos saber se o emitente irá honrar os seus compromissos em prazos mais longos (10, 20 ou 30 anos)? As agências de Rating atribuem “ratings” a emissões obrigacionistas, mas monitorizam também a evolução ao longo da sua vida útil, podendo proceder a revisões do “rating” em função de um conjunto de eventos relacionados com a actividade da empresa e com as suas decisões de investimento e financiamento, bem como com o sector onde está inserida.

Embora os mercados financeiros sejam férteis em surpresas, o Rating continua a ser, nos dias de hoje, fundamental no processo de avaliação da qualidade de crédito de um emitente e consequentemente na avaliação das obrigações por si emitidas. Constitui, portanto, uma importante ferramenta para analistas e investidores do mercado obrigacionista.

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3. Curiosidade

À descoberta do Pólo Sul

O Pólo Sul foi pela primeira vez alcançado em 1911, por uma expedição Norueguesa liderada pelo famoso explorador da mesma nacionalidade Roald Amundsen. Entre outros feitos, Amundsen é conhecido por ter sido a primeira pessoa a chegar a ambos os pólos.

De facto, a expedição ao Pólo Sul foi primeiro pensada por Amundsen com o objectivo de atingir o Pólo Norte, contudo, em 1909, dois exploradores atingiram este objectivo, levando a equipa norueguesa a mudar o plano.

Por essa data, também uma equipa inglesa, liderada por Robert Scott, tinha como objectivo reclamar o feito de atingir o Pólo Sul, o que levou Amundsen a realizar os primeiros dias da sua viagem em segredo. Assim, a embarcação iniciou viagem da Noruega em Agosto de 1910, mas apenas em Setembro, quando chegou a Ilha da Madeira, Amundsen informou que iria para o Pólo Sul e não para o Alasca, tendo por fim chegado à Antártida a 14 de Janeiro de 1911. Durante largos meses, até Setembro de 2011, a equipa concentrou-se em arranjar mantimentos (focas e pinguins), construir o acampamento, melhorar o equipamento de transporte, feito por trenós, skys e cães da Gronelândia, e montar entrepostos que serviriam de abrigo nas viagens de ida e vinda do pólo – Amundsen encontrava-se a 1381 quilómetros do destino.

A 19 de Outubro de 1911 a equipa composta por Amundsen e mais quatro homens iniciou o caminho para o objectivo, tendo atingido o Planalto Polar a 21 de Novembro e, por fim, a 14 de Dezembro, chegado ao Pólo Sul. A viagem de volta demorou cerca de um mês e todos os cinco homens regressaram com vida ao acampamento a 25 de Janeiro 1912. A viagem demorou 99 dias, menos um que o plano original e foi um sucesso. Já a campanha de Scott, embora tendo chegado ao Pólo Norte cerca de 35 dias mais tarde, acabou em tragédia, não tendo sobrevivido um único membro da equipa.

As diferenças entre as duas campanhas são muitas e podem explicar o sucesso de Amundsen. Em primeiro lugar, a equipa norueguesa usou cães da Gronelândia para puxar os trenós. Os cães, não só puderam chegar ao Pólo Norte, como serviram de alimento para a equipa e para os próprios, tendo apenas regressaram 12 dos 52 que partiram. Já Scott usou póneis, que apenas conseguiram fazer três quartos da viagem, tendo o resto sido feito a pé. Amundsen tinha uma melhor técnica para guardar combustível o que lhe permitiu derreter a água que bebia e a comida era ingerida cozinhada, ao contrário de Scott que perdeu combustível e, como tal fonte de hidratação e alimento. Por fim, Amundsen viajou por terreno ainda não cartografado, mas com um ponto de partida 96 quilómetros mais perto do pólo. A equipa de Scott, além disso, devido ao atraso na chegada ao objectivo, foi confrontada com um clima muito adverso na viagem de regresso.

Roald Amundsen mais tarde escreveu: “a vitória surge àquele que tem tudo em ordem – as pessoas chamam-lhe sorte. A derrota é certa para aquele que não faz os devidos preparativos no devido tempo; a isto chamam azar”.

Fontes: Wikipedia.

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