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Sobre a abundância relativa de algumas espécies marinhas e seu interrelacionamento na cadeia alimentar

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARA CENTRO .DE CIENCIAS AGRARIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

SOBRE A ÃBUNDANCA RELATIVA DE ALGUMAS ESPCIES MARINHAS E SEU INTERRELACIONAMENTO NA CADEIA AUMENTAR

Jose Ximenes de Mesquita

Dissertacifo apresentada ao Departamento de Engenharia de Pesca do Centro de Ciências Agrarias da Universidade Federal do Ceara', como parte clas exigências pare a obtancifo do título de Engenheiro de Pesca

FORTALEZA — CEARA — BRASIL Junho de 1976

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca Universitária

Gerada automaticamente pelo módulo Catalog, mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

M544s Mesquita, José Ximenes de.

Sobre a abundância relativa de algumas espécies marinhas e seu interrelacionamento na cadeia alimentar / José Ximenes de Mesquita. – 1990.

23 f. : il.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 1990.

Orientação: Prof. Antonio Adauto Fonteles Filho.

1. Espécies marinhas - Interrelacionamento. 2. Espécies marinhas - Cadeia alimentar. 3. Ecosistema marinho. I. Título.

CDD 639.2 1976.

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SUPERVISOR

Aux. Ens. Antonio Adauto Fonteles Filho

COMISSAO EXAMINADORA

Aux. Ens. Antonio Adauto Fonteles Filho

Prof. Adj. Raimundo Saraiva da Costa

En5.4 Carlos Artur Sobreira Rocha

VISTO:

Prof. Assist. Gustavo Hitzschky Fernandes Vieira

-Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca -

Prof. Adj. Maria Ivone Mota Alves

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SOBRE A ABUNDANCIA RELATIVA DE ALGUMAS ESPECIES MARINHAS E SEU INTERRELACIONAMENTO NA CADEIA ALIMENTAR

Jose Xi. menes de Mesquita

O equilibrio dinâmico que existe entre as popula-gões das diversas espécies que compõem o ecossistema marl - nho é mantido através do fluxo de energia entre as comunida des que congregam aquelas populações, de acOrdo com sua po-sição na cadeia alimentar, cujos niveis sio denominados ni-veis tr6ficos.

Se considerarmos que existem trés ou quatro ni- veis e que, se parte de uma determinada quantidade de maté-ria orgânica é elaborada durante o processo de produção primâ ria, aquela ir5 diminuindo consideravelmente à medida que a transferência de energia Vai aumentando. A pirâmide trafica um conceito que est5 implicit° na prE5pria denominagão:uma grande irea na parta inferior da pirâmide (produção primiria)e, â medida que nos aproximamos do vértice, 5reas menores corres pondentes aos niveis trOficos subsequentes.

Para se ter uma idéia da abundância relativa da comunidade biolOgica em cada nivel tr6fico seria necessârio capturar todas as espécies que a compõem em conjunto e em quantidade proporcional i sua verdadeira abundância. Dentre os aparelhos de pesca conhecidos, somente o curral-de-pesca satisfaz essas exigências, isto é, um grande numero de espé

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cies 6 encerrado entre suas paredes e capturado ao mesmotem po durante a despesca.

Currais-de-Pesca sio aparelhos primitivos e de as pecto rstico, construidos de madeira e arame e composto de quatro partes(ver figura I): a espia, cerca de madeira, em posição perpendicular 3 costa, que penetra em um comparti mento em forma de coração, a sala grande; em seguida vem ou tro compartimento, com a mesma forma da sala grande, mas com menores dimensões, a salinha; o chiqueiro,de forma ar-redondado, complementa o curra1Tde-pesca(Seraine,1958).

Os currais-de-pesca se dispõem perpendicularmente â costa, em filas indianas que podem ser compostas de 4 a 18,unidades(Paiva & Nomura, 1965). Com a preamar os peixes, guiados pela espia, penetram na sala grande e se aglomeram no chiqueiro, onde se

baixa, por ocasião da No presente

da a despesca, quando o nTvel da 5gua baixamar.

trabalh estudamos a variação do Tn- dice de abundância mensal das principais espécies que ocor-rem na 5rea de ação dos currais-de-pesca existentes em fren te a Almofada (Acaraii-Cear5), com o fim de identificar ci clos de maior e menor abundância dessas espécies, e tenta mos relacionar a ocorréncia do period() de maior abundância dos predadores (carnivoros) com o das presas (herbivoros) . Dentro desse mesmo contexto construimos a cadeia alimentar das esp6cies, no presente, caso, com trés niveis traficos.

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i'lATERIAL E METODO

Para a realização deste trabalho utilizamos dados co-letados pelo Laborat6rio de Ciências do har da Universidade Federal do Ceará, parte do sistema geral de amostregem des-sa instituição referente a currais-de-pesca em frente a Al-mofada (Acarati-CearE), no period° de março de 1962 a dezem-bro de 1973 9 distribuidos do seguinte modo: 1962/64:54 uni-dades; 1965/67: 26 unidades, 1968/70: 20 uniuni-dades; 1971/73: 15 unidades.

Obtivemos as seguintes informagbes: produção men sal em niimero e peso de cada espEcie cujo peso ultrapassas se a 5% do peso total, e do esforço de pesca mensal expres-so em numero de dias de despesca. Por eespesca entende-se o ato de apanhar todos os indivTduos retidos nos diversos com partimentos do curral-de-pesca. Houve apenas uma despesca por dia.

As espécies consideradas como principais foram:ca murupim, serra, bonito, garajuba amarela, garajuba preta,es pada, palombeta e sardinha-bandeira, sendo o crit6rio aci ma. Para cada uma dessas espêcies calculamos o Tndice de abundância por meses dos triênios 1962/54 9 1965/67 9 1968/70 e 1971/73.

Agrupamos cada uma dessas espécies dentro de tresarupos formados de acEirdo com a. sua função de predador ou presa:

grupo I (herbTvoros): sardinha-bandeira e palombeta grupo II(carnivoros primários): bonito, espada, garajuba-amarela, garajuba-preta e serra; grupo III(carnivoros secundirios) camurupim. A sardinha-bandeira 5 um peixe forrageiro(Mota Alves, 1972), assim como a palombeta, e serve de alimento ao camurupim e 3 serra(Menezes, 1968 e 1970); A serra serve

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de presa ao camurupim(enezes,1968) sendo ao mesmo tempo um predador; não conhecemos trabalhos que definam a dieta ali-mentar das outras espécies do grupo II, mas podemos conside ri-las carnivoros primârios através da observação da sua ar cada dentâria(Herminia de Holanda Lima, comunicação pes soai).

A pirâmide trafica foi construida considerando-se o nümero de individuos em cada grupo be como a percentagem do nOmero total de individuos nos trés grupos. 0 peso media dos individuos por espécie e grupo foi obtido 'diOdindo-se o peso total pelo nOmero de individuos.

DISCUSSAO E CONCLUSDES

Considerando que os currais-de-pesca não oferecem nenhuma atração artificial que determine a ocorrencia de probabilidades de capturas diferentes para as diversas es - pecies e que, devido à compacticidade da tela de madeira com que são forrados, os mesmos não são seletivos quanto

a

espécie, podemos dizer que a captura por unidade de esforço reflete a abundância verdadeira que cada espécie mantem na relação inter-especifica do ecossistema. Os dados utiliza - dos são portanto adequados ao estudo dos ciclos de abundan-cia.

A variação ciclica da abundância da sardinha-ban-deira se evidencia em períodos de alta abundância ; de maio a julho, alternando-se com os períodos de baixa abundância, de setembro a fevereiro. Podemos dizer que a abundância dessa

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espEcie manteve-se inalterada no period° considerado(tabela II, figura 2).

A palombeta apresenta uma distribuição temporal de abundância em que periodos ciclicos de alta e baixa abun dincia não são bem evidentes. No entanto, no triénio 1971/ 73, uma grande moda aparece no mEs de outubro, com valores altos nos dois lados da mesma, o que nos permite fixar os meses de setembro e novembro, com o período de mais alta abundância dessa espécie (tabela II, figura 2).

A serra apresenta alta abundância nos meses de fe vereiro a maio e baixa abundância nos meses de julho a no-vembro, alternadamente. Esta espEcie manteve-se com um ni- velde abundância mais ou menos uniforme em todo o period() considerado (tabela II, figura 2).

Os periodos de alta abundância da espada, que ocorrem nos meses de maio e junho, se alternam com os peno dos de abundância muito baixa, estes durante os meses de se tembro a março. Nota-se uma queda na abundância da espada nos trienios de 1968/70 e 1971/73(tabela II, figura 2).

0 bonito ocorre em maior abundância durante os me ses de dezembro a maio e praticamente desaparece nos reses de junho a outubro, tendo-se mantido em um nivel de abundân cia uniforme no periodo estudado (tabela II, figura 2).

0 periodo de grande abundância do camurupim ocor-re nos meses de outubro a dezembro, alternandoesecom um perio do de baixa abundância de fevereiro a junho. A abundância relativa nos trEs Gltimos triEnios se mostrou muito baixa em relação a 1962/64 (tabela II, figura 2)

Podemos notar que existe uma correspondência apro ximada entre os periodos de alta abundância das diversas es

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pécies. Isto pode decorrer do fato de que existem mecanis-mos que regulam as variações na abundância, de acordo com as relações entre populações consumidoras (predadores)e sua fonte de alimento (presas). As variações ciclicas observa-das nos trEs niveis trOficos (Tabela III, figura 3), indi-cam que existe uma tendência para que a população predado ra (camurupim, serra, bonito, espada, garajuba amarela e garajuba preta - niveis trOficos 2 e 3)aumente ou diminua algum tempo depois dessa alteração ter ocorrido na popula— ção de presas (sardinhas-bandeira e palombeta - nivel trOfi co I) - ver Royce, 1972.

A sardinha-bandeira e a palombeta formam a grande massa da comunidade biol6gica amostrada (22.206.038 indivi duos), representando mais de 98% do numero total de indivi duos das espécies principais. A serra, espada, bonito, gara juba amarela e garajuba preta representam 1,9% do numero total de individuos (438.239 individuos), e o camurupim re presenta menos de 0,1% (11.618 individuos). Esses valores comparados com os pesos mEdios de 0,06 kg • 0,71 kg e 25,32 kg , respectivamente para os citados niveis triificos indi- cam que existe uma relação inversa entre o numero de indi viduos e o peso médio, na comunidade, e que essa relação di minui 'd medida que se sobe na pirâmide trafica, em direção a seu 5pice.

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pécies. Isto pode decorrer do fato de que existem mecanis-mos que regulam as variações na abundância, de acordo com as relações entre populações consumidoras (predadores)e sua fonte de alimento (presas). As variações cíclicas observa-das nos trés níveis trOficos (Tabela III, figura 3), indi-cam que existe uma tendéncia para que a população predado ra (camurupim, serra, bonito, espada, garajuba amarela e garajuba preta - niveis tr6ficos 2 e 3) aumente ou diminua algum tempo depois dessa alteração ter ocorrido na popula— gao de presas (sardinhas-bandeira e palombeta - nivel trOfi co I) - ver Royce, 1972.

A sardinha-bandeira e a palombeta formam a grande massa da comunidade biológica amostrada (22.205.838 indivi duos), representando mais de 98% do numero total de indivi duos das espécies principais. A serra, espada, bonito, gara juba amarela e garajuba preta representam 1,9% do numero total de individuos (438.239 individuos), e o camurupim re presenta menos de 0 2 1% (11.618 individuos). Esses valores comparados com os pesos médios de 0,06 kg , 0,71 kg e 25,32 kg , respectivamente para os citados niveis trOficos indi- cam que existe uma relacao inversa entre o numero de indi viduos e o peso médio, na comunidade, e que essa relação di minui

a

medida que se sobe na pirâmide trafica, em direção a seu 5pice.

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SUMMARY

In this paper the author attempts to set up a pattern of relationship between the abundance cycles of principal species that occur in area within the Capture range of fishing-weirs located off Almofala (Acarai; Ceará - Brasil). The following species are the most abundant:

thread-herring, Opisthonema oglinum (Le Sueur); bumper, Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus); Spanish mackerel, Scomberomorus maculatus (Mitchill); little-tuny, Euthynnus alleteratus (Rafinesque); cutlass-fish, Thichiurus lepturus

(Linnaeus); and tarpon, Tarpon atlanticus (Valenciennes). Fishing-weirs may be taken to be particularly

suitable as a sampling device to the effect of getting as an accurate picture as possible of the relative abundance of those species. This stems from the fact that this gear catches a great number of species at the same time and that they are unselective as far as species are concerned.

The periods of higher abundance of those species are distributed in time as follows; thread-herring: May - July; bumper: September - November; Spanish mackerel: February - May; little-tuny: December - May; cutlassfish: May - June; tarpon: October - December.

A trophic pyramid has been built in order to show how each of those species behavesin the food web, by considering that thread-herring and the bumper belong to trophic level 1(herbivores); the Spanish mackerel, the little-tuny and the cutlass-fish belong to trophic leve 2 (yellow jack and black jack - species of the genus Caranx

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the tarpon to trophic level 3 (second carnivores). Trophic level 1 contibuted with 98%, trophic level 2 with 1,9% and trophic level 3 with less than 0 9 1% to the abundance in terms of absolute numbers. It must be pointed out in turn the individual weight in the trophic levels were as follows; level 1: 0,06 Kg; level 2: 0.71Kg and level 3: 25.32Kg.This is in line with what should be expected from a trophic pyramid in as much as the number of individual increase but the weight decreases as they move up in the trophic pyramid.

BIBLIOGRAFIA

Menezes, M. P. - 1968 - Sobre a alimentação do ca murupim, Tarpon atlanticus (Valenciennes), no Estado do Cear5, Arq.Est.Biol. Mar. Univ. Fed. Cear5, Fortaleza,8(2): 145-149, 1 fig.

Menezes, M, F. 1970 - Alimentação da serra Scomberomorus maculatus (Mit.chill), em 5guas costeiras do Estado do Ceara', Arq. Ci -6n, Mar. Fortaleza, 10(2): 171-176, 1 fig.

Mota - Alves, M. I. - 1972 - Fisioecologia da sardinha-ban- deira, Opisthonema oglium (Le Sueur, 1818). Reprodução e alimentagio.Tese do Doutoramento apresentada no Institutode Biociencias da Universidade de Sio Paulo, 99 pp, 31 figs, São Paulo.

(13)

Paiva, M. P. & Nomura - 1965 - Sobre a prodUgdo

pesqueira de alguns currais-de-pesca do Ceará Dados de

1962 a 1964. Arq. Est, Biol. Mar. Univ. Ceará, Fortaleza, 5

(2): 175-214, 42 figs.

Royce, W. F. - 1972 - Introduction to the fishery

science Academic Press, VII -1- 351 pp., London

Seraine, F. - 1958 - Curral-de-pesca no litoral

cearense. Boi. Antropologia, Fortaleza, 2(1): 21-44, 12

fi-guras em paginas no numeradas.

GLOSSARIO

Bonito - Euthynnus alieteratus

(Refinesque);camu-rupim - Tarpon atlanticus (Valenciennes); espada-Trichiurus

lepturus (linnaeus); garajuba amarela - espécie de genero

Caranx Lacépé; garajuba preta - Caranx slysos (Mitchill);pa

lombeta Chloroscombrus chrysurus (Linnaeus); sardinha

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Figura 1 — Esquema de um curral de pesca de Almofala (Acara6-Ceará-Brasil).

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Figura 2 — Variação mensal do índice de abundância (número de indivíduos capturados/dia de despesc:a) das principais espécies retidas por currais-de-pesca em Almofaia (AcaraO-Ceará)

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Figure 3 — Variação mensal do índice de abundância (número de indivíduos capturados/din de despesca) nos três grupos (níveis tráficos) da cadeia alimentar em ocorrência nos currais-de-pesc de Almofala (Acarai-Ceará) nos triênios do período: Marco de 1962 — dezembro de 1973.

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Figura 4 — Pirâmide trópica para algumas espécies de peixes marinhos que ocorrem em águas do Estado do Ceará.

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TABELA I

Distribuição mensal do esforço de pesca nos currais.de-pes- ca de Almofala (Acaraii Ceara- ) nos trienios do periodo:mar go de 1962 - dezembro de 1973.

Meses

Ntimero de dias de despesca

1962/64 1965/67 1968/70 1971 /73 Janeiro 821 554 479 332 Fevereiro 653 414 461 280 Margo 745 , 376 506 353 Abril 860 357 531 432 Maio 1.034 390 592 505 Junho 836 336 580 486 Julho 577 250 495 501 Agosto 234 57 343 300 Setembro 233 46 128 227 Outubro 580 126 116 199 Novembro 939 279 249 177 Dezembro 1.128 361 424 179 Total 8.640 3.546 4.904 3.971

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TABELA II

Variação mensal dacaptura (ni]mero de individuos) e do indi- ce de abundância (numero de individuos capturados/dia de despesca) das principais espécies retidas por currais-de-pes ca em Almofala (Acara il - Ceara. ), nos trinios Ho periodo: março de 1962-dezembro de 1973. 1962-1964 Meses Sardinha - bandeira Palom- beta

Serra Espada Bonito Camurupim

Captura Janeiro 33.355 69.110 6.659 79 2.071 844 Fevereiro 56.890 95.845 4.244 76 3.897 78 Margo 129.555 345.615 7.860 1.820 1.913 29 Abril 32.955 77.665 17.081 15.826 2.741 1 Maio 1.427.675 145.422 18.035 8.172 2.403 3 Junho 2.211.085 304.025 5.799 27.781 158 85 Julho 455.450 231.880 1.565 37.299 64 319 Agosto 38.715 117.790 342 2.9271 - 79 Setembro 18.060 218.610 381 582 1 100 Outubro 33.910 342.155 978 1.335 11 1.367 Novembro 33.890 332.790 2.688 2.629 651 3.937 Dezembro 29.100 269.310 3.912 2.467 335 3.221 indice de abundância janeiro 4096 84,2 8,1 0,1 2,5 1,0 Fevereiro 87,1 146 98 6,5 0 9 1 6 9 0 0,1 Margo 173,9 463 9 9 10,5 2,4 2,6 0,0 Abril 38 ,3 90,3 19,9 18,4 3,2 0,0 Maio 1.380,7 140,6 17,4 7,9 2,3 0,0 Junho 2.644,8 363,7 6,9 33,2 0,2 0,1 Julho 789,3 401,9 2,7 64,6 0,1 0,5 Agosto 165,4 503,4 1,5 12,5 - 0,3 Setembro 77,5 938,2 1,6 29 5 0,0 0,4 Outubro 58,5 589,9 1,7 2,3 0,0 2,4 Novembro 6,1 354,4 2,9 2,8 0,7 4,2 Dezembro 25,8 238,7 3,5 2,2 0,3 2,8 1

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TABELA 11 - continuaqio

1965-1967

Meses Sardinha -

bandeira

Palom- Serra Espada beta Bonito Camurupim Captura Janeiro 19.130 71.536 3.121 947 893 235 Fevereiro 30.010 44.730 902 871 321 98 Março 66.390 52.885 9.109 1.219 555 45 Abril 159.480 34.100 5.456 4.524 804 8 Maio 217.525 42.840 1.663 7.005 1.133 8 Junho 618.050 217.255 1.211 8.672 113 104 Julho 155.880 117.010 40E. 9.942 10 12 Agosto 10.430 19.355 215 329 - 1 Setembro 6.900 13.440 117 334 - 1 Outubro 29.620 29.385 130 327 - 65 Novembro 79.845 83.830 525 1.858 2 16 Dezembro 74.025 69.365 3.898 850 967 211 indice de a5undincia Janeiro 34,5 129,1 596 1 37 1,6 094 Fevereiro 7295 108,0 2,2 2,1 0,8 03 2 Março 17696 140,E 24,2 39 2 1 95 0,1 Abril 446,7 95,5 15,3 1237 29 2 0,0 Maio 557,8 109,8 49 3 18,0 2,9 0,0 Junho 1.839,4 546,6 3,6 25,8 09 3 09 3 Julho 623,5 468,0 1,6 39,8 090 0,0 Agosto 183,0 339,6 38 5,8 - 0,0 Setembro 150,0 292,2 2,5 7,3 - 0,0 Outubro 235,1 233,2 1 90 2,6 - 0,5 Novembro 286,2 318,4 1,9 6,7 090 0,1 Dezembro 205,1 192,1 10,8 2,4 29 7 036

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TABFLA 11 - continuação 1 968 - 1970 Meses Sardinha - bandeira Palom- beta _.

Serra Espada konito Camurunim

Janeiro 83.458 82.740 1.571 3.127 1.118 80 Fevereiro 273.705 190.310 2.734 1.244 1.366 61 largo 76.626 125.295 10.312 2.966 767 29 Abril . 582.860 342.360 7.965 4.057 108 4 Maio 812.360 363.965 9.261 4.131 111 6 Junho 1.612.560 374.850 3.319 4.089 107 37 Julho 646.250 157.195 2.531 4.611 37 51 Agosto 242.320 135.750 886 3.166 48 Setembro 31.920 17.120 231 926 - 4 Outubro 84.180 127.460 994 416 - 10 Novembro 176.337 162.360 2.129 1.356 51 12 Dezembro 31.375 77.975 3.982 1.334 1.682 157 indice de abundância Janeiro 184,7 172,7 3,3 6,5 2,3 0,2 Fevereiro 593,7 412,8 59 9 2,7 3,0 0,1 Marco 151,4 247,3 29,4 5,9 1,5 0,1 Abril 1.110,8 644,7 15,0 7,6 0,2 0,0 Maio 1.372,2 614,8 15,6 7,0 0,2 0,0 Junho 2.787,2 646,3 5,7 7,1 0,2 0,1 Julho 1 305,6 317,6 5,1 9,3 0,1 0,1 Agosto 706,5 541,5 2,6 9,2 - 0,1 Setembro 249,4 133,7 1,8 7,2 - 0,9 Outubro 725,7 1.098,8 8,6 3,6 - . 0,1 Novembro 708,2 652,0 8,5 5,4 0,2 0,0 Dezembro 74,0 183,9 9,4 3,1 4,0 0,4

(22)

TP').ELA II - continuação 1971 - 1 9 7 3 leses Sardinha - bandeira Palom- beta

Serra Espada Bonito Camuru pim- Janeiro 31.834 37.634 2.820 124 637 15 Fevereiro 85.130 49.100 4.912 73 413 9 Margo 128.620 124.595 2.983 192 118 3 Abril 75.065 81.996 6.597 627 276 6 Maio 502.300 172.005 4.190 5.383 313 7 Junho 1.072.880 197.330 3.262 5.227 62 10 Julho 889.180 144.080 1.522 3.928 243 49 Agosto 218.620 146.060 897 3.070 41 137 Setembro 116.120 299.535 , 504 4.190 - 12 Outubro 351.280 556.750 2.767 921 109 13 Novembro 112.070 323.385 4.240 896 53 6 Dezembro 71.635 216.960 1.841 269 - 392 15 índice de abundância Janeiro 95,9 11394 8,5 0,4 1 99 0,0 Fevereiro 304,0 175,3 17,5 0,3 1,5 0,0 Margo 364,4 353,1 8,5 0,5 0,3 0,0 Abril 173,8 189,8 15,3 1,4 0,6 0,0 Maio 99496 34096 8,3 10,7 0,6 0,0 Junho 2.207,6 406,0 6,7 10,7 0,1 0,0 Julho 1.774,8 287,6 3,0 798 0,5 0,1 Agosto 728,7 486,9 3,0 10,2 0,1 0,5 Setembro 511,5 1.319,5 2,2 189 5 - 090 Outubro 1.765,2 2.797,7 13,9 4,6 0,5 0,1 Novembro 633,2 1.327,0 23,9 5,1 0,3 0,0 Dezembro 400,2 1.212,1 13,3 1,5 2,2 0,1

(23)

TABELAIII

Variação mensal do numero de indivíduos e do Tndice de

abundância (niimero de individuos capturados/dia de desnes

Ca) nos três grupos (niveis tr6ficos) da cadeia alimentarem

ocorrência nos currais de Pesca de Almofala(Acara6-Cear5)nos

triênios do perTodo de março de 1962 - dezembro de 1973.

1962 - 1964

N6mero de individuos Indice de abundincia

Grupo I Grupo II Grupo III Grupo I Grupo II Grupo III

Janeiro 102.465 8.809 844 124,8 10,7 1,0 Fevereiro 152.735 8.217 78 233,9 12,6 0,1 Margo 475.170 11.593 29 537,8 15,6 0,0 Abril 110.620 35.643 1 120,6 41,4 0,0 Maio 1.573.097 28.610 3 1.521,1 2797 0,0 Junho 2.515.110 .33.738 85 3.008,5 40,4 0,1 Julho 537.330, 38.928 319 1.191 9 2 67,5 0,5 Agosto 156.505 3.269 79 56898 14,0 0,3 Setembro 236.670 964 100 1.015,7 4,1 0,4 Outubro 376.065 2.324 1.367 643,4 4,0 2,4 Novembro 366.630 5.968 3.937 390,5 6,4 4,2 Dezembro 298.410 6.714 3.221 264,5 5,9 2,8 - 1965 - 1967 Janeiro 90.666 4.961 235 163,7 8,9 0,4 Fevereiro 74.740 2.094 98 1809 5 5,1 0,2 Margo 119.275 10.883 45 3179 2 28,9 0,1 Abril 193.580 10.784 8 542,2 30,2 0,0 Maio 260.365 9.801 8 657,6 25,1 0,0 Junho 835.305 9.996 104 2.48690 29,7 0,3 Julho 272.890 10.358 12 1.091,6 41,4 0,0 Agosto 29.785 544 1 522,5 995 0,0 Setembro 20.340 451 1 4P-2,2 9,8 0,0 Outubro 59.005 457 65 4689 3 3,6 0,5 Novembro 168.675 2.385 16 604„6 8,5 0,1 Dezembro 143.390 5.715 211 3979 2 15,8 0,6 ,

(24)

TAR E LA III - continuação

1968 - 1970

Meses Ajmer° de individuos indice de abundância

Grupo 1 _ ern° 11 Grupo III Grupo I Grupo II Grupo III

Janeiro 171.193 11.328 80 3639 5 24,0 0,2 Fevereiro 464.015 9.655 61 1.006,5 20,9 0,1 Margo 201.921 18.276 29 399,0 36,1 0,1 Abril 932.220 12.765 4 1.7556 24,9 0,0 Maio 1.176.325 14.374 6 1.987,0 24,3 0,0 Junho 1.991.410 7.899 37 3.433,5 13,6 0,1 Julho 803.445 7.413 51 1.623,1 15,0. 0,1 Agosto 428.070 4.091 48 1.248,0 11,9 0,1 Setembro 49.040 1.157 4 383,1 9,0 0,0 Outubro 211.640 1.448 10 1.824,5 12,5 0,1 Novembro 338.697 3.724 12 1.360,2 15,0 0,0 Dezembro 109.350 11.844 157 257,9 27,9 0,4 1971 - 1973 Janeiro 69.468 4.024 15 209,2 12,1 0,0 Fevereiro 134.230 7.486 9 479,4 26,7 0,0 Margo 253.215 4.456 3 717,3 1296 0,0 Abril 157.061 11.115 6 363,6 25,7 0,0 Maio 674.305 10.715 7 1.355,3 21,2 0,0 Junho 1.270.210 8.804 10 2.613,6 18,1 0,0 Julho 1.033.260 5.821 49 2.062,4 11,6 0,1 Agosto 364.680 4.158 137 1.215,6 13,9 0,5 Setembro 415.655 4.710 12 1.831,1 20,7 0,0 Outubro 908.030 3.798 13 4.56390 1991 0,1 Novembro 453.455 5.558 6 2.460,2 31,4 0,0 Dezembro 288.595 4.125 15 1.612,3 23,0 0,1

(25)

TABEL A IV

Participagão absoluta e relativa. (%),e peso médio das princi pais espécies nos tré's grupos (niveis triificos) da cadeia alimentar na grea de atuação de currais-de-pesca de Almofa- la(Acarail Ceará), no perTodo de março de 1962 a dezembro de 1.973.

frequFmcia peso médio (Kg) grupo I Sardinha-bandeira 14.305.083 63.138 05 06 Palombeta 7.901.755 34.876 0,05 Total _ 22.206.333 98,014 0,06 grupo II Serra 178.899 0,739 1,00 Espada (1) 194.073 0,857 0,36 Bonito 26.965 0,120 1,44 Garajuba Amarela (2) 13.470 0,059 0,51 Garajuba preta(2) 24.332 0,109 0,77 Total 438.239 1.934 0,71 grupo III CamUrupim 11.613 0,052 25,32 TOTAL 22.656.695 100,000 3,69

(1) InciuTda na categoria "miscel -inea" em 1966.

(2) Incluidas na categoria "miscelanea" no período de 1962 a 1967.

ii3SLOMI

espécies

Referências

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