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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Associação de Beneficência Cultural e Recreativa (Lagarinhos)

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TÉCNICO DE GERONTOLOGIA

_________________________

Relatório de Estágio

Maria Luísa Santos Marques Cabral

2011 / 2012

“A velhice demonstra todo o tempo de muita experiência.”

(4)

Ficha de identificação

Nome: Maria Luísa Santos Marques Cabral

Organização: Associação de Beneficência Cultural e Recreativa da Freguesia de Lagarinhos

Morada: Rua da Escola

Localidade: Lagarinhos

Início de Estágio: 6/9/2010

Fim de Estágio: 18/12/2010

Nome do Tutor: Rui Jorge Bernardino Borges

Grau Académico: Empresário/ Construção Civil

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Agradecimentos

Agradeço a toda a Direcção da Instituição pelo facto de terem permitido que o meu estágio se realizasse nestas instalações, principalmente ao Senhor Presidente e Tutor Rui Jorge

Bernardino Borges pela sua disponibilidade e percepção.

Agradeço à minha orientadora Senhora professora Paula Pissarra, e a todos os familiares e amigos que sempre me apoiaram.

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Índice Geral

Ficha de identificação ... I Agradecimentos ... II Índice Geral ... III Índice parcelar de imagens ... IV

1. Introdução ... 1

2. Caracterização Demográfica da Freguesia de Lagarinhos... 2

3. Caracterização da Instituição ... 3

3.1. Órgãos hierárquicos e suas Funções ... 4

3.2. Organograma ... 7

3.3. Implementação do Projecto de Segurança ... 8

4. Proposta de Projecto de Construção e Gestão de um novo Lar ... 8

4.1. Medidas possíveis de obtenção de ajudas ... 9

4.2. Medidas de prevenção: ... 10

5. Factores que influenciam a Adaptação à Institucionalização ... 12

6. Rotina diária da formanda ... 15

6.1. Sistema de Autocontrolo HACCP ... 17

6.1.1. Tarefas da Cozinheira ... 18

6.2. Como tratar um acamado ... 20

6.3. O Banho na cama ... 20

6.4. Troca de Fraldas ... 21

6.5. Prestação de Cuidados de Saúde ... 23

TROMBOFLEBITE ... 24 CAUSAS DE TROMBOFLEBITE ... 24 COMO SE APRESENTA? ... 26 TRATAMENTO ... 26 PREVENÇÃO ... 27 7. Actividades Lúdicas ... 28 8. Reflexão Final ... 34

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Índice parcelar de imagens

Fig. 1: Concelho de Gouveia (http://ribeiraajax.blogspot.com) ... 2

Fig. 2: Entrada da instituição (foto tirada pela formanda) ... 3

Fig. 4: Sala de convívio (zona de refeições) ... 3

Fig. 3: Sala de convívio (zona de lazer) ... 3

Fig. 6: Indicação da saída de emergência (foto tirada pela formanda) ... 8

Fig. 5: Extintor (foto tirada pela formanda) ... 8

Fig. 7: Sr. Joaquim, um exemplo de boa adaptação no Centro (foto tirada pela formanda) .. 13

Fig. 8: Dona Patrocínia e Dona Glória, exemplo de um laço de amizade criado na instituição (foto tirada pela formanda) ... 13

Fig. 9: Dona Cristina, um exemplo de suporte emocional dentro da instituição (foto tirada por colega) ... 14

Fig. 10: Chegada da Dona Adelaide ao Centro de Dia (foto tirada por colega) ... 15

Fig. 11: Banho Semanal da Dona Cristina (foto tirada por colega) ... 16

Fig. 12: Tratamento de roupa (foto tirada por colega) ... 16

Fig. 13: Tarefa da cozinha (foto tirada por colega) ... 18

Fig. 14: Tarefa de refeitório (foto tirada por colega) ... 19

Fig. 15: Tarefa de mudança de fralda (foto tirada por colega) ... 21

Fig. 16: Medição de glicémia (foto tirada por colega) ... 23

Fig. 17: Tratamento do senhor Joaquim (foto tirada pela formanda) ... 24

Fig. 18: Pormenor da Tromboflebite (foto tirada pela formanda) ... 25

Fig. 19: Finalização do tratamento (foto tirada pela formanda) ... 26

Fig. 20: Aula de Educação Física (foto tirada pela formanda) ... 28

Fig. 21: Passeio à Nazaré (foto tirada pela formanda) ... 29

Fig. 22: Passeio a Fátima (foto tirada pela formanda) ... 29

Fig. 23: Decoração da árvore de Natal realizada pelos Idosos ... 30

Fig. 24: Postal de Natal ... 30

Fig. 25: Actividades de recorte e colagem ... 30

Fig. 26: Foto de grupo utilizada no postal (foto tirada pela formanda) ... 31

Fig. 27: Cena da peça Romeu e Julieta (foto tirada pela formanda) ... 32

Fig. 28: Público da peça de teatro ... 32

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1. Introdução

A Associação de Beneficência Cultural e Recreativa da Freguesia de Lagarinhos (ABCRFL) é o local onde realizei o estágio, localiza-se (como o próprio nome o indica) na freguesia de Lagarinhos.

Tendo em conta os conhecimentos adquiridos ao longo desta formação, espero de alguma forma poder contribuir para uma melhor qualidade de vida dos Idosos, bem como numa maior compreensão e a saber lidar com certas atitudes destes e até dos próprios familiares.

A família tem um papel importante para que o Idoso aceite a sua vida na instituição, mas a forma como é gerida a instituição, assim como, um bom relacionamento entre órgãos hierárquicos e, de uma forma geral, todo o pessoal contribui para que o Idoso se sinta bem. Promover o bem-estar do Idoso é um dos grandes objectivos meus neste trabalho. Zelar pela qualidade de serviços prestados, manter o Idoso em contacto com familiares, mantê-los activos em actividades lúdicas, enfim, fazê-los sorrir e tornar-lhes a vida mais feliz.

Confesso que fico muito feliz quando consigo arrancar sorrisos a um Idoso. Vou sentir-me realizada, se neste estágio conseguir tornar a vida deles mais leve, no sentido de realizar-lhes vontades e desejos. Sei que não me vai ser fácil estar lá nas minhas horas de folga, mas tenho a certeza, desde já, que vai valer a pena e não vou poupar esforços para contribuir para o bem-estar deles!

Promover o bem-estar do Idoso de hoje, é encontrarmos qualidade de vida, nos dias de amanhã!

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2. Caracterização Demográfica da Freguesia de

Lagarinhos

Lagarinhos é uma das vinte e duas freguesias do concelho de Gouveia. Possui duas aldeias anexas: Passarela e Novelães.

Tem uma área aproximada de dez km2 e distancia doze quilómetros da sede de concelho. Prolonga-se na margem direita da Estrada Nacional dezassete (Guarda-Coimbra), no sopé da Serra da Estrela. Banhada por vários cursos de água é uma zona de vales, com terrenos frescos e férteis propícios à pastorícia e à agricultura variada.

A fertilidade do solo e as condições climatéricas constituíram, desde há muito um atractivo ao exercício de actividades variadas, tais como: a pastorícia, o cultivo de vinhas, pomares e olivais.

Destas actividades nascem as histórias de vida dos Idosos da instituição. Na sua maioria são naturais da freguesia de Lagarinhos, embora alguns sejam naturais de Passarela, Vila Nova de Tázem, Moimenta da Serra e Gouveia.

Moravam nesta localidade, no ano de 1721, setenta e duas pessoas. Nos dias de hoje a população ronda, mais ou menos, os setecentos habitantes, dos quais quarenta por cento têm mais de sessenta anos de idade.

Fig. 1: Concelho de Gouveia (http://ribeiraajax.blogspot.com)

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Lagarinhos é uma zona rural. Aqui os Idosos tentam ser o mais autónomos possíveis, cultivando as suas terras. Há uma preocupação em não constituírem um peso familiar, daí procurarem o apoio domiciliário ou o Centro de Dia para passarem os dias, enquanto os seus familiares seguem com as suas vidas.

3. Caracterização da Instituição

A Associação de Beneficência Cultural e Recreativa da Freguesia de Lagarinhos (ABCRFL) é uma pequena instituição com instalações próprias, com primeiro andar, onde se encontra: uma cozinha, dois quartos de apoio, uma dispensa, uma lavandaria, um salão de estar/refeitório (em que metade se destina à zona de refeições e a outra metade onde os Idosos passam a maior parte do seu tempo a verem televisão ou a participarem em actividades. Tem uma capacidade de acolhimento para vinte e cinco Idosos); possui ainda duas casas de banho, uma sala de banhos, um átrio, um escritório e dois arrumos. No rés-do-chão, existe ainda: um salão polivalente, um bar, uma cozinha e duas casas de banho.

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Neste momento a instituição encontra-se em obras, obras essas que são de realização obrigatória, pois a lei assim o exige.

A instituição, na qual realizo o estágio, tem como objectivo principal o bem estar dos utentes. Por enquanto, funciona apenas como Centro de Dia. Pode consultar-se, em anexo o Regulamento Interno, para melhor se percepcionar o que atrás referi (ver Anexo 2).

3.1.

Órgãos hierárquicos e suas Funções

A instituição ABCRFL (Associação de Beneficência, Cultural e Recreativa da Freguesia de Lagarinhos tem os seguintes órgãos hierárquicos, em que referem os seguintes estatutos:

Artigo.16º

- São órgãos da associação, a Assembleia-geral, a Direcção e o Conselho Fiscal.

A duração do mandato dos corpos gerentes é de três anos, devendo proceder-se à sua eleição no mês de Dezembro do último ano de cada triénio. O mandato inicia-se com a tomada de posse perante o Presidente da Assembleia Geral ou seu substituto, o que deverá ter lugar na primeira quinzena do ano civil imediato ao das eleições.

Artigo 20.º

1.- Os membros dos corpos gerentes só podem ser eleitos consecutivamente para dois mandatos para qualquer órgão da associação, salvo se a Assembleia Geral reconhecer expressamente que é impossível ou inconveniente proceder à sua substituição.

Artigo 26.º

– A Assembleia Geral é constituída por todos os sócios admitidos há pelo menos três meses, que tenham as suas quotas em dia e não se encontrem suspensos.

Artigo 34.º

1.- A Direcção da associação é constituída por cinco membros, dos quais um presidente, um vice- presidente, um secretário, um tesoureiro e um vogal.

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Artigo 35.º

– Compete à Direcção gerir a Associação e representá-la incumbindo-lhe designadamente :

a) – Garantir a efectivação dos direitos dos beneficiários;

b) – Elaborar anualmente e submeter ao parecer do órgão de fiscalização o relatório e contas de gerência, bem como o orçamento e programa de acção para o ano seguinte;

c) – Assegurar a organização e funcionamento dos serviços bem como a escrituração dos livros nos termos da lei;

d) – Organizar o quadro do pessoal, contratar e gerir o pessoal da associação; e) Representar a associação em juízo ou fora dele.

f) Artigo 37º. – Compete ao vice- presidente coadjuvar o presidente no exercício das suas atribuições e substitui-lo nas suas ausências e impedimentos.

Artigo 38.º Compete ao secretário:

a) Lavrar as actas das reuniões da Direcção e superintender nos serviços de expediente;

b) Preparar a agenda de trabalhos para as reuniões da Direcção organizando os processos dos assuntos a serem tratados;

c) Superintender nos serviços de secretaria.

Artigo 39.º Compete ao Tesoureiro:

a) Receber e guardar os valores da associação;

b) Promover a escrituração de todos os livros de receita e despesa;

c) Assinar as autorizações de pagamento e as guias de receitas conjuntamente com o presidente;

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Artigo 40.º

– Compete ao Vogal coadjuvar os restantes membros da Direcção nas respectivas atribuições e exercer as funções que a Direcção lhe atribuir.

Conselho Fiscal

É composto por três membros, dos quais um presidente e dois vogais. Artigo 44.º

– Compete ao conselho Fiscal vigiar pelo cumprimento da lei e dos estatutos e designadamente:

a) Exercer a fiscalização sobre a escrituração e documentos da instituição sempre que o julguem conveniente;

b) Assistir ou fazer-se representar por um dos membros às reuniões do órgão executivo, sempre que o julgue conveniente;

c) Dar parecer sobre o relatório, contas, orçamento e sobre os assuntos que o órgão executivo, submeta à sua apreciação.

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3.2.

Organograma

Este organograma é referente aos órgãos hierárquicos, do meu local de trabalho e estágio, onde anteriormente referi as funções de cada um.

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3.3.

Implementação do Projecto de Segurança

Esta instituição tem condições de segurança já implementadas, tais como: extintores e saídas de emergência (como se verifica nas figuras oito e nove). Não me é possível apresentar a planta, por esta estar em aprovação. O edifício encontra-se sujeito a obras de adaptação exigidas por lei e só depois da vistoria é que se segue a aprovação do projecto de segurança.

4. Proposta de Projecto de Construção e Gestão de

um novo Lar

Um dos objectivos da actual Direcção da instituição visa a construção de um Lar. No entanto, com as obras que estão a decorrer, esse objectivo fica mais difícil de alcançar.

Um dos meus objectivos seria prestar à sociedade idosa o maior conforto e cuidados higiénicos, que todo o ser humano deve ter nessa etapa de vida. No entanto, a instituição para a qual eu trabalho, (Associação Beneficência Cultural Recreativa da Freguesia de Lagarinhos) já presta um apoio que como simplesmente Centro de Dia, acho que é muito bom.

De seguida, apresento algumas propostas para esse projecto de transição para Lar, que continua em lista de espera. Talvez esta crise passe e as burocracias deixem de existir.

Penso que seja extremamente necessário a procura de ajudas e a definição clara e vincada dos objectivos a alcançar.

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Objectivos:

 Abrir um Lar com fins lucrativos, para um possível crescimento desse mesmo;  Criar postos de trabalho, empregando pessoas com formação;

 Atender e acolher pessoas idosas cuja situação social, familiar, económica ou de saúde, não permita resposta alternativa;

 Proporcionar serviços adequados à satisfação das necessidades dos residentes;

 Proporcionar alojamento temporário como forma de apoio à família (doença, fins-de-semana férias);

 Prestar os apoios necessários às famílias dos Idosos, no sentido de preservar e fortalecer os laços familiares;

 Implementar um Sistema de Autocontrolo;

 Implementar um Sistema de segurança contra incêndios;

4.1.

Medidas possíveis de obtenção de ajudas

Com o Centro de Emprego Formação Profissional de Seia (CEFPS) poderia contar com um subsídio equivalente a 18 meses, também com a criação de postos de trabalho poderia ter a ajuda financeira durante um ano, para esses trabalhadores.

Como é um projecto para o bem da comunidade, solicitaria ajuda ao Autarca da Câmara Municipal de Gouveia para uma possível doação de um terreno ou de um edifício, mas como não é o caso, solicitaria apenas que nos ajudasse a ultrapassar todas a burocracias. Depois de colectada nas finanças obteria a ajuda, com a ausência de pagamento de impostos durante um ano. Após o termo desse prazo seria necessário recorrer à Segurança Social. A Autarquia, por sua vez, teria de autorizar a construção do Lar no terreno pretendido. Este por sua vez, não poderia ser considerado como zona verde. Caso fosse, teria que se obter autorização para se desanexar a área pretendida. Torna-se necessário ter em conta se o terreno se situa em local de fácil acesso, sem barreiras físicas e servido por transportes públicos. A instituição já fornece essas condições.

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A zona deve possuir boas condições de infra-estruturas, de saneamento básico, com ligação às redes de energia eléctrica, água e telefone. Caso seja instalado num edifício, este deve ser próprio e deve ser ocupado na totalidade. No caso do edifício ter igualmente outras funções, não deve ultrapassar o 2º andar. Mesmo assim já teria que se ter em conta se tem elevador ou não. Caso não o tenha, tem que se mandar instalar, porque a lei assim o prevê. Ao arquitecto pediria que elaborasse uma planta com capacidade de acolher 30 a 40 Idosos, onde incluísse:

 Uma divisão para o Idoso estar ocupado, como por exemplo: conviver, jogar, ver televisão, ler, ouvir música, desenvolver actividades recreativas e culturais;

 Uma sala de refeições;  Uma cozinha/ copa;  Quartos com 16m2

, e casa de banho com banheiras adaptadas;

 Três casas de banho separadas dos quartos para uso dos utentes. Uma serviria para os duches semanais e as outras duas seriam para homens/mulheres, com apenas lavatórios e sanitários que seria para uso diário;

 Instalações para o pessoal, que seria mais propriamente uma sala para guardarem roupa e outros objectos pessoais com quarto de banho privado;

 Gabinetes técnicos, para trabalhar individualmente e atender; incluiria também um consultório médico, para consulta e preparação de medicação e outro material;

 Um armazém, para guardar malas e outros objectos, arrumar material em stock;  Uma lavandaria.

Teria preferência por um Lar de um só piso, onde no exterior houvesse um espaço para jardim, sem degraus, com barras de apoio e piso antiderrapante.

4.2.

Medidas de prevenção:

Para se evitar acidentes com o Idoso, teríamos que ter em conta a altura da cama, que não deve ultrapassar os 50 ou 55 centímetros, para que o Idoso possa firmar bem os pés antes de se levantar. Os interruptores precisam ficar ao alcance da pessoa na cama, para que ela não

(18)

O piso deve ser antiderrapante. Barras de apoio nas sanitas, chuveiros e nos corredores. As tomadas devem ficar à altura dos interruptores, para evitar que as pessoas tenham que se baixar muito para alcançá-las.

Os móveis devem ser adaptados para serem de fácil alcance e de cantos arredondados. Os sofás devem ter braços largos para ajudar os movimentos, ao levantar e ao sentar. No caso de edifício de dois andares devem ser aplicadas rampas de inclinação leve. Toda a escada tem que ter corrimão e protecção antiderrapante. As prateleiras não devem ser nem muito altas, nem muito baixas de modo a que a pessoa tenha um melhor acesso a todo o tipo de objetos, evitando que a pessoa tenha de se esticar ou baixar. Devem também existir extintores como protecção em caso de incêndio.

Seria aconselhável ter em conta as leis em vigor, embora estas, estejam sempre a ser alteradas. De seguida enuncio a principal legislação que se encontra em vigor:

Decreto-Lei nº 67/98 de 18 de Março – Estabelece as normas gerais de higiene a que devem estar sujeitos os géneros alimentícios, bem como as modalidades de verificação do cumprimento dessas normas e apresenta, como anexo, o Regulamento de Higiene dos Géneros Alimentícios, que dele faz parte integrante.

Portaria n.º 149/88, de 9 de Março – Estabelece as regras que estão sujeitos aqueles que por sua actividade profissional, entram em contacto com os alimentos.

Portaria n.º 329/75, de 28 de Maio – Estabelece as regras de normalização das características dos produtos alimentares, bem como o controlo de qualidade e higiene que deve presidir todo o circuito, desde o fabrico, preparação e confecção, até ao consumo.

Decreto-Lei n.º 193/88, de 30 de Maio – Estabelece as disposições aplicáveis à generalidade dos materiais a ser postos em contactos com os géneros alimentícios.

(19)

Decreto – Lei n.º 425/99, de 21 de Outubro – Altera o Regulamento da Higiene dos Géneros Alimentícios, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 67/98, de 18 de Março.

Devo referir que a legislação mencionada encontrava-se em vigor aquando a data da realização deste trabalho, mas esta poderá, entretanto, ter sofrido alterações.

Tudo o que foi referido anteriormente foi uma proposta minha à Direcção da instituição onde realizei o estágio. Proposta esta que poderá ser aceite ou não.

5. Factores que influenciam a Adaptação à

Institucionalização

O facto de estar numa Instituição de acolhimento de Idoso permitiu-me reflectir sobre a tão temida questão da Institucionalização do Idoso.

Dentro da Instituição observamos Idosos que parecem ter conseguido adaptar-se de forma favorável ao virem para o Centro de Dia e outros parecem não estar adaptados, por vezes apenas resignados.

Deparando-me com o facto de alguns Idosos aceitarem bem a institucionalização e outros não, questionei-me quanto aos factores que estarão por detrás deste acontecimento.

Será só uma questão de personalidade?

A adaptação é, segundo Schlossberg, “o processo durante o qual um indivíduo deixa

progressivamente de estar preocupado com a transição, integrando-a na sua vida”.

O indivíduo, ao longo da sua vida, vai sofrendo diversas mudanças, às quais se vai adaptando de forma favorável ou não.

Após uma pesquisa sobre os factores que estão por detrás da adaptação a uma transição, encontrei alguns factores que contudo vão diferindo de autor para autor.

Decidi debruçar-me mais sobre a opinião e os estudos de Schlossberg. Segundo ele, uma transição que seja esperada pelo indivíduo e que seja escolhida por este será de mais fácil adaptação.

As experiências anteriores e a capacidade de adaptação influenciam igualmente a forma como o Idoso vai vivenciar esta transição.

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A idade, não apenas a cronológica, mas a psicológica e a social, vão ser importantes no processo de adaptação à institucionalização.

No Centro de Dia onde me encontro a realizar o estágio, existem pessoas de diferentes idades. Existem por exemplo, pessoas com menos de 60 anos que por motivos de saúde e económicos encontraram unicamente no Centro o apoio que necessitavam, estas têm uma adaptação mais dificultada, devido à idade social “estipulada” para a institucionalização num Lar de Idosos (o Centro para eles é um lar). Daí também que as transições que ocorrem “no

tempo “previsto”, são mais fáceis de encarar e de resolver sob o ponto de vista adaptativo do que as transições que ocorrem fora da sua hora” (Fonseca 2001)

Também uma pessoa que, ao ser institucionalizada, com um nível de independência ainda elevado, consegue adaptar-se melhor à institucionalização, uma vez que consegue manter-se autónomo e realizar as actividades de vida a seu gosto e na altura pretendida.

Fig. 7: Sr. Joaquim, um exemplo de boa adaptação no Centro (foto tirada pela formanda)

(21)

A pessoa que transita do ambiente domiciliar para o institucional, ainda capaz de se auto-cuidar, leva a que, dedutivamente, se pense que estas tomaram esta decisão de forma gradual e se prepararam para a mudança.

Segundo Fonseca (2001) uma mudança sentida como permanente será percebida de forma diferente de uma temporária, assim o Idoso sente esta mudança como permanente e como a última morada.

O Idoso quando sofre este processo de transição tem medo de perder as relações sociais e os sistemas de suporte que possui bem como o contacto com a comunidade. É fundamental que a família e os amigos continuem a apoiar o Idoso, não permitindo que este sinta um corte nas suas relações interpessoais, ou que agora foi afastado do seu mundo continuando a dar-lhe suporte emocional e acompanhamento.

Segundo Drulhe (1981) as relações de sociabilidade internas obedecem mais à necessidade de convivência e tolerância, do que propriamente à partilha de interesses e gostos pelo convívio. A vida social interna tende a reduzir-se a uma camaradagem forçada e a uma coexistência pacífica.

O contexto físico em que o Idoso vivia, a privacidade que tinha e o conforto, vai influenciar a sua vivência no Lar.

As pessoas que têm elevadas expectativas vêem, normalmente, o processo de adaptação ser dificultado, na medida em que podem não as ver ser correspondidas em termos práticos.

O nível de escolaridade é outro factor influenciador com bastante peso.

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O sentido de responsabilidade, o optimismo, o elevado poder de iniciativa, bem como a esperança são também características que facilitam a adaptação às mudanças.

Para Schlossberg (1991) existem algumas tarefas necessárias para que ocorra uma adaptação: atribuir um sentido e compreender o significado da transição; confrontar-se com a realidade e respectivas exigências; manter e reforçar relações com os membros da família; preservar um balanço emocional positivo e preservar uma imagem positiva de si próprio.

6. Rotina diária da formanda

Esta instituição presta apoio domiciliário. Neste apoio, cuidamos do Idoso e da sua habitação, fazendo higiene, inclusive a lavagem das roupas. Também levamos os Idosos ao médico e entregamos refeições diárias. Há cada vez mais Idosos a optarem por este apoio, porque a ideia de irem para um lar os assusta, preferindo manterem-se em casa.

A minha função principal é cuidar do Idoso. Todas as manhãs trato de vários Idosos nas suas casas, pois estão acamados. Faço-lhes a higiene, coloco-lhes a fralda, visto-os, arrumo-lhes o quarto e regresso ao Centro.

Todas as manhãs vou buscar Idosos às diversas localidades, para passarem o dia no Centro, onde lhes são prestados cuidados de higiene, alimentação e saúde.

(23)

Realizo também o serviço de higiene pessoal, que consiste em dar banho e tratamento do corpo, caso necessário. Este serviço inclui todos os produtos de higiene e equipamentos necessários e é realizado tanto nas instalações da Associação, como na habitação do utente, quando se verifique instalações de WC adequadas e mediante conhecimento e expressa autorização da Direcção.

O serviço de tratamento de roupa consiste na recolha e distribuição no domicílio de roupa suja e lavada. Este serviço inclui lavagem à mão ou à máquina, serviço mínimo de pequenos consertos e arranjos, detergentes, engomagem e dobragem.

O Serviço de Higiene Habitacional consiste na limpeza de manutenção das zonas principais da habitação e normalmente frequentadas pelo utente, tais como: cozinha, quarto, sala de estar/jantar e casa de banho. Este serviço inclui todos os produtos e equipamentos necessários à realização do mesmo. Não são prestados outros serviços mais profundos, nem são abrangidas outras zonas da habitação, salvo por pedido expresso do utente e aprovado pela Direcção. São serviços com carácter esporádico e sazonal e mediante o pagamento de um valor extra mensalidade.

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Os serviços, nomeadamente a marcação de consultas, pagamento de serviços, acompanhamento ao exterior, cuidados de saúde ou outros, são feitos mediante pedido pelo utente com devida antecedência e mediante um pagamento extra-mensalidade, referenciado em tabela própria. A ABCRFL, apenas assegura e considera prioritários estes serviços, quando entende que o utente revela dependência temporária ou não, da orientação de terceiros e cuja família ou responsável não o possa fazer, ficando todos os outros casos, dependentes da disponibilidade de recursos humanos ou logísticos, podendo os utentes nestas circunstâncias, satisfazerem as suas necessidades com o apoio da família ou outro, de modo pessoal e independente.

As actividades de animação ou recreio consistem na implementação de momentos de desporto ou ginástica geriátrica, música, vídeo, cultura, artes plásticas, tricô, entre outros; são dinamizadas nas instalações da ABCRFL ou fora destas. Estas são sempre comunicadas ao utente da valência SAD e disponibilizados meios de transporte facilitadores da sua participação, sempre que este manifeste interesse e vontade de participação e colaboração.

A associação sobrevive com as mensalidades dos Utentes, da ajuda da Segurança Social, quotas e do Instituto Emprego Formação de Profissional (IEFP).

6.1.

Sistema de Autocontrolo HACCP

(HACCP- Hazard Analysis Critical Control Point)

O Centro de Dia recorreu a uma empresa chamada “Ambial” com o objectivo de fazer cumprir as normas da nova legislação em vigor. Esta empresa implementou um sistema de autocontrole chamado “HACCP” (Hazard Analysis Critical Control Point). Resumidamente, este sistema efectua um controle da “saúde” dos alimentos, desinfecção do ambiente de trabalho e seus servidores (trabalhadores). O uso de luvas é obrigatório. Têm de ser usadas batas diferentes para cada tarefa. O uso de uma farda é indispensável.

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Somos obrigadas a anotar todas as vezes que lavamos as casas de banho, com um número de código e o nome. Este processo também é utilizado para a limpeza dos pavimentos. Temos a desinfecção de móveis que tem de ser efectuada semanalmente, assim como a de janelas e espelhos, todas estas tarefas também são anotadas.

A adaptação a estas tarefas não me foi difícil, pois já antes efectuávamos a higiene no Centro, embora não houvesse o cuidado de anotarmos todos estes processos. Não nos adianta assinarmos as folhas se realmente não fizermos as limpezas conforme o indicado, pois esta empresa pode ir inspeccionar a qualquer momento e fazem recolhas para análises. Se o nível de bactérias for mais elevado do que o previsto podemos ser responsabilizadas por isso.

Esta empresa também faz uma visita trimestral ao centro para um controle de anti pragas (ratos, formigas, etc.).

As minhas colegas da cozinha têm que se adaptar a novas tarefas mais rigorosas. Também tenho que estar a par dessas mudanças para o caso em que seja necessário substituir alguma colega.

O HACCP efectua análises alimentares, físico-químicas e microbiológicas; controlo e verificação de higiene (superfícies, manipuladores, etc.).

6.1.1.

Tarefas da Cozinheira

A cozinheira tem várias tarefas novas, tais como:

• Anotar a temperatura das arcas quando entra e sai do serviço;

• Sempre que receba alguma encomenda de alimentos congelados, deve anotar a temperatura da caixa térmica da carrinha e a temperatura a que se encontra a arca. Nas

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arcas os alimentos devem estar em sacos devidamente fechados, estes devem incluir o nome do alimento, o dia em que foi entregue, assim como a validade;

• Ao efectuar as refeições, tem de ser embalada, em sacos próprios, uma amostra de cada alimento confeccionado. Nestes sacos são anotados o dia e a hora. Este processo serve para análises e como prova, caso haja algum problema com a alimentação de algum utente, como por exemplo a intoxicação alimentar;

• A higiene da cozinha é feita todos os dias, há uma desinfecção semanal de paredes e janelas. Estas tarefas têm de ser anotadas todos os dias;

• Todos os alimentos devem ser guardados em caixas plásticas apropriadas.

Caso haja uma inspecção da ASAE e se encontre alguma infracção em que a cozinheira não tenha cumprido o programa HACCP é responsabilizada por isso. Além do Centro ficar sujeito a pagar uma coima, a cozinheira também, visto que é responsável por tudo o que se faz na cozinha e está a par de todas as exigências de higiene e segurança alimentar.

No meu ponto de vista acho correcto haver um controlo. É uma maneira de se manter tudo organizado e em vigor com a lei. Sabendo que estamos orientadas pela empresa Ambial, não tememos qualquer inspecção. As ementas são variadas e confeccionadas com bastante higiene (ver em anexo).

Os Idosos estão satisfeitos com as refeições, embora seja muito difícil agradar a todos, uma grande parte gosta do que come. Por vezes não é fácil cozinhar para Idosos, pois o paladar deles vai se alterando e as papilas gustativas já não estão tão apuradas, daí a “culpa” para eles ser sempre da cozinheira. Há um cuidado especial para cada Idoso que esteja sujeito a alguma dieta alimentar.

(27)

6.2.

Como tratar um acamado

Cuidar de acamados é uma das minhas funções diárias. Um acamado requer outros cuidados que outro Idoso mais autónomo não necessita. Sempre que entra alguma funcionária nova, faço questão de lhe passar a informação de como tratar um acamado.

Nesta instituição é muito frequente entrar pessoal novo ao serviço, (POC ou estágios), mas, na minha opinião, este serviço devia ser prestado pelas mesmas funcionárias. Compreendo os motivos da instituição, que segundo eles este serviço deve rodar por todas as funcionárias para que a instituição não fique dependente dessas mesmas e, para que o Idoso e a própria funcionária não criem laços de afecto em que nalgumas circunstâncias possa custar mais a ausência de uma das partes.

Sugeri que este serviço fosse prestado pelo pessoal do quadro, evitando a exposição e salvaguardando a privacidade do Idoso a pessoas, que mais tarde deixam a instituição.

6.3.

O Banho na cama

 Verificar as condições ambientais: temperatura;

 Explicar ao Idoso o procedimento e incentivá-lo para a sua independência;

 Respeitar as preferências do Idoso e a sua privacidade;

 Mover o Idoso de forma fácil e de modo a que este se sinta seguro, usando movimentos rápidos, mas suaves. Neste processo utilizamos um resguardo para movermos o Idoso sem muito esforço físico;

 Fazer a higiene de modo a que todo o corpo fique lavado, começando nas partes mais limpas para as partes mais sujas. Mudar a água sempre que necessário;

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 Secar bem o Idoso, dando especial atenção às orelhas, umbigo, axilas e pregas cutâneas, isto para evitar vermelhões ou cortes cutâneos;

 Usar toalhas individuais e mudar a roupa sempre que necessário;

 Lavar e secar uma pequena área do corpo de cada vez, destapando apenas o que se vai lavar, de modo a evitar que o Idoso apanhe frio;

 Começar o banho pela cabeça e prosseguir até aos pés;

 Os órgãos genitais devem ser os últimos a serem lavados, utilizando uma outra bacia com água;

 Nunca deitar a roupa suja para o chão, colocando-a directamente no respectivo saco;

 O colchão deve ter um resguardo de plástico.

6.4.

Troca de Fraldas

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O Idoso está na posição de barriga para cima, desaperta-se a fralda, vira-se de barriga para baixo, limpa-se esse lado, seca-se e hidrata-se. Vira-se ao contrário, retira-se a fralda por completo e faz-se a higiene. Coloca-se a fralda limpa e vira-se o Idoso para que fique virado para cima. Ajeita-se a fralda e fica pronto para se vestir.

Material necessário

 Duas bacias  Duas luvas de banho

 Duas toalhas

 Água morna e sabão

 Roupa para mudar a cama e o Idoso

Muitas das vezes não se encontram condições para se praticar tudo o que está em cima descrito. Deparo-me com situações em que o Idoso não está habituado à higiene, muito menos a que seja hidratado. Se estão com familiares, sempre vamos indicando o que é melhor para o Idoso, mas no meu ponto de vista devemos agir mediante as capacidades de cada cliente, sim porque os Idosos perante a Segurança Social são clientes, o que não deixa de ser um facto.

A satisfação do cliente é o mais importante. Conhecendo o Idoso, como por exemplo, a sua forma de ser, a sua história de vida, a ligação que tem com os seus familiares, já se pode agir para que ele fique satisfeito com o nosso desempenho. Este conhecimento adquire-se conquistando-se a confiança do Idoso e para isso vou relatando pequenos episódios que podem ou não ser verdadeiros de situações que o levem a falar e a desabafar o que o angustia. É muito importante não se perder a confiança do Idoso. Aqui, muitas das vezes, pode-se ser o elo de ligação entre o Idoso e os seus familiares, podemos aconselhar os familiares a agirem para que tenham uma qualidade de vida melhor com os seus Idosos.

Uma das técnicas que utilizo para que o Idoso se sinta à vontade, enquanto lhe faço a higiene, é falar-lhe de coisas que ele gosta, fica distraído e nem se apercebe que lhe estou a fazer a higiene.

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6.5.

Prestação de Cuidados de Saúde

No Centro, antes do pequeno-almoço, faço o controlo de glicemia aos diabéticos. Utilizo um medidor de glicemia, neste coloco uma palheta onde de seguida vou colocar um pouco de sangue que retiro do dedo do Idoso. O dedo é picado com uma caneta que tem uma agulha na ponta. Esta é trocada por uma nova para cada Idoso.

O valor de glicemia, para estar correcto, deve situar-se entre os 100 e os 140 mg/dl. Na hiperglicemia os níveis de açúcar no sangue podem atingir 500 a 600mg/dl. Nestes casos, devo encaminhar o Idoso ao hospital para lhe ser administrado soro fisiológico nas veias, após lhe ter injectado a insulina recomendada para esse Idoso. Neste caso, o Idoso fica sonolento, o que o pode levar ao coma.

Um Idoso com hipoglicemia tem valores muito baixos dos indicados, isso deve-se ao facto dele não comer o suficiente, continuando-se a tratar com insulina.

Hiperglicemia  aumento da glicose no sangue.

Hipoglicemia  diminuição de glicose no sangue abaixo dos valores normais.

Quer num caso, ou no outro, pode levar o doente diabético ao coma. Também faço um controle da tensão arterial, mas este não é necessário ser efectuado todos os dias, salvo algum caso especial. A tensão arterial varia de uns Idosos para os outros. Há Idosos que se sentem bem com uma tensão de 120/ 60 outros com máximas de 160 e mínimas de 70. O ritmo cardíaco deve andar entre os 70 e100 batimentos, valores fora dos intervalos referidos, devem consultar um médico.

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Para além dos cuidados de saúde que tenho vindo a prestar, recentemente deparei-me com uma nova situação: tinha três utentes com tromboflebite. Como no período de formação não abordamos este tema, senti necessidade de aprender o que era a tromboflebite, como surgia, como se tratava e como se prevenia.

TROMBOFLEBITE

Tromboflebite é o sangue coagulado nas veias. Trombo significa coágulo sanguíneo. Existem dois tipos de tromboflebite: a venosa profunda e a superficial. A tromboflebite é uma complicação de varizes. A veia fica dorida, avermelhada e quente.

Esta doença surge mais na velhice, mais nas mulheres do que nos homens, ambos portadores de varizes.

CAUSAS DE TROMBOFLEBITE

Tromboflebite Superficial  A Tromboflebite pode ocorrer sem nenhuma causa aparente, mas na maioria das vezes ocorre após agressão química, por injecções intravenosas, ou por traumatismo de veia e principalmente de veia varicosa (varicotromboflebite).

Veias varicosas também podem desenvolver tromboflebite após cirurgias e após parto.

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A tromboflebite superficial raramente provoca sérias complicações; as veias atingidas podem, na maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirúrgico, eliminando as hipóteses de complicações. No entanto, se a trombose é numa veia profunda, o risco de complicações é grande.

Tromboflebite Venosa Profunda (TVP)  A TVP é a obstrução de uma veia acompanhada de inflamação. Pode atingir veias superficiais (tromboflebite) ou atingir uma localização mais profunda (trombose venosa profunda- TVP).

A TVP caracteriza-se como um foco de êmbolos, podendo levar a isquemias noutras partes do corpo. É a causa de embolias pulmonar e cerebral. Atinge as pernas, manifestando-se através de dores, inchaço e aumento de temperatura local. É comum em portadores de varizes. Ocorre em pessoas acamadas, hospitalizadas, ou com uma vida muito sedentária. Pode ocorrer como complicação de cirurgia, como o tratamento de fractura do fémur. No acidente vascular cerebral pode ocorrer no membro paralisado. A diabetes e obesidade também são factores que favorecem a doença.

Complicações imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda desloca-se, podendo migrar e ir até ao pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.

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COMO SE APRESENTA?

Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afectada, além de vermelhão e edema (inchaço). Pode-se palpar um endurecimento no trajecto da veia sobre a pele. Nas veias mais profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode-se localizar na pantorrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.

TRATAMENTO

O tratamento depende da extensão da veia afectada e da intensidade dos sintomas. Geralmente, utiliza-se tratamento clínico com analgésicos, anti-inflamatórios e calor local, com compressas húmidas mornas em tromboflebites localizadas pouco extensas. Anticoagulantes são usados somente em casos de tromboflebites superficiais extensas, com evolução para trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

O tratamento cirúrgico, às vezes, é necessário para a remoção do trajecto venoso ou do coágulo, em casos de dor persistente e quando há riscos de trombose venosa profunda. O tratamento só deve ser instituído por um especialista. A prevenção é o tratamento mais adequado em pacientes portadores de varizes.

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PREVENÇÃO

A principal providência é combater a estase venosa, isto é, fazer o sangue venoso circular, facilitando o seu retorno ao coração.

 Fazer caminhadas regularmente;

 Nas situações em que necessite permanecer sentado por muito tempo, procure movimentar os pés como se estivesse pedalando uma máquina de costura;

 Quando estiver em pé, parado, mova-se discretamente como se estivesse andar sem sair do lugar;

 Antes das viagens de longa distância, fale com o seu médico sobre a possibilidade de usar alguma medicação preventiva;

 Quando permanecer acamado, faça movimentos com os pés e as pernas. Se necessário, solicite a ajuda de alguém;

 Evitar qualquer uma daquelas condições que favorecem a formação do coágulo dentro da veia, descritas anteriormente;

 Evitar fumar e o sedentarismo;  Controlar o seu peso;

 Se for necessário fazer uso de hormonas, ou já foi acometido de trombose ou tem história familiar de tendência à trombose (trombofilia), consulte regularmente o seu médico;

 Usar meia elástica se o seu tornozelo incha com frequência e durante o período de gestação;

 Nunca se auto medicar.

Este estudo, de certa forma, é uma mais valia, pois serve para me sentir mais segura e ajudar estes Idosos a ultrapassar esses maus momentos.

No Centro, os utentes que tinham esta doença, sentavam-se no sofá com a perna que estava com tromboflebite mais alta, faziam pequenas caminhadas no jardim. Em casa, o colchão era levantado na parte dos pés para que estes ficassem ligeiramente mais altos que a

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Todas as manhãs injectava na barriga da Dona Cândida Alves uma injecção receitada pelo médico. O senhor António apresenta as pernas numa lástima, embora nas fotos estejam com melhor aparência, já há imenso tempo que não consegue andar sem tratamento. Como diabético que é, o risco é muito maior.

7. Actividades Lúdicas

Os Idosos da instituição têm a visita semanal de um professor de Educação Física, que faz com que eles pratiquem, dentro das capacidades motoras possíveis, exercícios e estejam em convívio. Nesta actividade os Idosos participam muito animados, pois têm esperança que possam melhorar as suas condições físicas. Divertem-se imenso, há um por outro que não se interessa pela actividade, mas a maioria adere aos exercícios propostos pelo professor.

Para além disso realizam-se passeios, idas ao cinema, uso da Internet (Loja do Cidadão). Os utentes desta associação têm também vindo a participar, juntamente com utentes de outras instituições do concelho, em torneios de jogos (cartas, dominó).

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Como se pode verificar em Anexo o programa de actividades lúdicas, esta instituição mantém um contrato com a instituição “Terra Preservada”, para que ao longo do ano haja actividades com os Idosos.

Passeios, jogos, teatro, estão agendados durante o ano. Como trabalho nesta instituição sempre que possível participo nessas actividades lúdicas. As datas mais importantes não deixam de ser assinaladas, como por exemplo: Natal, passagem de ano, dia dos namorados, carnaval, Páscoa, festas de Verão, o dia do Idoso, o dia de S. Martinho e inúmeras actividades que vão fazendo ao longo do ano.

Um dos passeios que eles gostam muito de fazer é a Fátima, todos os anos gostam de lá ir. No âmbito deste tema algumas actividades foram propostas por mim.

Fig. 21: Passeio à Nazaré (foto tirada pela formanda)

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O Natal é uma época, em que o Idoso se lembra mais da família, de como eram as tradições, sim, cada família tem as suas próprias tradições e eles comentam isso. Aproveitando a época, lembrei-me de os incentivar a decorarmos a instituição fazendo a árvore de Natal juntos, relembrando as tradições. Alguns

participaram animados, outros nem por isso, pois não tinham os familiares por perto e de facto estavam um pouco desanimados.

Daí surgiu a ideia de fazermos um postal de Natal para cada um oferecer a um familiar distante e outro para a Direcção da Associação.

Nesta época recordam a família, daí achar uma boa ideia o “Postal de Natal”. Através dele, os Idosos vão mandar afectos aos familiares, vão-se sentir mais próximos e aproveitamos divulgamos a instituição.

Actividade: Postal de Natal

Objectivo: melhorar as relações do grupo, fazer sentir o Idoso mais perto dos familiares distantes, divulgar a instituição.

Material : cartolina, cola, tesoura sem bicos, máquina fotográfica.

Tempo: De 20 a 24 de Dezembro, três horas diárias.

Descrição:

Desenhámos figuras relacionadas com o Natal (sinos, bolas, estrelas, etc.). Como foi trabalho de grupo, uns recortavam outros iam colando.

Fig. 23: Decoração da árvore de Natal realizada pelos Idosos

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Quando os vinte e cinco postais estavam prontos foi hora do grupo se juntar e se deixar fotografar.

Foi revelada a melhor fotografia do grupo e colada no postal. Foi perguntado a cada utente o que era para ele o Natal. Resumimos e chegámos a um acordo do que seria escrito em nome de todos. Quando terminados, cada Idoso ficou com um postal para mostrar aos familiares e alguns desses postais, foram oferecidos, em nome de todos à Direcção, desejando um bom Natal. Em anexo encontra-se um postal feito a mais para este fim.

Posso concluir que os objectivos para qual estava destinada esta actividade foram alcançados. Os Idosos estiveram em harmonia e de uma forma ou de outra todos participaram, mais que não fosse para a foto de grupo. Garanto que nos rimos bastante. Até se juntarem todos, palpitavam como se colocarem na melhor posição!

Alguns dos Idosos mostraram os postais pela Internet aos familiares, pois não queriam ficar sem o postal por eles feito, outros entregaram aos filhos com quem habitam. Foi bonito ver o sorriso que aquele rosto enrugado entregou o postal ao senhor Presidente da Associação.

Perguntei a uma filha de uma idosa o que tinha achado do postal, ela adorou e levou para o local de trabalho para mostrar a todas as clientes (tem um salão de cabeleireira), aqui a instituição está a ser divulgada.

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Actividade: Peça de teatro “Romeu e Julieta”

Em conjunto com a instituição “Terra Preservada” decidimos aproveitar o dia dos namorados para juntarmos Idosos de várias instituições e proporcionarmos um convívio agradável. Ensaiámos a peça “Romeu e Julieta”, em que os Idosos participaram muito animados.

Objectivos:

Proporcionar o convívio e mantê-los activos em sociedade com outros Idosos. Proporcionar-lhes melhores relações entre o grupo.

Material:

Guião, roupas apropriadas, máscara, salão da Junta de freguesia de Moimenta.

Tempo de ensaio: sete de Fevereiro ao dia doze, duas horas por dia.

Descrição:

Houve uma preparação dos utentes, em que lia-mos o texto para eles o irem memorizando. Tentámos deixá-los à vontade sem os pressionarmos, para que não se sentissem nervosos.

Fig. 27: Cena da peça Romeu e Julieta (foto tirada pela formanda)

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O dia chegou, o convívio foi na junta de freguesia de Moimenta, os elementos da “Terra Preservada” organizaram a deslocação e o pedido do salão. Deu-se então, a representação da peça que teve a participação só dos Idosos de Lagarinhos.

Uma colega lia o texto e eles iam entrando e representavam, a eles coube-lhes dizerem pequenas frases que se esqueceram do que era para dizer, mas improvisaram muito bem. No fim da representação houve um bailarico e lanche. No fim da tarde os Idosos regressaram às suas casas satisfeitos.

Considero os objectivos alcançados. Pois estiveram em convívio e divertiram-se. Houve uma interligação com outros Idosos. Muitos reviram amigos que estão institucionalizados noutras instituições. É sempre muito agradável ver os Idosos satisfeitos e em convívio. Estava um dia frio, mas o calor humano era superior. Os elementos da “Terra Preservada” estavam de parabéns, conseguiram que outras instituições, das quais fazem parte, se juntassem a nós para uma agradável tarde que, apesar de fria, não se fez sentir dentro do salão. Valeu a pena!

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8. Reflexão Final

A realização deste estágio, permitiu-me perceber quais os factores que influenciam a adaptação às transições que ocorrem na vida, com especial enfoque para a Institucionalização. Saber que aspectos precisam talvez ser trabalhados no indivíduo, ainda em idade jovem.

A promoção de um bom envelhecimento que permitirá uma boa adaptação às transições da vida e consequentemente também à Institucionalização terá que começar bem cedo a fazer parte dos objectivos dos profissionais de saúde e não só.

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9. Bibliografia

FONSECA, A. M. – Desenvolvimento humano e envelhecimento. 1ª Edição. Lisboa, Climepsi Editores 2005

PIMENTEL, L. – O lugar do Idoso na Família – contextos e trajectórias. 2001, Quarteto Editora. Coimbra

Sitografia:

http://br.answers.yahoo.com/question/index;_ylt=A18DuFOdhJFWFTbSyx5ecM307At... http://baminternational.com/bam/ag/Patologias_Tromboflebite_venosa

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Convívio entre instituições/ fotografias da peça “Romeu e Júlieta”

Momentos da encenação

Actores : Mª José, Pedro ,António, Isaura, Ana

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Na plateia estão utentes de outras instituições, assim como no baile

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Fotografias Educação Física dos utentes na associação

Todas as sextas-feiras uma hora de exercícios apropriados para seniores, aos quais os idosos aderem em grande parte. São momentos de descontracção como as próprias imagens o demonstram.

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Actividade : Porta Chaves

Nas fotos: Mª José, Cristina, Cândida, Mª Ferreira, Prazeres Borges e Ana

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Só na velhice a mesa fica repleta de ausências. Chego ao fim, uma corda que aprende seu limite após arrebentar-se em música.

Creio na cerração das manhãs. Conforto-me em ser apenas homem.

Envelheci,

tenho muita infância pela frente.

Fabrício Carpinejar

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Para fazer bom uso da vida seria preciso ter na juventude a experiencia dos anos avançados e na velhice o vigor da juventude.

Dª Glória e Dª Patocinia

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Referências

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