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Academic year: 2021

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Lazer social como política pública na cidade de São Paulo: análise

do projeto Clube Escola no Parque Esportivo dos Trabalhadores

Leisure and social policy at the city of São Paulo: analysis of the project Clube

Escola at Parque Esportivo dos Trabalhadores Priscila Bulbarelli Ferreira

prica_bf@hotmail.com Orientador: Brenno Vitorino Costa

RESUMO: Este artigo estuda o lazer social como política pública na cidade de São

Paulo, analisando o projeto Clube Escola como promotor de atividades físicas no Parque Esportivo dos Trabalhadores. Analisou-se a infraestrutura do local, a satisfação dos visitantes em relação alguns quesitos através de pesquisa quantitativa realizada no local, a gestão do parque e as iniciativas para melhorias do espaço e do Projeto Clube Escola. Percebeu se que o parque é de vital importância para os moradores do bairro do Tatuapé que utilizam do espaço para a prática de caminhadas e exercícios físicos sem relação com o projeto Clube Escola.

Palavras-chave: Lazer; Esportes; Clube Escola; Tatuapé; São Paulo.

ABSTRACT: This article examines the social leisure as public policy in the city of

São Paulo analyzing the project Clube Escola as a factor in promoting physical activity in the Parque Esportivo dos Trabalhadores. Examined whether the local infrastructure, visitor satisfaction regarding some questions through quantitative research carried out on site, the management of the park as well as initiatives to improve the space and the Clube Escola project. Was realized that the park is of vital importance to the residents of Tatuapé who use the space to practical for walking and exercise unrelated to the project Clube Escola.

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Introdução

O presente artigo visa mostrar a importância do Projeto Clube Escola como política pública de lazer na cidade de São Paulo, estudando-se o caso do Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET), localizado no bairro do Tatuapé.

A partir da participação da autora em aulas de circo ministradas no Clube Escola, percebeu se o potencial do projeto como alternativa de lazer gratuito na cidade de São Paulo.

Tendo como principal objetivo caracterizar o projeto Clube Escola no âmbito do PET e mostrar sua importância, analisou-se a infraestrutura, a gestão e a opinião dos frequentadores do local. Para tanto foram feitas visitas in loco, aplicação de pesquisa quantitativa com os visitantes, além de entrevista com o senhor Emílio Marchetti, coordenador geral do Parque.

Pretendeu se ainda estudar a relevância do projeto para os frequentadores do local, assim como as principais dificuldades para mantê-lo. Foram feitas análises de perfil dos visitantes, da satisfação dos mesmos quanto aos espaços, à segurança e à administração geral do Parque.

Identificaram-se também alguns problemas estruturais com base na opinião dos frequentadores e na visita in loco; sendo assim, fez-se algumas sugestões de melhorias, identificando pontos que talvez ajudem numa melhor gestão do equipamento e melhore a relação dos usuários com o parque.

1. A importância do lazer ao longo da história

Com o passar dos séculos, a industrialização trouxe a crescente urbanização das cidades; o homem deixou o campo para se concentrar em agrupamentos urbanos onde, segundo Dumazedier (2001), o dia já não era ocupado unicamente pelo trabalho, portanto o lazer começou lentamente a se tornar uma necessidade para o homem. Tal crescimento desordenado das cidades teve consequências e influências na vida da sociedade, surgiram então problemas de habitação, educação, saneamento, e inclusive de lazer.

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A bibliografia sobre o assunto indica que os trabalhadores não tinham tanto tempo livre quanto os gregos, o que fez com que o lazer nesta época fosse uma coisa muito pouco praticada, já que as pessoas costumavam passar mais de 12 horas por dia no trabalho, alem do acesso limitado devido aos salários baixos.

A Revolução Industrial trouxe consigo o progresso científico, técnico e econômico, porém o crescimento da sociedade capitalista tornou as atividades mais comercializadas, criando um ciclo que Krippendorf chamou de “ciclo do crescimento” que pode ser sistematizado da seguinte maneira: quanto mais produção mais trabalho, quanto mais trabalho mais dinheiro, quanto mais dinheiro mais consumo o que implica em mais produção, constituindo um ciclo sem fim.

Segundo Requixa (1977, p. 29 apud RAYMUNDO, 2008, p. 5) a lei 4982 de 24/12/1925 mostrava a necessidade de férias e dava ao trabalhador o direito ao descanso semanal no Brasil.

Com a criação de leis trabalhistas e sindicatos, aos poucos a classe trabalhadora adquiriu alguns direitos, o que implicava em mais tempo livre e alguns dias de férias durante o ano. Assim, em 1950, um trabalhador adulto tinha em média três horas de lazer cotidiano (DUMAZEDIER, 2001, p. 22). Aos poucos os trabalhadores foram conquistando seu espaço na sociedade e se organizando em agrupamentos e associações que muitas vezes promoviam jogos esportivos, bailes e confraternizações aos fins de semana no intuito de desfrutarem do seu tempo livre. A partir da década de 1960 o lazer começa a ser estudado por diversas áreas do conhecimento como Sociologia, Psicologia e Comunicação e na década de 1980 começa a fazer parte de programas governamentais no Brasil e a ser visto como uma “indústria” em potencial seguindo o modelo de países mais desenvolvidos (MELO, 2003, p. 22).

Ao longo da história muitos estudiosos vêm tentando conceituar o lazer de alguma forma; nos diversos livros e artigos sobre o tema são encontradas definições do lazer como sendo: atividade gratuita, livre e que oferece satisfação a quem pratica; oposição ao conjunto de necessidades e obrigações da vida; liberação e prazer; descanso, divertimento, recreação, entretenimento e desenvolvimento pessoal, porém a definição mais abrangente, pelo menos para efeitos do presente trabalho, é a de Dumazedier:

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O lazer é um conjunto de ocupações às quais o individuo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou, ainda para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais. (DUMAZEDIER, 2001, p. 34).

Segundo tal definição o lazer pode ser entendido como o tempo livre das obrigações, que as pessoas usam para fazer aquilo que desejarem, seja para relaxar ou se divertir, sendo a atividade praticada de livre escolha da pessoa, ou seja, o tempo que se passa lendo um livro, assistindo a um filme ou apenas descansando no sofá, dentre inúmeras outras possibilidades.

2. A importância do lazer na sociedade moderna

O lazer nas sociedades modernas tem se tornado cada vez mais escasso e até mesmo “uma realidade banal” (DUMAZEDIER, 2001, p.19). Em cidades como São Paulo onde o tempo é bastante limitado devido às obrigações diárias, o lazer logo se torna uma atividade secundária na vida do cidadão.

A duração do lazer hoje já não corresponde à real necessidade de evasão do homem, por outro lado o tempo também não é mais totalmente ocupado somente pelo trabalho, o homem moderno dispõe entre duas e três horas de lazer diário, além de finais de semana, feriados e férias anuais (DUMAZEDIER, 2001).

O homem, por sua natureza, necessita do lazer assim como de alimento, sono e outras necessidades fisiológicas. O tempo de descanso e descontração é visto por alguns autores até mesmo como sinônimo de desenvolvimento humano e de elevação do espírito. Segundo Turino (2003, p.21), “Com o tempo livre bem curtido, as pessoas são mais felizes”, o dinheiro circula mais, a economia cresce, a produtividade aumenta e a tensão social diminui.

Não é incomum observar, principalmente nos grandes centros urbanos, pessoas estressadas, que passam grande parte do seu dia ou se locomovendo de casa para o trabalho e vice-versa ou no trabalho propriamente dito. A qualidade de vida se degrada cada vez mais, as pessoas sofrem de depressão e problemas cardíacos e o sedentarismo é notável.

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O século XX transformou os equipamentos de lazer em meras mercadorias e bens de consumo; a sociedade está cada vez mais sedentária e as atividades de lazer limitadas à mídia e atividades “passivas” (SANTOS, 1999, p.116 apud RAYMUNDO, 2008, p.6)

Segundo Dumazedier (2011, p.53), “Houve um tempo no qual a ociosidade era a mãe de todas as virtudes do homem”. Na sociedade capitalista em que se vive hoje, isso não é muito bem aceito; pode se dizer até que a maior virtude do homem moderno é o tempo dedicado ao trabalho. Isso tem tornado o próprio lazer objeto de consumo, tornando o desenvolvimento do mesmo desigual nas diferentes camadas da sociedade.

Em São Paulo há um grande desequilíbrio concernente ao acesso das pessoas a equipamentos de lazer adequados. Além disso, a capitalização dos equipamentos e o poder de compra ou aquisição de satisfações torna o custo destes equipamentos inacessível para boa parte da população (TURINO, 2003, p 26).

Apesar de São Paulo ser uma cidade onde não faltam opções de lazer para a população, a oferta de equipamentos acessíveis às populações com uma renda menor muitas vezes deixa a desejar em termos de quantidade e qualidade.

Cidades como São Paulo não se preocupam muito com o lazer dos cidadãos, assim como com a construção/ preservação de espaços públicos para a prática de lazer e esportes. Os locais mais estruturados geralmente se concentram na região central da cidade, em bairros como: Vila Mariana, Bela Vista, Aclimação, dentre outros, deixando a periferia carente de equipamentos de lazer de qualidade. Segundo Marcellino (2001, p.14):

Infelizmente, de modo geral, a importância que o lazer vem ganhando nas últimas décadas, como problema social e como objeto de reinvidicação, ligada a qualidade de vida nas cidades, não vem sendo acompanhada pela ação do poder público, com o estabelecimento de políticas setoriais da área, devidamente articuladas com outras esferas da atuação, vinculadas com as iniciativas espontâneas da população e com parcerias junto a iniciativa privada.

Hoje há uma supervalorização das atividades lucrativas e os espaços públicos onde se possam praticar atividades ao ar livre e gratuitas estão cada vez mais escassos. Além disso a distância muitas vezes é um problema para a maior parte da população: é recomendação dos urbanistas que nenhuma habitação diste mais de 100m de

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espaços de lazer. As pessoas sentem necessidade de locais onde se possa ter espaço livre, liberdade de olhar, agir e sentir e o lazer deve ser cotidiano, não apenas aos fins de semana e feriados (CAMARGO, 2003, p. 41).

O acesso a equipamentos que atendam tais necessidades deve ser igual para toda a sociedade; segundo Marcellino (2001, p. 9) existem sim barreiras interclasses sociais que acabam por dificultar o acesso das classes menos favorecidas ao lazer, principalmente de qualidade, portanto as políticas públicas voltadas ao lazer da população acabam por facilitar este acesso além de melhorar a qualidade de vida das pessoas que frequentam tais espaços.

Tal fato é bastante perceptível aos residentes de grandes centros urbanos, onde o caos, a correria e o stress tem cada vez mais tomado conta da população em detrimento de atividades sadias e espaços que ofereçam tranquilidade e qualidade de vida para a população.

3. Projeto Clube Escola

O Clube Escola é um projeto criado em 2007 pela Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação na gestão do ex-secretário Walter Feldman, juntamente com o prefeito Gilberto Kassab. Segundo o site do Clube Escola, o projeto “visa ser uma extensão das atividades diárias dos jovens da rede pública de ensino”, oferecendo atividades monitoradas gratuitas de esporte, lazer e recreação. O projeto é inserido em locais já existentes na cidade de São Paulo, beneficia cerca de 230 mil pessoas e funciona em mais de 100 locais entre clubes municipais e parques esportivos. O projeto oferece aulas de diversos esportes, dança, música e artesanato. Os interessados devem se inscrever preenchendo uma ficha no local escolhido e assim são inseridos em turmas que funcionam regularmente em determinados dias da semana, podendo-se escolher quantas atividades desejar.

Todas as atividades são gratuitas e ministradas por professores experientes e devidamente qualificados para exercer as mesmas. A faixa etária dos participantes varia de acordo com o tipo de atividade, sendo que há algumas atividades nas quais há uma faixa etária especifica, como a ginástica para a terceira idade ou a escola de ciclismo, voltada para crianças de 7 a 14 anos.

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Dois projetos que antecederam o Clube Escola foram os programas Bolsa Trabalho e Começar de Novo que visavam o aprendizado por parte de jovens de baixa renda e pessoas com mais de 40 anos há muito tempo fora do mercado de trabalho para atuar nas áreas de lazer e recreação dentro de clubes e parques municipais da cidade. Entretanto, diferente do Clube Escola, as pessoas participavam destes projetos trabalhando e não aproveitando seu tempo livre, mesmo assim eram consideradas políticas públicas para o lazer em São Paulo.

Sendo o lazer um “direito fundamental da humanidade” (TURINO, 2003, p.21) o projeto Clube Escola torna-se importante ferramenta para que as pessoas usufruam um tempo de lazer de qualidade e gratuito, pois segundo o site do projeto oferece uma “programação esportiva, recreativa, cultural e gratuita, oferecida pelos equipamentos esportivos municipais”.

4. Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET)

4.1. Descrição Geral

O Parque Esportivo dos Trabalhadores é um espaço próprio para a prática de atividades esportivas e de lazer. Inaugurado em 1975 e originalmente nomeado como Centro Educativo, Recreativo e Esportivo do Trabalhador (CERET), era gerido por sindicalistas e seu uso era restrito a sindicalizados ou pessoas que pagavam mensalidade. Em 2008, devido à má administração, passou a ser dirigido pela Prefeitura de São Paulo na gestão do Governador José Serra e a se chamar Parque Esportivo dos Trabalhadores (PET), segundo o site do município de São Paulo (SÃO PAULO, 2012) e matéria da Folha de São Paulo.

No período anterior à fundação do CERET o local era composto por Mata Atlântica até sua desapropriação pelo então Governador do Estado Roberto Abreu Sodré, que deu início à construção do CERET.

Localizado no bairro Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, com 286 mil m², o Parque Esportivo dos Trabalhadores “é a sexta maior área arborizada da cidade” e o maior complexo esportivo sob administração de São Paulo (SÃO PAULO, 2008).

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Figura 1 – Parque Esportivo dos Trabalhadores

Fonte: GOOGLE MAPAS, 2012

O Parque Esportivo dos Trabalhadores situa se na Rua Canuto de Abreu, s/n°, Tatuapé e seu acesso por transporte público se dá através da Linha 3 – Vermelha do metrô, descendo na estação Tatuapé, que é onde se deve tomar um ônibus em direção à Vila Santa Isabel e descer após aproximadamente 15 minutos.

Figura 2 – Caminho via metrô Tatuapé para o Parque Esportivo dos Trabalhadores

Fonte: GOOGLE MAPAS, 2012.

O parque fica a 10 minutos à pé do Shopping Anália Franco, aproximadamente cinco minutos à pé do Hotel Blue Tree Anália Franco e a uma pequena distância da Avenida Salim Farah Maluf.

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O local é monitorado por seguranças devidamente uniformizados em todas as entradas do parque, estacionamento e demais dependências.

4.2. Estrutura Física

As informações deste item são resultado de visitas in loco realizadas no segundo semestre de 2012 e de consultas ao site da prefeitura da cidade de São Paulo. A ampla estrutura do Parque Esportivo dos Trabalhadores permite a prática de variados esportes, sendo que possui três campos de futebol, quatro quadras de vôlei, duas quadras de basquete, quatro quadras poliesportivas, seis quadras de tênis sendo duas de saibro, um campo de rúgbi, balneário com quatro piscinas, pista de caminhada/corrida, uma pista de atletismo de 400 m, três salas de ginástica, playground e um ginásio poliesportivo.

Figura 3 – Quadras

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Figura 4 – Entrada principal

Foto: a autora

O parque ainda possui um amplo estacionamento com capacidade para aproximadamente 200 veículos entre carros e motos e não possui para-ciclos ou bicicletário adequado, apenas pequenos postes improvisados utilizados para tal função de acordo com site da prefeitura.

Figura 5 – Postes para estacionar bicicletas

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Figura 6 – Estacionamento

Foto: a autora

O acesso de pessoas com deficiência é possível e bastante prático, sendo que a entrada no Parque se dá através de rampa e quase todo o espaço é bem plano e sem buracos. Além disso, a pessoa com deficiência ainda dispõe de vagas especiais no estacionamento bem em frente à entrada principal do PET.

Há três banheiros no parque, mas não estão muito bem localizados e não são tão fáceis de serem encontrados. Apesar disso eles encontram-se em boas condições de uso e foram recentemente reformados.

Não existe sinalização indicativa das diversas áreas do parque; a única indicação que se vê é uma placa com a planta do parque mostrando a localização de cada equipamento, fora isso não há em qualquer outro local placas ou pontos de referência para o visitante.

A falta de bebedouros também é claramente perceptível, já que foi notado apenas um bebedouro em más condições pela extensão do parque.

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Figura 7 - Bebedouro

Fonte: a autora

4.3. Serviços

O Parque funciona de segunda a sexta-feira das 6h às 22h e aos sábados e domingos das 6h às 19h.

A ampla estrutura do PET possibilita que sejam oferecidas atividades como ginástica, capoeira, dança infanto-juvenil, dança de salão, basquete, futebol, futsal, handebol, voleibol, karatê, tai-chi-chuan, yoga, rúgbi, tênis e aulas de circo, todas parte do projeto Clube Escola.

O serviço de informação ao visitante se dá através da secretaria do clube durante os dias de semana e aos finais de semana pelos seguranças do local e plantonista da secretaria.

Não existe nenhum serviço de alimentação como restaurante ou lanchonete. Alguns anos atrás existiam quiosques com alimentos e bebidas, e esse ponto foi criticado por muitos entrevistados, que sentem falta desse tipo de serviço.

4.4. Estrutura organizacional

O parque é de propriedade do município de São Paulo e, desde agosto de 2008, coordenado pelo senhor Emílio Marchetti. A verba para manutenção do parque é quase que exclusivamente municipal e raramente de doações, segundo entrevista com o gestor. Já segundo alguns entrevistados, a manutenção das quadras de tênis é feita pelos próprios usuários que recolhem mensalmente uma verba para este fim.

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O PET emprega 85 pessoas, sendo dois concursados, sete nomeados pela SEME (Secretária Municipal de Esportes, Lazer e Recreação), sessenta e quatro terceirizados (setor de serviços) e doze conveniados (setor de esportes). Há parcerias no parque com os professores de yoga e rúgbi e convênio com os professores de tênis e tai chi chuan.

O organograma do parque se dá da seguinte forma: nos cargos de coordenação e administração estão os funcionários concursados (coordenação geral, coordenação de esportes, bióloga e manutenção e apoio administrativo), há também os funcionários dos convênios na área de esportes através de chamamento público (professores de tênis e tai chi chuan), os funcionários das parcerias (professores de yoga e rúgbi) e os funcionários das empresas terceirizadas através de licitação (vigilância, limpeza e conservação predial, manutenção de áreas verdes e monitoramento aquático e limpeza de piscinas).

Segundo o gestor a principal dificuldade encontrada por ele é adequar a verba destinada pela prefeitura às necessidades do PET. Além disso, há falta de funcionários e a Prefeitura não fornece verba para as necessidades diárias do parque.

Apesar disso o Sr. Marchetti considera que a prefeitura tem investido bem no Parque: ele citou alguns exemplos como a reforma dos sanitários, instalação de sanitários para pessoas com deficiência, recapeamento do asfalto e demarcação de vagas do estacionamento, implantação de 238 postes de iluminação nas alamedas, manutenção da iluminação das quadras de futsal e implantação do sistema de iluminação nas quadras de tênis e pista de atletismo, reforma do piso do ginásio, implantação do projeto Clube Escola e instalação de ambulatório médico.

4.5. Demanda atual

O Parque Esportivo dos Trabalhadores recebe cerca de 120 mil visitantes por mês segundo site do projeto e, segundo a pesquisa realizada no local, os visitantes se dividem bem entre os dias de semana e finais de semana, sendo que 62 % dos visitantes entrevistados disseram que costumam ir ao parque às quintas-feiras. Foram aplicados 100 questionários com os frequentadores do parque com idade a partir de 16 anos, em três dias da semana: quarta-feira, quinta-feira e domingo. O

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questionário era de caráter quantitativo, constituído de 18 perguntas, sendo 14 fechadas e quatro abertas. Segue quadro com principais resultados da pesquisa:

Quadro 1 – Perfil dos visitantes

41% dos entrevistados residem no bairro do Tatuapé, enquanto 15% na Vila Formosa, uma pequena parcela respondeu Jardim Anália Franco (10 %), Mooca (7%), Água Rasa (8%), entre outros.

A faixa etária dos visitantes divide se entre 16 e 25 anos (18%), 36 e 45 anos (15%), 46 e 55 anos (11%), 56 e 65 anos (20%) e entre 66 e 75 anos (13%).

60% são do sexo masculino e 40% do sexo feminino.

O meio de transporte utilizado para chegar ao Parque, por 59% dos entrevistados, foi o carro ou moto e 30% foram a pé.

55% dos entrevistados não utilizam outros espaços públicos de lazer em São Paulo.

Quanto às atividades praticadas em seu tempo livre, 37% disse ir ao shopping, 30% leem, 18% vão a parques municipais, 20% ouvem música e apenas 8% disse ir a museus.

46% dos entrevistados possuem ensino superior completo e 30% ensino médio completo. A renda familiar mensal média é de R$ 9.657,00.

Quadro 2 – Perfil de uso do PET e avaliação do Local

Quanto ao principal motivo de visita ao Parque, 60% dos entrevistados foram praticar caminhada, seguidos por aqueles que foram praticar esportes com bola (19%) e aqueles de motivos diversos (“Outros”, com 17%). Apenas 4% tem como principal motivação participar das atividades do Clube Escola. Das atividades citadas em “Outros”, a mais mencionada foi correr (53%).

56% dos entrevistados que disseram que o principal motivo de visita ao parque era praticar esportes com bola tem idade entre 16 e 25 anos.

47% dos visitantes frequentam o parque de duas a três vezes por semana, 20% de 4 a 5 vezes por semana, 12% todos os dias e 11% uma vez por semana.

96% das pessoas classificaram a limpeza do Parque como boa ou muito boa; quanto à conservação geral do espaço, 89% classificaram como boa ou muito boa e apenas 11% como ruim. A segurança foi classificada por 93% das pessoas como sendo boa ou muito boa. Estas foram os itens mais bem avaliados.

Quanto aos outros quesitos e espaços avaliados, 68% qualificou os banheiros e vestiários como bons ou muito bons e 23% não utilizam; 30% acham os campos de futebol bons ou muito bons e 62% não utilizam; 30% avaliam o ginásio como bom ou muito bom e 68% não utilizam; 39% acham os professores e instrutores bons ou muito bons e 61% não conhecem; 37% acham as quadras boas ou muito boas enquanto 51% não utilizam e 12% acham ruim; a piscina foi qualificada como boa ou muito boa por 29% dos visitantes e 68 % não utilizam; o atendimento dos funcionários foi avaliado como bom ou muito bom por 48% das pessoas e 46% não utilizaram dos serviços.

Quanto à conservação geral, dos frequentam o parque uma vez por semana, 55% qualifica como boa ou muito boa, seguidos por 45% dos que frequentam de duas a três vezes por semana, 55% dos que frequentam de quatro a cinco vezes por semana e 73% dos que frequentam todos os dias o PET.

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A limpeza foi avaliada como boa por 64% dos que frequentam o parque uma vez por semana, como muito boa (57%) pelos que frequentam de duas a três vezes por semana, por 65% dos que frequentam de quatro a cinco vezes por semana e por 73% dos que vão todos os dias.

40% disseram que já participaram ou participam de alguma atividade do Clube Escola; as atividades mais citadas foram ginástica localizada, circo e tênis. Entre os entrevistados que nunca participaram de alguma atividade do Clube Escola, 73 % disseram conhecer o projeto.

Quanto às atividades que gostariam que fossem implementadas, 27% disseram feiras e eventos, 21% gostariam de apresentação de música e dança e 17% solicitaram aulas de dança.

Os espaços públicos mais frequentados pelos usuários do PET são o Parque do Piqueri (38%) e o Parque do Ibirapuera (26%)

51% dos entrevistados que residem no bairro do Tatuapé frequentam o parque de 2 a 3 vezes por semana e 26% de 4 a 5 vezes por semana.

O fato de o parque ser bastante plano e possuir alamedas próprias para a prática de caminhada e corrida influenciam diretamente na prática desse tipo de exercício, já que 60% das pessoas responderam que o principal motivo de visita ao parque é a prática de caminhada.

Nota-se também que 50% das pessoas que frequentam o parque para praticar caminhada tem entre 56 e 75 anos de idade. Já os mais jovens, entre 16 e 25 anos, preferem praticar esportes com bola. Além disso, dos que participam de atividades do clube escola 67% tem entre 56 e 65 anos, sendo que 40% das pessoas disseram participar ou já terem participado de alguma atividade do Clube Escola, as atividades mais citadas por estas pessoas foi a Ginástica Localizada (21%) e o Circo (11%). Apesar de 11% dos entrevistados que participam ou já participaram de alguma atividade do Clube Escola citarem o circo, no dia da visita o projeto estava se encerrando por falta de alunos. Segundo o gestor, as decisões e melhorias referentes ao Projeto são tomadas pela Coordenação Geral da Secretária dos Esportes e o clube depois de consultado apenas recebe o projeto.

Outro fato é que aqueles que frequentam o parque de duas a três vezes por semana, (47% do total), em sua grande maioria residem no bairro do Tatuapé.

Notou se que a renda familiar média é bastante alta, de R$ 9.657,00. Considerando-se a localização do parque, é algo explicável, pois o bairro é considerado de clasConsiderando-se média alta, porém não condiz com o público que o projeto e o próprio parque visa atender.

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Percebe-se que os que frequentam o parque mais vezes por semana classificaram itens como limpeza, segurança e conservação do espaço em geral como boa ou muito boa, cerca 73% dos que frequentam o parque todos os dias avaliaram tais itens como bom ou muito bom.

Em geral o parque foi muito bem avaliado pelos usuários. Apesar disso nota-se uma pequena insatisfação quanto aos bebedouros, sanitários e quanto à falta de locais para alimentação. Em conversas informais percebeu-se que a grande maioria das pessoas não tem coragem de utilizar os banheiros, apesar dos mesmos terem sido reformados recentemente. A falta de bebedouros também foi notada, e o estado dos que existem está deplorável, como demonstrado anteriormente.

Apesar de apenas 8% dos entrevistados terem dito achar os campos de futebol ruins e 11% acharem as quadras ruins, notou se que o alambrado das quadras está solto na maior parte de sua extensão, os gols estão com as redes caindo ou soltas e o campo de futebol inunda quando chove como pode-se observar abaixo.

Figura 8 - Campo de Futebol inundado

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Figura 9 - Alambrado solto

Fonte: a autora

Os entrevistados também foram questionados a respeito de sugestões de melhorias no parque e entre as diversas sugestões dadas destacam-se a implantação de via de bicicleta, pois no parque não é permitido o uso da mesma, sendo obrigatório deixar a bicicleta no paraciclo; aumento de cadeiras/pedalinhos na área destinada a exercícios para pessoas da terceira idade; reimplantação da quadra de bocha; implantação da quadra de skate e ainda melhorias nos banheiros e mais bebedouros, pois como já dito no local quase não há.

Quando questionado, o gestor disse existir projetos de melhoria na infraestrutura do parque, porém ainda em fase de aprovação de verba pela prefeitura ou dependendo de emendas parlamentares. Dentre os projetos existentes estão: reforma da pista de atletismo; reforma da piscina semiolímpica; atualização do sistema de para-raios; reforma dos alambrados das quadras externas; restauração da Estátua de Davi e contratação de empresa para controle do estacionamento.

Tais melhorias são válidas para a satisfação dos visitantes já que muitos disseram em conversa informal que o estacionamento, por exemplo, não é muito seguro nem devidamente monitorado e por diversas vezes tiveram seus carros violados durante estada no parque, notou se então a necessidade de maior segurança no local.

Alem disso as quadras conforme citado anteriormente estão precisando de alambrados novos.

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Há também a necessidade de melhora na manutenção das quadras de tênis e notou se que o telhado do ginásio está necessitando de alguns reparos conforme as imagens mostram.

Nas visitas in loco notou se que realmente o parque apresenta uma boa infraestrutura, que está bem conservada. Outro ponto observado foi a quantidade de quadras e espaços apropriados para a prática de esportes, porém nem todos tão bem conservados quanto o parque como um todo.

Figura 10 - Telhado do Ginásio Poliesportivo

Fonte: a autora

4.6. Divulgação

A divulgação do equipamento é feita através do site da prefeitura de São Paulo http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/esportes/pet/ e também por meio de outros sites que tratam de lazer na cidade de São Paulo, como por exemplo o kekanto, a vejasp, o guia da semana, dentre outros.

Alem da divulgação para o público externo, no PET há diversas placas e faixas que informam a respeito dos projetos existentes no local, tal como o Clube Escola e as atividades oferecidas no mesmo.

5. Considerações Finais

A importância do lazer para as diversas classes sociais tornou se evidente no decorrer da história. O discurso de que todos necessitam usufruir seu tempo livre passou de uma questão de princípios para a real necessidade do ser humano, assim como se tornou importante objeto de defesa dos estudiosos espaços de lazer que

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atendessem não somente uma pequena parcela da população, mas todas as classes sociais.

Ainda hoje percebe-se algumas distinções nos locais públicos de lazer nas diferentes regiões de São Paulo. Nesse sentido o estudo do Parque Esportivo dos Trabalhadores juntamente com o projeto Clube Escola como forma de promoção do lazer foi essencial para verificar a importância desses espaços na cidade de São Paulo.

Verificou se que o PET é importante espaço de lazer para os moradores do bairro do Tatuapé, principalmente porque este incentiva os moradores a praticarem esportes. Após a análise do Parque e do Projeto, percebeu se que o PET tem sido bem gerido, apesar de haver algumas falhas estruturais que poderiam ser corrigidas. Além disso, analisando o projeto Clube Escola em si, nota se que o mesmo não é muito bem aproveitado pelos visitantes, já que apenas 4% tem como principal motivação participar do Projeto Clube Escola, mesmo 40% já terem participado ou participarem do projeto. Outro demonstrativo disso foi a desativação do Circo, um projeto que incentiva muito a participação de crianças e adolescentes na prática de atividades físicas.

Apesar disso, o parque tem sido muito bem aproveitado em todas as suas dimensões e espaços. O cuidado com o local por parte dos usuários pode ser notado através da limpeza e manutenção dos espaços do parque.

Conforme o que se percebeu sobre o Parque foram elaboradas algumas sugestões de melhorias que visam a satisfação dos visitantes:

1. Melhoria na manutenção das quadras de tênis, para que os usuários não tenham que doar seu próprio dinheiro em função disso.

2. Arrumar o alambrado das quadras poliesportivas, o telhado do ginásio e colocar gramado nos campos de futebol.

3. Criação de espaço para feiras, eventos, apresentações musicais e de dança, principalmente voltado ao público da terceira idade.

4. Colocação de mais bebedouros em toda a extensão do parque e reativação dos espaços para alimentação.

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O Parque Esportivo dos Trabalhadores é muito utilizado pela população local; já o projeto Clube Escola tem sido deixado um pouco de lado e é pouco usufruído pelos frequentadores do parque, fazendo com que alguns projetos sejam retirados por falta de procura. O Clube Escola deve ser mais bem aproveitado já que o objetivo do mesmo não é apenas incentivar a pratica de esportes como também busca ensinar a correta prática de esportes e ser uma opção de lazer gratuita para os moradores da periferia da cidade.

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Referências

CAMARGO, Luiz Octávio de Lima. Apropriação de espaços públicos para o lazer. In: TURINO, Célio. Lazer nos programas sociais: propostas de combate à violência e a exclusão. São Paulo: Anita, 2003.

DINES, Yara Schreiber. Cidadelas da cultura no lazer: um estudo de antropologia da imagem do SESC São Paulo. Tese de Ciências Sociais. São Paulo: 2007.

DUMAZEDIER, Joffre. Lazer e cultura popular. São Paulo: Perspectiva, 2001.

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APÊNDICE II: Roteiro de Entrevista com o gestor

1. O senhor é responsável pelo PET desde quando?

2. Como é o organograma do PET?

3. Quais as principais fontes de renda para o PET? Qual a origem das mesmas?

(prefeitura, iniciativa privada, doações, sociedades de amigos)

4. Atualmente, há quantos projetos de melhorias para o PET? Quais?

5. Quantos funcionários o parque emprega (entre permanentes, temporários e terceirizados)?

6. Quantos professores o clube-escola emprega?

7. Quanto ao clube –escola há algum novo projeto para melhoria ou ampliação do mesmo no PET?

8. Há alguma parceria para o projeto?

9. E para manutenção do PET?

10. Quais os desafios de gestão que o senhor tem encontrado referente ao PET e ao projeto Clube Escola?

11. O Senhor considera que a prefeitura tem investido bem no PET?

12. Quais os projetos para o futuro do clube-escola?

13. Quanto a participação do público no projeto clube-escola, o senhor viu uma diferença de quando não existia o projeto?

14. Sabe quantas pessoas freqüentam diariamente o espaço? Qual a diferença de público entre o dia útil e o final de semana?

15. Sabe da existência de pesquisas de perfil do público e de satisfação, bem como trabalhos acadêmicos sobre o local?

Referências

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