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Análise de desempenho entre duas linhas de crédito destinadas à pessoa física em uma instituição financeira

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Academic year: 2021

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UNIJUI – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO RGS DACEC – DEPARTAMENTO DE ESTUDOS DA ADMINISTRAÇÃO,

CONTABILIDADE, ECONOMIA E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM FINANÇAS E MERCADO DE CAPITAIS

ANÁLISE DE DESEMPENHO ENTRE DUAS LINHAS DE CRÉDITO DESTINADAS À PESSOA FÍSICA EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA

Camila Magalhães Vieira1 Euselia Paveglio Vieira2

RESUMO

A busca constante por maiores resultados faz com que as instituições financeiras desenvolvam e comercializam diversos produtos e serviços a fim de atender a demanda de seus clientes e atingir seu spread desejado. Neste cenário, o artigo tem o objetivo de elaborar uma análise de desempenho entre duas operações de crédito destinas a pessoa física: o Crédito Consignado para aposentados e pensionistas do INSS e o Crédito Pessoal (empréstimo). A metodologia utilizada consiste em uma pesquisa aplicada e descritiva, com coleta de dados por meio de documentos, relatórios e demonstrativos, assim como as características de cada operação (taxas e prazos). Os resultados demonstram que o crédito pessoal contribui de maneira significativa aos resultados da instituição financeira, uma vez que apresenta taxas maiores quando comparadas ao crédito consignado. Este, por sua vez, possui a garantia de pagamento, o que faz com que seu risco seja praticamente nulo. Concluiu-se que em ambas as linhas de crédito o prazo do contrato interfere diretamente na obtenção de spread, já que em operações de prazo estendido os juros pagos pelo cliente somam montantes maiores.

PALAVRAS CHAVE: Crédito pessoal. Consignação. Desempenho. Spread. Resultados.

1 Bacharel em Administração, Pós Graduanda em Finanças e Mercado de Capitais – Unijuí. 2 Professora do DACEC– Unijui, Mestre em Contabilidade pela FVC.

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1 INTRODUÇÃO

No atual cenário de incertezas econômicas em que se vive, a concessão de crédito está cada vez mais criteriosa, onde as propostas a serem contratadas passam por uma minuciosa análise de crédito, visando mitigar riscos.

O inciso I do artigo 4º da resolução nº 3.721 do Conselho Monetário Nacional (CMN), define que a estrutura de gerenciamento do risco de crédito deve prever:

I - políticas e estratégias para o gerenciamento do risco de crédito claramente documentadas, que estabeleçam limites operacionais, mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a exposição ao risco de crédito em níveis considerados aceitáveis pela administração da instituição.

Na agência bancária onde se realizou o presente estudo, existe um grande portfólio de produtos e serviços disponibilizados aos seus clientes, tanto para pessoa física (PF) como para pessoa jurídica (PJ). No que diz respeito às linhas de crédito, os clientes possuem várias opções, como o financiamento de veículos e habitacional, capital de giro, crédito rural, desconto de cheques e duplicatas, entre outros. As duas operações que serão analisadas nesse artigo são destinadas aos clientes que compõem a carteira de PF – o crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS e o crédito pessoal.

Rodrigues et. al (2006, p. 4) definem o Crédito Consignado em Folha de Pagamento como uma “modalidade de empréstimo em que o devedor sofre um desconto no salário para pagar sua dívida com o banco”. E por outro lado, dizem que o crédito pessoal “permite ao devedor tanto amortizar sua dívida ao receber o salário, como direcionar seus recursos para outra finalidade”.

Considerando o risco praticamente nulo das operações de Crédito Consignado, a instituição financeira em questão vê neste produto a maneira de alcançar o chamado spread bancário, que é a diferença entre a remuneração que o banco paga ao aplicador para captar um recurso e o quanto esse banco cobra para emprestar o mesmo dinheiro. A consignação garante o recebimento, já que a sua principal característica é de que as parcelas do empréstimo já vêm descontadas da folha de pagamento do aposentado ou pensionista.

Em virtude da menor inadimplência na operação consignada, fica evidente que o custo para o tomador de crédito desta modalidade seja reduzido. Além disso, o cliente que contrata o crédito consignado tem vantagens e condições especiais no que se refere às taxas e ao prazo de pagamento. As taxas variam de 0,99% a 2,34% ao mês, dependendo do tempo contratado (até 72 meses).

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No que se refere às condições contratuais, o INSS autoriza que o aposentado comprometa até 30% do seu salário bruto em empréstimo consignado, ou então que cada matrícula (número de benefício) não possua mais que seis contratos ativos. Os clientes que possuem cartão de crédito do INSS podem assumir parcelas de até 20% do valor do benefício. O contrato de crédito consignado tem o IOF financiado e adicionado no valor das parcelas.

O empréstimo pessoal é uma opção para resolver algum imprevisto, organizar o orçamento ou investir o dinheiro sem precisar comprovar a finalidade. Pode ser parcelado em até 40 meses, com carência de até 60 dias para pagamento da primeira parcela e, por conta do seu maior risco, as taxas variam de 7,29% a 7,78% ao mês.Com ou sem garantia atrelada a operação, este crédito é sujeito a aprovação, ou seja, quando solicitado é enviado para análise.

Estudos realizados por Rodrigues et. al. (2006, p. 21), demonstram que a diferença entre as duas operações de crédito devem-se as regras as quais elas são submetidas, uma vez que o crédito consignado possui características que favorecem a redução da inadimplência, com taxas e spread significativamente menores quando comparadas ao crédito pessoal.

Enquanto que Boniatti et. al. (2014, p. 09) constataram que a maioria dos beneficiados que são tomadores de crédito o utilizam como um auxílio financeiro para complementar sua renda, já que o benefício recebido da Previdência, através do INSS, não é suficiente para manter suas necessidades básicas, incluindo entre estas, gastos demasiados com medicamentos e dívidas a serem pagas.

2 BASE CONCEITUAL

2.1 O Custeio ABC (Activity Based Costing)

O setor de serviços é caracterizado por atividades bastante heterogêneas quanto ao porte das empresas, à remuneração média e à intensidade de tecnologias. Nas últimas décadas, o desempenho das atividades que compõem o setor vem se destacando pelo dinamismo e pela crescente participação na produção econômica brasileira.

Conforme Gianesi; Corrêa (1994apud MAUAD, PAMPLONA, 2002), alguns fatores têm contribuído para o crescimento do setor, como, por exemplo, a urbanização das populações, a introdução de novas tecnologias e a melhoria da qualidade de vida. Para Porter (1990apud MAUAD, PAMPLONA, 2002) a necessidade crescente de serviços é reflexo dos vários fatores da sociedade moderna, tais como: maior riqueza, melhor qualidade de vida,

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mais tempo de lazer, mulheres trabalhando fora, sofisticação do consumidor e mudanças tecnológicas.

De acordo com Gonçalves (1994apud MAUAD, PAMPLONA, 2002), considera-se que o setor de serviços inclui todas as atividades econômicas cujo resultado não é um produto físico, que geralmente é consumido na época da produção e que apresenta valor adicionado em formas que são essencialmente intangíveis para o consumidor. Ele cita o transporte de mercadorias, os reparos executados pelo encanador, a venda de alimentos pelo supermercado e o fornecimento de energia como exemplos de serviços.

Para acompanhar toda a evolução do mercado e economia globalizada é imprescindível que se tenha o conhecimento exato dos custos para a prestação de um serviço, seu perfeito controle e coerente medição de desempenho/resultado. Para atender essa necessidade, surgiu, na década de 80, um sistema de custeio que dá às organizações uma visão muito mais clara do seu processo produtivo, denominado ABC (Activity Based Costing). De acordo com Kaplan (1998apud MAUAD, PAMPLONA, 2002), este custeio propicia uma avaliação mais precisa dos custos das atividades e dos processos, favorecendo a sua redução por meio de aprimoramentos contínuos e descontínuos (reengenharia), preenchendo, assim, o vazio representado pela distorção dos rateios volumétricos pregados pela tradicional contabilidade de custos.

Para elaborar o presente artigo e a respectiva análise de desempenho utilizou-se o sistema de custeio ABC, uma vez que uma instituição financeira busca resultados basicamente em atividades baseadas em produtos e serviços. Este método de custeio permite uma visão ampla dos custos por meio da análise das atividades executadas dentro da organização e suas respectivas relações com os objetos de custos. Podendo identificar o custo de um serviço de maneira precisa, torna-se possível desenvolver programas para redução e aperfeiçoamento de tais processos, auxiliando a empresa a ser mais lucrativa e eficiente.

Borinelli, Santos (2014, p. 3) diz que:

As instituições financeiras têm utilizado o método de Custeio Baseado em Atividades – ABC (Activity Based Costing), pelo fato de mensurar custos por atividades o que em uma instituição financeira isso é bastante verificado. Com isso, os gestores conseguem analisar, com maior detalhamento, como cada atividade se comporta na composição do resultado final de um produto ou outro objeto de custeio.

Enquanto que Martins; Rocha (2010) descrevem que o custeio ABC cuida do mapeamento de processos e atividades, da identificação dos fatores que determinam ou influenciam o custo das atividades e da identificação das rotas de custos, rastreando-os aos produtos, clientes, canais de distribuição etc.

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Na visão de Bornia (2002) a organização deve ser modelada em atividades, que encadeadas, formam os processos. Essa visão de processo é uma importante diferença entre o ABC e os métodos tradicionais, pois facilita o apoio a ações de melhoria da empresa. Desta forma, Martins; Rocha conceituam assim:

Atividade é uma ação em que se utilizam recursos materiais e humanos (input), associados a determinada tecnologia, para gerar bens ou serviços (output). Uma sequencia lógica de atividades constitui um processo: o de suprimento, por exemplo, é composto, basicamente, das atividades de requisitar, comprar, receber e estocar materiais, além de pagar as faturas aos fornecedores, (MARTINS; ROCHA, 2010, p. 142).

No presente estudo, podem-se traçar os custos/atividades que agregam ou não valor aos serviços prestados (crédito consignado e pessoal). O funcionário que presta o atendimento, os equipamentos e materiais utilizados, o marketing do produto, entre outros, podem ser vistos como fatores que agregam valor ao serviço. Do outro lado, o responsável pela limpeza, segurança, o atendente de caixa, não influenciam diretamente no serviço em questão. Martins; Rocha, (2010, p. 144), trazem a definição de atividades no custeio ABC:

Atividades que não agregam valor são aquelas que podem ser eliminadas sem afetar os tributos do produto (qualidade, funcionalidade etc.) nem o nível de atendimento aos clientes. Exemplos: retrabalhar, movimentar materiais e documentos internamente etc. e todas as realizadas em duplicidade. Por exclusão, as que não se enquadrem nessa definição são as que agregam valor. A segunda interpretação adota a perspectiva dos administradores e dos acionistas; sob esta ótica, todas as atividades que contribuem para aumentar o resultado econômico, ou para evitar que ele diminua, agregam valor. Exemplos: o retrabalho, embora não adicione valor sob a ótica dos clientes, pode contribuir para minimizar perdas para a organização; conferências e auditorias podem não agregar valor para os clientes, mas proporcionam confiabilidade aos controles internos, que são essenciais para a administração.

Neste sentido, o custeio ABC é um sistema que demonstra os custos por meio das atividades executadas dentro da organização e suas relações com os serviços ou produtos realizados.

2.2 Análise de desempenho e indicadores

Em geral, as instituições financeiras utilizam índices e dados contábeis para elaborarem a sua avaliação de desempenho, que, conforme Bastos (1999, p. 68) são capazes de sintetizar todas as considerações essenciais relativas à rentabilidade, risco e custo de oportunidade das operações. Tal análise é fundamental para a tomada de decisões, norteando os objetivos a serem alcançados.

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Devido uma obrigatoriedade do Banco Central (BACEN) as instituições de capital aberto, ou seja, as que negociam ações na bolsa de valores devem divulgar seus balanços patrimoniais e demais relatórios contábeis nos seus respectivos sites de relacionamento com investidores. Através destes dados é possível elaborar a avaliação de desempenho, onde os índices analisados resultam as informações de rentabilidade e risco.

Para cada situação a ser considerada avalia-se índices diferentes. Segundo um estudo elaborado pelo Instituto Assaf (2012, p. 2 e 5) para a análise de rentabilidade, lucratividade e

spread, por exemplo, o foco se detém nos seguintes indicadores: Retorno Médio Sobre o

Patrimônio Líquido (ROE), Retorno Médio Sobre o Ativo Total (ROA), Giro do PL, Spread total, taxa de reinvestimento do lucro, índice de retenção de lucro e limite de expansão. Já o desempenho das Receitas Financeiras, o que se avalia é a Evolução das Receitas Financeiras, do Lucro Líquido, a margem financeira das receitas e o índice de eficiência.

O mesmo estudo (ASSAF NETO, 2012, p. 1) i que para obtenção dos resultados e posterior análise dos mesmos, pode ser feita a média dos indicadores de um período determinado, assim como do desvio padrão.

Como citado anteriormente, o custeio ABC é baseado em serviços, onde se analisa o custo destes para que se identifique a sua contribuição para a organização. Na perspectiva de Martins; Rocha (2010, p. 21), os “[...] custos fixos são aqueles cujo montante não é afetado pelo volume”, ou seja, independente do volume de atividade os custos serão os mesmos, e custos variáveis “[...] são aqueles cujo montante é afetado de maneira direta pelo volume.” (MARTINS; ROCHA, 2010, p. 25).

Quando se fala em análise de desempenho e de resultados, existem mais dois conceitos envolvidos: a margem de contribuição (MC) e o ponto de equilíbrio (PE).Segundo Martins (2010, p. 179), a margem de contribuição “[...] é a diferença entre a Receita e o Custo Variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e lhe pode ser imputado sem erro”. Em suma, podemos desenvolver o cálculo com a seguinte formula:

MC = PV – (CV + DV), onde MC = Margem de contribuição unitária; PV = Preço de Venda unitário; CV = Custo variável unitário ou Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e DV = Despesa variável unitária.

Com isso, pode-se dizer que a MC tem o objetivo de tornar facilmente visível a potencialidade de cada produto, demonstrando como cada um contribui para, primeiramente, amortizar os gastos fixos e, depois, formar o lucro propriamente dito.

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O PE, por sua vez, mostra a capacidade mínima que a empresa deve operar para não ter prejuízo. Para Jiambalvo (2002, p. 2), o ponto de equilíbrio representa “o número de unidades que precisam ser vendidas para uma empresa atingir o equilíbrio, ou seja, ter um resultado que não implique em lucro ou prejuízo mas sim um resultado zero”. Em uma instituição financeira, isso significa que é preciso atingir um determinado valor em produção de crédito para que as despesas sejam supridas. Esta ferramenta é uma grande aliada à gestão financeira, uma vez que permite identificar a quantidade mínima de receita que a agência bancária deve alcançar para ter resultados positivos.

Assim como a MC, o cálculo do PE também é representado por uma fórmula: PE = (CF / (R – CV)) x 100, onde CF = custo fixo, R = Receita, CV = custo variável).

Na organização em estudo, as liberações de crédito destas operações ocorrem de maneiras distintas, uma vez que são modalidades de crédito paralelas. Ambas as propostas são incluídas no sistema, cada uma com seus respectivos códigos operacionais, porém, no crédito consignado, o valor contratado pelo cliente só é liberado a ele após averbação do INSS. Tais propostas podem ser reprovadas quando o aposentado ou pensionista já tiver atingido a margem permitida para a efetivação do contrato, ou seja, a instituição financeira não influência ou interfere na aprovação do contrato.

Já no crédito pessoal, a aprovação do contrato limita-se ao departamento de crédito. Uma vez incluída no sistema, a proposta vai para análise, onde vários aspectos são considerados, como o histórico de crédito do cliente e o seu grau de endividamento.

3 METODOLOGIA

Este estudo se classifica quanto à natureza como pesquisa aplicada baseada nos conhecimentos científicos, que tem como objetivo gerar conhecimentos para aplicações práticas dirigidos à solução de problemas específicos. Conforme Gil (1999, p.43) “A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos conhecimentos”.

Sob o ponto de vista de seus objetivos, este estudo se classifica como pesquisa descritiva, já que foi realizada uma coleta de dados para agrupar as características de cada operação, buscando maiores informações para a instituição em análise. Vergara (1998, p.45) esclarece que “ela pode também estabelecer relações entre variáveis e definir sua natureza”.

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No que se refere à abordagem do problema, destaca-se a pesquisa qualitativa, que segundo Richardson citado por (BEUREN et. al, 2004, p. 91), “os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais”.

Os procedimentos técnicos utilizados no desenvolvimento do estudo foram a pesquisa bibliográfica, a pesquisa documental e estudo de caso. Baseado neste tripé foi possível desenvolver a pesquisa e efetuar a coleta de dados, sendo utilizados relatórios e demonstrativos financeiros e com o desenvolvimento da análise de desempenho foi possível visualizar os resultados de cada linha de crédito para a instituição. A pesquisa bibliográfica abrange todo referencial teórico em relação ao tema de estudo, extraído de livros, normativos, publicações e artigos científicos. A pesquisa documental é composta por documentos e materiais que estão de acordo com o objeto de pesquisa. Por fim, o estudo de caso, onde se analisa as informações mais especificas de uma única situação, permitindo conhecimentos mais amplos e detalhados. “A pesquisa do tipo estudo do caso caracteriza-se principalmente pelo estudo concentrado de um único caso” (BEUREN et. al, 2004, p. 84).

4 ANALISE DOS RESULTADOS

4.1 Crédito consignado e crédito pessoal

O crédito pessoal e o crédito consignado são duas linhas de crédito destinadas à pessoa física na instituição bancária em que se realizou o presente estudo. Embora atendam ao mesmo segmento, possuem características específicas que as diferenciam, tais como condições operacionais e contratuais.

O consignado surgiu com o objetivo de alavancar o mercado de crédito, e ganhou força com a Lei 10.820 de dezembro de 2003 onde este tipo de contrato foi regulamentado. O crédito consignado está disponível para aposentados e pensionistas do INSS, correntistas ou não, e de acordo com Cavalcante (2015, p. 24) o crédito consignado consiste numa operação de crédito onde as prestações são descontadas diretamente na folha de pagamento do contratante e repassada pelo órgão vinculado do contratante a instituição financeira onde foi realizada a operação de crédito. Cavalcante cita também (2015, p.25) que este tipo de crédito tem facilitado o acesso ao crédito dos beneficiários do INSS e desde o seu surgimento tem sido responsável por entrada substancial de recursos na economia brasileira.

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As reduzidas taxas que incidem sobre a operação consignada se justificam pela segurança de pagamento, pois como as parcelas já vem descontadas na folha de pagamento, o risco do contrato para a instituição é praticamente nulo. Essas taxas variam de acordo com o prazo da operação, e oscilam de 0,99% a 2,34% ao mês. Em 2014, o INSS ampliou o prazo de pagamento da operação consignada, passando de 60 para 72 meses o que significou para o beneficiário que o valor a ser contratado poderá ser maior.

Assim como o prazo operacional, o INSS estabelece todas as outras regras referentes ao crédito consignado. O aposentado que é tomador deste crédito não pode ter idade superior a 80 anos na data de efetivação do contrato, comprometer mais que 30% do seu salário bruto com as parcelas a serem descontadas, e ainda a quantidade de contratos não pode ser superior a 06 por matrícula (número do benefício). Vale citar que em 21 de outubro de 2015 foi instituída a lei 13.172 que estabelece o comprometimento de até 35% do salário bruto para aposentados e pensionistas do INSS, porém estes 5% são destinados, exclusivamente, para despesas com cartão de crédito (compras e saques).

Desta forma, pode-se verificar que no âmbito do crédito consignado a instituição financeira não faz nada além da inclusão do contrato via sistema, uma vez que a averbação do contrato é também efetivada pelo INSS, e pode levar até seis dias úteis.

Na instituição financeira em estudo, todas as operações de crédito consignado estão cobertas pelo seguro prestamista (proteção financeira), ou seja, em caso de óbito do contratante o contrato é liquidado, não deixando dívidas.

Em contrapartida, o crédito pessoal compete inteiramente ao banco. O primeiro passo é que o cliente seja correntista, depois é fundamental que o cadastro esteja atualizado, principalmente no que se refere à renda, uma vez que um dos pontos a serem analisados é o comprometimento da mesma.

Um pré-requisito para a inclusão da proposta no sistema é que o cliente não possua restrições em seu CPF, ou seja, que não esteja negativado, inadimplente no mercado financeiro. Uma vez incluída, a proposta é direcionada automaticamente ao departamento responsável, onde inúmeros itens são considerados, inclusive o histórico de crédito do cliente (rating).

As condições deste empréstimo também são diferenciadas. O prazo máximo é de 40 meses, com a possibilidade de até 60 dias para o pagamento da primeira parcela e as taxas são elevadas – variam de 7,29% a 7,78% ao mês. Neste caso a prestação é debitada da conta corrente do cliente, ou seja, no dia do vencimento escolhido o valor correspondente a parcela

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deverá estar disponível. Este crédito possui a cobertura opcional do seguro prestamista, que cobre sinistros por óbito e desemprego involuntário.

Após a aprovação do crédito o contrato é efetivado e o valor contratado é liberado ao cliente na data de assinatura do contrato.

4.2 Simulação de valores

A carteira de crédito da instituição em estudo é composta por um grande portfólio de produtos para atender a demanda de seus clientes, tanto para a pessoa física quanto para pessoa jurídica. Esta carteira também é conhecida como fonte de spread bancário (lucro), pois é através da aplicação de recursos que incidem as maiores taxas de juros. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2016, o realizado por esta carteira totalizou R$ 672.536,00.O quadro 1 expressa cada item que compõem o “crédito” e sua respectiva contribuição.

Quadro 1 – Composição da carteira de crédito e seus respectivos valores.

Produto Produção 01/2016 01/2016 (%) Produção 02/2016 02/2016 (%)

Fin. Veículos 8.973,00 2,76% 8.227,00 2,37%

Fin. Outros bens/serviços 389,00 0,12% 351,00 0,10%

C. Consignado 51.817,00 15,91% 103.346,00 29,79%

C. Pessoal 70.751,00 21,73% 61.978,00 17,87%

Cheque Especial 58.657,00 18,01% 53.262,00 15,35%

Fin. Cartão de crédito 8.739,00 2,68% 9.193,00 2,65%

Descontos 5.515,00 1,69% 7.082,00 2,04%

Capital de Giro 11.019,00 3,38% 10.341,00 2,98%

Vendor e Compror 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Conta corrente garantida 28.533,00 8,76% 25.471,00 7,34%

Câmbio 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Adiantamentos a depositantes 3.945,00 1,21% 608,00 0,18%

Saque sobre depósitos 1.003,00 0,31% 755,00 0,22%

Aquisição de crédito 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Operações Especiais 11.560,00 3,55% 11.006,00 3,17%

Fin. Imobiliários 2.922,00 0,90% 2.711,00 0,78%

Fin. Rurais 61.814,00 18,98% 52.568,00 15,15%

Fin. Rurais Securitizados 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Ativos Financeiros 0,00 0,00% 0,00 0,00%

Totais 325.637,00 100% 346.899,00 100%

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais do banco (2016)

Com base no quadro 1, pode-se inferir que nos meses de janeiro e fevereiro o crédito pessoal e o consignado contribuíram de maneira significativa para a carteira de crédito da agência em estudo. O consignado totalizou no primeiro mês de 2016 o valor de R$51.827,00 (15,91% da carteira) enquanto o crédito pessoal finalizou em R$ 70.751,00 (21,72%). No mês

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de fevereiro do mesmo ano, o crédito consignado teve uma produção maior, chegando em R$ 103.346,00 (29,79% do total da carteira), e o crédito normal teve R$ 61.978,00 de contratos, representando 17,87%.

Analisando graficamente, é possível comparar a representatividade do crédito pessoal e do consignado no total da carteiranos meses de janeiro e fevereiro. Dessa forma tem-se:

Gráfico 1 – Expressa (em R$) a representatividade do crédito consignado e do crédito pessoal no total produzido pela carteira de crédito nos meses de janeiro e fevereiro de 2016.

Fonte: Dados conforme pesquisa quadro 1 (2016)

Com base na análise do gráfico 1 pode-se inferir que no mês de janeiro a produção de crédito consignado foi menor que a do crédito pessoal, onde no total da carteira (R$325.637,00) representaram, respectivamente, 15,91% e 21,73%.

Sabendo que no mês de fevereiro a carteira totalizou R$346.899,00 em aplicação, com base no gráfico1 pode-se concluir que o total de contratos consignados superou a produção do mês anterior, assim como o total do crédito pessoal do mês de fevereiro. O consignado significa 29,79% e o pessoal 17,87%.

O crédito consignado, que é uma das linhas de crédito analisadas neste estudo, permite que o aposentado comprometa até 30% do seu salário bruto com este tipo de operação, por exemplo: um aposentado que recebe um salário mínimo (R$880,00) pode assumir até R$264,00 mensais com empréstimo consignado. Vale citar que as parcelas são fixas, conforme tabela price (séries uniformes). Dessa forma apresenta-se o quadro 2:

jan/16 fev/16 51.817,00 103.346,00 70.751,00 61.978,00 C. Consignado C. Pessoal

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Quadro 2 - Simulação de possíveis valores para um cliente tomador de crédito consignado que recebe R$880,00 por mês.

VALOR PRAZO PARCELA FIXA MONTANTE JUROS

2.600,00 12 263,84 3.166,08 566,08 4.500,00 24 261,92 6.286,08 1.786,04 5.800,00 36 255,39 9.194,04 3.394,04 7.000,00 48 260,41 12.499,68 5.499,68 7.800,00 60 259,76 15.585,60 7.785,60 8.500,00 72 262,32 18.887,04 10.387,04 Fonte: Dados conforme pesquisa (2016)

Com base no quadro 2 pode-se inferir que, embora seja na mesma taxa (2,34% ao mês), o prazo interfere diretamente no montante final da operação, e por consequência no valor de juros pago pelo cliente. Em doze meses, considerando um capital de R$2.600,00 e um montante de R$3.166,08, tem-se R$566,08 de juros acumulados. Já em seis anos (72 meses), o total de juros chega a R$10.387,04, valor que já é superior ao capital emprestado.

Nos demais prazos, o total de juros também varia de acordo com o valor contratado. De acordo com o que consta no quadro 2, em 24 meses o valor é de R$1.786,04, em 36 R$3.394,04, em 48 meses R$ 5.499,68 e em cinco anos (60 meses) R$7.785,60.O Gráfico2 demonstra a relação entre valor contratado e o valor de juros pagos pelo cliente em função do prazo do contrato.

Gráfico 2 – Relação entre valor contratado e juros pagos em função do prazo do contrato.

Fonte: dados conforme pesquisa (2016) 2.000,00 4.000,00 6.000,00 8.000,00 10.000,00 12.000,00 14.000,00 16.000,00 18.000,00 20.000,00 1 2 3 4 5 6 VALOR MONTANTE JUROS

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A instituição em estudo enfatiza operações consignadas em longo prazo, já que gera um retorno maior além de garantir que o cliente mantenha um relacionamento duradouro como banco, podendo negociar outros produtos durante o período.

O crédito pessoal, por sua vez, apresenta características diferentes e resultados mais significativos para a instituição. No quadro 3 apresenta-se uma simulação de crédito pessoal no valor de R$10.000,00 à taxa de 7,78% ao mês, onde o cliente optou pela adesão ao seguro prestamista, que lhe garante cobertura de valores em aberto no caso de sinistro por morte ou desemprego involuntário. O prazo da operação é dado em meses com a opção de pagamento da primeira parcela (carência) em 10/04/2016 e 10/05/2016, considerando que o valor das parcelas é constante (séries uniformes).

Quadro 3 - Simulação de empréstimo pessoal com cobertura do prestamista.

VALOR PRAZO PARC. 10/04/2016 MONTANTE JUROS PARC. 10/05/2016 MONTANTE JUROS 10.000,00 12 1.298,68 15.584,16 5.584,16 1.406,57 16.878,84 6.878,84 10.000,00 24 946,84 22.724,16 12.724,16 1.024,44 24.586,56 14.586,56 10.000,00 36 860,01 30.960,36 20.960,36 930,24 33.488,64 23.488,64

Fonte: dados conforme pesquisa (2016)

Na situação exposta no quadro 3, fica evidente que o prazo interfere diretamente no valor final do contrato, tanto na sua vigência quanto à carência de pagamento da primeira parcela.

Conforme indicado, o cliente que opta por pagar a parcela em Abril paga R$ 5.584,16 de juros no prazo de um ano, em 24 meses o valor de juros pagos é de R$ 12.724,16 e em 36 meses R$ 20.960,36. Já quando o primeiro pagamento ocorre em Maio, o total de juros acumulados é, respectivamente, R$ 6.878,84, R$ 14.586,56 e R$ 23.488,64.

Muitas vezes o correntista se detém no valor pago por mês e não considera o montante de juros que a operação significa. No prazo de um ano, por exemplo, a diferença entre as parcelas é de R$ 107,89, o que resulta em um total de juros de R$ 1.294,68 a mais quando a primeira parcela é paga em maio.

O mesmo ocorre com os demais períodos, em 24 meses a diferença entre as parcelas é de apenas R$ 77,60, porém o valor que é pago a mais chega em R$ 1.862,40. Em três anos a parcela que é paga em Maio é de R$ 70,23 a mais, mas o total de juros totaliza em R$ 2.528,28.O gráfico 3 apresenta a relação entre prazo, carência para pagamento da primeira parcela e o total pago em juros.

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Gráfico3 - Apresenta a diferença de juros pagos pelo cliente quanto a carência para pagamento da primeira parcela – com seguro prestamista.

Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016)

A mesma simulação que foi elaborada no valor de R$ 10.000,00 à taxa de 7,78% ao mês com cobertura do seguro prestamista, foi desenvolvida sem a opção desse seguro para que se perceba a diferença do valor de juros e parcelas que serão pagas pelo cliente. Dessa forma:

Quadro 4 – Simulação de empréstimo pessoal sem cobertura do prestamista:

VALOR PRAZO PARC. 10/04/2016 MONTANTE JUROS PARC. 10/05/2016 MONTANTE JUROS 10.000,00 12 1.278,44 15.341,28 5.341,28 1.384,65 16.615,80 6.615,80 10.000,00 24 946,84 22.724,16 12.724,16 995,95 23.902,80 13.902,80 10.000,00 36 827,34 29.784,24 19.784,24 894,90 32.216,40 22.216,40 Fonte: dados conforme pesquisa (2016)

A mesma análise pode ser feita com a operação de crédito pessoal sem o seguro de proteção financeira, o que torna os valores de parcelas e montantes menores. Considerando o primeiro pagamento para o mês de Abril, obtêm-se os seguintes valores de juros acumulados, nos respectivos prazos de 12, 24 e 36 meses: R$ 5.341,28, R$ 12.724,16 e R$ 19.784,24. Já em Maio, tem-se: R$ 6.615,80, R$ 13.902,80 e R$ 22.216,40.

Quando o cliente opta por pagar a primeira parcela no mês de Maio, tanto o valor da parcela quanto o de juros são maiores. Em doze meses, a parcela fica R$106,21 mais cara e se paga R$ 1.274,52 a mais em juros. No prazo de 24 meses a diferença da parcela e dos juros é, respectivamente, R$ 49,11 e R$ 1.178,64, e em três anos R$ 67,56 e R$ 2.432,16. O gráfico

5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00 MONTANTE 10/0416 JUROS MONTANTE 10/05/16 JUROS

(15)

4demonstra a relação de juros pagos pelo cliente em função do prazo e da opção de pagamento da primeira parcela para Abril ou Maio.

Gráfico 4 - Diferença de juros pagos com carência para pagamento da primeira parcela – sem seguro prestamista.

Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016)

Para fins comparativos, foi simulado o mesmo valor de crédito consignado, nos mesmos prazos, porém à taxa de 2,34% ao mês. Desta forma:

Quadro 5–Simulação crédito consignado no valor de R$10.000,00

VALOR PRAZO PARCELA MONTANTE JUROS

10.000,00 12 1.012,17 12.146,04 2.146,04 10.000,00 24 580,62 13.934,88 3.934,88 10.000,00 36 439,27 15.813,72 5.813,72 Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016)

Com base no quadro 5 fica evidente a diferença de taxas entre o crédito pessoal normal (7,78% ao mês) e o crédito consignado (2,34% ao mês). Analisando cada prazo individualmente, pode-se inferir, considerando o empréstimo normal com o pagamento da primeira parcela em Abril e com seguro prestamista, que:

Em doze meses a parcela do empréstimo consignado fica R$ 286,51 mais barata quando comparada com o crédito pessoal, e o montante de juros R$ 3.438,12 menor. Em 24 meses a diferença entre as parcelas é de R$ 366,22 e de juros é R$ 8.789,28. Por fim, em três anos a disparidade é ainda mais significativa, pois no crédito pessoal a parcela é R$ 420,74 maior e o montante de juros chega a R$ 15.146,64. Analisando graficamente, tem - se:

5.000,00 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00 MONTANTE 10/04/16 JUROS MONTANTE 10/05/16 JUROS

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Gráfico 5 - Expressa a diferença de juros entre o crédito consignado e o pessoal.

Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016)

Com base no que foi exposto até aqui, pode-se dizer que as duas operações de crédito analisadas apresentam peculiaridades e vantagens distintas, tanto no ponto de vista do cliente quanto da instituição financeira.

Quando se refere ao lucro da operação para o banco, o spread do crédito pessoal é superior ao do consignado, haja vista que, apenas analisando o Gráfico 6, nota-se que em todos os prazos (12, 24 e 36 meses) o valor de juros pagos pelo cliente sempre é maior no crédito pessoal. A diferença de juros é proporcional ao tempo do contrato. Em 36 meses, por exemplo, a disparidade chega a R$ 13.970,52, enquanto em 12 meses a quantidade de juros paga a mais pelo cliente que contrata o crédito pessoal totaliza R$ 3.195,24.

Porém, no crédito pessoal o cliente é lesado pelo montante pago na operação. Na maioria das vezes o correntista opta por pagar o contrato no prazo mais estendido, pois leva em consideração apenas o valor da parcela a ser paga, e não o total de juros. Isso é conveniente para o banco, desde que o cliente honre com o que foi contratado, já que nesta modalidade de crédito a instituição não tem nenhuma garantia de pagamento.

O crédito consignado, por sua vez, representa para a instituição um lucro menor, porém com praticamente 100% de retorno já que as parcelas vêm descontadas da folha de pagamento do aposentado ou pensionista do INSS. Por este motivo, diante do atual cenário econômico em que vivenciamos, a instituição financeira em questão prioriza esta modalidade de crédito, preferencialmente no prazo máximo (72 meses), pois o montante de juros pagos pelo cliente é maior e mantém um relacionamento estendido com o beneficiário.

Sendo assim, pode-se dizer que o crédito consignado é vantajoso para o cliente, pois tem um custo menor, e para a instituição financeira porque tem a garantia de pagamento,

R$ R$ 2.000,00 R$ 4.000,00 R$ 6.000,00 R$ 8.000,00 R$ 10.000,00 R$ 12.000,00 R$ 14.000,00 R$ 16.000,00 R$ 18.000,00 R$ 20.000,00

12 meses 24 meses 36 meses

Juros C. Consignado Juros C. Pessoal

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porém esta precisa de um volume muito maior de contratos consignados para atingir o spread apresentado pelo crédito pessoal.

4.2 Receitas das operações geradas

Por meio da realização de uma análise de desempenho foi possível identificar a Margem de Contribuição (MC) e o Ponto de Equilíbrio (PE) das duas operações consideradas neste estudo – o crédito pessoal e o crédito consignado. A margem de contribuição tem por objetivo expor quanto cada linha de crédito contribui para a geração do resultado da agência como um todo ou em determinado segmento. Neste caso, considerou-se que o custo resulta de um percentual que varia de acordo com o prazo do contrato: em 12 meses, o custo representa 51% dos juros, em 24 meses 55% e em 36 meses 60% dos juros. O quadro 6 evidencia o custo de cada operação de crédito consignado no valor de R$ 10.000,00 em função do tempo, para posterior cálculo das respectivas MC.

Quadro 6 – Custo da operação consignada em função do tempo do contrato.

PRAZO CAPITAL MONTANTE (RECEITA) JUROS CUSTO (%)

12 R$ 10.000,00 R$ 12.146,04 R$ 2.146,04 R$ 1.094,48 24 R$ 10.000,00 R$ 13.934,88 R$3.934,88 R$ 2.164,18 36 R$ 10.000,00 R$ 15.813,12 R$ 5.813,12 R$ 3.487,87 Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais do banco (2016)

Sabendo o custo das operações, pode-se calcular, então, a margem de contribuição de cada contrato nos diferentes prazos, já que a MC resulta da diferença entre a receita, o capital e o referido custo. Dessa forma:

Quadro 7 – Margem de contribuição dos contratos em função do tempo.

PRAZO MC (spread) MC Spread em %

Doze meses R$1.051,56 8,66%

Vinte e quatro meses R$ 1.770,70 12,71%

Trinta e seis meses R$ 2.325,25 14,70%

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais (2016)

Como já havia sido observado anteriormente, as operações de crédito consignado efetivadas emprazo estendido, apresentam uma margem de contribuição (spread) maior para a instituição. Com base no exposto no quadro 7, infere-se que em um ano a MC é de R$ 1.051,56, ou seja, representa 8,66% do montante do contrato neste prazo, em dois anos é de R$ 1.770,70 (12,71%) e em três anos chega a R$ 2.325,25 (14,70%).

(18)

O crédito pessoal tem incidência de taxas mais elevadas de juros (7,78% ao mês) quando comparadas ao crédito consignado (2,34% ao mês), o que faz com que este empréstimo contribua significativamente para o resultado da instituição. Uma operação no valor de R$ 10.000,00 com cobertura de seguro prestamista, apresenta valores maiores de receita, juros e custo. Dessa forma:

Quadro 8 – Crédito Pessoal com cobertura de seguro prestamista, considerando o pagamento da primeira parcela PRAZO (meses) CAPITAL MONTANTE (RECEITA) JUROS CUSTO (%)

12 R$ 10.000,00 R$ 15.584,16 R$ 5.584,16 R$ 2.847,92 24 R$ 10.000,00 R$ 22.724,16 R$ 12.724,16 R$ 6.998,29 36 R$ 10.000,00 R$ 30.960,36 R$ 20.960,36 R$ 12.576,22 Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais (2016)

Observa-se que o prazo da operação é proporcional ao montante, juros e custo do contrato, assim como a MC, que aumenta em função das variáveis receitas e custos. Observando o quadro 9, pode-se identificar a MC de cada período.

Quadro 9 – Margem de contribuição do crédito pessoal em função do prazo

PRAZO MC (spread) MC Spread em %

Doze meses R$ 2.736,24 17,56%

Vinte e quatro meses R$ 5.725,87 25,20%

Trinta e seis meses R$ 8.384,14 27,08%

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais do banco (2016)

A MC de contribuição do crédito pessoal chega a 27,08% da receita da operação (R$30.960,36) quando efetivado no prazo de três anos, enquanto no crédito consignado esse percentual representa 14,70% (R$ 2.325,25). Em 24 meses a diferença de spread entre as operações é R$ 3.955,17 e em um ano totaliza R$ 1.684,68 sempre a favor do crédito pessoal. Pode-se visualizar esta diferença conforme o gráfico 6:

Gráfico 6 – Diferença de spread entre crédito consignado e o pessoal em função do tempo.

Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016) R$ R$ 2.000,00 R$ 4.000,00 R$ 6.000,00 R$ 8.000,00 R$ 10.000,00

Doze meses Vinte e quatro meses trinta e seis meses MC (spread) Consignado MC (spread) crédito pessoal

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Sabendo que uma das características do crédito consignado são as taxas menores, percebe-se que tal operação contribui para o resultado da carteira, porém com valores menos expressivos.

O PE, por sua vez, tem como finalidade identificar qual o valor deve ser alcançado em cada operação para que as despesas fixas sejam supridas e se atinja, então, o spread. Logo, neste indicador o custo da linha de crédito interfere diretamente no seu resultado, pois para identificar o PE faz-se uma divisão dos custos fixos (CF) pela diferença entre a receita e o custo variável (CV).

Com base na coleta de dados foi possível localizar os valores de janeiro e fevereiro deste ano da carteira de crédito, assim como do crédito pessoal e do consignado. O mês de janeiro apresentou R$151.338,00 de despesa total, e a carteira de crédito R$ 325.637,00. Com base nessas informações, apresenta-se o quadro 10.

Quadro 10 – Valores totais da instituição referente o mês de Janeiro/2016.

MEDIA RECEITA BRUTA ANO 2015 R$ 631.979,00 % Despesas fixas

RESULTADO FINANC. LIQUIDO R$ 164.746,00

DESPESA TOTAL R$ 151.338,00 R$ 77.979,26

TOTAL CARTEIRA R$ 325.637,00 51,53%

TOTAL CONSIGNADO R$ 51.827,00 15,92% R$ 12.410,85

TOTAL C. PESSOAL R$ 70.751,00 21,73% R$ 16.942,52

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais do banco (2016)

Com base nas informações do quadro 10, pode-se identificar o PE do crédito consignado e do pessoal, já que se tem os totais de despesas do mês para cada linha.

Quadro 11 – PE crédito consignado mês de Janeiro/2016.

Despesa Fixa Margem Contribuição PE Faturamento

Doze meses R$ 3.598,19 8,66% R$ 41.560,88

Vinte e quatro meses R$ 4.128,12 12,71% R$ 32.487,15

Trinta e seis meses R$ 4.684,54 14,70% R$ 31.857,74

TOTAL R$ 12.410,85 R$ 105.905,77

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais (2016)

O ponto de equilíbrio das operações consignadas significa quanto cada prazo necessita faturar para pagar apenas as despesas fixas (R$ 12.410,85). Em doze meses o spread se inicia depois de atingido o valor de R$ 41.560,88, em 24 meses a partir de R$ 32.487,15 e em 36 meses o lucro resulta a partir de R$ 31.857,74 de faturamento. Ou seja, para cada R$ 12.410,85 de despesa é necessário produzir no mínimo R$ 105.905,77 de crédito consignado no mês de janeiro.

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Para o crédito pessoal tem-se a mesma situação. O PE varia de acordo com a despesa do contrato, que aumenta em função do prazo. O quadro 12 expressa os valores mínimos de PE de faturamento para que as despesas fixas sejam “pagas”.

Quadro 12 – PE crédito pessoal mês de Janeiro/2016.

Despesa Fixa Margem Contribuição PE Faturamento

Doze meses R$ 3.811,75 17,56% R$21.709,70

Vinte e quatro meses R$ 5.558,13 25,20% R$ 22.058,45

Trinta e seis meses R$ 7.572,63 27,08% R$ 27.963,68

TOTAL R$ 16.942,52 R$ 71.731,83

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais (2016)

Como a margem do crédito pessoal é maior, o PE se atinge mais rápido, ou seja, a produção pode ser menor para suprir as despesas fixas e alcançar resultados positivos. O gráfico 7 demonstra a disparidade entre os PE das operações em estudo.

Gráfico 7 – Diferença entre o PE entre as operações no mês de janeiro/2016.

Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016)

No mês de fevereiro, a despesa total da carteira aumentou (R$ 188.232,00), assim como a quantidade de crédito formalizado (R$ 346.899,00). Os contratos consignados e pessoais totalizaram os valores conforme o quadro 13:

Quadro 13 – Valores totais da instituição referente o mês de Janeiro/2016.

MEDIA RECEITA BRUTA ANO 2015 R$ 631.979,00

RESULTADO FIN. LIQUIDO R$ 85.905,00

DESPESA TOTAL R$188.232,00 R$ 103.322,25

TOTAL CARTEIRA R$ 346.899,00 54,89%

TOTAL CONSIGNADO R$ 103.346,00 29,79% R$ 30.781,12

TOTAL C. PESSOAL R$ 61.978,00 17,87% R$ 18.459,86

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais do banco (2016) R$ R$ 10.000,00 R$ 20.000,00 R$ 30.000,00 R$ 40.000,00 R$ 50.000,00 12 meses 24 meses 36 meses PE Consignado PE C. Pessoal

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Sabendo o custo proporcional de cada linha de crédito analisada neste estudo, pode-se identificar o PE em cada prazo contratado.

Quadro 14 – PE crédito consignado mês de Fevereiro/2016.

Despesa Fixa Margem Contribuição PE Faturamento

Doze meses R$ 8.924,36 8,66% R$103.052,66

Vinte e quatro meses R$ 10.238,27 12,71% R$ 80.552,87 Trinta e seis meses R$ 11.618,49 14,70% R$ 79.037,35

TOTAL R$ 30.781,12 R$ 262.642,87

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais (2016).

Assim como a produção de crédito consignado aumentou no mês de fevereiro, o mesmo aconteceu com as despesas fixas e consequentemente com o PE da operação. Para um custo fixo de R$ 30.781,12 no referido mês, é necessário a produção mínima de R$ 262.642,87 para cobrir tais despesas e a partir de então obter lucro. O empréstimo pessoal apresenta o PE de faturamento no mês de fevereiro conforme quadro 15:

Quadro 15 – PE crédito pessoal mês de Fevereiro/2016.

Despesa Fixa Margem Contribuição PE Faturamento

Doze meses R$ 4.153,12 17,56% R$ 23.651,03

Vinte e quatro meses R$ 6.055,92 25,20% R$ 24.031,43

Trinta e seis meses R$ 8.250,82 27,08% R$ 30.468,32

TOTAL R$ 18.459,86 R$ 78.150,77

Fonte: Dados conforme relatórios gerenciais (2016).

Embora a produção de crédito pessoal no mês de fevereiro tenha sido R$ 8.773,00 a menos que no mês de janeiro, o PE de faturamento total aumentou, pois a despesa total da carteira neste mês também foi elevada. Com uma despesa fixa de R$ 18.456,86 é preciso que se tenha um PE mínimo de R$ 78.150,77 para ter spread. Traçando um comparativo entre as operações no segundo mês do ano, tem-se:

Gráfico 8 – Diferença entre o PE entre as operações no mês de fevereiro/2016.

Fonte: Conforme pesquisa realizada (2016) R$ R$ 50.000,00 R$ 100.000,00 R$ 150.000,00 12 meses 24 meses 36 meses PE Consignado PE C. Pessoal

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Como as despesas fixas no mês de fevereiro foram maiores, o PE do crédito consignado também ficou elevado, tendo que atingir mais de R$ 100.00,00 em faturamento no prazo de doze meses, enquanto o PE do pessoal no mesmo prazo ficou em torno de R$ 23.000,00. Em 24 meses o PE do consignado chegou próximo a R$ 80.000,00 e do pessoal em R$ 24.031,46 e em 36 meses os contratos em consignação encontram o PE em R$ 79.037,35, enquanto o crédito pessoal paga as suas despesas fixas nesse prazo ao atingir o valor de R$ 30.468,32 em faturamento.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo foi elaborado com o objetivo de efetuar uma análise de desempenho de duas linhas de crédito que compõe a carteira de produtos destinados à pessoa física em uma instituição financeira. O crédito pessoal e o consignado são opções ofertadas aos clientes deficitários, ou tomadores de crédito, que buscam recursos e ajuda financeira aos bancos.

A consignação em folha de pagamento é destinada aos aposentados e pensionistas do INSS, correntistas ou não, apresenta taxas menores (2,34% ao mês) e possui um amplo prazo de pagamento, o qual pode chegar a 72 meses. Com base nesse artigo, ao ponto de vista da instituição, podem-se inferir dois posicionamentos: o primeiro é que a margem de contribuição desse empréstimo é menor, ou seja, tem que ser produzido um montante considerável para que se atinja o ponto de equilíbrio e se tenha resultados positivos. O outro ponto, é que embora esta linha de crédito dê um retorno menor, ela possui risco praticamente nulo, já que as parcelas do contrato já vêm descontadas do contra cheque do cliente. Esta última consideração justifica o fato da instituição em questão enfatizar tanto esse tipo de contrato diante do atual cenário econômico do Brasil.

O crédito pessoal, por sua vez, pode ser efetivado no prazo máximo de 40 meses e é caracterizado pelo risco total da operação, o que justifica sua elevada taxa mensal de 7,78%. Após a realização dos devidos cálculos de margem de contribuição e de ponto de equilíbrio no decorrer deste artigo, fica claro a expressividade deste empréstimo para a obtenção de spread para a instituição, uma vez que a sua margem é maior e o ponto de equilibro é atingido mais rapidamente, ou seja, mesmo com uma produção menor as despesas fixas do contrato logo são cobertas e se obtêm resultados positivos.

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REFERÊNCIAS

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