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Caracterização de sistemas de lagoas de estabilização profundas - lagoas em série.

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CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS DE LAGOAS DS ESTABILIZAÇÃO PROFUNDAS - LAGOAS EM SÉRIE

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JOÃO FRANCISCO BACK

CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS DE LAGOAS PE ESTABILIZAÇÃO PROFUNDAS - LAGOAS EM SÉRIE

Dissertação a p r e s e n t a d a ao Curso de Mestrado em E n g e n h a r i a C i v i l da U n i v e r s i d a d e F e d e r a l da P a r a i ba, em cumprimento às exigências p a r a obtenção do g r a u de Mestre

ÃREA DE CONCENTRAÇÃO - RECURSOS HÍDRICOS

ORIENTADORES - P r o f . ANNE MARI E KÕNIG P r o f . RUI DE OLIVEIRA

CAMPINA GRANDE - PB 19 86

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CARACTERIZAÇÃO DE SISTEMAS DE LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO PROFUNDAS - LAGOAS EM SÉRIE

JOÃO FRANCISCO BACK E n g e n h e i r o Agrícola

DISSERTAÇÃO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇÃO E PESQUISA DO CENTRO DE CIÊN CIAS E TECNOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.). Aprovada por : COMISSÃO EXAMINADORA: ANNEMARIE KONIÖ P r e s i d e n t e -RUI DE OLIVEIRA O r i e n t a d o r

-SALOMAO ANSELMO SILVA Examinador I n t e r n o

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1

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CELSO LUIZ' PIATTI NETTO Examinador E x t e r n o -CAMPINA GRANDE

ESTADO DA PARAÍBA - BRASIL AGOSTO - 19 86

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AGRADECIMENTOS

Aos professores Annemarie König e Rui de Oliveira p e -la orientação e constante apoio durante a p e s q u i s a .

A o professor Salomão Anselmo Silva Chefe de P e s q u i -sa da E X T R A B E S .

Ä equipe da EXTRABES pela sua imprescindível colabora ção nos trabalhos de c a m p o , José Taveira L e i t e , Rildomiro Carmo de A n d r a d e , João Rafael Lins Guimarães e e s p e c i a l m e n -te a Maria lima Cordeiro de Castro e José S o a r e s .

À Fundação Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Cascavel - FE C Í V E L .

A o CNPq pelo suporte financeiro durante a realização do c u r s o .

Aos seguintes órgãos convenentes da EXTRABES pelo s u -porte financeiro:

. Universidade F e d e r a i da Paraíba - UFPB

. Companhia de Ãgua e Esgotos da P a r a í b a - CAGEPA . Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE . Conselho N a c i o n a l de Desenvolvimento Científico e Tec

no lógico - CNPq

. Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP

. Fundo de Incentivo ã P e s q u i s a TécnicoCientífica -FIPEC - BANCO DO B R A S I L S / A .

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OFERECIMENTO

à minha mãe, Felicia B a c k , p e l o espírito de luta legado a mim e a seus outros onze filhos. A meu pai "in m e m o r i a m " .

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RESUMO

O objetivo geral deste trabalho foi caracterizar um sistema de lagoas de estabilização p r o f u n d a s , tratando esgo-to doméstico b r u t o , com relação ã estratificação térmica, dis tribuição do fitoplâncton na coluna d'agua e alterações da massa líquida decorrentes dessa d i s t r i b u i ç ã o . O sistema e x -perimental era constituído de 5 (cinco) u n i d a d e s , em e s c a l a piloto e constava de uma lagoa anaeróbia (A7) seguida de uma

facultativa (F9) e três lagoas de maturação (M7, M8 e M 9 ) . Neste t r a b a l h o , no entanto foram analisadas apenas as 4 ú l

-timas l a g o a s . Os reatores investigados apresentavam cargas superficiais entre 97 e 400 Kg D B 05/ h a . d e uma p r o f u n d i d a

-de média -de 2,20 m , exceto o último que tinha 2,25 m . O sis tema estava localizado na Estação E x p e r i m e n t a l de T r a t a m e n -tos Biológicos de Esgo-tos Sanitários (EXTRABES) , na cidade de Campina G r a n d e , P a r a í b a , Brasil (7°13'11"S, 35°52'31"0). Os trabalhos de campo abrangeram os meses de verão entre 25/ 11/85 e 2 9 / 0 4 / 8 6 . Foram feitos experimentos com duração de 24 h e consistindo do levantamento, de 2 em 2 h , dos seguin tes parâmetros ao longo da coluna d'agua das lagoas: t e m p e r a t u r a , oxigênio d i s s o l v i d o , p H , clorofila a e identifica -ção e contagem de células de a l g a s . Foi verificada a existên

cia de um ciclo diário de estratificação e mistura na massa líquida de todas as l a g o a s . Durante o período iluminado foi

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observada a estratificação ao longo da coluna d'água, dos gêneros de algas f l a g e l a d a s , Ch.Za.my domonai, Py icb otKiji, c. Eu

glzna. AS concentrações de clorofila a apresentaram grandes

variações nos diferentes experimentos para uma mesma lagoa. Foi verificado q u e as variações da população de algas d e -terminaram alterações significativas no pH e concentrações de oxigênio dissolvido na massa líquida das l a g o a s .

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ABSTRACT

The aim of this work is to study a system of deep waste stabilization ponds treating raw domestic sewage in relation to thermal s t r a t i f i c a t i o n , phytoplankton d i s t r i b u t i o n , in the whole w a t e r c o l u m n . The e x p e r i m e n t a l system comprised 5 pilot scale ponds in s e r i e s : an anaerobic pond (A7) followed by a facultative pond (F9) and three maturation ponds (M7, M8 and M9) . The study was carried out in the last four ponds. These ponds had a B O D superficial load varying from 400 to 9 7 kg BOD5.ha-1.day~ i and mean depth of 2 . 20 IT, except the last

p o n d (M9) w i t h 2.25 m . The ponds were located at EXTRABES (Experimental Station for the B i o l o g i c a l Treatment of Sanitary Sewage) in the city of Camoina Grande - Paraíba S t a t e , Brazil

(7°13'11"S, 35°52 ' 3 1 " W ) . The field work was carried out during the dry season between 25/11/85 and 2 9 / 0 4 / 8 6 . Sixteen 24 hours - experiments were m a d e , comprised of temperature

measurements and collection of samples throughout the water column every two h o u r s . Water samples were analysed for dissolved o x y g e n , p H , chlorophyll a,identification and counting of a l g a e . All ponds presented a daily cycle of thermal stratification and m i x i n g . During the light h o u r s , flagellate algae eg Qhlamij domonau, Vijftobo tKiji and Euglena

showed stratification along the w a t e r c o l u m n . C h l o r o p h y l l a concentration varied in the same p o n d for the d i f f e r e n t

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e x p e r i m e n t s . Changes in the algae population caused significant alteration in pH and dissolved oxygen concentration of the p o n d w a t e r .

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ÍNDICE

P á g i n a

1. INTRODUÇÃO 1 2. REVISÃO DE LITERATURA 4

2 . 1 . Lagoas de e s t a b i l i z a ç ã o em série 4 2 . 2 . Atividade de bactérias e algas em lagoas de

estabilização - 6

2 . 2 . 1 . Bactérias 7 2 . 2 . 2 . Algas » • 9

2 . 3 . Influência dos microorganismos no b a l a n ç o de dióxido de carbono em lagoas de e s t a b i M

zação 18 2.4. Influência dos microorganismos na concentra

ção de oxigênio dissolvido 20 2 . 5 . Temperatura e estratificação térmica 22

3. MATERIAIS E MÉTODOS 2 7

3 . 1 . Descrição do sistema e x p e r i m e n t a l 27

3.2. A l i m e n t a ç ã o das lagoas 27 3.3. Metodologia da pesquisa 28

3 . 3 . 1 . Parâmetros levantados ao longo da pro fundidade das lagoas 2 9

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P a g i n a 4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DE RESULTADOS 4 0

4 . 1 . Dados meteorológicos 40 4 . 2 . Temperatura 4 4

4 . 3 . Identificação e contagem de algas 47 4 . 3 . 1 . Gêneros predominantes de algas 4 8

4.3.2. Distribuição de algas na coluna d'água 50

4. 4. Clorofila a 53 4.5. Oxigênio dissolvido 55 4.6. pH 6 0 CONCLUSÕES 6 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 66 A N E X O I 70 A N E X O II • • • • 87

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1 - INTRODUÇÃO

As lagoas de estabilização são reservatórios a r t i f i ciais utilizados no tratamento de despejos das mais v a r i a -das n a t u r e z a s , como esgoto d o m é s t i c o , despejos industriais e a g r i c o l a s . Elas p o d e m ser construidas em alvenaria ou con tidas por diques de terra.

0 dimensionamento adequado desses reatores permite ob ter um. efluente final com o grau de p u r i f i c a ç ã o desejado, de acordo com a característica do corpo r e c e p t o r , sem causar da nos ao meio ambiente (SILVA, 19 8 2 ) .

Existem três tipos principais de lagoas de estabiliza ç ã o . De acordo com o processo biológico' predominante na d e -gradação da matéria o r g â n i c a , elas p o d e m ser a n a e r ó b i a s , fa cultativas e de m a t u r a ç ã o .

Os sistemas de tratamento de despejos com lagoas de estabilização apresentam substanciais vantagens e m relação aos sistemas c o n v e n c i o n a i s . Eles apresentam b a i x o custo de implantação e o p e r a ç ã o , suportam grandes variações de carga orgânica e h i d r á u l i c a , além de remover altos níveis de orga nismos patogênicos e parasitos i n t e s t i n a i s . A p r i n c i p a l des vantagem apresentada pelos sistemas de lagoas de estabiliza ção ê a extensa área necessária ã sua i m p l a n t a ç ã o .

A E X T R A B E S , E s t a ç ã o E x p e r i m e n t a l de Tratamentos Bioló gicos de Esgotos Sanitários da U F P B , vem desenvolvendo es tu

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02

dos e m lagoas com profundidades maiores que as convencional mente utilizadas no sentido de reduzir a área superficial das lagoas. Este trabalho é uma parcela dessas pesquisas e visa caracterizar urn sistema de lagoas em s é r i e .

O tratamento obtido em lagoas de estabilização é o re sultado de uma complexa simbiose de bactérias e a l g a s . LUD-WIG et alii (19 51) afirmam que a obtenção de altos graus de p u r i f i c a ç ã o do esgoto afluente se deve às bactérias que oxi dam o carbono o r g â n i c o , contido no e s g o t o , p a r a dióxido de c a r b o n o . Tal p r o d u t o é a p r i n c i p a l fonte de carbono para a síntese de material celular das a l g a s . Por outro lado SLESS

(19 74) observa que o crescimento de algas é o p r i n c i p a l f a -tor que influi no desempenho das lagoas de e s t a b i l i z a ç ã o . P o r i s s o , dado o objetivo deste t r a b a l h o , alguns fatores que influenciam essa atividade e suas consequências no processo de p u r i f i c a ç ã o de águas residuârias são i n v e s t i g a d o s . Neste sentido os objetivos específicos deste trabalho são os s e

-guintes :

a) Observar o comportamento das lagoas relativamente ã estratificação térmica

b) E s t u d a r a distribuição do fitoplâncton e m diferen tes profundidades da lagoa

c) A n a l i s a r as alterações da massa líquida d e c o r r e n -tes dessa d i s t r i b u i ç ã o .

P á r a substanciar este e s t u d o , determinaramse os s e -guintes parâmetros ao longo de coluna d1 água das lagoas: tem

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identifica-0 3

ção e contagem dos gêneros de a l g a s .

Os trabalhos de campo abrangeram os meses de verão en tre 25/11/85 a 2 9 / 0 4 / 8 6 . Esses trabalhos consistiram de 16 experimentos numa frequência semanal com duração de 24 h o

-ras .

0 sistema estudado era constituído por uma série de cinco lagoas e m escala p i l o t o , alimentadas com esgoto domes tico b r u t o do sistema de esgotos de Campina G r a n d e , Paraíba, B r a s i l . A coleta de amostras e as medições eram feitas de 2 e m 2 horas em toda a coluna d'água no centro geométrico das

lagoas.

Os fatores climáticos foram medidos na estação m e t e o -rológica anexa ao sistema e x p e r i m e n t a l .

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2 - REVISÃO DE LITERATURA

2.1 - Lagoas de estabilização em série

Um sistema de lagoas de estabilização em série constjl t u i - s e , n o r m a l m e n t e , de uma lagoa a n a e r ó b i a , seguida de uma lagoa facultativa e um número de lagoas de maturação s u f i -ciente para oferecer um efluente com a qualidade d e s e j a d a . Com relação ao uso de lagoas e m s é r i e , MARAIS & S H A W , c i t a -dos por PIATTI N E T T O (1981); P A R K E R , citado por SLESS (1974) e SILVA & MARA (1979) afirmam que o efluente final de uma série de lagoas apresenta melhor qualidade do que aquele de uma única lagoa de área e q u i v a l e n t e .

O grau de degradação do m a t e r i a l orgânico do esgoto nesses reatores depende de fatores como natureza do e s g o t o , carga o r g â n i c a , condições de temperatura da massa l i q u i d a , intensidade de radiação s o l a r , outras condições meteorolõgi cas e tipo de fluxo h i d r á u l i c o .

As lagoas anaeróbias são alimentadas com altas cargas o r g â n i c a s , caracterizando-se portanto em reatores sem oxigê n i o d i s s o l v i d o . Nessas l a g o a s , além de ocorrer a s e d i m e n t a ção da matéria orgânica em s u s p e n s ã o , h á uma remoção c o n s i -derável da DBO solubili zada. Isto se deve ã digestão anaerõ b i a , que não depende da radiação solar e p o r isso esses rea

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05 razão esse tipo de lagoa pode apresentar de 2 a 4 m de p r o -fundidade (SILVA & M A R A , 1 9 7 9 ) . Segundo os mesmos a u t o r e s , a carga volumétrica necessária p^^ra manter a lagoa funcicnan do anaerobicamente situa-se entre 100 e 400 g D B 0 5 . m ~3d 1 .

Além d i s s o , fatores f í s i c o s , físico-químicos e biológicos afe tam o desempenho desses r e a t o r e s , entre os quais podemos c i tar: t e m p e r a t u r a , tempo de detenção h i d r á u l i c a , p H , a l c a l i -n i d a d e , -n u t r i e -n t e s , população de bactérias e prese-nça de sitos

tâncias t ó x i c a s .

As lagoas facultativas secundárias recebem efluentes de lagoas anaeróbias ou de outros sistemas de tratamento pri m.ãrio. A matéria orgânica em s u s p e n s ã o , r e m a n e s c e n t e , s e d i menta nessas l a g o a s , formando uma camada de lodo que é d e gradada a n a e r o b i c a m e n t e . N a s camadas superficiais d e s e n v o l -vem-se organismos fotossinteti z a n t e s , que utilizam os nutria entes e energia solar para produzir n o v o m a t e r i a l celular com a liberação de o x i g ê n i o . Alguns desses n u t r i e n t e s , e n contrados no esgoto doméstico podem ser metabolizados i m e -diatamente pelas a l g a s , e n q u a n t o que outros precisam ser trans formados pelas bactérias p a r a p o s t e r i o r a s s i m i l a ç ã o . As bac t e r i a s , nas camadas s u p e r i o r e s , requerem a presença de o x i -gênio dissolvido para a oxidação da matéria o r g â n i c a .

A profundidade convencionalmente recomendada para esses reatores é 1,5 m (SILVA & M A R A , 1 9 7 9 ) .

Tanto as lagoas anaeróbias como as facultativas reque rèifl um tratamento adicional de seus e f l u e n t e s . N o caso de

lagoas de estabilização este t r a t a m e n t o é obtido através de

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06 condições a e r ó b i a s . As profundidades comumente usadas estão entre 1 e 1/5 m . N o entanto essas lagoas podem manter-se e m condições aeróbias até profundidades de 3,0 m , (SILVA & MARA, 1979) .

A função p r i n c i p a l dessas lagoas ê a eliminação de or canismos p a t o g ê n i c o s . Vários autores citados por KONIG, (1984) sugerem que fatores b i o l ó g i c o s , fIsicoqulmicos e climãti -cos são os responsáveis pela remoção desses o r g a n i s m o s .

Um dos produtos do complexo processo de transformação do material orgânico do e s g o t o afluente sao as a l g a s . Estes microorganismos não constituem de forma alguma um risco pa ra a saúde como ocorre com os sólidos do esgoto b r u t o que são altamente outrescíveis e servem, de substrato a o r g a n i s mos p a t o g ê n i c o s . As algas que são descarregadas em e f l u e n

-tes de lagoas de estabilização são relativamente estáveis e exercem uma pequena demanda de oxigênio nos corpos r e c e p t o -r e s , (LUDWIG et a l i i , 1 9 5 1 ) . Além disso essas algas são ali. mento vivo para outras formas de vida aquática e/ou podem manter-se por longo tempo nos corpos r e c e p t o r e s . P o s s í v e i s mudanças na p o p u l a ç ã o de algas tais como r e n o v a ç ã o , envelhe cimento ou morte serão determinadas pelas condições do n o v o meio a q u á t i c o .

2.2 - Atividades de bactérias e algas em lagoas de estabili è a ó ã o .

A Bimbiose algabactéria é o m e c a n i s m o b á s i c o do p r o -cesso de depuração de águas residuãrias em lagoas de estabi

(19)

07

lizaçao. Esse processo constitui-se num fenômeno n a t u r a l de p u r i f i c a ç ã o de á g u a s . De acordo com P A T I L et alii ( 1 9 7 5 ) , a massa líquida das lagoas de estabilização ocupa um estágio intermediário entre água residuária b r u t a e água limpa.

O ecossistema formado pelas lagoas engloba uma enorme variedade de o r g a n i s m o s . A dinâmica da população é e x t r e m a mente influenciada p e l a disponibilidade de nutrientes e a l terações b i o q u í m i c a s do m e i o , carga o r g â n i c a , projeto f í s i -co e resulta numa marcante sucessão de organismos -com a evo lução do processo de d e p u r a ç ã o .

A matéria orgânica pode s e r degradada sob condições aeróbias ou a n a e r ó b i a s , formando diferentes compostos. O CO2 é um dos produtos finais desses p r o c e s s o s . Alguns daqueles

compostos formados sob condições anaeróbias são posteriormen-te oxidados aerobicamenposteriormen-te (GOLDMAN et a l i i , 1 9 7 2 ) . Os p r o d u

_ _3 _

tos assim o b t i d o s , tais como: C O 2 , N H3, N O 3 e PO 4 sao e n

-tão absorvidos pelas algas q u e , na presença de luz s o l a r , sintetizam novo material c e l u l a r . As algas por outro l a d o ,

através da reação de f o t o s s í n t e s e , liberam oxigênio livre n o meio líquido a partir das moléculas de á g u a . As bactérias aeróbias utilizam esse oxigênio e m sua respiração e assim se estabelece a atividade complementar entre esses o r g a n i s -mos .

2.2.1 - Bactérias

Dos tipos de bactérias presentes e m lagoas de e s t a b i -lização, alguns compreendem organismos de nutrição heterotro

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08 fica. Entre estas h á as q u e utilizam o oxigênio livre como aceptor final de elétrons e são denominadas a e r ó b i a s . Outras respiram anaerobicamente e utilizam substâncias como n i t r a -t o s , sulfa-tos e carbona-tos corno acep-tores finais de elé-trons. Existem também bactérias q u e são capazes de utilizar os dois processos e são conhecidas como f a c u l t a t i v a s .

O processo total da respiração de bactérias e outros microorganismos aeróbios aquáticos pode ser descrito pela se guinte fórmula:

C6 Hi 2 06 + 6 02 + 6 H20 + 6 C 02 + 12 H20 (2.1)

A oxidação bacteriana aeróbia converte a matéria orgâ nica para dióxido de c a r b o n o , á g u a , amónia e f o s f a t o . Os principais gêneros que oxidam matéria o r g â n i c a por esse

pro-cesso são as Pòcudomonaò , f Zavobac te itum, AZ caZige nüò, (KONIG

1984 ) , ZoogZea e Sphae.ftot.lZu6, (BRANCO, 1 9 7 8 ) . Essas bacté

rias em seu metabolismo utilizam o oxigênio livre produzido pelas algas ou p o r reaeração produzida na interface ar-super

fície l í q u i d a , sendo que a reposição peia atmosfera pode ser considerada insignificante em lagoas de e s t a b i l i z a ç ã o .

A amónia é por sua vez oxidada p o r outras bactérias em sua síntese orgânica para nitritos (N i tfioò omon ai ) , e estes

para nitratos (N-c .tAobacte 1) .

A p r e d o m i n â n c i a de grupos bacterianos em lagoas de es tabilização é estabelecida pela capacidade de obter mais energia por unidade de matéria orgânica m e t a b o l i z a d a , (Mc KINNEY, citado por S O A R E S , 1 9 8 5 ) .

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09 2.2.2 - Algas

Contrariamente ãs bactérias as algas foram intensiva-mente estudadas em trabalhos com lagoas de estabi lização. Em razão do volume de informações disponíveis sobre esses orga nismos e â sua c o m p l e x i d a d e , a sua atividade será estudada em partes ressaltando-se os seguintes aspectos: fotossínte-s e , pigmentofotossínte-s, principaifotossínte-s gênerofotossínte-s de algafotossínte-s p r e fotossínte-s e n t e fotossínte-s em la-goas de e s t a b i l i z a ç ã o , fatores que influem no crescimento e distribuição no meio aquático e as implicações das variações desses f a t o r e s .

a) Fotossíntese

O processo fotoquímico na sua mais simples forma pode ser descrito pela seguinte e q u a ç ã o q u í m i c a :

6 C 02 + 1 2 H20 + (luz) C6 H1 206 + 6 0:, + 6 H20 (2.2)

E s t a relação indica apenas os compostos iniciais n e cessários e os produtos formados pela f o t o s s í n t e s e . As a l -gas na obtenção de n o v o m a t e r i a l c e l u l a r , liberam oxigênio molecular na s o l u ç ã o , que s e g u n d o , S T A N I E R et a l i i , (1969) deriva exclusivamente das moléculas de á g u a . A síntese de material celular ê obtida através da interação do p i g m e n t o verde de c l o r o f i l a , luz s o l a r , água e dióxido de c a r b o n o . Portanto esse processo ocorre apenas nas horas iluminadas do

d i a , enquanto que a respiração de algas e outros organismos aquáticos é contínua.

(22)

1 0

Um dos principais fatores que influenciam a atividade fotossintética é a intensidade luminosa. N o s ambientes aquã ticos alguns aspectos devem ser considerados na utilização da energia radiante p e l o fitoplâncton:

. intensidade de luz incidente;

. mudanças imediatas na p a s s a g e m de luz pela s u p e r f í -cie aquática;

. m u d a n ç a s na composição e s p e c t r a l com a profundidade. As variações na intensidade de luz incidente são o re sultado de uma complexa combinação de fatores climáticos , g e o g r á f i c o s , e t c . Por isso são verificadas mudanças de e s -tação para es-tação e essas alterações tendem a ser mínimas em regiões t r o p i c a i s , (ROUND, 1 9 8 1 ) .

A profundidade de p e n e t r a ç ã o da radiação fotossinteti camente ativa é m u i t o limitada. De um modo geral o c o m p r i -m e n t o de onda ver-melho penetra -menos do que o verde e o azul. Isto contudo é muito v a r i á v e l , pois vários fatores podem ate n u a r diferentemente os comprimentos de onda de l u z , (ROUND,

1 9 8 1 ; B O N E Y , 1 9 7 6 ) . ROUND ( 1 9 8 1 ) observa que os comprimentos

de luz verde e azul são rapidamente atenuados onde houver um denso crescimento de plancton ou a p r e s e n ç a de substâncias quê absorvem fortemente nestes espectros. B U S H et alii ( 1 9 6 1 ) observa

râffl è m seus estudos com lagoas de estabilização que a inten sidade de luz no m e i o líquido seguiu c p a d r ã o da radiação so lar incidente, com os valores máximos ocorrendo entre 1 2 e

1 4 h .

(23)

co-11 nhecida como zona fotica. Ela pode ser definida pela profun didade onde apenas 1% da iluminação incidente na superfície p e r m a n e c e , (BONEY» 19 7 6 ) ; ou a profundidade na q u a l os n u

-trientes começam a a u m e n t a r , (STEELE & Y E N T S C H , citados por R O U N D , 1 9 8 1 ) . A sua extensão pode ser avaliada pelas d e t e r -minações "in si tu", da produtividade p r i m á r i a .

A zona de mistura é limitada pela profundidade onde o fitoplâncton circula e influi sobremaneira na p r o d u ç ã o fotos s i n t é t i c a . Nas regiões tropicais ela perde sua importância p o r que ocorre a estratificação das populações de algas (ROUND,

1 9 8 1 ) .

A profundidade de compensação se situa onde a luz dis p o n í v e l é apenas suficiente para que a taxa de síntese de

compostos orgânicos se iguale com a taxa de r e s p i r a ç ã o . P o r o u t r o lado onde as perdas pela respiração são superadas e h á um início de crescimento da p o p u l a ç ã o ter-se-á a profundida de crítica.

b) Clorofi La

A clorofila é o pigmente comum a todas as algas. Além dâ clorofila a esses o r g a n i s m o s p o s s u e m clorofila b associa da às algas verdes e c associada àquelas m a r r o n s . 0 magnésio é o elemento b á s i c o na estrutura da molécula de clorofila a que apresenta a seguinte f ó r m u l a , segundo (HALL & RAO, 1976):

C^H-^N^OrMg (2.3)

(24)

12 tais c o m o , c a r o t e n o , x a n t o f i l a , e t c . A clorofila a é , n o en t a n t o , o pigmento principal envolvido no processo f o t o s s i n tético. Os demais pigmentos são secundários e funcionam c o -mo auxiliares ou a c e s s ó r i o s , transferindo a energia absorvi da para a clorofila a.

As clorofilas absorvem principalmente na porção verme lha do e s p e c t r o . Os demais pigmentos absorvem diversamente o espectro de l u z . Ao transferirem a energia absorvida para a clorofila a, a faixa do espectro efetiva p a r a f o t o s s í n t e -se fica m u i t o a m p l i a d a . Segundo BRANCO (1978) , h á indicações de que os pigmentos acessórios são mais eficientes na absor ção de e n e r g i a . Com a adição indireta dessa energia solar para o pigmento de clorofila a , a p r o d u ç ã o fotossintética é aumentada c o n s i d e r a v e l m e n t e . Além disso os pigmentos acesso rios exercem a importante função de p r o t e ç ã o da clorofila a ã degradação fotoquímica.

A determinação da concentração de clorofila a é um dos métodos indiretos para e s t i m a r a biomassa das algas em estu dos com f i t o p l â n c t o n . 0 seu uso vem sendo difundido na a v a -liação da p o p u l a ç ã o de a l g a s . Isto se deve ã relativa repro ducibi l i d a d e , simplicidade e rapidez deste método (RAI, 1980 ; R O U N D , 1 9 8 1 ) . C o n t u d o , as determinações da concentração de clorofila a devem ser feitas simultaneamente com a identifi c a ç ã o , contagem e medição do volume das c é l u l a s , porque as algas apresentam grande variação de t a m a n h o . A relação d e s -tes parâmetros só é válida com base na suposição de que a clorofila a é distribuida em todo o p r o t o p l a s m a da a l g a .

(25)

c) Gêneros de algas predominantes

PALMER (1969) realizou um amplo estudo relativo às a_l gas mais tolerantes à p o l u i ç ã o . Esse autor observa que gene ros de algas verde azuladas ( C y a n o b a c t ê r i a s ) , flageladas pig m e n t a d a s , algas verdes e diatomãceas estão bem representa -d a s . Pela or-dem -decrescente -de tolerância a altas cargas po luentes os principais gêneros são: Euglena, O&dllatofila , Chlamydomonas, Scenedeòmvui,, Chlone.Ha, Nltzchla, Navlcula e

Stlge oelonlum. Ele indica que a Euglena é inegavelmente a

forma mais tolerante à p o l u i ç ã o o r g â n i c a .

De um modo geral as análises sistemáticas dos gêneros de algas presentes em lagoas de estabilização em regiões geo-gráficas distintas não resultam em variações q u a l i t a t i v a s ,

(SILVA & P A P E N F U S S , citados por B R A N C O , 1 9 7 8 ) . Já KCfcOG (1984) afirma que os tipos de algas encontrados em lagoas de e s t a -b i l i z a ç ã o variam c o n s i d e r a v e l m e n t e , mas as algas presentes nos tratamentos de esgoto em lagoas p e r t e n c e m , geralmente , aos seguintes filos: C y a n o b a c t e r i a , C h l o r o p h y t a , Euglencphy ta e B a c i l l a r i o p h y t a .

Segundo M A R A e t alii ( 1 9 8 3 ) ; KÕNIG (1984) e HARTLEY & WEISS (1970) , os principais gêneros de algas que se desenvql vem em lagoas de e s t a b i l i z a ç ã o são: Euglena, Phaciví, Chlamydomo_ naò, Chlonogonium, Eudaina, Pandonlna, Stlchococcuò , Pyfiobo_ tJiyò , KnkiòtKodet>mixò, Chio fie Ha, Mi ena c tini um, Scenedeòmuò , Selenaòtnum, Cantella, Coe laòtfium, Vlctyoòphae/tíum, Oocy&tlò,

Rhodomonaò, Volvox, Clavícula, Cye.lote.lla, 0& dilato fila, Spi

tiullna e Lingbya. Observações feitas por SLESS ( 1 9 7 4 ) ; BUSH

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14 GLAW & PIETERSE (1977); de NOYELLES J r . ( 1 9 6 7 ) , estão de a-cordo com os resultados obtidos por aqueles a u t o r e s , mas com variações na predominância e presença desses gêneros de a l -gas .

A carga orgânica parece influenciar a flora de algas n o meio aquático m a i s do que outros fatores como i n t e n s i d a -de -de l u z , p H , oxigênio d i s s o l v i d o , v a z ã o , tamanho do corpo d'água, temperatura e presença de outros p o l u e n t e s , (FITZ GERALD & R O H L I C H , citados por T C H Õ R T N E R , 1967; P A L M E R , 1969) . N u m sistema de lagoas em série h á uma relação inversa entre o número de gêneros presentes e a carga orgânica aplicada

(SLESS, 19 74 ; de NOYELLES J r , 196 7; K Õ N I G , 1 9 8 4 ) .

As variações climáticas e das características do esgoto são acompanhadas por alterações do fitoplâncton (TSCHÕRTNER ,

1967).

Segundo de N O Y E I L E S Jr (1967), em lagoas sujeitas a grandes pe

ríodos de a n a e r o b i o s e , Ch lamtj do<vonai é o único gênero quase d e s e n v o l v e . Já Chione Ha pode crescer em altas cargas o r g â -nicas mas os períodos anaeróbios devem ser p o u c o extensos. O

gênero Eagle.na desenvolve-se em cargas muito v a r i á v e i s , des_ de ambientes idênticos àqueles que favorecem o aparecimento

de ChloKe.Ha até níveis de carga orgânica b a i x o s . E l a utili

za ã amónia como única fonte de nitrogênio e pode e n t ã o ser mais dependente da amónia do que das fontes de carbono (de NOYELLES J r , 1967; NEEL et alii, 1961) . As cyanobactérias f e s p e c i a l

mente

0&

cc Haton.i a, crescem em meios com altas cargas o r g â -n i c a s , porém -n ã o são restritas a esses m e i o s . Scz-ne.de.&moó

(27)

15 que aqueles requeridos por Chlamydomonaò e Chlo-le Ha.

De acordo com NEEL et ali i (1961) os gêneros Phacui> e

Pynobo-tAijí , são capazes de desenvolverse em altas cargas o r g â n i

-cas e períodos de anaerobiose como Chlamydomonaò. Os gene ros Sce.ne.dd&mu6 e Ank£&t>\ode.&mu& podem utilizar o b i c a r b o n a to d i r e t a m e n t e , e OSTERLTNG & R O D H E , citados por de NOYELLES J r . (1967) indicam que isto justificaria a sua predominância em meios com baixos níveis orgânicos e altos valores de p H . d) Crescimento e distribuição do fitoplâncton na colu

na d'ãgua.

De acordo com O D U M , citado p o r TSCHÕRTNER (1967) a pro dução de biomassa pelo processo fotossintético pode ser l i -mitada p o r :

- Redução do fluxo de n u t r i e n t e s ;

- Conversão de nutrientes para formas não assimiláveis; - Redução da luz e f e t i v a ;

- A u m e n t o da p r e d a ç ã o ; - Remoção física de a l g a s .

A luz solar efetiva para a produção fotossintética so mente é disponível na zona fótica. C o n t u d o , intensidade de

luz excessiva pode ser p r e j u d i c i a l ao p r o c e s s o f o t o q u í m i c o . S e g u n d o , BONEY (1976) a inibição de fotossíntese tem sido observada em ambientes aquáticos supersaturados de l u z .

No item 2.2.2.a foi discutido que h á uma variação na intensidade de luz na coluna d'ãgua. O item 2.2.2.b indica que a predominância de certos pigmentos acessórios induzem â ab

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sorção de comprimentos de onda específicos do espectro s o l a r . Isto poderia constituirse numa explicação para os f e -nômenos de adaptação, a regiões monocromáticas, observados em organismos fotossintetizantes.

BONEY ( 1 9 7 6 ) ; HARTLEY & WEISS (1970) e ROUND (1981) afirm a afirm , por outro l a d o , q u e as algas possueafirm uafirm d e s e n v o l v i afirm e n

-to máximo em diferentes intensidades de l u z , Por i s s o , valo res acima ou abaixo desses níveis ótimos p a r a cada gênero de a l g a , induzem as mesmas a migrarem p a r a zonas de luz mais adequadas q u a n t i t a t i v a e qualitativamente ao seu c r e s c i m e n -t o .

Em experimentos realizados por SLESS (1974) ficou d e -monstrado que a intensidade da luz incidente decai logarit-micamente com a p r o f u n d i d a d e . O limite inferior da zona

fõ-tica foi medido entre 20 e 25 cm em lagoas facultativas e entre 40 e 60 cm em lagoas de maturação finais das séries e s t u d a d a s . Onde havia uma nítida e s t r a t i f i c a ç ã o de algas fia g e l a d a s , Eu.gte.na e Chtamijdomonaò , essa profundidade diminuiu para 10 a 15 cm. Foi observado ainda que a penetração de luz

aumentou de lagoa para lagoa numa série sujeita a baixas car cas o r g â n i c a s . C o n t u d o , isso não foi verificado e m lagoas submetidas a altas c a r g a s .

HARTLEY & WEISS ( 1 9 7 0 ) , observaram que a Euglena

KOÁ-tífaena e s t r a t i f i c o u em intensidades de luz próximas de 75

C . f t- 2. Os autores comentam que esta seleção pareceu consti.

tuirse numa fuga de intensidades de luz m a i o r e s . N o p e r í o -do n o t u r n o esta alga m i g r o u para o l o d o , nutrin-do-se quimios s i n t e t i c a m e n t e , e nas determinações noturnas não havia n e

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-17 rtouma Eu.gle.na tosí-t jjc^a na coluna d*água. A distribuição das

algas flageladas foi i r r e g u l a r , apresentando flutuações diã rias em diferentes p r o f u n d i d a d e s . S L E S S (1974) indica que

as concentrações máximas de algas ocorreram à tarde e isto estava associado com a migração de Chlamydomonaò para cama das s u p e r i o r e s . E mesmo em lagoas onde as algas flageladas estavam ausentes foi observado um aumento da concentração de algas no p e r í o d o da t a r d e .

MARA et alii (1983) observaram que em lagoas f a c u l t a -tivas primárias as algas e s t r a t i f i c a r a m próximas da superfí cie em profundidades de 10 - 15 cm. e que elas moveram-se ver ticalmente em resposta ãs variações de intensidade de l u z . Esses autores n ã o verificaram e s t r a t i f i c a ç ã o nas lagoas de ma

t u r a ç ã o , que apresentaram concentração homogênea de clorofi la a no ciclo d i á r i o . Contudo a atividade fotossintética , avaliada pela produtividade p r i m á r i a , nessas lagoas ocorreu .em p r o f u n d i d a d e s maiores que 60 c m , e n q u a n t o que nas lagoas

facultativas essa profundidade ficou limitada aos 24 cm su p e r f i c i a i s .

E m estudos realizados na E X T R A B E S , KÕNIG (1984) v e r i ficou que a e s t r a t i f i c a ç ã o máxima o c o r r e u entre 12 e 14 h o ras nas lagoas f a c u l t a t i v a s . E m amostras tomadas ao a m a n h e -cer, 4 h e 45 min a distribuição de algas na coluna d1 água

apresentava-se h o m o g ê n e a . No horário das 8 h já havia uma estratificação e v i d e n t e , apresentando concentrações máximas nâ profundidade de 5 cm. Em amostras p o s t e r i o r e s , as d e t e r -minações de clorofila a indicaram uma migração para níveis inferiores (entre 15 e 40 cm ) . As análises feitas ao

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anoi-18 tecer, 1 7 h e 30 m i n . , caracterizavam o rompimento na estra t i f i c a ç ã c Esta autora observa que houve uma predominância de gêneros flagelados em lagoas facultativas nitidamente estra ti f i c a d a s , enquanto que os lagoas de m a t u r a ç ã o , com a p r e d o minância de algas não f l a g e l a d a s , apresentaramse p o u c o e s -tratificadas. Os resultados obtidos evidenciam a idéia de que as algas flageladas se movem e m resposta ã l u z .

2.3 - Influência dos microorganismos no balanço de dióxido de carbono em lagoas de e s t a b i l i z a ç ã o .

Os valores de pH em lagoas de e s t a b i l i z a ç ã o estão s u -jeitos a grandes variações no ciclo d i á r i o . Essas variações são devidas principalmente ao consumo de dióxido de carbono pelos organismos fotossinteti zantes. 0 dióxido de carbono ê o p r i n c i p a l composto produzido p e l a oxidação bacteriana da matéria o r g â n i c a . A sua concentração pode ser bastante redu z i d a , nas horas i l u m i n a d a s , quando a atividade fotossinteti. c a , supera a respiração das bactérias e das próprias a l g a s . Em períodos não iluminados q u a n d o houver apenas r e s p i r a ç ã o , os n í v e i s de dióxido de carbono são r e e s t a b e l e c i d o s .

A escassez de CO2 pode levar as algas a utilizar o bi carbonato da alcalinidade do esgoto de acordo com a reação:

H C O ! *• C 02 + O H " (2.4)

0 consumo do CO2 numa taxa superior àquela da r e p o s i -ção através de difusão a t m o s f é r i c a , respira-ção bacteriana

(31)

19 e processos de fermentação levar,: a um aumento no p H . Este aumento pode afetar o crescimento de alças de várias m a n e i -ras q u e , incluem:

a) Mudança nas espécies do carbono: o CO2 dissolvido é reduzido em concentração e gradativamente substituído por

HCO3" e C 03" ~ ;

b) Precipitação de outros elementos essenciais ao cres_ cimento de algas (fósforo) ;

c) Volatilização de amónia.

Gradientes verticais de pH indicam a p r e d o m i n â n c i a de atividades biológicas diferentes na coluna d'água, ou s e j a , fotossíntese na zona fõtica e processos de redução a n a e r ó -bia nas zonas mais profundas. Segundo GOLDMANN et alii (19 72) a estra tificação térmica mantém estes gradientes nas horas ilumina d a s .

SLESS (1974) em estudos realizados em Israel o b s e r v o u que grandes mudanças de pH ocorreram apenas nos primeiros 30 a 40 cm de profundidade que corresponderam ã zona fótica. N o período noturno evidenciava-se uma completa homogeneização das l a g o a s , com. os valores de pH igualando e m toda a massa d * á g u a . BOKIL & AGRAWAL (1977); MORENO-GRAU et alii (19 84),-de NOYELLES

Jr (1967) atribuem o decréscimo de pH com a profundidade às condições anaeróbias que liberam CO2 e H2S na massa l í q u i

-d a . SLESS (19 74) observa ain-da que altos níveis -de pH estão associados com a maior remoção de n u t r i e n t e s . Ele indica que isto leva à p r e c i p i t a ç ã o do o r t o f o s f a t o e a volatilização de amónia e que a remoção desses elementos cresce de lagoa

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pa-20

ra lagoa numa serie de l a g o a s .

MILLER et alii (1477) citando ABELIOvTCH & AZOV, observam que valores altos de pH inibem seriamente o crescimento de a l -gas atribuido ã formação de amónia. BUSH et alii (1961) e SLESS (1974) apoiam este ponto de vista e indicam que a maio ria das algas crescem e m pH entre 7,0 e 8,5. Contudo SLESS

(1974) observa que o gênero Sc.2rtZde.6muA foi dominante em valo res de p H entre 9,4 e 10,3 na última lagoa de uma s e r i e . Es_ se autor acrescenta ainda que a operação de lagoas de e s t a -bilização em série induz a um aumento de pH de lagoa p a r a

lagoa, independente do gênero e concentração de a l g a s . Por outro l a d o , SHILLINGLAW & PIETERSE (1977) observaram que al tos valores de pH geralmente coincidem com grandes concentra ções de a l g a s . Eles afirmam que o metabolismo das algas d e -termina prir.iariar.ente o pH da água. Já PATTL et alii (19 75) estudan do lagoas facultativas em D h a r w a r , í n d i a , indicam que as v a -riações de pH foram semelhantes àquelas da temperatura e que os valores diários foram associados com p r o p o r c i o n a i s varia çÕes na intensidade solar e t e m p e r a t u r a .

2.4 - Influência dos microorganismos na concentração de oxi gênio d i s s o l v i d o .

A concentração de oxigênio dissolvido é um parâmetro de fácil medição . 0 estudo de sua distribuição num corpo d* água fornece uma série de informações diretas e indiretas, como atividade b a c t e r i a n a , f o t o s s í n t e s e , e s t r a t i f i c a ç ã o de o r g a n i s m o s , disponibilidade de n u t r i e n t e s , e t c .

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21 Nas águas com altas concentrações de a l g a s , a medida de oxigênio representa a produção fotossintética menos o con sumo por respiração e a perda por difusão para a atmosfera em meios supers at urados .

0 aumento nas concentrações de oxigênio dissolvido a feta o crescimento de algas e GESSNE & P A N N I E R , citados por ROUND (19 81) acham que a respiração de algas diminui com a saturação de o x i g ê n i o . ROUND (1981) observa ainda que ocorre

inibição da fotossíntese em algumas c i r c u n s t â n c i a s , especial mente em meios s upersaturados de o x i g ê n i o , com b a i x o s n í -veis de carbono (efeito Warburg) .

E m estudes realizados por SLESS ( 1 9 7 4 ) , nas horas de i n s o l a ç ã o , em lagoas p r i m á r i a s , a atividade fotossintética ficou restrita aos 40 cm s u p e r f i c i a i s . Altas concentrações de oxigênio dissolvido foram medidas em níveis muito s u p e r -f i c i a i s . Ele acrescenta que -foi veri-ficado um pequeno aumen to n o final da tarde em níveis um pouco inferiores (40 a 80 c m ) . Por volta da meia noite as concentrações de oxigênio dissolvido igualaramse em toda a coluna d'água. Ele o b s e r va ainda que nas lagoas primárias o oxigênio dissolvido e s -tava ausente em todas as profundidades desde o início da noi^

te até as primeiras horas da m a n h ã , enquanto que nas lagoas secundárias e terciárias condições anõxicas foram d e t e c t a -das apenas nas maiores profundidades no p e r í o d o não ilumina dos P Á T I t e t alií (19 75) indicam que as maiores concentrações dè ókigêhio dissolvido e m lagoas de estabilização ocorreram durante as horas da tarde- N E E L e t alii (1961) acrescentam que isto é um fenômeno n o r m a l d i á r i o . Estudos realizados por

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2 2

HARTLEY & WEISS (19 70) confirmam essas o b s e r v a ç õ e s . Esses au tores'obtiveram concentrações de até 16 mg// às 16 horas em profundidades entre 15 e 30 cm. Eles também observaram um. rápido declínio nas concentrações de oxigênio dissolvido en t re 16 e 18 ho ras.

2.5 - Temperatura e estratificação t é r m i c a .

O aquecimento e a distribuição de c a l o r , na massa d'água e s t ã o entre as características mais importantes do meio aquá t i c o , e induzem a implicações de grande a l c a n c e . A radiação solar incidente é absorvida pela massa d'água, p r o v o c a n d o o seu aquecimento de duas formas:

. Absorção total da luz i n f r a v e r m e l h a , nos primeiros m i l i m e t r o s , em q u a l q u e r tipo de corpo d'água. P o r isso a ca mada superficial torna-se distintamente mais aquecida que aquelas inferiores (REMMERT, 1982 ) .

. A t e n u a ç ã o gradual de outros comprimentos de onda de l u z .

Uma grande parcela da energia que incide na massa d'ãgua ê perdida por irradiação noturna e no fenômeno da evapora -c ã o . Ha ainda p e r d a s por -condução ao ar e para o fundo da lagoa. A diferença de temperatura entre a camada de ar que §e acha em contato com a superfície d'água e a massa l í q u i

-da constitüi-*se condição necessária para que haja transferên

Cia de calor entre a m b a s . O calor que permanece na massa d'5gua é e n t ã o o responsável pelos movimentos internos resul

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2 3 t a n t e s d a s d i f e r e n ç a s d o d e n s i d a d e d a s c a m a d a s f o r m a d a s p e l o c i c l o d i á r i o d e r a d i a ç ã o s o l a r . A i n t e n s i d a d e d e Luz i n c i d e n t e v a r i a c o m a l o c a l i d a d e , e s t a ç ã o d o a n o , h o r a d o d i a , e t c . N a m a s s a d ' á g u a h ã t a m b é m u m a d i m i n u i ç ã o d e i n t e n s i d a d e d e l u z c o m a p r o f u n d i d a d e . A m a g n i t u d e d e p e n e t r a ç ã o d e l u z n o m e i o a q u á t i c o d e p e n d e d a c o n c e n t r a ç ã o d e m a t e r i a l p i g m e n t a d o e n ã o p i g m e n t a d o e m s u s p e n s ã o . A a t e n u a ç ã o d o s v á r i o s c o m p r i m e n t o s d e o n d a ê m u i t o v a r i á v e l , m a s d e u m m o d o g e r a l o c o m p r i m e n t o d e o n d a v e r -m e l h o p e n e t r a -m e n o s q u e a q u e l e s v e r d e e a z u l ( R O U M U 1981X A e n e r g i a r a d i a n t e q u e é a b s o r v i d a p e l a m a s s a d'ãgua é c o n v e r t i d a e m e n e r g i a c a l o r í f i c a . 0 c a l o r t a m b é m é e s t r a t i f i c a d o p e l a p a s s a g e m d e l u z e p o r i s s o é m a i o r n a s u p e r f í c i e . I s s o a c o n t e c e e s p e c i a l m e n t e e m á g u a s t u r v a s , c o m o n o c a s o d e l a g o a s d e e s t a b i l i z a ç ã o , o n d e s o m e n t e a s c a m a d a s m u i t o s u p e r -f i c i a i s s ã o b a s t a n t e a q u e c i d a s p e l a r a d i a ç ã o s o l a r . A t r a n s f e r ê n c i a d e c a l o r d e s s a s c a m a d a s p a r a r e g i õ e s m a i s p r o f u n d a s s e r e a l i z a p r i n c i p a l m e n t e p e l o s m o v i m e n t o s de c i r c u l a ç ã o . E s s e s m o v i m e n t o s s e d e v e m n o t a d a m e n t e a o g r a d i e n te d e d e n s i d a d e e n t r e a s c a m a d a s d e d i f e r e n t e s t e m p e r a t u r a s o u t a m b é m p e l a a ç ã o d o s v e n t o s . A p r e s s ã o e x e r c i d a p e l o s v e n t o s n a s u p e r f í c i e d a 1 a g o a , m o v i m e n t a e m i s t u r a a á g u a q u e n t e e m d i r e ç ã o a o f u n d o . A c o n d u ç ã o d e c a l o r a t r a v é s d a m a s -s a d * á g u a é e x t r e m a m e n t e l e n t a e B R A N C O ( 1 9 7 8 ) , o b -s e r v a q u e a s u a i n f l u ê n c i a n o s f e n ô m e n o s t é r m i c o s e x i s t e n t e s n a m a s s a G ' ã g u a p o d e s e r c o n s i d e r a d a d e s p r e z í v e l . A e s t a b i l i d a d e d a e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a e m regiões tro p i c a i s é i d ê n t i c a à q u e l a o c o r r i d a e m á g u a s d e r e g i õ e s t e m p e

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2 4 r a d a s . P o r é m , a s v a r i a ç õ e s d e d e n s i d a d e d a á g u a e m altas t e m p e r a t u r a s , q u a n d o h o u v e r u m g r a d i e n t e t é r m i c o , s ã o m a i o r e s q u e n a s b a i x a s t e m p e r a t u r a s . E n t r e a s t e m p e r a t u r a s d e 2 4 e 25°C o b s e r v a - s e u m a v a r i a ç ã o d e d e n s i d a d e t r i n t a vezes m a i o r q u e e n t r e a s t e m p e r a t u r a s d e 4 e 5°C, K L E E R E K O P E R , c i t a d o p o r B R A N C O ( 1 9 7 8 ) . C o n s e q u e n t e m e n t e , d i f e r e n ç a s d e p o u c o s g r a u s , e n t r e a s c a m a d a s f o r m a d a s n a s l a g o a s , e m c l i m a t r o p i c a l , s ã o s u f i c i e n t e s p a r a c o n d i c i o n a r u m a d i f e r e n ç a d e d e n -s i d a d e d e m a g n i t u d e t a l q u e p r o p o r c i o n a u m a a l t a e -s t á b i l i d a d e d e e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a . E s s a d i f e r e n ç a d e densidade d á o r i g e m a m i s t u r a s m u i t o m a i s i n t e n s a s , q u a n d o h o u v e r u m l e -v e r e s f r i a m e n t o d a s c a m a d a s s u p e r f i c i a i s , p e l o a f u n d a m e n t o das m e s m a s n o p e r í o d o n ã o i l u m i n a d o . A f o r m a ç ã o d e e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a n u m a l a g o a d e e s t a b i l i z a ç ã o , e m r e g i õ e s t r o p i c a i s , p o s s u i u m c i c l o d i á r i o . D u r a n t e e s s e t e m p o e l e p o d e a p r e s e n t a r v a r i a s f a s e s , d e p e n -d e n -d o -d a s c o n -d i ç õ e s m e t e o r o l ó g i c a s -d o p e r í o -d o : a ) H a v e n d o a p r e s e n ç a d e v e n t o s , p e l a m a n h ã , t e r - s e - á u m p e r í o d o d e m i s t u r a c o m p l e t a , c o m t e m p e r a t u r a s u n i f o r m e s e m t o d a a m a s s a d ' á g u a ; b ) E m i n t e r v a l o s c o m v e n t o s f r a c o s e f o r t e i n c i d ê n c i a d e l u z s o l a r , h á o d e s e n v o l v i m e n t o d e e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i -c a , -c o m a f o r m a ç ã o d e t e r m o -c l i n a . A t e m p e r a t u r a a -c i m a d a t e r m o c l i n a c h e g a a u m m á x i m o e d e p o i s d i s s o g r a d u a l m e n t e a t i n -g e u m v a l o r p r ó x i m o ã t e m p e r a t u r a d o s o l o ; c ) N o e n t a r d e c e r o u à n o i t e p o d e h a v e r u m s e g u n d o p e -r í o d o d e m i s t u -r a . A c a m a d a s u p e -r i o -r p e -r d e c a l o -r p a -r a a atmos f e r a m a i s r a p i d a m e n t e q u e a q u e l a s m a i s p r o f u n d a s . D e v i d o ã

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2 5 d i f e r e n ç a d e d e n s i d a d e , a s c a m a d a s s u p e r i o r e s a f u n d a m , i n d u -z i n d o ã m i s t u r a q u e g r a d u a l m e n t e p r o v o c a r á u m a u n i f o r m i d a d e d e t e m p e r a t u r a e m t o d a a l a g o a . H a v e n d o a p r e s e n ç a d e fortes v e n t o s e s s e p r o c e s s o é a c e l e r a d o . N e s s e c a s o h á u m a p r o g r e s s i v a m i s t u r a e n t r o a s c a m a d a s a d j a c e n t e s ã t e r m o c l i n a p r o v o c a n d o o s e u d e s l o c a m e n t o p a r a o f u n d o , a t é q u e a t e m p e r a t u -r a s e j a u n i f o -r m e e m t o d a a m a s s a d ' á g u a . 0 v e n t o i n f l u e n c i a s o b r e m a n e i r a a m i s t u r a d a m a s s a d ' á g u a . S e g u n d o S I L V A & M A R A ( 1 9 7 9 ) ê n e c e s s á r i a u m a d i s t â n c i a d e 1 0 0 m s e m o b s t r u ç ã o p a r a q u e s e t e n h a u m a m i s t u r a m á x i m a p e l a a ç ã o d o v e n t o . A a ç ã o d o v e n t o e s t á r e l a c i o n a d a t a m b é m c o m a s d i m e n s õ e s d a l a g o a , s e n d o p r o p o r c i o n a l ã e x t e n s ã o d a m e s m a e m d i r e ç ã o a o v e n t o . P o r e s t a r a z ã o , a s l a g o a s p r o f u n d a s , p o r a p r e s e n t a r e m m e n o r e s d i m e n s õ e s s u p e r f i c i a i s , e s t ã o s u j e i t a s ã e s t r a t i f i -c a ç ã o t é r m i -c a p o r u m p e r í o d o m a i o r ( S O A R E S , 1 9 8 5 ) . A e s t r a t i f i c a ç ã o d e s e n v o l v e s e r a p i d a m e n t e , e s p e c i a l -m e n t e e -m d i a s -m u i t o e n s o l a r a d o s . A s c a -m a d a s a q u e c i d a s p r ó x i m a s d a s u p e r f í c i e e s t ã o s e p a r a d a s d a s c a m a d a s m a i s f r i a s , i n f e r i o r e s , p o r u m a d e l g a d a c a m a d a e s t á t i c a d e g r a n d e m u d a n ç a d e t e m p e r a t u r a . E s s a r e g i ã o d e r á p i d o d e c r é s c i m o d e t e m -p e r a t u r a é c o n h e c i d a c o m o t e r m o c l i n a . A s a l g a s m o t o r a s estra ti f i c a m s e n o r m a l m e n t e a c i m a d e s s a c a m a d a , n a s h o r a s i l u m i -n a d a s , e -n t r e 10 e 15 c m d e p r o f u -n d i d a d e , ( S L E S S , 1 9 7 4 ; M A R A e t a l i i , 1 9 8 3 ) . A s a l g a s n ã o m o t o r a s f i c a m r e t i d a s a b a i x o ãêààá c a m a d a / o n d e e x e r c e m D B O , u m a v e z q u e a f o t o s s í n t e s e n e s s a p r o f u n d i d a d e é i n s i g n i f i c a n t e ( R O U N D 1 9 8 1 ) . E m é s t u d j a r e a l i z a d o s p o r H A R T L E Y & W E I S S ( 1 9 7 0 ) , a e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a f o i v e r i f i c a d a e m t o d a s a s e s t a ç õ e s d o

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2 6 a n o , e x c e t o n o i n v e r n o . N o v e r ã o a s t e m p e r a t u r a s v a r i a r a m d e 2 1 a 30°C. S L E S S ( 1 9 7 4 ) o b s e r v o u g r a d i e n t e s d e 8 a 15 °C n e s s a e s t a ç ã o d o a n o e m d i a s c o m i n t e n s a r a d i a ç ã o s o l a r . P o r e m , n o i n v e r n o , n o s d i a s e n s o l a r a d o s e s s e s g r a d i e n t e s f o -r a m d e a p e n a s 2 a 3°C e f o i a u s e n t e n o s d i a s n u b l a d o s .

D e acordo com BUSH e t alii (1961) as variações de t e m p e r a t u r a n a á g u a d e l a g o a s t e r c i á r i a s , m o s t r a r a m u m p a d r ã o c í c l i c o s i m i l a r à q u e l e d a r a d i a ç ã o s o l a r . A s t e m p e r a t u r a s m á x i m a s fo-r a m m e d i d a s e m t o fo-r n o d e 14 h , c o m p o u c a s v a fo-r i a ç õ e s e n t fo-r e 12 e 16 h . Os autores o b s e r v a r a m q u e a i n t e n s i d a d e d e r a d i a ç ã o a u -m e n t o u r a p i d a -m e n t e e n t r e 6 e 9 h e c r e s c e u g r a d u a l -m e n t e a t é a t i n g i r u m m á x i m o e n t r e 12 e 1 3 h . A p a r t i r d a í a t é 2 0 h , u m d e c r é s c i m o g r a d u a l f o i o b s e r v a d o . E s t e s r e s u l t a d o s s ã o s e m e l h a n t e s à q u e l e s o b t i d o s p o r H A R T L E Y & W E I S S ( 1 9 7 0 ) s e n d o q u e e s t e s a c r e s c e n t a m q u e a v a r i a ç ã o m é d i a d e t e m p e r a t u r a a c a -d a 15 c m -d e p r o f u n -d i -d a -d e p o -d e s e r t o m a -d o c o m o s e n -d o -d e a p r o x i m a d a m e n t e 1 C . A e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a p o d e c a u s a r v á r i o s p r o b l e m a s n a o p e r a ç ã o d e u m a l a g o a d e e s t a b i l i z a ç ã o e n t r e o s q u a i s p o d e s e c i t a r a f o r m a ç ã o d e z o n a s e s t a g n a d a s . E s t a s f a v o r e -c e m a o -c o r r ê n -c i a d e -c u r t o - -c i r -c u i t o s h i d r á u l i -c o s . 0 p i o r efei t o d a e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a s e d e v e â r e d u z i d a m i s t u r a v e r t i c a l d a á g u a , a q u a l r e s t r i n g e o r e s t a b e l e c i m e n t o d e n u -t r i e n -t e s a p a r -t i r de camadas m a i s p r o f u n d a s . C o n s e q u e n -t e m e n -t e h á a p e r m a n ê n c i a , a b a i x o d a t e r m o c l i m a , d e u m a r i c a c a m a d a d e n u t r i e n t e s n ã o d i s p o n í v e i s p a r a a s a l g a s a t é q u e a e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a s e j a r o m p i d a . A l é m d i s s o a s a l g a s n ã o m o -t o r a s -t ê m n a m i s -t u r a o s e u ú n i c o m e i o de a-tingir a zona fó-tica.

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3 - M A T E R I A I S E M É T O D O S 3 . 1 - D e s c r i ç ã o d o s i s t e m a e x p e r i m e n t a l 0 s i s t e m a d e l a g o a s e m s é r i e , u t i l i z a d o n o s e x p e r i m e n t o s , e r a c o n s t i t u í d o d e c i n c o (5) u n i d a d e s e m e s c a l a p i l o t o . A p r i m e i r a u n i d a d e e r a u m a l a g o a a n a e r ó b i a ( A 7 ) , a l i m e n t a d a p o r e s g o t o d o m é s t i c o b r u t o . E s t a l a g o a e r a s e g u i d a p o r u m a l a g o a f a c u l t a t i v a s e c u n d á r i a ( F 9 ) e t r ê s l a g o a s d e m a t u r a -ç ã o ( M 7 , M 8 e M 9 ) . A s p a r e d e s e r a m d e a l v e n a r i a , v e r t i c a i s e r e v e s t i d a s i n t e r n a e e x t e r n a m e n t e c o m a r g a m a s s a d e c i m e n t o e a r e i a . 0 f u n d o r e c e b e u o m e s m o r e v e s t i m e n t o p a r a n ã o p e r -m i t i r i n f i l t r a ç õ e s e v a z a -m e n t o s . O s d i s p o s i t i v o s d e e n t r a d a e d e i n t e r c o m u n i c a ç ã o e n t r e a s u n i d a d e s f o r a m p r o j e t a d o s p a r a p e r m i t i r u m f l u x o d e b a i x o p a r a c i m a d o s a f l u e n t e s d e c a d a l a g o a . U m e s q u e m a e m p l a n t a d a s i n s t a l a ç õ e s u t i l i z a d a s n a p e s q u i s a é a p r e s e n t a d o n a f i g u r a 3 . 1 . A f i g u r a 3.2 a p r e -s e n t a o -s i -s t e m a d e l a g o a -s p i l o t o e m p l a n t a e e m c o r t e . A s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s d o s i s t e m a e x p e r i m e n t a l e s t ã o i n d i c a d a s n o q u a d r o 3 . 1 . 3.2 - A l i m e n t a ç ã o d a s l a g o a s A a l i m e n t a ç ã o d o s i s t e m a d e l a g o a s e m e s t u d o e r a e f e -t u a d a a -t r a v é s d e u m a b o m b a d e v e l o c i d a d e v a r i á v e l ( W A T S O N

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2 8 M A R L O W , F A L M O U T H , I N G L A T E R R A , m e d e i o H R S V ) . 0 u s o d e s t a b o m b a p e r m i t i u u m b o m c o n t r o l e d e v a z ã o j á q u e , d u r a n t e o p e -r í o d o e x p e -r i m e n t a l a s v a -r i a ç õ e s v e -r i f i c a d a s q u i n z e n a l m e n t e f o r a m d e j£ 2 % . A b o m b a t r a b a l h a v a a f o g a d a e s u e c i o n a v a o e s g o t o d e u m t a n q u e d e n í v e l c o n s t a n t e , l o c a l i z a d o n a c a s a d e b o m b a s ( V i d e f i g . 3 . 1 ) . D e u m p o ç o ú m i d o , a n e x o a u m p o -ç o d e v i s i t a d o " I n t e r c e p t o r d a D e p u r a d o r a " , u m a b o m b a s u b m e r s a d o t i p o F l y g t c o m m o t o r d e 1,2 H P e 3 3 8 0 r p m d a D y n a p a c E q u i p a m e n t o s I n d u s t r i a i s L t d a S ã o P a u l o , r e c a l c a v a o e s g o -t o n e c e s s á r i o ã a l i m e n -t a ç ã o d o -t a n q u e d e n í v e l c o n s -t a n -t e . O e s g o t o e r a p r o v e n i e n t e d o s i s t e m a d e e s g o t o s d a c i d a d e d e C a m p i n a G r a n d e , P a r a í b a , B r a s i l . O e x c e s s o d e e s g o t o b r u t o d o t a n q u e r e t o r n a v a a o i n t e r c e p t o r p o r g r a v i d a d e . 0 e f l u e n t e d e t o d a s a s u n i d a d e s e s c o a v a p o r g r a v i d a d e . O e f l u e n t e d a l a g o a M 9 , e r a d e s c a r r e g a d o n u m a g a l e r i a q u e o c o n d u z i a a o " R i a c h o d a D e p u r a d o r a " , q u e c o r t a o t e r r e n o d a E X T R A B E S . O s d a d o s o p e r a c i o n a i s d o s r e a t o r e s r e l a t i v o s a o p e r í o d o e x p e r i m e n t a l s ã o a p r e s e n t a d o s n o q u a d r o 3 . 2 . 3 . 3 - M e t o d o l o g i a d a p e s q u i s a A p e s q u i s a v i s o u c a r a c t e r i z a r u m s i s t e m a d e l a g o a s d e e s t a b i l i z a ç ã o p r o f u n d a s , e m s é r i e , p a r a a e s t a ç ã o d e v e r ã o e m c l i m a t r o p i c a l . P a r a a t e n d e r o s o b j e t i v o s d a p e s q u i s a foi d e f i n i d a u m a m e t o d o l o g i a q u e p r e v i a o l e v a n t a m e n t o d e p a r â -m e t r o s e -m v á r i a s p r o f u n d i d a d e s d a s l a g o a s . T a -m b é -m a -m e d i ç ã o d a r a d i a ç ã o s o l a r f o i n e c e s s á r i a ã c a r a c t e r i z a ç ã o d o s i s t e

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2 9 t e m a e m e s t u d o . 3 . 3 . 1 - P a r â m e t r o s l e v a n t a d o s a o l o n g o d a p r o f u n d i d a d e d a s l a g o a s . a ) T e m p e r a t u r a A d e t e r m i n a ç ã o d a t e m p e r a t u r a v i s o u c a r a c t e r i z a r a e s t r a t i f i c a ç ã o t é r m i c a n o i n t e r i o r d e c a d a r e a t o r . b ) C l o r o f i l a a * A c o n c e n t r a ç ã o d e c l o r o f i l a a p e r m i t i u a v a l i a r a b i o -m a s s a d a s a l g a s n o s d i f e r e n t e s n í v e i s d a s l a g o a s . c ) I d e n t i f i c a ç ã o e c o n t a g e m d e g ê n e r o s d e a l g a s . A i d e n t i f i c a ç ã o e c o n t a g e m d o s g ê n e r o s d e a l g a s o b j e -t i v a r a m a v a l i a r a s u c e s s ã o d e s s e s o r g a n i s m o s c o m a e v o l u ç ã o d o p r o c e s s o d e d e p u r a ç ã o a t r a v é s d a s é r i e d e l a g o a s . A c o n t a g e m p e r m i t i u a v a l i a r q u a n t i t a t i v a m e n t e a p o p u l a ç ã o d o f i -t o p l â n c -t o n n o s d i f e r e n -t e s n í v e i s d a l a g o a , c a r a c -t e r i z a n d o a e s t r a t i f i c a ç ã o d o s o r g a n i s m o s f o t o s s i n t é t i c o s . d ) O x i g ê n i o d i s s o l v i d o A s m e d i d a s d e o x i g ê n i o d i s s o l v i d o f o r n e c e r a m i n f o r m a -ç õ e s s o b í é a s s ü a â v a r i a -ç õ e s e d i s t r i b u i -ç ã o n a c o l u n a d ' á g u a , a s s o c i a d a s ' a a t i v i d a d e f o t o s s i n t é t i c a d a s a l g a s . fej p H A s v a r i a ç õ e s d o p H t a m b é m i n d i c a m a a t i v i d a d e d o s p r i n

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3 0 c i p a i s m i c r o o r g a n i s m o s e n v o l v i d o s n a d e p u r a ç ã o d e e s g o t o s , u m a v e z q u e o C O é r e m o v i d o p e l a s a l g a s e e s t e é r e e s t a b e -l e c i d o p e -l a a t i v i d a d e d a s b a c t é r i a s . O s t r a b a l h o s d e c a m p o a b r a n g e r a m o s m e s e s d e v e r ã o e n t r e ( 2 5 / 1 1 / 8 5 e 2 9 / 0 4 / 8 6 ) . F o r a m f e i t o s e x p e r i m e n t o s s e m a -n a i s c o m o l e v a -n t a m e -n t o d e p e r f i s , a o l o -n g o d a p r o f u -n d i d a d e d e c a d a l a g o a . A c o l e t a d e a m o s t r a s d e t o d o s o s p a r â m e t r o s a n t e r i o r m e n t e d e s c r i t o s e a s m e d i ç õ e s d e s t e s p a r â m e t r o s e r a m l e v a d a s a e f e i t o d e d u a s (2) e m d u a s (2) h o r a s e m p e r í o d o s d e v i n t e e q u a t r o ( 2 4 ) h o r a s » . P a r a o l e v a n t a m e n t o d o s v á r i o s p a r â m e t r o s n o i n t e r i o r d a s l a g o a s f o i u t i l i z a d a u m a p l a t a f o r m a m ó v e l d e c o l e t a . E s t a e r a i n s t a l a d a a c i m a d a s u p e r f í c i e d o r e a t o r s e m p r e n u m a m e s m a p o s i ç ã o e m r e l a ç ã o à s p a r e d e s . A p l a t a f o r m a m ó v e l c o n s i s t i a d e u m c a i x o t e d e m a d e i r a r e v e s t i d o d e m a t e r i a l p l á s -t i c o . U m a p a s s a r e l a d e m a d e i r a i n s -t a l a d a s o b r e -t r i l h o s d e f e r r o , r e m o v í v e i s , p e r m i t i a o a c e s s o d o o p e r a d o r a o c a i x o t e . E s t e ú l t i m o c o n t i n h a o s e q u i p a m e n t o s n e c e s s á r i o s á s m e d i -ç õ e s f e i t a s n o l o c a l , e u m a b o m b a p e r i s t ã l t i c a p r o v i d a d e d e z ( 1 0 ) c a n a i s d e s u c ç ã o . U m a h a s t e d e a l u m í n i o v a z a d a e d e s e ç ã o q u a d r a d a ( 2 , 5 x 2 , 5 c m ) c o m 3,0 m d e e x t e n s ã o f o i e m p r e g a d a p a r a a f i x a ç ã o d a s m a n g u e i r a s d e s u c ç ã o d e a m o s -t r a s , c o m d i â m e -t r o d e 5 m m , n o s n í v e i s m o s -t r a d o s n o q u a d r o

3 J 4 J O u t r a haste i d ê n t i c a f o i u t i l i z a d a p a r a a fixação dos s e n

sores- d ê t e m p e r a t u r a n o s n í v e i s d e m e d i ç ã o . P a r a g a r a n t i r ima m a i o r e s t a b i l i d a d e d a s h a s t e s n o i n t e r i o r d a m a s s a l í q u i d a , m o l d a r a m - s e s a p a t a s d e c o n c r e t o , c o m 15 c m d e d i â m e t r o , n a e x t r e m i d a d e i n f e r i o r d e s s a s h a s t e s ( V i d e f i g . 3 . 3) .

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3 1 A i n s t a l a ç ã o d e t o d o o e q u i p a m e n t o e r a r e a l i z a d a n o d i a a n t e r i o r à c o l e t a . E s t e p r o c e d i m e n t o e v i t a v a p e r t u r b a -ç õ e s a r t i f i c i a i s n o i n t e r i o r d a m a s s a l i q u i d a n o p e r í o d o d o e x p e r i m e n t o . A b o m b a p e r i s t á l t i o a u s a d a n a c o l e t a d e a m o s t r a s e r a d o t i p o M H RE 1 0 0 , m a r c a W a t s o n - M a r l o w L i m i t e d , F a l m o u t h Corn w a l l E n g l a n d . U m a e x t e n s ã o e l é t r i c a p r o v e n i e n t e d a c a s a d e b o m b a s f o r n e c i a a e n e r g i a n e c e s s á r i a a o f u n c i o n a m e n t o da b o m b a p e r i s t á l t i c a . A n t e s d o i n í c i o d e c a d a c o l e t a e r a d a d a u m a d e s c a r g a d e a p r o x i m a d a m e n t e 5 m i n u t o s , d o l í q u i d o c o n t i d o n o i n t e r i o r d a m a n g u e i r a s , n ã o p e r m i t i n d o d e s s e m o d o a i n t e r f e r ê n c i a d o l í q u i d o r e m a n e s c e n t e d a c o l e t a a n t e r i o r . Q u a n d o o c o n t e ú d o d o s f r a s c o s e s t a v a c o m p l e t o e s t e s e r a m f e c h a d o s i m e d i a t a m e n t e e c o b e r t o s p o r u m t e c i d o e s c u r o p a r a e v i t a r i n t e r f e r ê n -c i a s d e l u z d u r a n t e o t r a n s p o r t e e a n á l i s e d a s a m o s t r a s . 3 . 3 . 2 - P r o c e d i m e n t o s a n a l í t i c o s 1 - T e m p e r a t u r a A t e m p e r a t u r a f o i m e d i d a a d i f e r e n t e s p r o f u n d i d a d e s de c a d a r e a t o r c o n f o r m e a p r e s e n t a d o n o q u a d r o 3 . 3 . A s m e d i ç õ e s f o r a m f e i t a s c o m u m t e l e t e r m õ m e t r o t i p o Y S I , m o d e l o 4 4 D , p r o v i d o d e d o z e ( 1 2 ) t e r m i n a i s . O s s e n s o r e s f o r a m f i x a d o s n o s o x:i f í c i b s d e u m a d a s h a s t e s d e a l u m í n i o e a e x t r e m i d a d e opo_s t a d e èáãà s e n s o r e r a c o n e c t a d a a o t e le t e r m ô m e t r o a t r a v é s do a v i a i f i SUm<B e aü m e d i ç õ e s .

(44)

32 2 - C l o r o f i l a a D a s d e z ( 1 0 ) a m o s t r a s c o l e t a d a s , s i m u l t a n e a m e n t e , s e l e c i o n a v a m s e o s ( 0 5 ) c i n c o n í v e i s c o n s i d e r a d o s o s m a i s c a r a c t e r í s t i c o s p a r a a d e f i n i ç ã o d o p e r f i l d o h o r á r i o . A d e -t e r m i n a ç ã o d a c o n c e n -t r a ç ã o d e c l o r o f i l a a f o i f e i -t a d e a c o r d o c o m a t é c n i c a d e s c r i t a e m M e t h o d s f o r C h e m i c a l A n a l y s i s o f F r e s h W a t e r s ( 1 9 7 1 ) , d a s e g u i n t e m a n e i r a : F i l t r a v a - s e v i n t e ( 2 0 ) mi d e u m a s u s p e n s ã o d e M g C 03. 7 H20 ( 0 , 1 % ) , c o m o i n t u i t o d e a l c a l i n i z a r o m e i o f i l t r a n t e e p o s t e r i o r m e n t e o e x t r a t o r , u s a n d o - s e p a p e l d e f i l t r o E d e r o l d e p o r o m é d i o a b e r t o p a r a f i l t r a ç ã o m e i o r á p i d a . F i l t r a v a - s e 5 0 mi d e c a d a a m o s t r a , h o m o g e n e i z a d a . T e r m i n a d a a o p e r a ç ã o d e f i l t r a ç ã o , o s p a p é i s d e f i l -t r o e r a m c o l o c a d o s e m -t u b o s d e e n s a i o r o -t u l a d o s e g u a r d a d o s e m g e l a d e i r a a + 4°C e n o e s c u r o . O p o r t u n a m e n t e a d i c i o n a v a -s e -s e t e ( 0 7 ) m C d e u m a -s o l u ç ã o d e a c e t o n a a 9 0 % ( V / V ) n o -s t u b o s d e e n s a i o . A p ó s 16 h o r a s p r o c e d i a s e a e x t r a ç ã o d o p i g -m e n t o . O c o n t e ú d o d o s t u b o s d e e n s a i o e r a e n t ã o t r a n s f e r i d o p a r a t u b o s d e c e n t r i f u g a g r a d u a d o s e c e n t r i f u g a d o p o r d o i s m i n u t o s e m e i o a 2 5 0 0 r p m . O s o b r e n a d a n t e e r a e n t ã o t r a n s f e r i d o p a r a u m a c u v e t a c o m u m (1) c e n t í m e t r o d e e s p a ç o i n t e r n o . A s m e d i d a s d e a b s o r b â n c i a f o r a m f e i t a s c o m u m e s p e c t o f o t è m è t r õ m a r c a M l C R O N À L , M o d e l o B 3 8 2 . 0 a p a r e l h o e r a c a l i -b r a d o u s a h d o - s e u m a p r o v a e m -b r a n c o d e a c e t o n a 9 0 % ( V / V ) . Pri. m e i r a m e h t e l i a s s e n o c o m p r i m e n t o d e o n d a d e 6 6 3 n m ( m e l h o r a b s o r v i d o p e l a c l o r o f i l a a ) . E m s e g u i d a , a l e i t u r a e r a f e i

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