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RESUMO ABSTRACT INTRODUÇÃO

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Academic year: 2021

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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR POR MEIO DA ESCALA MOTORA INFANTIL ALBERTA E A SUA IMPORTÂNCIA NA

INTERVENÇÃO PRECOCE: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Elizângela Barbosa1; Letícia Rocha dos Santos1; Sheila Evangelista de Matos Braga2;Laila Moussa3;

Márcia Regina Pinez Mendes4

RESUMO

Introdução: O desenvolvimento infantil consiste no amadurecimento e nas habilidades neurológicas, físicas, cognitivas e afetivas de uma criança, que podem sofrer alterações e atrasados devido alguns fatores, como a prematuridade. Com isso, através de instrumentos de avaliação do desenvolvimento, é possível quantificar e auxiliar na intervenção terapêutica. No Brasil, a Escala Motora Infantil Alberta (AIMS), é a mais utilizada. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura sobre artigos que avaliam o atraso DNMP por meio da AIMS. Metodologia: Revisão bibliográfica com fatores contribuintes para Atraso do desenvolvimento neuro psicomotor (ADNPM), a relevância da avaliação precoce através da escala AIMS. Foram utilizados artigos científicos publicados em revistas indexas nas bases Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde( Lilacs) e Scientific Electronic Library Online (Scielo), no período de 2005 a 2014.Resultados: Foram localizados 47 artigos, mas pelos critérios de inclusão foram adotados no estudo, apenas oito, sendo eles, longitudinais/transversais e publicados em língua portuguesa. Considerações finais:.O Brasil é um pais com altos índices de nascimentos prematuros e estudos relacionam tal relação com o atraso no DNPM. Portanto, instrumentos capazes de auxiliar na mensuração e avaliação de possíveis atrasos, colaboram na intervenção precoce dessas crianças. A AIMS mostrou se um instrumento de alta confiabilidade e aplicabilidade devido a sua fácil aplicação e baixo custo. Porém, sua validação ainda não foi efetivada no pais.

Palavras chaves: Desenvolvimento Infantil, Prematuridade, Fisioterapia.

ABSTRACT

Introduction: The developing childlike consisted at the ripening and in the skills neurological, physical, cognitive and affective of children, what can suffer changes and delays because some factors, such as prematurity. With that, across instruments of evaluation development, is possible quantify and help in intervention therapeutic. In Brazil, the Escala MotoraInfantil Alberta (AIMS), is the most used. Objectives: To review literature about the predictive factors which lead to developmental delay, besides the importance of its evaluation. Methodology: Literature review which contributing factors for delay of development neuropsychomotor (ADNPM), the relevance of early evaluation through the scale AIMS. Were used scientific articles published in indexed journals in the bases Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences (Lilacs) and Scientific Electronic Library Online (Scielo), in the period of 2005 the 2014. Results: 47 articles were found, but the criteria for inclusion have beem adopted in the study, only eight, being them, longitudinal/ crosse-sectional and published in Portuguese language. Final Considerations: The Brazil is a country with high rates of premature births and related studies about relationship with DNPM delay. Therefore, instruments able to assist in measurement and evaluatin of possible delays, collaborate on early intervention. The AIMS showed if an instrument of high realiability and applicability due to your easy implementation and low cost. However, your validation has not been effected in the country.

Key Words: Child, prematurity, physiotherapy

INTRODUÇÃO

1 Graduandas do curso de Fisioterapia da Universidade Braz Cubas – UBC.

2 Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia aplicada às Doenças Neuromusculares pela UNIFESP, docente da UBC e Orientadora de Conteúdo.

3 Mestre em Ciências do movimento, Orientadora Metodológica curso de Fisioterapia UBC

4 Mestrado em Desenvolvimento Humano e Educação pela Universidade Estadual de Campinas, Brasil(2001). Membro do Comitê de Ética em Pesquisa - CEP da Universidade Braz Cubas , Brasil

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O desenvolvimento infantil tem início na vida intrauterina e envolve aspectos como o amadurecimento neurológico, o crescimento físico, e as obtenções das habilidades motora, afetiva, cognitiva, e social da criança1, constituindo os primeiros anos de vida.

É caracterizado pelas aquisições nas habilidades motoras, que são diretamente relacionadas e adquiridas com a interação e a reciprocidade entre o ambiente em que o indivíduo está inserido e os demais indivíduos com quem convive. Ocorrem várias alterações na conduta motora, que elevam a partir da relação de fatores biológicos e ambientais, e acontecem devido a quatro fatores: adaptação, maturação, crescimento e aprendizagem. As habilidades na realização das atividades diárias são adquiridas, se tornam diversificadas e complexas ao longo da vida. 2,3 ,4,5

O período que ocorre a maior progressão cerebral é entre o sexto mês de gestação até mais ou menos dois anos de vida, porém, o primeiro ano de vida tem uma alta progressão no seu repertório motor. Sendo assim, as alterações e anormalidades presentes nessa fase podem comprometer as funções motoras à criança permanentemente3,6. As transições não decorrem apenas no amadurecimento do Sistema Nervoso Central (SNC), como se imaginava nos primeiros estudos de desenvolvimento motor.

Os três principais tipos de condições de risco para o desenvolvimento motor atípico de uma criança são: desordens médicas definidas, decorrentes aos problemas genéticos; risco biológico, referentes aos acontecimentos pré, peri e pós-natais que podem resultar no aumento dos riscos no prejuízo do desenvolvimento; e por fim, o convívio em um ambiente precário, com poucos recursos, que contribuem diretamente nesse atraso. 6

No nordeste brasileiro, devido a fatores socioeconômicos e menor desenvolvimento social referente a outras regiões do Brasil, há uma concentração maior de lactantes com baixo peso. A desnutrição, hipertensão, álcool e drogas, podem acarretar diretamente na prematuridade, que é um importante fator contribuinte para alterações e prejuízos no processo do desenvolvimento neuropsicomotor. 6,7

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), considera se um lactante prematuro, quando nascimento ocorre com idade gestacional inferior 37 semanas (pré -termo). A prematuridade é a segunda causa de morte de crianças com menos de cinco anos e o Brasil está entre os dez países com maior número de nascimentos prematuros no mundo.8

Os bebês pré-termo são mais vulneráveis ao atraso de desenvolvimento motor, pois a prematuridade interrompe os processos de maturação do cérebro, o que pode levar a alterações estruturais e de forma anatômica, trazendo como resultado incapacidades funcionais, comportamentais e cognitivas. A criança prematura que não apresenta sequelas graves no nascimento, não está isenta de evoluir déficits neuropsicomotor como prejuízos de memória, coordenação visomotora e na linguagem durante o seu crescimento.10,11

A intervenção precoce é indispensável, uma avaliação motora cautelosa, sistematizada através de testes de triagem do desenvolvimento, com o auxílio de escalas de avaliação motora confiáveis, é possível quantificar possíveis déficits no desenvolvimento motor do prematuro 4,6,9. No Brasil o desafio do diagnóstico precoce de alterações no desenvolvimento motor é agravado pela escassez de dados normativos e de instrumentos de avaliação padronizados e validados para a primeira infância, e por muitos não serem validados são utilizados no diagnóstico terapêutico.

Alguns instrumentos de avaliação do desenvolvimento são de grande importância para quantificar e padronizar as intervenções terapêuticas. Dentre as quais se destaca Escala Motora Infantil Alberta (AIMS), refere se a uma medida observacional da performance motora infantil ampla que aborda conceitos do desenvolvimento motor.12

A Escala AIMS é um instrumento de avaliação capaz de diagnosticar e quantificar os atrasos no desenvolvimento infantil, em crianças recém-nascidas a termo e pré termo, entre 38 semanas de idade gestacional, até 18 meses de vida ou marcha independente. Seu principal objetivo e avaliar o sequenciamento do controle motor nas quatro posturas. É utilizada pelos profissionais de saúde no Brasil. 13,14

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A AIMS foi desenvolvida e validada no Canadá, em 1994, na Universidade Alberta. Pipper e outros colaboradores validaram a escala através de uma amostra com 506 crianças, identificando o desempenho e anormalidades motoras em comparação com um grupo normativo. Já no Brasil, o estudo de validação foi realizado com 46 lactentes, com idade entre 0 e 18 meses em correlação com a Bayle Scale sof Infant Development, o qual indicou alta concordância entre as escalas (r=0,95)5, 14

São objetivos dessa escala dar informações para o médico e para os responsáveis sobre as atividades motoras dos bebês que já estão maduras, que estão se desenvolvendo e também aquelas que não fazem parte do repertório; Reconhecer os bebês cujo desempenho motor esteja atrasado ou anormal em relação ao que se considera normal; Medir mudanças no desempenho motor que, por serem sutis, possivelmente não são detectadas; Quantificar o desempenho motor ao longo do tempo ou antes e depois da intervenção e atuar como instrumento de pesquisa apropriada para avaliar a eficácia do programa de reabilitação para bebês com distúrbios motores.15

A escala é considerada um instrumento de avaliação dinâmico, pois avalia o desenvolvimento da criança sem manipulações ou avalições referentes a reflexos e reações, possibilitando a criança demonstrar suas aquisições conquistadas de forma independente. O foco da avaliação consiste nas habilidades adquiridas pelo bebê em diferentes situações gravitacionais, além de descarga de peso, postura e movimentos antigravitacionais, demonstrando assim, a sua evolução, independente do seu diagnóstico ou prognóstico. Além disso, outro fator positivo da AIMS, é que a escala fornece um escore total, permitindo o controle da evolução ou regressão do quadro motor da criança. 14

A administração do teste envolve uma avaliação de observação com o mínimo de manuseio. O examinador intervém minimamente na avaliação, pois somente é permitido segurar a criança em ortostatismo, sentada e fazer estímulos que desencadeiem movimentações espontâneas, além das mudanças posturais, utilizando brinquedos. 4,13,14

É utilizada em bebês desde o nascimento (40 semanas pós concepção) até a idade da locomoção independente (0 a 18 meses). O teste inclui 58 itens, dispostos em quatro posições: supino, prono, sentada e em pé. A distribuição dos itens é a seguinte:

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21 em prona, 9 em supino, 12 posições sentada e 16 em pé. Para cada item, certos descritores-chave que são identificados necessitam ser observados para que o bebê passe no item. E cada item descreve três aspectos do desempenho motor: sustentação de peso, postura e movimentos antigravitacionais.15

A aplicação da escala requer que o terapeuta pontue cada item observado em cada postura (1 ponto para cada item). Caso um item não seja observado, porém, mas a criança esteja num item mais maduro, os itens anteriores deverão ser computados. No sentido horizontal da escala, o nível de dificuldade das posturas aumenta. A pontuação final, é a soma dos pontos em cada um dos itens de cada decúbito. Quanto maior a pontuação melhor o desenvolvimento motor.15

Segundo Pipper & Darrah (1994), para calcular a pontuação de cada posição da criança é necessário: “O uso de classificação percentil deve ser feito com cautela

porque mudança na pontuação bruta pode resultar em uma grande mudança na percentil de classificação. O teste baseia- se em medir as habilidades comparadas com

crianças da mesma idade, por isso, não deve ser considerada um diagnóstico.” 4,5

A AIMS apresenta alta confiabilidade nas suas propriedades psicométricas. Sua especificidade é de 65,5% aos 8 meses. Porém, há uma necessidade de estudos específicos para verificar suas propriedades psicométricas e a confiabilidade em crianças brasileiras. Não há necessidade de treinamento para que possa ser aplicada, mas o terapeuta precisa de domínio no conhecimento sobre o desenvolvimento infantil 2,5, 16

Atualmente, no Brasil, a escala AIMS tem uma grande utilidade na rede pública para avaliação de prematuros, além de quantificar o efeito de um ambiente saudável no desenvolvimento motor de uma criança. Permite descrever o perfil do desenvolvimento para crianças com Síndrome de Down. É o instrumento de avaliação no desenvolvimento motor infantil mais utilizada pelos terapeutas no país 7,9

OBJETIVOS

Realizar uma revisão de literatura sobre a avaliação do atraso DNMP por meio da AIMS.

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MATERIAIS E METÓDO

Foi realizada uma revisão bibliográfica em nível nacional, com levantamentos dos fatores que contribuem para o atraso no DNPM e sobre a relevância da avaliação motora pela Escala Motora Infantil Alberta, sendo que foram considerado artigos científicos publicados em revista indexada nas base Medical Literature Analysis and Retrieval System Online ( Medline), Literatura Latina Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e Scientific Electronic Library Online (Scielo).

Os critérios de inclusão foram, artigos na língua portuguesa, no período de 2005 a 2014, experimentais (estudos longitudinais/transversais). Foram utilizados como descritores: Desenvolvimento Infantil, Prematuridade e Fisioterapia.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Foram localizados 47 artigos, mas pelos critérios de inclusão foram adotados no estudo, apenas oito. Ambos abordam a aplicabilidade da Escala Motora Infantil Alberta, com demonstração da sua aplicação e validação no Brasil e os resultados apresentados; Foram organizados por meio de tabela, de maneira cronológica.

Artigo Revista/Ano Metodologia Conclusão

Desempenho motor de prematuros durante o primeiro

ano de vida na Escala Motora Infantil de Alberta (AIMS) 17

Mestrado apresentado à Faculdade de Medicina da PUCRS 2005 Estudo transversal, envolvendo 44recem nascidos prematuros internados no Hospital São Lucas da PUCRS.

Observou-se um nítido aumento dos escores da AIMS ao longo dos momentos

de observação.

Influência de práticas maternas no desenvolvimento motor de lactentes do 6º aos 12º meses de

vida 19

Revista Brasileira de Fisioterapia/2006

Estudo realizado com 14 lactentes, nascidos a

termo e saudáveis, avaliados pela AIMS, no 6º,9º e 12º meses de vida.

Os resultados obtidos sugerem que as práticas que estimulam a adoção da postura

influenciam positivamente o desenvolvimento motor de lactentes saudáveis a partir do 6º mês de vida. TABELA 1: CARACTERÍSTICAS DOS ARTIGOS PESQUISADOS

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Avaliação do desenvolvimento motor em crianças de 0 a 18 meses de idade com baixo peso

6

Revista Baiana de Saúde Pública/2009

Amostra com 30 crianças, sendo 15 do Grupo A (peso normal) e

15 do Grupo B (baixo peso), nascidas em Centros de Saúde Pública

de Jequié.

Concluiu se que, o peso normal ou levemente baixo, não resultaram em atrasos no desenvolvimento motor . Porém, o baixo

peso moderado e grave, demostrou tal relação.

Análise do desenvolvimento motor de crianças de 0 a 18

meses de idade: representatividade dos itens da Alberta Infant Motor Scale por faixa etária e postura 18

Revista Brasileira Crescimento Desenvolvimento Humano/2010 Estudo transversal observacional que avaliou através da AIMS,516 crianças na região Sul-Rio-Grandense.

A AIMS mensurou a sequência progressiva do aparecimento de habilidades motoras,

porém, algumas crianças obtiveram resultados inferiores ao esperado para

idade.

Escala motora infantil de Alberta: validação para uma

população gaúcha 13

Revista Paul Pediatra 2011

Aplicação da AIMS em 561 criança, alunos das

escolas públicas e pacientes nas unidades básicas de saúde do Rio

Grande do Sul.

Apresentou uma ótima confiabilidade, e possui poder descritivo.

Curvas de referência da Escala Motora Infatil de Alberta: percentis para descrição clinica

e acompanhamento motor ao longo do tempo. 21

Jornal de Pediatria/ 2012

795 crianças de uma unidade básica de saúde

do Rio Grande do Sul.

A escala possui confiabilidade, e as crianças apresentaram padrões não lineares motores mas que não necessariamente trata

se de um atraso motor.

Confiabilidade Intraclasse da Alberta Infant Motor Scale a

versão brasileira 20 Revista Escola Enfermagem USP/ 2013 Estudo metodológico e quantitativo, com 50 crianças ( 24 meninas e 26 meninos) na unidade neonatal da maternidade de Fortaleza.

Conclui-se que, a escala é confiável, além de sugerir a aplicação nas demais regiões

brasileiras.

Avaliação do desenvolvimento motor crianças prematuras na cidade do Vale do Rio dos Sinos 4

Revista Destaques Acadêmicos/2014

Aplicação da escala AIMS em dez bebês prematuros, em hospital do Vale dos Sinos.

Através da AIMS notou se que o desempenho motor dos prematuros estudados foi normal e compatível para suas respectivas faixas etárias.

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De acordo com os resultados desse estudo é possível constatar a relevância da avaliação precoce, a fim de minimizar e quantificar atrasos no DNPM. Reis e cols 6 citam como fatores de risco, crianças com intercorrências ou histórico peri, pré ou pós natais, dentre elas, a prematuridade. Para Rocha e cols11,, o nascimento prematuro interrompe os processos de maturação do cérebro, o que pode levar alterações estruturais.

Maia e cols 3 ressaltam que durante o primeiro ano de vida, há uma alta progressão no desenvolvimento motor, por isso, através da intervenção precoce, é possível quantificar possíveis alterações na caracterização motora, por meio de instrumentos avaliativos adequados. Para Moreira e cols4, a identificação das disfunções permite que o fisioterapeuta atue de maneira direcionada, facilitando o tratamento e recomendações para os pais, médicos e cuidadores de maneira antecipatória, para um planejamento futuro. Os dados obtidos são fundamentais para nortear medidas, a fim de minimizar complicações e incapacidades, adequadas e convenientes à situação de cada criança.

Atualmente, os instrumentos capazes de avaliar possíveis atrasos no DNPM, validados e padronizados para a população infantil brasileira, são escassos. Algumas escalas para avaliação motora grossa são utilizadas para mensurar a psicomotricidade infantil, porém, não são de fácil acessibilidade para os terapeutas. Entretanto, Rodrigues e cols 12, destacam aAlberta Infant Motor Scale (AIMS), que é frequentemente utilizada, devido a sua base teórica e praticidade na aplicação.

Com relação a escala AlMS, há controversas referente a sua validação e efetividade. De acordo com Raquel e cols 18, a Alberta Infant Motor Scale, embora ainda não seja validada no pais, tem sido frequentemente utilizada, porém , apresenta descontinuidade na intensidade dos níveis de dificuldade nas diferentes idades . Manacero e cols. 17 , Valetia e cols 13 , Saccani cols21 e Silva cols 20 ,definiram a escala como útil, confiável, válida e estável se comparada outras escalas utilizadas como, Bayley Motor Scale e a Peabody Developmental Motor Scale, evidenciados que os dados obtidos em ambas as escalas são semelhantes.

Enfim, há uma concordância entre aos autores em relação a importância da intervenção precoce com o auxílio da AIMS. Ambos a utilizaram como instrumento de

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avaliação nos estudos apresentados, destacando a sua eficácia, fácil aplicabilidade, confiabilidade e manuseio.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Brasil é um pais com altos índices de nascimentos prematuros e estudos relacionam tal relação com o atraso no DNPM. Portanto, instrumentos capazes de auxiliar na mensuração e avaliação de possíveis atrasos, colaboram na intervenção precoce dessas crianças. A AIMS mostrou se um instrumento de alta confiabilidade e aplicabilidade, a fim de quantificar possíveis atrasos DNPM devido a sua fácil aplicação e baixo custo, porém, sua validação ainda não foi efetivada no pais. Diante disso, se faz necessário um estudo capaz de validar a escala para crianças de 0 a 18 meses na população brasileira.

REFERÊNCIAS

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Referências

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