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Boletim Educação Empreendedora Nº 14

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Academic year: 2021

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Boletim Educação Empreendedora

Nº 14

NOTÍCIA

Cenário Ensino Médio

O segundo episódio da série Destino Educação: Escolas Inovadoras, realizada pelo Canal Futura em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), apresenta a Bath Studio School, escola pública da cidade de Bath, na Inglaterra. Com uma abordagem bem diferente das escolas tradicionais, ela alia o ensino de disciplinas básicas, como inglês e matemática, com conhecimentos fundamentais do mercado de trabalho. Por meio de projetos empreendedores, em ambientes que reproduzem o que o jovem encontrará no dia a dia profissional, a escola estimula os cerca de 130 alunos a desenvolver habilidades e a criar novas ideias. Além disso, parcerias são desenvolvidas com empresas locais para que os estudantes possam fazer estágios e colocar em prática os conhecimentos adquiridos. Para fazer a série Destino Educação: Escolas Inovadoras, foram visitadas doze instituições de ensino de nove países - Argentina, Brasil, Colômbia, Dinamarca, Estados Unidos, Finlândia, Holanda, Índia e Inglaterra - que reinventaram suas práticas pedagógicas, currículo escolar, infraestrutura, entre outros aspectos, para motivar uma aprendizagem mais dinâmica, conectada com seu entorno e próxima da realidade dos estudantes. Em formato de documentário, a série terá 13 episódios, cada um com 52 minutos. Cada um deles é dedicado a uma instituição de ensino e o último apresenta todas as instituições da série, com o objetivo de refletir sobre as iniciativas de inovação no ambiente escolar.

Fonte: Escola inglesa associa ensino tradicional a técnicas de empreendedorismo (Agência CNI de Notícias, 09 setembro 2016).

Cenário Ensino Superior

A paulistana Letícia Passarelli tinha 23 anos quando decidiu transformar uma necessidade em ideia de negócio. Ela juntou-se a dois amigos e fundou o Let’s Park, um aplicativo que indica localização, preço e horário de funcionamento dos estacionamentos nos arredores do usuário. Em meses, conquistou milhares de usuários, o suficiente para chamar a atenção da fabricante de automóveis Ford, que adotou a tecnologia nos sistemas de GPS de seus veículos. Hoje, o serviço funciona em seis países e atrai a atenção de investidores. Se Letícia morasse em San Francisco ou Boston, nos Estados Unidos, é provável que sua ideia fosse colocada em prática dentro de alguma universidade, o caminho natural para jovens estudantes com veia empreendedora. No Brasil, Letícia, que na época estudava administração numa universidade renomada do ABC paulista, preferiu recorrer à experiência da família – o pai é empresário. “Na faculdade, lembro de um único professor que nos ensinou a elaborar um plano de negócios, algo básico para quem quer empreender”, diz. Letícia e estudantes como ela motivaram um estudo recente realizado pela Endeavor e pelo Sebrae. A pesquisa ouviu mais de 2 mil alunos e 680 professores em 70 instituições de ensino. Concluiu que faltam, nas universidades brasileiras, infraestrutura e conteúdo que capacitem jovens dispostos a criar seus próprios negócios. O estudo mostrou que apenas 35% dos estudantes brasileiros se dizem satisfeitos com o que as universidades oferecem. Já entre os professores, 65% consideram a estrutura satisfatória – um descompasso evidente. Como uma das consequências, a universidade não é a referência para esses jovens. A reclamação geral é que os cursos têm muita teoria e pouca prática. Pior: oferecem muita motivação e pouca orientação concreta, como estudos de casos e informação financeira e jurídica. A falta de disciplinas mais práticas e de professores com experiência se une à falta de ambição de boa parte dos alunos. Do pequeno grupo de estudantes entrevistados que disse empreender, apenas 4% acham que têm

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um produto ou serviço inédito no Brasil. Para o biólogo Fernando Reinach, doutor pela Cornell University Medical College, executivo do fundo de investimentos Pitanga e ex-empresário, não é necessário ensinar ao aluno conteúdo relacionado à abertura de empresas. Ele lembra que o MIT se dedica a formar especialistas, gente disposta a passar cinco anos mergulhada num assunto sem ter a certeza de que aquilo vai gerar lucro. O incentivo principal é criar algo novo. Isso atrai outros interessados, como potenciais investidores. Cabe à universidade orientar e ajudar a conectar os parceiros. O distanciamento entre a academia e o mercado, ainda forte no Brasil, tende a perder força com a aprovação do Marco Legal da Inovação, que ocorreu no início do ano. Com ele, finalmente, o professor universitário poderá ter participação acionária em negócios e mesmo assim trabalhar em uma instituição de ensino pública, algo antes proibido. Em países como Estados Unidos, Israel e Coreia do Sul, isso já é permitido há muito tempo.

Fonte: Universidades brasileiras falham no ensino de empreendedorismo (Época, 23 outubro 2016).

Pesquisa inédita no Brasil mostra quais são as instituições de ensino superior que mais incentivam o empreendedorismo no país. O estudo, realizado pela Brasil Júnior (entidade que congrega 311 empresas juniores em todo o Brasil) com o apoio da consultoria McKinsey, foi efetuado entre maio e setembro de 2016, ouviu 5.975 estudantes e 318 professores em 43 universidades. Foram avaliadas apenas instituições que podem ser consideradas universidades, segundo os critérios do Ministério da Educação: conteúdo intelectual relevante, programas de mestrado e doutorado e um terço do corpo docente com títulos de mestres e doutores. Por isso, faculdades como Fundação Getulio Vargas e Insper, relevantes no cenário empreendedor, ficaram de fora. Para medir o nível de incentivo ao empreendedorismo, foi necessário criar indicadores confiáveis. A definição foi criada a partir de uma pesquisa feita com universitários de todo o país. De acordo com os resultados, concluiu-se que uma universidade empreendedora deveria ter notas altas nas seguintes categorias: cultura empreendedora, inovação, extensão (redes de contatos), infraestrutura, internacionalização e capital financeiro. Ficou com a USP (Universidade de São Paulo) o posto de universidade mais empreendedora do Brasil. No quesito infraestrutura, contaram pontos a presença do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, uma das principais incubadoras do país; a Pró-Reitoria de Pesquisa, que coordena a iniciação científica; e a Agência USP de Inovação, responsável pela criação da Bolsa Empreendedorismo, para alunos que queiram estudar no exterior. A USP também registrou mais de cem patentes, desde 2014, e foi a primeira do país a oferecer um mestrado em empreendedorismo. Segundo Pimentel, diretor da Brasil Júnior, “Quando olhamos para as vencedoras, percebemos que há iniciativas interessantes, mas nenhuma pode servir de modelo”. Falta uma proposta integrada, que conecte academia, empresas, poder público e sociedade.

Fonte: As 10 universidades mais empreendedoras do Brasil (Pequenas Empresas & Grandes Negócios,

novembro 2016). Veja anexo.

EVENTO

Com o objetivo de ampliar as discussões sobre o tema educação empreendedora, a Escola de Negócios Sebrae-SP Alencar Burti promoveu no dia 27 de outubro a 3ª edição do Simpósio de Educação Empreendedora. A programação foi composta por cinco painéis de debate com especialistas da área. O professor da USP Marcos Barretto, coordenador acadêmico do programa Academic Working Capital participou do terceiro painel do evento, que teve como tema “Ecossistema empreendedor – contribuição das empresas para a educação empreendedora”. O painel também foi composto por Renan Prado, da área de Atração e Seleção do setor de recursos humanos da Natura, e mediado por José Marques, consultor da Escola de Negócios do Sebrae-SP Alencar Burti. Marcos falou um pouco de sua experiência como empreendedor e apresentou o programa AWC. Ele comentou sobre reflexões que estão acontecendo no âmbito universitário sobre mudanças nas estruturas curriculares e como isso tem levado a ações de incentivo ao empreendedorismo, como aconteceu com o AWC. “Nos cursos tradicionais, onde os currículos

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estão estruturados, a gente fala muito de análise e pouco de síntese. Isso significa que a gente pensa sobre o que acontece, mas não cria em cima, não sintetiza coisas novas”, afirmou. O próprio Trabalho de Conclusão de Curso - TCC não é aproveitado pelos alunos para além da vida acadêmica, segundo o professor. Por isso, a ideia do AWC é oferecer uma experiência diferente para que o estudante possa transformar seu TCC em algo útil, sair dos projetos e fazer, de fato, um produto.

Fonte: AWC participa de painel no 3º Simpósio de Educação Empreendedora (AWC Notícias, 28 outubro 2016).

ARTIGO

CHING, Hong Yuh; KITAHARA, José Renato. Propensão a empreender: uma investigação quantitativa baseada nas características empreendedoras de alunos do curso de administração. Revista de Ciências da

Administração, Florianópolis, v. 17, n. 43, p. 99-111, dez. 2015.

Resumo

O objetivo principal desta pesquisa é identificar e analisar as características comportamentais empreendedoras nos estudantes de uma Instituição de Ensino Superior (IES) da região metropolitana de São Paulo. Seus resultados foram comparados aos resultados obtidos em outros estudos correlatos realizados no Brasil. Como referencial teórico, foi utilizado o instrumento desenvolvido por McClelland com 10 características comportamentais. A pesquisa é aplicada quanto a sua natureza e com objetivo descritivo. A amostra vem de um grupo de alunos do curso de Administração de uma IES da Grande São Paulo. Uma análise quantitativa das respostas foi realizada. Os resultados mostram que as características mais desenvolvidas foram Estabelecimento de Metas e Comprometimento, enquanto as menos desenvolvidas foram Persuasão e Correr Riscos Calculados. As pontuações obtidas na classificação das características comportamentais desse estudo são similares às dos demais estudos correlatos. Uma contribuição diferenciada deste estudo é a proposição de um modelo matemático resultante da variável latente da Análise Fatorial, que representa o grau de disposição em empreender.

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Referências

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