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REGULAMENTO DE GESTÃO

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Academic year: 2021

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20 de Dezembro de 2007, conforme alterado em 21 de janeiro de 2016

Euro 198.100.681

REGULAMENTO DE GESTÃO

PARA

LUSITANO PROJECT FINANCE Nº 1 FTC

Com

Portucale, SGFTC, S.A.

(2)

Índice

Conteúdo Página

1 Definições ... 2

2 O Fundo ... 10

3 Âmbito ... 10

4 Comissões, Custos e Despesas ... 16

5 As Unidades de Titularização... 17

6 Sociedade Gestora ... 19

7 Deveres da Sociedade Gestora ... 20

8 Deveres do Depositário ... 21

9 Gestor de Créditos ... 21

10 Responsabilidade da Sociedade Gestora e do Depositário ... 21

11 Pagamentos do Fundo ... 21

12 Contas ... 23

13 Liquidação e Partilha ... 23

14 Regulamento de Gestão ... 24

(3)

1

Definições

No presente Regulamento, e salvo se do contexto claramente decorrer sentido diferente, os termos e expressões abaixo indicados terão o seguinte significado:

“Agências de Rating” significa a Fitch Ratings Limited e a Standard & Poor’s Ratings Services, a division of the McGraw-Hill Companies, Inc. e, “Agência de Rating” qualquer uma delas;

“Alterações Permitidas” tem o significado atribuído nas Cláusulas 3.16.1 e 3.16.2 deste Regulamento;

“Banco Domiciliário da Conta do Fundo” significa, desde 21 de Março de 2011, o Banco Espírito Santo, S.A. (actualmente, Novo Banco, S.A.), na sua qualidade de banco domiciliário da conta do fundo, nos termos do Contrato de Conta do Fundo;

“Novo Banco” significa o Novo Banco, S.A. (anteriormente Banco Espírito Santo, S.A.), uma instituição de crédito constituída de acordo com a lei da República Portuguesa, com sede na Avenida da Liberdade, n.º 195, 1250-142, em Lisboa, Pessoa Colectiva n.º 513 204 016, com o capital social de €4.900.000.000;

“Haitong Bank” significa o Haitong Bank, S.A. (anteriormente Banco Espírito Santo de Investimento, S.A.), uma instituição de crédito constituída de acordo com a lei da República Portuguesa, com sede na Rua Alexandre Herculano, n.º 38, em Lisboa, Pessoa Colectiva n.º 501 385 932, com o capital social de €326.269.000;

“Capital em Dívida” significa em relação a qualquer Empréstimo e em qualquer data, a soma de:

(a) o montante de capital inicialmente mutuado ao Devedor, mais

(b) quaisquer outras despesas, encargos ou custos, despesas na contratação de serviços jurídicos e custas judiciais, e quaisquer comissões que tenham sido capitalizados; menos

(c) quaisquer reembolsos dos montantes referidos acima nas alíneas (a) e (b).

“Capital Incorrectamente Aplicado” significa em relação a qualquer Empréstimo, os montantes relativos a capital vencidos e exigíveis a um Devedor antes da Data de Fecho, nos termos do respectivo contrato de Empréstimo, mas recebidos pelo Fundo apenas depois da Data de Fecho;

“CMVM” significa a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários;

“Cobranças” significa em relação a qualquer Empréstimo durante um Período de Cobrança, a soma de todas as cobranças em dinheiro e respectivas receitas recebidas por conta ou em nome do Fundo relativamente a cada um desses Empréstimos;

“Cobranças de Capital” significa a Parcela Relativa a Capital de quaisquer Cobranças recebidas pelo Fundo durante o Período de Cobrança imediatamente anterior;

“Cobranças de Juros” significa:

(a) a Parcela Relativa a Juros de quaisquer Cobranças recebidas pelo Fundo durante o Período de Cobrança imediatamente anterior; mais

(4)

(b) os Juros da Conta do Fundo durante o Período de Cobrança imediatamente anterior; e

(c) qualquer rendimento resultante de Investimentos Autorizados recebido durante o Período de Cobrança imediatamente anterior.

“Comissão de Depósito” significa a comissão devida ao Depositário no montante igual a 0,005 por cento por ano do saldo total de Capital em Dívida dos activos que integram o Fundo no início do respectivo Período de Cobrança e pago semestral e postecipadamente em cada Data de Distribuição do Fundo;

“Comissão de Gestão” significa a comissão devida à Sociedade Gestora num montante igual a 0,01 por cento, por ano, calculada sobre o valor líquido global do Fundo , no início do respectivo Período de Cobrança (como definido no Contrato de Gestão de Créditos) e pago semestral e postecipadamente em cada Data de Distribuição do Fundo;

“Comissão do Gestor dos Créditos” significa a comissão devida ao Gestor dos Créditos num montante igual a 0,1% (0,1 por cento) por ano do saldo total de Capital em Dívida no primeiro dia do Período de Cobrança relativamente a todos os Empréstimos, devida pelo Fundo em cada Data de Distribuição do Fundo, de acordo com a prioridade de pagamentos definida no Artigo 11 deste Regulamento;

“Comissão do Banco Domiciliário da Conta do Fundo” significa as comissões e despesas a realizar ao Banco Domiciliário da Conta do Fundo em relação aos serviços prestados (e às respectivas despesas) pelo Banco Domiciliário da Conta do Fundo, nos termos do Contrato de Conta do Fundo;

“Comissões, Encargos e Penalizações por Reembolsos Antecipados” significa em relação a qualquer Contrato de Empréstimo, (i) todas as taxas e comissões devidas pelo Devedor ao respectivo Originador e (ii) todos os encargos e penalizações relativos a reembolsos antecipados (permitidos ou por força de incumprimento) de quaisquer montantes devidos pelo Devedor;

“Conta do Fundo” significa a conta no Banco Domiciliário da Conta do Fundo, em nome do Fundo, através da qual as Cobranças são transmitidas pelo Gestor dos Créditos;

“Contrato de Conta do Fundo” significa o contrato relativo à Conta do Fundo entre o Fundo e o Banco Domiciliário da Conta do Fundo e Depositário, celebrado em 21 de Março de 2011;

“Contrato de Cessão de Créditos” significa o contrato de cessão de créditos celebrado na Data de Fecho entre os Originadores e o Fundo;

“Contrato de Depósito” significa o contrato de depósito celebrado na Data de Fecho entre a Sociedade Gestora e o Depositário em relação ao Fundo, conforme alterado em 21 de Março de 2011;

“Contrato de Empréstimo” significa cada contrato de mútuo, do qual emergem Créditos, celebrado entre o respectivo Originador e cada um dos respectivos Devedores e “Contratos de Empréstimo” significam os 5 contratos de mútuo dos quais emergem Créditos, celebrados entre o respectivo Originador e cada um dos respectivos Devedores, quando referidos no seu conjunto todos eles;

(5)

“Contrato de Gestão de Créditos” significa o Contrato de Gestão de Créditos celebrado na Data de Fecho entre o Gestor dos Créditos, o Emitente e a Sociedade Gestora actuando em representação do Fundo, conforme alterado em 21 de Março de 2011;

“Créditos” significa os direitos de crédito emergentes do Portfolio de Empréstimos adquirido pelo Fundo aos Originadores na Data de Fecho de acordo com o Contrato de Cessão de Créditos;

“Custos da Sociedade Gestora” significa quaisquer perdas, obrigações, danos, custos, decisões judiciais, despesas (incluindo pagamentos relativos à prestação de serviços legais) e penalizações exigíveis pela Sociedade Gestora ao Fundo, nos termos deste Regulamento, acrescido de juros corridos que acresçam num Período de Cobrança relativamente a esses montantes, nos termos das disposições deste Regulamento;

“Custos do Depositário” significa quaisquer perdas, obrigações, danos, custos, decisões judiciais, despesas (incluindo pagamentos relativos à prestação de serviços legais) e penalizações exigíveis pelo Depositário ao Fundo, acrescido de qualquer crédito que se tenha tornado exigível num Período de Cobrança relativamente a esses montantes;

“Data de Cobrança Semestral” significa o primeiro dia de Março e o primeiro dia de Setembro de cada ano, sendo a primeira Data de Cobrança Semestral no primeiro dia de calendário de 2008, se qualquer um desses dias não for um Dia Útil, a Data de Cobrança Semestral será no Dia Útil imediatamente seguinte;

“Data de Distribuição do Fundo” significa dois Dias Úteis antes de uma Data de Pagamento de Juros;

“Data de Fecho” significa 20 de Dezembro de 2007;

“Data de Maturidade das Unidades de Titularização” significa a Data Final de Maturidade;

“Data de Pagamento de Juros” significa dia 20 de Setembro e de 20 Março de cada ano, começando na primeira Data de Pagamento de Juros, caso esse dia não seja um Dia Útil, a Data de Pagamento de Juros será no Dia Útil imediatamente seguinte, salvo se esse dia for do mês seguinte, caso em que deverá ser designado o Dia Útil imediatamente anterior; “Data Final de Maturidade” significa a Data de Pagamento de Juros relativa a 20 Setembro de 2037;

“Depositário” significa o Novo Banco, S.A. (anteriormente Banco Espírito Santo), na sua qualidade de depositário de acordo com o Contrato de Depósito;

“Despesas Orçamentadas” significa em relação a uma Data de Distribuição do Fundo as Despesas do Fundo referidas no Artigo 4 deste Regulamento, cuja Sociedade Gestora prevê que sejam devidos e amortizáveis durante o período compreendido entre (mas incluindo) a Data de Distribuição do Fundo até (mas excluindo) a Data de Distribuição do Fundo seguinte;

“Detentores de Unidades de Titularização” significa as pessoas ou entidades, que a cada momento estejam registadas no registo guardado pela Sociedade Gestora e sejam titulares de Unidades de Titularização e “Detentor de Unidades de Titularização” significa cada um deles;

(6)

“Devedor” significa em relação a cada Empréstimo, o respectivo devedor ou devedores, ou outra pessoa ou pessoas, que está vinculado ou estão vinculados ao pagamento desse Empréstimo, incluindo qualquer garante desse devedor;

“Dia TARGET” significa qualquer dia em que o sistema Trans-European Automated Real-time Gross Settlement Express Transfer (“TARGET”) se encontra em funcionamento e disponível para processar transferências em Euros;

“Dia Útil” significa qualquer dia TARGET ou se esse dia TARGET não for um dia em que os bancos estejam abertos em Londres, Dublin e em Lisboa, o dia TARGET imediatamente subsequente em que os bancos estejam abertos em Londres, Dublin e em Lisboa;

“Direitos Acessórios” significa em relação a cada Empréstimo:

(a) qualquer documento necessário, por lei, para a transmissão ou execução desse Empréstimo, caso os direitos sejam transmissíveis;

(b) o direito e/ou titularidade do respectivo Originador a quaisquer Garantias Especiais que, por força da lei ou nos termos do Contrato de Empréstimo, garantam ou visem garantir quaisquer montantes resultantes do respectivo Empréstimo;

(c) os direitos resultantes de todas as obrigações, representações, declarações e indemnizações a favor do Originador do respectivo Empréstimo, incluindo (sem exclusão de quaisquer outros) os resultantes do respectivo Contrato de Empréstimo; e

(d) todos os direitos a iniciar processos judiciais (presentes e futuros) contra qualquer pessoa em relação a um Empréstimo, ao inerente Contrato de Empréstimo e respectivas Receitas, incluindo os poderes para executar e proteger os créditos, títulos e direitos em relação ao Empréstimo, ao inerente Contrato de Empréstimo e respectivas Receitas,

mas em cada caso excluindo os Direitos Excluídos;

“Direitos Cedidos” significa os direitos do respectivo Originador, nos termos do respectivo Contrato de Empréstimo, e as Receitas daí resultantes cedidas ao Fundo pelos Originadores, nos termos do Contrato de Cessão de Créditos, a ser interpretado em conformidade;

“Direitos Excluídos” significa em relação a cada Empréstimo e às respectivas Receitas: (a) a parte de qualquer garantia ou Ónus ou Encargo que garante o pagamento dos

créditos devidos nos termos do Contrato de Empréstimo pelo Devedor, que não são adquiridos pelo Fundo, nos termos do respectivo Contrato de Cessão de Créditos; e (b) quaisquer direitos relativos a (i) Comissões, Encargos e Penalizações por Reembolsos Antecipados ou (ii) a Capital Incorrectamente Aplicado, que, de outra forma, constituiriam Direitos Acessórios;

“Distribuição de Capital do Fundo” significa em qualquer Data de Distribuição do Fundo as Receitas de Cobranças de Capital como calculadas na Data de Cobranças Semestral imediatamente anterior a pagar nos termos do Artigo 11.2.4;

“Documentos do Fundo” significa o Contrato de Cessão de Créditos, o Contrato de Gestão de Créditos, o Contrato de Depósito, o presente Regulamento, o Contrato de Subscrição de Unidades de Titularização e o Contrato de Conta do Fundo;

(7)

“Empréstimo em Situação de Incumprimento” significa qualquer Empréstimo em relação ao qual o Gestor dos Créditos determine que se verificou um evento ou circunstância que se consubstancie num incumprimento do Empréstimo e relativamente ao qual o agente do mutuante desse Empréstimo notificou formalmente o Devedor, de acordo com o contrato de empréstimo, que todo ou parte do Empréstimo se considera imediata e antecipadamente vencido ou exigível a todo o tempo;

“Empréstimo” significa a soma de capital mutuado em dívida, nos termos de um Contrato de Empréstimo, relativa aos direitos transferidos para o Fundo, nos termos do Contrato de Cessão de Créditos, cujos detalhes se encontram estabelecidos no Anexo 6 (Fund Loan Portfolio) do Contrato de Cessão de Créditos, e “Empréstimos” significa todos eles;

“Empréstimo Recomprado” significa em relação a cada Período de Cobrança, um Empréstimo relativamente ao qual os Direitos Cedidos estão a ser ou foram comprados pelo respectivo Originador de acordo com a Cláusula 9 do Contrato de Cessão de Créditos (Breach of Fund Originators’ Loan Warranties), assim como qualquer outro Empréstimo recomprado e transferido durante um Período de Cobrança para o respectivo Originador ou Originadores, ou entidade do grupo Novo Banco por uma das formas previstas nos Documentos do Fundo;

“Energia” significa que o Empréstimo foi concedido com a finalidade de financiar:

(i) a exploração, em regime de serviço público, de uma rede de distribuição regional de gás natural, bem como a respectiva construção e manutenção das infra-estruturas; ou

(ii) construção e exploração de uma central para produção e fornecimento de energia térmica e eléctrica; ou

(iii) a construção e exploração de parques eólicos;

“Estádios” significa que o Empréstimo foi concedido com a finalidade de financiar a construção de um estádio de futebol.

“Evento de Liquidação da Sociedade Gestora” significa qualquer evento ou circunstância previsto numa disposição legal que dê origem a um processo de insolvência ou de liquidação involuntária da Sociedade Gestora;

“Fundo” significa o Lusitano Project Finance Nº 1, FTC, um fundo português de titularização de créditos, regido pela lei da Titularização de Créditos estabelecido com o objectivo de comprar o Portfolio de Empréstimos;

“Garantias Especiais” significa:

(a) qualquer garantia especial ou qualquer direito de efeito análogo (incluindo qualquer cessão de créditos em garantia, encargo, penhor, hipoteca, outro direito real, qualquer Ónus ou Encargo, um direito para iniciar um processo judicial ou qualquer outro direito do respectivo Originador, em cada momento, relativamente a um bem ou direito);

(b) os direitos sobre contratos, as declarações e garantias relativas a bens dados em garantia, acordos parassociais ou contratos de fiança;

(c) o direito a receber receitas no período subsequente ao contrato de concessão; (d) o direito a receber receitas emergentes de contratos de seguro; e

(8)

(e) direitos similares ou análogos aos referidos acima nas alíneas (a) a (d),

as garantias e os direitos supracitados, podem, a qualquer momento, ser detidos ou adquiridos pelo respectivo Originador, por um agente ou por terceiro em benefício do respectivo Originador, nos termos de qualquer Empréstimo;

“Gestor dos Créditos” significa Haitong Bank, na sua qualidade de gestor dos créditos nos termos do Contrato de Gestão de Créditos;

“Imobiliário” significa que o Empréstimo foi concedido com a finalidade de financiar, em regime de “project finance”, a operação de um centro comercial totalmente construído. “Investimentos Autorizados” significa qualquer investimento em Euros ou outro (i) que tenha um rating de, ou (em caso de conta bancária ou depósito a prazo) esteja depositado ou seja realizado com uma instituição com um rating mínimo igual a, no caso da S&P, A-1+ e, no caso da Fitch, F-1 para investimentos com uma data de maturidade inferior a 30 dias, F-1+ para investimentos com uma data de maturidade entre 30 a 365 dias e AAA para investimentos com uma data de maturidade superior a 365 dias, (ii) não seja adquirido por um montante superior ao seu valor nominal, (iii) cujo rendimento ou outro pagamento devido ao Fundo não seja sujeito a retenção na fonte ou a deduções por qualquer entidade administrativa, e (iv) preencha todas as orientações estabelecidas a cada momento, pelas Agências de Rating em relação a esses instrumentos, ou (iv) que não afectem os ratings estipulados pelas Agências de Rating, e que em caso de se vencerem ou (no caso de conta bancária) os montantes depositados sejam levantados, a todo o momento, sem penalizações, antes da Data de Distribuição do Fundo seguinte àquela a que o respectivo investimento é realizado;

“Juros da Conta do Fundo” significa o montante relativo a juros depositado na Conta do Fundo num determinado dia;

“Lei da Titularização de Créditos” significa o Decreto-Lei nº 453/99, de 5 de Novembro de 1999, alterado pelo Decreto-Lei nº82/2002, de 5 de Abril de 2002, pelo Decreto-Lei nº 303/2003, de 5 de Dezembro de 2003 e pelo Decreto-Lei nº 52/2006, de 15 de Março de 2006 e pelo Decreto-Lei n.º 211-A/2008, de 3 de Novembro de 2008;

“Notificação do Gestor dos Créditos” significa a entrega de um Servicer Termination Notice (como definido no Contrato de Gestão de Créditos) na sequência de um Servicer Event (como definido no Contrato de Gestão de Créditos);

“Ónus ou Encargo” significa:

(a) uma hipoteca, um encargo, um penhor, uma outra garantia real ou qualquer ónus ou encargo que garanta o cumprimento de uma obrigação por uma pessoa ou garantindo o cumprimento de uma obrigação a terceiro; mais

(b) qualquer outro tipo de atribuição de uma prioridade de pagamento a um credor (incluindo transferência de propriedade ou direito de retenção que tenha um efeito análogo).

“Originadores” significa o Novo Banco e o Haitong Bank ;

“Parcela Relativa a Capital” significa em relação a quaisquer Cobranças, nos termos de um Empréstimo:

(9)

(a) todas as Cobranças e montantes recebidos pelo Fundo em relação aos Empréstimos, respeitantes a capital recebido ou a receber a partir da Data de Fecho, incluindo reembolsos e pagamentos antecipados de capital;

(b) todas as Receitas de Liquidação de um Empréstimo;

(c) todas as Receitas de Recompra de Capital de um Empréstimo;

(d) todas as receitas recebidas da realização de um leilão de um Empréstimo, no caso deste se ter tornado um Empréstimo em Situação de Incumprimento, provenientes de um terceiro comprador, nos termos do Artigo 3.15 (Venda dos Empréstimos em Situação de Incumprimento); e

(e) qualquer outra Cobrança não classificada como Parcela Relativa a Juros ou Comissões, Encargos e Penalizações por Reembolsos Antecipados.

“Parcela Relativa a Juros” significa em relação a quaisquer Cobranças, nos termos de um Empréstimo:

(a) todos os juros recebidos e a serem recebidos desde, e incluindo, a Data de Fecho, devendo ser determinados em relação a cada Empréstimo, com base na taxa de juro especificada no respectivo Contrato de Empréstimo;

(b) todos os encargos resultantes do não pagamento pontual de um crédito (incluindo juros de mora) e encargos similares relativos a juros (excluindo Comissões, Encargos e Penalizações por Reembolso Antecipado), no âmbito do respectivo Empréstimo;

(c) quaisquer receitas provenientes de um Direito Acessório relativas a juros, no âmbito do respectivo Empréstimo;

(d) quaisquer montantes recebidos pelo Fundo, nos termos do Artigo 11 (Indemnity for Fund Loans Ceasing to Exist) do Contrato de Cessão de Créditos relativamente a um Empréstimo;

(e) quaisquer montantes recebidos pelo Fundo, nos termos do Artigo 15 (Set-off) do Contrato de Cessão de Créditos relativamente a um Empréstimo; e

(f) as Receitas de Recompra de Juros em relação ao respectivo Empréstimo.

“Período de Cobrança” significa cada período com início (e incluindo) numa Data de Cobrança Semestral e terminando (mas excluindo) na Data de Cobrança Semestral seguinte e, no caso de se tratar do primeiro Período de Cobrança, iniciando-se (e incluindo) na Data de Fecho e terminando (mas excluindo) no primeiro Período de Cobrança Semestral;

“Portfolio de Empréstimos” significa os Empréstimos de onde emergem os Créditos, os respectivos Direitos Acessórios e Receitas;

“Procedimentos Operacionais” significa os procedimentos operacionais aplicáveis ao Gestor dos Créditos e aos Empréstimos, nos termos do Contrato de Gestão de Créditos (incluindo os respectivos aditamentos e alterações);

“Processo de Execução” significa o exercício de direitos e garantias contra um Devedor em relação às obrigações do Devedor emergentes de cada Empréstimo em que aquele esteja em situação de incumprimento, nos termos do Contrato de Gestão de Créditos e dos Procedimentos Operacionais;

(10)

“Receitas” significa, em relação a um Empréstimo, todos os créditos, títulos e direitos do respectivo Originador nos termos (i) desse Empréstimo, e (ii) do respectivo Contrato de Empréstimo, incluindo (sem exclusão de qualquer outro) os Direitos Acessórios, e os direitos do Fundo em receber a Parcela Relativa ao Capital e a Parcela Relativa aos Juros devida nos termos do respectivo Empréstimo;

“Receitas da Liquidação” significa em relação a um Empréstimo em Situação de Incumprimento, as receitas líquidas da realização desse Empréstimo em Situação de Incumprimento, na sequência de um Processo de Execução;

“Receitas de Cobranças de Capital” significa em qualquer Período de Cobrança Semestral, a soma da:

(a) Parcela Relativa a Capital de cada Cobrança recebida pelo Fundo durante o Período de Cobrança imediatamente anterior; menos

(b) qualquer pagamento referido no Artigo 11.2.2 e realizado no Período de Cobrança imediatamente anterior da Parcela Relativa a Capital;

“Receitas de Cobranças de Juros do Fundo” significa em qualquer Período de Cobrança Semestral, a soma da:

(a) Parcela Relativa a Juros recebida pelo Fundo durante o Período de Cobrança imediatamente anterior; mais

(b) os Juros da Conta do Fundo durante o Período de Cobrança imediatamente anterior;

menos as Despesas Orçamentadas e os pagamentos referidos no Artigo 11.2.2 e realizados no Período de Cobrança imediatamente anterior da Parcela Relativa a Capital; “Receitas de Recompra de Capital” significa em relação a cada Empréstimo Recomprado e a cada Período de Cobrança, o valor do Capital em Dívida desse Empréstimo Recomprado;

“Receitas de Recompra de Juros” significa em relação a cada Empréstimo Recomprado e a cada Período de Cobrança, o valor dos juros relativos à Data de Distribuição do Fundo imediatamente seguinte ao fim desse Período de Cobrança e relativamente ao respectivo Empréstimo;

“Regulamento” significa o presente Regulamento de Gestão;

“Sociedade Gestora” significa a Portucale, S.G.F.T.C., S.A., uma sociedade gestora de fundos de titularização de créditos, com sede na Avenida Álvares Cabral, n.º 41, Lisboa, Portugal;

“Taxa de Supervisão” significa a taxa de supervisão devida, mensalmente, de 0,0067 por mil, no valor mínimo de €100 e valor máximo de €10.000, a ser paga à CMVM, de acordo com a Portaria nº 913-I/2003, de 30 de Agosto, a ser calculada e paga, mensalmente, sobre o valor líquido global do Fundo no último dia de cada mês e qualquer outra taxa sobre o valor dos activos que integram o Fundo e que possa ser aplicável no futuro em Portugal. “Unidades de Titularização” significa as unidades de titularização a serem emitidas pelo Fundo e “Unidade de Titularização” significa cada uma delas;

“Valor Nominal Inicial” significa o montante nominal das Unidades de Titularização no momento da Data de Fecho, de € 198.100.681;

(11)

1.1 Os termos definidos no singular podem ser usados no plural, e vice-versa, com a correspondente alteração de significado.

2

O Fundo

2.1 Descrição

O Fundo é um património autónomo, pertencente a um ou mais detentores, no regime especial de comunhão previsto na Lei da Titularização de Créditos.

2.2 Não responsabilidade do Fundo

O Fundo não responde em caso algum pelas dívidas dos Originadores, dos Detentores de Unidades de Titularização, do Depositário, do Gestor dos Créditos ou da Sociedade Gestora.

2.3 Termo

O Fundo constitui-se por um prazo de 30 anos e foi devidamente autorizado pela CMVM por deliberação emitida em 20 de Dezembro de 2007.

2.4 Património Fixo

O Fundo é dotado de património fixo. 2.5 Representação da Titularidade

Os participantes são titulares do património do Fundo em regime especial de comunhão através de Unidades de Titularização, as quais estão sujeitas ao presente Regulamento, Lei da Titularização de Créditos e à restante legislação portuguesa.

2.6 Amortização das Unidades de Titularização

O valor nominal das Unidades de Titularização será amortizado, na sua totalidade, na Data de Maturidade das Unidades de Titularização. No entanto, o valor nominal das Unidades de Titularização será obrigatoriamente reembolsado em cada Data de Distribuição do Fundo por um montante correspondente às Receitas de Cobrança de Capital disponível para esse fim, conforme estipulado no Artigo 11 (Pagamentos do Fundo).

3

Âmbito

3.1 Âmbito

O Fundo constitui-se para que os Detentores de Unidades de Titularização invistam nos Créditos, nos termos da política de investimento prevista no Artigo 3.4 deste Regulamento.

3.2 Perfil de Risco

Considerando a política de investimento referida no Artigo 3.4, o risco geral associado ao Fundo dependerá do risco associado aos Créditos adquiridos.

(12)

A solvabilidade ou rentabilidade do Fundo e o cumprimento dos Créditos integrados no Fundo não é garantida ou assegurada pelos Originadores, pela Sociedade Gestora, pelo Depositário ou pelo Gestor dos Créditos.

3.4 Política de Investimento

A política de investimento do Fundo consiste na aquisição, aos Originadores dos Créditos, nos termos do Contrato de Cessão de Créditos.

3.5 Montante dos Investimentos

O Capital em Dívida dos Créditos é de € 196.630.968. O Capital em Dívida dos Créditos tem a seguinte alocação:

3.5.1 Sector: (i) Energia – 74,1%; (ii) Estádios – 5,8%; e (iii) Imobiliário – 20,1%. 3.5.2 data de maturidade: (i) entre 2001 e 2015 – 6,0%; (ii) entre 2015 e 2020 – 25,9%; e (iii) entre 2020 e 2025 – 68,0%. 3.5.3 Originador

(i) BES (actualmente, Novo Banco, S.A.) - 66% (ii) BESI (actualmente, Haitong Bank, S.A.) - 33% 3.6 Transmissão dos Créditos

Os Créditos (vencidos ou não vencidos) não podem ser transmitidos pelo Fundo, excepto em determinadas circunstâncias em que um Empréstimo se tenha tornado um Empréstimo em Situação de Incumprimento, nos termos do Artigo 3.15 deste Regulamento, ou quando transmitido a um Originador por desconformidade com uma declaração ou garantia, nos termos do respectivo Contrato de Cessão de Créditos.

3.7 Graduação dos Créditos

O pagamento e reembolso das obrigações dos Devedores ao abrigo dos Créditos, são em alguns casos, garantidos por vários tipos de garantias especiais, incluindo hipotecas.

3.8 Características dos Contratos de Empréstimo Cada um dos Contratos de Empréstimo:

3.8.1 pode ser segregado e identificado nos registos do respectivo Originador;

3.8.2 foi devidamente celebrado pelo(s) respectivo(s) Devedor ou Devedores e

constituí obrigações lícitas, válidas, vinculativas e exigíveis do(s) mesmo(s), podendo ser executado nos seus termos;

(13)

3.8.3 requer o pagamento antecipado de capital e juros com uma periodicidade mensal, trimestral, semestral ou anual;

3.8.4 tem, na Data de Fecho, um Capital em Dívida, pelo menos igual a €1

milhão;

3.8.5 cumpre os critérios do portfolio estabelecidos no Contrato de Cessão de

Créditos;

3.8.6 foi celebrado em nome e por conta do respectivo Originador;

3.8.7 não foi revogado, incumprido ou resolvido, assim como nenhuma das suas

disposições foi revogada, incumprida ou resolvida pelo respectivo Originador ou Devedor;

3.8.8 tem sido executado com o devido cuidado e diligência, nos termos dos

Procedimentos Operacionais (tal como definidos no Contrato de Gestão de Créditos) e, até (e incluindo) à Data de Fecho, os Empréstimos têm sido geridos nos mesmos termos que todos os outros empréstimos (com características semelhantes às desse Empréstimo), concedidos, detidos e geridos pelo Originador; e

3.8.9 é livremente transmissível, nos termos da lei portuguesa, através da

cessão do Originador ao Fundo, sem necessidade de consentimento. 3.9 Característica dos Empréstimos

Cada um dos Empréstimos:

3.9.1 cumpre os Critérios do Portfolio;

3.9.2 foi celebrado pelo respectivo Originador no exercício corrente da suas

actividades de project finance, de acordo com as práticas habituais em termos comercias “arm’s length” e nos termos das leis aplicáveis;

3.9.3 é da exclusiva titularidade do Originador e encontra-se livre de qualquer

ónus e encargo, não havendo qualquer ónus e encargo sobre ou que afecte os Direitos Cedidos de qualquer deles;

3.9.4 e a respectiva garantia real (se houver) é da titularidade do Originador, que

cumpriu todas as formalidades exigíveis para adquirir essa titularidade ou esses passos estão a ser adoptados com a devida diligência e todos os custos e comissões inerentes foram devidamente pagos;

3.9.5 tem associadas (caso existam) garantias reais validamente constituídas;

3.9.6 não está sujeito a qualquer disposição relativa a diferimento de juros;

3.9.7 não é, nem a celebração do Contrato de Cessão de Créditos o tornará

inexigível, no todo ou em parte, ou sujeito a qualquer garantia, direito de resolução, compensação, subordinação de créditos, direito de retenção, pedido reconvencional ou qualquer outro meio de defesa e, o Originador pode ceder os Direitos Cedidos sem incumprir qualquer termo ou condição aplicável a qualquer um desses Direitos Cedidos;

(14)

3.9.8 tem todas (e não apenas algumas) as Receitas resultantes do respectivo Empréstimo incluídas no Portfolio de Empréstimos, na Data de Fecho ou em momento posterior;

3.9.9 tem registos, que foram criados pelo, e são mantidos na posse do

respectivo Originador;

3.9.10 não está sujeito a restrições relativas à sua transmissão por cessão, para a

qual não tiverem sido obtidos os consentimentos necessários, nos termos do respectivo Contrato de Empréstimo ou de lei portuguesa;

3.9.11 não requer a realização de mais nenhum pagamento pelo Originador ao

respectivo Devedor;

3.9.12 tem uma taxa de juro determinada por referência à EURIBOR acrescida de

uma margem. 3.10 Característica dos Créditos

Cada um dos Créditos:

3.10.1 está sujeito à lei Portuguesa;

3.10.2 é reembolsável em Euros sem qualquer dedução, retenção ou desconto;

3.10.3 não é litigioso e não está sujeito a qualquer compensação ou qualquer

outro meio de defesa contra o Originador, que:

(i) tenha ou possa ter um efeito substancialmente adverso na validade ou na possibilidade de execução de algum dos Contratos de Empréstimo;

(ii) possa ter um efeito substancialmente adverso nos benefícios do Fundo resultantes das cessões contempladas no Contrato de Cessão de Créditos;

(iii) ponha em causa a titularidade do Originador em relação a um Empréstimo ou o valor das garantias reais relativamente a esse Empréstimo;

3.10.4 pode ser objecto de cessão, nos termos da lei Portuguesa;

3.10.5 vence-se e é exigível na Data de Fecho ou em momento posterior e não foi

pago antecipadamente;

3.10.6 não contém disposições que permitam o diferimento do pagamento de

juros.

3.11 Características dos Devedores Cada um dos Devedores:

3.11.1 é parte do Contrato de Empréstimo enquanto Devedor principal ou garante;

3.11.2 ou qualquer outra pessoa (seja ou não agente ou colaborador do

Originador) com ou em relação com a concessão, celebração ou execução de algum dos Contratos de Empréstimo não cometeu, tanto quanto é do conhecimento do Originador, nenhuma fraude e nenhum dos documentos, relatórios, formulários e requerimentos realizados, entregues, redigidos e

(15)

assinados em relação à concessão, celebração ou assinatura foi realizada, entregue, redigida e executada de uma forma fraudulenta;

3.11.3 é (i) uma sociedade ou outra pessoa colectiva, de direito privado ou de

direito público, com sede ou estabelecimento efectivo na República Portuguesa ou (ii) é uma sociedade ou outra pessoa colectiva não residente com estabelecimento estável localizado na República Portuguesa e (iii) no caso de uma sociedade, não se encontra em relação de domínio ou de grupo com o Originador;

3.11.4 não exerceu e nenhuma circunstância, aquando ou em momento anterior à

Data de Fecho, atribui ao Devedor o direito a exercer:

(i) uma garantia, um pedido reconvencional, um direito de resolução, compensação, direito de retenção, subordinação de créditos, direito de indemnização; ou

(ii) qualquer meio de defesa contra o pagamento de qualquer montante devido ou a dever ou o cumprimento de qualquer outra obrigação devida, nos termos do Contrato de Empréstimo celebrado com o respectivo Originador,

excepto se o exercício de uma garantia, de um pedido reconvencional, de um direito de resolução, compensação, retenção, subordinação de créditos, de indemnização ou de qualquer meio de defesa ou o cumprimento de qualquer outra obrigação seja (i) improcedente e o Originador tenha conhecimento dessa improcedência após ter obtido conselho jurídico adequado, ou (ii) tenha sido sanado em momento anterior à Data de Fecho, ou (iii) tenha sido permitido, nos termos do respectivo Contrato de Empréstimo.

3.11.5 tanto quanto é do conhecimento do Originador, não incumpriu o, nem está

em situação de incumprimento do, respectivo Contrato de Empréstimo;

3.11.6 tem, face à lei Portuguesa, plena capacidade para celebrar um contrato na

qualidade de Devedor;

3.11.7 tanto quanto é do conhecimento do Originador, não está insolvente ou

sujeito a algum procedimento ou processo de insolvência; 3.12 Composição do Activo do Fundo

Os Créditos adquiridos deverão constituir, a todo o tempo, pelo menos 75% do património do Fundo. Os fundos depositados na Conta do Fundo podem ser aplicados em Investimentos Autorizados, na pendência da sua distribuição nos termos do Artigo 11 deste Regulamento.

3.13 Gestão dos Créditos

Os Créditos serão geridos pelo Gestor de Créditos, que nos termos do Contrato de Gestão de Créditos é responsável pela realização, em nome do Fundo, (i) de todos os actos adequados à boa gestão dos Empréstimos, dos Créditos e dos Direitos Acessórios; (ii) a prestar serviços administrativos e de cobrança em relação aos Empréstimos, aos Créditos e aos Direitos Acessórios; (iii) a gerir a relação com os Devedores e a (iv) realizar quaisquer actos para executar, proteger, ou preservar os

(16)

Créditos e os respectivos Direitos Acessórios. Os pagamentos relativos aos Créditos serão efectuados por transferência bancária, pelos Devedores, directamente para a Conta do Fundo. A Sociedade Gestora tem o direito de, a todo o tempo, actuando em representação do Fundo, exigir o pagamento dos Créditos pelos Devedores.

3.14 Transacções Proibidas

A Sociedade Gestora e o Depositário estão proibidos de assumir, em nome do Fundo, qualquer obrigação que não esteja contemplada ou não resulte, implícita ou explicitamente, dos Documentos do Fundo ou não decorra da lei. Em particular, a Sociedade Gestora está proibida de celebrar contratos de mútuo, contratos de cobertura de risco, contratos de venda ou transmissão de créditos, ou qualquer outro contrato do qual, directa ou indirectamente, resulte a criação de quaisquer ónus, encargos ou despesas que onerem os Créditos. Além disso, com a excepção dos Investimentos Autorizados, a Sociedade Gestora e o Depositário encontram-se proibidos de aplicar quaisquer montantes depositados na Conta do Fundo em quaisquer investimentos, seja em valores mobiliários, instrumentos de dívida ou outros.

3.15 Venda dos Empréstimos em Situação de Incumprimento

Na circunstância de um Empréstimo se tornar um Empréstimo em Situação de Incumprimento, o Gestor de Créditos deve, de acordo com as disposições do Contrato de Gestão dos Créditos:

3.15.1 dispor, em nome e por conta do Fundo, do Empréstimo em Situação de

Incumprimento através da realização de um leilão que se processará nos seguintes termos:

(i) o leilão requer um mínimo de três licitadores, nenhum membro do grupo do Gestor dos Créditos (incluindo qualquer um dos Originadores) pode participar no processo de leilão como licitador com a finalidade de adquirir os Empréstimos em Situação de Incumprimento;

(ii) o leilão será realizado por carta fechada e o licitador vencedor será aquele que apresentar a proposta mais alta;

(iii) quando o vencedor for apurado, o Empréstimo em Situação de Incumprimento será vendido ao licitador vencedor pelo montante apresentado na sua proposta.

Neste sentido, o Gestor de Créditos deve assegurar que o processo de leilão não se iniciará antes de decorrido um mês e meio após a notificação pelo Gestor dos Créditos à Sociedade Gestora de que existe um Empréstimo em Situação de Incumprimento. Os licitadores têm 45 dias para apresentarem as suas propostas e a aquisição do Empréstimo em Situação de Incumprimento, pelo licitador vencedor, ocorre no prazo máximo de 4 meses após a data da referida notificação realizada pelo Gestor dos Créditos à Sociedade Gestora.

(17)

3.16.1 O Gestor dos Créditos pode, nos termos dos Procedimentos Operacionais, dar o seu consentimento (de acordo com os termos e nas circunstâncias em que considere necessário ou razoável) a qualquer alteração, modificação ou renúncia a um direito dos termos do Empréstimo a pedido do respectivo Devedor ou de qualquer outra parte do respectivo Contrato de Empréstimo (sozinho quando o Fundo é o único mutuante em relação a esse Empréstimo ou em conjugação com um sindicato de mutuantes, banco agente ou outra parte do respectivo Contrato de Empréstimo), se, actuando de acordo com os Procedimentos Operacionais, acredite que esse consentimento não vai implicar uma redução do rating atribuído ao Empréstimo pela sua comissão de risco interno (cada um desses consentimentos uma “Alteração Permitida”); o Gestor de Créditos deve notificar imediatamente a Sociedade Gestora de qualquer Alteração Permitida.

3.16.2 O Gestor de Créditos pode iniciar, participar ou consentir qualquer

alteração, modificação, aditamento, renúncia a um direito ou outra reestruturação dos termos de qualquer Contrato de Empréstimo (sozinho quando o Fundo é o único mutuante em relação a esse Empréstimo ou em conjugação com um sindicato de mutuantes, banco agente ou outra parte do respectivo Contrato de Empréstimo), quando actuando, de acordo com os Procedimentos Operacionais, determinar que pode ter um efeito substancialmente adverso na execução do Empréstimo (uma “Reestruturação Permitida”).

3.16.3 O Gestor de Créditos continuará, no exercício dos seus direitos relativos à

realização de Alterações Permitidas e Reestruturações Permitidas, a actuar nos termos do Contrato de Gestão de Créditos e dos respectivos Procedimentos Operacionais.

4

Comissões, Custos e Despesas

O Fundo pagará as seguintes taxas, comissões e encargos (as “Despesas do

Fundo”):

(i) a Taxa de Supervisão; (ii) a Comissão de Gestão;

(iii) a Comissão do Banco Domiciliário da Conta do Fundo; (iv) a Comissão do Depositário;

(v) os Custos do Depositário;

(vi) os Custos da Sociedade Gestora; (vii) a Comissão do Gestor de Créditos;

(viii) quaisquer montantes exigíveis por um Gestor de Créditos substituído, nos termos do Artigo 20.2 (Obligations of Servicer after Termination) do Contrato de Gestão de Créditos ou por um Depositário substituído, nos termos do Artigo 17.2 (Effect of Receipt of Servicer Event Notice), nos termos do Contrato de Depósito e exclusivamente relacionados com os serviços prestados ao Fundo;

(18)

(ix) quaisquer montantes exigíveis por terceiros ao Fundo incluindo (mas não limitado a) quaisquer perdas, responsabilidades, danos, custos, prémios, despesas e penalizações a realizar no respectivo Período de Cobrança em relação a:

(a) qualquer inscrição ou registo dos Documentos do Fundo; (b) qualquer lei portuguesa a que o Fundo esteja sujeito;

(c) qualquer comissão a pagar pela prestação de serviços jurídicos, de serviços de auditoria ou quaisquer outras comissões relativas à prestação de serviços de assessoria profissional e exclusivamente relacionados com assuntos directamente respeitantes ao Fundo; e (d) quaisquer montantes a pagar a entidades administrativas, tais

como emolumentos notariais.

5

As Unidades de Titularização

5.1 Valor Nominal

As Unidades de Titularização têm o valor nominal de €1. Serão emitidas aquando da constituição do Fundo um total de 198.100.681 Unidades de Titularização, perfazendo um montante global de € 198.100.681 de Valor Nominal Inicial.

5.2 Classe Única de Unidades de Titularização

As Unidades de Titularização representam direitos não garantidos e incondicionais sobre o activo do Fundo, consistindo esses no direito especial de propriedade em regime de comunhão previsto na Lei da titularização. Os direitos conferidos pelas Unidades de Titularização e a elas inerentes situam-se pari passu, não tendo qualquer prioridade ou grau de preferência entre si, e são prioritários em relação a quaisquer outros deveres e obrigações de pagamento do Fundo, a não ser que alguma disposição legal ou do presente Regulamento disponha em contrário. 5.3 Subscrição

A subscrição inicial de Unidades de Titularização deverá ser efectuada através do preenchimento de um impresso próprio a ser disponibilizado pelo Depositário. 5.4 Preço de Emissão

Sem prejuízo das comissões pagas nos termos do Artigo 4.1 deste Regulamento, não será cobrada qualquer comissão de subscrição, sendo a mesma feita por 100 por cento do Valor Nominal Inicial.

5.5 Transmissão das Unidades de Titularização

5.5.1 O Depositário deverá manter um registo em suporte informático de todas

as transferências e registos de Unidades de Titularização (o “Registo”) de acordo com as presentes regras de transmissão, e que deverá ser disponibilizado pelo Depositário à Sociedade Gestora para que, a qualquer momento, com intervalos razoáveis, sejam tomadas cópias ou extractos. O Registo deverá mostrar o número de Unidades de Titularização, o(s) nome(s) e morada(s) dos Detentor(es) de Unidades de Titularização inicial(ais) e as datas em que tenham ocorrido as transferências, os nomes

(19)

e as moradas de todos os Detentores de Unidades de Titularização subsequentes.

5.5.2 O Depositário é responsável pela recepção de pedidos para a transmissão

das Unidades de Titularização, de acordo com estas regras de transmissão e fará as inscrições necessárias no Registo. Quando um pedido seja devidamente realizado, o Depositário deverá notificar imediatamente: (a) a Sociedade Gestora:

(i) do número total de Unidades de Titularização a serem transmitidas;

(ii) do valor nominal total das Unidades de Titularização a serem transmitidas; e

(iii) do nome(s) e morada(s) do(s) Detentor(es) das Unidades de Titularização a serem introduzidos no Registo, para que a transmissão produza efeitos.

(b) a CMVM, no caso das Unidades de Titularização deixarem de ser detidas por apenas um Detentor de Unidades de Titularização e esta situação perdure por período superior a um dia.

5.5.3 Nos termos das presentes regras de transmissão, as Unidades de

Titularização podem ser transmitidas pelo preenchimento do impresso de transmissão (na forma prevista no Anexo I), com a assinatura do transmitente ou, quando o transmitente for uma sociedade, com a aposição no referido impresso do carimbo da sociedade ou com a assinatura de dois administradores devidamente autorizados. Quando o impresso é preenchido por um representante ou, no caso de uma sociedade, com a aposição do carimbo da sociedade ou com a assinatura de dois administradores devidamente autorizados. A cópia da procuração certificada pela instituição financeira ou por um notário ou por outra forma exigida pelo Depositário ou, quando aplicável, cópias certificadas, nas formas supracitadas, dos documentos que autorizam os administradores a assinar e a testemunhar a aposição do carimbo da sociedade, deve ser entregue com o impresso de transmissão. Neste Artigo, a expressão “transmitente” deve, quando o contexto permita ou exija, incluir transmitentes conjuntos e o termo deverá ser interpretado em conformidade.

5.5.4 Qualquer pessoa que adquira Unidades de Titularização ou a faculdade de

as administrar ou delas dispor por morte ou dissolução dos anteriores Detentores de Unidades de Titularização, pode, depois de fazer prova do seu direito pelo modo requerido pelo Depositário (incluindo através do recurso a pareceres jurídicos), obter o registo da qualidade de titular daquelas Unidades de Titularização ou, de acordo com as regras deste Regulamento relativas à transmissão de Unidades de Titularização, transmitir as mesmas. O Fundo e o Depositário poderão reter todos os montantes devidos ao Detentores de Unidades de Titularização que ainda não tenha obtido o registo a seu favor.

(20)

5.5.5 O Fundo e o Depositário não cobrarão qualquer comissão ao Detentor de Unidades de Titularização pelo registo como titular das Unidades de Titularização, pela transferência daquela posição ou pela subscrição de Unidades de Titularização. No entanto, se as referidas operações implicarem o pagamento de quaisquer taxas ou impostos pelo Depositário, este poderá requerer o seu reembolso ao transmitente ou ao adquirente. 5.6 Detentores de Unidades de Titularização

5.6.1 Descrição

A qualidade de Detentor de Unidades de Titularização adquire-se pela subscrição e pagamento do preço de subscrição das Unidades de Titularização e pelo registo junto do Depositário. A subscrição de Unidades de Titularização implica a aceitação por parte do Detentor de Unidades de Titularização deste Regulamento e concede à Sociedade Gestora os poderes necessários para que a mesma proceda à gestão do Fundo.

5.6.2 Direitos dos Detentores de Unidades de Titularização

Um Detentor de Unidades de Titularização tem direito:

(a) ao pagamento de rendimentos periódicos previstos no Artigo 11.2.3 deste Regulamento;

(b) ao reembolso do valor nominal das Unidades de Titularização previsto no Artigo 11.2.4 deste Regulamento;

(c) no termo do processo de liquidação e partilha do Fundo, de acordo com o Artigo 13 deste Regulamento, às receitas de liquidação do Fundo após o pagamento dos rendimentos periódicos e todas as demais despesas e encargos do Fundo;

(d) à informação periódica (com a periodicidade e com um nível de detalhe considerados razoáveis pela Sociedade Gestora, tendo em consideração as práticas prevalecentes no mercado) sobre o Fundo;

(e) a receber, sem quaisquer encargos, e no prazo de quinze dias contados da solicitação para o efeito (desde que estejam disponíveis), os relatórios anuais e semestrais do Fundo, da Sociedade Gestora e do Depositário, que devem ser preparados a partir de 31 de Dezembro e a 1 de Julho, todos os anos.

6

Sociedade Gestora

A Sociedade Gestora apenas poderá ser substituída nos termos da Lei de Titularização de Créditos com a autorização prévia da CMVM. Qualquer substituição da Sociedade Gestora só se torna eficaz a partir da data de designação de uma sociedade gestora substituta (i) aprovada pela CMVM, e (ii) cujo procedimento de designação tenha sido designada em termos substancialmente similares aos termos descritos neste Regulamento.

(21)

7

Deveres da Sociedade Gestora

A Sociedade Gestora actua por conta dos Detentores de Unidades de Titularização e no interesse exclusivo destes, competindo-lhe, em geral, a prática de todos os actos necessários ou convenientes à boa administração do Fundo e do seu património, de acordo com critérios de elevada diligência e competência profissional, nos termos dos Documentos do Fundo, e, em especial a:

(a) aplicar os montantes resultantes da subscrição inicial das Unidades de Titularização ao pagamento do preço de compra dos Empréstimos, nos termos previstos no Contrato de Cessão de Créditos;

(b) notificar os respectivos Devedores da designação de um novo Gestor dos Créditos, quando ocorrer uma Notificação do Gestor dos Créditos;

(c) notificar aos respectivos Devedores a cessão dos Empréstimos ao Fundo;

(d) calcular e mandar efectuar os pagamentos periódicos previstos no Artigo 11.2.3 do presente Regulamento e a reembolsar o valor nominal das Unidades de Titularização previstos no Artigo 11.2.4 deste Regulamento;

(e) instruir o pagamento das Despesas do Fundo;

(f) exercer, em nome do Fundo, os direitos deste, directa ou indirectamente relacionados com os activos do Fundo, com os Créditos e com os Documentos do Fundo;

(g) praticar todos os actos e celebrar todos os contratos, necessários ou convenientes, para a emissão de Unidades de Titularização;

(h) vender Empréstimos no caso de (i) liquidação do Fundo, (ii) da violação de qualquer das representações ou declarações dos Originadores relativas aos Empréstimos, nos termos do Contrato de Cessão de Créditos ou (iii) um Empréstimo se tornar um Empréstimo em Situação de Incumprimento nos termos do Artigo 3.15 do presente Regulamento;

(i) seleccionar os Créditos a serem adquiridos pelo fundo, nos termos da política de investimento constante deste Regulamento, a celebrar os Documentos do Fundo, em nome do Fundo e a dar instruções ao Depositário para que este efectue as operações previstas nos Documentos do Fundo;

(j) representar o Fundo perante tribunais, autoridades administrativas ou de supervisão, e informar a CMVM, quando exigido, sobre as aplicações de activos do Fundo;

(k) manter as contas do Fundo em ordem;

(l) se necessário, registar a cessão de Créditos em qualquer conservatória ou em qualquer outra entidade responsável pelo registo dos direitos de garantia inerentes aos Créditos registados; e

(m) dar cumprimento aos deveres de informação estabelecidos pela Lei da Titularização, por regulamento da CMVM, ou pelo presente Regulamento.

(22)

8

Deveres do Depositário

No exercício da sua função, ao abrigo do Contrato de Depósito e da Lei de Titularização de Créditos, o Depositário deve:

(a) receber, em depósito, todos os activos do Fundo e guardar todos os documentos e outros meios probatórios relativos aos Créditos que integrem o Fundo e que não sejam conservados pelo respectivo Originador;

(b) efectuar todas as aplicações financeiras relativas aos Créditos do Fundo nos termos das instruções dadas pela Sociedade Gestora;

(c) pagar aos Detentores de Unidades de Titularização, de acordo com as instruções transmitidas pela Sociedade Gestora, os rendimentos periódicos previstos no Artigo 11.2.3 e proceder ao reembolso do valor nominal das Unidades de Titularização nos termos previstos no Artigo 11.2.4;

(d) executar as demais instruções que lhe sejam transmitidas pela Sociedade Gestora, sem prejuízo do dever de, previamente à execução, verificar a conformidade de todas as instruções recebidas da Sociedade Gestora com o presente Regulamento, com a Lei de Titularização de Créditos e respectivos regulamentos;

(e) no caso de ser revogada pelo Banco de Portugal a autorização conferida à Sociedade Gestora para o exercício das suas funções ou se verificar outra causa que determine a sua dissolução, obedecer a qualquer exigência da CMVM em relação à substituição da Sociedade Gestora;

(f) assegurar que, nas operações relativas aos activos que integram o Fundo a respectiva contrapartida seja paga e entregue nos prazos conformes à prática do mercado;

(g) assegurar que os rendimentos do Fundo sejam aplicados em conformidade com o presente Regulamento, com a Lei de Titularização de Créditos e respectivos regulamentos; e

(h) assumir uma função de vigilância e garantir perante os Detentores de Unidades de Titularização o cumprimento deste Regulamento;

9

Gestor de Créditos

O Gestor de Créditos pode ser substituído, nos termos do artigo 5º, da Lei de Titularização de Créditos e do Contrato de Gestão de Créditos.

10

Responsabilidade da Sociedade Gestora e do Depositário

A Sociedade Gestora e o Depositário respondem solidariamente perante os Detentores de Unidades de Titularização por todos os compromissos assumidos nos termos da Lei de Titularização de Créditos, do presente Regulamento e dos Documentos do Fundo, bem como pelo rigor, veracidade e completude da informação constante deste Regulamento.

11

Pagamentos do Fundo

(23)

Os rendimentos periódicos e os reembolsos obrigatórios do valor nominal das Unidades de Titularização serão pagos semestralmente em cada Data de Distribuição do Fundo, de acordo com a prioridade de pagamentos estabelecidos neste Artigo 11.

11.2 Prioridade de Afectação dos Pagamentos e dos Montantes

O Fundo deverá efectuar os pagamentos dos montantes abaixo referidos com a seguinte ordem e prioridade:

11.2.1 Pagamento de Comissões, Encargos, Penalizações por Reembolso

Antecipado e Capital Incorrectamente Aplicado

O Fundo pagará ao(s) Originador(es) até dois Dias Úteis após recepção, as Comissões, Encargos e Penalizações por Reembolso Antecipado e Capital Incorrectamente Aplicado (se aplicável), recebidos na Conta do Fundo;

11.2.2 Despesas do Fundo

Em cada Data de Distribuição do Fundo ou, caso essa Despesa do Fundo se vença num Dia Útil que não seja uma Data de Distribuição do Fundo, nesse Dia Útil, o Fundo pagará (se necessário, pari passu e numa base pro rata e não de acordo com qualquer ordem de prioridade, nos termos deste Artigo 11) qualquer Despesa do Fundo que se torne exigível nesse Dia Útil, utilizando para tal os montantes depositados na Conta do Fundo provenientes das Cobranças de Juros. Caso nesse Dia Útil os montantes provenientes das Cobranças de Juros forem insuficientes para pagar a totalidade desses montantes, o Fundo deve pagar os montantes a serem efectuados nos termos deste Artigo 11.2.2, utilizando para tal os montantes depositados na Conta do Fundo provenientes das Cobranças de Capital, de acordo com a prioridade de pagamentos estabelecidos neste Artigo 11.

11.2.3 Pagamentos Periódicos

Em cada Data de Distribuição do Fundo, os montantes depositados na Conta do Fundo provenientes das Cobranças dos Juros não utilizados e não necessários para a realização dos pagamentos previstos no Artigo 11.2.2, nessa Data de Distribuição do Fundo ou em qualquer Data de Distribuição do Fundo antecedente, e não necessários para o pagamento de Despesas Orçamentadas, deverão ser afectos à Distribuição dos Juros do Fundo relativo ao Período de Cobrança imediatamente anterior (e todos os montantes dessa Distribuição dos Juros do Fundo deverão ser considerados devidos nessa Data de Distribuição do Fundo).

11.2.4 Reembolso do Valor Nominal das Unidades de Titularização

Em cada Data de Distribuição do Fundo, os montantes depositados na Conta do Fundo provenientes das Cobranças de Capital não utilizados e não necessários para a realização dos pagamentos previstos no Artigo 11.2.2 nessa Data de Distribuição do Fundo ou em qualquer Data de Distribuição do Fundo anterior e, também, não necessários para o pagamento de Despesas Orçamentadas, deverão ser afectos à Distribuição de Capital do Fundo, correspondendo esta distribuição a um

(24)

reembolso dos montantes relativos ao valor nominal das Unidades de Titularização (pro rata entre estas) (e todo o montante desse reembolso deverá ser considerado devido nessa Data de Distribuição do Fundo). 11.3 Responsabilidade Limitada

O risco de incumprimento dos Créditos corre por conta do Fundo e, em consequência, dos Detentores de Unidades de Titularização, os quais não terão direito a qualquer pagamento relativo às respectivas Unidades de Titularização, caso as receitas emergentes dos Créditos recebidas pelo Fundo não sejam suficientes para efectuar o pagamento das despesas do Fundo.

12

Contas

12.1 Preparação das Contas

As contas do Fundo são encerradas a 31 de Dezembro de cada ano e serão certificadas por um auditor registado na CMVM que não seja o Fiscal Único da Sociedade Gestora. É desde já nomeado como auditor do Fundo a Deloitte & Associados, SROC, S.A., SROC n.º 43, sociedade registada na CMVM com o n.º 231, representada pelo Sr. Dr. Paulo Alexandre de Sá Fernandes, ROC n.º 1456. 12.2 Divulgação

Não obstante o Artigo 7(k), a Sociedade Gestora disponibilizará, a 31 de Março de cada ano, na sua sede e na sede do Depositário, as contas do Fundo.

13

Liquidação e Partilha

13.1 Inexistência do direito à Liquidação

Os Detentores de Unidades de Titularização não podem exigir a liquidação do Fundo.

13.2 Data de Liquidação do Fundo

A não ser que a liquidação ocorra mais cedo nos termos do Artigo 13.3 do presente Regulamento, o Fundo será liquidado na Data de Maturidade das Unidades de Titularização (a “Data de Distribuição do Fundo”).

13.3 Liquidação Antecipada do Fundo

O Fundo será liquidado e partilhado antes da Data de Liquidação do Fundo caso: (a) a CMVM assim o exija, no seguimento da revogação da autorização da

Sociedade Gestora para actuar enquanto tal ou se ocorrer um Evento de Liquidação da Sociedade Gestora e a Sociedade Gestora não seja substituída; ou

(b) quando todos os pagamentos, a que os Detentores de Unidades de Titularização tenham direito a receber tenham sido realizados integralmente e mais nenhum montante seja ou venha a ser devido aos mesmos, nos termos do Artigo 11 deste Regulamento.

(25)

A Sociedade Gestora apenas poderá liquidar o Fundo antes da Data de Liquidação do Fundo se em algum momento os activos do Fundo representarem menos de 10% dos activos que integravam o Fundo na Data de Fecho e na condição da Sociedade Gestora ter recebido um certificado de um auditor independente, atestando que a Sociedade Gestora pode receber uma contrapartida que seja superior ou igual ao Capital em Dívida, somado aos juros acrescidos e não pagos relativamente aos Créditos remanescentes no fundo.

13.5 Procedimento de Liquidação do Fundo

As disposições seguintes aplicam-se à liquidação do Fundo nos termos deste Artigo deste Regulamento:

(a) os Créditos que integram o património do Fundo serão transmitidos, nos termos do n.º 5 do artigo 12.º e n.º 5 do artigo 38.º da Lei de Titularização de Créditos;

(b) a contrapartida recebida pelo Fundo pela venda e transmissão dos Créditos deve, ainda que sujeita ao Artigo 13.4 (Opção de Liquidação do Fundo pela Sociedade Gestora) acima, corresponder ao seu valor de mercado à data da transmissão e deve ser confirmada por um auditor registado na CMVM.

(c) em caso de Liquidação Antecipada do Fundo, com excepção das situações em que os Originadores são obrigados a recomprar os Créditos no caso de incumprimento de uma declaração e garantia nos termos previstos no Contrato de Cessão de Créditos, os Créditos podem ser transmitidos, ainda que sujeitos ao Artigo 13.4 (Opção de Liquidação do Fundo pela Sociedade Gestora) acima, a:

(i) sociedades de titularização de créditos, fundos de titularização de créditos ou outros veículos de titularização de créditos que venham a ser autorizados por lei;

(ii) instituições de crédito autorizadas em Portugal; ou

(iii) quaisquer outras entidades, no caso dos Créditos transmitidos não serem susceptíveis de titularização por terem deixado de se verificar os requisitos previstos no artigo 4.º da Lei de Titularização de Créditos e, consequentemente, não poderem ser adquiridos pelas entidades previstas no número (i) supra;

(d) no caso do parágrafo 13.5 (c) (i), a transmissão dos Créditos do Fundo não afectará a gestão dos Créditos, tal como previsto no n.º 1, do artigo 5.º da Lei da Titularização. O Contrato de Gestão dos Créditos contém disposições acerca da cessão da posição contratual do Fundo caso este seja liquidado.

13.6 Contas de Liquidação

As contas de liquidação devem ser auditadas por um auditor registado na CMVM.

14

Regulamento de Gestão

(26)

Este Regulamento, juntamente com os Documentos do Fundo, a Lei de Titularização de Créditos e os respectivos regulamentos descrevem a totalidade dos direitos, obrigações e deveres dos Detentores de Unidades de Titularização, do Fundo, da Sociedade Gestora e do Depositário.

14.2 Alterações ao Regulamento

As alterações a este Regulamento têm de ser previamente aprovadas pela CMVM, nos termos legalmente previstos e serão sempre publicadas no Boletim de Cotações da Euronext Lisbon.

14.3 Notificação das Alterações

As alterações que resultem num aumento das comissões a pagar pelo Fundo ou as alterações à política de investimentos, serão também notificadas aos Detentores da Unidades de Titularização e entrarão em vigor 30 dias após as referidas notificações.

14.4 Substituição do Depositário

O Depositário pode ser substituído mediante aprovação prévia da CMVM, nos termos previstos no Contrato de Depósito. Qualquer aprovação será sempre publicada no Boletim de Cotações da Euronext Lisboa.

(27)

Anexo I

Impresso de Transmissão

PELO VALOR RECEBIDO, ………., detentor registado

desta Unidade de Titularização (as “Unidades de Titularização”) certificada, transmito a ……….de………..[●] Unidades de Titularização com o valor nominal de [●] do Lusitano Project Finance N.º 1 FTC (o “Fundo”) e solicito e autorizo, irrevogavelmente, o Novo Banco, S.A. (anteriormente Banco Espírito de Santo, S.A.), enquanto Depositário da Unidade de Titularização (ou qualquer sucessor do Novo Banco, S.A. (anteriormente Banco Espírito de Santo, S.A.) nessa função) a efectuar a respectiva transmissão através da adequada inscrição no registo.

Data:………

Por:……….. Por:………

(devidamente autorizado) (devidamente autorizado)

NOTA:

(a) O nome da pessoa que assinou este Impresso de Transmissão ou em nome da qual este documento foi assinado deve corresponder ao nome do detentor da Unidade de Titularização conforme aparece no certificado da Unidade de Titularização.

(b) O representante do detentor da Unidade de Titularização tem de provar em que qualidade assina este impresso de transmissão, por exemplo o procurador.

(c) A assinatura da pessoa que dá a ordem de transmissão deve corresponder a qualquer uma das assinaturas fornecidas pelo detentor da Unidade de Titularização registado, que constam de uma lista autorizada ou que essa assinatura seja certificada por um banco, notário público ou através de outra forma exigida pelo Depositário.

[a cópia certificada da procuração ou do documento que autoriza os assinantes deve ser anexado a este impresso de transmissão]

Depositário

Referências

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