• Nenhum resultado encontrado

III Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont a 11 de outubro de Rio de Janeiro, RJ

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "III Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont a 11 de outubro de Rio de Janeiro, RJ"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) e Desempenho Financeiro das Empresas do Setor de Papel e Celulose

Emanuelle Cristine de Melo, Graduanda em Ciências Contábeis Universidade Federal de Viçosa

emanuellecmelo@gmail.com

Fernanda Maria de Almeida, Doutora em Economia Aplicada

Professora do Depto. de Adm. e Contabilidade da Universidade Federal de Viçosa falmeida.ufv@gmail.com

Resumo:

Atualmente, dada a crescente demanda do governo, sociedade e demais stakeholders por políticas sócio-ambientais e de sustentabilidade, tornou-se inquestionável a importância da adoção de políticas dessas medidas dentro das empresas. Neste aspecto, surgiu o Índice de Sustentabilidade Empresarial, que é um indicador que mede o retorno de uma carteira composta por ações de empresas classificados como socialmente responsáveis e de ampla sustentabilidade empresarial. Dada a importância do setor florestal para a economia brasileira, a presente pesquisa objetiva analisar os efeitos do desempenho financeiro das empresas desse setor (indústrias de papel e celulose) sobre as chances de que as mesmas façam parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Para tanto, utilizou-se um modelo de regressão Logística que contemplou informações a respeito das principais empresas do referido setor no ano de 2010. Os resultados apontaram que indicadores de desempenho financeiro como a Liquidez Corrente e o Ebitda contribuem positivamente para que uma empresa produtora de papel e celulose faça parte do ISE. Deste modo, pôde-se verificar a existência de um possível ciclo entre políticas sócio-ambientais e de sustentabilidade empresarial com desempenho financeiro dentro do setor florestal. Em outras palavras, as empresas contidas neste indicador têm bons desempenhos financeiros e, deste modo, são estimuladas a adotarem mais políticas sócio-ambientais.

Palavras-chave: Contabilidade Ambiental, Índice de Sustentabilidade Empresarial, Desempenho financeiro.

Área Temática: Gestão e Contabilidade Socioambientais.

1. Introdução

De modo a diminuir a degradação do ser humano aos sistemas naturais, muitas empresas têm se comprometido e implementado políticas de gestão que contemplem a questão ambiental, por meio da criação de sistemas e gerenciamento de suas ações. Há alguns anos, tal fato passou a fazer parte do cotidiano das empresas e tem tornado-se cada vez mais evidente, em virtude das demandas de governos, sociedade e demais stakeholders que buscam o desenvolvimento de uma economia baseada na conservação ambiental.

Donaire (1994, p.69) afirma que “as empresas passaram a se preocupar com questões ambientais e procuram desenvolver atividades no sentido de atender a essa nova crescente demanda de seu ambiente externo”. Assim, o sucesso de uma empresa não está somente

(2)

atrelado à capacidade produtiva e à participação no mercado. Cada vez mais o mercado evidencia a atuação das empresas nas esferas sociais e ambientais como uma boa estratégia que pode levar a condução de uma melhor gestão.

Nesse contexto é que se insere a contabilidade, pois a sociedade e os demais

stakeholders passaram a requerir das empresas informações sobre a questão ambiental.

Conforme é destacado por Marion (2004), a contabilidade é a ciência que “fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisão dentro e fora da empresa.”

A contabilidade tem por finalidade auxiliar as empresas na tomada de decisão, uma vez que auxilia na eficácia empresarial bem como do seu desempenho financeiro, ao registrar todas as transações econômicas realizadas pela entidade. Nesse novo contexto, a contabilidade passa a se preocupar em divulgar as ações de gestão ambiental, tendo em vista prevenir danos e guardar o patrimônio das entidades empresariais.

Segundo Ribeiro (2006), a contabilidade ambiental é um ramo da contabilidade tradicional tendo como objetivo:

identificar, mensurar e esclarecer eventos e transações econômico-financeiros que estejam relacionados à proteção, preservação e recuperação ambiental, ocorridos em determinado período, visando a evidenciação da situação patrimonial de uma entidade no que se refere aos eventos e transações econômico-financeiros, que refletem a interação da empresa com o meio ambiente.

Nesse cenário, de modo a atender as novas demandas impostas pela sociedade quanto às empresas socialmente responsáveis, os mercados financeiros buscaram criar indicadores capazes de refletir o desempenho das empresas nessa área atuação.

A BM&BOVESPA em conjunto com várias instituições – ABRAPP (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), ANBID (Associação Nacional dos Bancos de Investimentos), APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais), IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), IFC (International Finance Corporation), Instituto ETHOS e Ministério do Meio Ambiente – criaram, em 2005, um índice de referência para os investimentos socialmente responsáveis no Brasil, surgindo assim o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) (BOVESPA, 2009a).

Este índice tem por objetivo refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com reconhecido comprometimento com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial, além de atuar como promotor das boas práticas no meio empresarial brasileiro (BOVESPA, 2009b).

Para Barbosa (2007), a criação de índices de sustentabilidade nos mercados de capitais serviram de estímulo para a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas, especialmente o FTSE4GooD (Reino Unido), DJSI (Estados Unidos) o que não seria diferente no Brasil visto que o mesmo é uma ferramenta importante para ampliar o entendimento sobre as empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade empresarial e disseminar as boas práticas de gestão ambiental.

Assim, o ISE se encontra inserido no contexto dos distintos setores da economia brasileira, uma vez que o índice tem o poder de “premiar as empresas que procuram aliar desenvolvimento com eco-eficiência e responsabilidade social” (MAY et al., 2003, p.189).

Além de investimentos sócio-ambientais e de práticas sustentáveis, a seleção das empresas a serem inseridas na composição do ISE leva em conta critérios ligados à governança corporativa, relacionamento com consumidores, empregados e comunidade, políticas, etc. (BOVESPA, 2009b). Assim, para fazer parte do ISE, além de fazerem políticas ambientais, as empresas devem ter, de modo amplo, bom desempenho.

(3)

Em meio às diferentes atividades produtivas que possuem ligações diretas com as questões ambientais encontram-se aquelas relacionadas com o setor florestal, tais como a indústria de papel e celulose. No Brasil, este setor contribui aproximadamente com 3% do PIB, gera em torno de um milhão de empregos diretos e indiretos em cerca de 600 municípios. Dentre suas principais características está o fato de ter um forte nível de padronização dos produtos, pois geralmente se tratam de commodities, e a indústria é intensiva em capital. Dadas as especificidades de suas atividades, esse setor tem um forte apelo pela sociedade para ser uma atividade ambientalmente adequada para a conservação dos solos, dos animais e da água (EMBRAPA, 2011).

Medidas com preocupações na área ambiental no setor florestal são implementadas tanto por parte do governo quanto de empresas que buscam, em parcerias, proteger áreas de mananciais, reservatórios de água e outras que tenham como objetivo formar uma consciência ecológica. Sendo que a consciência ambiental, bem como a produção sustentável de florestas plantadas, fazem parte desse contexto.

Conforme já aludido, investimentos sócio-ambientais e de atividades sustentáveis, além de indicar responsabilidade social e ambiental frente à população e governos, podem afetar positivamente o desempenho financeiro das empresas. Neste aspecto, pode-se supor que empresas que são beneficiadas por estes investimentos vão mantê-los ou mesmo ampliá-los ao longo do tempo, em virtude dos resultados positivos alcançados. Em outras palavras, empresas com bons desempenhos financeiros podem ter mais chances de participarem do ISE. É nesse cenário que a presente pesquisa tem por objetivo analisar os efeitos do desempenho financeiro das empresas do setor florestal (indústrias de papel e celulose) sobre as chances de que as mesmas façam parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE).

O fato de uma empresa estar presente neste indicador dá a ela um reconhecimento de qualidade, tanto por suas ações socialmente responsáveis quanto por seu desempenho no mercado. Assim, este estudo se torna relevante por contribuir para a ampliação dos conhecimentos acerca da efetiva relação entre desempenho financeiro e a sustentabilidade empresarial.

Este estudo também pode contribuir para a discussão sobre a importância da contabilidade ambiental, como ciência que ajuda a evidenciar os fatos contábeis ambientais bem como uma nova ferramenta de gestão para as organizações, no atual cenário econômico.

2. Fundamentação

A presente seção, com o objetivo de fundamentar as idéias abordadas neste estudo, apresenta três tópicos. O primeiro trata de conceitos da Contabilidade Ambiental; o segundo contextualiza o ISE; e, o último contém conceitos e definições de diferentes indicadores financeiros.

2.1 . Contabilidade Ambiental

A Contabilidade Ambiental, um dos ramos da Ciência Contábil, surgiu em 1970 quando os gestores das empresas passaram a dar mais atenção aos impactos e problemas ambientais. Dessa forma, a Contabilidade Ambiental veio para registrar os ganhos futuros bem como os prejuízos que o desenvolvimento de produtos e serviços poderia trazer ou não para o meio ambiente. Ela tenta gerir um sistema de ações planejadas de modo a gerar melhor desempenho financeiro atrelado ao desenvolvimento sustentável, este que é fortemente

(4)

almejado pelas grandes organizações em decorrência de todo desgaste ambiental e o atual cenário econômico, político e social (TINOCO E KRAEMER, 2008).

A Contabilidade Ambiental, no entendimento de Paiva (2001, p. 12), pode ser definida como “a atividade de identificação de dados e registro de eventos ambientais, processamento e geração de informações que subsidiem o usuário servindo como parâmetro em suas tomadas de decisões”.

Segundo Iudícibus e Marion (2000), “a contabilidade ambiental se preocupa com a proteção do meio ambiente.” Em função dos recursos naturais se tornarem cada vez mais escassos, um número crescente de empresas participa de um desenvolvimento sustentado, de gerenciamento ambiental para redução de custos operacionais, de cuidados para reduzir o risco de poluição.

Assim, a contabilidade ambiental trata-se, na verdade, mais de uma ferramenta a disposição dos gestores do que propriamente de uma metodologia aplicada e que pode trabalhar isoladamente do restante das práticas contábeis.

A Contabilidade Ambiental utiliza metodologias e sistemas para identificar, monitorar e informar impactos ambientais causados pelas operações da empresa, integrando os impactos, as decisões de compras de matérias-primas, custeio de produto, formação de preços, orçamento de capital e avaliação de desempenho.

De acordo Bergamini Junior (1999, p. 3) os dados fornecidos pela Contabilidade Ambiental podem ser utilizados para atender a várias finalidades, que são:

 Demonstrar a capacitação gerencial da empresa na administração de questões ambientais demonstrando como a mesma integra essas questões em sua estratégia geral de longo prazo;

 Comparar o progresso entre empresas durante o decorrer do tempo;

 Apresentar o nível de exposição a risco da empresa para a sociedade em geral e para potenciais parceiros de negócios.

Ainda não há consenso sobre o que deve constar nos relatórios de Contabilidade Ambiental. Acredita-se que devem ser incluídas, além das exigências legais, informações “voluntárias” sobre as questões ambientais. Espera-se que os aspectos financeiros da Contabilidade Ambiental se tornem mais claros e precisos com o passar do tempo (NOSSA, 2002).

A implantação da Contabilidade Ambiental depende da definição de uma política contábil, que oriente o registro das transações da empresa, segregando os itens relativos aos impactos ambientais, e da disponibilidade de controles internos adequados que permitam mensurar objetivamente esses impactos ambientais. Desta forma, será possível simplificar a identificação e contabilização das transações ambientais.

2.2 . Índice de Sustentabilidade Empresarial

Segundo a Bovespa (2005), há alguns anos iniciou-se uma tendência por parte dos investidores de procurarem empresas socialmente responsáveis, sustentáveis e rentáveis para aplicar seus recursos.

No Brasil, foi criado o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial, cujo objetivo é refletir o retorno de uma carteira composta por ações de empresas que se destacam por práticas de sustentabilidade empresarial e responsabilidade social. O ISE é baseado na análise da sustentabilidade nos âmbitos da eficiência econômica, do equilíbrio ambiental, da justiça social e da governança corporativa.

O ISE foi desenvolvido pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (CES), com projeto financiado pelo International Finance Corporation (IFC).

(5)

O IFC é um dos braços do Banco Mundial, o qual tem como objetivo principal, promover financiamentos e investimentos em países em desenvolvimento, com o intuito de melhorar a qualidade de vida das populações (IFC, 2005).

Para Barbosa (2007), a criação de índices de sustentabilidade nos mercados de capitais serviram de estímulo para a adoção de práticas sustentáveis pelas empresas, especialmente o FTSE4GooD (Reino Unido), DJSI (Estados Unidos) o que não seria diferente no Brasil visto que o mesmo é uma ferramenta importante para ampliar o entendimento sobre as empresas e grupos comprometidos com a sustentabilidade empresarial e disseminar as boas praticas de gestão ambiental.

Assim, o ISE se encontra inserido no contexto da grande parte das empresas, visto que a parte selecionada para sua composição são avaliadas segundo os critérios de gestão, mensuração e evidenciação dos fatos ambientais, e a participação torna-se um diferencial que pode gerar melhorias nos resultados financeiros e na imagem das organizações.

O ISE é uma ferramenta importante para ampliar o entendimento sobre as empresas e grupos empresariais comprometidos com a sustentabilidade empresarial, diferenciando-os em termos de qualidade, nível de compromisso, transparência, desempenho, dentre outros fatores, relevantes para investidores com preocupações éticas (CES-FGV, 2007). Ele busca, por meio dos reflexos proporcionados pelo retorno de sua carteira no mercado de capitais brasileiro, servir como referencial de desempenho das empresas que o compõe, atendendo à demanda dos investidores ao funcionar como um “selo de qualidade” para empresas socialmente responsáveis e sustentáveis, estimulando demais empresas a utilizarem boas praticas de responsabilidade social e de sustentabilidade.

2.3. Desempenho Financeiro

Com os novos grupos de investidores interessados nas informações contábeis produzidas pelas entidades, houve a necessidade da evolução das formas de mensuração e divulgação do desempenho financeiro alcançado pelas empresas.

De acordo com Helfert (2000, p.77) desempenho “é a medição das conseqüências financeiras e econômicas das decisões de gestões passadas que esquematizaram investimentos, operações e financiamentos ao longo do tempo”.

Como afirma Abe e Fama (1999) na análise de desempenho financeiro um aspecto importante a ser considerado é a utilização de índices. Para Matarrazo (1995, p.153) índice “é a relação entre contas ou grupos de contas das demonstrações financeiras que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”. Assim os indicadores constituem a metodologia de análise mais usada que tem como principal objetivo fornecer uma visão ampla da situação econômico-financeira das empresas.

Ainda de acordo com Gitman (2002, p.129) analisar os índices não é meramente a aplicação de uma fórmula sobre os dados financeiros para calcular um determinado índice, mais importante é a sua interpretação.

Para este fim, por meio de seus sistemas, a Contabilidade supre os diversos grupos de usuários com relatórios e documentos, chamados demonstrações financeiras ou demonstrações contábeis que se constituem como subsídios para a formulação de indicadores financeiros de modo a mensurar o desempenho financeiro das entidades.

A técnica de análise das demonstrações contábeis é uma forma de avaliar o desempenho econômico-financeiro, com o objetivo de apresentar aos gestores das organizações informações que auxiliem no processo de tomada de decisão.

Camargos e Barbosa (2005) consideram essa técnica nos diversos demonstrativos contábeis como “fonte de dados, que são compilados em índices, cuja analise histórica possibilita identificar a evolução do desempenho econômico e financeiro da organização”.

(6)

Padoveze (2004, p 191) considera ainda que a análise de balanços objetiva “avaliar a situação da empresa em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros.”

Assim, por meio da utilização de índices financeiros, pode-se evidenciar a atual posição da empresa, ao mesmo tempo em que pode-se extrair uma previsão de comportamento futuro da mesma, caso esses indicadores sejam analisados ao longo do tempo.

Para Assaf Neto (2006), os indicadores financeiros podem ser divididos em quatro categorias: liquidez e atividade; endividamento e estrutura; rentabilidade; e análise de ações.

Os indicadores de liquidez são usados para medir as condições de pagamento da empresa, isto é, se a empresa apresenta um quadro favorável, ou não, para saldar suas dividas( prazo imediato, curto e longo prazo).

Segundo Silva (1999,p.266) os índices de liquidez:

visam fornecer um indicador da capacidade da empresa em pagar suas dividas, a partir da comparação entre os direitos realizáveis e as exigibilidades.No geral, a liquidez decorre da capacidade de a empresa ser lucrativa, da administração de seu ciclo financeiro e das suas decisões estratégicas de investimento e financiamento.

Marion (2004, p. 83) diz que tais índices “são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constitui uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato”.

Dentre os índices de liquidez tem-se o índice de liquidez geral que segundo Gitman (2002, p.110) “retrata a saúde financeira a longo prazo da empresa”. Desse modo, tal indicador financeiro pode ser calculado como:

) ( ) ( PNC PC RLP AC LG    (1) em que LG: Liquidez geral; AC: Ativo Circulante;

RLP: Realizável a longo prazo; PC: Passivo Circulante;

PNC: Passivo não Circulante.

O índice de liquidez geral indica o quanto a empresa possui no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo para cada $1,00 de dívida total. De acordo com Silva (1999, p.307), “a interpretação do índice de liquidez geral é no sentido de quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores”.

Já o índice de liquidez corrente “mede a capacidade da empresa para satisfazer suas obrigações de curto prazo” (GITMAN, 2002, p. 110).

Segundo Iudícibus (2007, p. 91):

“Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado e frequentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. É preciso considerar que o numerador estão incluídos itens tão diversos como: disponibilidade, valores a receber a curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No denominador, estão incluías as dívidas e obrigações vencíveis a curto prazo”.

Assim, pode-se dizer que o índice de liquidez corrente relaciona o ativo circulante ao passivo circulante, conforme mostra a equação (2):

(7)

PC AC LC (2) em que LC: Liquidez Corrente; AC: Ativo Circulante; PC: Passivo Circulante.

O índice de Liquidez Corrente indica o quanto a empresa possui no Ativo Circulante para cada $1,00 de Passivo Circulante.Quanto maior o LC melhor.

O Capital Circulante Líquido (CCL) traduz a folga financeira da empresa no curto prazo, mostrando também a parte do ativo circulante está sendo financiada com recursos de longo prazo, ou seja:

PC AC

CCL  (3)

em que

AC: Ativo Circulante; PC: Passivo Circulante.

Quando o Ativo Circulante é maior que o Passivo Circulante, ou seja, quando o CCL apresenta um valor positivo, significa que a empresa tem uma folga financeira, ou que a mesma tem uma parcela de ativo circulante sendo financiada com recursos de longo prazo.

Em contrapartida, quando o Ativo Circulante for menor que o Passivo Circulante, ou seja, quando o CCL apresenta um valor negativo, significa que o passivo circulante financia todo o ativo circulante mais parte do ativo não circulante, ou seja, a empresa esta com um aperto financeiro.

O EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas por meio de suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. Por isso, alguns profissionais chamam o EBITDA de fluxo de caixa operacional.

A mensuração do EBITDA consiste primeiramente em calcular o lucro operacional da empresa, este é obtido pela subtração, a partir da receita liquida, do Custo dos Produtos Vendidos (CPV), das despesas operacionais e das despesas financeiras liquidas (despesas menos receitas com juros e outros itens financeiros). Depois, basta somar ao lucro operacional os juros, a depreciação e amortização inclusas no CPV e nas despesas operacionais.

A utilização do EBITDA ganha importância, porque analisar apenas o resultado final da empresa (lucro ou prejuízo) muitas vezes tem sido insuficiente para avaliar seu real desempenho em um dado período, já que muitas vezes é influenciado por fatores difíceis de serem mensurados.

A fim de analisar o desempenho financeiro, outros indicadores podem ser verificados como, por exemplo, o faturamento (vendas) de um determinado período, o que indica a participação de mercado das organizações e a aceitação de seus produtos pelos consumidores. Dessa maneira os indicadores financeiros são uma importante forma de avaliar uma empresa e podem ser utilizados para embasar decisões, no entanto, é importante que eles sejam utilizados de forma comparativa histórica e setorialmente.

3. Metodologia

3.1. Caracterização da pesquisa, dos dados e suas fontes

A presente pesquisa pode ser caracterizada, de acordo com o exposto por Vergara (2004), como sendo descritiva, bibliográfica e quantitativa, pois procura, por meio da

(8)

aplicação de testes estatísticos aos dados das empresas sob análise, expor características a respeito do desempenho contábil-financeira destas com documentos já publicados.

De acordo com Triviños (2006, p. 110) “o estudo descritivo pretende descrever com exatidão os fatos e fenômenos de determinada realidade”, já a pesquisa quantitativa significa transformar opiniões e informações em números para possibilitar a classificação e análise. Exige o uso de recursos e de técnicas estatísticas.

Assim Richardson (1999, p.70), “esta modalidade de pesquisa caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas.”

A pesquisa foi feita a partir de dados de dois grupos de empresas: as socialmente responsáveis e as representativas do mercado. Para o caso das empresas socialmente responsáveis, que são reconhecidas como praticantes de ações sócio-ambientais, utilizou-se da listagem daquelas que faziam parte do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) publicado pela Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). Fazem parte deste índice empresas com ações em bolsa, que sejam reconhecidamente praticantes de ações sócio-ambientais significativas.

Quanto ao grupo das empresas representativas do mercado, que não são reconhecidas como praticantes de ações sócio-ambientais, são as restantes e que estiveram listadas entre as 500 Maiores e Melhores do setor florestal da revista Exame (2010). Assim, foram selecionadas 20 empresas1 do setor de papel e celulose, sendo 4 participantes do ISE e socialmente responsáveis e as demais (16) foram as chamadas representativas do mercado.

Para as variáveis representativas do desempenho financeiro utilizaram-se dados publicados pela edição Maiores e Melhores da Revista Exame, na edição do ano de 2010, para daí obter-se os índices de Liquidez Geral (LG), Liquidez Corrente (LC) e para o cálculo do Capital Circulante Líquido (CCL) e do Ebitda. A escolha do ano 2010 se deu em razão de este ser o único período em que existia informações de todas as variáveis em questão para todas as empresas.

O emprego de variáveis de liquidez e lucratividade se deu em função destes dois grupos de índices serem apontados por vários autores, tais como Matarazzo (2003) Pereira da Silva (2005) e Iudícibus (1998), como representativos de uma boa situação contábil-financeira. Eles conseguem oferecer, em conjunto, ampla e diversificada cobertura das diversas naturezas do desempenho contábil-financeiro.

3.2. Modelo Logit

Para análise a respeito do efeito dos indicadores financeiros sobre a probabilidade de empresas produtoras de papel e celulose fazerem parte do ISE utiliza-se um modelo de regressão Logística ou modelo Logit. Segundo Corrar, Paulo e Filho (2009), este método permite estimar a probabilidade de ocorrência de um evento em função de um conjunto de variáveis explicativas e é recomendado para os casos em que a variável dependente é qualitativa ou binária.

Nesses modelos, a variável dependente é uma variável dummy, que assume os valores 0 ou 1, o que, na análise em questão, representa: 0 – caso a empresa não possua o ISE e 1 – caso a empresa apresente o ISE. De acordo com o disposto em Cameron e Trivedi (2005) e Wooldridge (2002), função de distribuição de probabilidade Logística empregada neste estudo pode ser representada por:

) ( 1 1 ) ( i g x e ISE P   (4)

(9)

dado que g(x) indica uma função com um conjunto de variáveis representativas do desempenho financeiro das empresas, ou seja:

i i i i i LC CCL EBT LG x g( )1 2 3 4  . (5) Para tornar (4) linear retira-se o logaritmo de ambos os lados da expressão e, então, tem-se o logaritmo natural da razão de chances ou Logito. Mais especificamente, tem-se:

i i i i i i i LG LC CCL EBT ISE P ISE P                    0 1 2 2 4 ) ( 1 ) ( ln (6) em que

ISE é Índice de Sustentabilidade Empresarial, Variável dependente, representada na presente

pesquisa por uma variável dicotômica, recebendo 0 (Zero) se a empresa não possui o indicador e 1 (um) se a empresa possui o indicador;

LG é o índice de Liquidez Geral de cada empresa i; LC é o índice de Liquidez Corrente para cada empresa; EBT é o Ebitda da empresa i;

β0 a β 4 representam os coeficientes a estimar; e,

µi o termo de erro estocástico, que, dentre outros fatores, capta o efeito de todas as variáveis não inclusas no modelo.

A equação estimada é a (6) e, ao contrário dos modelos de regressão múltipla, que fazem uso do método dos Mínimos Quadrados Ordinários como forma de estimação dos parâmetros, a regressão Logística utiliza-se do método da Máxima Verossimilhança.2

Conforme mencionado na seção 3.1, no presente estudo utiliza-se uma amostra contendo informações das 20 empresas do setor de papel e celulose, listadas entre as Maiores e Melhores, no ano 2010. A escolha deste ano se deu pelo fato de o mesmo ser o único que houve disponibilidade de dados para todas as empresas do setor florestal.

4. Resultados e Discussões

Este estudo se propôs a identificar o quanto a presença de uma empresa do setor florestal no ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial) é afetada pelo desempenho financeiro das empresas listadas nas 500 Maiores e Melhores da revista Exame. Para tanto, utilizou-se de uma regressão Logística, cujos parâmetros estimados indicam os efeitos de cada indicador financeiro sobre a probabilidade de uma empresa fazer parte do ISE.

A Tabela 1 mostra os resultados encontrados para a análise em estudo, que corresponde a informações coletadas para o ano de 2010. A primeira coluna apresenta os coeficientes estimados para cada variável e seus respectivos erros-padrão robustos. Esses coeficientes indicam se as variáveis afetam de modo positivo, negativo ou nulo as chances de as empresas pertencerem ao ISE. Já a segunda coluna contém os referidos efeitos marginais calculados em relação aos valores médios de cada variável, ou seja, indicam os valores dos efeitos de cada indicador financeiro sobre a probabilidade de participação de uma empresa no ISE.

(10)

Variáveis Equação Logit Efeitos Marginais LG -9,894 -0,1122 (5,610) * LC 6,295 0,0366 (3,499) * CCL 17,097 0,2339 (10,018) * Ebitda 0, 034 0,0003 (0,013) *** Constante -22,534 (11,248) ** Nº observações 20 Estatística Wald 19,94 Pseudo R² 0,77

***, **, * mostram significância aos níveis de 1, 5 e 10%, respectivamente. Os valores entre parênteses são os erros-padrão robustos.

Fonte: Resultados da pesquisa.

De acordo com a estatística de Wald encontrada, pode-se afirmar que, conjuntamente, as variáveis representativas dos indicadores financeiros das empresas do setor florestal foram importantes para explicar a probabilidade de as mesmas fazerem parte do ISE, isto é, o modelo como um todo é estatisticamente significativo. O valor 0,77 encontrado para o Pseudo R2 aponta que as variações da Liquidez Geral (LG), Liquidez Corrente (LC), Capital Circulante Líquido (CCL) e o Ebitda explicam, em média, 77% das variações da probabilidade de empresas de terem o ISE. Quanto à capacidade preditiva do modelo, o mesmo previu corretamente cerca de 90% das observações.

De acordo com os resultados encontrados é possível identificar que a variável LG (liquidez geral) é a única que apresenta impactos negativos sobre a probabilidade de as empresas produtoras de papel e celulose participarem do ISE. Este impacto negativo e significativo se difere do esperado. Em termos de seu efeito marginal, pode-se dizer que o aumento de uma unidade em LG reduz, em média, a probabilidade de inserção de uma empresa no ISE em 11,22 pontos percentuais. O índice de liquidez geral apresenta a situação financeira de forma global, podendo em muitos casos mostrar uma conjuntura falsa da empresa, pois no seu cálculo leva-se em consideração o passivo circulante em que se podem incluir valores já vencidos ou até mesmo impostos atrasados. Dessa maneira, o fato dele ter uma relação negativa, pode ser até favorável, pois indica que a empresa não deve se preocupar apenas no fato de possuir capacidade de pagamento no longo prazo, caso seu objetivo seja alcançar uma posição no ISE.

No que tange ao demais indicadores, os resultados também são estatisticamente significativos e afetam positivamente as chances de uma empresa produtora de papel e celulose participar do ISE. Assim, no que tange à Liquidez Corrente, os valores apresentados evidenciam que aumentos neste indicador interferem positiva e significativamente no ISE, ou seja, cada unidade de aumento em LC aumenta a probabilidade de uma empresa adotar o Índice de Sustentabilidade Empresarial, em média, em 3,66 pontos percentuais. A liquidez corrente revela a capacidade que possui a empresa em quitar suas dívidas de curto prazo com o seu ativo circulante. Em outras palavras, a maior capacidade de pagamento de dívidas no curto prazo é um fator relevante para a participação das empresas no ISE.

Em relação à variável Capital Circulante Liquido (CCL), ela foi inserida no modelo na forma de uma dummy, que apresenta valor 1 caso o mesmo seja negativo e 0 para valores

(11)

positivos. Os resultados encontrados mostram que o fato de uma empresa ter seu CCL negativo (CCL=1) tem efeito positivo sobre as chances de ela participar no ISE.

O último indicador em análise trata-se do Ebitda, que apresenta o desempenho das organizações, pois ele é capaz de medir a produtividade e a eficiência da empresas, sendo chamado por muitos autores como fluxo operacional de caixa. Ele serve como um parâmetro para o conhecimento do valor da empresa, assim quanto maior a capacidade da empresa em gerar caixa, maior será o seu valor para o mercado e conseqüentemente melhor a qualidade e eficácia da gestão em relação aos recursos que foram investidos. De outro modo, esse indicador demonstra a capacidade da empresa gerar recursos apenas por meio de suas atividades operacionais, não levando em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O coeficiente estimado para esta variável mostra significância estatística em nível de 1% e interferência positiva sobre a probabilidade das empresas que compõem a amostra adotarem o ISE. Este resultado confirma que quanto maior a eficácia da empresa em sua gestão maiores as chances de ela estar inserida no ISE.

De modo geral, com exceção da liquidez geral e do capital circulante líquido, os indicadores financeiros das empresas do setor de papel e celulose afetam positivamente as chances de essas empresas serem inclusas no índice ISE BME&BOVESPA. Estes resultados indicam que os retornos alcançados pela participação no índice contribuem para que as empresas permaneçam investindo em atividades social e ambientalmente responsáveis.

5. Conclusões

O aumento da consciência ambiental trouxe para o mercado um novo tipo de investidor, aquele que procura entidades que sejam sustentáveis socialmente e ambientalmente. Esse novo paradigma fez com que diversas bolsas de valores criassem indicadores quem englobassem essas entidades, como é o caso do Índice de Sustentabilidade Empresarial (BME&BOVESPA).

O mercado financeiro brasileiro, a exemplo daquele referente ao setor florestal, não poderia deixar de acompanhar essa tendência, tendo empresas que fazem parte do ISE, cujo principal objetivo é medir o retorno de uma carteira de ações de empresas comprometidas com a responsabilidade social e a sustentabilidade empresarial.

Dada a caracterização do índice, o presente estudo teve por objetivo identificar o quanto os indicadores de desempenho das empresas de papel e celulose podem afetar as chances de as mesmas serem inseridas no ISE.

Os resultados encontrados foram satisfatórios, uma vez que, de modo geral, confirmaram que desempenho financeiro favorável influencia positivamente a participação das empresas no índice. Este foi o caso da liquidez corrente e do Ebitda.

As empresas visam além de um desempenho financeiro favorável também potencializar o desenvolvimento sustentável, ou seja, elas se preocupam em equilibrar os indicadores com uma política de valorização do meio ambiente. Os indicadores que foram aqui utilizados indicam que os gestores buscam um equilíbrio entre sua capacidade de longo e curto prazo para a adoção desse indicador.

Análises como a realizada no presente estudo são importantes para que os gestores possam avaliar se os investimentos em políticas ambientais podem ou não afetar seu desempenho financeiro e vice-versa. Na realidade, há uma endogeneidade entre investimento em políticas ambientais e desempenho financeiro, ou seja, há uma relação bilateral entre ambas. O fato é que, a busca por eficiência financeira cria ponte para participação em indicadores como o ISE, o que por sua vez retorna efeitos positivos ao desempenho financeiros das empresas. Pensando neste aspecto, futuras pesquisas podem explorar este

(12)

caráter endógeno existente entre estes dois fatores. Estas pesquisas podem explorar análises qualitativas a cerca do tema e também métodos quantitativos que abordem a endogeneidade mencionada.

Referências Bibliográficas

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.

ABE, Edson Roberto; FAMA, Rubens. A utilização da duration como instrumento de análise financeira: Um estudo exploratório do setor de eletrodoméstico. Caderno de pesquisas em administração, São Paulo, v. 1, n°10, p. 1-12, 3° trimestre, 1999.

BOLSA DE VALORES, MERCADORIAS E FUTUROS, BM&fBOVESPA. Base de dados disponível em http://www.bmf.com.br.

BOVESPA. Índices. Índice de Sustentabilidade Empresarial – ISE. Disponível em: <http://www.bovespa.com.br/Principal.asp>. 2009

BARBOSA, P. R. A. Índice de sustentabilidade empresarial da bolsa de valores de São

Paulo (ISE-BOVESPA): exame da adequação como referência para aperfeiçoamento da gestão sustentável das empresas e para formação de carteiras de investimento orientadas por princípios de sustentabilidade corporativa. 2007. Dissertação (Mestrado em Administração) – Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, Instituto COPPEAD

de Administração, 2007.

BERGAMINI JÚNIOR, S. Contabilidade e riscos ambientais. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, ano 1999, n.11, v. 6. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev1105.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2011. CAMARGOS, M.A.; BARBOSA, F.D. Análise do desempenho econômico-financeiro e da

criação de sinergias em processos de fusão e aquisição do mercado brasileiro ocorrido entre 1995 e 1999. Caderno de Pesquisas em Administração, v. 12, n. 2, 2005.

CAMERON, Adrian Colin, TRIVEDI, Pravin K. Microeconometrics, Methods and

applications. Cambridge, 2005.

CORRAR, Luiz J, PAULO, Edilson e FILHO, José Maria Dias. Análise Multivariada. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

DONAIRE, D. Considerações sobre a influência da variável ambiental na Empresa. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 34, n.2, p.68-77, mar./abr. 1994.

(13)

EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em:

http://www.embrapa.br/. Acesso em: jan/2011.

GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 7. ed. São Paulo: Harbra, 2002.

HELFERT, Erich A. Técnicas de Análise Financeira: Um Guia Prático para Medir o Desempenho dos Negócios. 9ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2000.

IUDÍCIBUS, Sérgio de e MARION, José Carlos. Introdução a Teoria da Contabilidade. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2000.

_________ Análise de Balanços. 7 ed. São Paulo: Atlas, 1998.

IUDÍCIBUS, Sérgio de. Análise de balanços. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 2007.

KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade ambiental como sistema de informações. Revista Brasileira de Contabilidade. – Ano XXXI n.º 133, Janeiro/Fevereiro de 2003.

MARION, Jose Carlos, Introdução a Contabilidade. 7. Ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1995.

MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2003.

MAY, Peter; LUSTOSA, Marília C.; VINHA, Valéria. Economia do meio ambiente: teoria e prática. Rio de Janeiro: Campus, 2003.

NOSSA, V. Disclosure ambiental: uma análise do conteúdo dos relatórios ambientais de empresas do setor de papel e celulose em nível internacional. 2002. 246f. Tese (Doutorado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

PAIVA, Paulo Roberto de. Evidenciação de gastos ambientais: uma pesquisa exploratória no setor de celulose e papel. 2001. Dissertação (Mestrado em Controladoria e Contabilidade) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2001.

(14)

PAIVA, Paulo Roberto de. Contabilidade ambiental. São Paulo: Atlas, 2003.

PEREIRA DA SILVA, J. Análise Financeira de Empresas. 7 ed. São Paulo: Atlas, 2005.

RIBEIRO, M. de S. Contabilidade Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2006.

RICHARDSON, Roberto Jarry. Pesquisa social: Métodos e técnicas. 3. Ed. São Paulo: Atlas, 1999.

SILVA, José Pereira da. Análise financeira das empresas. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.

TINOCO, João Eduardo Prudência; KRAEMER, Maria Elisabeth Pereira. Contabilidade e gestão ambiental. São Paulo: Atlas, 2008.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à Pesquisa em Ciências Sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 2006.

VERGARA, S. C. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

WOOLDRIDGE, J.M. Econometric analysis of cross section and panel data. Cambridge, Mass., MIT Press, 2002.

1

Inicialmente foram selecionadas 25 empresas, entretanto, foi necessário excluir da amostra 5 delas por não haver disponibilidade de informações necessárias para os cálculos dos indicadores financeiros. 2

Referências

Documentos relacionados

CAUSTIC SODA Número da FISPQ: HM003599 Data de

No S-RAA circulante, o angiotensinogênio é produzido pelo fígado, que requer glicorticóides do córtex adrenal e estrógeno das gônadas; a renina é liberada pelos rins, enquanto que

Campeonato de Portugal em Pista Coberta Camp Portugal P Coberta. 11 de fevereiro de 2018 Comunicado de

Este estudo tem como finalidade avaliar algumas das principais técnicas utilizadas para mensuração da capacidade discriminante dos modelos de probabilidade de default, ou

Nenhuma empresa do segmento de construção civil no exercício de 2010 publicou informações sobre os modelos utilizados para cálculo de risco (item 3 do check list).

Alguns Conceitos Regimes de Cˆ ambio Introdu¸ c˜ ao Causas da Desvaloriza¸ c˜ ao Consequˆ encias da Desvaloriza¸ c˜ ao Not´ıcias da Semana S´ıria Adendo cubano Outras

A utilização das equações 3 e 6 para determi- nação das propriedades térmicas do milho são válidas para uma fonte de calor linear ideal (comprimento infi-

Logo, tem-se como objetivo analisar a influência da suavização de resultados na persistência do lucro anormal de empresas de capital aberto no Brasil no período de 2004 a 2013 e como