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Crimes contra honra

Aline Ramalho Alana Ramalho Aretusa Notelo Luceli Cruz Suely Soares *

"A honra é um atributo da pessoa, estando de tal modo ligado e vinculado à personalidade que lhe dá a dimensão moral do seu valor na sociedade. Pode assumir várias formas, pois se trata de verdadeira virtude, que destaca o caráter de dignidade da pessoa que tudo faz para viver com honestidade, conquistando apreço de seus concidadãos"(1).

Como sabemos, a honra é um bem considerado constitucionalmente inviolável, conforme expresso no inciso X do artigo 5º da nossa Carta Magna. Bem pode ter um sentido amplo, ou seja, ser definido como tudo aquilo que apresenta-se como útil, necessário, valioso. Segundo Bitencourt, o bem jurídico não é algo que a lei cria, mas deve possuir um sentido social próprio.

É indiscutível, que em nosso ordenamento jurídico, a honra recebe uma tríplice proteção, na esfera constitucional, civil e penal. A Constituição Federal, no artigo 5º inciso V, estabelece expressamente, o direito de resposta e a indenização por dano moral, que se busca através da esfera civil.

A doutrina, tradicionalmente, distingue a honra sob os aspectos subjetivo e objetivo. A chamada honra objetiva diz respeito à reputação do sujeito no seio social. Subjetivamente, a

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honra seria o juízo que a pessoa tem de si mesma. Entretanto, é interessante ressalvar, que honra subjetiva e honra objetiva são conceitos que se interligam, formando na verdade um conceito único.

O Código Penal elencou três delitos contra a honra, quais sejam: calunia (art. 138), difamação (art. 139) e injuria (art. 140).

Calúnia:

A calunia, apontada como o mais grave dos crimes contra a honra previstos pelo Código Penal, consiste na imputação de um fato à vítima, fato este, que deve ser, obrigatoriamente falso, e, além de falso o fato deve ser definido como crime. Trata-se de um delito de ação livre que pode ser praticado por qualquer meio, ressalvando-se a hipótese do emprego de meios de informação, o que constituirá crime previsto na Lei de Imprensa, ou no uso de propaganda eleitoral, em que o fato será enquadrado no código eleitoral.

Em decorrência de ser um delito que repousa sobre a honra objetiva do ofendido, o crime em tela é considerado consumado, quando um terceiro toma conhecimento do fato determinado imputado à vítima.

O crime de calúnia só é admitido na forma dolosa, mesmo porque, o ofensor tem de saber ser falsa a imputação dirigida ao ofendido, ou seja, cometer o crime assumindo o risco de vir a ser processado por isso. Observe, pois, que deve existir a vontade de ofender, de denegrir a reputação do indivíduo - animus calunniandi. O ilícito abordado, não admite a modalidade culposa, afirmação justificada pelo art. 18, parágrafo único, do Código Penal. Ademais, fica muito difícil, para não dizer impossível, que na prática alguém calunie por imprudência, imperícia ou negligência.

Em se tratando de crime comum, qualquer pessoa física pode ser sujeito ativo do crime de calúnia, desde que seja imputável, pois, parte-se do pressuposto, de que os inimputáveis não podem cometer crimes, em face da ausência de uma das características necessárias ao

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reconhecimento da infração penal, vale dizer, a "culpabilidade". Caluniador não é apenas o autor original da imputação, mas também quem a propala ou a divulga ( art. 138, § 1º). Quanto ao sujeito passivo, em regra, admite-se que pode ser qualquer pessoa. Disto, decorrem duas situações importantes a serem indagadas, que é a questão dos inimputáveis e a da pessoa jurídica. Em relação à pessoa jurídica, esta pode ser sujeito passivo do crime de calúnia, visto que, a mesma possui honra objetiva. Conforme assevera Cezar Roberto Bitencourt, os inimputáveis podem ser sujeitos passivos do delito de calúnia, dependendo da capacidade de entender o significado do fato que lhe foi imputado.

Dispõe o § 2º, do art. 138, do Código Penal, ser punível a calúnia contra os mortos. Embora não sejam sujeitos ativos de crime, admite-se a ofensa não propriamente a eles, mas à sua memória. O Código Penal somente ressalvou a possibilidade de calúnia contra os mortos, não admitindo as demais modalidades de crimes contra a honra, vale dizer a difamação e a injúria, ao contrário da Lei de Imprensa, que fez previsão expressa de todas as modalidades. A ação penal será de iniciativa privada, sendo, contudo, de iniciativa pública condicionada à requisição do Ministério da Justiça quando o delito for praticado contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, ou de iniciativa pública condicionada à representação do ofendido, quando o crime é cometido contra funcionário público em razão de suas funções.

Será possível a confecção de proposta de suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89 da Lei 9099/95.

Difamação:

A difamação consiste na imputação a alguém de fato ofensivo a sua reputação (art. 139 do Código Penal). Reputação é a boa fama, o bom nome ou conceito que a pessoa que a pessoa merece de seus concidadãos. Trata-se de honra objetiva.

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Ainda que verdadeira a imputação subsiste o crime, pois não há a necessidade de ser falsa, como ocorre com a calúnia. O fato imputado à vítima não pode ser definido como crime, pois se assim fosse estar-se-ia diante do crime de calúnia.

O crime se consuma, quando a imputação chega ao conhecimento de alguém, que não a própria vítima.

A exceção da verdade é admitida na calunia, excepcionalmente, na difamação, e é vedada na injúria. Conforme preconiza o parágrafo único, do art. 139, do Código Penal, "A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções".

Considerado crime comum quanto ao sujeito ativo, a difamação pode ser praticada por qualquer pessoa. Da mesma forma, qualquer pessoa pode ser considerada sujeito passivo do referido delito, sendo irrelevante, se pessoa física ou jurídica. No caso de pessoas jurídicas, consideramos que, é possível que elas sejam sujeitos passivos no crime de difamação, porque a pessoa jurídica goza de reputação no meio social. O Superior Tribunal de Justiça já se posicionou a respeito em sua Súmula 227: "a pessoa jurídica pode sofrer dano moral". Segundo Bitencourt os inimputáveis podem ser sujeitos passivos do crime de difamação, desde que possuam capacidade suficiente para entender que estão sendo ofendidos em sua honra pessoal. O renomado autor defende que a "honra é um valor social e moral do ser humano, bem jurídico e imaterial inerente à personalidade, e, por isso, qualquer indivíduo é titular desse bem, imputável ou inimputável"(2).

Conforme esclarecimentos de Rogério Greco, "O delito de difamação somente admite a modalidade dolosa, seja o dolo direto ou mesmo eventual. Exige-se, aqui, que o comportamento do agente seja dirigido finalisticamente a divulgar fatos que atingirão a honra objetiva da vítima, maculando-lhe a reputação". Em decorrência da inércia da nossa legislação penal, não é punível a difamação culposa.

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A ação penal será de iniciativa privada, sendo, contudo, de iniciativa pública condicionada à requisição do Ministério da Justiça quando o delito for praticado contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, ou de iniciativa pública condicionada à representação do ofendido, quando o crime é cometido contra funcionário público em razão de suas funções.

Será possível a confecção de proposta de suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89 da Lei 9099/95.

Igualmente ao que ocorre com o delito de calúnia, é irrelevante à configuração da difamação a falta de credibilidade do agente. Embora não exista regra expressa nesse sentido, como houve na tipificação do crime de calúnia, quem propala ou divulga uma difamação, deve responder por este delito.

Luiz Regis Prado afirma: "Caso a imputação seja dirigida diretamente à pessoa visada, sem que seja ouvida, lida ou percebida por terceiro, não configura a difamação".

Injúria:

O delito de injúria consiste na ofensa dirigida à dignidade ou ao decoro de outrem. De todas as infrações penais que tutelam a honra, a injúria na sua modalidade fundamental, é considerada a de menor potencial ofensivo, conforme se comprova a partir a observação de sua pena cominada em abstrato.

O crime de Injúria, dentre todos os delitos contra a honra, é o único que atinge a honra no seu aspecto subjetivo, pois tal ilícito atinge a consciência, o sentimento, a auto-estima da vítima.

Há que se observar, contudo, que o Código Penal trabalha com três espécies de injúria: a injúria simples ( caput do art. 140 ), a injúria real ( §2º do art. 140) e a injúria preconceituosa ( § 3º do art. 140). A injúria preconceituosa é, dos crimes contra a honra da

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pessoa, o mais grave de todos. Deve-se observar a proporcionalidade entre as penas, uma vez que a pena cominada em abstrato à injúria preconceituosa é mais grave que a de homicídio culposo.

Como regra geral, qualquer pessoa física, imputável ou não, pode ser considerada sujeito passivo da mencionada infração penal. Entretanto, é impossível que o pólo passivo seja ocupado por pessoa jurídica, haja vista que a pessoa moral não possui honra subjetiva a ser protegida, mas tão somente honra objetiva. Por se tratar de crime comum, qualquer pessoa física pode ser sujeito ativo de delito de injúria.

O delito de injúria se consuma no momento em que a vítima toma conhecimento das palavras ofensivas à sua dignidade ou decoro, não se fazendo, entretanto, necessária a presença da vítima no momento em que o agente profere as ofensas. A tentativa é admitida, assim como nos crimes de difamação e de calúnia quando se tratar de injúria escrita, pois neste caso vai ser possível se visualizar iter criminis.

O delito de injúria só é admitido na forma dolosa (consciência e vontade de ofender a dignidade ou o decoro de terceiro). O dolo de injuriar pode ser direto ou eventual. Deve o agente agir, portanto, com o chamado animus injuriandi, pois caso contrário o fato será atípico.

O tipo penal prevê que, configurando-se o crime de injúria, o juiz pode deixar de aplicar a pena, "quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria", ou " no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria".

Duas são as modalidades qualificadas do delito de injúria. Na injúria real, a violência ou as vias de fato não são utilizadas com a finalidade primeira de ofender a integridade corporal ou a saúde da vítima, mas sim no sentido de atingir a sua honra subjetiva. Quando tal modalidade se configurar, o agente, além de ser responsabilizado pela injúria real, deverá responder, também, pela prática do delito de lesão corporal. Todavia, se na prática desse delito o agente se valeu das vias de fato, ele só responderá pela injúria real.

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A injúria preconceituosa "consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. No entanto, é interessante considerarmos que o crime de injuria preconceituosa, não se confunde com os delitos resultantes de preconceitos de raça ou de cor, tipificados na Lei 7.716/89. O agente, na pratica desta modalidade, usa elementos ligados a raça, cor, etnia, etc. Com a finalidade de atingir a honra subjetiva da vítima.

A ação penal será de iniciativa privada, tanto no caso da injúria simples, como no caso da injúria preconceituosa, sendo, contudo, de iniciativa pública condicionada à requisição do Ministério da Justiça quando o delito for praticado contra o Presidente da República ou chefe de governo estrangeiro, ou de iniciativa pública condicionada à representação do ofendido, quando o crime é cometido contra funcionário público em razão de suas funções. No caso de injúria real, quando da violência resultar lesão corporal, a ação penal será de iniciativa pública incondicionada.

Será possível a confecção de proposta de suspensão condicional do processo, nos termos do art. 89 da Lei 9.099/95, nas três modalidades de injúria, desde que, no caso da injúria preconceituosa, não incida a majorante prevista no art. 141 do Código Penal.

Ao contrário do que ocorre com o delito de calúnia, a injúria não pode ser proferida contra os mortos, pois estes não possuem mais consciência, sentimento, ou mesmo, auto-estima, afinal o crime de injúria atinge a honra subjetiva de alguém.

Para a caracterização da injúria, não se exige que as imputações ofensivas à honra subjetiva da vítima sejam falsas.

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Causas de aumento de pena:

O Código Penal em seu artigo 141 prevê que, caso a injúria, a difamação e a calúnia sejam cometidas em pelo menos alguma das situações a seguir listadas, a pena cominada será aumentada de um terço. São situações:

- Cometer crime contra a honra do Presidente da República ou de Chefe de Governo Estrangeiro. Tutelou-se a dignidade do cargo representativo de toda uma nação. Procurou o legislador sancionar de forma mais gravosa a conduta ofensiva dirigida ao representante maior da nação. Devido à elevada função ocupada, a mácula à honra individual do Chefe de Governo e/ou Estado pode vir a representar uma ofensa à coletividade representada por ele. Interessante ressaltar, que se a calúnia ou a difamação tiver motivação política, será aplicada a Lei nº 7.170/83 (Lei de Segurança Nacional), e não o Código Penal.

- Cometer crime contra a honra de funcionário público, em razão de suas funções. A tutela aqui é dada à dignidade da função pública. Embora proferida a ofensa em razão da função que era exercida, não haverá a majorante caso o ofendido não mais seja funcionário público. Caso a ofensa seja dirigida ao funcionário, na presença deste, o crime poderá ser o de desacato (artigo 331), desde que a ofensa diga respeito ao exercício da função pública. - Cometer crime contra a honra de outrem na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação. Trata-se de uma majorante que tem em vista a maior facilidade de divulgação das ofensas, de modo que os danos causados ao ofendido podem ser maiores. A doutrina é pacífica no que tange à presença mínima de três pessoas (quando a lei se contenta com apenas duas pessoas, ela o diz expressamente), a fim de que se configure a majorante em epígrafe. Na divulgação mediante a imprensa, não incidirá a majorante prevista no caput do artigo 141.

- Cometer crime contra a honra da pessoa maior de sessenta anos ou portadora de deficiência, excetuando-se o caso da injúria, senão haveria bis in idem. O inciso IV foi

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introduzido no artigo 141 pela Lei nº 10.741/03 (Estatuto do Idoso), de forma a dar maior proteção às pessoas maiores de sessenta anos e àquelas portadoras de deficiência.

Outra majorante é a que se encontra prevista no parágrafo único do referido artigo: se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. É uma causa de aumento que incide sobre a motivação torpe para o cometimento do delito. Nos posicionamos paralelamente aos doutrinadores que defendem que, tanto o mandante quanto o executor devem responder igualmente pelo crime com a pena dobrada.

Causas de exclusão do crime

Há uma divergência doutrinária, em estabelecer se as causas elencadas no art. 142 do Código Penal são excludentes de licitude, tipicidade ou punibilidade. Ficamos ao lado do entendimento de Bitencourt, preferindo denominar as hipóteses de causas especiais de exclusão de crime.

É preciso notar que o delito de calúnia não é atingido por estas causas, subsistindo apenas em relação aos delitos de injúria e de difamação. São, pois, hipóteses em que haverá exclusão do crime:

- A ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador. Trata-se da imunidade judiciária.

- A opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de ofender ou difamar. Todo autor que publica sua obra está sujeito à crítica, tanto favorável quanto desfavorável. O Estatuto Penal admite a crítica literária, artística ou científica; no entanto, tal admissão não é absoluta, de modo que restando comprovada a intenção de difamar ou de injuriar, não haverá a exclusão do crime.

- O conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento do dever do ofício. É sabido que o funcionário público, no

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exercício de suas funções, tem o dever de fazer relatos, dar opinião, transmitir informações. Todavia, bastantes vezes, para que haja fidelidade no relato dos fatos, faz-se preciso empregar termos ultrajantes, emitir conceitos desfavoráveis.

Neste último caso e no caso da imunidade judiciária, aquele que der publicidade às ofensas responderá por injúria ou por difamação.

Retratação

O artigo 143 do Estatuto Penal prevê, a hipótese de que se o querelado, antes da sentença, retratar-se cabalmente da calúnia ou da difamação, haverá extinção de punibilidade, ficando isento de pena (artigo 107, VI combinado com o artigo 143).

A retratação consiste em retirar o agente o que disse, o que só se faz possível nos crimes que atentem contra a honra objetiva dos indivíduos, pois nestes casos, é interessante para o ofendido que o ofensor declare os fatos à ele anteriormente imputados, inverídicos. Na injúria, a retratação não é possível, haja vista que a reconsideração do que foi dito pode implicar em prejuízos morais muito mais amplos do que os que foram originariamente provocados.

Os doutrinadores de direito penal explicam que, como na calúnia e na difamação o que é ferido é a honra objetiva, ou seja, o conceito que a sociedade tem do indivíduo, pode haver retratação, a qual extingue a punibilidade. No caso da injúria, não há que se falar em retratação, porque o que se fere é a honra subjetiva, ou seja, o amor-próprio do indivíduo. Por outro lado, alguns doutrinadores afirmam, que depois de oferecida queixa, antes de haver sentença, pode haver perdão do ofendido ou perempção, ambas previstas no Código de Processo Penal.

A retratação é permitida porque é muito mais útil ao ofendido que a condenação penal do ofensor. A retratação é ato unilateral que independe, pois, do aceite do ofendido, o que seria diferente, se estivéssemos diante do perdão do ofendido, o qual é ato jurídico bilateral, que

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depende do aceite do ofendido. Observe-se, também, que a retratação só é cabível nos crimes em que a ação penal é de iniciativa exclusivamente privada, não estando, pois, sujeitos à retratação os casos dos incisos I e II do artigo 141.

Pedido de Explicações em Juízo

Prevê o artigo 144 que se de referência, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. O dispositivo é bem explícito: na dúvida, aquele que se sentir ofendido pode interpelar o possível ofensor, a fim de que este torne claro o que quis dizer, para que assim se verifique, se houve realmente um crime contra a honra do qual se sentiu ofendido ou se este entendeu errado o que aquele quis dizer.

Como a decadência do direito de queixa ou de representação se opera em seis meses, a partir do conhecimento do autor do possível crime, conforme explicita o artigo 38 do Código de Processo Penal, o pedido de explicações deve ser feito antes que o direito decaia. Conclusão

Conforme foi exposto, a honra é um bem constitucionalmente protegido e inviolável. Podendo-se, quando esta for violada, buscar a tutela do direito constitucional e civil, quanto aos danos morais. E a penal, já que a sua violação também é penalmente punível.

No tocante ao direito penal, o nosso Código dedicou o capítulo V, do título I - parte especial, para a tipificação "DOS CRIMES CONTRA A HONRA", que são: calúnia (art.138), difamação (art.139) e injúria (art.140).

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BITENCOURT, Cezar Roberto. Tratado de direito penal: parte especial. 6.ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2007, volume 2.

GRECO, Rogério. Curso de direito penal: parte especial. 3.ed. Rio de Janeiro: Editora Impetus, 2007, volume 2.

NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Em defesa da honra: doutrina, legislação e jurisprudência. São Paulo: Editora Saraiva, 1995.

RIBEIRO, Daniel Mendelski. Os crimes contra a honra e a nova Lei nº 10.259/01. Porto Alegre: Editora Verbo Jurídico, 2003.

MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. 16.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2004. http://jus2.uol.com.br/doutrina

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Notas:

1 - NOGUEIRA, Paulo Lúcio. Em defesa da honra: doutrina, legislação e jurisprudência, p.5.

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* Aline ramalho, Alana Ramalho, Aretusa Notelo, Lucelia Cruz, Suely Soares, todas bachareis em Direito, 5º período noturno, pela Faculdade (UNIPÊ) Centro Universitário de João Pessoa.

Disponível em:<

http://www.jurid.com.br/new/jengine.exe/cpag?p=jornaldetalhedoutrina&ID=37226 >

Referências

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