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Av. Coronel Eduardo Galhardo 22B, Lisboa Tel Fax

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Av. Coronel Eduardo Galhardo 22B,1199-007 Lisboa | Tel.218161710 | Fax 218150095 | E-mail: sti_geral@netcabo.pt | www.stimpostos.pt

Trabalhadores

Impostos

COMUNICADO | Nº 13/2009 | A TODOS OS TRABALHADORES |15/06/2009

11/01/2008

SIADAP

QUANTO AO TEMPO DA SUA APLICAÇÃO

Segundo um despacho recente do Sr. Director-Geral dos Impostos começa hoje, dia 15 de Junho, a primeira fase para aplicação do Siadap na DGCI.

Tal como o referimos aquando das negociações da regulamentação do Siadap à DGCI, o sucesso desta aplicação dependerá do bom senso da nossa administração.

Os Trabalhadores dos Impostos não temem qualquer avaliação, são um exemplo de sucesso na administração pública, sendo escrutinados diariamente pelo povo português e por entidades internas e externas.

No entanto os Trabalhadores dos Impostos têm de se preocupar com um sistema que venha, ao contrário de contribuir para o sucesso da sua casa, criar perturbações e se torne um foco de instabilidade laboral.

Os funcionários da DGCI têm direito a ser avaliados, sendo que a sua não avaliação em 2009 teria consequências gravíssimas para todos (ao nível do FET, por exemplo). Nesse contexto e após a revogação da Portaria 326/84 é essencial a implementação do Siadap ainda em 2009. Mas mandam as boas regras de governance que uma alteração tão profunda ao nível dos processos avaliativos seja realizada com total informação, transparência e prudência!

Sempre defendemos que 2009 deveria ser um ano zero em termos de siadap, para que os trabalhadores dos impostos integrassem e incorporassem toda uma nova cultura avaliativa. Pelos vistos não houve esse cuidado por parte da Administração!

Como pode ser aplicado o Siadap sem que os funcionários tenham tido qualquer formação, informação ou esclarecimento sobre o mesmo?

Aguardávamos pelo prometido elearning, apesar de defendermos que a formação deveria ser presencial. Verificamos agora que o prometido elearning sobre Siadap aos funcionários envergonha toda a nossa instituição! Não representando nenhuma formação útil para os trabalhadores dos impostos!

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Assim cria-se a desinformação, a dúvida e o medo, assim prejudicamos o cumprimento da nossa missão!

QUANTO À NEGOCIAÇÃO DE OBJECTIVOS

O siadap constituiu um modelo de avaliação ponderado entre o cumprimento de objectivos e a demonstração de competências. Sendo que para o regime geral essa ponderação é de 60%-40%, para o GAT 65%-35% e para as chefias e dirigentes intermédios 70%-30%.

As competências a avaliar são as 6 que estão mencionadas nos anexos I a VIII da portaria. Relativamente aos objectivos, estes são negociados entre avaliador e avaliado, sendo no mínimo 3 e no máximo 5.

Cada um destes objectivos terá indicadores de medida que mensurarão o seu cumprimento. Estes indicadores terão de ter previamente definidos, de forma clara e rigorosa, as metas que permitem atingi-los e superá-los. Com o não atingir dessa meta a nota será de 1, com o atingir a nota será de 3, com a superação a nota será de 5.

A nota do cumprimento do objectivo será a ponderação do cumprimento dos indicadores de medida (sendo que esta ponderação deve estar previamente negociada).

A nota do cumprimento dos 3 a 5 objectivos será a média ponderada do cumprimento dos diversos objectivos.

A nota final será a ponderação dos resultados dos objectivos com a avaliação das competências demonstradas.

Uma nota inferior a 2 representará uma nota de inadequado, uma nota superior a 2 representará uma nota de adequado.

Sendo que, por unidade orgânica, conforme despacho do Sr. Director-Geral, para os 25% (35% se o Ministro das Finanças reconhecer o nosso desempenho de mérito, como o tem vindo a fazer, conforme o artigo 27º da Lei 66B/2007) notas mais elevadas será atribuída a classificação de desempenho relevante.

Destes 25 % (35%) de avaliações relevantes serão reconhecidos 5% (10%) de desempenhos excelentes.

Estas alterações, obrigatórias por força da Lei 66-B/2007 e adaptadas à DGCI pela Portaria 437-B/2009, representam uma alteração cultural profunda nos nossos hábitos pelo que se torna muito importante a apresentação de alguns esclarecimentos.

O direito à negociação dos objectivos é mais que um direito, é um DEVER do avaliado. Tal como refere o n.º 2 do artigo 31º da portaria: ”Constitui dever do avaliado (…) negociar com o avaliador na fixação dos objectivos e na determinação dos respectivos indicadores de medida.”

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Não constitui qualquer falta de respeito hierárquico ou pessoal a negociação com o avaliador! Ninguém pode ser pressionado a aceitar quaisquer valores, caso existam tentativas de coacção durante a negociação solicitamos o contacto imediato com o STI a fim de agirmos em conformidade!

QUANTO AOS INDICADORES DE MEDIDA

O desenvolvimento de indicadores de medida para um processo avaliativo de uma prestação de serviços de poderes de autoridade tão complexa como a nossa não é um trabalho simples. Temos observado os erros praticados por outras instituições na aplicação dos seus siadaps. Veja-se o caso da Asae que estava atribuir como objectivo o número de prisões efectuadas pelos seus funcionários.

Estamos muito atentos relativamente ao desenvolvimento destes indicadores e jamais aceitaremos objectivos directamente quantitativos. Não aceitaremos e denunciá-lo-emos com todas as nossas forças.

A expressão “cobra e serás recompensado” não pode fazer parte da nossa cultura corporativa! Isso representaria o fim da legalidade tributária, pela qual lutamos todos os dias além de que daria argumentos aos lobbies detractores do nosso trabalho. Lá viriam, de novo, os ataques dos políticos e fiscalistas do costume sobre penhoras e inspecções ilegais e abusos da Administração Fiscal!

Tem-nos sido dito pela tutela que este conjunto de indicadores está em construção e que a Administração aceita a sua alteração caso se verifique essa necessidade.

Temos sérias dúvidas relativamente a alguns dos indicadores apresentados, mas não temos qualquer dúvida sobre a ilegalidade que constitui o ponto 12 de uma brochura colocada na intranet sob o título de “Orientações Siadap 2 e 3 – 8 de Junho de 2009”.

Sob o sub-título SIADAP 1 e 3 - Avaliação do Indicador Tempo Médio de Conclusão (TMC) – fórmula com saldo e dias úteis” estabelece esta orientação que a DGCI afinal tem sede no planeta Marte!

Só assim podemos compreender que para o cálculo de um tempo médio se estabeleça que o semestre de 2009 tem 220 dias úteis! Sabemos que o ano marciano tem 687, só assim se compreenderá que se pretendam 220 dias úteis para o segundo semestre de 2009.

Vejamos, a título de exemplo, as consequências de esta orientação absurda: Objectivo – “Aumentar a produtividade e os níveis de desempenho nas UO” Indicador 3 – “Tempo Médio de Processos de Contra-Ordenação”

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Formula - (𝑁.º 𝑃𝑟𝑜𝑐 .𝐶𝑜𝑛𝑐𝑙𝑢𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 / 𝑁.º 𝑑𝑖𝑎𝑠 ú𝑡𝑒𝑖𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 )𝑁.º 𝑃𝑟𝑜𝑐 .𝑃𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑛𝑜 𝑚𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜

Testemos a fórmula com dados ao acaso:

N.º Proc. Pendentes no momento do cálculo – 100 N.º Proc. Concluídos no momento do cálculo – 300 N.º dias úteis no momento do cálculo - 220

Resultado do indicador – 73 dias

Agora vejamos o resultado com 110 dias úteis (ou seja, regressemos ao planeta TERRA!) Resultado do indicador – 37 dias!!!!!

A orientação prevista de utilização de 220 dias úteis é ilegal porque pretende fazer reflectir ao primeiro semestre, de forma retroactiva, objectivos que só são válidos para avaliação após a sua negociação!

Ou esta situação é alterada ou seremos obrigados a bloquear judicialmente a avaliação. Ainda relativamente a este indicador verificamos que o prazo médio que serve de referência é de 45 dias. A pergunta que surge é óbvia, vão deixar de se respeitar os prazos processuais?? Estamos também muito atentos aos prazos que servirão de metas para os tempos médios de conclusão. Solicitamos a todos que nos informem caso lhes sejam apresentados prazos impossíveis de cumprir pela simples observância dos prazos processuais legais!

QUANTO AO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO

De 15 de Junho a 26 de Junho decorrerão as reuniões de concretização dos objectivos. Que ninguém se sinta obrigado a aceitá-los!

Para nossa estupefacção a aplicação informática do Siadap não prevê um simples botão para o caso de o avaliado não aceitar os objectivos apresentados.

Todos sabemos que caso haja discordância prevalecerá a posição do avaliador. No entanto a não aceitação caso haja discordância é fundamental enquanto não for finalmente resolvido o problema dos vínculos.

Enquanto não conseguirmos resolver o problema do vínculo de nomeação definitiva (que esperamos que seja para breve) estamos em contrato de trabalho em funções públicas.

Ora o código que regula este tipo de contrato (Lei n.º 59/2008) prevê que: “Cessação por iniciativa da entidade empregadora pública

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Resolução DIVISÃO I

Despedimento por inadaptação Artigo 259.º

Noção

Constitui fundamento de despedimento do trabalhador a sua inadaptação superveniente ao posto de trabalho, nos termos dos artigos seguintes.

Artigo 260.º Situações de inadaptação

1 - A inadaptação verifica-se em qualquer das situações previstas nas alíneas seguintes, quando, sendo determinadas pelo modo de exercício de funções do trabalhador, tornem praticamente impossível a subsistência da relação de trabalho:

a) Redução continuada de produtividade ou de qualidade; b) Avarias repetidas nos meios afectos ao posto de trabalho;

c) Riscos para a segurança e saúde do próprio, dos restantes trabalhadores ou de terceiros. 2 - Verifica-se ainda inadaptação do trabalhador quando, tratando-se de carreiras ou categorias de grau 3 de complexidade funcional, não tenham sido cumpridos os objectivos previamente fixados e formalmente aceites por escrito, sendo tal determinado pelo modo de exercício de funções e desde que se torne praticamente impossível a subsistência da relação de trabalho.”

Uma prenda do nosso legislador que nem no Código do Trabalho existe…

Torna-se óbvio que caso existam dúvidas sobre a aceitação ou não dos objectivos apresentados deverá o funcionário, por uma questão de prudência, recusar o acordo!

O acordo ou o desacordo consubstanciam-se com a assinatura do impresso apresentado pelo avaliador.

Caso exista desacordo com o avaliador aconselhamos que primeiro, antes da assinatura, pelo punho de cada um se inscreva na ficha apresentada:

“Discordo dos objectivos, indicadores, metas de superação e ponderações apresentados, pelo que assino sem acordar os mesmos nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 19º da Portaria 437-B/2009, de 24 de Abril”

Caso exista recusa por parte do avaliador na aposição deste texto aconselhamos a recusa de assinatura da ficha e o contacto com o STI.

DEPOIS DO ACORDO OU DO DESACORDO

Como é estabelecido quer na Lei 66B/2007 quer na Portaria 437-B/2009 em caso de discordância com os objectivos propostos em sede de negociação, manter-se-ão os objectivos propostos pelo avaliador.

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Ou seja, não é permitida qualquer forma de represália pelo não acordo. Caso exista discordância é absolutamente ilegal o aumento, em virtude desse resultado negocial, das metas propostas. Qualquer situação diferente deve ser imediatamente comunicada ao STI. Qualquer situação que motive a impossibilidade de cumprimento dos objectivos deverá provocar por parte do avaliado um pedido de revisão dos objectivos.

Tal conjuntura está prevista na Portaria 437-B/2009, quer no nº 1 do artigo 19, quer, à

contrario sensu, no nº 3 do artigo 20, pelo que sempre que necessário É UM DEVER ÉTICO DO

AVALIADOR E AVALIADO solicitar a revisão de objectivos.

O nosso trabalho como todos sabemos é muito complexo e bastante dependente de factores exógenos à vontade dos Trabalhadores dos Impostos, pelo que esta revisão não é académica, e deve no seguimento das boas práticas exigidas por uma avaliação honesta ser realizada. Que não advogue a Administração que a revisão de objectivos, legalmente exigível, burocratiza o processo pois ninguém pode ser avaliado por desempenhos que dele não dependam!

MAS QUE FIQUEMOS TODOS CIENTES, SÓ FANTÁSTICOS TRABALHADORES DOS IMPOSTOS TÊM PERMITIDO UMA DGCI DE SUCESSO! Nada devemos temer desde que haja respeito por este CORPO DE ELITE!

Também para o STI este é um processo difícil e complexo, devotar-lhe-emos todas as nossas energias! Solicitamos que a forma de contacto preferencial seja o email, estaremos atentos e interventivos a todos os problemas que venham a surgir.

O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos aposta numa introdução pacífica do Siadap na DGCI, mas pode deixar de notar que a Comissão de Acompanhamento ainda não tenha saído do papel quando o Siadap já está a ser implementado.

Da nossa parte teremos sempre um papel construtivo e activo, mas jamais abdicaremos da defesa dos Trabalhadores dos Impostos.

Uma reflexão para todos, de funcionários a dirigentes neste início de aplicação do Siadap: não há dirigentes nem chefias adequadas sem funcionários que, no mínimo, também o sejam! A contratualização dos objectivos visa envolver os trabalhadores com os objectivos estratégicos da DGCI, promovendo uma cultura de qualidade, responsabilização e optimização de resultados, tendo em consideração a proporcionalidade entre estes e os meios disponíveis e o tempo em que são prosseguidos. A não observância destas regras elementares minará em semanas uma cultura de sucesso que tantos anos tem custado a criar.

Saudações Sindicais A Direcção Nacional

Referências

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