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LIMPEZA DO EVAPORADOR
Esta limpeza é facilmente confundida com a higienização das condutas de entrada do ar externo, através de sprays nebulizadores. O procedimento de limpeza da caixa é utilizado para retirar impurezas do evaporador, motoventilador, grelhas e demais canais de ventilação.
Existem modelos de veículos onde o evaporador é retirado sem retirar o painel, como na Toyota Hilux ano 1995)
Vale lembrar que a simples aplicação dos sprays nebulizadores e ionizadores não conseguem limpar profundamente, ou seja, não retiram a sujidade. Podemos fazer uma analogia ao banho, necessário diariamente em vez de apenas passar um desodorizante. Esses produtos podem atacar elementos orgânicos como os fungos e, enquanto o produto estiver activo, há uma agradável fragrância, dando a sensação de limpeza. Mas o procedimento deve ser utilizado preventivamente e não correctivamente.
A limpeza profunda só é possível através da remoção e abertura da caixa de ventilação, a fim de eliminar a sujidade, com uma lavagem propriamente dita, uma limpeza mecânica (banho).
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É comum a necessidade de remover o painel para ter acesso à caixa de ventilação e condutas. A limpeza parcial pode ser feita também com sistemas que utilizam sonda com câmera, para localizar e vaporizar a sujidade, que acaba por escorrer pelo esgoto da caixa evaporadora. A vídeo-endoscopia é uma ferramenta fundamental na argumentação de venda do serviço perante o proprietário do veículo.
Para agravar a situação, diversos modelos de veículos no mercado não possuem filtro anti-pólen, o que contribui para que a caixa de ventilação fique repleta de impurezas como poeira, folhas, insectos etc. Verifique o manual do proprietário para saber qual a periodicidade da manutenção. A RPL CLIMA sugere a troca preventiva a cada 12 meses ou a cada 15.000 km.
Os Fiat Palio necessitam da remoção do painel para acesso à caixa de ventilação
É possível encontrar no mercado de reposição filtros anti-pólen para adaptação em veículos que não o possuem. Como exemplo, podemos citar os modelos Toyota Corolla (até 2006), Honda Fit e Civic, Ford Ecosport, Fiesta e Fusion, Renault Scénic e Mégane, Mitsubishi Pajero Sport e L200, Nissan Frontier, Volkswagen Gol e Santana, entre outros. Os modelos Chevrolet S10, Ford Ranger e Fiat Uno não possuem e não há espaço para adaptar.
Na linha agrícola e pesada ocorre o mesmo problema e na ausência do filtro anti-pólen a recomendação é a desmontagem para a limpeza.
As posições dos filtros anti-pólen podem variar em relação ao motoventilador. Modelos como o Chevrolet Astra, Novo Vectra e Zafira, Volkswagen Polo e Fox, Fiat Palio e Stilo, e Renault Scénic têm o filtro após o motoventilador, ocasionando desgaste prematuro e a descalibração das pás do motoventilador, devido às impurezas infiltrarem-se sem impedimento algum.
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No detalhe, a imagem do evaporador da Toyota Hilux 1995, parcialmente obstruído por impurezas
Durante a troca dos filtros anti-pólen desses modelos convém retirar o motoventilador para uma limpeza à sua volta e da turbina (fan). O Fiat Palio exige a remoção do painel para o acesso ao motoventilador. Dica: sopre ar comprimido através da abertura do reciclo, a fim de expulsar as impurezas no sentido contrário.
Adaptação do filtro anti-pólen na Renault Scénic ano 2001
Os filtros anti-pólen com carvão activado são um pouco mais caros, mas tendem a reduzir os odores externos devido à capacidade de neutralizar parte dos gases nocivos que entram no habitáculo. Existem modelos de veículos mais sofisticados que chegam a ter 4 filtros anti-pólen.
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Caixa de ventilação desprovida do filtro anti-pólen na Mitsubishi Pajero 2007
Orçamento
Orçamentar serviços para eliminar os odores desagradáveis é uma tarefa delicada, pois como podemos medir e avaliá-los? Podemos quantificar o ruído, fugas de ar, velocidade do vento, humidade, temperatura, pressões etc., mas odor é subjectivo, pessoal, e é mais comum qualificá-lo por comparações e associações, como por exemplo: “cheiro a pó”...
Caixa de ventilação da Renault Scénic 2001
O odor desagradável das condutas de ventilação pode ser de origem externa (óleo de motor, fumo, …), ou de origem interna do sistema. Neste segundo caso ocorre quando, durante o ciclo de refrigeração, o fluído refrigerante passa pelo evaporador a temperaturas na faixa de -5 a 5°C e isso faz com que o ar que passa por as suas alhetas externas troque calor, baixando a sua temperatura e, ao mesmo tempo, ocasionando a condensação da humidade em suspensão (humidade relativa do ar), que passa do estado de vapor para o estado líquido, em forma de micro gotículas. Em seguida, estas aglomeram-se, precipitam-se e caem numa bandeja colectora, pingando para o chão.
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Caixa de ventilação após receber a adaptação do filtro anti-pólen na Mitsubishi Pajero 2007)
O ar que sai nos difusores será seco e, consequentemente, frio. Como o evaporador retém humidade do ar, ao desligar o sistema de ar condicionado, parte desta humidade ainda fica presente nas alhetas do motoventilador. Se após algum tempo ligarmos a ventilação e o ar condicionado, podemos observar e até medir nos primeiros litros de ar que saem no difusor um alto teor de humidade relativa do ar. Este fenómeno pode nos dar a sensação de estar a sentir “cheiro de terra molhada” ou pó. Assim que o ar condicionado começa a entrar na fase de pleno funcionamento, o processo de condensação da humidade recomeça e a sensação deste cheiro vai desaparecendo. Isso é um fenómeno físico e pode ser intensificado caso haja impurezas no evaporador. Não há o que fazer neste caso, pois até mesmo os aparelhos de ar condicionado residenciais podem apresentar o mesmo fenómeno.
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O outro factor interno que agrava o odor é a decomposição de material orgânico dentro da caixa de ventilação, como folhas, pequenos insectos, pelos, etc., que em contacto com a humidade podem oferecer condições ideais para que fungos se proliferem, decompondo o material orgânico e gerando gases. Neste caso, o odor é constante.
Motoventilador repleto de impurezas no Chevrolet Astra 1998
Dica: não adianta ligar o ar quente para secar a caixa ou eliminar o mau cheiro, pois na maioria dos modelos, o radiador de ar quente fica após o evaporador, assim o ar aquecido não passa pelo evaporador (a parte húmida da caixa de ventilação).
Bandeja colectora do Honda Civic 1998
A utilização do sistema de reciclo pode evitar a entrada de impurezas externas e também aumentar a eficiência do sistema, porém o uso continuado com o ar condicionado ligado pode levar a humidade relativa do ar a índices muito baixos (secando o ar), podendo causar até irritação nos olhos, nariz e garganta dos ocupantes.
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Evaporador do Honda Civic 1998 repleto de impurezas
Com este artigo, procuramos orientar os reparadores sobre os mitos da limpeza de sistemas de ar condicionado, assim poderão orçamentar e oferecer melhores serviços aos vossos clientes.