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Aula. Situação financeira. Objetivos de aprendizagem

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Aula

Situação fi nanceira

Nesta aula, veremos que a situação financeira da empresa refere-se à sua capacidade de liquidar os compromissos já assumidos e ao seu potencial de crédito junto aos fornecedores, instituições financeiras etc., pois, a situação financeira corresponde à Liquidez da empresa vista de forma bastante ampla.

Em nossos estudos, compreenderemos que a situação financeira da empresa refere-se à sua capacidade de liquidar os compromissos já assumidos e ao seu potencial de crédito junto aos fornecedores, instituições financeiras etc. Assim, a situação financeira corresponde à Liquidez da empresa vista de forma bastante ampla.

Analisaremos três índices que medem o endividamento da empresa, são eles: Capital de Terceiros / Capital Próprio, Composição do Endividamento e Endividamento Geral.

Dando prosseguimento identificaremos que a Imobilização do Capital Próprio e Imobilização dos

Boa aula!

Objetivos de

aprendizagem

Ao final desta aula, vocês serão capazes de:

• Reconhecer e fundamentar a Situação financeira de uma empresa; • Identificar os diversos tipos de Índices.

Recursos Permanentes revela quanto das fontes de recursos está investida em ativos, cuja maturação financeira é muito longa. Com isso, o Imobilizado predomina dentre do Ativo Permanente e a sua realização financeirao corre por meio da recuperação das depreciações, amortizações ou exaustões, via recebimento das vendas.

Compreenderemos que o Índice de Solvência é expresso pelo número de vezes que o numerador contém o denominador. Assim, esses índices costumam ser avaliados pelo critério de “quanto maior, melhor”.

Por fim, estudaremos que a Liquidez geral mede a proporção dos bens e direitos a serem realizados a curto e longo prazo em relação às dividas totais. Porém, dado o horizonte de tempo coberto por esse índice, sua informação deve ser avaliada com certa cautela, pois muitos fatos futuros poderão afetar essa relação. Dentro da liquidez geral, vimos a Liquidez Corrente, Liquidez Seca e a Liquidez Imediata.

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1 - Análise da Situação Financeira. 2 - Índices de Estrutura Patrimonial.

3 - Os três primeiros índices medem o endividamento

da empresa.

4 - Imobilização do Capital Próprio e Imobilização dos

Recursos Permanentes.

5 - Índices de Solvência. 6 - Liquidez Geral.

Seções de

estudo

Durante o estudo de cada Seção da Aula é importante que faça resumos, utilize planilhas ou esquemas para condensar os conteúdos, reclassifi cando-os mentalmente. Estas estratégias podem facilitar a compreensão, bem como o link dos conteúdos com os conhecimentos adquiridos em outras disciplinas ou mesmo contextualizá-los na prática.

Bons estudos!

1 - Análise da situação fi nanceira

Vamos iniciar nossos estudos compreendendo que a situação financeira da empresa refere-se à sua capacidade de liquidar os compromissos já assumidos e ao seu potencial de crédito junto aos fornecedores, instituições financeiras, etc.

Nesse sentido, a situação financeira corresponde à Liquidez da empresa vista de forma bastante ampla.

A situação financeira avaliada por meio de certas inter-relações entre elementos patrimoniais mede o grau de endividamento, a adequação de fontes de recursos e os ativos por elas financiados e a capacidade de solvência da empresa.

Assim, essas medidas são obtidas com os Índices de estrutura patrimonial e os Índices de solvência.

Figura 7.1 Análise financeira.

FONTE: EMPRESASSA. Análise de custos e formação de preços. Disponível em: <http://www.empresassa.com.br/2012/05/faculdade-fi pecafi -oferece-curso-sobre.html>. Acesso em: 20 jun. 2012.

Para completar esses indicadores temos os Índices de Cobertura que medem a relações entre os recursos gerados pelas atividades operacionais e os encargos financeiros e outros compromissos fixos (FECRA, 2012).

A análise fi nanceira refere-se à avaliação

ou estudo da viabilidade, estabilidade e lucratividade de um negócio ou projeto. Engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar diagnósticos sobre a situação fi nanceira de uma empresa,

assim como prognósticos sobre o seu desempenho futuro.

Para que o analista possa verifi car a situação econômico-fi nanceira de uma empresa, torna-se fundamental o recurso a alguns indicadores, sendo que os mais utilizados são aqueles que assumem a forma de rácios. Estes apresentam uma vantagem, não só de tornar mais precisa a informação, como também de facilitar comparações, quer para a mesma empresa, ao longo de um certo período de tempo, quer entre empresas distintas, num mesmo referencial de tempo. Contudo, convém salientar que os rácios apenas constituem um instrumento de análise, que deve, ser complementado por outros tantos. Com efeito, a análise de indicadores, fornece apenas alguns indícios que o analista deverá procurar confi rmar através do recurso a outras técnicas.

A análise fi nanceira é assim capacidade de avaliar a rentabilidade empresarial, tendo em vista, em função das condições atuais e futuras verifi car se os capitais investidos são remunerados e reembolsados de modo a que as receitas superem as despesas de investimento e de funcionamento.

De forma a alcançar a sobrevivência e desenvolvimento pretendido pela empresa, a avaliação e interpretação da situação econômico-fi nanceira de uma empresa centra-se nas centra-seguintes questões fundamentais: • equilíbrio fi nanceiro;

• rentabilidade dos capitais; • crescimento;

• risco;

• valor criado pela gestão.

O recurso à análise fi nanceira é extremamente importante para as diversas partes interessadas numa boa gestão empresarial, sendo que essas partes interessadas são gestores, credores, trabalhadores e as respectivas organizações, Estado, investidores e clientes.

Cada grupo ou indivíduo tem diferentes interesses, por isso fazem a análise fi nanceira mais adequada aos objetivos pretendidos. Apesar desses objetivos poderem ser diferentes, as técnicas utilizadas baseiam-se, fundamentalmente, no mesmo conjunto de informações económico-fi nanceiras:

• balanço patrimonial;

• demonstração de resultados líquidos; • demonstração dos fl uxos de caixa.

A técnica mais utilizada pela análise fi nanceira é a que recorre aos rácios, um instrumento de apoio para sintetizar uma enorme quantidade de informação, e comparar o desempenho econômico-fi nanceiro das empresas ao longo do tempo. Constituem assim uma base da análise fi nanceira, mas não dão respostas. Essas encontrar-se-ão nos aspectos qualitativos da gestão (WEB ARTIGOS, 2012).

2 - Índices de estrutura patrimonial

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Para Refl etir

Não se pode concluir que uma empresa esteja em melhor situação do que outra apenas porque apresentou menores valores nesses índices.

Conceito

Composição do endividamento pode ser entendida como o “índice, também denominado de perfi l da dívida, mostra a relação entre o E, então? Entendeu amplamente os conceitos básicos do Índice de Estrutura Patrimonial? Vimos que são expressos por meio de porcentagem de participação do numerador sobre o denominador ou em termos de número de vezes que o numerador contém o denominador. Mas, estes conceitos não mostram de maneira defi nida como é útil o Índice de Estrutura Patrimonial. Para isso iremos, abordar, a seguir, os três primeiros índices.

- Capital de Terceiros/Capital Próprio = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Patrimônio Líquido.

- Composição do Endividamento = Passivo Circulante / (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo).

- Endividamento Geral = (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) / Ativo Total.

- Imobilização do Capital Próprio = Ativo Permanente / Patrimônio Líquido.

- Imobilização dos Recursos Permanentes = Ativo Permanente / (Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido) (JÚNIOR, 2012).

Os Índices de estrutura patrimonial são expressos por meio de porcentagem de participação do numerador sobre o denominador ou em termos de número de vezes que o numerador contém o denominador.

Com isso, uma visão muito estreita do problema são esses índices avaliados com o critério de “quanto menor, melhor”.

Assim, deve-se considerar que os índices constituem meros indicadores observados em dado momento e que os aspectos dinâmicos que afetam a liquidez não são captados por essas inter-relações.

Desse modo, uma empresa certamente não estará em situação financeira confortável se apresentar elevada participação de recursos de terceiros em relação ao capital próprio e ao ativo total, com predominância de dívidas a curto prazo nas exigibilidades totais, e com elevada imobilização dos recursos permanentes (FECRA, 2012).

Entende-se como Capital Próprio, o dinheiro que é de propriedade do dono da empresa, ou dos sócios que a abriram. Para fi car mais claro, eu explico: se eu tenho R$ 10.000,00 e pretendo iniciar um negócio, o meu Capital Próprio é de R$ 10.000,00. Considerando que seja necessário usar toda a quantia para começar as atividades. Como Capital de Terceiros, pode-se defi nir como o dinheiro que tomo emprestado para abrir uma empresa ou até mesmo aplicar nela algum recurso emprestado para melhoria de sua estrutura, por exemplo. Então, se possuo R$ 5.000,00 para iniciar um negócio e será preciso que eu tenha R$ 10.000,00, terei que conseguir os R$ 5.000,00 restantes. Se busco essa quantia através de um empréstimo bancário, por exemplo, digo que tal quantia é o Capital de Terceiros. Ou seja, “peguei” o dinheiro de terceiros.

Desta forma, conceituados os dois termos, pergunta-se: o que é melhor para o empresário? Capital Próprio ou Capital de Terceiros? Ambos são importantes para uma empresa ou para quem a administre. Relevante, portanto, é saber a melhor ocasião para adquirir o empréstimo ou para usar o recurso próprio. Nem sempre o Capital de Terceiros será ruim,

principalmente se tal aquisição acontecer numa boa negociação, onde a taxa de juros compense, e para qual fi nalidade será aplicada a quantia requisitada.

A utilização do Capital de Terceiros deve ser evitada quando em frequência ou para o pagamento de outras dívidas. Mas, quando tratar de investimento em estrutura, equipamentos, aquisição de outros bens, ampliação e incremento de atividades, ele será bastante útil, pois o retorno certamente ocorrerá.

O Capital Próprio, por sua vez, é também demasiado importante e pode ser encarado também como investimento. Imagine que você faça um curso superior em 4 anos e que o custo das mensalidades seja pago por você. É um investimento. Você terá o retorno em conhecimento e possivelmente fi nanceiro também, caso receba uma promoção ou vá trabalhar em cargo que exija o curso superior. É interessante então que fi que claro, a importância dos dois tipos de recursos e principalmente o momento adequado de usar um ou outro. Para isso, indico a prudência antes das negociações para que o seu capital próprio não seja perdido, nem que você se atole em dívidas achando que fez um bom negócio ao adquirir um empréstimo (NEVES, 2012).

3 - Os três primeiros índices medem

o endividamento da empresa

Iremos analisar, a seguir, os três primeiros índices que medem o endividamento da empresa, são eles:

3.1 Capital de terceiros/capital

próprio

O capital de terceiros ou capital próprio revela quanto a empresa possui de dívidas em relação aos recursos pertencentes aos acionistas. Em geral, um índice superior a 100% (ou maior do que 1,0) evidencia desequilíbrio entre essas duas grandes fontes de financiamento do ativo (FECRA, 2012).

Capital de Terceiros / Capital Próprio = PC + PELP`/ PL

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5 - Índices de solvência

4 - imobilização do capital próprio

e imobilização dos recursos

permanentes

passivo de curto prazo da empresa e o passivo total. Ou seja, qual o percentual de passivo de curto prazo é usado no fi nanciamento de terceiros” (TIBÚRCIO, 2012).

A composição do endividamento mostrará se existe ou não excesso de dívidas a curto prazo sobre as exigibilidades totais, pois, subtraindo esse índice de 100% (ou de 1,0), encontra-se a participação das dívidas de longo prazo.

Nesse sentido, uma participação muito elevada das dívidas de curto prazo pode indicar eminente aperto financeiro (FECRA, 2012).

Composição do endividamento = PC / PC + PELP

Figura 7.2 Endividamento.

FONTE: VIA MAXI. Endividamento de consumidores preocupa especialistas. Disponível em: <http://www.viamaxi.com.br/2012/06/endividamento-de-consumidores-preocupa-especialistas/>. Acesso em: 20 jun. 2012.

3.3 Endividamento geral

O endividamento geral mostra a dependência de recursos de terceiros no financiamento dos ativos. Assim, esse índice está estreitamente ligado à relação Capital de Terceiros/ Capital Próprio, constituindo outro ângulo da visão do mesmo problema, porém, elevadas proporções nesses índices revelam que a empresa é excessivamente endividada (FECRA, 2012).

Endividamento Geral = PC+ PELP / Ativo Total

Podemos notar que estes revelam quanto dessas fontes de recursos está investido em ativos, cuja maturação financeira é muito longa.

Dessa forma, o Imobilizado, normalmente, predomina dentre do Ativo Permanente e a sua realização financeira ocorre por meio da recuperação das depreciações, amortizações ou exaustões, via recebimento das vendas.

Com isso, subtraindo esses índices de 100% (ou de 1,0), encontra-se a parcela dos recursos próprios ou destes mais as dívidas de longo prazo que está aplicada no Ativo Circulante e no Realizável a Longo Prazo. Um alto grau de imobilização compromete a liquidez da empresa (FECRA, 2012).

Imobilização do Capital Próprio = AP / PL

Imobilização dos Recursos Permanentes =AP / PELP + PL Imobilização do Patrimônio Líquido

Este índice, também conhecido como IMOBILIZAÇÃO DO CAPITAL PRÓPRIO, mostra quanto do Patrimônio Líquido foi investido no Ativo Permanente. Deve-se observar que um alto grau de

Imobilização pode comprometer a Liquidez da Empresa.

Imobilização de Recursos Permanentes Esse Índice demonstra qual o percentual de recursos Não Correntes (Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido) que foram destinados à aplicação no Ativo Permanente (FISCONET, 2012).

O Índice de Solvência é expresso pelo número de vezes que o numerador contém o denominador.

Nesse sentido, esses índices costumam ser avaliados pelo critério de “quanto maior, melhor”. Assim, esses índices não medem a efetiva capacidade de liquidar seus compromissos no vencimentos, mas apenas evidenciam o grau de solvência em caso de enceramento total das atividades.

Portanto, considerando essas inter-relações como indicadores gerais, pode-se supor que, quanto mais elevados forem os índices, melhor será a situação financeira da empresa (FECRA, 2012).

Solvência, em fi nanças e contabilidade, é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o passivo, ou a sua capacidade de cumprir os compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo. Portanto, do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações correntes e ainda apresentar uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam sua sobrevivência no futuro.

Na estrutura econômico-fi nanceira da empresa deve haver uma certa coerência entre a natureza dos investimentos e a origem dos recursos fi nanceiros. A prudência e a lógica aconselham que os investimentos de longo prazo sejam fi nanciados por capitais permanentes (capital + reservas + obrigações de médio e longo prazo). Nunca uma dívida de curto prazo deve fi nanciar um bem imobilizado.

Os capitais permanentes não só devem fi nanciar o ativo fi xo, mas também uma parte do ativo circulante. A parte do ativo Circulante fi nanciada com capitais permanentes constitui o chamado Capital de Giro. O excesso de capital permanente sobre o ativo fi xo, que é o capital de giro, constitui uma margem de garantia ou de segurança (solvência) fi nanceira que permite compensar os desajustes entre os fl uxos fi nanceiros de entrada e saída provocados pelo ciclo operacional (SCRIBD, 2012).

Para realizar as refl exões referentes a Aula 5, iremos conhecer as regras gerais da liquidez geral.

Este conhecimento é muito relevante, uma vez que partindo dele poderemos saber, de forma específi ca, a forma prática de executar as atividades inerentes a administração fi nanceira.

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6 - liquidez geral

A Liquidez geral mede a proporção dos bens e direitos a serem realizados a curto e longo prazo em relação às dividas totais.

Assim, dado o horizonte de tempo coberto por esses índice, sua informação deve ser avaliada com certa cautela, pois muitos fatos futuros poderão afetar essa relação.

Figura 7.3 Liquidez.

FONTE: REBELO, Paulo. A questão da liquidez. Disponível em: <http://www. paulorebelotrader.com/blog/2010/10/10/a-questao-da-liquidez/>. Acesso em: 20 jun. 2012.

No entanto, é de se esperar que esse índice seja sempre superior a 1,0, evidenciando uma folga na capacidade de solvência global (FECRA, 2012).

Liquidez Geral = AC + ARLP / PC + PELP

Liquidez é um conceito fi nanceiro que se refere à facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da economia, ou seja, é a facilidade com que ele pode ser convertido em dinheiro. O grau de agilidade de conversão de um investimento sem perda signifi cativa de seu valor mede a sua liquidez. Um ativo é tanto mais líquido quanto mais fácil for transformá-lo em dinheiro vivo, ou seja, a liquidez pode ser entendida como a medida de interesse que o mercado tem em negociar esse ativo. Ela pode variar conforme o tipo de investimento feito pela empresa, as suas perspectivas de lucro e as conjunturas econômicas nacional e internacional.

A moeda é considerada como o ativo mais líquido, mas é uma reserva de valor imperfeita. Quando há uma elevação geral dos preços da economia (infl ação), por exemplo, o valor da moeda cai.

Em análise de crédito, a liquidez de um cliente refere-se à probabilidade de que ele venha a honrar seus compromissos de curto prazo com os credores (comércio, indústria, bancos, etc.), na data prevista. Ou seja, é a sua capacidade de pagamento. Em princípio, se o cliente depende de um outro credor para quitar seu débito junto a um primeiro credor, sua liquidez é menor. O grau de liquidez para os investidores é estimado através do respectivo desconto do valor dos títulos. Investimentos feitos através da

privateequity normalmente têm riscos adicionais

(SCRIBD, 2012).

6.1 Liquidez corrente

A Liquidez Corrente é a mais conhecida e utilizada dentre todos os índices financeiros, mas certamente corresponde a aquele que é interpretado de forma mais errônea.

Nesse sentido, dizer que a empresa possui ótima liquidez a curto prazo porque seu Ativo Circulante representa o dobro do seu Passivo Circulante, implica em ignorar uma série de informações relevantes.

Entretanto, esse Ativo Circulante poderá ser constituído por estoques de baixa rotação e, em parte, por estoques obsoletos e invendáveis pelo valor contábil, conter duplicatas a vencer muitos meses adiante, com algumas de difícil cobrança, e assim por diante.

Porém, o denominador do índice representa obrigações líquidas e certas, podendo predominar dívidas a vencer em curtíssimo prazo.

Informação: a liquidez do próprio Ativo Circulante e a defasagem de sua realização em moeda em relação aos pagamentos para liquidação do Passivo Circulante não são captados por esse índice.

Dessa forma, uma empresa que apresente um índice de liquidez corrente de 1,0 poderá ter muito melhor situação do que outra cujo índice é 2,0. Assim, a liquidez efetiva decorre dos fluxos de recebimentos e de pagamentos, apoiada na facilidade de se levantarem novos empréstimos a qualquer tempo.

Portanto, o inverso desse índice fornece informações muito importantes. Ao calcular a porcentagem do Passivo Circulante sobre o Ativo Circulante, tem-se uma medida da participação das dívidas de curto prazo no financiamento do capital de giro. Subtraindo essa porcentagem de 100%, sabe-se qual é a proporção do capital circulante líquido sobre o Ativo Circulante (FECRA, 2012).

Liquidez Corrente = AC / PC

Segundo Iudícibus (2007, p. 91):

Este quociente relaciona quantos reais dispomos, imediatamente, disponíveis e conversíveis em curto prazo em dinheiro, com relação às dívidas de curto prazo. É um índice muito divulgado e frequentemente considerado como o melhor indicador da situação de liquidez da empresa. É preciso considerar que no numerador (AC) estão incluídos itens tão diversos como: disponibilidade, valores a receber a curto prazo, estoques e certas despesas pagas antecipadamente. No denominador (PC), estão incluídas as dívidas e obrigações vencíveis a curto prazo. Com tal afi rmação, pode-se concluir que a liquidez corrente relaciona quanto que a empresa tem disponível e quanto que ela pode converter para pagar suas dívidas a curto prazo (SCRIBD, 2012).

6.2 Liquidez seca

A Liquidez Seca é o índice subtraindo do Ativo Circulante os estoques e as despesas pagas antecipadamente, sobram os valores de maior liquidez, como duplicatas a receber e outras contas a receber a curto prazo, as aplicações financeiras e as próprias disponibilidades.

Assim, ao relacionar tais valores com o Passivo Circulante tem-se uma medida mais rigorosa da capacidade de solvência

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denominada Índice de Liquidez Seca.

No entanto, esse índice oferece a vantagem de desconsiderar os estoques que necessitam ser vendidos para se transformarem em contas a receber ou caixa. Normalmente, deve-se esperar que a liquidez seca seja superior a 1,0 (FECRA, 2012).

Liquidez Seca = AC – Estoques – Despesas de Exercícios Seguintes / PC

O índice de liquidez seca objetiva calcular a capacidade de pagamento empresarial desconsiderando os seus estoques. Entende-se que o índice de Liquidez Seca Entende-serve para verifi car a tendência fi nanceira da empresa em cumprir, ou não, com as suas obrigações a curto prazo, mas desconsiderando os seus estoques, pois estes podem ser obsoletos e não representar a realidade dos saldos apresentados no Balanço contábil. É importante também observar que se a empresa possui um estoque muito elevado, os analistas ou investidores vão considerar que não existem políticas adequadas de compras e vendas (FCV, 2012). Para iniciar nossas refl exões, na próxima subseção, vamos buscar compreender melhor mais um tipo de Liquidez, identifi car a sua importância e os principais objetivos que o administrador fi nanceiro deve buscar.

6.3 Liquidez imediata

Neste tipo de liquidez, é expresso o quociente entre as disponibilidades e o Passivo Circulante. Se muito alto, esse índice evidenciaria excesso de recursos parados no caixa ou aplicados a curto prazo, ou então baixo volume de dívidas a curto prazo. Assim, em qualquer hipótese, mais do que alta liquidez, isso representaria má gestão dos recursos financeiros e do potencial de crédito da empresa (FECRA, 2012).

Este quociente relaciona o disponível em determinado momento com o passivo corrente. Com afi rmação de Assaf Neto (2007, p. 190): Revela a porcentagem das dívidas a curto prazo (circulante) em condições se serem liquidadas imediatamente. Esse quociente é normalmente baixo pelo pouco interesse das empresas em manter recursos monetários em caixa, ativo operacionalmente de reduzida rentabilidade. Diante da afi rmação do autor, pode-se constatar que a liquidez imediata relata a quantia que a empresa dispõe para pagar sua dívidas de curto prazo (WIKIPÉDIA, 2012). Fiquem ligados(as)! A partir das nomenclaturas relacionadas à situação fi nanceira, que acabamos de estudar, será possível uma maior fundamentação para a compreensão da atuação profi ssional nesta área.

Retomando a

aula

Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar esse tópico, vamos recordar:

1 - Análise da Situação Financeira.

Iniciamos nossos estudos compreendendo que a situação financeira da empresa refere-se à sua capacidade de liquidar os compromissos já assumidos e ao seu potencial de crédito junto aos fornecedores, instituições financeiras etc. Pois a situação financeira corresponde à Liquidez da empresa vista de forma bastante ampla.

2 - Índices de Estrutura Patrimonial.

Compreende que a situação financeira da empresa refere-se à sua capacidade de liquidar os compromissos já assumidos e ao seu potencial de crédito junto aos fornecedores, instituições financeiras etc. Assim, a situação financeira corresponde à Liquidez da empresa vista de forma bastante ampla.

3 - Os três primeiros índices medem o endividamento da empresa.

Analisamos, na Seção 3, os três primeiros índices que medem o endividamento da empresa, são eles: Capital de Terceiros / Capital Próprio, Composição do Endividamento e Endividamento Geral.

4 - Imobilização do Capital Próprio e Imobilização dos Recursos Permanentes.

Dando prosseguimento, vimos na Seção 4 que esse revela quanto das fontes de recursos está investida em ativos, cuja maturação financeira é muito longa. Com isso, o Imobilizado predomina dentre do Ativo Permanente e a sua realização financeira ocorre por meio da recuperação das depreciações, amortizações ou exaustões, via recebimento das vendas.

5 - Índices de Solvência.

Tivemos a oportunidade de estudar na Seção 5 que o Índice de Solvência é expresso pelo número de vezes que o numerador contém o denominador. Assim, esses índices costumam ser avaliados pelo critério de “quanto maior, melhor”. Esses índices não medem a efetiva capacidade de liquidar seus compromissos nos vencimentos, mas apenas evidenciam o grau de solvência em caso de enceramento total das atividades.

6 - Liquidez Geral.

Por fim, na seção 6 compreendemos que a Liquidez geral mede a proporção dos bens e direitos a serem realizados a curto e longo prazo em relação às dividas totais. Porém, dado o horizonte de tempo coberto por esse índice, sua informação deve ser avaliada com certa cautela, pois muitos fatos futuros poderão afetar essa relação. Dentro da liquidez geral, vimos a Liquidez Corrente, Liquidez Seca e a Liquidez Imediata.

Já estamos no ambiente virtual esperando sua participação! Assim, se fi cou com dúvidas, tem comentários ou sugestões a fazer sobre a Aula 7, acesse as ferramentas habituais e interaja conosco. Nosso objetivo é tornar sua aprendizagem um momento de realização pessoal e profi ssional!

(7)

ANTHONY, Robert N. Contabilidade gerencial. São Paulo:

Atlas, 1981.

BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 1995.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 7 ed.

São Paulo: Harbra, 1997.

GROPELLI A. A.; EHSAN, N. Administração financeira.

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HOJI, Masakazu. Administração Financeira: uma

abordagem prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 5.ed. São Paulo: Atlas, 2004.

IUDICIBUS, Sergio de. Análise de balanço, análise da liquidez e do endividamento análise do giro, rentabilidade e alavancagem financeira. São Paulo: Atlas, 1998.

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Referências

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