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Esta revista faz parte da edição de 17 de novembro de 2016 do semanário Região de Cister, não podendo ser vendida separadamente

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Esta rEvista faz partE da Edição 1.213 dE 17 dE no-vEmbro dE 2016 do sEmanário rEgião dE CistEr, não podEndo sEr vEndida sEparadamEntE

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17 novembro 2016

alcobaça

volta

a ser o centro da

doçaria conventual

P

elo quarto ano

consecuti-vo, o semanário Região de

Cister edita a revista oficial

da Mostra Internacional de Doces

& Licores Conventuais de

Alco-baça, o maior evento do género

a nível nacional e que, todos os

anos, atrai dezenas de milhares

de pessoas à cidade.

Desde 2013, o semanário que

assegura a cobertura noticiosa

dos concelhos de Alcobaça e

Nazaré assumiu a

responsabi-lidade de publicar uma revista

que fosse um pequeno “guia”

daquilo que os visitantes

podem ver (e apreciar) num

evento que, por estes dias,

confirma a cidade como a

capital da doçaria

conven-tual.

Falar de Alcobaça é falar da

história de Portugal, dos

im-pactos da presença da Ordem

de Cister por toda a Europa ao

longo de séculos, mas

tam-bém de doces e licores que, ao

longo de séculos, conquistaram

os paladares mais exigentes.

Entre hoje e domingo,

pou-cos são aqueles que resistirão às

propostas gastronómicas que

se podem encontrar no mais

bem conservado monumento

cisterciense do Velho Continente.

Razões de sobra para uma visita

à Mostra e ao Mosteiro, que é de

todos nós!

editor Palavras

necessárias, Lda

gerência rui morais

e Joaquim Paulo diretor Joaquim Paulo textos Daniela Carmo, Joana Pestana, João neves e Sara vieira

fotografia reGIÃo De CISTer serviços comerciais Dulce Alves (coordenação) e Alexandre neves impressão FIG, SA tiragem 5 mil exemplares Ficha técnica

Esta revista é suplemento da edição n.º 1.213 de 17 de novembro de 2016 do semanário REgIãO DE CIs-tER. Não pode ser vendida separadamente

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17 novembro 2016

a maioridade da mostra

de

doces & licores

A

Mostra Internacional de Doces &

Lico-res Conventuais comemora este ano o seu 18º aniversário. Fazer 18 anos é sempre um marco importantíssimo na vida de todos nós e o mesmo acontece com aquele que é, sem dúvida, o evento de maior projeção nacional e internacional de todo

o concelho de Alcobaça. Todos os anos procuramos subir a fasquia de exigência e qualidade de um evento que por si só atrai dezenas de milhares de pessoas. Em 2015, demos um salto qualitativo tremendo com

o espetáculo de vídeomapping projetado na fachada do Mosteiro de Alcobaça. Foi um mo-mento único que permanecerá para sempre na memória dos alcobacenses e dos visitantes.

Este ano abarcámos um novo e ambicioso desafio. Recorrendo novamente à técnica de videomapping, propomos algo mais interior e introspetivo. UNIVERSALIS consistirá numa experiência sensorial dentro da nave central do Mosteiro de Alcobaça, a maior igreja da Penín-sula Ibérica, que alude a momentos chave da história da civilização humana, em simultâneo com episódios bíblicos essenciais.

Será uma projeção em 360º graus que pro-porcionará diferentes perspetivas e dinâmicas aos diferentes elementos que compõe a nave central do Mosteiro de Alcobaça: as colunas os, túmulos de Pedro e Inês, o altar, etc.

Trata-se, no fundo, de uma experiência que apela à espiritualidade de todos nós e que nos faz refletir e sobretudo celebra, a nossa condição humana e as suas múltiplas dimensões.

Em resumo, estamos na iminência de assistir ao maior espetáculo de videomapping alguma vez realizado em Portugal, com uma área de projeção de 5200 m2 com recurso a 32 projetores dispostos estrategicamente em toda a nave central do Mosteiro de Al-cobaça.

Este aconteci-mento complementa na perfeição a Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais que proporciona, também ela, saborosas ex-periências de dimensão divina – ecoando per-feitamente o espírito de UNIVERSALIS.

A Mostra de Doces & Licores Conventuais simboliza perfeitamente a aposta clara e ine-quívoca que o Município de Alcobaça tem feito na produção de eventos culturais de excelência. Essa é a nossa marca e nosso legado.

Viva Alcobaça e seja bem-vindo à 18ª Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais.

Paulo inácio

presidente da Câmara Municipal de Alcobaça

A Mostra simboliza a

aposta clara e

inequí-voca que o Município

de Alcobaça tem feito

na produção de eventos

culturais de excelência

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17 novembro 2016

Um ano forte na

InternacIonalIzação

T

em lugar, no Mosteiro de Alcobaça, mais

uma Mostra Internacional de Doces e Licores Conventuais. A presença de 4 abadias cistercienses estrangeiras acentua o carácter internacional de um certame que tem ganho um espaço cada vez maior no quadro de eventos congéneres, contribuindo para a boa promoção de Alcobaça e do seu Mosteiro, um dos monumentos mais extraordinários que a Ordem de Cister construiu em toda a Europa.

O ano de 2016 foi particularmente forte para o Mosteiro de Alcobaça (e, consequentemente para o concelho) no âmbito da Internacionalização. A participação activa dos Mosteiros de Alcobaça e Cós na Assembleia-Geral da Carta Europeia de Abadias e Sítios Cistercienses, decorrida em Abril, na abadia alemã de Bronnbach, reforçou o nosso posicionamento no contexto desta associação e, consequentemente, na Rota de Abadias Cistercien-ses, Itinerário Cultural do Conselho da Europa.

Procurando a boa prossecução deste objec-tivo estratégico, especial referência merece o “I Encontro Internacional de Abadias Cistercien-ses em Alcobaça”, realizado no passado dia 12 de Novembro no Mosteiro de Alcobaça, com a participação de 12 gestores de abadias de 10 países europeus. Definitivamente, Alcobaça

assumiu-se, no contexto internacional, como espaço de referência no campo da reflexão e troca de experiências ao nível da gestão destes sítios, contribuindo igualmente para a divulgação de boas práticas.

Enquanto monumento Inscrito na Lista do Património Mundial da Humanidade, o Mostei-ro de Alcobaça enfrenta novos desafios com a aplicação do Plano de Helsínquia, um plano de ação criado pelo Comité do Património Mundial que tem como objectivo assegurar uma melhor protecção, gestão e promoção do Património Mundial na Europa. Garantir a segurança de pes-soas e bens e a boa conservação do monumento e de todo o património móvel associado, assim como oferecer aos visitantes desta XVIII edição o seu melhor usufruto do mesmo, constitui a nossa principal preocupação, ainda para mais quando decorrem importantes trabalhos de conservação e restauro em várias partes do monumento e se prevê um aumento significativo de visitan-tes com a realização do espectáculo de vídeo mapping “Universalis” na igreja.

Este assume especial significado, pela repro-dução de iluminuras dos códices alcobacenses, património de valor inestimável que se guar-da na Biblioteca Nacional de Portugal e que valeu a Alcobaça, há 1 ano, mais uma vez, o reconhecimento universal com a inscrição do “Comentário ao Apocalipse do Beato de Lié-bana”, recentemente exposto no Mosteiro, no Registo de Memória do Mundo da UNESCO. A não perder.

ana Pagará

diretora do Mosteiro de Alcobaça

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17 novembro 2016

o reconhecimento de

um produto

turístico

A

26 de junho de 2015 foi instituído, pela

Assembleia da República, o Dia Nacional da Gastronomia Portuguesa, a celebrar, anualmente, no último domingo de maio. Este foi um dia histórico no reconhecimento da Gastrono-mia como um dos mais importantes patrimónios imateriais do nosso território.

Esta conquista reflete o trabalho sério e concertado de uma série de intervenientes, desde logo a Con-federação das Confrarias Gastro-nómicas, que assume o papel de representar de forma séria, ativa e responsável o valioso conjunto de

confrarias gastronómicas existentes em Portugal. A Turismo Centro Portugal assume, também a este nível, o seu papel no reconhecimento e na promoção do produto “Gastronomia e Vinhos”, considerando-o como estruturante e transversal a todos os restantes. Isto reflete-se na sua integração no Vetor “Cultura, História e Património”, um dos vetores prioritários de atuação da TCP, definidos no seu Plano de Marketing. Porque “Gastronomia” encerra em si a cultura, a his-tória e o património de uma região, de um País.

Esta é uma reflexão que sustenta a certeza de que a gastronomia tradicional reflete a história, as particula-ridades geográficas e o modo de vida das populações.

Mas, mais do que isso. É também o que dá cor e sabor a cada visita. É o que torna as experiências turísticas inesquecíveis, e os destinos inolvidáveis.

Desde 1999 que Alcobaça celebra um dos seus produtos turísticos mais distintivos e autênticos, com a aposta na realização da Mostra de Doces e Licores Conventuais, tornando-se assim pioneira na preservação e divulgação do património cultural que é a doçaria, apostando na tradição gastronómica deixada pela presença dos Monges e Monjas Cistercienses dos Con-ventos de Alcobaça e Cós. A realização desta mostra no Mosteiro assume-se hoje como uma feliz aliança, entre este que é um dos quatro Patrimónios Mundiais classificados pela UNESCO na Região Centro, e um dos seus mais fortes e distintivos patrimónios imateriais: a doçaria conventual. Com a aposta na realização da Mostra de Doces e Licores Conventuais no Mosteiro de Alcobaça, o município contribuiu, de forma substancial, para a estruturação de um produto turístico verdadeira-mente identitário, capaz de traduzir a quem o visita, o que de imaterial, sensorial e onírico existe nesta região. Traduz em imagens e sabores autênticos, uma experiência marcante, capaz de provocar a satisfação e a fidelização ao destino.

Porque o Centro de Portugal é, sobretudo, um Centro Emocional, onde a Gastronomia e a Cultura assumem um protagonismo singular.

Por tudo isto, um grande bem-haja!

pedro machado presidente da Entidade Regional Turismo do Centro de Portugal

O Centro de Portugal

é, sobretudo, um

Cen-tro Emocional, onde a

Gastronomia e a Cultura

assumem um

protago-nismo singular

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17 novembro 2016

mostra de

doces

atinge a maioridade

O evento promete bater todos os recordes de afluência de público

no ano em que assinala a 18.ª edição. A organização promete

muitas surpresas, com destaque para novos expositores e um

espetáculo multimédia na Nave Central do Mosteiro

A

cabou a espera. O evento mais

doce de Alcobaça, senão mesmo do País, começa hoje e termina no domingo. O Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça é, uma vez mais, a casa da Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais. Nos últimos 17 anos, o certame foi conquistando os amantes da doçaria conventual, sobretudo após a mudança do local do evento para o mo-numento, classificado Património Mundial pela Unesco desde 1989. Em 2016, ano em que o evento atinge a maioridade, ao completar a 18.ª edição, a história do universo vai ser contada nas paredes da Igreja do Mosteiro através de luz e cor, com base no património bíblico e em

iluminuras de códices cistercienses. O espetáculo multimédia, a que os visitantes terão oportuni-dade de assistir gratuitamente durante os dias da Mostra, é a grande aposta da Câmara para a edição deste ano do evento.

Também a presença das ordens religiosas na Mostra tem sido reforçada ao longo dos últimos anos. Depois de, em 2013, as únicas três monjas cistercienses residentes em Por-tugal se juntarem aos monges de Oseira, de Espanha, reunindo pela primeira vez monges e monjas cistercienses no mesmo espaço, este ano também as monjas carmelitas descalças da Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo, representada pelo Mosteiro do Carmelo do

até 2005 o evento decorreu em vários locais da cidade e só a partir de 2006 passou a decorrer no interior do mosteiro? sabia que...

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do Carmelo do Porto, vão fazer as delícias dos participantes do evento com as suas iguarias conventuais.

Na lista de expositores, destaque ainda para o regresso da comitiva de

Alcobaça da Bahia, do Brasil, em representação da geminação com Alcobaça, que se junta nos partici-pantes internacionais à Abadia de Herkenrode, da Bélgica e à Abadia de Fécamp, em França.

Também o concurso de doces,

que este ano apurará o melhor doce, a me-lhor compota e o prémio inovação conventual, bem como o melhor licor conventual, traz a Alcobaça o chef Telmo Moutinho, jurado do

programa televisivo “Best Bakery - a melhor pastelaria de Portugal”.

O presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio, e a diretora-geral do Património

Cul-tural, Paula Silva, abrem hoje, às 15 horas, as por-tas do Claustro D. Dinis, da Sala dos Monges, do Refeitório, da Sala das Conclusões, do Claustro da Hospedaria, do Claustro do Cardeal e do Claustro da Prisão, que serão “invadidos” por milhares de visitantes nos próximos dias... a Mostra decorre sempre no terceiro fim de semana de novem-bro? sabia que...

Segunda a Sexta das 8h30 às 19h. Sábado das 9h00 às 12h30

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17 noveMbro 2016

Presença internacional

continua a ser

refor-çada. Este ano, haverá

expositores de Espanha,

França, Bélgica e Brasil

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17 novembro 2016

universalis

projetado

na igreja do mosteiro

A Nave Central do Mosteiro de Alcobaça vai servir de tela ao

“Universalis”, um espetáculo multimédia em 360 graus através

de projeções video mapping, durante os quatro dias da Mostra

Internacional de Doces & Licores Conventuais

A

Nave Central e o altar do

Mostei-ro serão o principal enfoque do maior video mapping produzido em Portugal, que será projetado no interior do monumento, entre as 19 e as 23 horas, durante os quatro dias da Mostra Inter-nacional de Doces & Licores Conventuais.

O espetáculo multimédia, que inclui uma área de projeção de 5.200 metros quadrados, aborda temas que são simultaneamente bíbli-cos e universais, como a criação do Homem,

o dilúvio, a civilização, a guerra, o apocalipse, o inferno, a espiritualidade, a ascensão e o universo. Através da utilização de patrímonio bíblico e de iluminuras, nomeadamente no códice “Comentário ao Apocalipse do Be-ato de Liébana”, produzido no Scriptorium do Mosteiro de Alcobaça, vai ser criado um ambiente de luz e cor que se pretende que seja uma experiência reflexiva sobre os temas universais que fazem parte de cada pessoa nas suas mais variadas vivências.

serão precisos 32 projetores de luz para o video mapping na nave Central no mosteiro? sabia que...

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17 novembro 2016

O espetáculo tem a duração de dez minutos e será reproduzido em modo contínuo, ou seja, com repetições sucessivas.

“Universalis” surge depois de a “Luz do Amor” ter sido

proje-tado nos 200 metros da fachada do Mos-teiro de Santa Maria de Alcobaça e ter atraído milhares de visitantes à cidade em 2015. A Câmara estima que foram

mais de 50 mil as pessoas que assistiram ao espetáculo multimédia, que contou, em 18 minutos, a história do monumento, desde

a sua construção até aos dias de hoje, evi-denciando o papel dos monges da Ordem de Cister e a importância das suas atividades no desenvolvimento social, cultural e económico

da região.

Este ano, o espe-táculo video map-ping muda-se para o interior do Mosteiro. As vozes do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra e a música do compositor e músico francês Sylvan Moreau precedem a primeira projeção multimédia, às 19 horas, no dia 17. A não perder.

Depois de a “Luz do Amor”

ter iluminado a fachada do

Mosteiro, o ateliê Ocubo

au-mentou a fasquia e preparou

um espetáculo multimédia em

360 graus a ser projetado na

Igreja do Mosteiro

a equipa do ateliê ocubo demorou mais de seis meses a prepa-rar este espetáculo multimé-dia? sabia que...

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17 novembro 2016

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17 novembro 2016

Mostra

reune três

dezenas de expositores

Durante os próximos quatro dias, o monumento vai ser a

“mon-tra” de doces e licores de mais de três dezenas de expositores

nacionais e internacionais. Destaque para o regresso de uma

comitiva brasileira oriunda de Alcobaça da Bahia, cidade que é

geminada com a “nossa” Alcobaça

A

Mostra Internacional de Doces &

Licores Conventuais tem vindo a crescer e a sua importância não tem sido ignorada pelos empre-sários deste setor. Prova disso é o facto de 35 expositores nacionais e internacionais terem escolhido este certame para mostrar o que de melhor se faz no que toca à doçaria. Este número de expositores é o maior dos últimos anos, o que comprova que a Mostra Interna-cional de Doces & Licores Conventuais não para de crescer.

Na 18.ª edição da Mostra não faltarão as empresas mais conhecidas da região, como o Atelier do Doce, Pastelaria Alcôa ou a M.S.R., que já ganharam fama dentro e fora de portas com os seus doces e licores. Mas também marcarão presença dezenas de marcas vindas um pouco de todo o País.

De Leiria chegam as Brisas do Liz da Padaria Marquês e diretamente de Pombal viajam os Biscoitos do Louriçal, confecionado no interior do Convento do Louriçal, só para enumerar algumas das iguarias do districto.

nos con-ventos e mosteiros portu-gueses, as claras de ovos eram usadas para confecionar hóstias, manter os hábitos en-gomados e clarificar vinhos? sabia que... lista de particpantes

alcobaça Atelier do Doce, A. Gerardo,

Casa do Pão de Ló de Alfeizerão, Casa dos Doces Conventuais e Casinha dos Montes, Cisterdoce, Licor de Ginja M.S.R., Padaria Lérias, Pastelaria Alcôa, Res-taurante António Padeiro, ResRes-taurante Trindade, Rosmaninho Limão e Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvi-mento Rural De Cister (EPADRC)

aMarante Brisadoce arouca Manuel Bastos aveiro Ovos Moles de Aveiro beja Maltesinhas - Doces

Con-ventuais

braga O Gigo

carvalhosa Mosteiro do Carmelo

do Porto (Bande)

évora Quintal D. Quixote guiMarães Pastelaria Clarinha leiria Padaria do Marquês lorvão Pastelaria O Mosteiro Madeira Casa do Povo de Curral

das Freiras

ovar Flor-de-Liz

poMbal Convento do Louriçal portiMão A Casa da Isabel santo tirso Mosteiro de

Singe-verga

são pedro do sul Paula Cristina

Ventura Rosa

tentúgal A Pousadinha terra de bouro Monjas

Cister-cienses de Rio Caldo

vizela Casa do Bolinhol espanha Mosteiro de Santa Maria

do Sobrado (Galiza)

bélgica Abadia de Herkenrode

(Herkenrode)

b r a s i l A l c o b a ç a d a B a h i a

(Bahia)

França Abadia de Fécamp

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é principal-mente do Mosteiro Feminino de Coz que vem a tradição da doçaria conventual na região? sabia que...

A origem dos expositores estende-se aos quatro cantos de Portugal. Por exemplo, di-retamente de Tentúgal partem as trouxas do Mondego de A Pousadinha e de Vizela chega o tradicional bolinhol.

A Casa da Isabel, em Portimão, e as Monjas Cistercienses de Rio Caldo, de Terra de Bouro, são os expositores que mais quilómetros terão de fazer para estar em Alcobaça durante o certame.

Isto é se não contarmos com os expositores estrangeiros. Este ano, a Mostra conta com quatro bancas internacionais: as habituais Abadias de Herkenrode (Bélgica) e Fécamp (França) e o Mosteiro de Santa Maria do Sobra-do (Espanha) vão trazer a Alcobaça algumas

das melhores iguarias da Europa. A novidade é visita de uma comitiva de Alcobaça da Bahia, no Brasil, cidade geminada com a “nossa” Al-cobaça que, além do nome, partilha a tradição da doçaria conventual com a cidade portu-guesa. Já em 2010 aquele expositor brasileiro tinha visitado a Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais.

Estão reunidos todos os ingredientes, lite-ralmente, para mais uma edição de um dos eventos mais doces do País. Seja qual for a preferência das suas papilas gustativas, de certo que vai encontrar algo nestra Mostra Internacional de Doces & Licores Conventu-ais que lhe faça crescer água na boca e lhe

adoce o espírito.

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17 novembro 2016

ordens religiosas

mantêm tradição

A Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo, representada pelo

Mosteiro do Carmelo do Porto, vai juntar-se, pela primeira vez, à

Ordem de Cister, Ordem de Santa Clara e Ordem de São Bento

na Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais

A

Mostra Internacional de Doces &

Licores já não se faz sem a pre-sença das ordens religiosas que, todos os anos, trazem ao certame receitas com muitos séculos. Este ano, a 18.ª edição da mostra traz uma novidade: a par-ticipação das monjas carmelitas descalças da Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo, do Mosteiro do Carmelo do Porto, que trazem à cidade compotas, geleias, marmelada e bo-lachas feitas “à moda antiga”, ou seja, “sem corantes nem conservantes”. Por seu turno, as monjas do Mosteiro do Carmelo do Porto trazem, ainda, “licores caseiros e tisanas bioló-gicas” confecionadas dentro do monumento, como manda a tradição.

Além da Ordem da Virgem Maria do Monte Carmelo, também as ordens de Cister, Santa Clara e São Bento vão estar representadas na mostra de doces e licores. Do Mosteiro de Singeverga vem o único licor português genuinamente monástico, preparado pelos monges beneditinos daquele monumento. Também as três monjas cistercienses de Rio Caldo, Terras do Bouro, que são, de resto, as únicas monjas daquela ordem religiosa a viver em Portugal, estão de volta ao certame com as habituais compotas, biscoitos e mel.

Fica a faltar enumerar apenas as abadias de Herkenrode (Bélgica) e Fécamp (França) que já são bem conhecidas do público da Mostra In-ternacional de Doces & Licores Conventuais.

as receitas da doçaria conven-tual foram manti-das em segredo ao longo de vários séculos? e algumas continuam fechadas a sete chaves? sabia que...

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17 novembro 2016

melhores

doce

e

licor

premiados na mostra

Os premiados nas categorias de melhor doce, compota e licor

conventual são conhecidos logo no primeiro dia do evento. O

chef Telmo Moutinho junta-se aos jurados do concurso

Q

uatro chefs e dois especialistas na

área da gastronomia vão provar e premiar, no primeiro dia da Mos-tra, a partir das 15 horas, o melhor doce e o melhor licor conventual.

Telmo Moutinho, formador de pastelaria na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa e membro do júri do programa televisivo “Best Bakery – a melhor pastelaria”, e o especialista Nelson Félix, investigador e detentor de uma vasta experiência, saber e criatividade nas artes da doçaria, vão juntar-se, este ano, à chef Justa Nobre, profissional de renome da culinária por-tuguesa, e à chef Odete Silva, responsável pela

cozinha do restaurante lisboeta “SuperChef”. Também Amílcar Malhó, membro de confra-rias gastronómicas, e participante regular em júris de concursos nacionais de gastronomia e vinhos, integra o grupo de jurados, que têm a dura tarefa de selecionar os melhores doces e licores conventuais.

Entre tantas iguarias conventuais que há 17 anos dão vida à Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais seria redutor apenas premiar o melhor doce e melhor licor conventual, pelo que, desde o ano passado, a organixação passou a premiar compotas e inovações conventuais. Assim, na edição do ano

a Pastelaria Alcôa e o mos-teiro de Singeverga foram os mais pre-miados no concurso de doces e licores con-ventuais? sabia que...

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o doce que arrecada o 1.º prémio na Mostra ganha direito a figurar no cartaz do ano seguinte? sabia que...

passado, os “Queijinhos do Céu”, da Pastelaria Alcôa (Alcobaça) arrecadaram o 1.º prémio de melhor doce conventual. As menções honrosas nesta categoria foram para a “Castanha D’Ovo”, da Casa dos Doces

Conventuais (Alco-baça) e para a “Ne-vada”, da pastelaria O Mosteiro (Lorvão). A compota conventual de “Uva Americana”, receita das monjas

cistercienses de Rio Caldo (Terras de Bouro, em Braga), foi a primeira a destacar-se nesta categoria.

A primeira distinção de inovação conventual

foi atribuída ao “Pudim de Maçã de Alcobaça”, uma receita elaborada pela Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister (EPADRC).

Por sua vez, as menções honrosas para esta categoria foram atribuídas à “Cornucópia de Maçã de Alcobaça”, tam-bém da EPADRC, e à “Briosa do Bosque”, da Padaria do Marquês (Leiria). Isto sem es-quecer o melhor licor conventual, distinção atribuída ao “Licor Singeverga”, do Mosteiro de Singeverga (Santo Tirso).

A Pastelaria Alcôa e o

Mosteiro de Singeverga,

conquistaram os prémios de

melhor doce e melhor licor

conventual, respetivamente,

na edição do ano passado

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17 novembro 2016

licores

e

cerveja

acompanham doces

Os licores e a cerveja conventual também têm espaço de destaque

neste certame internacional. No interior de vários mosteiros e

abadias são produzidos verdadeiros licores monásticos, seguindo

receitas com vários séculos de existência

O

que é que “cai” bem com um doce

conventual? Se respondeu licores ou cervejas conventuais não po-deria estar mais correto. Como o nome indica, na Mostra Internacional de Doces & Licores conventuais também há espaço para as bebidas que continuam a ser, séculos depois, confecionadas segundo a tradição dos mosteiros e conventos do País e da Europa.

É o caso do Licor de Singeverga, produzido pelos monges beneditinos do Mosteiro de Singeverga, em Santo Tirso. Este licor, que é, aliás, o “campeão” do prémio de melhor licor da Mostra, é o “único em Portugal que é genui-namente monástico, inteira e exclusivamente preparado pelos monges”. A receita é a mesma de sempre, produzida através de “complexos

ainda que rudimentares” processos de desti-lação, que fazem com que beber este licor seja, mesmo, uma experiência impar.

Também fora de portas se fazem licores “à moda antiga”. A Abadia de Fécamp, na região da Normandia, em França, produz o “Bénédictine”, um dos mais antigos licores monásticos e que ano após ano faz as delícias dos milhares de visitantes da Mostra. Em Herkenrode, na Bél-gica, não são propriamente os licores que mais destaque têm mas sim a cerveja conventual. A Herkenrode Bruin Tripel começou a ser comer-cializada em 2009 mas mantém uma receita que data do século XII.

Opções não vão faltar durante os quatro dias do evento mas, tanto nos doces como nos li-cores, a moderação é importante.

o licor de Singeverga é o único ainda fabri-cado num mosteiro em Portu-gal, pelos monges nenedi-tinos do mosteiro de Singe-verga? sabia que...

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foi o con-ceituado chefe Silva quem afir-mou que “esta é a capital da doçaria conventual portugue-sa”? sabia que...

ePaDRC

tRaz saboR

e sabeR ao mosteiRo

A Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural

de Cister, de Alcobaça, volta a marcar presença no evento mais

doce de Alcobaça com as suas iguarias

O

s alunos da Escola Profissional de

Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister vão voltar a sur-preender os visitantes do certa-me mais doce do ano, com sabores e saberes que transformam o produto conventual em… moderno. Os alunos vão poder executar algu-mas das competências adquiridas ao longo

dos anos letivos, em contexto real, e com uma grande afluência de espetadores.

De recordar que a EPADRC venceu, na última edição, a estreia da distinção “inova-ção conventual”, com a produ“inova-ção do “Pudim de Maçã de Alcobaça” e ainda arrecadou a menção honrosa da mesma categoria, com a “Cornucópia de Maçã de Alcobaça”.

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17 novembro 2016

AtividAdes

medievAis

levAm visitAntes A

recuAr no tempo

Nem só de apetecíveis doces e licores se faz a Mostra. Este ano, a

organização disponibiliza uma programação com várias atividades

para animar os milhares de visitantes da Mostra Internacional

de Doces & Licores Conventuais

A

pensar na experiência de visita

de quem entra no Mosteiro de Alcobaça para visitar a Mostra, a organização programou diversas atividades. Durante os quatro dias da Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais, a Companhia XPTO – Companhia de Artes Performativas vai “vestir a pele” de monges e monjas para apresentar “momentos teatrais” em que os artistas vão “encenar tradições monásticas, históricas e literárias” da época medieval, com o objetivo de tornar a expe-riência de visitar o certame mais imersiva e semelhante às tradições conventuais.

O cake designer Ricardo Silva também vai participar na 18.ª edição da Mostra, com a apresentação do seu novo produto, intitula-do “Bombons Conventuais de Alcobaça”. A sessão de apresentação tem lugar amanhã, sexta-feira, a partir das 18 horas.

Para terminar em beleza, a organização da Mostra Internacional de Doces & Licores Con-ventuais traz, no domingo, a Companhia Livre para um espetáculo de figuração medieval. Esta companhia é a responsável pela ence-nação da Batalha de Aljubarrota, que todos os anos leva milhares de visitantes até aquela vila do concelho de Alcobaça.

o escri-tor inglês William beckford descreveu, em 1794, o mosteiro de Alco-baça como o “mais distinto templo de glutonaria que existe em toda a europa? sAbiA que...

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17 novembro 2016 Portugal foi o primeiro país do mundo a emitir selos sobre gas-tronomia e, em 1999, lançou uma cole-ção alusiva aos Doces Conventu-ais, onde figuravam trouxas-de- ovos e pão de ló, entre outros? sabia que...

mostra

nasceu em 1999

em frente ao mosteiro

A Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais completa,

este ano, 18 edições. Desde 1999 muita coisa mudou, incluindo

o local, mas o “sucesso” foi um ingrediente sempre presente

A

Mostra Internacional de Doces

& Licores Conventuais “nasceu” em 1999, o que significa que este ano o certame comemora o 18.º aniversário. O evento não é, naturalmente, o mesmo que era há 17 anos, mas a mística em torno das tradições ancestrais mantém-se e a Mostra acolhe cada vez mais visitantes.

A primeira edição, inaugurada pela então primeira dama Maria José Rita, decorreu entre os dias 19 e 21 de novembro, em frente ao Mosteiro de Alcobaça. A Casa do Pão de Ló de Alfeizerão, a Pastelaria Saraiva, a Pastelaria Alcôa, a David Pinto & Companhia e a Paste-laria Casinha dos Montes foram as pastePaste-larias do concelho de Alcobaça que participaram

no primeiro ano da Mostra. A primeira edição da Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais foi logo um sucesso. Gonçalves Sapinho era presidente da Câmara, e Alcina Gonçalves a vereadora da Cultura. Ambos empenharam-se a fundo para lançar um evento que, hoje em dia, traz dezenas de milhares de pessoas a Alcobaça.

Segundo o REGIÃO DE CISTER de 25 de no-vembro de 1999, era “praticamente impossível transitar no recinto” do evento e o trânsito “no Rossio ficou caótico”. Mais de 1.500 pessoas passaram, por hora, no último dia da Feira. Números que “superaram as expectativas” e que viriam a ser superados, e de que forma, nas edições seguintes.

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17 novembro 2016 o evento é promo-vido pela Câmara de Alcobaça desde 1999 e, até 2003, durava três dias, menos um que atual-mente? sabia que...

doces

cartazes

O aspeto conta muito quando se apreciam doces e licores, daí

que a organização da Mostra denote um cuidado especial sempre

que prepara o design gráfico dos cartazes do evento

O

s cartazes das 18 edições da

Mostra de Doces & Licores Conventuais de Alcobaça são autênticas “bombas” calóricas. Mas seria de esperar outra coisa de um evento que reúne o que de mais doce se faz nas cozinhas nacionais e internacionais?

Costuma dizer-se que os olhos também comem e, por isso, a organização do evento

tem denotado especial cuidado na elaboração do design gráfico dos cartazes da Mostra. O objetivo é, necessariamente, abrir ainda mais o apetite para uma iniciativa de grande expo-sição mediática, mas cuja comunicação tem evoluído de forma notória. O recurso ao doce premiado no ano anterior foi a estratégia se-guida desde há alguns anos pela organização do certame.

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17 novembro 2016 a mostra Interna-cional de Doces & Licores Conven-tuais já recebeu expositores de países como espanha, França, bélgica e brasil?

sabia que...

pastelaria alcôa e

mosteiro de singeverga

no pódio dos

melhores

Há dezasseis anos que o melhor doce conventual é premiado na

Mostra, enquanto o melhor licor conventual é eleito há sete anos.

Conheça os favoritos para a edição deste ano

C

ontam-se, este ano, dezasseis

pré-mios de melhor doce conventual e sete prémios para o melhor licor na Mostra de Alcobaça. Entre menções honrosas, prémios especiais e melhores inova-ções conventuais, a lista mostra que há, efeti-vamente, consistência… no empenho.

A Pastelaria Alcôa tem vindo a destacar-se pela qualidade das suas iguarias, tendo arre-cadado, desde o ano 2000, oito prémios de melhor doce conventual. Os

“Queijinhos do céu” foram o melhor doce conventual do ano passado, mas a Cornu-cópia (2013), os Torresmos do Céu (2012), os “Ovos do Paraíso” (2010), o “Tor-rão da Abadesa” (2009), o “Manjar dos Deuses” (2008), as “Rabanadas” (2006) e o “Toucinho-do-céu” (2003) arrecadaram, em anteriores edições, a maior distinção atribuída no certame.

Atrás da Pastelaria Alcôa, apenas há mais duas

concor-rentes de peso, sendo que cada uma arrecadou dois prémios de melhor doce conventual. Em 2000 e 2001, a Pastelaria Maria Vitória Fonseca arrecadou a distinção, em ambas as edições, com o “Pão de Rala”. A Pastelaria “A Pousadi-nha”, de Tentúgal, foi distinguida no certame com o “Peixinho de Santo António” e as “Trouxas do Mondego” em 2005 e 2011, respetivamente.

O melhor licor conventual, premiado desde 2009, tem sido, consecutivamente, o “Licor

Sin-geverga”, do Mos-teiro de Singeverga, situado em Santo Tirso. Este “ouro líquido” tem sido o preferido dos jurados, com seis distinções obtidas em sete anos de concurso, tendo sido destronado apenas em 2014 pelo afa-mado “Licor de Ginja MSR”, de David Pin-to & Companhia, de Alcobaça.

1.º

Doces: Pastelaria Alcôa

Licores: Mosteiro

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17 novembro 2016

mosteiro

engrandece

mostra de doces &

licores conventuais

O evento passou por vários locais na cidade mas foi precisamente

dentro do Mosteiro que ganhou ainda maior projeção

J

á lá vão dez anos desde que a

Mos-tra Internacional de Doces & Licores decorre no interior do Mosteiro de Alcobaça. Rui Rasquilho era diretor do monumento quando o certame saiu, em definitivo, da “rua” e passou, desde então, a realizar-se sempre nos claustros do Mosteiro. E foi precisamente dentro do monumento que a Mostra atingiu níveis de qualidade e popula-ridade que conquistou o público nacional.

Até 2006, a Mostra de Doces & Licores Con-ventuais (como era então denominada) decorreu

em tendas em frente ao Mosteiro e na zona his-tórica. Em 2003 e 2004, o certame teve lugar, também numa tenda, mas num espaço em fren-te aos Paços do Concelho. Em 2004 a Mostra passa de três para quatro dias.

Foi no ano seguinte à deslocação para o interior do Mosteiro que a Mostra ganhou o estatuto de “internacional”, um desejo antigo da autarquia mas só alcançado em 2007, após o convite a expositores espanhóis e franceses. Também nesse ano as entradas passaram a ser pagas, com os preços que ainda hoje se mantêm.

durante o evento tem oportuni-dade de estar em espaços nobres do monu-mento cis-terciense, incluindo alguns que normal-mente não estão acessíveis ao público, como a Sala das Con-clusões, o refeitório e a Sala dos monges? sabia que...

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17 novembro 2016

hotel

de luxo no

mosteiro estará

concluído em 2019

A ideia de ter um hotel de luxo no monumento não é nova mas,

este ano, ganhou contornos reais com a assinatura de um contrato

de concessão para a instalação de uma unidade hoteleira

A

instalação de um hotel de luxo no

Mosteiro de Santa Maria de Alcoba-ça é um desejo (e uma promessa) antigo. Este ano, a Direção-Geral do Património Cultural e a Visabeira assinaram um contrato de concessão para a construção de uma unidade hoteleira. Este documento simboliza a concretização de um desejo com mais de duas décadas e estipula que o hotel de charme esteja concluído nos “próximos três anos”.

O dia 7 de junho de 2016 representa, segundo Paulo Inácio, um “momento histórico”. Nesse dia reuniram-se várias entidades responsáveis

pela gestão do património cultural, incluindo Luís Castro Mendes, ministro da Cultura, que assistiram à concretização de um investimento que pode vir a mudar as dinâmicas do turismo e da cultura na região. O projeto do futuro hotel de cinco estrelas, assinado nada mais, nada menos, por Eduardo Souto Moura contempla 81 quartos e 9 suites.

A popularidade da Mostra Internacional de Doces & Licores Conventuais terá pesado, cer-tamente, na decisão de a Visabeira investir cerca de 15 milhões de euros no monumento para criar uma unidade hoteleira diferenciadora.

o Pão-de-ló de Alfeizerão é uma receita oriunda do Convento de Coz, tendo sido transmitida pelas frei-ras que se refugiaram na locali-dade de Alfeizerão no início do séc. XIX, após a extinção das ordens religiosas? sabia que...

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17 novembro 2016

monjas doceiras de

coz

deixaram herança

Algumas das iguarias que hoje provamos na Mostra de Doces &

Licores Conventuais “nasceram” no Mosteiro de Coz, onde as

mon-jas doceiras trabalhavam o açúcar e os ovos… como ninguém

M

uitas das receitas de doces que

hoje conhecemos foram cria-das no Convento Feminino de Coz, onde as monjas da Ordem de Cister preparavam verdadeiras iguarias.

Os doces estiveram sempre nas refeições dos conventos, mas só a partir do século XV, com a divulgação do açúcar atingiram noto-riedade. O açúcar possibilitou, aliás, a criação de várias caldas, que mãos sábias souberam trabalhar e potencializar.

A população feminina do convento era constituída, maioritariamente, por mulheres que não tinham escolhido a vida coventual por fé mas por imposição social, razão pela qual se dedicaram à confeção de doces.

O Mosteiro de Coz, também conhecido por Convento de Cós ou Igreja de Santa Maria de Coz, foi fundado no século XIII durante o Abaciato de Frei Fernando, que patrocinou a edificação daquele que viria a ser um dos mais importantes mosteiros femininos da Ordem de Cister.

O monumento, de extrema relevância histórica, patrimonial e cultural do concelho de Alcobaça, e talvez um dos maiores te-souros da região, foi integrado na Ordem de Cister no século XVI e considerado um dos mais ricos mosteiros femininos desta Ordem em Portugal. Do século XIII ao século XIX, a comunidade feminina desenvolveu-se e fez desenvolver a região nos setores da produção alimentar, têxtil e construção.

atualmente só residem em Por-tugal três monjas cistercien-ses? sabia que...

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17 novembro 2016

receitas do

convento

aplicadas na cozinha

A doçaria conventual tem como ingredientes de eleição o

açú-car, os ovos (principalmente as gemas) e as amêndoas. Ponha o

avental e prepare-se para uma viagem secular

a doçaria conventual portuguesa tem grande parte da sua origem nos con-ventos e mosteiros portu-gueses do século XvI? sabia que...

cornucópia

ingredientes

Para a massa: 250gr de farinha; 3 colheres (sopa) de manteiga, 1 colher (chá) de fermento em pó; sal q.b.; água q.b.; azeite ou óleo (para fritar); açúcar e canela (para polvilhar).

Para o recheio: 1 chávena (almoça-deira) de doce de ovos-moles misture e amasse a farinha, a man-teiga, o fermento, o sal e a água até conseguir obter uma massa pró-pria para tender. Tenda a massa com a espessura de cerca de 2 ou 3 mm. Corte em tiras de 1,5 cm de largo e enrole em espiral, partindo de cima para baixo em forma de cornucópias, aconchegando bem. Frite em azeite ou óleo, ou a mis-tura dos dois, a 160.ºC. retire as cornucópias, passe-as por açúcar e canela e recheie com o doce de ovos-moles.

pastéis de lorvão

ingredientes

500gr açúcar; 2dl água; 250gr de miolo de amêndoa moída grossei-ramente ou ralada fina; 2 colheres (sopa) de farinha; 50gr de manteiga; 10 gemas; 4 claras; raspa de limão (1 colher de chá); pau de canela; manteiga ou margarina (para un-tar); farinha (para polvilhar). misture a água com o açúcar, leve ao lume deixe ferver até atingir o ponto de bola mole. Deixe amornar. Junte-lhe a amêndoa, a manteiga e a farinha, mexa bem até borbulhar, retire e deixe arrefecer um pouco. Unte forminhas com manteiga (ou margarina) e povilhe-as com farinha. estando morna, junte à massa as gemas, as claras em castelo, a raspa de limão e a canela. Deite nas for-mas, enchendo até ¾ da altura e leve a cozer em forno a 160ºC, durante cerca de 30 minutos. retire e sirva em caixinhas de papel plissado.

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17 novembro 2016 as freiras juravam segredo sobre a confeção dos doces e rezavam para não caírem em tentação de os revelar?

sabia que...

receitas do

convento

aplicadas na cozinha

A doçaria conventual tem como ingredientes de eleição o

açú-car, os ovos (principalmente as gemas) e as amêndoas. Ponha o

avental e prepare-se para uma viagem secular

trouxas de ovos

Leve o açúcar ao lume com a água até ficar em ponto de frio. Passe as gemas por um passador e logo de seguida co- mece a vazá-las em pequenas quanti- dades na calda de açúcar. Deixe cozer, até se formarem umas pequenas capas, que se vão colocando num tabu-leiro. Depois de prontas, enrole as trouxas. Coloque-as num prato e regue-as com a calda do açúcar.

castanhas de ovos

num tacho, misture o açúcar com a água e leve-o ao lume. Quando começar a ferver, destape-o e deixe atingir ponto de pasta. retire do lume, deixe arrefecer e junte as gemas bati-das. mexa muito bem e leve de novo ao lume. retire o preparado do lume, deite numa travessa e deixe arrefecer. Depois de frio, faça bolinhos com o feitio. Deixe-as secar e queime-as com um ferro em brasa...

Ginjinha

Sem as lavar, limpe as ginjas com um pano, retirando o pé da fru-ta. Poste- riormente, coloque-as numa garrafa de licor, com gargalo largo, e cubra-as com o açúcar e, por fim, o álcool (ou aguardente). Tape a garrafa hermetica- mente. mantenha-a num local escuro e agite-a diariamente, durante a pri- meira semana, evitando que o açúca se condense no fundo.

pão-de-ló de alfeizerão

bata as gemas, os ovos e o açúcar juntamente com a raspa de limão e a colher de chá de aguardente, até obter um creme fofo e volumoso. Junte, su- avemente, a farinha sem bater muito. Unte a forma com manteiga e leve a massa ao forno a 160.oC, onde deve permanecer entre 15 a 20m. Quando retirar o bolo do forno, desenforme-o cui-dadosamente para não abrir.

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808 20 60 60

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Atendimento 24h/dia, personalizado 2ª a 6ª feira: 8h30 às 23h30 sábados, domingos e feriados: 10h às 23h.

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