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CONCEPÇÕES DA EQUIPE DE SAÚDE DA UPA SOBRE A PRÁTICA DA PSICOLOGIA

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CONCEPÇÕES DA EQUIPE DE SAÚDE DA UPA SOBRE A PRÁTICA

DA PSICOLOGIA

Letícia Mirelle da Silva Rocha Beatriz da Silva Rocha Camila Cavalcanti de Lima

Lisandra Félix de Andrade Camila Yamaoka Mariz Maia

(UNIPÊ – Centro Universitário de João Pessoa, e-mail: letíciamirelle@hotmail.com)

Resumo: Este estudo tem como foco principal identificar qual a percepção dos profissionais da

Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sobre a prática do psicólogo na rede pública. Há queixas entre psicólogos de que muitas das suas observações clínicas não são prontamente aceitas pelas equipes. Nesse contexto, a equipe multiprofissional, precisa ter o foco e o compromisso social, entendendo que eles estão para somar e ajudar ao próximo. Por tanto, foi realizada uma pesquisa de campo, descritiva, do tipo delineamento de levantamento, e de natureza, sobretudo qualitativa. Foi notória nos resultados a falta do Psicólogo na UPA, os discursos de cada categoria expressam a necessidade. Observa que a inserção do psicólogo no setor público de saúde ocorre em um momento no qual o modelo médico-assistencial privatista se encontrava tanto em seu auge, como em seu franco esgotamento. Na discurssão o enfatizasse o papel do psicólogo, sendo ele essencial para apoiar o paciente, esclarecer e informar, além de levar a equipe a se relacionar efetivamente e dar-lhe todas as informações de aspectos específicos de sua patologia e do prognóstico.

Palavras Chave: Percepção, psicólogo, rede pública, saúde.

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa foi desenvolvida, com o objetivo de identificar a percepção dos profissionais de saúde acerca do papel do Psicólogo na rede pública, desse modo, verificando a importância que cada profissional atribui à atuação do psicólogo na rede pública. Identificando as principais características do psicólogo sob a perspectiva dos profissionais da upa. Também teve como objetivo estudar as diferentes percepções dos profissionais de uma rede pública, na cidade de João Pessoa-PB, em relação na prática do psicólogo na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro do Valentina. Qual a percepção que a equipe multiprofissional tem sobre a prática do Psicólogo na rede pública?

O interesse na busca da resposta significativa é preciso. A crescente inserção da Psicologia em equipes de saúde é hoje um fato reconhecido no âmbito hospitalar. Sabe-se também que a Psicologia vem participando mais ativamente na definição de condutas e tratamentos. Contudo, há queixas entre psicólogos de que muitas das suas observações clínicas não são prontamente aceitas pelas equipes. Tais dificuldades têm gerado discussões sobre qual o modo mais apropriado da Psicologia se inserir nas equipes multidisciplinares.

Uma primeira condição para o trabalho multidisciplinar efetivo do psicólogo é a clareza de suas atribuições e das expectativas concernentes a sua especificidade. No caso de

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estarem esclarecidas as atribuições do psicólogo, espera-se que ele seja capaz de se mostrar competente o suficiente para que sua prática seja vista como necessária.

Nesse contexto, a equipe multiprofissional, precisa ter o foco e o compromisso social, entendendo que eles estão para somar e ajudar ao próximo. Todos possuem uma relação interdisciplinar contendo uma distância considerável, que dividem seu objetivo nas áreas de formação, sendo assim é de grande importância à atuação de um Psicólogo na presente rede pública.

Este estudo é uma proposta de inserção na prática da Psicologia na rede publica através de um olhar: a reflexão da equipe multidisciplinar sobre a prática da Psicologia na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Espera-se que esta pesquisa revele aspectos de como a equipe multidisciplinar (UPA) reconhece o psicólogo na rede publica.

O PSICÓLOGO

De acordo como Angerami (2001) O psicólogo tem um papel importante que será desenvolvido a partir do encontro com o paciente, no sentido de resgatar sua essência de vida que foi interrompida pela doença e consequente internação. Fundamentada numa visão humanística com especial atenção aos pacientes e familiares, o psicólogo precisa considerar o ser humano em sua globalidade e integridade, única em suas condições pessoais, com seus direitos humanos definidos e respeitados.

De acordo com Angerami (2001), como profissional de saúde, o psicólogo deve observar e ouvir com paciência a linguagem verbal e não verbal dos pacientes, buscando superar os momentos de crise. Uma das atribuições dos psicólogos é buscar informações sobre a história do paciente, lembrando sempre que o diagnóstico, o prognóstico e técnicas de intervenção só terão importância ao se considerar que não se trata só de doenças, mas sim, de pessoas doentes. Nesse sentido, desconhecer a história da pessoa equivale a negligenciar o próprio sentido do trabalho do psicólogo. (ANGERAMI, 1994).

De acordo com Chiattone (2003), um dos objetivos do psicólogo é o prestar assistência ao paciente, lidar com suas angústias, minimizar seu sofrimento e de seus familiares e trabalhar os aspectos emocionais decorrentes da doença, da hospitalização ou de uma cirurgia. Entendemos que essas situações trazem implicações e, por isso, é necessário que os profissionais atuem em equipe multidisciplinar, visando a compreensão dos processos sociais e psicológicos do paciente, além do reconhecimento de fatores psíquicos que interferem em seus quadros clínicos, de sua instalação ao seu desenvolvimento.

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O psicólogo passa a atuar como um agente que busca a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização, na qual, conforme descrito por Romano (1999), será o agente capaz de buscar o entendimento sobre o que o indivíduo tem de doença em geral, bem como de sua doença em particular com objetivo de ocupar-se de toda simbologia cultural, social e individual ligada à doença daquela pessoa. Como visto o psicólogo passa a ter em suas mãos desafios e oportunidades da aplicabilidade de seus conhecimentos para a humanização. O PSICÓLOGO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS

Segundo Elenaldo Teixeira (2002), Políticas públicas são diretrizes, princípios norteadores de ação do poder público; regras e procedimentos para as relações entre poder público e sociedade, mediações entre atores da sociedade e do Estado. São, nesse caso, políticas explicitadas, sistematizadas ou formuladas em documentos (leis, programas, linhas de financiamentos) que orientam ações que normalmente envolvem aplicações de recursos públicos. Nem sempre, porém, há compatibilidade entre as intervenções e declarações de vontade e as ações desenvolvidas. Devem ser consideradas também as “não ações”, as omissões, como formas de manifestação de políticas, pois representam opções e orientações dos que ocupam cargos.

A Constituição Federal de 1988 e as legislações complementares – como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei 8.080/90, que criou o Sistema Único de Saúde (SUS) -, definiram a forma que as políticas públicas nacionais deveriam assumir, criando perspectivas de avanços para a área no país. Políticas públicas configuram-se não como ações de um governo, mas políticas do Estado em sua interação com os movimentos do público e voltadas para o atendimento de suas demandas e necessidades. Isso significa que as políticas que apresentarem resultados positivos devem permanecer independentemente da gestão que assumir o governo em determinado momento. Para tanto, não apenas os gestores devem ter compromisso social, como a própria sociedade deve ser conhecedora de seus direitos e cobrar que eles sejam respeitados. Apesar de algumas conquistas alcançadas, muitos problemas ainda persistem devido a diversos fatores, entre os quais a falta de vontade política. Pessoas ficarem horas na fila de um hospital do SUS, não conseguirem matricular os filhos em uma escola pública, terem dificuldade em conseguir emprego ou precisarem morar nas ruas são sinais de que essas políticas estão servindo a interesses muito mais privados do que públicos. Nesse contexto, a Psicologia tem um papel fundamental. Psicólogos que atuam em hospitais, escolas, serviços de assistência social e outras instituições públicas precisam estar atentos às

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consequências que sua prática gera e refletir permanentemente sobre como tornar seu trabalho mais potente na construção de políticas que sejam realmente públicas.

O PSICÓLOGO NA REDE PÚBLICA

O atendimento na rede pública demarca ainda outras questões. Silva (1988) chama a atenção para o desgaste sofrido pelos profissionais que pode vir a se expressar através de doenças ou irritação, assim como para a naturalização da rotina de trabalho, muitas vezes alienante e geradora de tensões.

Carvalho e Yamamoto (1999) observam que a inserção do psicólogo no setor público de saúde ocorre em um momento no qual o modelo médico-assistencial privatista se encontrava tanto em seu auge, como em seu franco esgotamento. Os psicólogos foram “empurrados” para o trabalho com classes sociais subalternas devido à crise econômica, assim a inserção do psicólogo nos serviços de saúde pública tornou-se uma alternativa de trabalho para classe (CAMPOS, 1983).

Com isso, o profissional da psicologia ganha um papel de destaque para consolidar a harmonia da equipe e auxiliar no restabelecimento da saúde do paciente. Além da atuação do psicólogo que permite resultados organizacionais, entre eles, melhoria na realização dos trabalhos, comprometimento dos trabalhadores e diminuição no tempo de internação dos pacientes.

Como relatado por Gouveia (2003), o psicólogo é o agente principal no processo de humanização, uma vez que seu trabalho vai além das práticas psicológicas dirigidas aos pacientes, mas também à equipe médica, administrativa, aos familiares e aos voluntários que trabalham na instituição. O psicólogo busca minimizar o sofrimento do paciente que, uma vez internado, é visto sem identidade, mas como uma doença a ser tratada, informar os procedimentos utilizados no paciente e tratar do emocional frente às exigências que a internação exige, uma vez que sentimentos como medo, angústia e solidão não são consideradas pelos demais funcionários do hospital e não chegam a impedir procedimentos invasivos como cirurgias.

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa de campo, descritiva, do tipo delineamento de levantamento, e de natureza sobre tudo qualitativa. A pesquisa foi realizada com os

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profissionais da Unidade de Pronto Atendimento - UPA em Valentina, João Pessoa-PB. A técnica de escolha da amostra foi a não probabilística acidental. Na qual participaram da pesquisa um profissional de cada categoria, sendo: Pediatria, Enfermeiro, Farmacêutico, Clinico Geral, Bioquímico e Assistente Social que faça parte da UPA de ambos os sexos, acima de 18 anos e que aceitaram participar do estudo. Foi utilizado um questionário dividido em duas partes, a primeira composto por um questionário sócio demográfico e a segunda por 04 questões subjetivas contemplando o objetivo da pesquisa.

Os dados coletados por meio do questionário sócio demográfico e das questões abertas foram analisados por meio do pacote estatístico SPSS em sua versão 20.0, utilizando a estatística descritiva. As questões abertas foram analisadas por meio da Análise de Conteúdo Temática (BARDIN, 2010).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da análise do questionário sócio demográfico foi levantado o perfil da amostra onde se observou que todos os participantes eram do sexo feminino (100%) apresentando idades entre 28 e 33 anos (66,4%), e 43 e 54 anos (33,4%). O tempo de serviço e profissão foi destacado, onde ficou com 83% mais de um ano e 17% menos de um ano exercido na UPA, Farmacêutica com 1 ano e 5 meses(16,6%), Enfermeira com 9 anos(16,6%), Médica 25 anos(16,6%), Biomédica 11 anos(16,6%), Pediatra 1 ano e 3 meses(16,6%) e Assistente Social com 1 ano e 4 meses (16,6%).Na tabela 1 observam-se as comparações das frequências no que tange a sexo, idade, profissão, escolaridade e tempo de serviço e na profissão.

4.1 - O que faz um profissional de Psicologia no S.U.S? Ajudar na recuperação do paciente - Acompanhar os pacientes

- Ajudar a melhorar seu estado de espírito - Dar suporte psicológico

- Auxiliar o paciente no entendimento de sua doença Tornar o atendimento mais

humanizado - Acolher os usuários- Trabalhar as necessidades dos pacientes e seus familiares

4.2 - Qual a diferença de um Psicólogo para um Assistente Social?

Psicólogo - Realiza atendimento na psique do paciente;

- Consegue abordar individualmente o paciente;

- Atua diretamente no que atinge emocionalmente o paciente no momento da enfermidade;

- Conselheiro e Acolhe

Assistente Social - Realiza o atendimento interferindo na realidade social dos

pacientes;

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- Assiste o paciente, realiza encaminhamentos e transferência. 4.3 - Qual a importância do Psicólogo no atendimento público?

Sua abordagem - Dar palestras;

- Prestar um atendimento completo e de forma multidisciplinar; - Realiza atendimentos mais específicos;

- Acolhe e presta atendimento humanizado.

- Suporte ao paciente com informação, orientação psicológica e emocional;

- Extrema importância devido as circunstâncias que cada paciente chega ao serviço público;

4.4 - A UPA tem carência de Psicólogo? Porque? O profissional de psicologia auxilia no

atendimento de sua patologia. Sim. Porque consegue tratar os problemas emocionais dos doentes;- Sim, não tem profissional para amparar o paciente e seus familiares;

- Sim, usuários fragilizados;

- Sim. Porque trabalham não só com a dor física, mas também com a dor psicológica e toda sintomatologia advindo dela;

A partir da análise de conteúdo, quando se investiga sobre o que faz um profissional de psicologia, obtivemos as questões sobre ajuda na recuperação do paciente, onde obtivemos quatro subcategorias, e a segunda é como tornar o atendimento mais humanizado, com duas subcategorias. No que se refere a diferença de um Psicólogo para um Assistente Social, foram divididas em duas categorias, a primeira Psicólogo com quatro subcategorias, retratando sobre conseguir abordar individualmente o paciente e lidar diretamente com o paciente. E a segunda Assistente Social, com três subcategorias, lidando mais com o aspecto administrativo e de forma mais burocrática. Observando na tabela, a importância do psicólogo no atendimento público, obtivemos uma categoria, a qual ficou dividida em seis subcategorias. Onde se pode perceber que o profissional de Psicologia em sua abordagem persiste em realizar seus atendimentos mais específicos dando suporte ao paciente com informação, orientação psicológica e emocional. No entanto, quanto a questão da carência do psicólogo na UPA, emergem questões como que o profissional de psicologia auxilia no atendimento da patologia do paciente. Tendo uma concordância em todas as respostas dos profissionais.

Com relação à primeira classe temática, no que se refere ao que faz um profissional de psicologia no SUS, ficou claro que o psicólogo pode oferecer um suporte na recuperação do paciente e assim tornar o atendimento mais humanizado, como pode ser visto nos recortes abaixo:

Acompanhar os pacientes/ Ajudar a melhorar seu estado de espírito/ Dar suporte psicológico/ Auxiliar o paciente no entendimento de sua doença/ Acolher os usuários/ Trabalhar as necessidades dos pacientes e seus familiares.

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O psicólogo tem um papel de primordial, ao entrar em contato com seu paciente, resgatando sua essência de vida que pode ter sido interrompida pela doença ou pela internação. Assim, o profissional de psicologia precisa de uma visão mais ampliada, tendo em vista o ser humano e sua total globalidade, cada um com condições e únicas e visando respeitar sempre seus direitos e sua integridade (Angerami, 2001).

De acordo com Angerami (2001), como profissional de saúde, o psicólogo deve observar e ouvir com paciência a linguagem verbal e não verbal dos pacientes, buscando superar os momentos de crise. Uma das atribuições dos psicólogos é buscar informações sobre a história do paciente, lembrando sempre que o diagnóstico, o prognóstico e técnicas de intervenção só terão importância ao se considerar que não se trata só de doenças, mas sim, de pessoas doentes.

Referente à segunda classe temática é notório a distinção de um Psicólogo para um Assistente Social, embora tenham alguns objetivos semelhantes, atuam de maneira diferente, como pode ser verificado nos recortes a seguir, o psicólogo:

Realiza atendimento na psique do paciente/ Consegue abordar individualmente o paciente/ Atua diretamente no que atinge emocionalmente o paciente no momento da enfermidade/ Lida diretamente com o paciente.

Quanto ao Assistente Social, podem-se observar as seguintes definições:

Assistente Social: Realiza o atendimento interferindo na realidade social dos pacientes/ Lida mais com o aspecto administrativo/ Lida de forma mais burocrática./ Assiste o paciente, realiza encaminhamentos e transferência.

A partir dos discursos acima, é possível verificar as distinções no trabalho do Psicólogo e de um Assistente Social. Segundo Romano (1999), enquanto, o psicólogo passa a atuar como um agente que busca a minimização do sofrimento provocado pela hospitalização. O Assistente Social vem fazer a execução e o planejamento de políticas públicas e intervir em situações sociais, voltadas para o bem-estar do indivíduo.

A terceira classe temática visa o atendimento do Psicólogo no serviço público, evidenciando o quão é primordial a presença desse profissional nas políticas públicas, podendo ser verificado nos recortes abaixo:

O psicólogo consegue abordar palestras/ Prestar um atendimento completo e de forma multidisciplinar/ Realizar seus atendimentos mais específicos/ Suporte ao paciente com informação, orientação psicológica e emocional.

Como relatado por Gouveia (2003), o psicólogo é o agente principal no processo de humanização, uma vez que seu trabalho vai além das práticas psicológicas dirigidas aos pacientes, mas também à equipe médica, administrativa, aos familiares e aos voluntários que

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trabalham na instituição. Dessa maneira o psicólogo vai buscar minimizar o sofrimento do paciente, informando os procedimentos a serem realizados.

A última categoria tange se há carência do profissional de Psicologia na UPA e o porquê, os relatos dos profissionais entram em concordância, e a realidade é percebida por todos, como pode ser visto nos discursos a seguir:

Sim. Porque consegue tratar os problemas emocionais dos doentes/ Sim, não tem profissional para amparar o paciente e seus familiares/Sim, usuários fragilizados/ Sim. Porque trabalham não só com a dor física, mas também com a dor psicológica e toda sintomatologia advindo dela.

É notória a falta do Psicólogo na UPA, os discursos de cada categoria expressam a necessidade. Carvalho e Yamamoto (1999) observam que a inserção do psicólogo no setor público de saúde ocorre em um momento no qual o modelo médico-assistencial privatista se encontrava tanto em seu auge, como em seu franco esgotamento. Segundo Gorayde (2001) ‘’O papel do psicólogo é essencial para apoiar o paciente, esclarecer e informar, além de levar a equipe a se relacionar efetivamente e dar-lhe todas as informações de aspectos específicos de sua patologia e do prognóstico. ’’

CONCLUSÕES

Através desta pesquisa foi possível conhecer mais sobre como é o papel do psicólogo na rede pública, onde o mesmo atua num ambiente que existe um trabalho de humanização em seu atendimento no qual ele deve preocupar-se com a saúde física e mental dos pacientes e dos agentes da saúde, sendo que sua interferência também busca o resgate da dignidade e do respeito ao paciente bem como um ambiente de trabalho saudável. Nesse sentido, além do fator humano imprescindível, a atuação do psicólogo permite resultados organizacionais, entre eles, melhoria na realização dos trabalhos, comprometimento dos trabalhadores e diminuição no tempo de internação dos pacientes.

Pode-se concluir através dos dados levantados, que os profissionais de saúde consideram importante a atuação do psicólogo na UPA, tendo assim uma concordância em todas as respostas dos profissionais, havendo como fundamento que o profissional de psicologia auxilia no atendimento aos pacientes, familiares, equipe de saúde dentre outros fatores.

Estudar essa perspectiva foi importante não só por ter alcançado os objetivos da pesquisa, mas por termos conseguido apreender conteúdo singular que cada profissional tem acerca da temática e também porque reconhecemos o quanto é necessário que profissionais de psicologia adentrem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), pois sabemos que através

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deste serviço prestado muitos dos pacientes serão mais bem atendidos e acolhidos por estes profissionais, formando junto com os demais uma verdadeira equipe multidisciplinar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAMPOS, R.A. A função social do Psicólogo. Educação e Sociedade, 16 (1), 74-84. 1983. CARVALHO, D.B. Yamamoto, O.H. Psicologia e  saúde: uma análise da estruturação de um novo campo teórico-prático. Psico. 30 (1), 5–28. 1999.

COSTA, J.F. Psicanálise e Contexto Cultural. Imaginário Psicanalítico, Grupos e Psicoterapias. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus,1989.

GOUVEIA, M. H. Viva e deixe viver: histórias de quem conta histórias. São Paulo: Globo, 2003.

ROMANO, B. W. Princípios para a prática da psicologia clínica em hospitais. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

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TEIXEIRA, E.C. O papel das Políticas Publica no Desenvolvimento Local e na Transformação da Realidade. Revista Politicas Publicas, 2002 – AATR-BA.

Referências

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