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Caracterização da área de manguezal na praia do camaroeiro em Caraguatatuba (SP). Daiane dos Santos Freire¹, Judith Font Batalla²

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Academic year: 2021

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 107

Daiane dos Santos Freire¹, Judith Font Batalla²

1Graduada em Ciências Biológicas Bacharelado pelo Centro Universitário Módulo, Campus

Martin de Sá.

2Profa. Dra do Centro Universitário Módulo, jfbtgna@hotmail.com Resumo

Os manguezais presentes na Costa brasileira cobrem uma área de aproximadamente 25.000 km², sendo distribuídos em estuários, lagunas e baías. Na cidade de Caraguatatuba, litoral norte de São Paulo, restam hoje aproximadamente 45% dos manguezais que outrora existiram. Este ecossistema vem sofrendo efeitos antrópicos acentuado, como desmatamento, deposição de lixo, efluentes domésticos e aterramento. No caso do manguezal do camaroeiro, que foi sendo aterrado ao longo dos anos com o crescimento urbano e a expansão imobiliária, o crescimento desordenado da cidade, e a construção de edificações em locais de risco ou protegidos por lei, dentre outros. Neste trabalho foram abordados a ação antrópica que ocorre a nível local, a fim de classificar esta área de acordo com suas condições atuais. Também foi realizada uma análise quantitativa dos resíduos mais frequentemente encontrados, um levantamento da flora especifica do local e dos organismos mais encontrados nestas condições. Os resultados mostram que o ambiente tem sido afetado pela constante entrada de resíduos de diversas fontes, sendo o plástico o material mais frequentemente encontrado e com maiores percentuais. Atualmente que o mangue da Praia do Camaroeiro está em situação de perturbação, ou seja, o ambiente vem sofrendo certo grau de impacto ambiental, porém ainda mantém sua capacidade de resiliência, neste manguezal foram identificadas duas espécies de mangue: Avicenia shaueriana (mangue preto, seríba) que tem seu desenvolvimento em solos encharcados e Laguncularia racemosa (mangue branco) que é característica de manguezal, sofre direta e indiretamente influência do mar e é facilmente disseminada pela água.

Palavras-chave: Classificação; Preservação; Manguezal; Camaroeiro; Efeitos antrópicos. Introdução

A palavra mangue é considerada “obscura” segundo o dicionário etimológico da língua portuguesa (NASCENTES 1955). Também de acordo com o mesmo foi utilizada pela primeira vez em 1513 por Afonso de Albuquerque, o então Governador da Índia Portuguesa em suas cartas náuticas ao rei de Portugal, caracterizando as terras encontradas entre marés.

Para SCHAEFFER-NOVELLI

(1995) manguezal é um ecossistema costeiro, de transição entre terra e mar, característico de regiões tropicais, sujeito à ação entre marés.

A Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA, 2002), de

nº 303, de 20 de março de 2002, nos Art. 1 e 2 § IX - define o manguezal como um ecossistema litorâneo que ocorre em terrenos baixos, sujeito à ação das marés, formado por vasas lodosas ou arenosas, às quais se associa, predominantemente, vegetação natural conhecida como mangue, com influencia flúvio-marinha, típica de solos limosos de regiões estuarinas e com dispersão descontinua ao longo da costa brasileira, entre os Estados do Amapá e Santa Catarina.

O manguezal está considerado como sendo uma área de proteção permanente (APP) protegida pela Lei nº 4.771/65 do código florestal. Mesmo com todas as leis que regem os manguezais, estes ainda são consideravelmente ameaçados pelo desmatamento, aterramento, deposição de

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dragagens, represamentos e pesca predatória (FERNANDES, 2012).

A estrutura do ecossistema manguezal é determinada além dos fatores físico-químicos, por fatores biogeográficos e pelas espécies de animais e plantas que tendem a colonizar ou habitar esta área. No caso da fauna pouquíssimas espécies são endêmicas; as famílias e gêneros são similares, crustáceos, moluscos, gastrópodes, que auxiliam e muito na ciclagem dos nutrientes. A teia alimentar no manguezal é como um emaranhado onde herbívoros de todos os tipos são comidos por carnívoros e onívoros de todos os tipos, a importância dos elos é a quantidade de matéria e energia transferidas de um nível trófico a outro, pois estes variam bastante e ainda requerem novas pesquisas (VANUCCI, 2003).

A vegetação de mangue (palavra utilizada para caracterizar a vegetação presente no ecossistema manguezal) tem suas características peculiares. Na verdade, não existem florestas de mangue típicas, pois há muita variedade de espécies, de acordo com a sua biogeografia, dentre outros. As plantas apresentam características notáveis, mais frequentemente descritas na literatura: são os sistemas radiculares acima da superfície do solo: raízes aéreas, que brotam dos galhos em direção ao solo, raízes-escora de diferentes aspectos e formas, pneumatóforos que emergem verticalmente das raízes para respirar, etc (VANUCCI, 2003).

Este estudo teve como objetivo identificar e quantificar os resíduos encontrados no manguezal da Praia do Camaroeiro oriundos da ação antrópica e deposição de lixo, de forma a caracterizar área ecologicamente.

Materiais e Métodos Área de estudo

cidade de Caraguatatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo, particularmente na faixa de manguezal da Praia do Camaroeiro, na zona Norte da cidade. O ambiente está situado nas seguintes coordenadas geográficas com uma latitude 23° 37’ 13’’S e longitude 45° 24’ 47’’ W, com uma altitude de 2m. O clima está caracterizado como tropical-úmido Af 23.7°C temperatura média. Sendo Af a caracterização do clima, onde as temperaturas variam menos de 3°C na escala KOOPEN-GEIGER. A pluviosidade média é de 2074 mm ao ano (MARKEL, 2017). A praia do camaroeiro está caracteriza pela pesca artesanal, e reúne a maioria dos pescadores que se utilizam desta técnica, que comercializam os seus pescados diretamente ao consumidor, nos barracões situados na entrada da praia, ao lado do manguezal, além de estar incluída na Área de Proteção Ambiental Marinha do Litoral Norte (APAMLN).

Coleta de dados

Para obtenção dos dados, foram realizadas duas coletas mensais entre os meses de março a agosto de 2017 com intervalo de 15 dias entre ambas, onde foram registrados todos os organismos que caracterizam a fauna local do ambiente de manguezal e classificados de acordo com a bibliografia especializada.

Para o acompanhamento da fauna, foram utilizadas luvas cirúrgicas descartáveis, frascos de plástico transparente e álcool 70º (para conservação do organismo até a sua posterior identificação). Com auxílio de uma trena foi delimitada de maneira exata a área amostrada e um aplicativo de mapas, o Google Earth, com imagens 3D captadas via satélite.

Concomitantemente à coleta da fauna local presente, foram coletadas amostras da vegetação (árvores de mangue) e realizadas fotografias para posterior identificação com base na bibliografia especifica. Para os registros fotográficos foi utilizada uma

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SANSUNG, de 12.2 megapixels e a câmera de celular SANSUNG J3 com 8.0 megapixels.

Paralelamente à coleta das amostras, também foram listados e quantificados a presença de resíduos (lixo) encontrados no local, tais como: garrafas pet, papel, latas de alumínio, sacolas plásticas, lixos domésticos em geral, sucatas, etc. Todo material encontrado foi registrado numa tabela e classificado de acordo com sua matéria prima: plástico, papel, alumínio, lixo doméstico e outros. Este último item, classificado como “outros” se referiu a resíduos diversos encontrados e de origem na construção civil.

Os resíduos encontrados foram quantificados e colocados em sacos de lixos identificados segundo a sua reciclagem e depois descartados de forma correta, auxiliando assim na limpeza da área. Posteriormente foi realizada a análise do possível grau de impacto presente na área, e quais as suas consequências para o

bibliografia especifica.

Os dados coletados foram registrados em uma planilha do software Excel e realizados tratamentos estatísticos comparativos relacionando a sazonalidade (feriados prolongados, festividades na cidade, pluviosidade, maré, etc).

Resultados e discussão

A Praia do Camaroeiro está submetida a uma grande variedade de efeitos perturbadores e de grande impacto sobre sua área ambiental. Logo ao chegar ao ambiente em questão, podemos observar grande influência da ação antrópica devido à presença de um local comercial, onde os pescadores podem colocar à venda seus produtos pescados, em geral, na madrugada. Também se observou a presença de outros comerciantes (venda de artesanato, figura 1), como a Marina, que aluga e guarda barcos e um quiosque que atende os banhistas e turistas (Figura 2).

Figura 1 Ponto de Venda dos Pescadores e outros vendedores ambulantes.

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 110 Figura 2 Quiosque na praia (a) e uma Marina de barcos (b).

(a) (b)

Fonte: Próprio autor (2017).

Próximo a estes locais comerciais, localizada na “beira” da praia, estão “estacionados” uma grande variedade de embarcações que não são mais utilizadas ou estão sendo submetidas a reparações em sua estrutura geral.

A seguir serão apresentados os resultados obtidos para o período de abril a de agosto de 2017, onde no total foram realizadas 11 coletas com intervalos de 15 dias entre uma e outra.

Segundo a 1º Resolução do CONAMA de 23 de janeiro de 1986, o manguezal do camaroeiro está sofrendo impacto ambiental, pois há a deposição de lixo de uma forma indiscriminada, não só porque as pessoas jogam lixo no local, mas também por tudo que vem pelas enxurradas e pela própria alta baixa de maré. Na própria resolução do CONAMA está especificado, que qualquer ação humana direta ou indiretamente, que afete a saúde, segurança e o bem-estar da população, as atividades socioeconômicas,

condições estéticas e sanitárias do meio ambiente dentre outras (CONAMA, 2002). A Praia do Camaroeiro pode ser

classificada como área de

proteção/preservação permanente (APP), pois de acordo com BRASIL (2012), os mangues são áreas protegidas por apresentarem vegetação nativa e uma flora e fauna características, mostrado na Figura 3. No entanto, nada aparentemente está sendo feito para sua preservação e evitar uma maior influência da ação antrópica danifique ainda mais está área.

Mediante a esta pesquisa tanto nos parâmetros de APP, quanto nas legislações relacionadas à proteção da biodiversidade, fauna e flora nativas, o manguezal do camaroeiro se encaixaria perfeitamente num projeto de preservação ambiental. Logo, a capacidade de transformar os resíduos em insumos com menor pressão antrópica já é uma característica dos manguezais, e isto é um serviço gratuito prestado por este ecossistema.

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 111 Figura 3 - Placa identificativa, que classifica o manguezal do Camaroeiro como área

protegida.

Fonte: Próprio autor (2017).

Por estes aspectos que circundam a área estudada é possível perceber que há um impacto ambiental considerável, já que a maioria das características sobre a definição de impacto ambiental estão ocorrendo no manguezal do camaroeiro, tanta nas questões sanitárias, bem-estar da população, e principalmente condições estéticas e de saúde (Figura 4),quando esse tipo de ecossistema é alteado de maneira que a sua função venha ser prejudicada, não só os organismos que dependem diretamente dele como os organismos que dependem indiretamente sofrem com as consequências (FERNANDES, 2012).

Os resíduos (lixos) depositados na praia e no manguezal do Camaroeiro causam impactos ambientais que podem prejudicar os organismos que dependem desse ambiente de alguma forma. Contudo a área da Praia do Camaroeiro ainda não

está caracterizada como degradada e sim como perturbada, que de acordo com FERNANDES (2012), é a aquela que sofreu impacto, mas não perdeu sua capacidade de resiliência, está por sua vez é a capacidade de um ecossistema de se recuperar após sofrer algum impacto ambiental.

De acordo com os registros fotográficos e coletas realizadas, observa-se in situ, que o manguezal da Praia do Camaroeiro apresenta uma capacidade significativa de resiliência, apesar dos dejetos que são depositados ali constantemente. Neste caso de resiliência, os resíduos são transformados em insumos de alto poder energético, e ainda o ecossistema consegue manter o seu equilíbrio (MORALEZ; DINIZ, 2008).

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 112 Figura 4 . Resíduos depositados na praia do camaroeiro e próximo ao manguezal, Praia do

camaroeiro, Caraguatatuba (SP).

(a) (b)

Fonte: Próprio autor (2017).

.

A Flora Presente na Praia do Camaroeiro

Nota-se que em meio à ação antrópica a vegetação de mangue ainda está presente de uma forma abundante, levando em consideração o fato de o

manguezal ser um ecossistema

decompositor de matéria orgânica esse papel ecológico tem sido eficiente (VANNUCCI, 2003). Por outro lado estes os resíduos corriqueiramente encontrados não são orgânicos, onde o manguezal não sintetiza estes materiais; logo estes ficam no local em meio à vegetação de mangue

podendo causar danos em seu

desenvolvimento, uma vez que este tipo de vegetação apresenta uma característica peculiar, onde as raízes são modificadas e moldadas ao tipo de solo, estes resíduos não sintetizados pelo manguezal ficam ali presos nas raízes, muitas vezes atrapalhando a função ecológica dessa vegetação (FERNANDES, 2012).

No manguezal da Praia do Camaroeiro foram encontradas duas espécies de mangue: o mangue branco (Laguncularia racemosa) (Figura 5) e o mangue preto (Avicenia shaueriana) (Figura 6). O mangue branco é característico de terrenos mais altos, e o mangue preto é característico de áreas elevadas.

Mangue Branco Laguncularia racemosa

Nome Popular: Mangue branco,

mangue amarelo, canapaúba, canaponga, cereiba,manguecanapomba e mangue de -sapateiro.

Família: Combretaceae

Ocorre em toda costa brasileira, nas proximidades das restingas e está direta e indiretamente sob influência do mar, logo é facilmente disseminada pela água. Sua madeira é muito utilizada na construção civil, por sua resistência mecânica, a casca desta arvore apresenta 14% se tanino, que é muito utilizado em curtumes (LORENZI, 2009

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 113 Figura 5 Semente do mangue branco Laguncularia racemosa.

Fonte: Próprio autor (2017).

Apresenta inflorescência racemosa, com flores brancas, frutos carnosos, semente única que germina na planta-mãe, assim desprende-se e cai no solo e termina seu desenvolvimento (SILVA et al., 2013). Na Figura 6, observamos a semente Mangue preto Avicenia shaueriana, germinada e pronta para cair no solo e terminar seu desenvolvimento.

Mangue Preto

Nome Científico: Avicennia shaueriana

Nome Popular: jaramataia, canoé,

ceri, mangue-amarelo, mangue-branco,

mangue-preto, mangue-seriba,

sereibatinga, síriba, siriúba

Família: Acanthaceae

A ocorrência desta espécie de mangue se dá na costa atlântica brasileira,

predominantemente em terrenos

encharcados, sua madeira é pesada, difícil de trabalhar, porem sua resistência mecânica é baixa, assim ele não é muito utilizado na construção civil. Esta árvore se desenvolve bem em solos salinos e brejosos (LORENZI, 2009).

Figura 6 Mangue preto Avicenia shaueriana com frutos.

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 114 A Fauna Presente na Praia e no

Manguezal do Camaroeiro

O manguezal é considerado um ecossistema entre a terra e o mar (SCHAEFFER-NOVELLI, 1955), logo as espécies de fauna encontradas são pertencentes tanto ao mar quanto a terra e quanto ao rio de águas salobras; a maioria dos organismos encontrados no manguezal são endêmicos (VANNUCCI, 2003), consequentemente se este local sofre alguma alteração que comprometa suas

funções, estas poderão se estender até estes organismos que habitam este local, além daqueles que não habitam, mas se utilizam dos benefícios que ele oferece.

A seguir as identificações das especies foram de acordo com: (AMARAL; MIGOTO, 2001); (ATAR; SEÇER, 2013); (BARROS; PIMENTEL, 2001); (GIMENES; ANJOS, 2007) (LEAL, 2016); (SALVADOR et al.,1998); (SILVA; OSHIRO, 2002) e (THOMÉ et al., 2010) (Tabela 1).

Tabela1 Invertebrados e vertebrados encontrados na praia do camareoiro Caraguatatuba (SP).

CLASSE GÊNERO e ESPÉCIE

Bivalvia Anadara ovalis (Brügìere, 1819)

Anomalocardia brasiliana (Gmelin, 1971) Cyrtopleura costata (Linnaeus, 1758) Crassostrea rhizophorae (Guilding, 1828) Macoma constricta (Brügìere, 1792) Donax hanleynus (Phillippi, 1847) Pinctata imbricata (Röding, 1798) Protothaca pectorina (Lamarck, 1818) Tagelus plebeius (Ligthfoot, 1786) Tellina carnaria (LInnaeus, 1758) Tivella mactroides (Born, 1778) Scapharca chimnitzii (Phillippi, 1851) Gastropoda Hastula cinérea (Born, 1778)

Biomphalaria glabrata (Say, 1818) Cymatium parthenopeum (Say, 1793) Melanoides tuberculata (Müller,1774) Stramonita haemastoma (Linnaeus, 1767) Aves Egretta thula (Molina, 1972)

Nycticorax nycticorax (Linneus, 1958). Ardea alba (Linneaus, 1978)

Coragyps atratus (Bechstein, 1793) Malacostraca Callinectes sapidus (Rathbun,1896)

Paralithodes camtschaticus (Tilesius, 1815) Goniopsis cruentata (Latreile, 1803)

Echinodermata Lytechinius anamesus (Clark, 1912)

Fonte: Próprio autor (2017).

Registros fotográficos foram realizados durante as campanhas a campo, especialmente da fauna que habita o local ou utiliza o mangue de forma temporária ,

os organismos foram encontrados ao longo da Praia e do manguezal do Camaroeiro (Figura 7, 8 e 9, respectivamente).

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 115 Figura 7 Crustáceo Uça sp. (Chama-maré) dentro de pequenas tocas (a) e

ao lado um exemplar fora da toca (b).

(a) (b)

Fonte: Próprio autor (2017).

Espécie (Uça sp) típica das zonas entre-marés, oriundos de climas tropicais, subtropicais e temperados. Costumam cavar tocas com profundidades diferenciadas, e saem delas normalmente quando a maré está baixa, para se alimentar e se reproduzir, depois voltando

para a sua toca na baixa da maré (MASUNARI, 2006).

O Paguro da família Paguroidae apresenta o abdômen desprotegido, ou seja, esta parte é mole, e por este fator ele necessita de se utilizar das conchas dos moluscos (LUÍZ, 2016) (b) (Figuras 8).

Figura 8 Crustaceos Ocypode quadrata (Fabricius, 1787) (Maria farinha seta vermelha) (a) e

o Paguro da Família Paguroidae, (b) Praia do Camaroeiro, Caraguatatuba (SP).

(a) (b)

Fonte: Próprio autor (2017).

Aves das espécies Egretta thula (Molina,1982) apresentam uma ampla distribuição geográfica, com habito diurno, e dimorfismo sexual (CORRÊA, 2009). A espécie Nycoticorax nycoticorax (Linneaus, 1758); apresenta hábitos noturnos e grande distribuição geográfica

(BRANCO; FRACASSO, 2005). Ambas espécies foram observadas em várias ocasiões nas proximidades do local comercial, devido à fonte de alimento fornecida pelos pescadores (Figura 9).

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 116 Figura 9 Aves das espécies Egretta thula (Molina,1982) e Nycoticorax nycoticorax

(Linneaus, 1758), Praia do camaroeiro, Caraguatatuba (SP).

Fonte: Próprio autor (2017). Os Resíduos Encontrados na Praia do

Camaroeiro

O volume de resíduos encontrado nos primeiros meses (março, abril e maio) foi bem acentuado. Os resultados obtidos foram quantificados de acordo com o mês de coleta e a possível sazonalidade (período de chuvas, maré alta ou baixa, feriados prolongados, etc). Os resíduos foram coletados e descartados de acordo com sua classificação, auxiliando assim na limpeza do local, sendo o plástico o resíduo encontrado com maior frequência e quantidade (1088 unidades) durante o período de observação, seguido pelo resíduo classificado como outro com 104 unidades. Os resíduos de origem de construção (outros) foram encontrados em grandes quantidades, uma vez que neste ambiente supostamente não encontramos nenhum tipo de construção em andamento atualmente.

Todos os resultados obtidos para a coleta e registro de resíduos na Praia do Camaroeiro estão apresentados nos gráficos 1 a 6, respectivamente.

Na semana do dia 20/03/2017 ocorreram fortes chuvas na cidade de Caraguatatuba, com várias enchentes e deslizamentos de terra. No dia 23/04/2017 houve um feriado prolongado na Cidade,

onde a prefeitura efetuou atividades de limpeza e conservação da área (rastelar a praia e retirada dos resíduos poluentes), consequentemente observa-se uma redução na quantidade de resíduos. Neste mesmo dia, havia um monitor de praias do Instituto Argonauta, o qual também presta serviços para a Petrobras, no projeto de monitoria de praia e Baias de Santos.

Nos meses de junho e julho, o então prefeito da cidade de Caraguatatuba, lançou um projeto de um complexo turístico que abrangerá a praia do Camaroeiro e outras atrações turísticas da cidade, logo com este projeto a prefeitura têm realizado limpezas periódicas no local, por isso o índice de resíduos, principalmente plásticos diminuiu.

Com os resultados obtidos nas coletas e visualizados nos gráficos (1 a 6) evidencia-se que há uma deposição de resíduos (lixo) elevada, principalmente nos meses de março, abril e maio. Estes resultados mostram que este ecossistema esta sendo alterado, sofrendo impactos ambientais (CONAMA, 2012), que pode colocar em risco a biodiversidade e a função ecológica do manguezal

(FERNANDES, 2012). Porém o

manguezal do camaroeiro ainda consegue transformar os resíduos em insumos de baixa entropia, podendo manter o seu

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equilíbrio, ou seja, sua capacidade de resiliência. Entretanto quando a ação antrópica se torna maior que a capacidade de resiliência, o ambiente perde a capacidade de absorver dejetos orgânicos e seu papel ecológico; percebemos isto

quando há a extinção de alguma espécie, ou desequilíbrio climático acentuado (seca e chuvas), de uma forma desordenada, afetando não só o ecossistema, mas também a economia e o bem-estar da população (MORALEZ; DINIZ, 2008).

Gráficos 1 e 2 Quantidade de resíduos encontrados na praia e manguezal do Camaroeiro,

nos meses de Março e Abril de 2017.

Fonte: Próprio autor (2017).

Fonte: Próprio autor (2017).

5 100 3 4 3 5 4 204 8 8 9 16 0 50 100 150 200 250 Qu an tidad e d e r e d u o s

Tipos dos resíduos

Março

12/03/2017 27/03/2017 4 154 5 17 7 16 4 80 0 3 2 10 0 50 100 150 200 250 Qu an tidad e d e r e d u o s Tipos de resíduos

Abril

11/04/2017 23/04/2017

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 118 Gráficos 3 e 4 Quantidade de resíduos encontrados na praia e manguezal do Camaroeiro, nos

meses de Maio e Junho de 2017.

Fonte: Próprio autor (2017).

Fonte: Próprio autor (2017).

6 196 2 3 5 7 0 50 100 150 200 250 Quan ti d ade d e resí d u os Tipos de resíduos

Maio

falha técnica 21/05/2017 0 36 0 0 0 3 1 33 0 2 0 6 0 50 100 150 200 250 Qu an tidad e d e r e d u o s Tipos de resíduos

Junho

04/06/2017 18/06/2017

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 119 Gráficos 5 Quantidade de resíduos encontrados na praia e manguezal do Camaroeiro,

no mês de julho de 2017.

Fonte: Próprio autor (2017).

Gráfico 6 Quantidade de resíduos encontrados na praia e manguezal do Camaroeiro, no

mês de agosto de 2017.

Fonte: Próprio autor (2017).

Com os resultados obtidos nas coletas e visualizados graficamente, percebe-se que há uma grande deposição de resíduos (lixo), na praia e no manguezal do Camaroeiro, que é um dos fatores que comprometem este ecossistema e sua biodiversidade (FERNANDES, 2012).

Os resíduos foram coletados e descartados de acordo com a sua classificação, auxiliando assim na limpeza do local. A cidade de Caraguatatuba apresenta o serviço de coleta seletiva, porém pouco conhecido e utilizado pela

população (Figura 10 e 11, respectivamente). 0 50 100 150 200 250 Qu an tidad e d e r e d u o s Tipos de resíduos

Julho

02/07/2017 16/07/2017 30/07/2017 3 87 2 1 0 12 0 50 100 150 200 250 Qu an tidad e d e r e d u o s Tipos de resíduos

Agosto

falha técnica 27/08/2017

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 120 Figura 10 Resíduos plásticos encontrados no local de coleta.

Fonte: Próprio autor (2017).

Figura 11 Total de Resíduos encontrados no local de coleta e transportados

para o contêiner apropriado.

Fonte: Próprio autor (2017).

Após as enxurradas o nível de resíduos trazidos pela maré (Figura 18) e pela cheia do rio, mediante a foto nota-se que os resíduos são variados, tanto nos tipos quanto nos tamanhos, neste caso estes

resíduos poderiam ter sido descartados corretamente e levados pela coleta seletiva da cidade, que amenizaria a quantidade de resíduos acumulados no local (Figura 12).

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UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 121 Figura 12 Resíduos plásticos, de metal e de papel encontrados na parte alta do manguezal,

Praia do Camaroeiro, Caraguatatuba (SP).

Fonte: Próprio autor (2017)

Na Figura 13 pode-se observar que as raízes do mangue seguram muitos resíduos, pela sua morfologia, o manguezal geralmente decompõe materia orgânica, o que é um serviço ecológico gratuito, porém este resíduos não orgânicos que ficam no emaranhado de raizes, dificilmente serão

decompostos pelo manguezal, podendo até comprometer a sua capacidade funcional e necessitando de uma retirada manual, para que o manguezal consiga manter a sua

resiliência (FERNANDES,2012)

(MORALEZ; DINIZ, 2008).

Figura 13 Resíduos de vidro acumulados por ação do tempo (a) e (b) encontrados na Praia do

Camaroeiro, Caraguatatuba (SP).

(a) (b)

Fonte: Próprio autor (2017).

Os resíduos de vidro são incomuns, apresentam um nível baixo de incidência, porém são perigosos por serem cortantes,

este tipo de resíduo é 100% reciclável, nada se perde e pode ser transformado em outros objetos e utensílios de vidro, se a

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coleta seletiva fosse mais efetiva, em meio a população, poderíamos aliviar o problema do descarte incorreto deste tipo de resíduo.

Os metais foram o tipo de resíduo com menor incidência do que outros resíduos como os derivados do petróleo, é

de se ressaltar que conforme os ventos e chuvas contribuem para que estes resíduos acabem chegando até a praia e ao

manguezal, claro porque

consequentemente houve um descarte incorreto destes resíduos (Figura 14).

Figura 14 Frascos de vidro de remédios (a) encontrados no ambiente e possivelmente

transportados pela ação do tempo encontrados na Praia do Camaroeiro, Caraguatatuba (SP).

(a) Fonte: Próprio autor (2017).

Os resíduos encontrados depositados no manguezal e na Praia do Camaroeiro são corriqueiramente descartados de forma incorreta. Não encontramos apenas embalagens disto ou daquilo, encontramos materiais oriundos da construção civil, roupas, calçados, dentre outros, ou seja, artigos que usualmente fazem parte do “lixo” descartado pelas residências. Há um agravante em relação aos lixos e efluentes domésticos, pois podem conter os polifosfatos oriundos de detergentes e produtos similares, promovendo o “boom” de algas, o fósforo que aumenta o crescimento das bactérias patogênicas, reduzem o oxigênio dissolvido no processo de decomposição, estas bactérias podem competir com fauna local por este oxigênio e o ambiente perde a sua capacidade ecológica, além de possivelmente causar a eutrofização dos ambientes aquáticos (FERNANDES, 2012).

Uma das provas de que os resíduos estão depositados no manguezal e na praia e são corriqueiramente descartados de forma incorreta, é que não são encontramos embalagens, mas também materiais oriundos da construção civil, roupas, calçados, dentre outros.

Atualmente estão sendo realizadas limpezas periódicas nas praias. Sugere-se que esta preocupação recente pela limpeza da Praia do Manguezal do Camaroeiro seja pelo fato de ter sido recentemente lançado um projeto de complexo turístico na cidade de Caraguatatuba que abrange a praia e o manguezal do camaroeiro.

É necessário que as pessoas em especial a população, entenda este papel ecológico, não só do manguezal, mas dos ecossistemas como um todo, para que ocorra a preservação e o uso sustentável como prevê a Agenda 21 (DIAS, 2003).

(17)

UNISANTA Bioscience Vol. 7 nº 2 (2018) p. 107-125 Página 123 Considerações finais

O manguezal é um ecossistema ímpar, com características peculiares. De acordo com os registros fotográficos e coletas realizadas, observa-se in situ, que o manguezal da Praia do Camaroeiro apresenta uma capacidade significativa de resiliência, apesar dos dejetos que são depositados ali constantemente.

Mediante esta pesquisa tanto nos parâmetros de APP, quanto nas legislações relacionadas a proteção da biodiversidade, fauna e flora nativas, o manguezal do camaroeiro se encaixaria perfeitamente num projeto de preservação ambiental. Logo, a capacidade de transformar os resíduos em insumos com menor pressão antrópica já é uma característica dos manguezais, e isto é um serviço gratuito prestado por este ecossistema.

Porém existe uma tolerância, determinada quantidade de resíduos orgânicos que este ecossistema consegue transformar, uma margem para a sua capacidade de resiliência, o manguezal busca o seu próprio equilíbrio naturalmente, porém quanto mais dejetos orgânicos recebe, mais sintetizados serão a fim de se chegar a homeostasia, o equilíbrio do meio, quando esses resíduos superarem a capacidade do manguezal de se recuperar dos impactos sofridos, como apresentou-se nesta pesquisa, que os resíduos encontrados não são orgânicos, o manguezal não consegue sintetiza-los, causando a perda da capacidade ecológica, não só de decomposição de matéria orgânica, mas também de ser berçário da vida marinha, de participar de forma tão eficiente em relação a não erosão do solo, a segurar em suas raízes determinados sedimento dentre outros benefícios, afetará não somente a fauna e flora local, mas todos os que dependem de certa forma do manguezal, e consequentemente os humanos, que não terão este capital natural realizando os seus serviços tão benéficos.

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