EDIÇÃO Nº 11
ABRIL 2015
Informativo Tributário
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Decreto Municipal, SP, nº 55.828/2015Em abril de 2015, encerrar-se-á o prazo para a adesão ao PPI-2014
Solução de Consulta DISIT/SRRF 5 nº 5.001/2015 SRFB se manifesta no sentido de que a imunidade dos livros, jornais, periódicos e o respectivo papel não pode ser estendida
Agravo de Instrumento nº 0030939-50.2014.4.03.0000
Processo Administrativo nº 10925.723207/2011-49 / Acórdão nº 2803-03.815
CARF afasta a incidência de contribuições previdenciárias em relação a plano de compra de ações (stock options plan) Portaria PGFN/RFB nº 1/2015
Altera a Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15/2009, que dispõe sobre o parcelamento de débitos federais de pessoas jurídicas em recuperação judicial
LEGISLAÇÃO
JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA
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p. 7
Recurso Especial nº 1.346.749/MGSTJ decide que a venda da modalidade de seguro
denominada garantia estendida é uma operação autônoma à compra, para fins de afastar a incidência de ICMS
Recurso Especial nº 1.485.379/SC STJ decide que a responsabilidade por débitos
previdenciários não pagos por incorporadora imobiliária falida não é dos condôminos que retomam a obra
Súmula do STJ nº 516
Nova súmula do STJ trata da impossibilidade de compensação de créditos da contribuição de intervenção no domínio econômico para o INCRA, com débitos devidos ao INSS
Recurso Extraordinário nº 796.376/SC STF reconhece a existência de repercussão geral acerca da restrição à imunidade de empresas ao ITBI
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.481 Plenário do STF declara inconstitucional benefício de ICMS concedido pelo Estado do Paraná, com efeitos ex nunc Súmula Vinculante nº 41
Nova súmula vinculante é aprovada pelo STF, para tratar da tributação do serviço de iluminação pública
Recurso Especial nº 1.439.753/PE
STJ decide que a competência para exigir o ISS incidente sobre a prestação de serviço de análise clínica é do município em que o contribuinte colhe material Recurso Especial nº 1.235.979/RS STJ entende que é cabível o creditamento de PIS e de COFINS quanto aos custos com peças, combustíveis e lubrificantes utilizados em veículos próprios, por empresa que entrega as mercadorias que comercializa
Está em curso o prazo para os contribuintes formalizarem sua adesão ao Programa de Parcelamento Incentivado de 2014 (PPI-2014) –– instituído pela Lei Municipal, SP, nº 16.097/2014 e regulamentado pelo Decreto Municipal, SP, nº 55.828/2015 ––, o qual concede condições especiais de pagamento de débitos tributários e não tributários devidos ao Município de São Paulo, com anistia de multa, de juros e de honorários advocatícios.
Podem ser incluídos, no PPI-2014, débitos decorrentes de fatos geradores ocorridos até 31/12/2013, constituídos ou não, inscritos ou não em dívida ativa, que tenham ou não sido objeto de execução fiscal. O pagamento poderá ser à vista ou parcelado, em até 120 prestações, com descontos de até 85% dos juros de mora, 75% das multas punitiva e moratória e 75% dos honorários advocatícios eventualmente devidos. Não poderão ser incluídos, no PPI-2014, os débitos referentes a (i) infrações à legislação de trânsito; (ii) obrigações de natureza contratual; (iii) indenizações devidas ao Município por dano causado ao seu patrimônio; e (iv) ao Simples Nacional. Além disso, os débitos tributários referentes a multas por descumprimento de obrigação acessória somente poderão ser incluídos, nesse programa de parcelamento, caso tenham sido efetivamente lançados até 31/12/2013.
O prazo para a inclusão dos débitos, no PPI-2014, encerrar-se-á no dia 30/04/2015. Quanto ao reparcelamento de débitos que já são objeto de parcelamentos em andamento, o pedido de inclusão do saldo remanescente, no PPI-2014, deverá ser feito até o dia 17/04/2015.
Para maiores informações a respeito do PPI-2014, por favor, acesse: http://www.prefeitura.sp.gov.br/ppi http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/ negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=30122014L%20 160970000 http://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/ negocios_juridicos/cadlem/integra.asp?alt=08012015D%20 558280000
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB) editaram a Portaria Conjunta nº 1/2015, para acrescentar o art. 36-A, à Portaria Conjunta PGFN/RFB nº 15/2009, a fim de regulamentar o parcelamento de débitos federais por pessoas jurídicas em recuperação judicial.
De acordo com o referido art. 36-A, o sujeito passivo que pleitear ou tiver deferido o processamento da recuperação judicial poderá parcelar seus débitos federais, em até 84 prestações, devendo formalizar requerimento específico junto à PGFN/SRFB.
A não concessão da recuperação judicial, bem como a decretação da falência da pessoa jurídica são causas de rescisão desse parcelamento. Além disso, a concessão do parcelamento não implica a liberação dos bens e direitos do devedor ou de seus responsáveis, que tenham sido constituídos em garantia dos respectivos débitos parcelados. Para maiores informações sobre a Portaria PGFN/RFB nº 1/2015, por favor, acesse:
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action ?visao=anotado&idAto=61151
Decreto Municipal, SP, nº
55.828/2015
Em abril de 2015, encerrar-se-á o
prazo para a adesão ao PPI-2014
Portaria PGFN/RFB nº 1/2015
Altera a Portaria Conjunta PGFN/
RFB nº 15/2009, que dispõe
sobre o parcelamento de débitos
federais de pessoas jurídicas em
recuperação judicial
Foi publicada a solução de consulta da DISIT/SRRF 5, no sentido de que a imunidade de que trata o art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal de 1988, é objetiva, dirigida a livros, jornais, periódicos e respectivo papel destinado à sua impressão, não se estendendo, assim, ao patrimônio, à renda e ao lucro de empresa de edição de jornais. Dessa forma, no entender da SRFB, essa imunidade não abrange o IRPJ, a CSLL, a COFINS, nem o PIS.
Para ler a íntegra da Solução de Consulta DISIT/SRRF 5 nº 5.001/2015, por favor, acesse:
http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action ?visao=anotado&idAto=60802
A 3ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região negou provimento, por unanimidade, ao Agravo de Instrumento nº 0030939-50.2014.4.03.0000, no qual o contribuinte pretendia a liberação de leitores de livros digitais (“e-readers”) retidos pela SRFB, sem a exigência do pagamento de tributos federais incidentes na importação. A SRFB realizou tal apreensão, sob o fundamento de que os
e-readers não poderiam ser comparados aos livros de papel e,
portanto, não poderiam gozar da imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “d”, da Constituição Federal de 1988.
No referido agravo de instrumento alegou-se que os equipamentos apreendidos teriam finalidade exclusiva de leitura de livros digitais, com acesso restrito à sua loja virtual, pela internet, para a aquisição de obras, o que faria com o que tais equipamentos gozassem dessa imunidade.
Porém, nos termos do acórdão, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) teria se consolidado no sentido de reconhecer que tal imunidade atingiria, apenas, o que puder ser compreendido na expressão “papel destinado à sua
impressão”, não sendo possível estender essa imunidade aos e-readers de interesse do contribuinte.
Até a data da divulgação deste Informativo, o referido acórdão não havia transitado em julgado.
Para ler a íntegra do acórdão do Agravo de Instrumento nº A 3ª Câmara da 2ª Seção de Julgamento Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), ao julgar o recurso voluntário interposto nos autos do Processo Administrativo nº 10925.723207/2011-49, proferiu o Acórdão nº 2803-03.815, em que afastou a incidência de contribuições previdenciárias em relação a plano de compra de ações oferecido a
determinado grupo de empregados do contribuinte autuado, por não ter natureza de remuneração.
Nos termos do referido acórdão, não teria ficado comprovado
Solução de Consulta DISIT/SRRF
5 nº 5.001/2015
SRFB se manifesta no sentido
de que a imunidade dos livros,
jornais, periódicos e o respectivo
papel não pode ser estendida
Agravo de Instrumento nº
0030939-50.2014.4.03.0000
TRF da 3ª Região nega
imunidade tributária para leitor
de livros digitais
Processo Administrativo nº
10925.723207/2011-49 / Acórdão
nº 2803-03.815
CARF afasta a incidência de
contribuições previdenciárias
em relação a plano de compra de
ações (stock options plan)
JURISPRUDÊNCIA ADMINISTRATIVA
JURISPRUDÊNCIA JUDICIAL
compra dessas ações não poderia ser caracterizada como o pagamento de uma remuneração.
Até a data da divulgação deste Informativo, o referido acórdão não havia se tornado definitivo, na esfera administrativa. Em tese, a Fazenda Nacional pode ainda interpor recurso especial perante a Câmara Superior de Recursos Fiscais (CSRF). Para ter acesso aos andamentos do Processo Administrativo nº 10925.723207/2011-49, por favor, acesse:
A 1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por maioria de votos, que o valor pago pelo consumidor, a título de garantia estendida, não integra a base de cálculo do ICMS incidente sobre a operação de compra e venda da mercadoria. Esse processo judicial se originou de autuação fiscal, do Fisco de Minas Gerais, fundamentado na exigência do contribuinte do imposto sobre o valor dessa modalidade de seguro. O Tribunal de Justiça do Estado, no entanto, entendeu que a garantia estendida não comporia o preço de venda do produto comercializado, tendo proferido acórdão favorável ao contribuinte, que foi objeto de recurso especial interposto pelo Estado de Minas Gerais. Em seu recurso especial, a Fazenda Estadual sustentou que o acórdão teria violado o art. 13, § 1º, II, a, da Lei Complementar nº 87/1996, o qual dispõe que integra a base de cálculo do imposto o valor correspondente a “seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como descontos concedidos sob condição”. No entanto, para afastar a incidência do ICMS sobre a garantia estendida, a 1ª Turma do STJ concluiu que a venda dessa garantia é uma operação autônoma em relação à venda da própria mercadoria, o que significa que pagamento desse valor não está sujeito à cobrança de ICMS, porque é de adesão voluntária, podendo ou não ser contratado diretamente pelo consumidor final.
Até a data da divulgação deste Informativo, o referido acórdão não havia transitado em julgado.
Para maiores informações acerca do Recurso Especial nº 1.346.749/MG, por favor, acesse:
http://www.stj.jus.br
Em decisão não unânime, a 2ª Turma do STJ entendeu que o creditamento de PIS e de COFINS abrange os custos com peças, combustíveis e lubrificantes utilizados por empresa que entrega aos seus clientes as mercadorias que comercializa. Essa decisão foi proferida com base no art. 3º, II, da Lei nº 10.833/2003, segundo o qual a pessoa jurídica poderá descontar créditos calculados em relação aos bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes.
Até a data da divulgação deste Informativo, o referido acórdão não havia transitado em julgado.
Para maiores informações acerca do Recurso Especial nº 1.235.979/RS, por favor, acesse:
http://www.stj.jus.br
Recurso Especial nº 1.346.749/MG
STJ decide que a venda
da modalidade de seguro
denominada garantia estendida
é uma operação autônoma à
compra, para fins de afastar a
incidência de ICMS
Recurso Especial nº 1.235.979/RS
STJ entende que é cabível o
creditamento de PIS e de COFINS
quanto aos custos com peças,
combustíveis e lubrificantes
utilizados em veículos próprios,
por empresa que entrega as
mercadorias que comercializa
A 2ª Turma do STJ entendeu, por unanimidade, que os condôminos não podem ser responsabilizados por dívida previdenciária de responsabilidade da construtora, porque não seria possível imputar aos adquirentes de unidades imobiliárias a responsabilidade por débito previdenciário relativo à etapa da obra, em que a responsabilidade é exclusiva da construtora incorporadora.
Essa decisão concluiu pela ilegitimidade da recusa da certidão negativa de débitos previdenciários, em relação aos condôminos adquirentes de unidades imobiliárias da obra de construção civil, devendo ser exigidas da construtora incorporadora eventuais dívidas previdenciárias por ela não pagas.
O referido acórdão transitou em julgado em 10/03/2015. Para maiores informações acerca do Recurso Especial nº 1.485.379/SC, por favor, acesse:
http://www.stj.jus.br
Por maioria de votos, 1ª Turma do STJ negou provimento a recurso especial interposto por laboratório, em que se questionou a definição do sujeito ativo do ISS, quando a coleta do material biológico dá-se em unidade estabelecida em município distinto daquele onde ocorre a efetiva análise clínica. Nesse julgamento, o STJ, com base nos arts. 3º e 4º da Lei Complementar nº 116/2003, entendeu que a municipalidade competente para realizar a cobrança do ISS é a do local do estabelecimento prestador dos serviços e que deve ser considerada como tal a localidade onde há uma unidade econômica ou profissional do contribuinte, isto é, onde a
atividade é efetivamente desenvolvida, independentemente de ser formalmente considerada como sede ou filial da pessoa jurídica. Assim, se o contribuinte colhe material do cliente em unidade situada em determinado município e realiza a análise clínica em outro, o ISS é devido ao primeiro município, em que estabelecida a relação jurídico-tributária, e incide sobre a totalidade do preço do serviço pago.
Até a data da divulgação deste Informativo, o referido acórdão não havia transitado em julgado.
Para maiores informações acerca do Recurso Especial nº 1.439.753/PE, por favor, acesse:
http://www.stj.jus.br
Recurso Especial nº 1.485.379/SC
STJ decide que a responsabilidade
por débitos previdenciários
não pagos por incorporadora
imobiliária falida não é dos
condôminos que retomam a obra
Recurso Especial nº 1.439.753/PE
STJ decide que a competência
para exigir o ISS incidente sobre
a prestação de serviço de análise
clínica é do município em que o
contribuinte colhe material
O STJ aprovou a Súmula nº 516, com a seguinte redação: “A
contribuição de intervenção no domínio econômico para o INCRA (Decreto-lei nº 1.110/1970), devida por empregadores rurais e urbanos, não foi extinta pelas Leis nos 7.787/1989, 8.212/1991 e 8.213/1991, não podendo ser compensada com a contribuição ao INSS.”
Para maiores informações a respeito da Súmula nº 516 do STJ, por favor, acesse:
http://www.stj.jus.br/SCON/sumulas/doc.jsp?livre=%40docn& &b=SUMU&p=true&t=&l=10&i=4
Em sessão realizada no dia 11/03/2015, o Plenário do STF aprovou a Súmula Vinculante nº 41, com a seguinte redação:
“O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa”.
Para maiores informações a respeito das súmula vinculantes O Plenário do STF, após declarar a inconstitucionalidade da Lei Estadual, PR, nº 14.985/2006, que concedia benefício de ICMS, sem a celebração de convênio prévio pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), modulou os efeitos dessa decisão para que apenas produzisse efeitos a partir do respectivo julgamento.
Para adotar esse entendimento, o Plenário levou em
consideração o fato de que a lei julgada inconstitucional estava produzindo efeitos havia 8 anos. Desse modo, ponderando-se a ofensa à exigência constitucional de convênio no âmbito do CONFAZ para concessão de benefícios fiscais e a segurança jurídica, boa-fé e estabilidade das relações constituídas ao amparo da legislação declarada inconstitucional, optou-se por modular os efeitos da decisão, de modo que apenas surta efeitos a partir da data do julgamento.
Até a data de divulgação deste Informativo, a referida decisão ainda não havia transitado em julgado.
Para mais informações acesse:
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento. asp?incidente=3977732
O Plenário do STF reconheceu a repercussão geral, nos autos do Recurso Extraordinário nº 796.376/SC, acerca do alcance da imunidade tributária do ITBI, prevista no art. 156, § 2º, I, da Constituição Federal, na hipótese em que o valor de mercado do imóvel conferido ao capital social de determinada empresa seja superior ao do capital social efetivamente integralizado. Trata-se de mandado de segurança impetrado contra o ato administrativo que negou a imunidade do ITBI, prevista no referido dispositivo constitucional, por entender que o valor de mercado do imóvel excederia ao valor do capital integralizado. Até a data da divulgação deste Informativo, o referido recurso não havia sido julgado.
Súmula do STJ nº 516
Nova súmula do STJ trata da
impossibilidade de compensação
de créditos da contribuição
de intervenção no domínio
econômico para o INCRA, com
débitos devidos ao INSS
Súmula Vinculante nº 41
Nova súmula vinculante é
aprovada pelo STF, para tratar
da tributação do serviço de
iluminação pública
Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 4.481
Plenário do STF declara
inconstitucional benefício de
ICMS concedido pelo Estado do
Paraná, com efeitos ex nunc
Recurso Extraordinário nº
796.376/SC
STF reconhece a existência
de repercussão geral acerca
da restrição à imunidade de
empresas ao ITBIdébitos devidos
ao INSS
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