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NCPC e a efetividade do. Processo Ambiental e Urbanístico. ( Administrativo e Judicial )

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NCPC e a efetividade do Processo Ambiental e Urbanístico

( Administrativo e Judicial )

Leitura: Reforma do CPC e efetividade do processo civil ambiental. Marcelo Buzaglo Dantas.

http://egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/18325-18326-1-PB.pdf.

• Lei 6938 de 31 de agosto de 1981. PNMA.

• Lei 7347, de 24 de julho de 1985. Ação Civil Pública.

• Lei 9605 de 12 de fevereiro de 1998. Sanções Penais e Administrativas. Lei de Crimes Ambientais.

• Lei 8078 de 1990. Código de Defesa do Consumidor.

• Lei 10.257 de 10 de julho de 2001. Estatuto da Cidade. Política Urbana. • Lei 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Saneamento Básico.

• Lei 12.651 de 25 de maio de 2012. Código Florestal.

Primeira parte: Aspectos introdutórios do Meio Ambiente.

(1) Princípios do Desenvolvimento Sustentável. Antropocentrismo, Biocentrismo e Ecocentrismo. (2) da Educação Ambiental, (3) da Solidariedade Intergeracional ou Responsabilidade entre Gerações,

(4) da Prevenção e (5) da Precaução.

MEIO AMBIENTE é direito de terceira geração (ou de novíssima dimensão) QUE CONSAGRA O POSTULADO DA SOLIDARIEDADE: Precedentes do Supremo Tribunal Federal - ADI-MC 3540 - DISTRITO FEDERAL - Acórdão STF/ Tribunal Pleno/ Rel. Celso de Mello/01.09.2005

Conceito de Meio Ambiente. Agente Degradador Direto e Indireto.

Artigo 3º - Para os fins previstos nesta Lei1, entende-se por:

I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;

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II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio ambiente;

III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:

a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;

c) afetem desfavoravelmente a biota;

d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;

IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;

V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora. (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989).

a) Definição dos espaços territoriais especialmente protegidos (artigo 225, § 1º, III CR/88) área sob regime especial de administração com atributos ambientais relevantes. Criação por ato administrativo ou por lei - supressão ou alteração desses espaços criados somente por lei. (Princípio da Legalidade Estrita).

b) Realização de Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) como condição de validade do licenciamento ambiental. Parte integrante do processo de avaliação de impacto ambiental. Lei 6.838/1991. Instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente. Pressuposto do EIA: significativa degradação (presunção da gravidade do impacto ambiental de uma dada obra ou empreendimento ).

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b.1) Conselhos do Meio Ambiente para formação de Políticas Públicas, Audiências Públicas como mecanismo de fortalecimento dialógico com a Sociedade e Consultas Públicas. Princípio da Participação Comunitária.

b.2) Independência da equipe ( Res. CONAMA 237/1997 artigo 21) contratada pelo proponente e uma contra-equipe técnica governamental que avaliará a pertinência do projeto.

b.3) Custos e despesas às expensas do empreendedor.

b.4) Responsabilidade do empreendedor (art. 72 da Lei 9605/1998) e da equipe elaboradora do EIA/RIMA que respondem perante os Conselhos Profissionais e perante o órgão ou entidade pública licenciadora.

c) Proteção especial a macrorregiões ( artigo 225,§ 1º, VII, CR/88) Patrimônio nacional não tem sentido de propriedade, mas vincula o uso da propriedade privada aos superiores interesses ambientais.

d) Responsabilização cumulativa das condutas e atividades

lesivas ao meio ambiente ( art. 225, § 3º, CR/88).

d.1) Princípio do Poluidor Pagador (artigo 14, § 1º da Lei 6938/1981) A responsabilidade por dano ambiental é objetiva, informada pela teoria do risco integral, sendo o nexo de causalidade o fator aglutinante que permite o risco se integre na unidade do ato, sendo descabida a invocação, pela empresa responsável pelo dano ambiental, de excludentes de responsabilidade civil para afastar a obrigação de indenizar. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC). Veja REsp. 1.374.284/MG, julgado em 27/08/2014.

d.2) Espécies de Danos. Danos Tradicionais. Danos Materiais e Morais Individuais. Novos Danos2. Danos Morais Coletivos.

2Na V Jornada de Direito Civil do CJF/STJ foi aprovado um enunciado reconhecendo a existência dos danos sociais: Enunciado 455:

A expressão “dano” no art. 944 abrange não só os danos individuais, materiais ou imateriais, mas também os danos sociais, difusos, coletivos e individuais homogêneos a serem reclamados pelos legitimados para propor ações coletivas.

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Danos Sociais. Danos por Perda de uma Chance. A ocorrência de dano moral coletivo ainda é polêmica no STJ. No julgamento do REsp 971.844, a 1ª turma entendeu ser necessária a vinculação do dano moral "com a noção de dor, sofrimento psíquico e de caráter individual, incompatível, assim, com a noção de transindividualidade – indeterminabilidade do sujeito passivo, indivisibilidade da ofensa e de reparação da lesão". É possível que, na ACP, seja pedida a condenação da empresa ao pagamento de danos morais em favor da coletividade? Em outras palavras, é cabível dano moral coletivo em razão de dano ambiental? Danos sociais têm o mesmo sentido dos danos morais coletivos?

SIM. A 2ª Turma do STJ decidiu recentemente que é possível que a sentença condene o infrator ambiental ao pagamento de quantia em dinheiro a título de compensação por dano moral coletivo (REsp 1.328.753-MG, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 28/5/2013). Assim, apesar de existirem precedentes da 1ª Turma em sentido contrário (AgRg no REsp 1305977/MG, julgado em 09/04/2013), a posição majoritária (não pacífica) é no sentido de ser cabível a condenação por dano moral coletivo.

NÃO. Danos sociais e danos morais coletivos não são expressões sinônimas. Danos sociais, segundo Antônio Junqueira de Azevedo, são

“lesões à sociedade, no seu nível de vida, tanto por rebaixamento de seu patrimônio moral – principalmente a respeito da segurança – quanto por diminuição na qualidade de vida. Os danos sociais são causa, pois, de indenização punitiva por dolo ou culpa grave, especialmente, repetimos, se atos que reduzem as condições coletivas de segurança, e de indenização dissuasória, se atos em geral da pessoa jurídica, que trazem uma diminuição do índice de qualidade de vida da população.” (p. 376).

Segundo explica Flávio Tartuce, os danos sociais são difusos e a sua indenização deve ser destinada não para a vítima, mas sim para um fundo de proteção ao consumidor, ao meio ambiente etc., ou mesmo para uma instituição de caridade, a critério do juiz (Manual de Direito do Consumidor. São Paulo: Método, 2013, p. 58).

d.3) Os responsáveis pela degradação ambiental são coobrigados solidários, formando-se, em regra, nas ações civis

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públicas ou coletivas litisconsórcio passivo facultativo. Pluralidade de focos emissores no dano ecológico. Veja REsp. 1.383.707/SC.

d.4) A obrigação de recuperar a degradação ambiental é do titular da propriedade do imóvel, mesmo que não tenha contribuído para a deflagração do dano, tendo em conta sua natureza propter rem. Informativo STJ 439.

Concurso Público MPRJ 2009. Fábio Biscoito é proprietário de uma fazenda na zona rural do Município de Silva Jardim, adquirida no mês de abril de 1995. O antigo proprietário ocupou a faixa ciliar do Rio X para fins de pastagem, atividade econômica mantida por Fábio Biscoito. No mês de maio de 2009, a fiscalização do Município constatou o dano ambiental, causado antes da aquisição do imóvel por Fábio Biscoito, e encaminhou os documentos para a Promotoria de Tutela Coletiva com a devida atribuição. Instado a se manifestar no bojo do procedimento investigatório, Fábio Biscoito afirma que não foi o causador do dano, bem como suscita a ocorrência do fenômeno da prescrição. Os autos são encaminhados ao Promotor de Justiça. Posicione-se indicando as medidas cabíveis e seus fundamentos jurídicos.

d.5) Priorização da reparação in natura ou restauração ecológica a compensação ecológica: Temperamento por jurisprudência do STJ. Admite-se a condenação simultânea e cumulativa das obrigações de fazer, de não fazer e de indenizar na reparação integral do meio ambiente. Leitura do artigo 3º L. 7347/85 ( LACP). STJ entende que “ou” significa “e”, com cumulação de condenações. Veja REsp. 1.269.494/MG, julgado em 24/09/2013, REsp. 1.328.753/MG, j. 28/05/2013, REsp. 1.307.938/GO, julgado em 16/06/2014 e AgRg no REsp. 1.415.062/CE, em 13/05/2014.

d.6) Dispersão do nexo causal ou causalidade complexa. Não há direito adquirido a poluir ou degradar o meio ambiente, não existindo permissão ao proprietário ou posseiro para a continuidade de práticas vedadas pelo legislador. Veja Resp. 1.172.553/PR, julgado em 27/05/2014.

d.7) Inversão do ônus da prova em razão do Princípio da Precaução Ambiental. Pressupõe a inversão do ônus

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probatório, competindo a quem supostamente promoveu o dano ambiental comprovar que não o causou ou que a substancia lançada ao meio ambiente não lhe é potencialmente lesiva.

ACP. DANO AMBIENTAL. ÔNUS. PROVA.

Trata-se da inversão do ônus probatório em ação civil pública (ACP) que objetiva a reparação de dano ambiental. A Turma entendeu que, nas ações civis ambientais, o caráter público e coletivo do bem jurídico tutelado – e não eventual hipossuficiência do autor da demanda em relação ao réu – conduz à conclusão de que alguns direitos do consumidor também devem ser estendidos ao autor daquelas ações, pois essas buscam resguardar (e muitas vezes reparar) o patrimônio público coletivo consubstanciado no meio ambiente. A essas regras, soma-se o princípio da precaução. Esse preceitua que o meio ambiente deve ter em seu favor o benefício da dúvida no caso de incerteza (por falta de provas cientificamente relevantes) sobre o nexo causal entre determinada atividade e um efeito ambiental nocivo. Assim, ao interpretar o art. 6º, VIII, da Lei n. 8.078/1990 c/c o art. 21 da Lei n. 7.347/1985, conjugado com o princípio da precaução, justifica-se a inversão do ônus da prova, transferindo para o empreendedor da atividade potencialmente lesiva o ônus de demonstrar a segurança do empreendimento. Precedente citado: REsp 1.049.822-RS, DJe 18/5/2009. REsp 972.902-RS, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 25/8/2009.

INFORMATIVO 445 STJ ACP. DANO. MEIO AMBIENTE. PEDIDO.

Na espécie, o tribunal a quo, analisando o conjunto fático-probatório constante dos autos, concluiu haver agressão ao meio ambiente, com ofensa às leis ambientais. A Turma, entre outras questões, entendeu que não houve pedido inicial explícito do MP no sentido de que qualquer construção fosse demolida, nem mesmo de que fossem suspensas as atividades da ora recorrente, ao propor a ação civil pública (ACP) de responsabilidade por danos causados ao meio ambiente. Porém essa simples constatação não conduz à nulidade por desobediência do dever de adstrição ao pedido. A jurisprudência deste Superior Tribunal entende que o pedido não deve ser extraído apenas do capítulo da petição reservado aos requerimentos, mas da interpretação lógico-sistemática das questões apresentadas pela parte ao longo da petição. No caso, os provimentos supostamente desvinculados do pedido, antes mesmo de guardar sintonia com os pedidos formulados pelo MP, constituem condição sine qua non do resultado almejado pela ACP ambiental. Assim, no contexto, encontra plena aplicação o princípio do poluidor pagador, a indicar que, fazendo-se necessária determinada medida à recuperação do meio ambiente, é lícito ao julgador determiná-la, mesmo que não tenha sido instado a tanto. Precedentes citados: AgRg no Ag 1.038.295-RS, DJe 3/12/2008, e REsp 971.285-PR, DJe 3/8/2009. REsp 967.375-RJ, Rel. Min. Eliana Calmon, julgado em 2/9/2010.

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e) Cooperação entre o Poder Público. Federalismo Cooperativo. CF/88 art. 223.

e.1) Competências administrativas e legislativas em matéria de meio ambiente: Artigo 23 CF/88 = competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios ( incisos I, III, IV, VI, VII da CR/88 ) – Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre os entes políticos tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. Vide LEI COMPLEMENTAR Nº 140, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011.3

e.2) Artigo 24 = Competência concorrente - incisos VI, VII, VIII da CR/88. A União Federal legisla regras gerais em matéria ambiental, sem prejuízo da competência suplementar dos Estados-Membros e Distrito Federal. Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender as suas peculiaridades — art. 24, § 3.°, CF.

Os Municípios têm competência legislativa ambiental (artigo 30, incisos I e II ). No inciso I, os Municípios são legitimados para legislar e para administrar sobre assuntos de interesse local, competência que desenvolve com plenitude e que a exerce sem qualquer subordinação. No inciso II, os Municípios são legitimados para suplementar a legislação federal e a estadual no que couber. Nas lições de Carlos Ari Sundfeld: Admite-se. também que, em caso de omissão sucessiva dos legisladores federal e estadual, o Município supra a lacuna, para regulamentar atividade administrativa que não possa deixar de desenvolver, sob pena de violação de dever constitucional... (RDP 1193, p. 278).

Há quem sustente hieraquização ou verticalização entre as leis. Há quem sustente, apenas, uma superposição das normas jurídicas.

3 Art. 2o Para os fins desta Lei Complementar, consideram-se:

I - licenciamento ambiental: o procedimento administrativo destinado a licenciar atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental;

II - atuação supletiva: ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas nesta Lei Complementar;

III - atuação subsidiária: ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas nesta Lei Complementar.

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No âmbito da legislação concorrente (ou vertical) há uma hierarquia de normas: a lei federal tem prevalência sobre a estadual e municipal, e a estadual sobre a municipal.

Pesquisar: A questão do AMIANTO no STF.

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