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Rony Jeijo Amaro de Lima PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS INTERNADOS EM HOSPITAL GERAL

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CURSO DE FARMÁCIA

Rony Jeijo Amaro de Lima

PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS INTERNADOS EM

HOSPITAL GERAL

Natal/RN 2019

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Rony Jeijo Amaro de Lima

PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS INTERNADOS EM

HOSPITAL GERAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

Orientador: Profa Dra Ivanise Marina Moretti Rebecchi Coorientador: Msc. Cynthia Hatsue Kitayama Cabral

Natal/RN 2019

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS

Lima, Rony Jeijo Amaro de.

Prevalência de interações medicamentosas potenciais em prescrições de pacientes psiquiátricos internados em hospital geral / Rony Jeijo Amaro

de Lima. - 2019. 40f.: il.

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC (Graduação em Farmácia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da

Saúde, Departamento de Farmácia. Natal, RN, 2019. Orientadora: Ivanise Marina Moretti Rebecchi. Coorientadora: Cynthia Hatsue Kitayama Cabral.

1. Medicamentos - Efeitos combinados - TCC. 2. Interação medicamentosa - TCC. 3. Prevalência - TCC. 4. Psiquiatria - TCC. I. Rebecchi, Ivanise Marina Moretti. II. Cabral, Cynthia Hatsue Kitayama.

III. Título.

RN/UF/BS-CCS CDU 615.015.2

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Rony Jeijo Amaro de Lima

PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS INTERNADOS EM

HOSPITAL GERAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Farmácia.

Orientador: Profa Dra Ivanise Marina Moretti Rebecchi Coorientador: Msc. Cynthia Hatsue Kitayama Cabral

______________________________________________________ Profa Dra. Ivanise Marina Moretti Rececchi, Orientador - UFRN ________________________________________________________

Esp. Severino Alves de Moura Filho, Farmacêutico - UFRN ________________________________________________________

Esp. Elayne Flávia Pereira Castro, Farmacêutica - EBSERH

Natal – RN 2019

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente, por realizar um dos meus maiores sonhos e por sempre estar comigo, me dando forças nos momentos em que pensei que não seria capaz.

Agradeço aos meus pais que nunca mediram esforços para me ajudar a trilhar esse caminho, sempre me dando todo suporte necessário, me aconselhando e participando das minhas angústias e momentos difíceis. Obrigado por não soltar a minha mão em nenhum segundo e por acreditarem em mim mais do que eu mesmo. Vocês são os maiores exemplos que eu poderia ter e dedico esse sonho a vocês.

Agradeço as minhas irmãs por estarem sempre presente nessa trajetória, pelos dias em que compartilhei minhas dificuldades e sempre estarem dispostas a me escutar. Vocês foram muito importantes. Muito obrigado!

Agradeço aos meus familiares por toda torcida para que eu conseguisse alcançar os meus objetivos. Divido com vocês essa conquista.

Agradeço a todos os meus amigos pelo apoio, pelas palavras de ânimo e compreensão diante das minhas ausências. Vocês contribuíram para tornar os dias corridos mais divertidos e agradáveis. Deixo aqui registrada a minha gratidão.

Agradeço a Analice por sempre me dar o suporte necessário para poder concluir esse trabalho, por ficar sempre perto acompanhando diariamente todas minhas dificuldades. Obrigado pelo apoio.

Agradeço a minha orientadora por todos os conhecimentos repassados que mesmo diante da dificuldade de um assunto que foge da sua rotina, aceitou me orientar.

É Um exemplo a ser seguido, não apenas por ser uma profissional verdadeiramente apaixonada pelo que faz, mas por cumprir sua missão de ensinar. Obrigado por sempre ter me acompanhado e que apesar das dificuldades, esteve presente.

Agradeço também a minha co-orientadora Cynthia pela dedicação em dispor um pouco do seu tempo para me orientar na construção desse trabalho, mesmo diante da correria diária. Obrigado!!

Agradeço a todos funcionários da farmácia do Hospital Universitário Onofre Lopes, por contribuir com cada solicitação feita, tirando dúvidas e orientando na elaboração deste trabalho.

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Em especial, agradeço aos farmacêuticos Tiago César, Marilma Galvão e Elayne Flávia por sempre me ajudar a esclarecer dúvidas que foram surgindo na construção deste trabalho. Parabéns aos envolvidos!!!

“A vida me ensinou a nunca desistir, nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir’’ Charlie Brown Jr

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PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS INTERNADOS EM HOSPITAL

GERAL

PREVALENCE OF POTENTIAL DRUG INTERACTIONS IN PRESCRIPTIONS OF PSYCHIATRIC PATIENTS IN A GENERAL HOSPITAL

PREVALENCIA DE LAS POSIBLES INTERACCIONES DE MEDICAMENTOS EN LAS PRESCRIPCIONES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS PREVISTOS EN EL HOSPITAL

GENERAL

Rony Jeijo Amaro de Lima, Marilma Galvão dos Santos Gomes, Tiago César Monteiro Ferreira, Analice Carla da Silva Araújo, Cynthia Hatsue Kitayama Cabral, Ivanise

Marina Moretti Rececchi

Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Hospital Universitário Onofre Lopes ______________________________________________________________________

RESUMO

Interações medicamentosas referem-se à interferência de um fármaco na ação de outro ou de um alimento ou nutriente na ação de medicamentos. Embora seus resultados possam ser tanto positivos (aumento da eficácia) como negativos (diminuição da eficácia, toxicidade ou idiossincrasia), elas são, geralmente, imprevistas e indesejáveis na farmacoterapia. O presente trabalho tem como objetivo identificar e classificar as principais interações medicamentosas das prescrições médicas dos pacientes psiquiátricos atendidos no Hospital Universitário Onofre Lopes. Foram identificados 38 pacientes internados, nos 6 leitos da enfermaria deste hospital, no período de julho a dezembro de 2017 e, através da base de dados MICROMEDEX, foi realizada a pesquisa das interações medicamentosas por paciente. A análise das prescrições desses pacientes demonstrou 71 tipos de interações medicamento-medicamento. Das interações medicamento-medicamento, as mais prevalentes, de uma forma geral. foram: Haloperidol x Prometazina (12,7%), em que o uso concomitante aumenta o risco do prolongamento do intervalo QT; Carbonato de Lítio x Haloperidol (6,6%), onde o uso

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concomitante aumenta o risco de discinesia, sintomas extrapiramidais e encefalopatia; Carbonato de Lítio x Prometazina (5,6%), onde o uso concomitante aumenta o risco de discinesia, sintomas extrapiramidais e encefalopatia; Metoclopramida x Haloperidol (50%), onde o uso concomitante aumenta o risco de reações extrapiramidais e síndrome neuroléptica maligna e Carbonato de Lítio x Olanzapina (3,5%), que aumenta o risco de discinesia, sintomas extrapiramidais e encefalopatia. A análise das prescrições pelo farmacêutico clínico no âmbito do estudo das interações proporciona alguns ganhos para o processo, como a possibilidade de monitoramento da interação em questão por meio de exames, aprazamento de horário, resposta terapêutica do fármaco e algumas vezes ainda, possibilita a sugestão de mudança terapêutica, minimizando dessa forma a ocorrência de eventos adversos, aumentando a segurança do paciente.

Palavras-chave: Interação medicamentosa, Prevalência, Psiquiatria.

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ABSTRACT

Drug interactions refer to the interference of one drug in the action of another or a of food or nutrient in the action of medications. Although their results may be both positive (increased efficacy) and negative (decreased efficacy, toxicity or idiosyncrasy), they are generally unanticipated and undesirable in pharmacotherapy. The present study aimed to identify and classify the main drug interactions of the medical prescriptions of psychiatric patients attended at the University Hospital Onofre Lopes. Thirty-eight (38) hospitalized patients were followed from July to December 2017 , employing the evidence-based me-dical information database MICROMEDEX. The drug interactions per patient research was carried out. Analysis of the prescriptions of these patients showed 71 sorts of drug-drug interactions. Of the drug-drug interactions, the most prevalent were: a) Haloperidol x Promethazine, which concomitant use increases the risk of prolonging the QT interval (12,6 %); b) Lithium Carbonate x Haloperidol, which the concomitant use increases the risk of dyskinesia, extrapyramidal symptoms and encephalopathy (6,6%); c) Lithium Car-bonate x Promethazine, in which the concomitant use increases the risk of dyskinesia, extrapyramidal symptoms and encephalopathy (5,6%); d) Metoclopramide x Haloperidol,

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in which the concomitant use increases the risk of extrapyramidal reactions and neurolep-tic malignant syndrome (50%) and e) Lithium Carbonate x Olanzapine, in which the con-current use increases the risk of dyskinesia, extrapyramidal symptoms and encephalopa-thy (3,55%). The prescriptions analysis by the clinical pharmacist provided some gains for the process, such as the possibility of monitoring the interaction in question through exa-minations, scheduling, therapeutic response of the drug and sometimes even allowing the suggestion of therapeutic change, thus minimizing the occurrence of adverse events.

Keywords: Drug Interaction, Prevalence, Psychiatry.

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RESUMEN

Las interacciones farmacológicas se refieren a la interferencia de un fármaco en la acción de otro o un alimento o nutriente en la acción de los medicamentos. Aunque sus resultados pueden ser positivos (mayor eficacia) o negativos (menor eficacia, toxicidad o idiosincrasia), generalmente son imprevistos e indeseables en la farmacoterapia. Este documento tiene como objetivo identificar y clasificar las principales interacciones farmacológicas de las recetas médicas de pacientes psiquiátricos tratados en el Hospital Universitario Onofre Lopes. Se identificaron 38 pacientes hospitalizados en las seis camas de esta sala del hospital de julio a diciembre de 2017 y, a través de la base de datos MICROMEDEX, se realizó la investigación sobre las interacciones farmacológicas por paciente. El análisis de las recetas de estos pacientes mostró 71 tipos de interacciones farmacológicas. De las interacciones farmacológicas, la más prevalente en general. Haloperidol x Promethazine (12.7%), donde el uso concomitante aumenta el riesgo de prolongación del intervalo QT; Carbonato de litio x Haloperidol (6.6%), donde el uso concomitante aumenta el riesgo de discinesia, síntomas extrapiramidales y encefalopatía; Carbonato de litio x prometazina (5.6%), donde el uso concomitante aumenta el riesgo de discinesia, síntomas extrapiramidales y encefalopatía; Metoclopramida x Haloperidol (50%), donde el uso concomitante aumenta el riesgo de reacciones extrapiramidales y síndrome neuroléptico maligno y carbonato de litio x olanzapina (3.5%), lo que aumenta el riesgo de discinesia, síntomas extrapiramidales y

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encefalopatía. El análisis de las prescripciones por parte del farmacéutico clínico en el estudio de las interacciones proporciona algunas ganancias para el proceso, como la posibilidad de controlar la interacción en cuestión mediante exámenes, programación, respuesta terapéutica del medicamento y, a veces, incluso hace posible la sugerencia. cambio terapéutico, minimizando así la aparición de eventos adversos, aumentando la seguridad del paciente.

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ………...………...………...13 METODOLOGIA ... 16 RESULTADOS ... 18 DISCUSSÂO ... 20 CONCLUSÂO ... 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 27 ANEXOS ... Anexo 1 - Normas de publicação revista brasileira de farmácia hospitalar e serviços de saúde ... 30

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Artigo: Prevalência de interações medicamentosas potenciais em prescrições de pacientes psiquiátricos internados em hospital geral. Enviado para publicação em ________________

no periódico da Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde. Recebeu o número _______________ ISSN:

PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM PRESCRIÇÕES DE PACIENTES PSIQUIÁTRICOS INTERNADOS EM HOSPITAL GERAL

Rony Jeijo Amaro de Lima 1, Marilma Galvão dos Santos Gomes 2, Tiago César Monteiro

Ferreira 2, Analice Carla da Silva Araújo 2, Cynthia Hatsue Kitayama Cabral 2, Ivanise Marina Moretti Rececchi 3

1Graduando do Curso de Farmácia – UFRN

2Hospital Universitário Onofre Lopes – EBSERH – UFRN 3Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas – UFRN

Endereço para contato: Rony Jeijo Amaro de Lima. Avenida Petrakely 1148, Bairro Nova Parnamirim, Parnamirim, Rio Grande do Norte. CEP: 58153-015. Celular (84) 991118625. E-mail: ronyjeijo@hotmail.

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INTRODUÇÃO

Interações medicamentosas são reações que podem ocorrer quando existe interferência do efeito de medicamento por outro medicamento ou alimento1. Tais interações podem ser desejáveis ou benéficas quando, por exemplo, um fármaco aumenta a ação ou reduz os efeitos adversos de outro. As que ocasionam redução da atividade do fármaco são mais difíceis de ser detectadas, muitas vezes podendo ser responsáveis pelo insucesso do tratamento ou mesmo pela progressão da doença2.

Prescrições que envolvem a polifarmácia são caraterizadas pelo uso concomitante de cinco ou mais medicamentos associados durante o decorrer da terapia3, a qual aumenta o risco de interações medicamentosas, inclusive as que podem prejudicar o tratamento. Combinações de fármacos podem favorecer reações adversas de diferentes gravidades2. Muitas vezes as interações medicamentosas são consideradas um problema na terapia dos pacientes, contudo podem ser evitadas através do acompanhamento farmacoterapêutico dos medicamentos utilizados. As implicações clínicas despertam interesse já que a prática de polifarmácia é comum e muitas dessas interações acarretam riscos aos pacientes ocasionando falha na terapia medicamentosa4.

Os psicotrópicos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, são substâncias que agem no sistema nervoso central ocasionando alterações de comportamento, como humor e cognição5. Entre substâncias que atuam sobre a função psicológica e alteram o estado mental também são incluídos os medicamentos com ação antidepressiva, alucinógena e/ou tranquilizante. O uso de psicotrópicos, especialmente os antidepressivos, tem aumentado consideravelmente, pois traz uma melhora nos diagnósticos de transtornos

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fármacos no mercado farmacêutico e das novas indicações terapêuticas de psicofármacos já existentes6.

A OMS relata em seu “Plano de Ação para a Saúde Mental no mundo”, durante o período 2013 – 2020, que uma em cada dez pessoas no mundo sofre de algum transtorno de saúde mental. Estima-se que as doenças mentais e neurológicas atinjam aproximadamente 700 milhões de pessoas no mundo e que representam 13% do total das doenças do mundo, correspondendo a 1/3 das doenças não transmissíveis. Dados mais recentes revelam que 350 milhões de pessoas deverão sofrer de depressão e 90 milhões terão algum distúrbio pelo abuso ou dependência de psicotrópicos, no período 2013 a 2020. Esses dados estatísticos revelam o crescente aumento no uso de psicofármacos e como seu uso vem sendo feito cada vez mais pela população mundial7.

Pacientes psiquiátricos fazem uso prolongado de medicamentos de controle especial, além disso, a terapia combinada, bem como associação com outras classes medicamentosas, aumenta o risco de interações medicamentosas. Tais interações, quando prejudiciais, podem trazer riscos a terapia, provocando alterações importantes na absorção, distribuição, metabolismo e excreção do fármaco ou alterando a ligação a nível de receptores, consequentemente alterando a resposta clínica8. Um exemplo de interação ocorre quando lítio e furosemida são usados concomitantemente. A furosemida, um diurético que atua no transporte renal de sódio, reduz a excreção do lítio e, consequentemente, causa acúmulo desse fármaco no organismo aumentando a sua toxicidade, por mais que seja uma interação de fraca confiabilidade, a literatura traz estudos que mostram que a interação pode ocorrer, o que mostra a importância de estudar interações medicamentosas9.

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Também ocorre interações benéficas como o haloperidol x biperideno onde, o biperideno vai diminuir os efeitos colaterais (boca seca, olhos secos, visão turva, retenção urinária e constipação produzidos pelo haloperidol18.

Estudos epidemiológicos indicam a ocorrência de alta incidência de reações adversas devidas às interações medicamentosas que despertam particular interesse nas áreas da neuro e psicofarmacologia, uma vez que as associações na terapêutica neuropsiquiátrica são comuns e muitas doenças físicas ocorrem frequentemente junto com as neuropsiquiátricas, o que implica na utilização de outros medicamentos para tratá-las aumentando o perigo potencial de interações10.

O acompanhamento da terapia medicamentosa sob os cuidados do profissional farmacêutico inserido no serviço ocupa posição ímpar no processo farmacoterapêutico, inclusive na identificação e classificação de interações medicamentosas e potenciais erros de medicação. Tal acompanhamento é necessário para assegurar uma terapia mais segura aos pacientes, pois o sucesso no tratamento está ligado diretamente a sua adesão e ao acompanhamento dos riscos que podem ser detectados de eventuais interações que tragam riscos8.

Dessa forma, o objetivo desse trabalho é determinar a prevalência, além de identificar e classificar as principais interações medicamentosas das prescrições médicas dos pacientes psiquiátricos atendidos no Hospital Universitário Onofre Lopes, Natal/RN.

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METODOLOGIA

Estudo observacional, do tipo transversal e retrospectivo realizado na enfermaria de psiquiatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) da UFRN, composta por 6 leitos, no período de julho a dezembro de 2017.

Os dados foram coletados através da análise diária das prescrições dos pacientes internados nas enfermarias da psiquiatria realizada por farmacêuticos clínicos. Os medicamentos prescritos foram analisados quanto às interações medicamentosas nas bases de dados MICROMEDEX, as quais ficam registradas em evolução eletrônica em conjunto com orientações e sugestões de condutas a serem adotadas pela equipe de saúde, bem como em via impressa anexada ao prontuário dos pacientes.

Foram analisadas prescrições médicas de 38 pacientes psiquiátricos que estavam internados no Hospital Universitário Onofre Lopes no período do estudo a fim de determinar a prevalência, identificar e classificar as principais interações medicamentosas. As interações medicamentosas foram avaliadas na base de dados de informações médicas baseadas em evidências MICROMEDEX.

Foram consideradas no estudo as interações de risco C, D e X, classificadas da seguinte forma de acordo com o UpToDate11:

Risco C (monitorar a terapia): um plano de monitoração apropriada deve ser implementado para identificar possíveis efeitos prejudiciais ao paciente. Ajuste da dose de um ou ambos os fármacos podem ser necessários em alguns pacientes. Risco D (considerar modificação de terapia): ações específicas devem ser tomadas a fim de perceber os benefícios e/ou minimizar a toxicidade resultante do uso concomitante dos fármacos.

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Risco X (evitar combinação entre os medicamentos envolvidos): os riscos associados com o uso concomitante desses agentes geralmente superam os benefícios.

Os dados obtidos foram armazenados em planilhas do programa Microsoft Excel® 2010, sendo realizado o cálculo de frequência simples para os indicadores. O plano de análise de dados incluiu: identificação e classificação quanto ao risco (C, D e X).

Este trabalho é um desdobramento de um projeto de pesquisa desenvolvido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), número do parecer 52630516.2.0000.5292.

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RESULTADOS

A população estudada incluiu 38 pacientes internados nos 6 leitos da enfermaria da psiquiatria do HUOL, no período de julho a dezembro de 2017 e acompanhados diariamente para ser realizado o levantamento das interações medicamentosas.

No estudo, entre os 38 pacientes, 16 (41%) eram do sexo feminino e 23 (59%) masculino. A mediana de idade foi de 39 anos. A média de interações foi de 7,2 prescrições/paciente. Entre as prescrições analisadas, foram detectadas 281 interações, correspondentes às de risco C, D e X.

Houve maior prevalência de interações de risco D, correspondendo a 70% das interações analisadas (n=198), seguido das interações de risco C (23%; n=66) e, por fim, as de risco X (7%; n=18).

Gráfico 1: Classificação das interações quanto ao risco.

80% 70% 70% 60% 50% 40% 30% 23,6% 20% 10% 6,4% 0%

Risco C Risco D Risco X

A tabela 1 e 2 mostra a frequência de cada interação medicamentosa e seus respectivos riscos, bem como os medicamentos envolvidos em cada uma.

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Tabela 1: Prevalências das interações medicamentosas de risco D.

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Nº ABSOLUTO PORCENTAGEM

Haloperiol x Prometazina 25 12,6%

Carbonato de Lítio x Haloperidol 13 6,6%

Carbonato de Lítio x Prometazina 11 5,6%

Carbonato de Lítio x Olanzapina 7 3,5%

Quetiapina x Prometazina 4 2% Fluoxetina x Prometazina 4 2% Propranolol x Haloperidol 4 2% Clozapina x Haloperidol 4 2% Outras 133 63,6 TOTAL 198 100%

Tabela 2: Prevalências das interações medicamentosas de risco X.

INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Nº ABSOLUTO PORCENTAGEM

Metoclopramida x Haloperidol 9 50% Itraconazol x Sinvastatina 2 11,1% Clozapina x Metoclopramida 1 5,5% Metoclopramida x Risperidona 1 5,5% Metoclopramida x Sertralina 1 5,5% Metoclopramida x Olanzapina 1 5,5% Escitalopram x Metoclopramida 1 5,5% Outras 2 11,1 TOTAL 18 100% 19

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DISCUSSÃO

O tratamento das doenças mentais envolve o uso de psicofármacos, sendo um tratamento prolongado que pode causar vários efeitos adversos e maior chance de interações medicamentosas10.

Foram detectadas 281 interações medicamentosas de risco C, D e X. Para o presente trabalho foram discutidas apenas as interações de risco D e X pelo maior risco de causar dano ao paciente, sendo os mesmos monitorados e informados nas evoluções farmacêuticas bem como em visitas clínicas.

Do total de interações medicamentosas identificadas, 70% (n=197) foram classificadas como risco D e 6,4% (n=18) como risco X. Dados de um estudo realizado em um serviço de urgência psiquiátrica de um hospital geral da Universidade de Uberlândia/MG (HC – UFU) corroboram com o presente trabalho por demostrarem uma maior prevalência de interações de risco moderado (20%) e grave (1%), consecutivamente4.

Entre as interações de Risco D, a interação entre haloperidol e prometazina obteve maior prevalência (12,6%). O uso concomitante desses medicamentos pode aumentar o risco de prolongamento do intervalo QT, sendo sugerido como conduta o monitoramento através do eletrocardiograma12. Resultado semelhante foi encontrado

no estudo realizado por Oliveira, Zago e Aguiar (2015) com pacientes psiquiátricos, que mostrou um percentual semelhante de interações envolvendo haloperidol e prometazina (17,7%) 4. A literatura mostra que mesmo apresentando interação

medicamentosa, a associação entre haloperidol e prometazina se tornou a melhor opção para o manejo de agitação e agressividade principalmente para pacientes psiquiátricos, dando condições de uma conduta medica adequada e também

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possibilitam menor necessidade de medicação adicional e restrição mecânica. Entretanto, o benefício do uso não exclui seus riscos, o que justifica a necessidade de monitorização da terapêutica 13,14.

Em seguida, a interação entre haloperidol e lítio apresentou prevalência de 6,6%. Tal interação pode resultar em fraqueza, discinesia, sintomas extrapiramidais e encefalopatia, sendo sugerido o monitoramento dos sinais e sintomas do paciente12.

O medicamento mais envolvido nas de interações de risco D foi o haloperidol (n=18; 25,36%), mostrando que o mesmo é utilizado com bastante frequência em pacientes da psiquiatria. O mecanismo pelo qual o haloperidol causa elevações séricas da aminotransferase não é conhecido, mas é provavelmente devido à produção de um intermediário tóxico do seu metabolismo. O haloperidol é extensivamente metabolizado pelo fígado via sulfoxidação e oxidação, parcialmente via CYP 3A414.

Estudo demostrando o perfil farmacoepidemiológico das interações medicamentosas potenciais em prescrições de psicofármacos mostra percentual semelhante envolvendo o haloperidol com 21,8% presente nas interações15.

Entre as interações de risco X, a interação entre metoclopramida e haloperidol obteve maior prevalência (50%). O uso concomitante desses dois medicamentos pode ocasionar aumento do risco de reações extrapiramidais e síndrome neuroléptica maligna12. Na síndrome neuroléptica maligna o paciente pode apresentar alterações no estado mental e instabilidade autonômica. Sintomas extrapiramidais são caracterizados por acatisia, rigidez, bradicinesia, tremor e reações distônicas agudas11. Se a terapia for necessária, o paciente deve ser monitorado e se sinais e sintomas como febre, suor, confusão e rigidez muscular forem notados, o uso de

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metoclopramida deve ser interrompido. Estudo realizado em uma unidade de clínica de um hospital terciário na cidade de Joinville (SC), realizado por Pinto, Souza e Carneiro (2015) também demostra alta prevalência (53,10%) de interações envolvendo a metoclopramida com psicotrópicos16. Além disso, a metoclopramida foi o medicamento mais envolvido nas interações de risco X, representando 33,33% das interações.

A interação entre sinvastatina e itraconazol foi a segunda interação de risco X mais prevalente, com 11,11%. Por apresentar situação clinica que necessitam de uso de outros medicamentos, também são avaliadas as possíveis interações com os demais que foram prescritos, ex: antiemético e antifúngico. Tal associação pode aumentar o risco de miopatia e rabdomiólise devido ao aumento da concentração plasmática da sinvastatina causada pela inibição da enzima CYP3A4 pelo itraconazol, a qual é responsável pelo metabolismo da sinvastatina. Dessa forma, é necessária a orientação para suspensão do uso da sinvastatina e avaliação do seu risco e efetividade. A rabdomiólise associada às estatinas é dependente da dose e o risco é aumentado em 10 vezes quando administradas concomitantemente com inibidores da enzima CYP3A4 hepática17.

Não foram encontrados na literatura pesquisada resultados correspondentes a interação entre sinvastatina e itraconazol (confiabilidade boa) porém estudo realizado por Carvalho (2015), demostrou interação entre sinvastatina e voriconazol, que apresenta mecanismo de interação semelhante17.

Diante desse contexto, o farmacêutico clínico tem papel fundamental na avaliação das interações medicamentosas, sendo o profissional responsável por analisar as mesmas e trazer sugestões necessárias para otimizar a terapia dos

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pacientes, como monitoramento, alternativas terapêuticas ou suspensão do medicamento.

A fim de evitar qualquer erro ou evento que possa interferir na terapia do paciente, evidencia-se a importância da atuação do farmacêutico no processo de revisão da prescrição e, mais do que isso, no acompanhamento da farmacoterapia e identificação de qualquer possível interação medicamentosa. Previamente a atuação, faz-se necessária a constante instrução do profissional acerca da relevância do assunto para que, futuramente, possa-se observar uma redução da incidência de interações medicamentosas no ambiente hospitalar8.

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CONCLUSÃO

O estudo realizado mostrou alta prevalência de interações medicamentosas envolvendo medicamentos psicotrópicos, principalmente de risco D, mostrando que os mesmos estão presentes em interações de gravidade moderada oferecendo maior risco ao paciente. A interação entre haloperidol e prometazina apresentou maior prevalência entre as interações de risco D, demostrando que mesmo que ocorra interação que pode trazer danos ao paciente, a associação se faz necessária para controlar alguns casos de agitação na psiquiatria.

As interações de risco X, por mais que não tenham apresentado alta prevalência, são interações que oferecem maior risco ao paciente. Dentre as interações de risco X, a que esteve mais prevalente foi entre haloperidol e metoclopramida que em associação pode levar danos aos pacientes e seu uso associado é contraindicado.

O haloperidol foi o medicamento mais prevalente nas interações, bem como o mais prescrito caracterizando um maior uso do mesmo em pacientes psiquiátricos.

É imprescindível conhecer as interações e seus riscos associados quanto ao uso de medicamentos administrados de forma concomitante. Sendo assim, o papel do farmacêutico é de extrema importância para a segurança do paciente, pois ele pode, além de realizar o monitoramento das interações medicamentosas, esclarecer dúvidas quanto aos medicamentos e a forma correta de uso, pode viabilizar meios para a adesão ao tratamento medicamentoso como também fornecer sugestões à equipe

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Medica na conduta da terapia, orientar quanto à necessidade e os benefícios da medicação, promovendo o uso racional desses medicamentos.

Por fim, esse acompanhamento fármacoterapêutico possibilita um vínculo entre farmacêutico, equipe de saúde e paciente, visando oferecer uma terapia segura e eficaz para o paciente.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a toda equipe do Hospital Universitário Onofre Lopes e do Setor de

Farmácia pelo suporte na realização do trabalho.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Revista Brasileira de Epidemiologia, 2017, 20(2): 335-344.

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(28)

estudo transversal de base populacional. Brasília, Epidemiologia e Serviços de Saúde, 2017, 26(4): 747-758.

7. Organização Pan-Americana de Saúde. Saúde mental: é necessário

aumentar recursos em todo o mundo para atingir metas globais. Brasília (DF), 2018. [Acesso em 15 jun 2019]. Disponível em: https://www.paho.org/bra/in- dex.php?option=com_content&view=article&id=5694:saude-mental-e-neces- sario-aumentar-recursos-em-todo-o-mundo-para-atingir-metas-globais&Ite-mid=839

8. Silva TFBX, Carvalho AR. Interações Medicamentosas no Âmbito Hospitalar e a Atuação do Farmacêutico nesse Cenário. Rio de Janeiro, Revista Saúde e

Desenvolvimento, 2018, 12(13):85-101.

9. UpToDatehttps:https://www.uptodate.com/contents/search?search=li- tio&sp=0&searchType=PLAIN_TEXT&source=USER_INPUT&searchCon-

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10. Carvalho IB, Evangelista ICM, Lopes JSL, Santos MB, Dourado CMSE, Costa

IKSC, Medeiros MGF. Estudo das potenciais interações de medicamentos

su-jeitos a controle especial em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no

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12. Micromedex.Drugs Interactions. [Acesso em 20 jul 2019]. Disponível em: https://www.micromedexsolutions.com

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13. Huf G, Coutinho ESF, Fagundes HM, Oliveira ES, Lopez JRRA, Gewandszajder M. Current practices in managing acutely disturbed patients at three hospitals in Rio de Janeiro – Brazil: a prevalence study. Rio de Janeiro,

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14. Baldaçara L, Sanches M, Cordeiro DC, Jackoswski AP. Rapid tranquilization for agitated patients in emergency psychiatric rooms: a randomized trial of olanzapine, ziprasidone, haloperidol plus promethazine, haloperidol plus midazolam and haloperidol alone. Tocantins, Revista Brasileira de Psiquiatria, 2011, 33(1):30-9.

15. Andrade KVS, Neta ZDB. Perfil farmacoepidemiológico de interacciones

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16. Pinto LH, Souza H, Carneiro TK. Avaliação da frequência de interações medicamentosas ocorridas com pacientes internados em clínica cirúrgica em um hospital público de Joinville. Joinville, Revista Eletrônica de Farmácia, 2015, 12(2):16-29.

17. Sarah Kelly Souza De Carvalho. Prevalência de potenciais interações medicamentosas em pacientes internados na unidade de clínica de cardiologia de um hospital terciário. Monografia. Universidade de Brasília, Ceilândia, DF, 2015.

18. UpToDatohttps://www.uptodate.com/drug-interactions/?source=respon-sive_home#di-druglist. [Acesso em 22 out l 2019]. Disponível em: https://www.up-todate.com

(30)

ANEXO 1: NORMAS DE PUBLICAÇÃO REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA HOSPITALAR E SERVIÇOS DE SAÚDE

A Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (RBFHSS) publica números trimestrais contendo artigos nos idiomas Inglês, Espanhol, Português. Em 2010, a RBFHSS passou a substituir a Revista SBRAFH da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde.

Em 2012, a revista foi incluída pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no Qualis - conjunto de procedimentos utilizados pela CAPES para estratificação da qualidade da produção intelectual dos programas de pós-graduação. Este foi o primeiro grande passo para que possamos alcançar nossa próxima meta, a indexação da RBFHSS no SciELO (Scientific Electronic Library Online).

A RBFHSS tem como missão oferecer aos pesquisadores brasileiros e da América Latina, publicações científicas validadas, revisões sistemáticas e outras, cooperando para o avanço do conhecimento na área de Farmácia Hospitalar e de Serviços de Saúde. Traz também tendências conceituais, sociais e políticas que indicam a direção geral das atividades de Farmácia Hospitalar e de Serviços de Saúde no Brasil e demais países da América Latina.

A RBFHSS passou a ser divulgada exclusivamente online a partir do volume 8.

A RBFHSS tem o seu Website em: http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/, onde todo o seu conteúdo está disponível para download.

(31)

REGRAS PARA SUBMISSÃO DE ARTIGOS:

A. ESCOPO:

A RBFHSS publica artigos sobre assuntos relacionados à farmácia hospitalar e demais serviços de saúde, como gestão e avaliação de serviços no ambito da assistência farmacêutica, farmácia clínica e cuidado farmacêutico, gerenciamento de resíduos, gerenciamento de riscos e segurança do paciente, farmacoterapia, utilização de práticas integrativas em serviços de saúde, farmacoeconomia, farmacoepidemiologia, avaliação de tecnologias em saúde, farmacotécnica hospitalar, legislação, estudos de estabilidade, estudos de compatibilidade, controle de qualidade, inovação em cuidado à saúde, tecnossegurança, farmacologia clínica, farmacogenética e cuidado domiciliar.

B. TIPOS DE ARTIGOS PUBLICADOS:

Editoriais: referentes a um tema de interesse ou aos artigos publicados na revista, refletem a opinião do autor, especialista no campo, que pode ser um membro da equipe editorial ou um autor independente convidado pelo editor.

Revisões:

Sistemáticas com ou sem metanálises: os trabalhos desta natureza de-vem seguir as recomendações do PRISMA statement (preferred

repor-ting items for systematic reviews and meta-analyses).

Narrativas: revisões narrativas somente serão aceitas para avaliação por pares se os autores forem convidados pelo corpo editorial ou se os au-tores solicitarem autorização prévia do corpo editorial via email (rbfhss@sbrafh.org.br), apresentando o tema e o objetivo e a relevância da revisão a ser apresentada.

Artigos Originais: relatos de pesquisa originalou relatórios especiais sobre

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temas de interesse para a Região. Trabalhos apresentados em reuniões e conferências, não necessariamente são qualificados como artigos científicos. Artigos que tenham sido publicados anteriormente, em forma impressa ou por via eletrônica (por exemplo, na internet), no mesmo formato ou similar, não serão aceitos. Qualquer instância de publicação prévia deve ser divulgado quando o artigo é submetido, e os autores devem fornecer uma cópia do documento publicado.

Os artigos originais devem seguir as recomendações internacionais para escrita e padronização, conforme preconizado por:

STROBE Statement (Strengthening the reporting of observational studies in epidemiology) : para estudos

observacionais.

CONSORT (Consolidated Standards of Reporting Trials): para estudos clínicos randomizados.

CHEERS Statement (Consolidated Health Economic Evaluation Repor-ting Standards): para estudos de avaliação econômica.

Comunicações Breves: serao publicados artigos que versem sobre somente de técnicas inovadoras e promissoras,ou para metodologias ou resultados preliminares de especial interesse.

Temas Atuais (Current Topics): inclui descrições de projetos nacionais e internacionais, além de iniciativas e intervenções regionais de saúde, abordando, principalmente, problemas na farmácia hospitalar e demais serviços de saúde que são de grande importância para a área. Ao contrário de artigos, manuscritos de temas atuais não refletem a investigação original. No entanto, as mesmas regras relativas à publicação de artigos aplicam-se também aos manuscritos de temas atuais.

Resenhas: Esta seção oferece breves resumos de publicações atuais sobre vários aspectos da farmácia hospitalar e serviços de saúde. O(s) autor(es) são convidados, pelo Editor, a apresentar resenhas de livros sobre temas da sua

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área de especialização. Cada resenha do livro não deve ser superior a 1500 palavras e deve descrever o conteúdo do livro, objetivamente, ao abordar os seguintes pontos essenciais: a contribuição do livro para uma disciplina específica (se possível, em comparação com outros livros de sua espécie), a qualidade do livro, tipo, ilustrações e formato geral, o tipo do estilo de narrativa, e se torna a leitura fácil ou difícil. A formação do autor e o tipo de leitor ao qual o livro é dirigido também devem ser brevemente descrito.

Cartas ao Editor: Cartas ao editor sobre temas de farmácia hospitalar ou serviços de saúde para esclarecer, discutir ou comentar, de forma construtiva, ideias expressas na RBFHSS são benvindas. As cartas devem ser assinadas pelo autor e especificar sua afiliação profissional e endereço.

C. CRITÉRIOS GERAIS PARA ACEITAÇÃO DO ARTIGO:

A Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde (SBRAFH) detém os direitos autorais do material publicado na RBFHSS.

A seleção de manuscritos para publicação é baseada nos seguintes critérios: adequação do tema para a revista; solidez científica, originalidade, contribuição para o avanço do conhecimento e atualidade da informação. Os artigos deverão satisfazer às normas de ética em pesquisa que regem a experimentação com humanos e outros animais, seguindo as regras para publicação (vide seção D). O não atendimento ao descrito implica em razões para rejeitar o artigo.

Os autores são os únicos responsáveis pelas opiniões expressas, que não necessariamente refletem a opinião da RBFHSS. A menção de determinadas companhias ou produtos comerciais não implica que os aprove ou recomende de preferência a outros de natureza similar. Os autores deverão declarar a existência de conflitos de interesse.

Os manuscritos que não cumpram com as regras de envio não serão aceitos. Recomendamos que, para ter certeza que eles estão seguindo o formato padrão da RBFHSS, os autores revejam todos esses critérios (check

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list de verificação disponível no site), bem como rever um ou dois artigos

publicados nesta revista, antes de submeter seus artigos para apreciação. Caso seja aceito, os autores deverão se responsabilizar por providenciar certificados de revisão dos resumos ou texto completo em língua inglesa e espanhol.

A revista poderá recusar a publicação de qualquer manuscrito cujos autores não consigam responder a questões editoriais de forma satisfatória.

D. CRITÉRIOS PARA O ENVIO DO MANUSCRITO

D.1. Formatação obrigatória:

 Formato A4 (210 x 297mm);



 Margens de 2,5cm em cada um dos lados;



 Letra Arial 12;



 Espaçamento duplo em todo o arquivo; 

 As tabelas e quadros devem estar inseridos no texto com seus títulos na parte superior, numerados consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citados no texto e não utilizar traços internos horizontais ou verticais;



 As notas explicativas devem ser colocadas no rodapé das tabelas e qua-dros e não no cabeçalho ou título;



 Notas de rodapé: deverão ser indicadas por asteriscos, iniciadas a cada página e restritas ao mínimo indispensável;

Figuras (compreende os desenhos, gráficos, fotos etc.) devem ser desenhadas, elaboradas e/ou fotografadas por profissionais, em preto e branco. Em caso de uso de fotos os sujeitos não podem ser identificados ou então possuir permissão, por escrito, para fins de divulgação científica. Devem ser suficientemente claras para permitir sua reprodução em 7,2cm (largura da

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coluna do texto) ou 15cm (largura da página). Para ilustrações extraídas de outros trabalhos, previamente publicados, os autores devem providenciar permissão, por escrito, para a reprodução das mesmas. Essas autorizações devem acompanhar os manuscritos submetidos à publicação. Devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos, na ordem em que foram citadas no texto. Serão aceitas desde que não repitam dados contidos em tabelas. Nas legendas das figuras, os símbolos, flechas, números, letras e outros sinais devem ser identificados e seu significado esclarecido.

As abreviações não padronizadas devem ser explicadas em notas de rodapé, utilizando símbolos, como *, #;

 Trabalhos envolvendo experimentos com animais deverão indicar o se-guimento das normas indicadas no Council for International

Organization of Medical Sciences (CIOMS) Ethical Code for Animal

Experimentation (WHO Chronicle 1985; 39(2): 51-6).



 Ensaios clínicos controlados deverão apresentar documentação relacio-nada ao registro da pesquisa em uma base de dados de ensaios clínicos, considerando a orientação da Plataforma Internacional para Registros de Ensaios Clínicos (ICTRP) da Organização Mundial da Saúde (OMS), e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE).

Os autores deverão inserir os seguintes itens após a conclusão do artigo:



(i) fontes de financiamento, (ii) colaboradores, (iii) agradecimentos e (iv) conflito de Interesses, conforme orientações a seguir:

Fontes de financiamento: Deve ser declarada toda fonte de financiamento e/ou suporte, tanto institucional como privado, para a realização dos estudos.

Fornecedores de materiais e equipamentos, gratuitos ou com descontos, também devem ser descritos como fontes de financiamento, incluindo a origem (cidade, estado e país). No caso de estudos realizados sem recursos financeiros institucionais e/ou privados, os autores devem

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declarar que a pesquisa não recebeu financiamento para a sua realização.

Colaboradores: Deve ser descrita a colaboração dos autores no desenvolvimento do estudo e elaboração do artigo, considerando-se como critérios de contribuição substancial para autores o seguintes aspectos: 1. Concepção e projeto ou análise e interpretação dos dados; 2. Redação do artigo ou revisão crítica relevante do conteúdo intelectual; 3. Aprovação final da versão a ser publicada; 4. Responsabilidade por todas as informações do trabalho, garantindo exatidão e integridade de qualquer parte da obra. Essas quatro condições deverão ser integralmente atendidas.

Agradecimentos: Possíveis menções em agradecimentos incluem instituições que de alguma forma possibilitaram a realização da pesquisa e/ou pessoas que colaboraram com o estudo, mas que não preencheram os critérios para serem coautores.

Conflito de Interesses: Os autores devem informar qualquer potencial conflito de interesse, incluindo interesses políticos e/ou financeiros associados a patentes ou propriedade, provisão de materiais e/ou insumos e equipamentos utilizados no estudo pelos fabricantes. Caso não haja conflito de interesse declarar no artigo: “Os autores declaram inexistência de conflitos de interesses”.

 Numerar as referências de forma consecutiva, de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez no texto (estilo Vancouver). Identifica-las no texto por números arábicos e sobrescritos, sem menção dos autores e sem parênteses. Quando se tratar de citação sequencial, separe os números por traço (ex.: 1-7); quando intercalados use vírgula (ex.: 1,5,7). Devem ser listados apenas os três primeiros autores: os ou-tros devem ser indicados pelo termo “et al”. O formato das referências, usando abreviações de acordo com o Index Medicus é o seguinte:





Periódicos: Último nome(s), seguido das iniciais para os três primeiros

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autores. Os autores devem ser separados por vírgula. Título do artigo. Estado, Nome do Periódico (em itálico), Ano, Volume(Fascículo): Número das páginas.

Exemplo: Silva LC, Paludetti LA, Cirilo O. Erro de Medicamentos em Hospitais da Grande São Paulo. Revista SBRAFH, 2003, 1(1):303-309. Livros: Último nome(s), iniciais dos primeiros três autores. Título do livro (em itálico), edição. Cidade, editora, ano: páginas ou último nome(s)

Capítulo de Livros: Último nome(s), iniciais dos primeiros três autores. Nome do capítulo. “In”: Nome do Editor (ed), Título do livro (em itálico), edição. Cidade, editora, ano: páginas.

Internet: Proceder como no caso de periódicos ou capítulo de livros, o que for mais adequado. Ao final da referência adicionar “disponível em (citar o endereço completo), data e horário de consulta”.

Anais: Título e subtítulo (se houver) do evento, número, ano. Local de realização do evento. Anais... Local de publicação dos anais: Editora, ano. Total de páginas.

Dissertação, Tese e Trabalho de Conclusão de Curso: Autor. Título do Trabalho [Tipo de documento]. Unidade onde foi defendida, local, ano de defesa do trabalho.

D.2. Orientações adicionais

Título: Recomenda-se que o título seja breve e inclua apenas os dados im-prescindíveis, evitando-se que sejam muito longos, com dados dispersos e de valor não representativo. Palavras ambíguas, jargões e abreviaturas de-vem ser evitados. Um bom título torna fácil entender sobre o que é o manus-crito e ajuda a catalogar e classifica-lo com precisão. O título deve ser apre-sentado em português, inglês e espanhol.

(38)

Autores: O sistema de submissão online manuscrito irá registrar o nome, afiliação e demais informações de contato de cada autor, no momento da submissão do manuscrito. Estas informações DEVEM SER OMITIDAS do texto em arquivo de word apresentado integralmente, a fim de manter a con-fidencialidade dos autores durante a revisão pelos pares.



Resumo: Todo artigo original ou revisão deve ser acompanhado por um re-sumo estruturado indicando os objetivos, métodos, resultados e conclusões, sem, contudo, especificar estas seções no texto. Deverão ser encaminhados os resumos em português, espanhol e inglês. Outros tipos de manuscritos devem ser acompanhados de um resumo não estruturado, também nas três línguas. O resumo não deve incluir todas as informações ou conclusões que não aparecem no texto principal. Ele deve ser escrito na terceira pessoa e não devem conter notas ou referências bibliográficas. O resumo deve permitir aos leitores determinar a relevância do artigo e decidir se querem ou não ler o texto inteiro. O resumo é muito importante, pois é a única parte do artigo, além do título, que aparece nos diferentes bancos de dados. É o “cartão de visitas” para o seu artigo.



Descritores: deverão ser apresentados de 3 a 6 descritores que auxiliarão na indexação dos artigos, nos respectivos idiomas (português, inglês e espa-nhol). Para determinação dos descritores, consultar o site: http://decs.bvs.br/

ou MESH - Medical Subject Headings

http://www.nlm.nih.gov/mesh/MBrowser.html. Caso não encontre descritor correspondente, defina palavras-chave.

Abreviaturas: Utilize somente abreviações padronizadas internacionalmente; 

 Depoimentos de sujeitos participantes: Depoimentos dos sujeitos participan-tes deverão ser apresentados em itálico, letra Arial, tamanho 10, na sequên-cia do texto. Ex.: a sociedade está cada vez mais violenta (sujeito 1).



Referências: Sugere-se incluir as referências estritamente pertinentes à problemática abordada e evitar a inclusão de número excessivo de referências numa mesma citação. Recomenda-se incluir contribuições sobre o tema dos manuscritos já publicados na RBFHSS e na Revista Farmacia Hospitalaria, publicação da Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar. A exatidão das

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referências é de responsabilidade dos autores.

Em todos os manuscritos deverão ser destacadas as contribuições para o avanço do conhecimento na área da farmácia hospitalar e demais serviços de saúde.

D.3. Arquivo do artigo:

O arquivo do artigo também deverá apresentar, na primeira página, o título, o resumo e os descritores, nessa sequência, nos idiomas português, inglês e espanhol.

Não deve apresentar o nome dos autores e nem sua filiação ou qualquer outra informação que permita identificá-los.

D.4. Documentação obrigatória:

No ato da submissão dos manuscritos deverão ser anexados no sistema online os documentos:

− Cópia da aprovação do Comitê de Ética ou Declaração de que a pesquisa não envolveu sujeitos humanos;

− Formulário individual de declarações, preenchido e assinado.

Ambos os documentos deverão ser digitalizados em formato JPG.

Os interessados deverão enviar o manuscrito no site da revista: www.sbrafh.org.br/rbfhss Dúvidas: rbfhss@sbrafh.org.br

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Referências

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