A III Sema-na de Engenharia de Pesca (III SEP) da Universidade Federal de Pernambuco- UFR-PE, Unidade Acadê-mica de Serra Talhada - UAST, realizada na unidade, é um evento que ocorre anualmen-te, visando abranger
um público alvo composto por: pesquisadores, estu-dantes e profissionais da área de Engenharia de Pesca e afins, com o intuito de fortalecerem seus conheci-mentos e proporcionar uma troca de saberes aos par-ticipantes do evento.
O PET Engenharia de Pesca sempre vem a frente da organização deste evento juntamente com alguns alunos do curso. Nesta edição, o evento teve como tema: “DESENVOLVIMENTO, TECNOLO-GIA E SUSTENTABILIDADE COMO DESAFIO PARA O FORTALECIMENTO DA ENGENHARIA DE PESCA”, e ocorreu nos dias de 08 a 12 de de-zembro de 2014, com uma programação composta por mesas redondas, oficinas, workshop, palestras e minicursos.
Em relação às atividades desenvolvidas no evento, ocorreu uma diversidade de palestras, como por exemplo: Estudo do habitat preferencial das es-pécies-alvo da pesca oceânica através de marcas eletrônicas por satélite; Microalgas e biotecnologia; A importância do marketing dos produtos e empresas na Engenharia de Pesca; Camarão de água doce e sua situação no Nordeste, entre outras. Da mesma forma com as palestras, as mesas redondas tiveram grande repercussão e discursão entre os participantes, onde foi de suma importância a participação de ex-alunos da unidade para explicarem um pouco sobre o merca-do de trabalho, as oportunidades e as dificuldades enfrentadas lá fora.
Ao longo da III SEP ocorreu tam-bém o II workshop de metodologias voltadas para o ensino da Enge-nharia de Pesca, onde foi formalizado um documento de propos-tas voltadas para o curso, havendo dicas para que haja mais diálogo entre os professores e alunos; para que os alunos se organizem mais para reivindicar seus di-reitos; para que a semana acadêmica dos cursos esteja dentro do calendário acadêmico da UAST, entre outros pontos extremamente importantes.
Durante o período da tarde ocorreram seis minicursos, com temas atuais, sendo eles: ecotoxi-cologia, organização de trabalho cientifico, qualida-de qualida-de água para a Engenharia qualida-de Pesca, confecção de quadro de nós e modelo de embarcação, termodi-nâmica e microalgas. Além da oficina de confecção de redes de pesca.
O evento teve encerramento com a come-moração do dia do Engenheiro de Pesca (14 de de-zembro), com um momento de descontração, cele-brando mais uma vez a profissão, em que cada dia se destaca mais em todo cenário mundial.
E para aquelas que ainda não participaram da Semana de Engenharia de Pesca da UAST, ou já estão com saudade dos “prémios cuscuz”, não se desesperem que já já chegaremos com nossa 4º edi-ção da Semana de Engenharia de Pesca, cheia de surpresas para todos os participantes.
Por Rosana Oliveira Batista, aluna do 6º Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Pro-grama de Educação Tutorial (PET) da UFRPE/ UAST.
RETROSPECTIVA DA III SEMANA DE ENGENHARIA DE PESCA
O PORQUÊ DE TANTA TILÁPIA!
Originária do
conti-nente Africano, esse peixe foi
trazido para o Brasil por volta
da década de 70, e se adaptou
tão bem em nossas águas que
atualmente, de acordo com o
Instituto Brasileiro Do Meio
Ambiente E dos Recursos
Naturais
Renováveis
(IBAMA), representa 38% da
piscicultura brasileira. A
produção global de tilápia
teve grande crescimento
na última década,
passan-do de 1,5 milhões para
3,2 milhões de toneladas
em 2010, devido
princi-palmente à expansão da
aquicultura
.
Janeiro de 2015 Volume 4, edição 1 Nesta edição: RETROSPECTIVA DA III SEMANA DE ENGENHA-RIA DE PESCA Pág. 1 O PORQUÊ DE TANTA TILÁPIA! Pág. 1 SE CONHECER: UMA CONDIÇÃO FAVORÁVEL PARA A GRADUAÇÃO Pág. 2 NUTRIÇÃO, ALIMENTA-ÇÃO E IMPACTOAMBI-ENTAL Pág. 3
‘TILÁPIAMOÇAMBICA": UMA ESTRANHA FORMA
DE SEDUÇÃO Pág. 3
POR QUE ESTÁ FALTAN-DO ÁGUA?
Pág. 4
O MAR PEDE SILÊNCIO Pág. 5
“SAÚDE NA PESCA” Pág. 5
CONSCIÊNCIA ECOLÓGI-CA: PRESERVE A LIBER-DADE DA NATUREZA Pág. 6 APLICABILIDADE DE RESÍDUOS PRODUZIDOS PELA MARICULTURA Pág. 7 EMBARCANDO NAS AÇÕES DO MINISTÉRIO DA PESCA E AQUICUL-TURA EM 2013 Pág. 7 ESTUDO CROMOSSOMI-CO DE PEIXE Pág. 10 Fonte: www.pisciculturasaojeronimo.com.br/
Apesar do grande sucesso, a produção ainda está longe de ser sustentável, o que explica a não aceitabilidade dessa espécie pe-los defensores das causas ambientais. Os impac-tos ambientais e sócio-econômicos da introdu-ção da tilápia nos ecossistemas aquáticos da caa -tinga ainda são pouco compreendidos. Pesqui-sadores já comprovaram que espécies exóticas podem sim reduzir os estoques de espécies nati-vas ou até mesmo eliminá-las através da preda-ção, competição por recursos e trans-missão de patógenos e parasitas.
Mas então por que o cultivo de tilápia está em alta? A resposta está na biologia da espécie, por crescerem rápido e serem fáceis de criar. A tilápia é normalmente mantida em ambiente natural dentro de tanques-rede no meio de lagos e rios. De acordo com alguns autores, são vários os motivos que justificam a preferência dos produtores pela tilápia, entre os quais se destacam: fácil adaptação às diversas condições de cultivo nas diferentes regiões do país; ciclo de engorda relativamente curto;
acei-tação de uma ampla variedade de alimentos; desovam durante todo o ano; Possui carne saborosa e saudável, com baixo teor de gordu-ra; entre outros. Além dessas características, a falta de técnicas mais eficazes para o cultivo de outras espécies ajuda a alavancar a tilapi-cultura, porém, para que essa produção seja de fato um sucesso, se faz necessário um maior cuidado por parte dos produtores para que o cultivo seja mais sustentável, impactando menos o ambiente.
Fonte: www.panoramadaaquicultura.com.br
Texto adaptado por Cícero Diogo Lins de Oliveira, aluno do 8° período de En-genharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) da UFRPE/UAST.
SE CONHECER: UMA CONDIÇÃO FAVORÁVEL PARA A
GRADUAÇÃO
passar para ver todas essas opções e escolher uma. :/
─ Ainda bem que você sabe disso.
─ Bem, e se eu descobrir que gosto de uma área na qual a disciplina relacionada só é ofertada no final do curso? :O
─ Ué, você pode mesmo assim começar a traba-lhar nesta área com um professor lhe orientan-do, se terá apenas que haver paciência de ambas as partes.
─ Mas sem ter passado por essa disciplina fica um pouco complicado, não? Meio sem sentido, acho.
─ Ah! Você que complica demais! Tentei lhe ajudar, mas vejo que não vamos chegar a lugar nenhum.
FIM!
Sim, essa situação é realmente com-plicada, mas parece que às vezes nós é que complicamos as coisas. A solução disso tudo é simples. É a famosa expressão “de galho em galho”, mas no bom sentido da coisa, claro. Vejamos, se você começa a trabalhar em uma área e não se identifica com ela, não tem proble-ma, você pode simplesmente procurar outra área na qual você acha que se dará bem. Caso você ainda não se encontre, que chato! Mas nada está perdido, não encare isso como perda de tempo ou trabalho em vão, afinal, tudo na vida é apren-dizado e ganho de experiências. Recomece quantas vezes for necessário, não se preocupe com o tempo, se preocupe com sua realização pessoal dentro da universidade. E assim você irá se conhecer, irá saber o que é melhor para si e trilhará o melhor caminho durante essa jornada.
Por Emerson Jonas Ventura Pereira Leite, aluno do 10° Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tu-torial (PET) da UFRPE/UAST.
As universidades têm o objetivo de formar pesso-as, colocando assim profissionais no mercado de trabalho. As pessoas entram nas universidades em busca de sua formação profissional, mas tam-bém pessoal, afinal sua profissão fará parte de sua vida. Entre essas duas vertentes, há um cam-po cheio de complexidades relacionando o aluno e a universidade. Durante a graduação, além do curso em si, com toda sua grade de disciplinas e horários, você precisa buscar uma área para ex-plorá-la mais a fundo, uma área na qual provavel-mente você terá que realizar pesquisas e traba-lhos, afim de não só conhecê-la e entendê-la me-lhor, como também utilizá-la, talvez, como uma direção para seu futuro profissional.
Para alguns, entretanto, escolher uma área para seguir não é fácil, o que é normal, afinal ninguém nasce sabendo o que quer da vida, a gente vai descobrindo aos poucos o que quere-mos e aquilo que é melhor para nós.
Em minha mente cria-se um diálogo com dois personagens fictícios sobre essa situa-ção de dúvida, sobre a escolha de uma área para seguir na faculdade. E então a seguir, a conversa flui:
─ Nossa, que dúvida! Não sei qual área escolher para seguir durante esse tempo que estarei na faculdade.
─ Ué, você deve escolher a área que mais se identificar! ^^
─ E se eu não me identificar com nenhuma? ─ Aí quer dizer que você está fazendo o curso errado, hihihi ^.^
─ Que horror! >.<
─ Não, um momento, vamos solucionar esse problema! Você tem uma gama de disciplinas ao longo do curso, nas quais você pode escolher uma área para trabalhar. Olha só, você tem várias opções! :D
─ Certo, mas não posso esperar todo o curso Para alguns, escolher
uma área para seguir não é fácil, o que é
normal, afinal ninguém nasce sabendo o que quer da vida, a gente vai descobrindo aos
poucos o que queremos e aquilo que é melhor para
nós.
Fonte:
www.panoramadaaquic
ultura.com.br
Fonte: www.tradingunited.esNos últimos vinte anos a aquicultura vem priorizando mais os sistemas intensivos e surperintensivos, deixando de lado as baixas densidades de camarões e peixes, além de adicionar e forne-cer rações comerciais no cultivo junto com a inclusão do alimento natural no meio. Sabemos que com a intensificação da quantidade de animais por área, os custos operacionais na produção
aumentam.
Para começar a produzir alimentos através de organismos aquáticos, é preciso escolher o local, a capacidade produtiva, a aquisição de materiais, o escoamento de produção, a aceitação do produto pelos consumidores, marketing e o mais importante e essencial, ter o conhecimento da biologia do animal, conhecer sua morfologia interna e externa, bem co-mo o seu hábito de vida, habitat, ver quais as condi-ções favoráveis para o crescimento da espécie a ser cultivada e o seu hábito alimentar é a chave para o empreendimento dar certo.
No Brasil, há uma grande diversidade de espécies de peixes sendo cultivada e com isso há diferentes hábitos alimentares, desde animais planc-tófagos, herbívoros, iliófagos e carnívoros. Então, os nutricionistas que elaboram essas rações, devem estar cientes das preferências alimentares destes organismos. A nutrição como sabemos, chega a cus-tar em torno de 70% dos custos totais, porém ela é
fundamental para o êxito da produção final no cultivo, tendo um papel importante para satisfazer as necessidades fisiológicas do ani-mal, bem como os prevenirem de patógenos.
Para o animal ter um desenvolvendo de forma satisfatória é preciso ter um criterioso estudo das exigências de proteínas, vita-minas, carboidratos e minerais. Estes nutrientes são essenciais para a vida dos peixes. Porém, existe um entrave com relação às rações, pois muitas vezes causam um forte impacto ambiental, causando um desempenho baixo para os peixes, implicando negativamente na rentabilidade do cultivo. Como sabemos, as sobras de rações e fezes dos peixes geram resíduos que ocasionam mudanças na qualidade da água, além de que a composição química é constituída de nitrogênio e fósforo e o descarte destes elementos no meio ocasiona o superflo-rescimento de algas, eutrofização do meio e mudança de hábitos alimentares de outras espécies, acarretando alterações na cadeia trófica alimentar, desestabilizando o meio aquático com todos os
seus componentes e organismos.
Uma das principais funções do Engenheiro de Pesca é solucionar problemas, então, na atualidade foram construídos filtros biológicos que reduzem a concentração de nitrogênio e fósforo. Outra alternativa é a bacia de sedimentação que diminuem a concentração de substâncias geradas pela piscicultura. Porém, essas construções no empreendimento geram custos a mais na pro-dução. Toda atividade aquícola tem um im-pacto ambiental. Uma maneira de mitigar estes excessos de matérias orgânicas, por exemplo, é ter boas práticas no manejo da água, não elevar as taxas de densidades por área, utilizar rações balanceadas com boa digestibilidade, tornando os peixes mais sau-dáveis.
Então, compete às indústrias que fabricam rações junto com as universidades se unirem e fazerem pesquisas para que não somente usem rações para atingir o peso final para comercialização, e que passem a traba-lhar com balanceamentos de rações de quali-dade, além de passarem a ter ética ambiental, só assim irá suavizar este impacto ocasionado por insumos, gerando uma melhor eficiência econômica e utilizando os recursos hídricos de forma sustentável.
Fonte, artigo: A piscicultura e o ambiente – o uso de alimentos ambientalmente corretos em piscicultura publicado na Revista Brasileira de Zootecnia.
Texto adaptado por Ricácio Luan Marques Gomes, aluno do 9º Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) da UFRPE/ UAST.
Os machos desta
espé-cie fazem escavações na areia
("ninhos") para onde tentam
atrair as fêmeas para realizar as
suas posturas ao mesmo tempo
em que tentam evitar que
ou-tros machos se aproximem.
Quando uma fêmea
reproduto-ra se aproxima, estes machos
urinam ativamente várias vezes
em direção às fêmeas.
Investigadores do
Cen-tro de Ciências do Mar da
Uni-versidade do Algarve e de
Évora e do Instituto Max
Planck de Ecologia Química
de Jena na Alemanha
desco-briram uma feromona na urina
de machos de
tilápiamoçambi-ca que, ao ser detectada pelo
sistema olfativo das fêmeas
em estado reprodutor, faz com
que estas produzam hormonas
que aceleram a maturação dos
ovócitos.
NUTRIÇÃO, ALIMENTAÇÃO E IMPACTO AMBIENTAL
“TILÁPIAMOÇAMBICA”: UMA ESTRANHA FORMA DE SEDUÇÃO
Para o animal ter
um desenvolvendo
de forma satisfatória
é preciso ter um
criterioso estudo das
exigências de
proteínas, vitaminas,
carboidratos e
minerais.
A urina contém mensageiros quí-micos, feromônios, que atraem as fêmeas e lhes provocam alterações que as levam fa-zerem posturas, sendo fertilizadas por estes machos no ninho. Posteriormente, as fê-meas colocam as posturas fertilizadas na boca, onde incubam seus ovos. A feromona é produzida em maior quantidade pelos machos com estatuto hierárquico superior.
Estes machos dominantes têm a bexiga urinária muito mais musculada do que a dos de menor estatuto, para poderem armazenar grandes quantidades da urina que lançam sobre as fêmeas. As tilápias, ao mostrarem este comportamento claro em cativeiro, tornam-se um modelo para este tipo de estudo. Tina Keller-Costa, investigadora do Centro de Ciências do Mar, e outros colaboradores do
Grupo de Endocrinologia Comparativa e Biologia Integrativa do Centro, em conjunto com o Grupo de Biossíntese/NMR do Insti-tuto Max Planck de Ecologia Química iden-tificaram a estrutura química dos mensagei-ros químicos na urina dos machos e verifi-caram que funcionam como feromonas.
Os investigadores recolheram a urina de machos dominantes, purificaram as amostras utilizando técnicas de separação por cromatografia, testando a cada passo a atividade biológica.
Fonte: www.cienciahoje.pt/ www.pescaki.com/
Texto adaptado por Maria Mirele Nogueira Barbosa, aluna do 3º Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Progra-ma de Educação Tutorial (PET) da UFR-PE/ UAST.
POR QUE ESTÁ FALTANDO ÁGUA?
Outro problema é que nossa água é pertence aos outros. Para que possamos ser um dos maiores exportadores do mundo é necessá-rio que paguemos um preço hídrico e bem alto por esse posto. Só para produzir toda carne e os grãos que exportamos em 2013, gastamos 112 trilhões de litros. Essa água que enviamos para fora do país, por meio desses produtos, é cha-mada de água virtual. Para produzir 1 kg de soja, são necessários 1.800 litros. E o método mais utilizado, aspersão (lançamento de jato de água), gasta mais ainda, onde 40% da água utilizada evapora antes de chegar ao solo.
Apesar de não fazer grandes investi-mentos em tecnologias inteligentes para o uso da água, o Brasil tem bons exemplos como é o caso de Uberlândia – MG que é a cidade cam-peã de saneamento: 100% da população é abas-tecida e 99% do esgoto é coletado. E ainda con-ta com planejamento traçado para os próximos 55 anos.
Fonte : tacticasc.blogspot.com.br/2014/01/ proyecto-el-agua-ejemplo-de-tarea
Texto adaptado por Lucas Nunes da Silva, aluno do 10º Período de Enge-nharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) da UFRPE/ UAST.
Em 2015, só 29% dos brasileiros vão receber água de forma satisfatória, o que significa que 145 milhões de pessoas vão ter pouca ou nenhuma água ou nenhuma. Isso em um país que poderia abastecer o planeta. Se o Brasil é campe-ão mundial de água doce, por que ela ncampe-ão chega às torneiras?
O problema é que nossos recursos não são aproveitados. Sabe-se que o Brasil é um país privilegiado possuindo 18% das águas de superfí-cie do mundo. O nosso país é dono do maior rio do mundo em volume d’água, o rio Amazonas. E ainda temos outros gigantes, pois na lista dos 50 maiores rios, 11 estão localizados no Brasil.
Outro problema que dificulta a chegada de águas nas nossas torneiras é a nossa demogra-fia que é um pouco complicada. As pessoas mo-ram longe da água, concentrando-se a grande maioria, próxima ao litoral e lá há pouca água doce. A geografia também não favorece, existin-do cadeias montanhosas que acabam separanexistin-do as pessoas dos mananciais.
Outra característica é o abastecimento de mais da metade da população, através de águas subterrâneas (destaque para as regiões Norte e Sul, onde mais da metade dos municípios são abastecidos por esse tipo d’água), no entanto, apesar de bem distribuídos pelo Brasil e corres-pondente a 48% do território brasileiro, os aquífe-ros são de menos abundancia e ainda de menor acesso.
Existe ainda também a má exploração ou o não uso deste bem, no ranking dos países que melhor aproveitam seus recursos hídricos, o Brasil está na 86ª posição, com 10,87 numa escala de 100. O índice leva em conta índices de reuso, para mini-mizar a sobrecarga dos mananciais. Cingapura é o país campeão.
Existe ainda também a má exploração ou o não uso deste bem,
no ranking dos países que melhor
aproveitam seus recursos hídricos, o Brasil está na 86ª posição, com 10,87 numa escala de 100.
As tilápias, ao
mostrarem este
comportamento
claro em
cativeiro,
tornam-se um modelo
para este tipo de
estudo.
tacti-casc.blogspot.com.br/ 2014/01/proyecto-el- agua-ejemplo-de-tarea.htmlA nossa terra possui cerca de 75 % da sua superfí-cie coberta com água. Apesar de toda extensão, esse ecossis-tema é um dos mais ameaçados e maltratados, além de ser uma grande inquietação para o futuro e tem causado grande preocupação, sendo uma questão debatida a nível mundial.
A poluição que afeta esse ambiente é decorrente da ação humana. Mares, rios e lagos estão sendo
usados como depósitos de lixo, afetando dire-tamente a vida dos que vivem lá. No entanto não só esse tipo de poluição vem prejudicando “os moradores” desses lugares. O barulho pro-vocado por balsas, navios, plataformas de pe-tróleo, fazendas pesqueiras e etc. não acome-tem somente aos animais que vivem na super-fície, mas também os que vivem nos locais mais profundos dos mares, não os excluindo dessa forma de poluição.
O barulho causado por essas máqui-nas percorre grandes distâncias no oceano e emite um som de baixa frequência, som esse que é usado por golfinhos, baleias e alguns peixes para se comunicarem, fazendo com que os mesmos fiquem atordoados, e que confun-dam os sons artificiais com os naturais.
Para encontrar alimento, fugir de
predadores, para seleção sexual, para reproduzirem-se e se manterem unidos durante migrações, os cetáceos dependem da sua audição. Por esse motivo, a poluição sonora causa no mar o que o desmatamento está causando no ambiente ter-restre: uma queda de habitat. Muito desses animais estão se deslocando para lugares com menos barulhos a fim de se protegerem e de seguir sua atividade biológica normalmen-te, no entanto, encontrar esses lugares está cada vez sendo mais difícil, pois a quantidade de ruído está cada vez maior, e isso pode agravar-se ainda mais.
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) através de seu Programa para o Meio Ambiente (Pnuma), as mudanças químicas que vem ocorrendo no mar devido à
emissão de gases de efeito estufa e desse lixo todo que é jogado a deriva, colaboram para o crescimen-to da poluição sonora no oceano. A água mais ácida aumenta em 10% a absorção de sons de baixa fre-quência e se continuar assim, em torno de 40 anos esse barulho atingirá uma profundidade 70% maior do que atinge nos dias de hoje, podendo levar a extinção de alguns animais.
As legislações existentes e a falta de fiscalização contribuem com uma parcela significativa para esse pro-blema que enquanto não afetar o “bolso” dos humanos nenhum tipo de medida será tomada e animais inocentes conti-nuarão a morrer, desequilibrando assim todo o ecossistema marinho.
Fonte:www.sobiologia.com.br/ conteudos/jornal/noticia1.php planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ ambiente/cientistas-poluicao-sonora- perturba-mamiferos-marinhos-veja-614417.shtml
Texto adaptado por Missileny Xavier, alu-na do 8º Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) da UFR-PE/ UAST.
minerais. Os lipídios
encontra-dos nos peixes também são
fon-tes essenciais nas quais se
en-contram o ômega 3 e o ômega 6
que auxiliam na produção de
energia para o corpo e são
utili-zadas também para fazer o
transporte de vitaminas
liposso-lúveis, fazendo bem para o
sis-tema cardíaco.
Quando
falamos
em
“saúde na pesca” falamos ao
mes-mo tempo em pescado, aonde vem
em nossas mentes o seu potencial
que inevitavelmente influencia a
nossa saúde, devido a sua
qualida-de sensorial, que é bem
diversifi-cada, por se tratar de uma carne
branca e por ter em sua
constitui-ção química teores de água,
prote-ínas, carboidratos e cinzas nas
quais compõem as vitaminas e
O MAR PEDE SILÊNCIO
“SAÚDE NA PESCA”
Mares, rios e lagos
estão sendo usados
como depósitos de lixo,
afetando diretamente a
vida dos que vivem lá.
No entanto não só esse
tipo de poluição vem
prejudicando “os
moradores” desses
lugares.
A princípio, as afirmações são ver-dadeiras, o que cabe a nós é, repercutirmos sobre a origem dos produtos tendo em mente a valorização da nossa saúde. Devemos ter a consciência de que muitas vezes o barato po-de sair caro. Em relação a produtos que são vendidos nas feiras, por exemplo, sabemos que eles são expostos a vários perigos por falta de uma adequada conservação. E não devemos esquecer que o pescado comerciali-zado ao ar livre está sendo contaminado por meios de organismos oxidantes, por ser um produto extremamente volátil e se deteriorar em poucas horas, o que pode vir a intoxicar nosso organismo por meio da contaminação do produto mal higienizado e/ou conservado.
Através dessas afirmações, refleti-mos o quanto deverefleti-mos ser críticos e irrefleti-mos em busca de informações que nos auxiliarão em uma melhor qualidade de vida a respeito da nossa alimentação, para que o nosso “pescado de cada dia” continue fornecendo saúde em
nossas vidas e mostrando sempre os seus be-nefícios. Além da qualidade nutricional dos organismos aquáticos, também se pode apro-veitar de atividades de pesca quer associam o homem com a natureza, por serem atividades relaxantes, que nos fazem reduzir o estresse e esquecer os problemas do dia a dia, nos pro-porcionando um equilíbrio mental e corporal, nos fornecendo momentos de descontração e de lazer, nos deixando aptos a uma vida de tranquilidade e bem estar, nos auxiliando a uma vida saldável, ao quer se refere à “saúde na pesca”.
Fonte: www.pescaalternativa.com.br
Adaptado por Raimundo Daniel Alves dos Santos, aluno do 7º Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tutorial (PET) da UFRPE/ UAST.
CONSCIÊNCIA ECOLÓGICA: RESPEITE A LIBERDADE DA
NATUREZA
O que seria de nós se o nosso Pai, o dono de tudo isso,
quisesse essas coisas de volta, como ele nos entregou?
Hoje,
Os pássaros, já não têm a mesma liberdade de outrora;
Os rios, a cada dia que passa, suas águas ficam mais sujas;
As nuvens, já não possuem a mesma brancura; O Sol, já não mais penetra o solo com
intensida-de por causa dos gigantes intensida-de cimento; Os peixes, cada vez mais ficam sufocados com
tanta poluição das águas;
As matas já não possuem o mesmo verde cativo e saudável.
Ah! Quanta maldade... Mas a verdade é certa:
Só quando o último pássaro der seu último voo, Só quando o rio evaporar sua última gota
d’á-gua,
Só quando a última nuvem perder o branco total,
Só quando o Sol não mais puder penetrar o solo, Só quando o último peixe morrer sufocado pela
poluição das águas, Só quando a última árvore tombar e assim não mais tiver oxigênio para a
sobrevi-vência humana,
é que o homem vai entender que o dinheiro não compra tudo!!
Fonte: OIKOS-MS. Educação Ambiental
Por Karen Izabela Freire Silva Car-valho, aluna do 8º Período de Engenharia de Pesca, bolsista do Programa de Educação Tu-torial (PET) da UFRPE/ UAST.
Será que nunca se darão conta da im-portância do serviço ambiental prestado pelas florestas? Elas são uma fonte infinita de recursos para o homem. A não preservação desse ecossis-tema causa prejuízos irreversíveis ao bem estar da sociedade. Vários fatores contribuem para o momento crítico de estiagem que o Brasil vem enfrentando na atualidade, entre eles estão o des-matamento e poluição. Estes fatores influenciam no sistema climático, principalmente a regulação das chuvas.
Faz-se necessário um olhar mais crítico e sensível para as condições atuais dos recursos naturais. Corroborando com o pensamento
men-cionado, Francisco das Chagas Gomes Júnior cita em seu poema a preocupação com o equívoco do homem em relação à natureza, que destrói sem a mínima compreensão da amplitude do significado dos ecossistemas.
Egocentrismo Antropológico- Francisco das Chagas Gomes Júnior
Milênios atrás, um dia nós recebemos de presente a natureza:
Os pássaros, os rios, as nuvens, o Sol, os peixes, as matas e muito mais...
Os pássaros, voando livres, sem preocupação de encontrar empecilhos;
Os rios, com águas claras a desfilarem em planí-cies, montes e cascatas;
As nuvens, branquinhas, bela paisagem e “colírio” para nossos olhos; O Sol, penetrando radiante no solo; Os peixes, orgulhosos, ostentando com alarde nas
águas sua alegria;
As matas, verdejantes e oxigenadas, sem sofrer o tormento dos vândalos;
Ah! Como isso era bom e bonito. E olha que tudo foi presente de Deus: não
paga-mos nada!!
Faz-se
necessário um
olhar mais
crítico e
sensível para
as condições
atuais dos
RECURSOS
NATURAIS.
Através dessas afirmações, refletimoso quanto devemos ser críticos e irmos em busca de informações que nos auxiliarão em
uma melhor qualidade de vida a
respeito da nossa alimentação, para que
o nosso “pescado de cada dia” continue fornecendo saúde em
nossas vidas e mostrando sempre os
seus benefícios.
Fonte: Amigos Trans-formando o Mundo
Nos
últimos
anos, a maricultura
vem se desenvolvendo
bastante, gerando
mui-tas dúvidas
relaciona-das ao destino de seus
resíduos, surgindo
en-tão a cada dia novas
tecnologias
voltadas
para esta área.
Como forma
de conhecimento,
po-demos citar um estudo
realizado no sul do
país que demostra uma
forma bem diferente de
reutilização desses
re-síduos. No presente
estudo foi avaliada a adsorção do corante remazol
ver-melho rr133 para solucionar a degradação causada por
corantes têxteis em corpos hídricos. Foi provado neste
estudo que este adsorvente ativado termicamente
apre-senta remoções superiores a 98% e capacidade de
ad-sorção máxima de 36,93 mg.g-1.
Nos últimos anos, a maricultura vem se
desen-volvendo bastante, gerando muitas dúvidas
relaciona-das ao destino de seus resíduos, surgindo então a cada
dia novas tecnologias voltadas para esta área.
Como forma de conhecimento, podemos citar
um estudo realizado no sul do país que demostra uma
forma bem diferente de
reutilização desses
re-síduos. No presente
estudo foi avaliada a
adsorção do corante
remazol
vermelho
rr133 para solucionar a
degradação
causada
por corantes têxteis em
corpos hídricos. Foi
provado neste estudo
que este adsorvente
ativado termicamente
apresenta
remoções
superiores a 98% e
ca-pacidade de adsorção
máxima de 36,93 mg.g-1.
Fonte: www.futura.org.com.br
Texto adaptado por João Lucas
Oliveira Rocha, aluno do 4º Período de
Engenharia de Pesca, bolsista do
Progra-ma de Educação Tutorial (PET) da
UFR-PE/ UAST.
um volume acima de 2,5 milhões de
To-neladas, uma produção histórica. Ao
lon-go do ano o MPA desenvolveu políticas
públicas estruturantes, entre elas a
aguar-dada simplificação do licenciamento
am-biental, a desoneração do pescado e o
lan-çamento do inédito Plano Safra da Pesca e
Aquicultura. Ocorreu também a
inaugura-ção e a retomada das operações de
termi-nais pesqueiros públicos.
O Ministério da Pesca e Aquicultura –
MPA foi criado em 29 de junho de 2009, logo,
enquanto alunos e posteriormente futuros
profissi-onais, sabemos a importância em acompanhar as
atividades que o MPA vem desenvolvendo, afinal,
este ministério é 100% nossa área de Engenharia
de Pesca! Trago nessa matéria um resumo do
Ba-lanço 2013 – Pesca e Aquicultura – MPA.
Começaremos relatando como a produção
pesqueira do Brasil supera as expectativas, o
Bra-sil confirmou em 2013, sua grande vocação para a
produção de pescado, as estimativas apontam para
APLICABILIDADE DE RESÍDUOS PRODUZIDOS PELA MARICULTURA
Embarcando nas Ações do Ministério da Pesca e Aquicultura em 2013
Fonte: www.futura.org.com.brAinda mais, para aproximar o produtor
do consumidor foi entregue mais um caminhão
do peixe, que agora são 168 caminhões
garan-tindo peixe mais barato do que frango para a
população.
Sobre as ações anti-fraudes e contra a
pesca ilegal, o Governo Federal trabalhou em
2013 para valorizar a profissão de pescador
profissional com o Recadastramento Nacional,
criou metodologias para coibir as fraudes ao
Seguro Defeso e manter apenas o verdadeiro
pescador de posse da Carteira Nacional de
Pes-cador. Foi lançado o Plano Nacional de
Comba-te à Pesca Ilegal. Além disso, o MPA está
apoi-ando a Universidade Federal Rural da
Amazô-nia para juntos desenvolverem o Plano de
neamento Pesqueiro da Pesa de Arrasto da
Zo-na Econômica da Região Norte. Outro
benefí-cio ao setor veio, com o programa de Sanidade
Pesqueira, que busca ampliar a qualidade do
pescado, reduzir o desperdício e garantir
me-lhores preços e credibilidade para o pescador.
Como está ocorrendo a transformação
do potencial em oportunidade e produção do
nosso país? Em 2013, o MPA ofertou 900
hec-tares de lâmina d’água em represas e no litoral
para a produção de pescados que permitiram a
produção de mais de 210 mil toneladas de
pes-cado/ano. Mas de 92% das áreas são
“não-onerosas” e beneficiam aquicultores familiares
ou a moradores de comunidades tradicionais e
ribeirinhas. Ainda mais, foram firmados
convê-nios com prefeituras e com o Governo do
Dis-trito Federal para a implantação de Projetos
Es-truturantes da Cadeia Produtiva da Aquicultura
Familiar que preveem a construção de viveiros
escavados, unidades de produção de alevinos,
fábricas de ração e unidades de beneficiamento
de pescado, além de toda a assistência técnica
necessária aos produtores. O MPA também
li-berou recursos para implantar as unidades
de-monstrativas de criação de bejupirá e de criação
integrada de peixes, moluscos e algas.
Na pesquisa e melhoramento genético, o
MPA investiu, em 2013, em ações de
melhora-mento genético da tilápia. Foram repassados
recursos para o Conselho Nacional do
Desen-volvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
desenvolver atividades de pesquisa e tecnologia
da segunda etapa do Projeto Pirarucu da
Ama-zônia, na região Norte. Ainda mais, o MPA
ga-rantiu em conjunto com quatro Ministérios
(Mapa, MDA, MCTI e MEC) e o CNPq, a
cha-mada pública para a implementação e
manu-tenção de núcleos de estudo, centros
vocacio-nais tecnológicos e núcleos de pesquisa
apli-cada em pesca e aquicultura no âmbito da
Po-lítica Nacional de Agroecologia e Produção
Orgânica. Além disso, foi iniciada, no âmbito
do Conselho Nacional de Aquicultura e Pesca
(Conape), discussão acerca do conceito e
es-truturação do Consórcio Brasileiro de
Pesqui-sa e Desenvolvimento (P&D) e Transferência
de Tecnologia (TT) em Pesca e Aquicultura
(CBPA).
O MPA incentivou com máquinas
pa-ra a abertupa-ra de tanques e assistência técnica,
a implantação de projetos de piscicultura em
tanques escavados. Em 2013, 1.353
municí-pios interessados em aumentar a produção de
pescado aprovaram leis de apoio ao
desenvol-vimento da aquicultura familiar. Nessa área
ficou confirmado a assistência técnica como
prioridade do governo, um acordo de
coope-ração técnica entre o MPA e o Ministério do
Desenvolvimento Agrário (MDA) garante
apoio para cerca de 25.600 famílias de
pesca-dores e aquicultores. Além disso, um acordo
de cooperação celebrado entre o MPA, MDA
e MDS garante assistência técnica e extensão
para 3.500 famílias de pescadores artesanais,
considerados abaixo da linha da pobreza, nas
áreas dos Territórios da Cidadania Sertão do
São Francisco (BA) e Transamazônica (PA).
Na área da alfabetização e ação social,
duran-te o ano de 2013, o MPA viabilizou a
implan-tação de 27 novos telecentros. Já no Programa
Pescando Letras, de alfabetização de adultos,
foram matriculados 17.353 pescadores, bem
como, a inserção do pescado nas escolas
pú-blicas foi reforçada.
Ainda foi firmado acordo de
coopera-ção, entre o MPA e o FNDE, com a
finalida-de finalida-de dar continuidafinalida-de às ações para o
au-mento da inclusão do pescado na
alimenta-ção, principalmente por meio do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Outra vitória foi à conclusão do
proje-to pequenos empreendimenproje-tos da pesca
arte-sanal, que beneficiou 63 entidades do setor.
Com o óleo diesel barato para quem mais
pre-cisa, o programa do MPA que oferta óleo
die-sel a preço subsidiado habilitou, em 2013,
1.937 embarcações, das quais 1.094 da pesca
artesanal e 843 da pesca industrial.
O MPA ainda celebrou acordo para o
estudo de embarcações mais adequadas
pa-ra a pesca artesanal. No âmbito do Registro
Geral da Pesca (RGP), aproximadamente
58.000 embarcações receberam
licencia-mento nas modalidades de linha, emalhe,
arrasto, cerco e armadilha.
Na “Pesca amadora também cresce”,
esta categoria obteve um crescimento no
número de pescadores licenciados em todo
país para mais de 345.000. O MPA
autori-zou a realização em torno de 144
competi-ções desta modalidade, bem como, foi
fir-mado também um acordo de cooperação
técnica entre o MPA e a EMBRATUR para
divulgação e promoção do turismo de
pes-ca esportiva do Brasil no exterior.
Já a área do cultivo de peixes
orna-mentais na ressocialização de presos, as
ações do grupo técnico de trabalho dos
or-ganismos aquáticos vivos com fins de
aquariofilia e ornamentação (GT
Ornamen-tais) estabelecerem critérios e
procedimen-tos no setor. Ocorreu o apoio na
participa-ção do Brasil na maior feira de
aquariofi-lismo do mundo – a Aquarama – que
ocor-reu dentro do evento Pet Asia, em
Cinga-pura. O Brasil levou ao conhecimento
mundial o novo Sistema de Gestão
Com-partilhada de planejamento e ordenamento
pesqueiro, que é coordenado pelo MPA. A
partir de 2014, o MPA em parceria com o
sistema penitenciário do estado do Rio de
Janeiro oferecerá curso de capacitação
pro-fissional sobre o cultivo de peixes
orna-mentais.
Quando Renaqua avançou no
diag-nóstico de doenças em pescados, a Rede
Nacional de Laboratórios do MPA
(Renaqua), com investimentos previstos na
ordem de R$ 30 milhões implantou
meto-dologias para o diagnóstico de mais de 40
doenças de peixes, camarões, moluscos,
anfíbios e répteis. A estrutura também está
capacitada a detectar biotoxinas marinhas.
Em 2013 a meta de consumo
atingida e busca de espaço no mercado
internacional foi marcado pela 10ª
Se-mana do Peixe, pelo Projeto Lagosta
Viva e pelo Festival do Camarão da
Costa Negra. Levantamento do MPA
apontou que os brasileiros consomem
hoje 17,3 kg de pescado per capita/
ano, quantidade que alcança a média
mundial divulgada pela Organização
Mundial de Saúde (OMS). No âmbito
internacional, o MPA promoveu a
par-ticipação de empresas brasileiras na
maior feira mundial do setor de pesca
e aquicultura, a European Seafood,
vi-sando prospectar novos mercados e
incrementar as exportações brasileiras,
como também, foi assinado o projeto
de Cooperação Técnica Trilateral
Sul-Sul para fortalecimento dos setores
pesqueiro e aquícola e desenvolvidas
todas as ações necessárias para levar a
pesca e a aquicultura para a Expo
Mi-lão 2015, na Itália.
Fonte: Balanço 2013-Pesca e
Aquicul-tura MPA
Texto adaptado por Vinícius
Al-coforado Vieira Feitosa, aluno do 9º
Período de Engenharia de Pesca,
bol-sista do Programa de Educação
Tuto-rial (PET) da UFRPE/ UAST.
Colossoma macropomum conhecido
vulgarmente como tambaqui, é um peixe que
pode chegar a 90 cm de comprimento e aos 30
kg, sendo bastante procurado devido ao sabor e
fartura da sua carne. O tambaqui é encontrado
em várias partes do país, mas pela sua
sensibili-dade às temperaturas inferiores a 25°C,
optou-se por estudá-lo nas regiões da bacia amazônica
pela criação do híbrido chamado tambacu,
re-sultado do cruzamento entre o tambaqui, que
possui um rápido crescimento, e o
pacu-caranha (Piaractus mesopotamicus), espécie
encontrada nas bacias dos rios Paraguai, Prata e
no pantanal.
Apesar de ser
uma espécie muito
cul-tivada pela piscicultura
e ter uma forte
deman-da comercial no Brasil,
ainda há poucos
estu-dos sobre a genética
desse animal e de seus
híbridos. Com essas
infor-mações, a Dra. Leila Braga Ribeiro, do
Labora-tório de Genética Animal do Instituto de
Pes-quisas da Amazônia (Inpa/ MCTI), realizou
para a sua tese de doutorado um estudo com
foco na área citogenética, envolvendo a
carac-terização citogenética das espécies parentais e
do híbrido além do mapeamento de sequências
de DNA repetitivos no genoma desses animais.
A sequência de elementos transponíveis,
se dá pelo fato delas terem a capacidade de se
mover ao longo do genoma, além de se
mobi-lizar, algumas são autoduplicantes. No caso
dos retrotransposons, os movimentos assim
como as duplicações dessas sequências de
DNA não acontecem por acaso, elas podem
ser, inclusive, por respostas a estresse
ambi-ental como temperaturas mais baixas, por
exemplo.
Esses elementos podem alterar
positi-vamente fazendo com que o tambacu tenha
uma melhor resistência à baixa temperatura
ou ter um crescimento mais rápido. Esse
fe-nômeno é conhecido como disgenesia do
hí-brido, que é uma alteração no desempenho do
híbrido, dando-lhe mais
vigor e melhorando sua
performance. De acordo
com Leila, acredita-se que
o vigor das espécies
híbri-das esteja associado com
esse aumento de
elemen-tos transponíveis do
tam-bacu. Os estudos dessas
sequências poderão no futuro ajudar no
me-lhoramento genético dos indivíduos.
Fonte:
www.amambainoticias.com.br/meio- ambiente-e-tecnologia/estudo-cromossomico-de-peixe-pode-auxiliar-tecnicas-de-pisciculturaTexto adaptado por
Thaísy
Emmanu-elle Florentino da Silva, aluna do 8º Período
de Engenharia de Pesca, bolsista do
Progra-ma de Educação Tutorial (PET) da UFRPE/
UAST.
ESTUDO CROMOSSÔMICO DE PEIXE
Expediente:
Universidade Federal
Rural de Pernambuco
Unidade Acadêmica de
Serra Talhada
Fazenda Saco S/N, IPA
Fone: 3929-3000
E-mail:
petpescauast@gmail.co
m
Site:
pet-pesca-uast-ufrpe.webnode.pt
Comissão editorial PET– PESCA:
Cícero Diogo Lins de Oliveira
Emerson Jonas Ventura P. Leite
João Lucas Oliveira Rocha
Karen Izabela F. S. Carvalho
Maria Mirele Nogueira Barbosa
Raimundo Daniel Alves dos Santos
Rosana Oliveira Batista
PET - PESCA - UAST