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Agrupamento de escolas João da Silva Correia História O ROMANTISMO EM PORTUGAL. Na literatura

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O ROMANTISMO EM

PORTUGAL

Na literatura

Agrupamento de escolas João da Silva Correia História

(2)

Introdução

Depois de um século XVIII iluminado pela razão e inspirado pelo equilíbrio clássico, a

centúria de Oitocentos despertou sob o signo do

sentimento,

da

sensibilidade,

da

ausência de

regras e constrangimentos.

Eis a época do

romantismo,

que podemos definir como um movimento cultural e como

estado de espírito. Manifestou-se na literatura, nas artes plásticas, na música e em muito mais,

até ao final do século XIX.

Países como Itália, Alemanha e Inglaterra podem ser considerados o berço do romantismo.

Porém, na França, o romantismo ganhou força como em nenhum outro país e, através dos

artistas franceses, os ideais românticos espalham-se pela Europa e pela América.

(3)

As gerações românticas

Há uma nítida evolução através de três gerações de autores, cada geração é marcada por certos traços e temas. * Primeira geração

Os primeiros autores conservavam características clássicas (apego às regras da produção literária). Principais temas:

- nacionalismo

- romance histórico - medievalismo

(4)

* Segunda geração

Período do Ultrarromantismo: exagero pelo subjetivismo e emocionalismo (o tédio, devaneio, sonho, desejo da morte estão sempre presentes)

* Terceira geração

Esta fase antecipa caraterísticas da Escola Realista, que veio a substituir o Romantismo. O subjetivismo e o emocionalismo darão lugar a uma literatura de tom exaltado, baseada nos grandes debates sociais e políticos da época.

(5)

De que maneira chegou a Portugal?

Antes de mais, é importante referir que a

literatura romântica se desenvolveu à margem

das regras e dos modelos clássicos. Cultivou o

modelo sentimental, onde os sonhos e as

paixões dominam.

Em Portugal o romantismo acompanhou,

também, a ideologia politica do liberalismo.

Almeida Garrett

e

Alexandre Herculano

foram

os grandes introdutores da nova corrente, na

literatura.

(6)

O Romantismo em Portugal

O Romantismo português detém, além, das caraterísticas do romantismo europeu

algumas diferenças:

Aos modelos clássicos, racionais e universais, opõe individualidades e

especificidades;

É sentimental e imaginativo;

Valoriza o pitoresco, o folclore, a tradição e a cultura popular;

Evoca a idade média (o distante no tempo, época de mais livre expansão dos

impulsos, com prestígio do ideal cavalheiresco);

(7)

Grandes autores

Falar Verdade a Mentir Viagens na minha terra O Arco de Sant'Ana Frei Luís de Sousa

Almeida

Garret

D Amor de Perdição Coração, Cabeça e Estomâgo A Queda de um Anjo Camilo Castelo Branco O Bobo O Monge de Cister Alexandre Herculano As Cartas de Eco e Narciso A Primavera António Feliciano de Castilho

(8)

Almeida Garrett

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett nasceu no Porto em 1799. Em 1809, partiu para a ilha terceira devido às invasões francesas.

Em 1816, foi estudar para a Universidade de Coimbra e frequentou o curso de Direito.

Além da atividade política e legislativa, Garrett continuou sempre a trabalhar nas suas obras.

Foi opositor da ditadura de Costa Cabral, que o demitiu do cargo de inspetor geral dos teatros. Tendo sido a época mais criativa de toda a sua carreira literária.

Como romancista, Garrett é considerado o criador da prosa moderna em Portugal.

(9)

AS SUAS OBRAS:

Poemas:

Hino Patriótico (1820)

Ao corpo académico (1821)

Retrato de Vénus (1821)

Camões, poema (1825)

Dona Branca ou a Conquista do Algarve (1826)

Adozinda (1828)

Lyrica de João Mínimo (1829)

Miragaia, poesia (1844)

Flores sem Fruto (1845)

Os Exilados, À Senhora Rossi Caccia (1845)

Peças teatrais:

Catão (tragédia, 1822)

Catão (tragédia, 1830)

Catão (tragédia, 1833)

Mérope (tragédia, 1841)

O Alfageme de Santarém ou A Espada do Condestável

(1842)

Um Auto de Gil Vicente (1842)

Frei Luís de Sousa (1843)

Dona Filipa de Vilhena (comédia, 1846)

Falar Verdade a Mentir (comédia, 1846)

A Sobrinha do Marquês (1848)

(10)

Proclamações Académicas (folhetos, 1820) O Dia Vinte e Quatro de

Agosto (ensaio político, 1821)

Aos Mortes no Campo da Honra de Madrid, folheto (artigo, 1822)

Manifesto das Cortes Constituintes à Nação (folheto, 1837)

Conselheiro J.B de Almeida Garrett (autobiografia, 1844)

Da Poesia Popular em Portugal (ensaio literário, 1846)

Sermão pregado na dedicação da capela de Nª Sr.ª da Bonança (folheto,

1847)

A Sobrinha do Marquês (1849)

Memória Histórica de J. Xavier Mousinho da Silveira (1849)

Necrologia de D.ª Maria Teresa Midosi (1950)

Protesto Contra a Proposta sobre a Liberdade de Imprensa (1850)

(11)

AS CARACTERÍSTICAS DA POESIA DE GARRETT:

Sensibilidade pessoal;

Afeição à Idade Média,

A reação contra os cânones clássicos;

A observação da Natureza;

Predileção pelas lendas e tradições nacionais;

(12)

Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco, nasceu a 16 de Março de 1820 e faleceu a 1 de Junho de 1890. Foi um escritor, romancista, cronista, crítico,

dramaturgo, historiador, poeta e tradutor.

Para além disto, foi-lhe atribuído o título de visconde de Correia Botelho pelo rei D. Luís.

O seu percurso político não é consensual, mas há indícios de que lutou a favor dos miguelistas na revolta da Maria da Fonte.

Através da sua literatura subentende-se as suas convicções legitimistas (monárquicas) e conservadoras.

Por sua vez, Camilo Castelo Branco ficou incapacitado de trabalhar bastante cedo, pois começou a sofrer de graves problemas visuais

(diplopia e cegueira noturna), aflitivamente e progressivamente, começou a perder a visão e entrou num profundo estado de desespero e

desolação.

Em função disto, o escritor e romancista percorreu todos os especialistas da época, esforço esse que foi em vão.

Veio a suicidar-se em 1890 com um tiro na têmpora direita, mesmo assim sobreviveu em estado de coma agonizante durante mais 3h nesse dia.

(13)

Camilo Castelo Branco

A obra de Camilo Castelo Branco é quase toda

romântica. Foi profundamente influenciado por

Almeida Garrett, contudo os grandes modelos

clássicos e a literatura macabra e misteriosa de

Ann Radcliffe também o impressionaram.

É possível nas suas obras entender a

caracterização romântica nas peripécias e nas

explicações psicológicas das suas personagens.

Jacinto do Prado Coelho considera-o

«ideológico e flutuante (…) Camilo mantém-se um

narrador de histórias românticas ou romanescas

com lances empolgantes e situações humanas

comoventes».

(14)

Alexandre Herculano

Foi um poeta romancista, historiador e ensaísta português que

nasceu a 28 de março de 1810, em Lisboa, e morreu a 18 de setembro de 1877, em Santarém. Aos 21 anos, na revolta de 21 de Agosto de 1831 contra o governo ditatorial de D. Miguel é obrigado a exilar-se.

Era apoiante da Carta Constitucional de 1826, tendo sido eleito deputado. No entanto, ficou desapontado com o sistema político e retirou-se do seu cargo, tendo rejeitado honrarias e

condecorações.

Publicou enumeras obras e em 1860 participa na redação do primeiro Código Civil português. Em 1865 publicou “Estudos sobre o Casamento Civil”que foi imediatamente colocado no Índex. Retirou-se em 1867, desgostoso com a morte precoce de D. Pedro V, rei em que depositava muitas esperanças, e ainda desiludido com a vida pública.

(15)

Caraterísticas da poesia Herculana

• Insere-se num ambiente romântico;

• Relacionam-se com pensamentos ou sentimentos;

• Referem-se à Guerra Civil e ao exílio, servindo de testemunho poético da crise da instauração do liberalismo em Portugal;

Acrescente-se ainda que Herculano foi um dos responsáveis pela introdução do Romantismo em Portugal, beneficiando do facto de ter estado exilado e assim teve a oportunidade de interagir com escritores românticos

franceses, ingleses e alemães. As suas principais obras são “O Bobo”, “A Harpa do Crente”, “O Monge de Cister” e “Eurico, o Presbítero”.

(16)

Castilho

António Feliciano de Castilho nasceu em Lisboa, em 1800. Aos 6 anos perdeu quase por completo a visão, devido ao sarampo. Apesar da cegueira, dedicou-se aos estudos afincadamente e, mais tarde, licenciou-se em Direito na Universidade de

Coimbra e publicou “As Cartas de Eco e Narciso” (1821) e “A Primavera” (1822). Com a polémica em relação à publicação de um prefácio ao “Poema da

Mocidade” de Pinheiro Chagas, deu-se a eclosão da Questão Coimbrã. Com isto, Castilho aproveitou para censurar um grupo de jovens de Coimbra (entre os quais Teófilo Braga e Antero de Quental), acusando-os de exibicionismo, de obscuridade propositada, de tratarem temas que não tinham a ver com poesia e de terem falta de “bom senso e de bom gosto”, acabando por pôr os jovens apoiantes do realismo e do naturalismo e os antigos defensores do ultra-romantismo em oposição.

Ganhou enfâse devido à cegueira e tornou-se injustamente um ser venerado. No entanto, a sua poesia caiu em total e merecido esquecimento.

Acabou por falecer em Lisboa a 18 de junho de 1875 e, dada à sua fama,

estiveram presentes no seu funeral pessoas de todas as classes sociais, como por exemplo: os seus colegas académicos, ministros e homens ilustres na magistratura e nas forças armadas.

(17)

Castilho

Algumas traduções:

O Sonho de uma Noite de S. João, de Shakespeare;

D. Quixote de La Mancha, de Cervantes.

Algumas obras:

Cartas de Eco e Narciso (1821);

A Primavera (1822);

Amor e Melancolia (1828);

Noite do Castelo (1836);

Os Ciúmes do Bardo (1836).

(18)

Conclusão

O Romantismo português possui características do Romantismo europeu em geral, na

medida em que o culto do diferente explica a literatura confessional e em que o eu

liricamente exibe-se na singularidade dos sentimentos e da imaginação.

Muitos homens tiveram um papel importante na literatura romântica portuguesa, sendo

que Camilo defendeu, contra a sociedade, os direitos dos que amam; Alexandre

Herculano tomou consciência da conquista de um senso histórico e o senso crítico novo

e aplicado aos fenómenos da cultura foi tomado por Garret, que também, em Frei Luís de

Sousa, retratou o espiritualismo cristão, a metafísica do pecado, da penitência e do

resgate, em mistura com o fatalismo radicado na mente popular e na literatura. Após

todos estes feitos, muitos destes homens tiveram um fim trágico, no entanto deixaram

para trás obras/poemas/peças teatrais que fazem de Portugal um país mais rico a nível

cultural e “romântico”.

Referências

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