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Depto de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas. Resumo

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678

ARTIGO ________________________________________________________ Análise da flexibilidade em mulheres trabalhadoras

Patrícia Franco Rabello Theodoro Mestranda

paty@theodorojunior.com.br

Profª Drª Mariângela Gagliardi Caro Salve gagliardi@fef.unicamp.br

Depto de Ciências do Esporte da Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas

Resumo

Foi realizada uma avaliação da flexibilidade em 35 mulheres trabalhadoras da UNICAMP, na faixa etária de 30 a 50 anos. As estruturas avaliadas foram: ombros, coluna cervical, coluna lombar, quadril e joelho, nos seus movimentos de flexão, extensão, flexão lateral, rotação, rotação interna e externa, e abdução. Para a avaliação foram utilizados testes angulares, não invasivos, com o uso do Flexímetro Sanny (goniômetro pendular). O objetivo do trabalho foi, verificar se os indivíduos avaliados possuíam valores da flexibilidade indicados para saúde. Até o momento, podemos perceber que, a maioria dos indivíduos avaliados possuem os valores saudáveis de flexibilidade, mas há a necessidade da participação em um programa de treinamento.

Palavras-chave: flexibilidade, mulheres trabalhadoras,

consciência corporal.

Abstract

An evaluation of the flexibility was accomplished in 35 hard-working women of UNICAMP, in the age group from 30 to 50 years. The appraised structures were: shoulders, cervical column, lumbar column, hip and knee, in their flexing movements, extension, lateral flexing, rotation, rotation interns and external, and abduction. For the evaluation angular tests

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678 were used, no invasivos, with Flexímetro Sanny's use (goniômetro pendular). The objective of the work was, to verify the appraised individuals possessed values of the flexibility indicated for health. Until the moment, we can notice that, most of the appraised individuals possesses the healthy values of flexibility, but there is the need of the participation in a training program.

Key-words: flexibility, hard-working women, corporal

conscience.

Introdução

As posturas inadequadas são realidades em diferentes cargos e funções de trabalho. O desgaste corporal é causador do surgimento de patologias que estão relacionadas com o ramo de atividade daquele trabalhador, além das diferentes origens de acidentes de trabalho, onde suas características existentes também são relacionadas com o trabalho executado (POSSAS, 1989).

Durante a jornada de trabalho, a maioria das pessoas adquire posturas corporais incorretas por motivo de má ergonomia de ambientes, e equipamentos de trabalho. A partir do momento que esses fatores negativos não forem descartados, poderão causar fadiga muscular, decorrida de dores e diminuição da atividade motora daquele indivíduo (VILELA, 2000).

A importância de trabalho de flexibilidade vem demonstrar a aquisição de movimentos laborais mais fáceis e ágeis, bem como a compensação dos esforços exigidos durante a jornada de trabalho.

De acordo com Achour Junior (2002), flexibilidade é a capacidade motora originada pela genética e pelo meio ambiente, sendo este último o que diz respeito aos exercícios e ao estilo de vida. É descrita pela maior medida possível de movimento de um grupo músculo-articular, sem que provoque lesões.

A flexibilidade é definida como a amplitude de um dado movimento articular ou de um grupo de músculos e/ou articulações, quando solicitados na

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678

realização de movimentos. Os índices de flexibilidade resultam da elasticidade dos músculos, associada à mobilidade das articulações. Estas se mantêm estáveis devido aos ligamentos, aos tendões e às cápsulas existentes nas respectivas estruturas, compostas principalmente por tecidos conectivos elásticos. Se todos esses tecidos conectivos e o tecido muscular apresentarem bom estado de elasticidade, consequentemente conseguiremos elevados índices de flexibilidade (GUEDES; GUEDES, 1995).

Esta capacidade motora é responsável pela manutenção da amplitude adequada das articulações, proporciona a capacidade de movimentar com eficiência, facilita e mantém os músculos com boa elasticidade (RIDER, et al. 1991).

A flexibilidade é limitada em algumas articulações tanto pela estrutura óssea como pela massa de músculos circunjacentes, ou por ambos. Para a maioria das articulações, a limitação da amplitude de movimento é imposta pelos tecidos moles, pela musculatura e seus envoltórios, pelo tecido conjuntivo (tendões, ligamentos e cápsula articulares) e pela pele (POLLOCK; WILMORE, 1993).

Flexibilidade é um elemento essencial da aptidão física, o seu aumento enriquece a eficácia do movimento, propicia a redução de distensão muscular, melhora a qualidade da postura e a habilidade nos esportes (HAMILL; KNUTZEN,1999).

Um treinamento regular da flexibilidade proporciona o aumento e a manutenção da capacidade psicofísica–capacidade geral de rendimento e da capacidade de suportar esforços; economia do trabalho muscular; profilaxia postural; facilitação do aprendizado de movimentos; otimização da recuperação após um esforço; efeito psicorregulativo – conseqüência respiratória e mental - e conservação da autonomia nas atividades habituais (WEINECK, 2003).

Ao reconhecermos a importância de se ter uma flexibilidade adequada, o objetivo do trabalho foi, verificar se as mulheres trabalhadoras avaliadas possuíam valores dessa capacidade física indicados para saúde e qual a necessidade de desenvolver um programa para o treinamento físico.

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678

Metodologia

Após o primeiro contato, explicação sobre a pesquisa e com a assinatura e o conhecimento do Termo Livre e Esclarecido, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICAMP. Foi realizada avaliação da flexibilidade em 35 mulheres trabalhadoras da UNICAMP, de 30 a 50 anos.

Na mensuração da flexibilidade foram analisadas estruturas articulares como: ombros, coluna cervical, coluna lombar, quadril e joelho, nos seus movimentos de flexão, extensão, flexão lateral, rotação, rotação interna e externa, e abdução. Para a avaliação foram utilizados testes angulares, não invasivos, com o uso do Flexímetro Sanny (goniômetro pendular).

O método utilizado para avaliação foi a goniometria que segundo Marques (2003) refere-se à medida de ângulos articulares presentes nas articulações, é verificada a localização da presença ou não de disfunções, possibilita estabelecer o objetivo do tratamento, avalia o procedimento de melhorias ou recuperações funcionais e determinam estudos que envolvam a recuperação de limitações articulares.

A tabela 1 a seguir apresentada por Marques (2003), indica a amplitude normal dos ângulos articulares, segundo The American Academy of Orthopeadic Surgeons, 1963.

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678

Tabela 1: Ângulos articulares do Ombro, Quadril, Joelho, Coluna Cervical e Lombar.

ARTICULAÇÃO MOVIMENTO GRAUS DE MOVIMENTO

OMBRO Flexão Extensão Adução Abdução Rotação Medial Rotação Lateral 0-180º 0-45º 0-40º 0-180º 0-90º 0-90º COLUNA VERTEBRAL

LOMBAR Flexão Extensão Flexão Lateral Rotação 0-95º 0-35º 0-40º 0-35º COLUNA VERTEBRAL CERVICAL Flexão Extensão Flexão Lateral Rotação 0-65º 0-50º 0-40º 0-55º QUADRIL Flexão Extensão Adução Abdução Rotação Medial Rotação Lateral 0-125º 0-10º 0-15º 0-45º 0-45º 0-45º JOELHO Flexão 0-140º The American Academy of Orthopeadic surgeons, 1963, apud MARQUES (2003)

Resultados e Discussão

Até o momento, pode-se perceber que, a maioria dos indivíduos avaliado possui os valores de flexibilidade indicados para saúde, de acordo com a tabela referenciada anteriormente. Os resultados obtidos através da avaliação da flexibilidade podem ser visualizados na tabela 2 e 3.

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678 Tabela 2: Avaliação da flexibilidade - mulheres trabalhadoras (n=35)

DIREITO ESQUERDO O Flexão Extensão Abdução 148º 38º 156º 153º 42º 159º IL Flexão Rotação Externa Rotação Interna 95º 37º 32º 99º 38º 30º Flexão 109º 108º AR Flexão Lateral 33º 33º Flexão Lateral Rotação 36º 57º 37º 57º

Tabela 3: Avaliação da flexibilidade - mulheres trabalhadoras (n=35) L Flexão Extensão 57º 54º BAR Extensão 31º CONCLUSÃO

Embora a maioria das mulheres trabalhadoras avaliadas embora tenham apresentado valores da flexibilidade dentro do indicado para saúde, acreditamos haver a necessidade que elas freqüentem assiduamente um programa de treinamento físico, oferecido pela Escola de Extensão da UNICAMP.

Com a automação, a repetitividade de movimentos laborais, aspecto da idade e também realização de trabalhos domésticos diários da mulher, onde desempenha, muitas vezes, o papel de mãe e esposa, é inevitável que haja perdas de amplitude de movimentos se não houver paralelamente um trabalho de manutenção e/ou aumento da flexibilidade articular.

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678

Um programa de atividade física que possua o objetivo de compensar esforços, que permita aliviar as sobrecargas e o estresse das atividades laborais, é de extrema importância para a classe trabalhadora, que procura a obtenção de uma boa qualidade de vida.

Referências Bibliográficas

ACHOUR JÚNIOR, A. Exercícios de alongamento: anatomia e fisiologia. São Paulo: Manole, 2002.

ALTER, M. J. Ciência da flexibilidade. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2001.

GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Prescrição e orientação da atividade física direcionada à promoção de saúde. Londrina: Miograff, 1995.

HAMIL, J.; KNUTZEN K. M. Bases biomecânicas do movimento humano. São Paulo: Manole, 1999.

MARQUES, A. P. Manual de goniometria. 2º ed. São Paulo: Manole, 2003.

POLLOCK, M.; WILMORE J. H. Exercícios na saúde e na doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2. ed. Rio de Janeiro : MEDSI,1993. POSSAS, C. Saúde e trabalho. A crise na previdência social. 2ª ed. São Paulo: Hucitec, 1989.

RIDER, R.A. et al. Effects of flexibility training on enhancing spinhal mobility in older women. Journal Sports Medicine and Physical Fitness, v. 31, n. 2, p. 213-217, 1991.

VILELA, R. A. G. A saúde do trabalhador: crise e mudanças nas décadas de 80 e 90. Saúde em Revista, v.1, nº 2, p.103-110, 2000.

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Movimento & Percepção, Espírito Santo de Pinhal, SP, v.5, n.7, jul./dez. 2005 – ISSN 1679-8678 WEINECK, J. Atividade física e esporte para quê? São Paulo: Manole, 2003.

Referências

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