UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ COORDENADORIA DE CONCURSOS – CCV
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA – UNILAB
Evento: Processo Seletivo de Graduação em Administração Pública Edital PROGRAD N° 24/2012
PARECER
A Comissão Examinadora da Prova de Leitura e Compreensão de Textos em Língua Portuguesa efetuou a análise do recurso administrativo e emitiu seu parecer nos termos a seguir.
Língua Portuguesa – Questão 01
A questão 01 demanda que o candidato reconheça o objetivo principal de alguns parágrafos do texto 1. É correta a alternativa A – “5º parágrafo (linhas 19-22) – apresentar um contra-argumento ao que é dito no parágrafo anterior”. A fim de verificar a justeza de tal alternativa, reproduzem-se, a seguir, os parágrafos 4º e 5º do texto 1.
4º parágrafo - Para Amaral, um “problema”, que não pode ser visto propriamente como desvantagem, é o alto custo da produção de material teórico. “A adaptação do conteúdo didático para novas mídias é muito cara. Re-quer linguagem específica, recursos visuais. Tudo isso é feito por pessoas especializadas que trabalham em par-ceria com os professores. Mais uma vez, a mão de obra é mais cara. Além disso, hoje é imprescindível o uso do computador”, afirma o pesquisador.
5º parágrafo - Porém, como destaca também o presidente da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), Frederic Michael Litto, esse custo passa a ser vantajoso quando o universo beneficiado é grande. “Se o material for utilizado por mil pessoas por ano, por exemplo, já se pagou o investimento”.
Vê-se, claramente, que o foco do 4º parágrafo é o alto custo da produção de material teórico [em EAD]. O parágrafo seguinte informa que esse custo pode ser recuperado. Obviamente, o que há é uma oposição de ideias entre os parágrafos, corretamente estabelecida pelo conectivo “Porém” (início do 5º parágrafo). Tem-se, então, que o 5º parágrafo, de fato, apresenta um contra-argumento ao que é dito no parágrafo anterior. Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.
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A Comissão Examinadora da Prova de Leitura e Compreensão de Textos em Língua Portuguesa efetuou a análise do recurso administrativo e emitiu seu parecer nos termos a seguir.
Língua Portuguesa – Questão 07
A questão de número 07 explora a semântica do verbo “poder” no contexto em que se faz presente no texto. Em “Ela pode ser considerada uma ferramenta de inclusão social” (linhas 33-34), o verbo “poder” apresenta a acep-ção de “estar em condições de”. Ou seja, a modalidade de ensino a distância está em condições de, por suas ca-racterísticas, ser considerada uma ferramenta de inclusão social, pois viabiliza que alguém com dificuldades de lo-comoção, por exemplo, dê continuidade a seus estudos. Essa mesma acepção que se faz presente em “Se não trancarem a jaula, o leão pode escapar” (alternativa C). Ou seja, o leão está em condições de escapar.
A alternativa E é errada. Em “Para obter aprovação, você pode fazer a tarefa extra” há acepção de permissão – “ter autorização para”. O que, claramente, não é acepção do verbo poder em “Ela pode ser considerada uma fer-ramenta de inclusão social”.
Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.
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Língua Portuguesa – Questão 09
A questão 09 demanda que o candidato interprete informações implícitas do texto 1 a partir das pistas linguísticas. O candidato deve marcar a alternativa que 1) apresenta uma inferência correta e 2) apresenta a palavra ou expressão do texto que garante tal inferência.
A alternativa correta é a D – “A jornalista responsável pela matéria entrevistou mais de dois especialistas”, o que se confirma pela expressão “outros participantes do setor”. Essa expressão se encontra em “Na outra ponta, a das vantagens, existe consenso pleno entre o professor da Unicamp, o presidente da Abed e outros participantes do setor” (texto 1, linhas 27-28). A partir desse excerto, verifica-se que a jornalista, de fato, entrevistou mais de dois especialistas.
Não procede considerar como correta, também, a alternativa C – “Os altos custos de produção de material teórico podem ser recuperados – ‘investimento’ (linha 22)”. De fato, é verdade que, segundo o texto, os altos custos de produção de material teórico em EAD podem ser recuperados. Contudo, essa é uma informação explícita, presente em “esse custo passa a ser vantajoso quando o universo beneficiado é grande” (linhas 20-21). Exatamente por ser uma paráfrase desse excerto, é impossível considerar que o termo “investimento” teria sido o responsável por autorizar tal informação.
Não procede, igualmente, a alegação de que as outras pessoas entrevistadas seriam “simples integrantes do setor”. No contexto em que aparece, a posição dos outros integrantes do setor se encontra no mesmo patamar das opiniões do professor da Unicamp e do presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância; logo, a jornalista entrevistou, também, outros especialistas.
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Língua Portuguesa – Questão 12
A questão 12, inicialmente, apresenta uma definição do termo técnico “argumento de autoridade”: estratégia que tem como objetivo dar mais importância a uma informação ou opinião a partir do comentário de alguém que domina o assunto sobre o qual se está falando. Em seguida, informa-se que a opinião de Sérgio Ferreira do Amaral, presente no texto 1, é um argumento de autoridade, e que tal constatação decorre, também, de um conjunto de informações sobre esse profissional. Dentre essas informações, uma é irrelevante para que se reconheça o status de autoridade dessa pessoa. Essa informação irrelevante (e era isso que a questão solicitava) encontra-se na alternativa A – “sua idade (50 anos)”. A idade do profissional não é um indicador de que ele é um especialista no assunto de que trata o texto, diferentemente de sua profissão (pesquisador), seu local de trabalho (Universidade de Campinas), seu tema de pesquisa (aplicação da tecnologia no ensino) e sua própria fala (representada em diferentes excertos do texto).
Interessante observar que o próprio candidato que contestou a questão concorda com a defesa aqui apresentada, pois ele mesmo, em seu recurso administrativo, diz que “Em hipótese alguma, a idade dele poderia ser significado de conhecedor, pois não especifica [sic] q ele era muito experiente”.
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Língua Portuguesa – Questão 15
Na questão 15, há, de fato, uma inadequação de grafia no enunciado da questão. Nela é solicitado que o candidato assinale a alternativa que apresenta a inferência “coreta” (segundo as regras de ortografia, a palavra deve ser grafada do seguinte modo: “correta”) depreendida do enunciado “Além disso, hoje é imprescindível o uso do computador”.
Essa inadequação de grafia, no entanto, de modo algum invalida a questão, pois NÃO gerou dubiedade de sentido, o que implicaria sua anulação. No léxico da língua portuguesa, não há a palavra “coreta”; há, sim, “coreto”, cuja acepção é “pavilhão erigido em praças ou jardins públicos, para concertos musicais”. Além disso, há vários enunciados da prova que estão redigidos com a mesma estruturação do enunciado da questão 15. Exemplos: questão 01 [“Assinale a alternativa em que há relação correta entre o parágrafo e seu objetivo principal”]; questão 03 [ “Assinale a alternativa em que há relação correta entre o que é apontado como desvantagem da educação a distância e a solução sugerida para superá-la”]; questão 36 [ “ Assinale a alternativa que contém afirmação correta quanto ao conteúdo dos três textos em análise”]. O candidato atento, a partir da observação de tantos enunciados com a mesma estruturação, logo percebe que, no enunciado da questão 15, há meramente uma inadequação de grafia, não restando-lhe dúvida quanto a ser a palavra “correta”, e não “coreta”.
Assim, são improcedentes as alegações dos candidatos que requerem a anulação da questão em decorrência do erro de grafia nela constante, pois tal equívoco de digitação NÃO tornou a questão confusa, NÃO tornou inviável a resolução da questão, NÃO induziu ao erro, NÃO prejudicou o entendimento por parte do candidato quanto à resposta correta, NÃO impediu a análise adequada da questão.
O candidato que realizou leitura compreensiva da questão 15 claramente compreendeu que a única alternativa que apresenta a inferência correta depreendida a partir do enunciado “Além disso, hoje é imprescindí-vel o uso do computador” (texto 1, linhas 17-18) é a A. Nessa alternativa, lemos que “No passado, existiam cursos a distância que dispensavam o uso do computador.” Inferir significa “concluir algo pelo raciocínio”. Observamos que o excerto extraído do texto é parte da fala de Sérgio Ferreira do Amaral, pesquisador da Faculdade de Educa-ção da Unicamp, que, no contexto de fala sobre o ensino a distância, diz que “Além disso, hoje é imprescindível o uso do computador.” O que podemos inferir do advérbio de tempo “hoje” constante na fala de Amaral? Que, em épocas anteriores, existiam cursos a distância que dispensavam o uso do computador. Todas as demais alternati-vas contêm afirmações não inferíveis do enunciado “Além disso, hoje é imprescindível o uso do computador”.
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Língua Portuguesa – Questão 16
A questão 16 demanda que o candidato seja capaz de reconhecer a cadeia coesiva do texto 1 a partir da recuperação do antecedente do termo “disso” (linha 05). A fim de esclarecer esta argumentação, reproduz-se, a seguir, o contexto em que tal termo aparece.
A educação a distância em instituições de ensino superior é uma prática nova no Brasil. Segundo dados do MEC (Ministério da Educação), começou a se firmar em 1997, quando foram ofertados os primeiros cursos de pós-graduação. O credenciamento oficial por parte do governo federal, incluindo-se aí o surgimento das primeiras disciplinas de graduação, porém, se deu apenas entre 1999 e 2002.
Apesar disso, é intensa a discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD (educação a distância). A verdade é que, mesmo apresentando algumas ressalvas, os educadores destacam mais benefícios do que proble-mas na modalidade.
A correta depreensão do antecedente do termo “disso” depende de o leitor perceber a relação concessiva que se estabelece. Uma paráfrase coerente que revela essa relação é a seguinte: “apesar de a educação a distância ser uma prática nova no ensino superior, é intensa a discussão acerca de suas vantagens e desvantagens”. Em outras palavras, mesmo sendo um fenômeno recente, a EAD no ensino superior já suscita grande discussão. Está correta, portanto, a alternativa A.
A alternativa B é errada. Observemos: “Apesar de o credenciamento dos cursos à distância acontecerem lentamente, é intensa a discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD (educação a distância).” Da leitura do texto, não depreendemos essa relação de concessão. A discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD não guarda correlação concessiva com o fato de o credenciamento dos cursos acontecerem lentamente. Em termos de raciocínio lógico, faria sentido uma construção do tipo “Apesar de o credenciamento dos cursos à distância acontecerem rapidamente, é intensa a discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD (educação a distância).”, mas essa informação sequer está no texto e não está em nenhuma das alternativas.
A alternativa D é errada. Observemos: “Apesar de o MEC aprovar os primeiros cursos de pós-graduação a distância apenas em 1997, é intensa a discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD (educação a distância).” Da leitura do texto, não depreendemos essa relação de concessão. A discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD não guarda correlação concessiva com o fato de o MEC ter aprovado os primeiros cursos de graduação a distância apenas em 1997. Até porque a discussão acerca das vantagens e desvantagens da EAD não está circunscrita apenas a cursos de pós-graduação oferecidos na modalidade a distância, mas a todo o sistema de ensino a distância.
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Língua Portuguesa – Questão 17
O leitor atento observa, claramente, segundo explicitado no enunciado da questão, que a questão 17 trata de relação de sentido estabelecida por conjunção, o que é, indubitavelmente, uma questão de interpretação leitora. O leitor proficiente é capaz de depreender as relações de sentido instauradas pelos vários recursos linguísticos, os quais estabelecem conexões semânticas entre as orações que constituem o texto. No excerto textual em que a conjunção “e” se encontra (“Em termos gerais, é tudo muito novo, e fica difícil estabelecer parâmetros para comparar”), tem-se que a relação de sentido estabelecida pela conjunção “e” é a de conclusão. Em outras palavras, afirma-se que “Em termos gerais, é tudo muito novo, (assim, deste modo, portanto, assim sendo) fica difícil estabelecer parâmetros para comparar”. As demais alternativas, embora contemplem acepções que podem ser instauradas pela conjunção “e”, não contemplam a relação de sentido que essa conjunção estabelece neste contexto específico do texto em estudo. Portanto, a única alternativa correta é a E.
Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.
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Língua Portuguesa – Questão 21
A questão de número 21 explora a compreensão do sentido da palavra “regulares” no texto em apreciação. No texto, a palavra encontra-se no seguinte trecho: “Algumas pessoas ainda torcem o nariz para a educação a distância (EAD), mas a modalidade pode se tornar ideal para quem quer estudar e mora longe da universidade e para quem não tem tempo de frequentar aulas regulares ou se vira melhor sozinho do que em grupo”. Nesse trecho, o sentido de “regulares” equivale a “que demonstram constância”. Segundo leitura compreensiva do texto, a modalidade de educação a distância pode se tornar ideal para quem não tem tempo de frequentar aulas que se mostram constantes, características da modalidade presencial de ensino, as quais exigem, de modo constante, a presença física do aluno em determinado lugar, em determinado horário. A única alternativa correta é a C.
A alternativa E é errada. Do texto, não se depreende a ideia de aulas “que seguem o paradigma do grupo a que pertencem”. Em geral, fala-se em verbos regulares nessa acepção.
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Língua Portuguesa – Questão 22
A questão de número 22 explora a compreensão do sentido de palavras que constituem o texto. O leitor proficiente, ao retornar ao texto, claramente percebe que a única alternativa correta é a D, pois “sozinho” em “se vira melhor sozinho do que em grupo” equivale, semanticamente, a “por si mesmo”.
As alternativas B e C são claramente erradas. O vocábulo “ideal” em “a modalidade pode se tornar ideal para quem quer estudar e mora longe da universidade” equivale, semanticamente, a “a melhor solução”, não a “alvo supremo de ambições ou afetos”. Por sua vez, o vocábulo “universidade” em “a modalidade pode se tornar ideal para quem quer estudar e mora longe da universidade” equivale, semanticamente, a “conjunto das edificações e instalações físicas nas quais funciona instituição de ensino superior”, não a “o pessoal docente, discente e administrativo de instituição de ensino e pesquisa”.
Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Fortaleza, 24 de janeiro de 2013.
Profa. Maria de Jesus de Sá Correia Presidente da Coordenadoria de Concursos – CCV
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Língua Portuguesa – Questão 26
A questão de número 26 explora habilidade de inferir, ou seja, de concluir algo pelo raciocínio lógico a partir de uma leitura compreensiva do texto em estudo. O leitor proficiente claramente percebe que a única alternativa cuja afirmação se pode corretamente inferir a partir do sentido do vocábulo destacado em “Algumas pessoas ainda torcem o nariz para a educação a distância” (linha 03) é “A aceitação do novo tende a vir com o tempo” (alternativa A), pois o advérbio de tempo “ainda” indica uma surpresa do enunciador do texto quanto ao fato de algumas pessoas torcerem o nariz para a educação a distância. O “ainda” indica que não mais se justifica esse preconceito à modalidade de ensino a distância. No contexto maior, lemos: “Estudar à distância, conectado na web, deixou de ser um hábito estranho no Brasil. O número de alunos que têm aulas de graduação via internet cresce a cada ano no país e, em 2009, alcançou 665,8 mil inscrições. Algumas pessoas ainda torcem o nariz para a educação a distância (EAD), mas a modalidade pode se tornar ideal para quem quer estudar e mora longe da universidade e para quem não tem tempo de frequentar aulas regulares ou se vira melhor sozinho do que em grupo”. Ora, se estudar a distância deixou de ser hábito estranho no Brasil e se tantos já estudam a distância é estranho que ainda existam pessoas que são preconceituosas quanto à modalidade de ensino a distância.
A alternativa C é claramente errada. A partir do sentido do vocábulo “ainda”, não se pode inferir qualquer juízo de valor que respalde a interpretação inferencial segundo a qual “o ato de torcer o nariz indica atitude de desdém”.
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Língua Portuguesa – Questão 27
A questão 27 demanda que o candidato, a partir de informações presentes num parágrafo do texto 2, seja capaz de chegar a uma conclusão, que revela uma informação implícita. O parágrafo em tela encontra-se reproduzido a seguir.
— Nos últimos dois anos, percebemos, ainda que timidamente, que um novo público vem surgindo. São jovens que, de tão acostumados a interagir pela internet, estão preferindo a EAD à modalidade presencial – salienta Waldomiro Loyolla, presidente do Conselho Científico da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed).
Esse parágrafo, o segundo do texto, apresenta um novo tipo de público que vem procurando a EAD, diferente do público usual, que é citado no 1º parágrafo – os que querem estudar mas moram longe da universidade; os que não têm tempo de frequentar aulas regulares; os que se viram melhor sozinhos do que em grupo. A questão solicita que o candidato reconheça o elemento que diferencia o novo público. Esse elemento é o costume de interagir pela internet. Um hábito, portanto, o que torna correta a alternativa B. Não procede defender que o elemento diferenciador é uma estratégia (alternativa E), usada com o objetivo de não perder tempo em aulas presenciais e, assim, ter mais tempo para utilizar a internet. Isso é, claramente, uma extrapolação (ou seja, uma interpretação indevida), não autorizada pelas informações presentes no texto.
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Língua Portuguesa – Questão 28
A questão de número 28 explora a relação de sentido estabelecida na frase “Os professores de EAD também ensinam e cobram, como ocorre na sala de aula” (linha 18). O leitor atento observa claramente que se estabelece nesse enunciado uma COMPARAÇÃO entre a metodologia dos professores que lecionam no ensino a distancia e a dos professores que atuam na modalidade de ensino presencial. A única alternativa correta é, portanto, a E. A alternativa D é claramente errada, pois não se estabelece contradição entre a metodologia dos professores da modalidade de ensino a distância e a dos professores da modalidade de ensino presencial: ambos ensinam e cobram.
Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial. Fortaleza, 24 de janeiro de 2013.
Profa. Maria de Jesus de Sá Correia Presidente da Coordenadoria de Concursos – CCV
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Língua Portuguesa – Questão 29
A questão 29 demanda que o candidato seja capaz de reconhecer todos os elementos envolvidos numa relação de oposição, reproduzida a seguir: “Apesar da cobrança, a EAD exige que a pessoa se vire bem sozinha” (texto 2, linhas 26-27). O vocábulo destacado autoriza concluir que, segundo o enunciador do texto, “a cobrança implica, em princípio, a participação de alguém que estimule o estudante” (alternativa D).
Ao utilizar a expressão “Apesar da cobrança”, o enunciador deixa implícita a ideia de que, quando há cobrança, espera-se que haja o estímulo de alguém (o professor ou outros colegas) para que o estudante resolva a tarefa decorrente da cobrança. Isso é, na visão do enunciador, tão esperado que é preciso fazer a ressalva: a EAD exige que a pessoa se vire bem sozinha”. Em outras palavras, tem-se que, mesmo com a cobrança (que poderia contar com a consequente participação de alguém que ajudasse o aprendiz), na EAD, é preciso se virar sozinho.
De acordo com o que aparece na questão, não entra no mérito nem considerar que isso é verdade nem que a opinião do enunciador é pertinente. Apenas se mostra que, ao utilizar a expressão “Apesar de”, o enunciador estabelece, incontestavelmente, esse ponto de vista, pois só assim é possível considerar a coerência do enunciado.
É improcedente concluir que “o exercício da autonomia é a melhor opção para o estudante de EAD” (alternativa A). O qualificador “a melhor” torna o item, por si mesmo, incoerente, considerando o contexto destacado. Além disso, ainda que a informação fosse coerente, ela não caberia como alternativa correta dessa questão, pois essa conclusão não está atrelada à interpretação relacionada ao papel do conectivo “apesar de”.
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Língua Portuguesa – Questão 34
A questão 34 demanda que o candidato reconheça uma “inadequação” presente no texto 3 – um referente do texto é apresentado como se já fosse conhecido, sem o ser, no entanto. Ou seja, em sua primeira menção, ele aparece, equivocadamente, como se já tivesse sido mencionado antes.
Esse referente é representado pela expressão destacada no excerto seguinte: “O professor Marcelino Federal, por exemplo, buscou o curso por causa da curiosidade que tinha sobre o modelo” (texto 3, linhas 10-11). Como se trata da primeira menção, o leitor não tem como saber de que curso se está falando. Logo, a alternativa correta é a B.
Todas as demais alternativas apresentam referentes corretamente reconhecidos:
alternativa A – “o preconceito” (linha 02) – o preconceito do mercado de trabalho em relação aos que optam por cursos de educação a distância;
alternativa C – “o modelo” (linha 11) – a educação a distância;
alternativa D – “as pessoas” (linha 15) – qualquer pessoa que tenha preconceito em relação à educação a distância;
alternativa E – “as instituições” (linha 20) – instituições de ensino que trabalham com educação a distância.
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Língua Portuguesa – Questão 35
A elipse concerne à supressão de um termo que pode ser facilmente subentendido pelo contexto linguístico ou pela situação. Zeugma é uma forma de elipse que consiste na supressão, em orações subsequentes, de um ter-mo expresso na primeira. Se zeugma é uma forma de elipse, a redação da questão está correta ao solicitar que o candidato assinale a única alternativa em que se faz notar a elipse do termo “educação”. Se o candidato percebe zeugma em “A educação a distância cresce, ao ano, 40%, enquanto a (educação) presencial tem uma evolução anual que varia entre 2% e 5%”, obviamente ele sabe que está diante de um tipo de elipse. O termo mais abran-gente abriga o termo mais específico. Além disso, não há, entre as alternativas que compõem a questão, uma em que haja elipse da palavra “educação” e outra em que haja zeugma da palavra “educação”, o que resultaria na ne-cessidade de terminologia específica para que o candidato corretamente assinalasse a alternativa C. Deste modo, valemo-nos aqui do termo mais abrangente: elipse. Não há motivo, portanto, para a anulação da questão.
Quanto ao item A, da leitura do texto, depreendemos que nele se faz notar a elipse do termo “curso”, não “educa-ção”. Assim, temos “O fato de ser curso à distância não significa que o aluno vai aprender menos.”. Assim, a alter-nativa A é errada.
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Língua Portuguesa – Questão 36
A questão de número 36 solicita que o candidato assinale a alternativa que contém afirmação correta quanto ao conteúdo dos três textos em análise. Uma leitura atenta dos textos deixa claro que apenas os textos 2 e 3 apresentam informações sobre o crescimento da educação a distância no Brasil, mas o texto 1 não o faz. Por isso a alternativa A é errada. A única alternativa que contém afirmação correta quanto ao conteúdo dos três textos em análise é a B – os três textos “Apresentam visão positiva da modalidade de ensino a distância”.
Em face da argumentação apresentada, a Comissão indefere o recurso e ratifica o gabarito oficial.
Fortaleza, 24 de janeiro de 2013.