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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Motivos para a adesão de não praticantes e a permanência de

praticantes de Corrida de Rua em Assessorias Esportivas

Leandro dos Santos Borges Rafael Martins Miranda Renato de Paiva Lima

São José dos Campos/SP 2015

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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MOTIVOS PARA A ADESÃO DE NÃO PRATICANTES E A

PERMANÊNCIA DE PRATICANTES DE CORRIDA DE RUA EM

ASSESSORIAS ESPORTIVAS

LEANDRO DOS SANTOS BORGES RAFAEL MARTINS MIRANDA RENATO DE PAIVA LIMA

Relatório final apresentado como parte das exigências da disciplina: Trabalho de Conclusão de Curso à Coordenação de TCC do curso de Educação Física da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba.

Orientador: Prof.ª Dr.ª Patrícia Mara Danella Zácaro.

São José dos Campos/SP 2015

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela imensa graça da vida, e pelas inúmeras oportunidades de aprendizagem e de conquista de conhecimento que venho obtendo nos últimos cinco anos, e pela força que encontro nEle em todos os momentos nessa incrível jornada.

Sempre ao meu querido e saudoso pai Carlos Borges, que me ensinou desde cedo que tudo aquilo que sonhamos devemos buscar e alcançar, e especialmente à minha família, minha mãe e irmãs, que me apoiaram e ajudaram em busca dos meus objetivos.

À nossa professora orientadora Patrícia, que novamente confiou em nós, dividindo um pouco da sua enorme sabedoria e que nos manteve focados a cada passo, em todos os momentos.

Agradeço meus colegas de sala por tornarem melhor, mais alegres e divertidas todas as nossas aulas, e em especial aos meus dois parceiros, amigos e irmãos Rafael e Renato, sem os quais não teria conseguido.

“Mas existem amigos mais chegados que um irmão!” (Prov. 18:24b)

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AGRADECIMENTOS

Todos os dias dessa reta final têm dois sentimentos constantes. O primeiro é de alegria, pois estou encerrando mais um desafio em minha vida e finalmente vou poder atuar como profissional de Educação Física, afinal, foram 5 anos de muito aprendizado e dedicação. O segundo é de saudade, pois a cada dia na universidade é uma história a ser contada, e tenho certeza que vou sentir muita falta de todos esses momentos.

Leandro e Renato, obrigado por tudo, sem dúvidas o melhor trio da universidade em todos os sentidos e um detalhe, com muita sintonia.

Professora Patrícia, obrigado. Você é um exemplo de profissional, que nos orientou da melhor maneira possível, não só nos trabalhos de conclusão de curso, mas em toda nossa jornada dentro da universidade.

Obrigado Deus e família pelo apoio, vocês são o meu porto seguro em qualquer situação.

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por ter me dado forças para não desistir, mesmo nos momentos mais difíceis. Aos meus companheiros de trabalho por estarem sempre ao meu lado, sendo mais que meus amigos, mas sim irmãos para as horas boas e ruins. Aos meus pais por terem me ensinado o valor de todas as coisas, pois sem isso com certeza não estaria aqui. A Professora Patrícia que nos acompanhou por toda a caminhada e que nos deu o grande prazer de sermos orientados por ela nos dois TCCs, com certeza sua ajuda nos engrandeceu e tornou esse trabalho e nosso conhecimento muito maior. E também a vida por ter me dado oportunidades de viver experiências incríveis durante esses anos de estudos.

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RESUMO

A Corrida de Rua vem sendo observada com grande crescimento no cenário esportivo nacional. Por conta do sedentarismo em uma parte aumentada da população em geral, essa se tornou uma importante ferramenta na busca por uma vida mais saudável. Este estudo teve como objetivo analisar os motivos de adesão de não praticantes e permanência de praticantes de Corrida de Rua em assessorias esportivas e ou grupos de corrida. Os resultados apresentados demonstraram que a adesão à pratica da Corrida de Rua se faz importante na procura por melhor saúde e qualidade de vida, além da manutenção do estilo de vida saudável; já os motivos de permanência se pautam na melhoria do rendimento esportivo e/ou do rendimento nas atividades da vida diária, além do aumento da saúde como fator também importante. Conclui-se assim, que a prática de corrida está sendo aderida por indivíduos de diferentes perfis e com diferentes objetivos, destacando-se sempre em primeiro plano o aumento ou manutenção da saúde e da qualidade de vida. Com isso, se torna de suma importância entender e conhecer o perfil do aluno, para que o serviço se torne cada vez mais integrado e atenda aos objetivos de cada aluno.

Palavras-chave:

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SUMÁRIO 1. Introdução 8 2. Justificativa 9 3. Objetivos 3.1. Objetivo geral 10 3.2. Objetivos específicos 10 4. Metodologia 4.1. Tipo de estudo 11 4.2. Fonte de pesquisa 11 5. Revisão de literatura

5.1. Histórico da Corrida de Rua 12

5.2. As Corridas de Rua no Brasil 13

5.3. Grupos de Corrida 15

5.4. Perfil do Aluno 16

5.4.1. Motivos para a adesão 17

5.4.2. Motivos para a permanência 18

6. Discussão 19

7. Conclusão 21

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1. INTRODUÇÃO

Correr é um ato natural do ser humano. Por conta da simplicidade de sua prática, notou-se que desde os primórdios o homem foi feito para correr, seja para sua sobrevivência, em caças ou fugas (SILVA, 2009 apud SILVA; SOUSA, 2013). A corrida de rua começou a ser notada em todo o mundo na década de 80, através da difusão do método “Cooper”, que sugeria a prática de corrida de rua como meio de manter-se saudável (FRIZZO, 2006 apud TOMAZINI; SILVA, 2014).

Com esse intuito da promoção de benefícios à saúde, a corrida de rua conquista cada vez mais adeptos em todo o mundo (COICERO; COSTA apud TOMAZINI; SILVA, 2014), e nos dias atuais, programas baseados nessa prática têm ganhado espaço e adeptos no Brasil. Com isso, indivíduos iniciantes ou já praticantes da modalidade, buscam melhorar seus níveis de condicionamento físico, estética, qualidade de vida ou são levados pela motivação da prática de atividade física em grupo (SILVA; SOUSA, 2013). A literatura ainda mostra que nos últimos dez anos, o grande aumento do número de assessorias esportivas foi um dos principais movimentos observados no cenário das Corridas de Rua.

Com o aumento do número de participantes nesse período, os investimentos, pesquisas, produtos e serviços destinados a esse público avançaram proporcionalmente (JUNIOR, 2005 apud SILVA, 2011).

A partir disso, questionam-se quais as razões para tal crescimento da modalidade e quais as motivações dos indivíduos iniciantes ou já praticantes de Corrida de Rua a aderirem e permanecerem nas Assessorias Esportivas.

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2. JUSTIFICATIVA

Atualmente, o número de grupos de corrida no Brasil vem crescendo em grande escala, ganhando a cada dia mais adeptos. Estudos que mostram esse crescimento sugerem fatores motivacionais para a adesão a esses grupos. Baseado nisso, o presente estudo objetiva apontar os fatores que levam indivíduos para esta atividade e as razões para sua permanência nesses grupos. Dessa forma, busca-se compreender melhor o perfil do aluno que adere a esses grupos, possibilitando maior conhecimento e melhores condições para atingir esse público-alvo sob o ponto de vista do serviço ofertado, considerando principalmente os benefícios que possam ser alcançados.

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3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo geral

O presente estudo objetiva pontuar os fatores que motivam a adesão e permanência em grupos de corrida de rua, caracterizando o perfil dos indivíduos praticantes e relacionando ao serviço oferecido.

3.2. Objetivos específicos

 Caracterizar os motivos que levaram a corrida de rua a se transformar em uma das modalidades mais praticadas.

 Analisar os números apontados pela literatura que mostrem o aumento dos grupos de corrida no estado de São Paulo.

 Evidenciar os principais fatores de adesão e permanência dos indivíduos aos grupos de corrida.

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4. METODOLOGIA

4.1. Tipo de estudo

O presente estudo trata-se de uma pesquisa descritiva de cunho analítico que reúne informações a partir de literatura atualizada acerca do tema proposto.

4.2. Fonte de pesquisa

A pesquisa baseia-se na análise de artigos científicos, livros acadêmicos de informações validadas, utilizando as seguintes palavras-chave:

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5. REVISÃO DE LITERATURA

5.1. HISTÓRICO DA CORRIDA DE RUA

Desde os primórdios na história, o homem corre, por necessidade ou expressão, como consequência do seu simples deslocamento ou para sua sobrevivência, caçando, fugindo e ou se protegendo (SILVA, 2009 apud SILVA; SOUSA, 2013; OLIVEIRA, 2010 apud GONÇALVES, 2011). Nesse período, o homem precisava mover-se constantemente a fim de garantir a sua sobrevivência, correndo e caminhando entre 20 e 40 quilômetros por dia, tornando seu gasto calórico alto e sua vida extremamente ativa (TOMAZINI; SILVA, 2014).

Porém, a corrida é contextualizada diferentemente de acordo com as épocas e variações socioculturais (AUGUSTI; AGUIAR, 2011).

Nos dias de hoje, por exemplo, com a influência tecnológica cada vez maior e o trabalho braçal sendo substituído por máquinas, tornou-se parte inevitável da nossa vida comodidades como o uso de carros, elevadores e computadores. O homem moderno tem se tornado então cada vez mais inativo e sedentário (TOMAZINI; SILVA, 2014).

Por conta desses hábitos da “vida moderna” estima-se que hoje, em contrapartida de nossos ancestrais, percorremos cerca de apenas 2 quilômetros por dia (WEINECK, 2003 apud GONÇALVES, 2011).

Atualmente, programas para a prática de atividades físicas se compõem então das Corridas de Rua, com objetivos voltados à melhoria da saúde (SILVA; SOUSA, 2013). Juntamente a isso, quando se ensina ou se aprende a correr, possibilita-se um reencontro e redescoberta da nossa ancestralidade; trazendo consigo um processo biológico de interação do ser humano com a natureza (AUGUSTI; AGUIAR, 2011).

Segundo Queiroz et al. (2014) “as corridas de rua surgiram no século XVII na Inglaterra e rapidamente expandiram-se pela Europa e Estados Unidos”.

O maior idealizador das corridas de rua no mundo foi o Barão de Coubertin (também idealizador das Olimpíadas Modernas). Através de seus esforços foi realizada a prova de maratona nas Olimpíadas de 1896, homenageando o herói Feidípides - que correu a distância de 40 quilômetros de Maratona até Atenas na Grécia para informar a vitória de seu exército. Apenas nas Olimpíadas de

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Londres, em 1908, que o percurso oficial da maratona (42.195 quilômetros) foi estabelecido, permanecendo o mesmo até os dias de hoje (SILVA; SOUSA, 2013).

Ao final do século XIX e início do século XX, com a primeira maratona olímpica, a corrida de rua tornou-se popular, e na década de 70 acontece uma grande explosão da modalidade (QUEIROZ; et al., 2014).

Nessa década, as raízes da evolução no desenvolvimento desta prática se firmam após o lançamento dos livros do médico Kenneth Cooper, que além de relatar o benefício dos exercícios aeróbios para a saúde, sugeria a prática da corrida de rua - em baixa intensidade e longa duração - como meio de manter-se saudável (SALGADO; MIKAHIL, 2006; FRIZZO, 2006 apud TOMAZINI; SILVA, 2014). Esse grande aumento da procura pela modalidade foi denominado “jogging boom”, que permitia a participação popular junto aos corredores de elite, porém com largadas em pelotões separados (SALGADO, 2006).

Através disso, esse conjunto de ideias conhecido como método "Cooper" se difunde nos EUA nos anos 70 e em todo o mundo a partir dos anos 1980 (SALGADO; MIKAHIL, 2006 apud TOMAZINI; SILVA, 2014).

5.2. AS CORRIDAS DE RUA NO BRASIL

A IAAF (Associação Internacional das Federações de Atletismo) define as Corridas de Rua como as disputadas em circuitos de rua, avenidas e estradas, com distâncias oficiais variando entre 5 quilômetros e 100 quilômetros (TRUCOLLO; MADURO; FEIJÓ, 2008).

No Brasil, as Corridas de Rua têm ganhado cada vez mais espaços e adeptos por conta da sua promoção de benefícios à saúde (COICERO; COSTA apud TOMAZINI; SILVA, 2014). Algumas das motivações para esse aumento são as preocupações estéticas ou a motivação pela prática de atividades físicas em grupo (SILVA; SOUSA, 2013). A preocupação com a qualidade de vida também vem sendo um fator importante no crescimento das corridas de rua no Brasil (TOMAZINI; SILVA, 2014).

Segundo dados do site da entidade CORPORE (Corredores Paulistas Reunidos) da cidade de São Paulo-SP, é notório o aumento do número de participantes em

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corridas de rua. Se em 1994, 4.000 pessoas competiram em seus eventos, em 2008, esses números ultrapassaram os 133.000 participantes (TOMAZINI; SILVA, 2014). Em consequência do período em que o número de participantes começou a aumentar (Figura 1), foram atraídos cada vez mais investimentos, pesquisas, produtos e serviços destinados a esse público (JUNIOR, 2005 apud SILVA, 2011); esse aumento exponencial é evidenciado abaixo:

Figura 1 – Pesquisas relacionadas à Corrida de Rua no Brasil entre 2004 e 2015 com previsões Fonte: Google Trends

Pode-se mencionar também que alguns anos atrás, as provas de Corrida de Rua no Brasil eram poucas, e mantinham praticamente os mesmos participantes. Hoje em dia, o calendário brasileiro está repleto de provas, onde a corrida tornou-se apenas o detalhe de um mega evento (ACHÔA, 2012 apud SILVA; SOUSA, 2013).

Esse maior interesse pelas corridas de rua é observado no número de participantes de atletas brasileiros em competições internacionais. Se em 1982 apenas 2 corredores brasileiros participaram da maratona de Nova York, em 2004 esse número subiu para 500 corredores (TRUCOLLO; MADURO; FEIJÓ, 2008), superando 600 participantes brasileiros em 2007 (FERREIRA, 2015). Essa atividade se tornou ainda mais evidente a partir de 2008 até os dias de hoje, como mostrado na comparação entre os períodos de 2008 e 2015 (Figura 2):

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Figura 2 – Pesquisas relacionadas à Corrida de Rua comparando os períodos de 2008 e 2015 Fonte: Google Trends

5.3. GRUPOS DE CORRIDA

Com a profissionalização das corridas de rua, o Atletismo, antes praticado em sua maioria apenas por atletas profissionais, agora vem atraindo cada vez mais atletas amadores e com poder aquisitivo maior, em decorrência do surgimento das assessorias esportivas e seus grupos de corrida (TRUCOLLO; MADURO; FEIJÓ, 2008). Essas assessorias e grupos de corrida trouxeram para a modalidade uma infraestrutura inovadora, disponibilizando principalmente conforto. Alimentação, água, acesso facilitado, lugares atraentes para treinar, uniformes patrocinados, organização da participação de seus atletas em corridas; tudo isso atraiu e agradou inicialmente as pessoas de maior poder aquisitivo (ANTUNES, 2014).

Com isso, é visto que nos últimos dez anos, o crescimento do número desses grupos foi um dos principais movimentos observados no cenário das Corridas de Rua. E além do suporte aos seus alunos/atletas, elas estão assumindo o papel de amadurecer e profissionalizar o mercado esportivo (SILVA; SOUSA, 2013). Por conta disso, esses grupos de corrida se tornaram um dos fatores para o grande aumento do número de adeptos à corrida de rua no Brasil, seja em provas de longa distância (42 quilômetros e 21 quilômetros) ou nas distâncias médias mais tradicionais, como 5 quilômetros e 10 quilômetros.

O surgimento desses grupos é percebido a partir de 1994; ano em que na cidade de São Paulo existiam apenas 6 assessorias registradas. Em 2002, quando já

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haviam se tornado 28 empresas com registro, foi fundada a ATC (Associação de Treinadores de Corrida de Rua), responsável pelo cadastramento de todas as assessorias esportivas paulistanas (LIMA, 2007 apud ANTUNES, 2014).

Além de planejamento e orientação dos treinamentos, o acompanhamento paralelo de nutricionistas, psicólogos e massagistas (assim como a associação à academias, lojas e laboratórios) vem se tornando o diferencial das assessorias esportivas (SILVA; SOUSA, 2013).

O aumento no número de provas de Corrida de Rua no Brasil, citada anteriormente, é reflexo do aumento do número de praticantes da modalidade, muito em virtude do bom trabalho realizado pelas assessorias esportivas, que contribuem para o desenvolvimento desse público (SILVA, 2012 apud SILVA; SOUSA, 2013).

5.4. PERFIL DO ALUNO

Gradualmente, a procura pela prática de atividades físicas para a promoção da saúde vem crescendo, visto que por conta do avanço tecnológico "o homem moderno tem ficado cada vez mais inativo e sedentário" (TOMAZINI; SILVA, 2014).

Sabe-se que a prática regular de exercícios físicos proporciona inúmeros benefícios (MELLO, 2006 apud QUEIROZ; et al., 2014), e com isso, Carmo (et

al., 2009) citam que "o crescimento do esporte se faz cada vez mais presente

dentro de um contexto socioeconômico mundial".

As assessorias esportivas têm então uma imensa variedade nos perfis de seus alunos. Elas são formadas por atletas, corredores amadores, amigos, vizinhos, familiares e até funcionários de empresas.

Isso se dá pelo destaque que corrida de rua vem alcançando na procura pela prática esportiva; já que por sua abrangência, acolhe qualquer praticante, não exigindo nenhuma característica ou habilidade específica para a prática (TRUCOLLO; MADURO; FEIJÓ, 2008). Junto a isso, os dados da AIMS (Association of International Marathons and Distance Races, 2004 apud GONÇALVES, 2011) reforçam que as maratonas e corridas de rua apresentam um aumento no número de adeptos com comportamento participativo do que como esporte competitivo.

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5.4.1. MOTIVOS PARA ADESÃO

Desde o início dos anos 70 são realizados estudos para a identificação dos principais aspectos de início e permanência em uma prática esportiva (CARMO;

et al., 2009). Trucollo, Maduro e Feijó (2008) sugerem que aspectos psicológicos

e sociais são relevantes na adesão de adultos a programas de exercício, ligados ao apoio social (da família ou a partir de indicação médica), para redução da ansiedade e ou depressão. Os autores ainda afirmam que conhecidos benefícios promovidos pela atividade física podem motivar inicialmente o indivíduo, contudo, bem-estar e lazer também são fortes fatores motivacionais.

De forma geral, os principais fatores que levam a iniciação em uma prática esportiva são: diversão, ocupação de tempo livre, auto superação e entrar em forma (CARMO; et al., 2009), além de especificidades como prevenção de doenças, melhora de rendimento e indicação médica (QUEIROZ; et al., 2014). De acordo com a AIMS (Association of International Marathons and Distance

Races, 2011 apud SILVA; SOUSA, 2013), alguns fatores como a busca pela

melhoria da qualidade de vida - por conta das consequências de uma vida sedentária e desregrada - e a popularização da corrida de rua em todo o mundo, ocasionaram um significativo aumento no número de seus praticantes.

Queiroz; et al. (2014) citam que além da facilidade da atividade, o baixo custo dos materiais indispensáveis para a corrida de rua é um dos principais motivos de adesão à prática.

Além dos benefícios citados anteriormente, o hábito de correr provoca nos indivíduos mudanças radicais, sendo elas físicas, psicológicas ou espirituais, ainda mais quando praticada em contato com a natureza (em parques, matas ou trilhas). Nessas situações a corrida proporciona novas percepções do ambiente, despertando no indivíduo uma nova perspectiva do "eu" e de sua relação com o meio (AUGUSTI; AGUIAR, 2011).

Por conta disso, os exercícios físicos são cada vez mais indicados para a melhoria da qualidade de vida e bem-estar (FREITAS; et al., 2011).

Entretanto, a corrida não deve ser tomada apenas como tratamento não-medicamentoso, lúdico-esportivo ou como ciência atrelada a estatísticas. Ela, primeiramente, é uma atitude perante a vida (AUGUSTI; AGUIAR, 2011).

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5.4.2. MOTIVOS PARA A PERMANÊNCIA

Se tratando da importância da adesão e manutenção de um estilo de vida mais saudável e mais ativo, o principal ponto a se ponderar é a “motivação”, fator decisivo para toda ação humana (ROCHA, 2012 apud QUEIROZ; et al., 2014). De acordo com Trucollo; Maduro & Feijó (2008), a motivação se caracteriza como um processo intencional, ativo e dirigido a uma meta, o qual depende da relação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos). Os autores afirmam também que com isso, a adoção e permanência de indivíduos em uma atividade física regular são difíceis de ser mantidas.

Muitos indivíduos, diante dessa situação, escolhem pelo abandono da prática. Dentre os principais motivos se destacam a pressão dos pais (quando em idades menores) e ou treinadores, lesões, o excesso de responsabilidade com as competições e o treinamento em excesso (CARMO; et al., 2009).

Contudo, a obtenção de uma melhor saúde ainda se mostra como principal fator de manutenção de um estilo de vida saudável. "A qualidade de vida proporciona o bem-estar por meio de sensação de conforto físico e mental, alívio, leveza, dever cumprido, originado pelo prazer, pela satisfação pessoal" (SABA, 2001

apud FREITAS, et al., 2011).

Juntamente aos benefícios já citados, Salgado (2006) sugere que com a profissionalização das corridas de rua, os indivíduos que melhor se classificam nas provas que premiam em dinheiro, patrocínios esportivos ou algum outro tipo de benefício financeiro baseiam-se nesse ponto motivar-se; tornando assim imprescindível permanecer ativo para manutenção e ou melhora dos resultados e consequentemente benefícios proporcionados pela prática.

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6. DISCUSSÃO

A história nos mostra que desde os primórdios o homem corre. Esse seu movimento natural, para a sobrevivência, caça, fuga ou proteção era grandemente responsável pelo seu gasto calórico, tornando sua vida extremamente ativa.

Por conta das facilidades do mundo moderno como o avanço tecnológico, as pessoas estão cada vez mais sedentárias. Além disso, alimentos que antes eram naturais e saudáveis, hoje são processados e industrializados, oferecidos de maneira mais rápida e prática à população. Nunca antes o ser humano havia se adaptado tanto à lei do menor esforço.

Esse montante de fatores que favorecem a inatividade contribuem para uma série de consequências, dentre elas: doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, entre outras. Por conta disso, as atividades físicas vêm sendo um forte aliado na melhoria da saúde e qualidade de vida.

Nos dias de hoje os programas para a prática de exercícios físicos se valem a cada dia mais da Corrida de Rua como ferramenta. Em paralelo à adoção de um estilo de vida mais saudável, a corrida traz consigo um reencontro com a ancestralidade, realizando uma interação entre o homem e a natureza. A corrida então, de forma espontânea, passa a ser constantemente utilizada para a manutenção de um estilo de vida mais saudável, abrindo espaços em um mercado antes não muito explorado pelos profissionais de Educação Física. Surgem assim as assessorias esportivas e grupos de corrida.

Com a crescente procura pela prática, juntamente à profissionalização da modalidade, o que antes era apenas “sair correndo” hoje se vê como um comércio, negócio; que no Brasil, passou a ser notado com mais clareza a partir de 1994, e que a cada dia se mostra mais preparado para estruturar e aprimorar os treinamentos de Corrida de Rua de seus alunos. Alunos esses que demonstram interesses em constante crescimento à cerca da modalidade.

Exemplificando isso, alguns dados nos revelam que ao compararmos os anos de 2008 e 2015, a pesquisa pela Corrida de Rua nos dias atuais demonstram diferenças significativas (Figura 2). Quando comparados anos anteriores a 2008, essa diferença crescente de procura se mostra ainda maior.

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Partindo disso, sugere-se que o perfil dos alunos que aderem a essas assessorias se diversifique cada vez mais. Fazem parte dessa pluralidade de pessoas e objetivos de atletas de elite a pessoas que nunca antes correram até crianças iniciando sua vida esportiva e idosos em busca de saúde.

Apoiados nisso, e na perspectiva de que comprovadamente a corrida promove benefícios, estudos mostram que os motivos que levam à adesão desses grupos são muitos: lazer, ocupação do tempo livre, auto superação, melhora do rendimento, indicação médica, além do baixo custo para a prática.

Além dos muitos motivos para a adesão, alguns fatores-chave também são importantes quando no entendimento das razões para a permanência nesses grupos. Entre esses fatores destacam-se por um lado o conforto físico e mental, aumento da saúde e satisfação pessoal que levam a uma melhoria da qualidade de vida; juntamente à isso, a percepção dos resultados obtidos também se mostra como fator de manutenção da atividade. Por outro lado, percebe-se uma motivação financeira, principalmente quando analisados os casos de corredores de elite, que brigam pelas primeiras posições em provas que premiam em dinheiro e ou patrocínios esportivos.

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7. CONCLUSÃO

Nos dias atuais, a Corrida de Rua representa uma grande ferramenta na busca pela melhoria da saúde e da qualidade de vida. Seu crescimento vem sendo impulsionado principalmente pelo aumento do número de praticantes e consequentemente pelo aumento também do número de assessorias esportivas, grupos de corrida e seus profissionais, que trabalham difundindo e proporcionando melhoria na saúde e qualidade de vida e ou no rendimento esportivo dentro da modalidade.

Com isso, percebe-se que o perfil dos alunos é variado, assim como seus objetivos, motivos de adesão e motivos para a permanência.

Dentre esses, destacam-se motivos de adesão como: melhoria da saúde e qualidade de vida, busca por atividades de lazer, otimização de rendimento esportivo e baixo custo material para início da prática. Já os principais motivos de permanência são: percepção de melhora na saúde e qualidade de vida e interesses financeiros através dos resultados obtidos no esporte.

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8. REFERÊNCIAS

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FERREIRA. M. C. Grupos de corrida: estratégias no desenvolvimento de pessoas. Disponível em: <http://www.convibra.org/2009/artigos/59_0.pdf>.

Acesso em: 02 fev. 2015.

GONÇALVES, G. H. T. Corrida de rua: um estudo sobre os motivos de adesão e permanência de corredores amadores de Porto Alegre. Universidade Federal do

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Referências

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