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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZONIA (INPA) FUNDAÇAO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (FUA) AUGUSTO FACHÍN TERÁN

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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZONIA (INPA)

FUNDAÇAO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (FUA)

AUGUSTO FACHÍN TERÁN

ALIMENTAÇÃO DE CINCO ESPECIES DE QUELONIOS EM COSTA MARQUES, RONDONIA - BRASIL.

MANAUS - AMAZONAS

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INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZONIA (INPA)

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO AMAZONAS (FUA)

ALIMENTAÇÃO EM CINCO ESPECIES DE QUELONIOS EM COSTA MARQUES, RONDONIA - BRASIL.

AUGUSTO FACHÍN TERÁN

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Biologia Tropical e Recursos Naturais do Convênio INPA/FUA, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Mestre em Ciências Biológicas, área de concentração Ecologia.

ORIENTADOR: RICHARD C. VOGT

MANAUS-AMAZONAS 1992

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FICHA BIBLIOGRAFICA

FACHÍN-TERÁN, A. 1992. Alimentação de cinco espécies de quelônios em Costa Marques, Rondônia - Brasil. Dissertação de Mestrado. PG. INPA/FUA. 61 p.

Palavras chave: Quelônios de água doce, alimentação, recursos naturais, Amazônia, Rondônia, rio Guaporé.

Sinopse

Foi estudado a alimentação de Podocnemis unifilis e Phrynops geoffroanus, em função do sexo, tamanho, época e habitat, e aspectos gerais da alimentação em Podocnemis expansa, Phrynops raniceps e Chelus fimbriatus no rio Guaporé e tributários, Costa Marques-Rondônia.

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A minha esposa Miriam e meu filho Gabriel pelo carinho e compreensão - a eles é dedicado, para compensar as horas de convívio que lhes deixe de dar por muitos meses.

A meus padres Claudio e Luz Angélica, por seu carinho e apoio.

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AGRADECIMENTOS

Desejo expressar os meus agradecimentos a todas as pessoas que direta ou indiretamente colaboraram na realização deste trabalho, em especial:

Ao Dr. Richard C. Vogt pela orientação eficaz e pela confiança e incansável apoio para a realização deste estudo.

Ao Prof. Dr. William E. Magnusson, pelas valiosas críticas, sugestões ao trabalho e amizade.

Aos colegas Roselis R. de Souza, Thierry R. J. Gasnier e Ronis da Silveria pelas valiosas críticas e sugestões na redação deste trabalho.

Ao meus caros amigos Marlen Villacorta, Pedro Suarez e Juan Revilla que sempre apoiarom-me durante mi estância em Manaus.

A ajuda de M. F. Soares em todas as fases do estudo foi realmente valiosa.

As seguintes pessoas são lembradas por sua assistência no campo: Martha Goméz, Renato dos Santos, Waldemir Mendes, Marcelino Torres, Carlos Ticona, Joaquin de Souza e Francisco Eliude S. Machado.

Luis Coelho do INPA e Rodolfo Vasquez Martinez do Missouri Botanical Garden ajudaram na identificação das espécies vegetais, e Luis Mori da UNAP com a identificação dos peixes e invertebrados.

Ao Fazendeiro Gentil Cessel pelo apoio e facilidades concedidas durante minha estância em sua fazenda de Nazaré.

Ao CNPq, pela concessão da bolsa de estudo e pelo auxílio para a confecção da dissertação.

Ao Departamento de Bioecología, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA-Manaus, pelas facilidades durante a realização do curso.

Ao World Wildlife Fund, WWF-US, pelo apoio econômico concedido durante toda a realização do trabalho.

Ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis-IBAMA e Secretaria de Agricultura de Costa Marques-SEAGRI, pelo apoio logístico e facilidades concedidas para a realização deste estudo.

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ABSTRACT

The feeding habits of 5 species of turtles were studied from June through November 1989 and from March through June 1990 in the Guaporé River and its tributaries San Domingo and San Miguel in Costa Marques, Rondonia - Brazil. The water in these rivers is not polluted and the riverside vegetation is relatively natural. The turtles were captured using 12 unbaited fyke nets.

Stomach contents were flushed from 351 Podocnemis unifilis, 3 P. expansa, 31 Phrynops geoffroanus, 5 P. raniceps and 5 Chelus fimbriatus.

There was not seasonal difference in food items consumed by P. unifilis, however there was a sexual difference, females consumed more seeds and fruits while males ate more shoots + stems. There was an increase in the consumption of seeds + fruits as a function of the size of the turtles. The amount of fish eaten decreased with increase in size of the turtle. Seeds and fruits were consumed in higher frequency + volume in the flooded forest than in the lagunas and rivers. No difference in food items was found between habitats or sexes in P. geoffroanus. Adultos Gerridae, Libellulidae larvae, and Crustaceans of the Family Palaemonidae ocurred in high numbers in the stomach contents of P. geoffroanus during the dry season, while during the wet season only the fruits of Myrtaceae and Sapotaceae were found.

Podocnemis expansa consumed primarily plant material while P. raniceps fed predominately an Gastropods and Chelus fed and fish Crenicichla (Cichlidae) and Triportheus (Characidae).

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RESUMO

A Alimentação de cinco espécies de quelônios foi estudado de Junho a Novembro de 1989 e de Março a Junho de 1990, no rio Guaporé e seus tributários São Domingos e São Miguel, no Município de Costa Marques, Rondônia - Brasil. As águas deste rio no são poluídas e suas margens são pouco perturbadas. As capturas dos quelônios foram feitas com 12 armadilhas grandes tipo "Fyke Net".

O conteúdo estomacal foi retirado por lavagem, sem matar o animal. Foram examinados 351 exemplares de Podocnemis unifilis, 3 de P. expansa, 31 de Phrynops geoffroanus, 5 de P. raniceps e 5 de Chelus fimbriatus, de ambos os sexos e de diferentes tamanhos.

No houve variação sazonal na alimentação de P. unifilis, mais houve diferença na alimentação entre machos e fêmeas, sementes e frutos foram mais consumidos por as fêmeas e talos por os machos. Houve aumento no consumo de sementes e frutos em função do tamanho, sendo que o volume de peixe consumido diminuiu com o tamanho do animal. Houve diferença na alimentação em função do tipo de habitat, sementes e frutos foram mais consumidos na floresta inundada que nos lagos e no rio.

No houve diferença na alimentação entre os sexos e no tipo de habitat em P. geoffroanus. Adultos de Gerridae, larvas de Libellulidae e camarões da Família Palaemonidae ocorreram em alto número nos conteúdos estomacais de Phrynops geoffroanus durante a época de vazante, enquanto que na época da enchente só encontramos sementes e frutos da Familia Myrtaceae e Sapotaceae.

P. expansa, consumiu principalmente material vegetal, enquanto Phrynops raniceps, alimentou-se predominantemente de Gastropodos e Chelus fimbriatus alimentou-se de peixes do gênero Crenicichla (Cichlidae) e Triportheus (Characidae).

Estes dados indicam que os Podocnemis consomem primariamente frutos e sementes. P. unifilis se também de talos, folhas e peixes pequenos. Phrynops geoffroanus, alimenta-se de alimenta-sementes e frutos, inalimenta-setos e peixes. Phrynops raniceps alimentou-alimenta-se principalmente de Gastrópodes e Chelus fimbriatus de peixes.

(8)

INDICE GERAL

p.

1 INTRODUÇÃO 13

2 MATERIAL E METODOS 15

2.1 Área de estudo 15

2.2 Coleta e análise do conteúdo estomacal 15

2.3 Análises estatísticas 17

3 RESULTADOS 21

3.1 Tamanho das espécies estudadas 21

3.2 Locais de captura das espécies 21

3.3 Alimentação de Podocnemis unifilis 22

3.3.1 Alimentação geral 22

3.3.2 Variação sazonal na alimentação 23

3.3.3 Variação na alimentação em relação ao sexo e o tamanho dos indivíduos 25 3.3.4 Variação na alimentação em relação ao habitat. 30

3.4 Alimentação de Phrynops geoffroanus 35

3.5 Alimentação de Podocnemis expansa, Phrynops raniceps e Chelus fimbriatus 41

4 DISCUSSÃO 43

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LISTA DE FIGURAS

p. Figura 1 Localização da área de estudo, rio Guaporé - Rondônia 17 Figura 2 Localizado da área de estudo nos rios São Domingos, Guaporé e São Miguel 18 Figura 3 Variações mensais do nível da água e da precipitação no rio Guaporé de

Janeiro 1989 até Dezembro de 1990

19 Figura 4 Representação esquemática de uma armadilha do tipo "Fyke Net" 20 Figura 5 Relação entre o volume total (%) dos principais itens e o tamanho em

Podocnemis unifilis

(10)

LISTA DE TABELAS

p. Tabela 1 Quantidade total de conteúdos estomacais coletados, indicando espécie, sexo e

mês da coleta

21 Tabela 2 Volume total de cada item encontrado nos conteúdos estomacais de P. unifilis 22 Tabela 3 A quantidade (%) do volume total de cada categoria alimentícia consumida em

todos os locais nos meses em que pelo menos 3 P. unifilis foram amostradas

24 Tabela 4 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume

de sementes e frutos, talos, folhas e peixes sobre a variável independente época em P. unifilis

25

Tabela 5 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume de sementes e frutos, talos, folhas e peixes sobre a variável independente sexo em P. unifilis

26

Tabela 6 Porcentagem do volume total e frequência de ocorrência (entre parêntesis) das categorias alimentares em P. unifilis, segundo o sexo

27 Tabela 7 Podocnemis unifilis cujos conteúdos estomacais foram analisados, agrupados

em sete classes de tamanho

28 Tabela 8 Porcentagem do volume total e frequência de ocorrência (entre parêntesis) das

categorias alimentícias para P. unifilis segundo o tamanho

28 Tabela 9 Quantidade total de conteúdos estomacais coletados, indicando mês, sexo e

habitat

30 Tabela 10 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume

de sementes e frutos, talos, folhas e peixes sobre a variável independente habitat em P. unifilis

31

Tabela 11 Porcentagem do volume total e frequência de ocorrência das categorias alimentares em P. unifilis segundo o habitat

32 Tabela 12 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume

de sementes e frutos, talos, folhas e peixes sobre a variável independente habitat na época da vazante em P. unifilis

33

Tabela 13 Porcentagem do volume total e frequência de ocorrência das categorias alimentares em P. unifilis segundo o habitat, na época da vazante

34 Tabela 14 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume

de sementes e frutos, talos, folhas e peixes sobre a variável independente habitat, na época da enchente em P. unifilis

(11)

Tabela 15 Volume total de cada item encontrado nos conteúdos estomacais de P. geoffroanus

36 Tabela 16 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume

de sementes e frutos, insetos e peixes sobre a variável independente sexo em P. geoffroanus

37

Tabela 17 Porcentagem do volume total e frequência de ocorrência (entre parêntesis) das categorias alimentares em Phrynops geoffroanus, segundo o sexo

38 Tabela 18 Resumo estatístico para o teste de MANOVA da variável dependente volume

de sementes e frutos, insetos e peixes sobre a variável independente habitat em P. geoffroanus

39

Tabela 19 Porcentagem do volume total e frequência de ocorrência (entre parêntesis) das categorias alimentares em Phrynops geoffroanus segundo o habitat

40

Tabela 20 Itens alimentares ingeridos por 3 machos de Podocnemis expansa 41 Tabela 21 Itens alimentares ingeridos por 5 fêmeas de Phrynops raniceps. 42 Tabela 22 Itens alimentares ingeridos por 3 machos e 2 fêmeas de Chelus fimbriatus 42

(12)

LISTA DE APENDICES

p. Apêndice 1 Resumo estatístico das medidas dos quelônios capturados no rio Guaporé e

tributários, Costa Marques - Rondônia

48 Apêndice 2 Frequência relativa e proporção volumétrica dos itens alimentares ingeridos

por 297 machos, 52 fêmeas e 2 indivíduos cujo sexo na,~o foi determinado em P. unifilis.

49

Apêndice 3 Porcentagem dos conteúdos estomacais de P. unifilis em que cada categoria ocorreu nos meses de amostragem. Entre parêntesis, indica-se a frequência absoluta

50

Apêndice 4 Partes das espécies vegetais (semente, fruto, talo, folha, rhizoma), encontrados nos conteúdos estomacais de P. unifilis nos meses de amostragem

52 Apêndice 5 Espécies animais encontrados nos conteúdos estomacais de P. unifilis durante

os meses de amostragem

57 Apêndice 6 Espécies vegetais e animais encontrados nos conteúdos estomacais de

Phrynops geoffroanus, P. raniceps e Chelus fimbriatus, durante os meses da amostragem.

59

Apêndice 7 Itens alimentares ingeridos por 10 machos e 21 fêmeas de Phrynops geoffroanus.

(13)

1. INTRODUÇAO.

São poucos os trabalhos sobre alimentação em quelônios de água doce neotropicais, sendo notáveis exceções os estudos realizados por RAMO (1982), PRITCHARD e TREBBAU (1984), ALMEIDA et al., (1986), VOGT e GUZMAN (1988) e MOLL (1990).

VOGT (1981) estudou a repartição de alimento em três espécies simpátricas no rio Mississipi nos Estados Unidos, encontrando que Graptemys geographica, G. ouachitensis e G. pseudogeographica, usam diferentes tipos de alimento e tem diferentes estratégias de alimentação.

Existem poucas informações de alimentação no meio natural dos Pelomedusidos Podocnemis expansa e Podocnemis unifilis. A maioria das observações sobre a alimentação dos Chelidos Phrynops geoffroanus, Phrynops raniceps (=nasutus Bour e Pauler, 1987) e Chelus fimbriatus são referentes a informações em cativeiro.

ALHO et al., (1979) e ALHO e PADUA (1982) descrevem os hábitos alimentares de adultos, jovens e filhotes de P. expansa em cativeiro e na natureza, apresentando-a como praticamente onívora. OJASTI (1971) observou em cativeiro que os jovens de P. expansa preferem material animal (carne ou peixe).

As fêmeas de P. expansa alimentam-se muito pouco durante a estação seca, que corresponde à estação de reprodução. Os conteúdos estomacais examinados nessa época estavam vazios ou continham somente pequena quantidade de madeira em decomposição, limo (matéria orgânica), areia, etc. (OJASTI, 1971).

MEDEM (l964) examinou o conteúdo estomacal de 100 P. unifilis de todos os tamanhos, e encontrou somente material vegetal, sendo a mais abundante o "mururé" (Eichhornia sp). SMITH (1979) reporta que frutos comidos por P. unifilis incluem "munguba" (Bombax munguba), "caiembe" (Sorocea duckei) e "cramuri" (Gymnoluma glabrescens). BELKIN e GANS (1968) e BEST (1984) observaram indivíduos em cativeiro comendo pequenas partículas de alimento que encontram-se flutuando na superfície da água (neuston). O animal ao engolir a água ingere partículas que são filtradas e retidas quando a água é expelida por as narinas.

Os quelônios da Família Chelidae têm sido considerados na maioria dos trabalhos como essencialmente carnívoros (MEDEM, 1960 e 1973; MITTERMEIER et al., 1978; RODHIN et al., 1984; PRITCHARD e TREBBAU, 1984). No entanto, a maioria das observações são baseadas em indivíduos cativos, sem fazer distinção entre jovens e adultos.

MEDEM (1960) examinou vários conteúdos estomacais de P. geoffroanus e encontrou restos de "sardinhas" (Thriportheus sp.). Asas de Ortóptera, restos de Coleóptera e material vegetal, ocorreram somente em um estômago. Exemplares que ele manteve em cativeiro alimentaram-se de peixes pequenos, minhocas, girinos e insetos aquáticos, mas nunca de material vegetal.

Chelus fimbriatus apresenta uma série de apêndices carnosos nas bordas laterais do pescoço, e a carapaça tem uma série de quilhas, de modo que se permanecer imóvel pode passar

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desapercebida assemelhando-se a um tronco. Ao mexer os apêndices do pescoço, atrai peixes os quais engole por sucção abrir sua boca grande (RAMO, 1982).

Quase nenhuma informação é disponível sobre alimentação em Phrynops raniceps. O pouco que se conhece sobre esta espécie é em cativeiro, sendo considerada carnívora (PRITCHARD e TREBBAU, 1984).

Durante os últimos 14 anos (1976-1990), o Governo Brasileiro desenvolveu um projeto de proteção aos quelônios em toda a bacia amazônica. No rio Guaporé-Rondônia, foram coletados por pessoal deste projeto, nas praias e liberados no mesmo rio, mais de 390.000 filhotes de P. expansa e P. unifilis. Apesar deste grande esforço preservacionista, nada se conhece sobre a alimentação, estrutura da população, crescimento e outros aspectos da ecologia destes quelônios. A identificação e quantificação da alimentação utilizada pelos quelônios podem servir como um dos parâmetros para a identificação de áreas a serem preservadas para estes répteis.

Iniciei este estudo em Junho de 1989 para obter informações sobre a alimentação em populações naturais de Podocnemis expansa, P. unifilis, Phrynops geoffroanus, P. raniceps e Chelus fimbriatus. O presente trabalho tem os seguintes objetivos:

1. Identificar os itens alimentares e estimar as proporções em que estes ocorrem na alimentação, e como estas proporções variam sazonalmente para cada espécie.

2. Determinar as variações na alimentação em função do sexo e do tamanho dos indivíduos em cada espécie.

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2. MATERIAL E METODOS 2. 1. AREA DE ESTUDO

O rio Guaporé e seus tributários localizam-se no Município de Costa Marques, Rondônia-Brasil (12o 30'S, 64o 10'O) (Figuras 1 e 2). Este rio nasce na Serra dos Parecis, Estado de Mato-Grosso, suas águas são de cor negra, não poluída, e suas margens são pouco perturbadas. Tem um curso de aproximadamente 1210 km e faz a divisa do Brasil com a Bolívia no Estado de Rondônia. Em ambas as margens deste rio encontram-se muitos lagos de água doce, conhecidos localmente como baias. Estes lagos se conectam com o rio durante a cheia. Durante a época da vazante alguns lagos ficam isolados e outros em comunicação com o rio Guaporé. A partir do mês de Junho, afloram tabuleiros (praias) de areia por todo o seu curso, onde as fêmeas de P. expansa e P. unifilis nidificam.

O rio São Miguel, é afluente da margem direita do rio Guaporé. Nasce na Serra dos Parecis e tem um curso de aproximadamente 195 Km em direção geral NE-SO. Na época da seca sua largura é maior que 30 m. Em ambos os lados do rio encontra-se uma vegetação aberta denominada de campos naturais que formam o Pantanal Bacabalzinho.

Os rios Guaporé e São Miguel apresentam muitos lagos em ambas as margens, que possuem vegetação macrófita aquática, sendo Eichhornia, Paspalum e as Cyperaceas as mais abundantes.

O rio São Domingos, é afluente da margem direita do rio Guaporé, nasce na Serra de Uopiane e tem um curso de aproximadamente 165 Km em direção geral NE-SO (ROQUE, l968). Não possui lagos e suas águas são de cor negra. Na época da seca sua largura é menor que 20 m. Possui abundante vegetação aquática principalmente Eichhornia, que cobre completamente grandes segmentos do rio.

O rio Guaporé e seus tributários estão sujeitos a inundações periódicas, de intensidade que varia dependendo dos ciclos anuais das precipitações pluviométricas. Durante o período de estudo a precipitação nos meses de Junho a Dezembro de 1989 foi 407.2 mm e de Janeiro a Dezembro de 1990 foi 1461.7 mm. Na época da enchente os ecossistemas aquáticos recebem grande quantidade de água, o que resulta no aumento de área e profundidade dos rios e lagos. Neste período ocorre intercomunicação de lagos e rios, formando um único sistema. No período de estudo a vazante apresentou-se entre os meses de Junho a Outubro de 1989 e Maio a Outubro de 1990, e a enchente ocorreu de Novembro de 1988 a Abril de 1990 (Figura 3).

2. 2. COLETA E ANALISE DO CONTEUDO ESTOMACAL

Este estudo foi realizado de Junho a Novembro de 1989 e de Março a Junho de 1990, incluindo as épocas da vazante e da enchente. As capturas dos animais foram realizadas com 12 armadilhas grandes, tipo "Fyke net" sem isca (Figura 4). Estas armadilhas são feitas com 6 a 8 argolas de ferro com diâmetro de 0.9 a 1.2 m e um comprimento de 3 a 4 m, com entrada do tipo funil, unidas por uma malha estendida de 9 a 14 m de comprimento com 1 a 2 m de largura, flutuadores na parte superior e chumbo na parte inferior, a distancia entre nós de malha estirada foi de 5 cm.

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As armadilhas em geral foram colocadas em locais rasos onde o chumbo do painel de malha tocava o chão para tornar a armadilha mais efetiva. Os quelônios caem dentro das armadilhas com seu movimento natural, já que a malha atua como uma barreira que conduz os animais para dentro dos funis (VOGT, 1980).

Para capturar quelônios de todos os tamanhos habitando a região, armadilhas foram colocadas em floresta inundada, riachos de floresta, beira de rios e lagos. O tipo de armadilha e a largura da malha restringiram as capturas a águas rasas perto das margens. O diâmetro das malhas permitiu somente a captura de quelônios maiores que 5 cm de largura.

As armadilhas foram revistadas pela manha e os animais capturados foram transportados ao acampamento para identificação e determinação do sexo. Cada espécime foi pesado, medido e marcado individualmente com um corte no escudo marginal da carapaça para seu reconhecimento, em recaptura. Os animais capturados foram identificados a nível de espécie usando suas características morfológicas externas como: tamanho, forma e coloração do corpo e da cabeça, e presença ou ausência da placa nucal. O sexo foi determinado mediante a observação do comprimento e grossura da cauda, distancia precloacal, cor da cabeça e largura do plastrão. Os exemplares pequenos, cujo sexo não foi possível reconhecer, foram registrados como indeterminados. O peso de cada quelônio foi determinado com balanças PESOLA de 100 g, 10 e 15 kg; com precisão de 0.1, 100 e 250 gramas.

A biometria do animal foi feita tomando-se medidas padrão como: comprimento e largura da carapaça, comprimento do plastrão, largura da cabeça, altura e comprimento da sutura da placa femoral direita. No caso de Chelus fimbriatus esta última medida foi feita na sutura da placa peitoral direita. Todas estas medidas foram realizadas em linha reta no ponto de maior amplitude; com paquímetro adaptado para medir quelônios.

Para obter amostras de conteúdo estomacal, usei o método de lavagem com água (LEGLER, 1977). Introduzi um tubo plástico dentro da boca do animal, passando pelo esôfago até atingir o estômago; quando o tubo estava introduzido, bombeava água com uma seringa manual de 50 ml. Quando o estômago estava cheio, o animal era colocado em posição vertical, de cabeça para baixo e a água era bombeada rapidamente para forçar que regurgitasse. O material obtido era recolhido numa peneira de plástico. A limpidez da água da lavagem serviu como indicador de que o estômago estava vazio. A retirada dos itens alimentares foi realizada logo após a captura dos animais. Depois, os quelônios foram liberados no mesmo local onde foram capturados.

Conteúdos estomacais também foram coletados por dissecção dos tratos digestivos de indivíduos acidentalmente afogados nas armadilhas. Os itens alimentares foram filtrados, conservados em álcool a 70 % e identificados ao nível taxonômico mais baixo.

Na categoria de material vegetal não identificado foram incluídas sementes, frutos, talos e folhas, que por sua destruição e avançado estado de digestão não foi possível identificar. Miscelânea inclui nematódeos, trematódeos e pedaços de terra. A identificação de partes de plantas foi feita por comparação com material previamente identificado.

A análise de o hábito alimentar dos quelônios foi feita através do método volumétrico, pelo qual o volume é expresso na forma porcentual, considerando o volume de dado item alimentar em relação ao volume de todos os itens alimentares presentes nos estômagos. A

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frequência de ocorrência que considera a porcentagem do número total de estômagos em que cada item ocorreu, também foi usada para descrever a alimentação (HYSLOP, 1980; KAWAKAMI e VAZZOLER, 1980).

2. 3. ANALISES ESTATISTICAS.

As análises estatísticas foram feitas com o programa SYSTAT (Wilkinson, 1990). Usei Análise da Variância Multivariada (MANOVA) para determinar o efeito da época, sexo e habitat na alimentação de P. unifilis. Usei as categorias alimentares do volume de sementes e frutos, talos, folhas e peixes para P. unifilis e volume de sementes e frutos, insetos e peixes para Phrynops geoffroanus. Para análise de mudanças na alimentação de P. unifilis em função do tamanho, foram feitas regressões do volume de diversos itens.

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3. RESULTADOS

3. 1. TAMANHO DAS ESPECIES ESTUDADAS

Foram capturadas duas espécies pertencentes à Família Pelomedusidae: Podocnemis expansa e P. unifilis, e três espécies pertencentes à Família Chelidae: Phrynops geoffroanus, P. raniceps e Chelus fimbriatus. Os animais variaram em tamanho e número de animais capturados. P. unifilis, P. geoffroanus e C. fimbriatus, têm dimorfismo sexual no tamanho, sendo os machos menores que as fêmeas (Apêndice 1).

3.2. LOCAIS DE CAPTURA DAS ESPECIES.

Podocnemis unifilis ocorre numa ampla gama de habitats dentro da região. Durante o período de 10 meses de amostragem intensiva, capturei 837 animais: 747 machos, 88 fêmeas e 2 cujo sexo não foi determinado.

Podocnemis expansa só foi capturada na época da seca (Julho e Agosto) em lugares rasos das baias no rio Guaporé. Parece que esta espécie prefere locais fundos demais para as armadilhas. O número de capturas é baixo (3 machos), sendo que, na época de nidificação nas praias do rio Guaporé (Furado do Couro, Buraco da Barba e Praia Alta), foram registradas no ano 1989 pelo pessoal do Projeto Quelônios, mais de 700 fêmeas reprodutoras colocando seus ovos.

Phrynops geoffroanus, foi encontrada em tributários de rios de água negra pouco profundos, em lugares rasos de 2 a 3 m de profundidade. Esta espécie foi capturada nos rios São Domingos, Guaporé - Baias de Nazaré e São Bartolo e rio São Miguel - Baia do Jacaré.

Phrynops raniceps foi encontrada nos rios São Domingos e Guaporé (entre a Baia da Fazenda Nazaré e rio São Domingos). Na época da seca foi capturado em águas rasas perto de seus locais de nidificação e na época da enchente na floresta inundada.

Chelus fimbriatus, foi capturado nos rios São Domingos, Guaporé, Guaporé- Baía de Nazaré e São Miguel, em águas pouco profundas ao longo da floresta inundada.

O total de conteúdos estomacais coletados em todos os locais, de todas as espécies estudadas é apresentado na tabela 1.

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3. 3. ALIMENTAÇÃO DE Podocnemis unifilis. 3. 3. 1. ALIMENTAÇÃO GERAL.

A matéria vegetal predomina na alimentação de P. unifilis (N=351). Do volume total, 89.46 % continham restos vegetais, 1.15 % restos de origem animal. O tracajá alimenta-se principalmente de sementes e frutos, sendo talo o segundo item vegetal mais consumido (Tabela 2).

A Família Convolvulaceae, é o item mais frequênte em P. unifilis, aparecendo em 73.01 % dos conteúdos estomacais, as Leguminosas (53.97 %), Euphorbiaceae (48.01 %) e Poaceae (36.07 %) também são freqüentes (Apêndice 2).

O consumo de peixes aparece numa porcentagem muito baixa do volume total (0,95 %), embora esteja presente na alimentação o ano todo. Os peixes encontrados são de tamanho pequeno e estavam na maioria dos casos inteiros, o que faz-me supor que os "tracajás" os caça.

Encontrei escamas, carne e vértebras de peixes que não consegui identificar, pertencentes a peixes grandes e que o "tracajá" não parece suficientemente grande e rápido para capturar e matar. Penso que os comeu, uma vez mortos por outras causas.

Insetos aparecem numa porcentagem muito baixa tanto do volume total (0.005 %), como em frequência de ocorrência, acho que são ocasionais, sendo ingeridos junto com as partes das plantas que consome.

Caranguejos da Família Pseudothelphusidae foram detectados nas análises, principalmente na forma de apêndices do corpo, sendo a frequência de ocorrência maior que a dos outros invertebrados (10.82 %), embora o volume registrado é muito pequeno (0.05 %).

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3.3.2. VARIAÇAO SAZONAL NA ALIMENTAÇÃO

A variação sazonal da alimentação em P. unifilis foi comparada nas duas épocas: época de vazante (Junho a Outubro de 1989 e Maio, Junho de 1990) e época de enchente (Novembro de 1989 e Março, Abril de 1990) (Tabela 3 e Apêndice 3). Não existiu diferença significativa na alimentação de P. unifilis nas duas épocas (Tabela 4). No entanto, a quantidade de sementes e frutos foi bastante diferente.

Podocnemis unifilis consumiu nas duas épocas alimento vegetal e animal. Sementes e frutos de Leguminosas, frutos de Maripa sp (Convolvulaceae) e Margaritaria nobilis (Euphorbiaceae); sementes de Pouteria sp (Sapotaceae) e Diospyros sp (Ebenaceae), estão presentes o ano todo na alimentação de P. unifilis. Outras espécies de Dycotiledoneas também são usadas na alimentação, mas estão presentes só em alguns meses do ano. Foram identificados os taxa dos frutos, sementes, folha, talo e rhizoma, encontradas nos conteúdos estomacais durante o período de estudo, do mesmo modo foi feita a identificação das espécies animais (Apêndices 4 e 5).

As Algas (Chlorophyta) só foram encontrados em 4 amostras de conteúdos estomacais em Julho, sendo pequena a porcentagem do volume total consumido.

Talos foram consumidos nas duas épocas, sendo maior seu consumo na vazante. Folhas foram consumidas principalmente na época de vazante. Rhizomas de Cyperaceas e de outras espécies não identificadas foram ingeridos só nos meses de vazante, embora a quantidade consumida tenha sido muito pequena (Tabela 3).

A categoria material vegetal não identificado foi encontrado numa porcentagem muito elevada do volume em todos os meses. Isto pode dever-se a que o alimento examinado é o resultado de mais de um período de alimentação.

Invertebrados tais como insetos, camarões, caranguejos e caramujos foram consumidos numa porcentagem muito baixa do volume total, tanto nos meses de vazante como na enchente (Tabela 3).

Peixes foram consumidos também numa quantidade insignificante, embora este item tenha sido mais consumido nos meses de Setembro e Outubro (1.75 e 2.19 % do Vol.), que corresponde à máxima vazante e no inicio da enchente no mês de Novembro (2.65 % do Vol.).

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3.3.3. VARIAÇAO NA ALIMENTAÇÃO EM RELAÇAO AO SEXO E O TAMANHO DOS INDIVIDUOS.

Houve diferença significativa na alimentação em função do sexo em P. unifilis (Tabela 5). O principal fator que contribuiu para esta diferença foi o maior consumo de sementes e frutos pelas fêmeas (Tabela 6). Machos consumiram mais talos da Família Poaceae que fêmeas.

Como não se conhece a relação entre a idade e o tamanho, ou mesmo o tamanho mínimo do adulto de P. unifilis, de ambos os sexos, estabelece arbitrariamente sete classes de tamanho, de I a VII; considerando intervalos de 5 cm no comprimento da carapaça. Na classe I incluí animais compreendidos entre 10 a 14,9 cm e na classe VII indivíduos com 40 a 45,9 cm (Tabela 7).

P. unifilis alimentou-se principalmente de vegetais em todas as classes de tamanho. Rhizomas de Monocotyledoneas só foram consumidos por exemplares cujo tamanho foi igual ou maior que 20 cm de comprimento (Tabela 8).

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O consumo de sementes e frutos aumentou linearmente em função do tamanho do animal, e o consumo de peixes diminuiu exponencialmente em função do tamanho do animal (Figura 5). Peixes parecem representar um importante item alimentar nas primeiras fases da vida do animal; assim nas classes I e II foi consumido em maiores proporções (10.5 % e 3.48 % do Vol.) que nas outras classes de tamanho. O consumo de Caranguejo e Caramujos em todas as classes de tamanho foi muito baixo, estando Caramujo ausente nas classes I e III (Tabela 8)

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3.3.4. VARIAÇAO NA ALIMENTAÇAO EM RELAÇAO AO HABITAT.

O efeito do habitat sobre a alimentação foi testado entre os exemplares capturados no rio, baia e floresta inundada (Tabela 9). Houve diferença significativa na alimentação de P. unifilis em função do tipo de habitat (Tabela 10). Os fatores que contribuíram para esta diferença foram o maior consumo de semente e frutos na floresta inundada; talo, que foi mais consumido na baia e o consumo de folha que foi maior no rio (Tabela 11).

Para detectar o possível efeito da sazonalidade na análise, separei as amostras por épocas e depois testei separadamente cada um deles em função do habitat. Houve diferença significativa na alimentação de P. unifilis em função do habitat na época da vazante (Tabela 12). O fator que mais contribuiu para esta diferença foi o consumo de sementes e frutos e folhas (Tabela 13). Não houve diferença significativa na alimentação de P. unifilis em função do habitat na época da enchente (Tabela 14). Isto pode ser explicado porque durante esta época ocorre a intercomunicação das baias e rios, formando um único sistema chamado de floresta inundada.

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3.4. ALIMENTAÇÃO DE Phrynops geoffroanus

Os conteúdos estomacais dos P. geoffroanus, continham sementes, frutos, talos e folhas, representando 49.73 % do volume total, insetos e peixes consumidos representaram 10.45 e 29.82 % respectivamente. Insetos foi o item mais frequentemente encontrado (45.16 %). Camarões foram consumidos só no mês de Agosto, representando 4.59 % do volume (Tabela 15). Um filhote de P. geoffroanus foi capturado numa pequena poça de uma estrada, encontrando-se areia, algas filamentosas e insetos no seu conteúdo estomacal. Dos 38 indivíduos examinados, 7 apresentaram o estômago vazio (3 machos e 4 fêmeas).

Phrynops geoffroanus consumiu alimento vegetal e animal. Frutos e sementes das Famílias Leguminosae, Myrtaceae e Sapotaceae servem de alimento a P. geoffroanus em diferentes meses do ano (Apêndice 6).

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O consumo de adultos de Gerridae foi alto na época de vazante, encontrando-se até 36 Cylindrostethus erythropus no conteúdo estomacal de um macho adulto. Do mesmo modo, num caso o número de larvas de Libellulidae alcançou a 26. Camarões pequenos (Palaemonidae) estiveram presentes em dois conteúdos estomacais em número de 10 e 24 respectivamente. Apesar do alto número encontrado destes itens, o volume total dos mesmos foi baixo (2.22, 3.63 e 4.59 %).

Sementes e frutos de Leguminosas são o principal alimento vegetal de P. geoffroanus. Larvas de Libellulidae e Peixes são o alimento animal que mais frequentemente foi encontrado nos conteúdos estomacais desta espécie (Apêndice 7).

Não houve diferença significativa na alimentação em função do sexo (Tabela 16), apesar de que a quantidade (%) consumida de insetos terem sido maior nos machos e de peixes maior nas fêmeas (Tabela 17).

Para testar o efeito do habitat na alimentação de P. geoffroanus, usei os indivíduos capturados no rio e baia (rio São Domingos e baia de Nazaré-rio Guaporé). Não houve diferença significativa na alimentação em função do habitat (Tabela 18).

As amostras de P. geoffroanus dos rios São Domingos e Guaporé-Baia de Nazaré indicam que os adultos desta espécie são onívoras, sendo os itens mais comuns na sua alimentação sementes e frutos, insetos e peixes (Tabelas 19). A presença de pedaços de galhos pequenos e de folhas secas nos conteúdos estomacais indicam que esta espécie procura seu alimento junto ao fundo, em águas rasas (0.5 a 1.0 m).

Não foi feita uma análise da alimentação em função do tamanho e da época por ter sido insuficientemente amostrados.

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3.5. ALIMENTAÇÃO DE Podocnemis expansa, Phrynops raniceps e Chelus fimbriatus

Conteúdos estomacais de P. expansa foram coletados em Julho (2) e Agosto (1) de 1989. A quantidade consumida de sementes, frutos, talos e folhas é bastante alta, o resto sendo escamas de peixes e pedaços de terra (Tabela 20).

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Conteúdos estomacais de cinco fêmeas de Phrynops raniceps tinham predominantemente Gastropoda (69.45 % do Vol.). Frutos com semente dura (Myrtaceae - Eugenia sp.) e Crustácea (Pseudothelphusidae) estiveram presentes quase na mesma proporção (Tabela 21). O macho capturado no mês de Junho tinha o estômago vazio.

Amostras de conteúdo estomacal de Chelus fimbriatus continham somente peixes pequenos de 2 a 3 cm de comprimento total, dos gêneros Crenicichla (Cichlidae) e Triportheus (Characidae) (Tabela 22). Esta espécie alimentou-se somente de peixes em todos os locais amostrados. De 20 exemplares examinados, 15 apresentaram o estômago vazio (4 machos e 11 fêmeas).

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4. DISCUSSAO

A população de Podocnemis unifilis no rio Guaporé e tributários é primariamente herbívora, com 89.46 % do volume total contendo sementes, frutos, talos e folhas. Material animal, principalmente peixes, caranguejos e caramujos encontrou-se em pequenas quantidades (1.15 %). Estes resultados são similares aos reportes feitos para P. unifilis por USHIÑAHUA e DEL AGUILA (1986) e SOINI et al.(1989), que observaram que o tracajá alimenta-se de frutos silvestres e plantas aquáticas, complementada com fontes diversas de origem animal; embora estes autores na,~o tenham quantificado suas observações.

Outras espécies de Podocnemis apresentam uma alimentação semelhante. Podocnemis erythrocephala e P. sextuberculata são principalmente herbívoros, alimentando-se de plantas e frutos do Igapó e várzea respectivamente (MITTERMEIER & WILSON, 1974).

Não encontrei variações sazonais na alimentação de P. unifilis. Isto pode indicar que no ambiente existe alimento disponível do mesmo tipo nas duas épocas, embora os taxa mudem nas diferentes épocas.

Moluscos, Crustáceos e Insetos foram consumidos por P. unifilis nas épocas de vazante e enchente em quantidades muito baixas. RAMO (1982) encontrou em P. vogli que o consumo destes invertebrados variou muito pouco na sua alimentação na frequência de ocorrência, concluindo que o caranguejo Dilocarcinus dentatus foi o principal componente de sua alimentação.

Apesar de que machos e fêmeas são herbívoros, existem diferenças na alimentação entre os sexos em tracajá, o que se reflete no consumo de sementes e frutos pelas fêmeas, e talos pelos machos. RAMO (1982) observou em Podocnemis vogli que a diferença na alimentação por sexos, foi a planta Salvinia, mais consumida pelos machos, e moluscos e peixes, mais consumidos pelas fêmeas, supondo que estas últimas os consumiram para satisfazer as demandas de cálcio requeridas para a formação dos ovos.

P. unifilis é herbívoro de filhote a adulto. Os exemplares menores consomem mais matéria animal com relação as outras classes de tamanho, ainda que numa proporção muito baixa do volume total. Mudanças na dieta de jovens a adultos são comuns nos quelônios (GEORGES, 1982). Em geral, espécies onívoras tendem a ser carnívoras quando jovens e herbívoras quando adultas (CARR, 1952; CLARK and GIBBONS, 1969; MOLL and LEGLER, 1971; MOLL, 1976). Jovens de Pseudemys rubiventris começaram a crescer mais rápido, quando eles trocaram de uma dieta herbívora para alimentasse de lagosta de água doce (GRAHAM, 1971). Dermatemys mawei é herbívora de filhote a adulto e têm fermentação no intestino pequeno com protozoários comensais (VOGT, com. pessoal). CLARK and GIBBONS (1969) propuseram que mudanças nos hábitos alimentares de Pseudemys scripta com incremento no tamanho do corpo podem estar relacionadas aos requerimentos de cálcio dos quelônios quando eles estão crescendo.

Existem diferenças na alimentação de P. unifilis em função do habitat. PONCE (1979) observou que esta espécie varia sua alimentação (spp vegetais) segundo o local em que se encontra, mas sempre é herbívoro. RAMO (1982) num estudo realizado na Venezuela em dois habitats encontrou que a alimentação de P. vogli só variou significativamente respeito ao consumo de peixes e crustáceos que foi mais consumido nas caixas de empréstimo (poças artificiais) que no Igarapé.

Em outros lugares a planta aquática Eichhornia spp é consumida por adultos de P. unifilis (MONDOLFI, 1955-restos desta planta; ALMEIDA et al., 1986-planta inteira; USHIÑAHUA e DEL AGUILA, 1986-talos e folhas). Embora no rio Guaporé e tributários Eichhornia sejam abundantes e estejam disponíveis todos os meses do ano, o tracajá quase não a usa como alimento. Nas amostras examinadas durante o período de estudo, esta planta só foi registrada no mês de Agosto de 1989.

Podocnemis expansa alimenta-se de frutos e sementes que caem das arvores que crescem na beira dos rios e daqueles que caem dentro da água na floresta inundada (OJASTI 1971; ANONIMO, 1972 e SOINI e SOINI, 1984). Os 3 machos adultos de P. expansa consumiram quase completamente só material vegetal (97.6 % do vol. total). OJASTI (1971) na Venezuela

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analisou os conteúdos estomacais de 10 fêmeas adultas de P. expansa capturadas em Agosto e Outubro; 86 % dos conteúdos consistiam de frutos, 4 % eram folhas e talos de várias plantas e 10 % de invertebrados e ossos de boi, peixes e quelônios.

O alto número de fêmeas de P. expansa observados durante o período de estudo, contrasta com o baixo número de exemplares capturados; apesar de ter amostrado em locais onde em anos anteriores foram liberadas milhares de filhotes desta espécie pelo pessoal do Projeto Quelônios. VOGT (com. pessoal) vem desenvolvendo estudos de radiotelemetría no rio Trombetas na Amazônia Brasileira e descobriu que esta espécie prefere locais fundos do rio (poços), até dois meses depois da oviposição. É necessário desenvolver uma nova técnica de captura para esta espécie.

Adultos de Phrynops geoffroanus são onívoros. Não existem diferenças na alimentação entre os sexos, embora os machos tenham consumido mais alimento vegetal, e fêmeas consumiram material vegetal e animal, quase na mesma proporção. MEDEM (1960) na Colombia, encontrou que esta espécie é principalmente carnívora. O mesmo autor (1973) e LAMAR e MEDEM (1982) reportam que outro Chelídeo Phrynops rufipes alimentou-se de caranguejos, camarões pequenos, peixes e sementes de duas variedades de Palmeiras.

O alto número de adultos de Gerridae, larvas de Libellulidae e camarões Palaemonidae nos conteúdos estomacais de Phrynops geoffroanus durante a vazante, pode estar principalmente associado à presença destes invertebrados nas partes rasas ao longo das margens dos corpos de água, lugares onde foram capturados estes quelônios.

Em Phrynops geoffroanus não houve diferença na alimentação com respeito ao habitat sendo que esta espécie foi onívora nos dois habitats comparados. RAMO (1982) concluiu que o Pelomedusido Podocnemis vogli é também um onívoro alimentado-se de vegetais e animais nos dois habitats estudados.

Em Phrynops raniceps , a alta frequência de Gastrópodes encontrados, sugere que eles selecionam moluscos. CARLOS YAMASHITA (Citado em RHODIN et al., 1984) reporta que na região do Pantanal, o Chelido Platemys macrocephala, alimenta-se de Gastrópodes do gênero Pomacea e Marisa, cujas conchas eles quebram facilmente.

Os cinco exemplares de Chelus fimbriatus só consumiram peixes, as espécies identificadas pertencem aos gêneros Crenicichla (Cichlidae) e Triportheus (Characidae). HERBERT AXELROD (Citado em PRITCHARD e TREBBAU, 1984) informa que os espécimes de C. fimbriatus examinados por ele, tipicamente continham Ciclideos imaturos, e num grande número de casos peixes do gênero Characidium. A alimentação natural desta espécie geralmente compreende pequenos peixes que são engolidos inteiros (MAHMOUD and KLICKA, 1978; RAMO, 1982; PRITCHARD e TREBBAU, 1984).

VOGT e GUZMAN (1988) num estudo da ecologia de comunidades de quelônios de água doce neotropicais encontraram diferenças na alimentação entre Kinosternon leucostomun, Staurotypus triporcatus e Trachemys scripta (Kinosternidae). O resultado da análise quantitativa dos conteúdos estomacais mostrou um amplo grau de sobreposição de alimento entre as espécies. Dos quelônios estudados, algumas espécies usam recursos semelhantes, como no caso das Leguminosas que foram consumidas por Podocnemis unifilis, P. expansa e Phrynops geoffroanus, e em outros, os hábitos alimentares são completamente diferentes como no caso de Phrynops geoffroanus, que foi a única espécie que consumiu exemplares adultos de "patinadores" Cylindrostethus erythropus (Gerridae) (2.22 % do volume total). ALMEIDA et al., (1986) observou em três espécies de Podocnemis na região do Baixo rio Xingu (Brasil) que muitas espécies vegetais que ele registrou eram comuns na alimentação destes quelônios.

Podocnemis unifilis e Phrynops raniceps alimentam-se de "caramujos" de uma só concha, Pomacea sp (Gastropoda). MONDOLFI (1955) examinou o conteúdo estomacal de uma fêmea de P. unifilis capturada no rio Capanaparo (Venezuela), encontrando moluscos bivalves (duas espécies de almejas fluviais não identificadas). USHIÑAHUA e DEL AGUILA (1986) e SOINI et al., (1989) analisaram o conteúdo estomacal de 6 exemplares adultos de P. unifilis no rio Samiria (Peru), encontrando moluscos Pomacea sp, e restos de outras conchas não identificadas.

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Chelus fimbriatus e Podocnemis unifilis consumiram peixes das Familias Cichlidae e Characidae, encontrando em ambos o gênero Crenicichla (Cichlidae). O peixe Symbranchus sp (Symbranchidae) que mora enterrado no lodo do fundo (MORI, com. pessoal), foi unicamente encontrado em dois conteúdos estomacais de P. unifilis.

Em resumo, meus dados indicam que os Podocnemis consomem primariamente frutos e sementes. P. unifilis alimenta-se também de talhos, folhas e peixes pequenos. Phrynops geoffroanus, alimenta-se de sementes e frutos, insetos e peixes. P. raniceps alimentou-se principalmente de Gastrópodos e Chelus fimbriatus de peixes.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

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Referências

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