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Música Tradicional Serere

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Academic year: 2021

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Música

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21h30 · Pequeno Auditório · Duração 1h20

Voz, Guitarra, Percussão Pierre Soula Solisto e Etienne Ndong Co-Produção Association Face à Face / Culturgest

MÚSICA

26 DE FEVEREIRO

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O Senegal é uma República independente desde 1960 e Leopold Sédar Senghor, que liderou o movimento para a independência, foi o seu primeiro Presidente.

Situado na costa ocidental de África, faz fronteira a Norte e Nordeste com a Mauritânia, a Leste com o Mali, a Sul com a Guiné e a Guiné Bissau. A Gâmbia forma um enclave a Sudoeste, acompanhando o rio com o mesmo nome.

Dacar, a capital do Senegal, situa-se na península de Cabo Verde, onde os portu-gueses chegaram em 1444.

Os seus povos foram colonizados suces-sivamente pelos portugueses, holandeses, franceses e ingleses. Durante o final do séc. XVII e inícios do séc. XIX, franceses e ingleses alternaram no domínio das suas costas. O Tratado de Paris de 1914 atribuiu o Senegal à França.

A população do Senegal, com cerca de 10 milhões de habitantes, é formada por nu-merosas etnias. Maioritária é a etnia Wolof, seguida da Serere, que ocupa, grosso modo, a região em torno e a Sul de Dacar, até à fronteira da Gâmbia.

Os Serere são sobretudo pescadores e agricultores, mas formam também uma parte significativa da elite senegalesa, para o que contribuiu o sistema de ensino orga-nizado pelos missionários. O seu modo de vida é muito marcado pelo animismo, mas a sua maioria adoptou a religião cristã, in-tegrando no culto religioso elementos dos rituais tradicionais. Senghor era filho de um abastado comerciante serere, católico, e cresceu numa pequena cidade piscatória, a Sul de Dacar, Joal-Fadiouth, que celebrou em muitos dos seus poemas. A sua educa-ção recebeu-a, inicialmente, na escola da missão católica de Ngazobil, perto de Joal, e, depois, no colégio Libermann, em Dacar. Completou os seus estudos em França.

A vida musical do Senegal é particu-larmente rica e aberta a outras cultu-ras. Em Dacar predominam a variedade 21h30 · Pequeno Auditório · Duração 1h20

Voz, Guitarra, Percussão Pierre Soula Solisto e Etienne Ndong Co-Produção Association Face à Face / Culturgest

MÚSICA

26 DE FEVEREIRO

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anglo-saxónia, os ritmos de Cabo Verde e das Caraíbas, o Rap e, sobretudo o Mbalax, um género de música cultivada pelos Wolof, originária das cidades, com um ritmo muito marcado e que foi popularizado e exporta-do para a cena internacional por Youssou N’Dour, a grande figura da música popular do país. Esta modernidade urbana, num país centralizado, desenvolveu-se por vezes à margem das culturas populares regionais.

É o caso da cultura musical serere, liga-da aos tempos fortes liga-da viliga-da comunitária. Uma das suas maiores figuras é a cantora Yandé Codou Sene, símbolo vivo desse património cultural, cujas composições, cantadas a capella, sem acompanhamento instrumental, relatam os feitos valorosos dos homens ilustres, nomeadamente os de Senghor.

A luta é, com o futebol, o grande desporto popular senegalês e os seus melhores prati-cantes são sereres, que têm um passado de prestigiados guerreiros. Antes de atingir a sua enorme popularidade, era praticada por jovens camponeses e animava a estação das colheitas. É acompanhada musicalmen-te por cantos de bravura e de desafio, ento-ados por mulheres e lentamente ritmento-ados por um grupo de tambores.

As mulheres mais velhas animam os bap-tismos, os funerais, os casamentos, com cânticos e percutindo com os seus dedos com anéis, cabaças ou Toox, grandes vasos de terra cozida. Os Cayanes são poemas cantados a capella pelos homens durante os seus trabalhos agrícolas. Por ocasião dos

Mbédiin, serões do campo, toca-se o Riiti,

parecido com o violino, que acompanha as vozes dos homens.

A música serere também se apropriou de instrumentos ocidentais, como a guitarra. Acompanhando a melodia, é tocada num estilo muito próprio e original.

Pierre Soulisto Soula e Etienne Ndong são cantores, guitarristas e percussionis-tas. Habitam ambos em Joal-Fadiouth e

PIERRE SOULA SOULISTO

Nasceu em 1966 em Sibasor. Completados os estudos secundários, inscreveu-se no Conservatório Nacional de Música e Artes Dramáticas em Dacar e, em 1994, foi ensinar música nas escolas. Actualmente é professor no seminário de Ngazboil, na região serere. Trabalha nomeadamente com formações de canto coral.

Paralelamente, anima ateliers de percussão com grandes nomes da música Mbalax, como Aziz Seck ou Thio Mbaye. Participa em numerosos festivais no Teatro Nacional Daniel Sorano ou no estádio Demba Diop de Dacar.

O seu repertório abriu-se recentemente a um trabalho sobre os Cayanes.

© Mamadou Sarr a sua música está profundamente

enrai-zada na cultura tradicional serere. É a pri-meira vez que se apresentam fora do seu país. O concerto que nos oferecem esta noite foi preparado especialmente para a Culturgest, com a ajuda de Mamadou Sarr, responsável pelas relações internacionais de Joal-Fadiouth, que durante semanas reuniu com os músicos.

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PIERRE SOULA SOULISTO

Nasceu em 1966 em Sibasor. Completados os estudos secundários, inscreveu-se no Conservatório Nacional de Música e Artes Dramáticas em Dacar e, em 1994, foi ensinar música nas escolas. Actualmente é professor no seminário de Ngazboil, na região serere. Trabalha nomeadamente com formações de canto coral.

Paralelamente, anima ateliers de percussão com grandes nomes da música Mbalax, como Aziz Seck ou Thio Mbaye. Participa em numerosos festivais no Teatro Nacional Daniel Sorano ou no estádio Demba Diop de Dacar.

O seu repertório abriu-se recentemente a um trabalho sobre os Cayanes.

© Mamadou Sarr a sua música está profundamente

enrai-zada na cultura tradicional serere. É a pri-meira vez que se apresentam fora do seu país. O concerto que nos oferecem esta noite foi preparado especialmente para a Culturgest, com a ajuda de Mamadou Sarr, responsável pelas relações internacionais de Joal-Fadiouth, que durante semanas reuniu com os músicos.

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CINEMA/MÚSICA 27 DE FEVEREIRO

18h30 · Grande Auditório · Duração 1h40 · 15 Euros

Journey Across

The Impossible

com música de Apollo Saxophone Quartet PRÓXIMO ESPECTÁCULO

Os portadores de bilhete para o espectáculo têm acesso ao Parque de Estacionamento da Caixa Geral de Depósitos.

© Mamadou Sarr ETIENNE NDONG

Nasceu em 1956 em Joal, numa família de artistas e músicos. A sua mãe, Binta Marie, era uma das grandes intérpretes da tradição serere de Joal.

Cedo se familiarizou com a prática musical, em par-ticular com as técnicas de percussão. Aprende mais tarde a tocar guitarra, como autodidacta.

Depois de ter percorrido o Senegal, instala-se de novo em Joal. Ao repertório serere junta outras influ-ências regionais, de outras etnias, como os Mandingas, os Diolas ou os Wolof.

MÚSICA 27 DE FEVEREIRO

21h30 · Grande Auditório · Duração 1h40 · 12 Euros

Apollo Saxophone

Quartet

FILMES: Trio de Maravilhas do Cinema — Le Diable Noir, de Georges Méliès, 1905, Le Cochon Danseur, dos irmãos Pathé, 1907, The Acrobatic Fly, de Percy Smith, 1911; At

Land, de Maya Deren, 1944; His Phantom Sweetheart, de

Ralph Ince; The New York Hat (realizador desconhecido);

The Collapse of the Bridge over the Tacoma Narrows

(Imagens de arquivo e filme amador), 1940; Dream of a

Rarebit Fiend (realizador desconhecido), 1908

PROGRAMA: Kaval Sviri (Música Tradicional Búlgara);

July de Michael Torke; Sunflower de Carlos Azevedo; Is this a Fugue? de Mário Laginha; Smoking Aria de

Bernardo Sassetti; Four for Tango de Astor Piazzolla;

Songs for Tony de Michael Nyman; Short Cuts de Luis

Tinoco; Blue Cell de Joby Talbot; Spirits of the Dance de Barbara Thompson

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Respondendo a uma encomenda de 1998 de Phoenix Arts de Leicester, o Apollo Saxophone Quartet escre-veu um número apreciável de novas obras para acom-panhar a projecção de filmes mudos a preto e branco. O grupo escolheu uma série de filmes curtos, muitos dos quais dos primeiros tempos das experiências no cinema, nos inícios do século XX, agrupou-os e fez-lhes corresponder um conjunto de partituras originais que trazem uma nova luz a estes filmes habilidosos, provocadores e bizarros, reforçando o seu sentido original, muitas vezes tornando um filme, com mais de cem anos, muito comovente e relevante para o público do século XXI.

O Apollo Saxophone Quartet é internacionalmente reconhecido como um dos grupos contemporâneos mais inovadores e estimulantes que emergiram nos últimos anos. Formado no Royal Nothern College of Music em 1985, o grupo desenvolveu um repertório original com influências de uma grande variedade de culturas e disciplinas, combinando a música clássica contemporânea com o jazz, a folk e a world music. Tem-se apresentado nos mais importantes festivais e salas do Reino Unido, Europa e Japão e participado regularmente em programas de rádio e televisão.

Desenvolvendo uma política de encomendas e de criações de novas obras dos mais relevantes compo-sitores da actualidade, acrescenta ao seu repertório obras compostas pelos seus músicos.

O seu primeiro CD, First & Foremost, para a etiqueta Dacca’s Argo, alcançou, no primeiro mês de vendas o terceiro lugar da lista dos discos de música clássica mais vendidos no Reino Unido.

Recentemente gravou, ainda para a etiqueta QUARTZ, um CD integralmente dedicado a obras de compositores portugueses contemporâneos, algumas das quais integram o programa do concerto desta noite.

CINEMA/MÚSICA 27 DE FEVEREIRO

18h30 · Grande Auditório · Duração 1h40 · 15 Euros

Journey Across

The Impossible

com música de Apollo Saxophone Quartet PRÓXIMO ESPECTÁCULO

Os portadores de bilhete para o espectáculo têm acesso ao Parque de Estacionamento da Caixa Geral de Depósitos.

© Mamadou Sarr

MÚSICA 27 DE FEVEREIRO

21h30 · Grande Auditório · Duração 1h40 · 12 Euros

Apollo Saxophone

Quartet

FILMES: Trio de Maravilhas do Cinema — Le Diable Noir, de Georges Méliès, 1905, Le Cochon Danseur, dos irmãos Pathé, 1907, The Acrobatic Fly, de Percy Smith, 1911; At

Land, de Maya Deren, 1944; His Phantom Sweetheart, de

Ralph Ince; The New York Hat (realizador desconhecido);

The Collapse of the Bridge over the Tacoma Narrows

(Imagens de arquivo e filme amador), 1940; Dream of a

Rarebit Fiend (realizador desconhecido), 1908

PROGRAMA: Kaval Sviri (Música Tradicional Búlgara);

July de Michael Torke; Sunflower de Carlos Azevedo; Is this a Fugue? de Mário Laginha; Smoking Aria de

Bernardo Sassetti; Four for Tango de Astor Piazzolla;

Songs for Tony de Michael Nyman; Short Cuts de Luis

Tinoco; Blue Cell de Joby Talbot; Spirits of the Dance de Barbara Thompson

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Conselho de Administração Presidente Manuel José Vaz Vice-Presidente Miguel Lobo Antunes Vogal Luís dos Santos Ferro

Culturgest, uma casa do mundo. Informações 21 790 51 55

Edifício Sede da CGD, Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa culturgest@cgd.pt • www.culturgest.pt

Assessores

Gil Mendo (Dança) Francisco Frazão (Teatro)

Miguel Wandschneider (Arte Contemporânea) Raquel Ribeiro dos Santos (Serviço Educativo)

Direcção de Produção

Margarida Mota

Produção e Secretariado

Patrícia Blazquez Mariana Cardoso de Lemos Tiago Rodrigues *

Exposições

António Sequeira Lopes (Produção e Montagem) Paula Tavares dos Santos (Produção) Susana Sameiro (Culturgest Porto)

Comunicação

Filipe Folhadela Moreira

Publicações

Marta Cardoso Rosário Sousa Machado

Actividades Comerciais

Catarina Carmona

Serviços Administrativos e Financeiros

Cristina Ribeiro Paulo Silva * estagiário

Direcção Técnica

Eugénio Sena

Direcção de Cena e Luzes

Horácio Fernandes

Audiovisuais

Américo Firmino Paulo Abrantes

Iluminação de Cena

Fernando Ricardo (Chefe) Nuno Alves

Maquinaria de Cena

José Luís Pereira (Chefe) Alcino Ferreira

Técnicos Auxiliares

Tiago Bernardo Álvaro Coelho

Frente de Casa

Rute Moraes Bastos

Bilheteira Manuela Fialho Edgar Andrade Joana Marto Recepção Teresa Figueiredo Sofia Fernandes Auxiliar Administrativo Nuno Cunha

Referências

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