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Protocolo de Certificação

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Protocolo de Certificação

Versão 4.0 - Julho de 2015

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Cópias e traduções deste documento estão disponíveis em formato eletrônico no site da UTZ Certified:

www.utzcertified.org

Este documento foi traduzido do Inglês. Se houver dúvidas em relação à eficiência da tradução, utilize a versão em inglês para referência, uma vez que ela é a versão oficial deste documento. O documento em inglês está

disponível em: www.utzcertified.org

Por favor, envie os seus comentários ou sugestões para:

coffeecertification@utzcertified.org cocoacertification@utzcertified.org teacertification@utzcertified.org hazelnutcertification@utzcertified.org

Ou por correio para: UTZ Certified

Standard and Certification Department De Ruyterkade 6 bg

1013 AA Amsterdam The Netherlands

© UTZ Certified 2015

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, armazenada em um sistema de recuperação ou ser transmitida em nenhum formulário ou por nenhum meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravado ou de outra maneira, sem referência completa.

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Conteúdo

1. INTRODUÇÃO ... 4

1.1. O que é o Protocolo de Certificação? ... 4

1.2. Por que uma versão atualizada? ... 4

1.3. Quando cumprir o Protocolo de Certificação versão 4.0 ... 4

1.4. Escopo deste documento... 5

1.5. Outros documentos e traduções relevantes ... 5

1.6. Contato com a UTZ Certified ... 6

1.7. Abreviações ... 6

1.8. Definições ... 7

1.9. Conformidade com as leis nacionais ... 8

2. PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ... 9

2.1. Introdução ... 9

2.2. Quem deve ser certificado e/ou licenciado? ... 9

2.3. Processo de certificação geral ... 12

2.4. Processo de certificação para o Código de Conduta (UTZ) ...17

2.5. Processo de certificação para a Cadeia de Custódia (UTZ) (ChoC) ... 22

2.6. Direitos reservados pela UTZ Certified ... 25

3. ENTIDADES CERTIFICADORAS ... 26

3.1. Requisitos de aprovação de ECs ... 26

3.2. Procedimento de aprovação de ECs ... 30

3.3. Obrigações das ECs ... 30

4. GARANTIA DO PROGRAMA UTZ ... 33

4.1. Mecanismo de Queixas ... 33

4.2. Sistema de Monitoramento de ECs ... 33

4.3. Política de Sanções ... 33

4.4. Programa de Treinamento de ECs ... 34

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1. INTRODUÇÃO

1.1. O que é o Protocolo de Certificação?

UTZ Certified é um programa e selo para agricultura sustentável em todo o mundo.

O Protocolo de Certificação da UTZ Certified descreve o processo para se tornar um membro certificado pela UTZ ou uma Entidade Certificadora (EC) aprovada pela UTZ. Ele explica que membros precisam receber uma auditoria externa, como e quando essa auditoria deve ser realizada. O Protocolo de Certificação também descreve as diretrizes que determinam o relacionamento entre as ECs e a UTZ Certified.

O Protocolo de Certificação da UTZ Certified tem quatro partes:

1. INTRODUÇÃO: contém as generalidades deste documento, como o por quê de uma versão atualizada, o escopo, abreviações e definições.

2. PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO: descreve os procedimentos e condições para a certificação em relação às normas da UTZ Certified.

3. ENTIDADES CERTIFICADORAS: descreve o procedimento de aprovação e os requisitos das ECs, assim como as responsabilidades da equipe da EC (Gerente de Certificação, Certificadores e auditores) e da UTZ Certified.

4. GARANTIA: descreve o sistema de garantia do programa UTZ Certified, incluindo o Mecanismo de Queixas, o Sistema de Monitoramento de ECs, a Política de Sanções e o Programa de Treinamento de ECs da UTZ Certified.

1.2. Por que uma versão atualizada?

As normas e políticas da UTZ Certified são revisadas, melhoradas e atualizadas periodicamente com base nas alterações no programa UTZ Certified, na experiência passada com as normas/políticas e no feedback recebido das partes interessadas.

O Protocolo de Certificação da UTZ Certified versão 3.0, de setembro de 2012, foi revisado para: - Melhorar e proporcionar mais clareza ao processo de certificação em relação às normas da UTZ

Certified, assim como ao processo e requisitos de aprovação das ECs.

- Introduzir melhorias no Programa de Garantia (incluindo o Mecanismo de Queixas, o Sistema de Monitoramento de ECs, a Política de Sanções e o Programa de Treinamento de ECs da UTZ Certified).

- Alinhar o Protocolo de Certificação com a nova versão do Código de Conduta (versão 1.1, de julho de 2015) e da Cadeia de Custódia (versão 1.0, de julho de 2015).

1.3. Quando cumprir o Protocolo de Certificação versão 4.0

O Protocolo de Certificação da UTZ Certified versão 4.0, de julho de 2015, substitui o Protocolo de Certificação da UTZ Certified versão 3.0, de setembro de 2012. Entre 1o de julho e 31 de dezembro de 2015, os membros e

ECs podem optar por seguir um desses documentos. A partir de 1o de janeiro 2016, o Protocolo de Certificação

da UTZ Certified versão 4.0, de julho de 2015, se tornará obrigatório, e a versão 3.0, de setembro de 2012, não será mais válida.

Às ECs já aprovadas, é concedido um período de carência de um ano (até 3o de junho de 2016) para cumprir com os requisitos para ECs, Certificadores e auditores, descritos no capítulo 3.1.

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1.4. Escopo deste documento

Este documento se aplica às seguintes partes: - Membros da UTZ

- ECs em potencial e aprovadas - UTZ Certified

1.5. Outros documentos e traduções relevantes

O Protocolo de Certificação está disponível em vários idiomas. Caso haja alguma dúvida quanto à exatidão das informações em qualquer versão traduzida deste documento, consulte a versão em inglês, que é a versão oficial e vinculante.

As traduções, assim como os documentos relevantes adicionais, estão disponíveis no site da UTZ Certified. Esses documentos incluem:

- Código de Conduta: norma para produtores/grupos de produtores, que trata de melhores métodos e condições de trabalho na agricultura, assim como um melhor cuidado com a natureza e as próximas gerações. Caso um produtor/grupo de produtores implante os requisitos do Código e receba uma auditoria realizada por uma EC aprovada que resulte em certificação, ele terá permissão de vender seus produtos como certificados pela UTZ.

- Norma da Cadeia de Custódia: norma para agentes da cadeia de custódia (SCAs), criada para proporcionar um alto nível de confiança de que os produtos certificados pela UTZ esteja física ou administrativamente (no caso de balanço de massa) relacionados a produtores certificados pela UTZ, e assegurar a rastreabilidade dos produtos certificados pela UTZ. A certificação em relação à Norma da Cadeia de Custódia assegura que os produtos vendidos por um agente da cadeia de custódia sejam negociados e manuseados de acordo com os requisitos determinados pela UTZ Certified.

- Lista de ECs aprovadas: lista de ECs aprovadas pela UTZ Certified para realizar auditorias de certificação da UTZ. Também é fornecida uma indicação da região/país no qual cada EC pode realizar auditorias.

- Listas de verificação do Código e Cadeia de Custódia: listas resumidas de todos os pontos de controle (CPs) e perguntas, incluídas para fins de monitoramento e avaliação, com uma coluna adicional para comentários. Esses documentos devem ser usados pelos membros (e seus subcontratados) para realizar a autoinspeção e podem ser usados pelos auditores das ECs para realizar auditorias externas (veja o capítulo 2.3).

- Política de rotulagem e marcas comerciais: documento que define os requisitos para:

o A rotulagem nas embalagens de produtos de varejo e de serviços alimentícios, como por exemplo, o rótulo UTZ em pacotes de café para o mercado de varejo e embalagens de grãos para os mercados externos.

o Uso fora de embalagens da marca comercial UTZ, como por exemplo, o uso da marca comercial UTZ em um site, propaganda ou relatório corporativo.

A rotulagem inclui todas as referências a ingredientes certificados pela UTZ, seja com ou sem o uso do logotipo. As palavras corretas (citações no texto) fazem parte da política, assim como detalhes sobre o uso correto do logotipo (cor, posicionamento, tamanho).

- Documento de Orientação do Programa para chá de ervas UEBT/UTZ Certified: documento que explica a estrutura e o processo de certificação de acordo com o programa conjunto de chá de ervas da Union for Ethical BioTrade e a UTZ Certified.

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1.6. Contato com a UTZ Certified

Suporte a ECs

As ECs podem entrar em contato com o departamento de Normas e Certificação da UTZ usando os endereços de e-mail abaixo, como por exemplo, para perguntas sobre as normas da UTZ, problemas no cumprimento do Protocolo de Certificação, comunicação sobre membros (por exemplo, suspensões e cancelamentos de certificados e licenças) e aprovação e treinamento de ECs.

- coffeecertification@utzcertified.org para certificação de café - cocoacertification@utzcertified.org para certificação de cacau

- teacertification@utzcertified.org para certificação de chá (incluindo rooibos e chá de ervas)

- hazelnutcertification@utzcertified.org para certificação de avelã

- cbmanagement@utzcertified.org para contas e aprovações de ECs - cbmonitoring@utzcertified.org para monitoramento de ECs

- cbtraining@utzcertified.org para treinamento de ECs Suporte a membros

Os membros podem entrar em contato com a Equipe de Apoio a Membros da UTZ usando os endereços de e-mail abaixo, como por exemplo, para perguntas sobre as normas da UTZ, problemas no cumprimento deste Protocolo de Certificação e solicitações de isenções de auditoria:

- coffee@utzcertified.org para café - cocoa@utzcertified.org para cacau

- tea@utzcertified.org para chá (incluindo rooibos e chá de ervas) - hazelnut@utzcertified.org para avelã

Suporte à rastreabilidade (para membros e ECs)

Os membros e ECs podem entrar em contato com os endereços de e-mail abaixo para obter auxílio no acesso ou uso do sistema de rastreabilidade Good Inside Portal (GIP):

- coffee@support.utzcertified.org para café - cocoa@support.utzcertified.org para cacau

- tea@support.utzcertified.org para chá (incluindo rooibos e chá de ervas) - hazelnut@support.utzcertified.org para avelã

Abreviações

As seguintes abreviações são usadas neste documento: EC Entidade certificadora

Código Código de Conduta UTZ

ChoC Norma da Cadeia de Custódia UTZ CP Ponto de controle (Control point) GIP Good Inside Portal1

IMS Sistema de gestão interna (Internal Management System) - SGI IP Identidade preservada (nível de rastreabilidade)

MB Balanço de massa (nível de rastreabilidade)

S&C Normas e Certificações (Standards & Certification) (departamento da UTZ Certified) SCA Agente da cadeia de custódia (Supply Chain Actor)

SG Segregação (nível de rastreabilidade)

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1.8. Definições

A não ser que indicado de outra forma, os termos “produtor(es)”, “grupo(s) de produtores”, “SCA(s)”e “EC(s)” neste documento referem-se a produtor(es) certificados pela UTZ, grupo(s) de produtores certificados pela UTZ, SCA(s) certificados pela UTZ e EC(s) aprovados certificados pela UTZ, respectivamente.

Ação corretiva Ação para eliminar a causa de uma não conformidade para evitar sua recorrência. As ações corretivas devem ser apropriadas para os efeitos das não conformidades encontradas.

Agente da cadeia de custódia

Uma pessoa jurídica que opera dentro da cadeia de custódia da UTZ e não é um produtor/grupo de produtores. Exemplos de SCAs são processadores (incluindo subcontratados) e traders/corretores.

Ano civil Período de tempo entre e incluindo 1o de janeiro e 31 de dezembro.

Auditor Pessoa qualificada que realiza auditorias em nome e sob a responsabilidade de uma EC. De acordo com uma sólida metodologia, os auditores coletam evidências para avaliar o quanto os critérios das normas são atendidos. Eles devem ser objetivos, imparciais e competentes.

Auditoria Processo sistemático, independente e documentado para a obtenção e avaliação de evidências de auditoria, para determinar até onde os requisitos da certificação pela UTZ foram cumpridos.

- Auditoria física A visita de um auditor a qualquer uma das instalações de um membro para obter evidências de

auditoria, para determinar até onde os requisitos de certificação pela UTZ foram cumpridos.

- Auditoria sombra Auditoria realizada em nome da UTZ testemunhando-se uma auditoria (anual ou de

acompanhamento) realizada por uma EC. As auditorias sombra são usadas para avaliar o desempenho da EC e do auditor que realiza a auditoria.

- Auditoria surpresa Auditoria anunciada ao membro com pouca antecedência e realizada por uma EC durante a

validade de um certificado. Isso é feito para avaliar se o membro ainda cumpre todos os requisitos da UTZ aplicáveis e/ou para avaliar o desempenho do auditor da EC que realizou a última auditoria.

-Auditoria anual Auditoria realizada por uma EC para determinar até que ponto um membro cumpre os

requisitos de certificação pela UTZ e com base na qual uma decisão de certificação é tomada e um certificado pode ser emitido.

-Auditoria de acompanhamento

Auditoria realizada por uma EC para verificar a implementação de ações corretivas. As auditorias de acompanhamento proporcionam uma forma de encerrar não conformidades encontradas em uma auditoria anterior. As auditorias de acompanhamento podem (mas não precisam) ser auditorias físicas.

-Auditoria de extensão

Auditoria realizada por uma EC para avaliar alterações nas informações de certificação durante a validade de um certificado. As auditorias de extensão proporcionam uma forma de certificar volumes adicionais ou novas atividades de processamento e/ou de adicionar novas áreas, locais e/ou membros do grupo a um certificado.

-Auditoria paralela Auditoria realizada em nome da UTZ após uma EC ter realizado uma auditoria no mesmo

auditado em relação ao mesmo escopo. As auditorias paralelas são usadas para avaliar o desempenho da EC e do auditor que realizou a auditoria anterior.

-Pré-auditoria Auditoria realizada por uma EC em um (potencial) membro, com o objetivo de avaliar que ações

ainda precisam ser feitas antes que uma auditoria anual tenha probabilidade de ser bem sucedida. As pré-auditorias não são consideradas atividades de consultoria.

Autoinspeção Avaliação realizada por (ou em nome de) um membro de seu próprio nível de implementação de uma ou mais das normas da UTZ Certified.

Certificado Documento emitido por uma EC aprovada pela UTZ quando um membro cumpre os requisitos de uma ou mais das normas da UTZ Certified. O certificado acarreta na solicitação de uma licença no GIP para o membro certificado negociar produtos certificados pela UTZ.

Certificador Membro da equipe da EC (ou prestador de serviços independente contratado) aprovado pela UTZ Certified para ser responsável por tomar decisões sobre certificação.

Correção Ação para eliminar uma não conformidade.

Entidade certificadora

Empresa terceirizada que realiza auditorias em relação a uma ou mais das normas da UTZ Certified.

Gerente de Certificação

Membro da equipe da EC responsável pela gestão administrativa da conta da EC no programa UTZ.

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Grupo de produtores Um grupo de produtores organizados que fazem parte de um SGI compartilhado e são certificados conjuntamente sob a opção “Certificação de grupo” ou “Certificação de multi-grupos”. O grupo pode ser organizado em uma associação ou cooperativa, ou gerenciado por um agente da cadeia de custódia (como um exportador) ou outra pessoa jurídica.

Inspeção interna Inspeção realizada em nome do SGI e por um ou mais inspetores internos, para avaliar a conformidade dos membros do grupo com todos os requisitos aplicáveis do Código de Conduta da UTZ.

Inspetor interno Pessoa indicada pelo SGI para realizar inspeções internas de membros de grupos individualmente.

Licença Permissão concedida pela UTZ Certified a seus membros para usar as marcas comerciais da UTZ e para usar o GIP para registrar transações e gerenciar e armazenar aprovações de rotulagem de produtos da UTZ.

Manipulação física Qualquer atividade que inclua o contato físico com produtos não ensacados, não lacrados ou não embalados. As atividades consideradas como manipulação física estão relacionadas nos anexos específicos dos produtos da Cadeia de Custódia.

Membro Todos os produtores, grupos de produtores e SCAs que se registraram com sucesso na UTZ Certified.

Não conformidade Não cumprimento de um requisito de uma das normas da UTZ.

Operador externo (também chamado de serviço

alimentício)

Uma empresa que compra produtos para consumo final e manipula os produtos antes de servi-los ou vendê-servi-los para os consumidores.

Produção paralela Qualquer produção na qual a mesma fazenda esteja cultivando o mesmo produto em alguns lotes certificados pela UTZ, enquanto que outros lotes não são.

Produto certificado pela UTZ

Para IP e SG: produto produzido por um produtor/grupo de produtores certificado pela UTZ e

mantido fisicamente separado de produtos não certificados pela UTZ.

Para MB: produto relacionado administrativamente a uma quantidade igual de produto produzido por um produtor/grupo de produtores certificado pela UTZ.

Produtor A pessoa ou organização que representa a fazenda e tem responsabilidade pelos produtos vendidos pela fazenda.

Relatório resumido Questionário no GIP usado pelas ECs para comunicar resultados de auditorias à UTZ Certified. O relatório resumido é preenchido como parte do processo de solicitação de licença.

SCA de pequeno volume

Um SCA que manipula fisicamente um pequeno volume do produto total (produto da UTZ + mesmo produto não-UTZ). A quantidade do volume que define essa categoria é específica do produto (veja o capítulo 2.2).

Sistema de gestão interna

Um sistema documentado de gestão de qualidade exigido para certificação de grupos e multi-grupos pelo Código de Conduta. O objetivo de um SGI é facilitar a organização e gestão eficientes do grupo e assegurar que o grupo e os membros do grupo cumpram os requisitos aplicáveis do Código de Conduta da UTZ.

Subcontratado Uma pessoa física ou jurídica (por exemplo, um SCA, produtor/grupo de produtores, EC, auditor, Certificador) contratada por um membro certificado/aprovado ou membro/EC em potencial para realizar tarefas específicas no escopo de sua certificação/aprovação pela UTZ.

Varejista Cadeia de supermercados ou outro ponto de venda de produtos para consumo final, que pode ser acessado diretamente pelos consumidores. Os atacadistas estão incluídos nessa categoria.

1.9. Conformidade com as leis nacionais

A UTZ Certified se esforça para que seus membros e ECs sejam figuras exemplares para a melhoria das condições sociais, econômicas e ambientais em suas áreas de operação. Nessa ótica, os membros e ECs obedecem as leis e regulamentos nacionais e os acordos setoriais ou acordos de negociação coletiva.

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2. PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

2.1. Introdução

Para promover a agricultura sustentável, a UTZ Certified desenvolveu duas normas: o Código de Conduta e a Norma da Cadeia de Custódia (veja o capítulo 1.5). Produtores/grupos de produtores e SCAs que gostariam de comprar e/ou vender seus produtos como certificados pela UTZ devem se tornar membros da UTZ2 e cumprir

todos os requisitos aplicáveis da(s) norma(s) aplicável(is).3

A maioria dos membros também precisa ser certificada (receber uma auditoria externa) e/ou receber uma licença para usar as marcas comerciais da UTZ. O restante deste capítulo explica para quais membros esse é o caso, e descreve o processo de certificação e licença.

2.2. Quem deve ser certificado e/ou licenciado?

Quem deve ser certificado?

A certificação é o fornecimento, por um órgão independente, de uma garantia por escrito (um certificado) de que um produto, serviço ou sistema cumpre requisitos específicos. Para a certificação da UTZ, isso requer o recebimento de uma auditoria de uma EC aprovada pela UTZ em relação aos requisitos do Código e/ou da Cadeia de Custódia.

Produtores /grupos de produtores

Todos os produtores/grupos de produtores que vendem seus produtos como certificados pela UTZ devem ser certificados em relação ao Código.

Os produtores/grupos de produtores também devem ser certificados em relação à Cadeia de Custódia caso:  realizem atividades de manipulação física não incluídas no Código4, e/ou

 comprem produtos certificados UTZ de um ou mais outros membros certificados pela UTZ e cumpram todos os três critérios de certificação da Cadeia de Custódia explicados abaixo.

Agentes da cadeia de custódia

Os SCAs devem ser certificados em relação à Cadeia de Custódia caso cumpram todos os três critérios a seguir:

1. Ter propriedade legal do produto certificado UTZ

2. Manipular fisicamente o produto certificado UTZ: todas as atividades realizadas (pelo próprio SCA ou um subcontratado) em produtos não ensacados, não embalados ou não lacrados são consideradas atividades de manipulação física. O anexo do produto da Cadeia de Custódia proporciona uma lista das atividades consideradas como manipulação física do produto específico.

3. Fazer declarações do produto sobre a UTZ Certified: uma declaração do produto é qualquer referência feita sobre a UTZ Certified ou uma originação sustentável ou responsável de produto(s) ou ingrediente(s) que, para todos os fins e efeitos, baseiam-se, totalmente ou parcialmente, na origem

2 Registrando-se no site da UTZ Certified, que também explica os custos que podem ser incorridos.

3 Exceto para varejistas que não sejam proprietários de marcas. Essas empresas não precisam se registrar como membros caso façam

declarações de produtos UTZ.

4Estão incluídas no Código todas as atividades de manipulação física, até e inclusive:

 Café: produção de café verde

 Cacau: secagem, separação ou ensacamento de amêndoas de cacau  Chá: produção de chá fabricado

 Rooibos: embalagem do produto para consumo final

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ou status da UTZ Certified, com o sem o logotipo da UTZ Certified, que é feito no produto ou fora dele, em relação à oferta ou venda do produto. Isso pode ser feito tanto de empresa para empresa quanto de empresa para o consumidor.

Os exemplos a seguir são considerados uma declaração de produto:

o Se o membro mencionar a UTZ Certified ou o status ou origem sustentável dos produtos ou ingrediente(s) em uma nota/fatura para seus clientes;

o Se o membro se referir à UTZ Certified ou ao status ou origem sustentável dos produtos ou ingrediente(s) nas comunicações das marcas ou produtos, incluindo on-line, impressas, propagandas, pontos de venda etc.;

o Se o membro mencionar a UTZ Certified ou o status ou origem sustentável dos produtos ou ingrediente(s) fornecidos a ele;

Há duas exceções a essa regra:

 SCAs e varejistas de pequenos volumes e operadores externos não necessitam ser certificados, conforme explicado abaixo.

 Para a certificação de chá e rooibos, SCAs que manipulam até a etapa de chá fabricado e rooibos processado (verde), respectivamente, e que cumprem todos os três critérios relacionados acima, necessitam ser certificados em relação ao Código, ao invés de em relação à Cadeia de Custódia.

Quem não necessita ser certificado?

Embora todos os membros da UTZ devam cumprir a norma da UTZ aplicável, nem todos eles necessitam receber uma auditoria e ser certificados. Para certos SCAs, são aceitos outros tipos de prova de conformidade com a Cadeia de Custódia.

SCAs que não cumprem os três critérios para serem certificados pela UTZ

SCAs que não cumprem os três critérios (propriedade, manipulação física, e fazer declarações de produtos) não necessitam ser certificados. Esses SCAs incluem:

1. Subcontratados: os subcontratados devem cumprir os requisitos da Cadeia de Custódia aplicáveis, mas não necessitam ser certificados, porque não têm a propriedade legal do produto certificado pela UTZ.

O membro subcontratante é responsável pela conformidade do subcontratado com os requisitos da Cadeia de Custódia. Caso o subcontratado já tenha seu próprio certificado da Cadeia de Custódia da UTZ Certified, as atividades subcontratadas pelo SCA não necessitam ser auditadas pela EC: a apresentação de um certificado da Cadeia de Custódia válido é suficiente.

Caso o subcontratado não seja certificado, o membro subcontratante (ou o membro subcontratante em seu nome) deve realizar uma autoinspeção usando a lista de verificação da Cadeia de Custódia da UTZ Certified. Também é possível que seja solicitada documentação adicional do subcontratado pela EC.

Com base na análise de riscos (veja o capítulo 2.5), a EC pode decidir auditar fisicamente o subcontratado. Os subcontratados que realizam qualquer uma das atividades de manipulação física incluídas na tabela abaixo devem sempre ser auditados fisicamente.

Produto Atividades de manipulação física

Café Todas as atividades de manipulação física, até e inclusive a produção de café verde

Cacau Todas as atividades de manipulação física, até e inclusive a secagem, separação ou ensacamento de amêndoas de cacau

Chá Todas as atividades de manipulação física, até e inclusive a produção de chá fabricado

Rooibos Todas as atividades de manipulação física, até e inclusive a embalagem do produto para consumo final

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11 A atividade do subcontratado é considerada parte do escopo das atividades do membro, mas isso não significa que o subcontratado esteja certificado. Portanto, o nome do subcontratado não aparece no certificado do membro.

2. SCAs que não manipulam fisicamente produtos da UTZ: esses SCAs devem cumprir os requisitos aplicáveis da Cadeia de Custódia, mas, ao invés de serem certificados, podem assinar o formulário da Declaração de não manipulação física e enviá-lo à Equipe de Suporte ao Membro da UTZ (veja o capítulo 1.6). Essa categoria inclui corretores que subcontratam toda a manipulação física dos produtos certificados pela UTZ de membros certificados da Cadeia de Custódia.

3. SCAs que não fazem declarações de produtos sobre a UTZ Certified: esses SCAs devem cumprir os requisitos aplicáveis da Cadeia de Custódia, mas, ao invés de serem certificados, podem assinar o formulário da Declaração de não declaração de produtos e enviá-lo à Equipe de Suporte ao Membro da UTZ (veja o capítulo 1.6).

SCAs de pequeno volume

SCAs que manipulam fisicamente um pequeno volume devem cumprir os requisitos aplicáveis da Cadeia de Custódia, mas podem estar isentos de ter que receber uma auditoria externa e se tornar certificados. Para solicitar essa isenção, eles precisam assinar a Declaração de conformidade para SCAs de pequenos volumes e enviá-la para a Equipe de Suporte ao Membro da UTZ (veja o capítulo 1.6). SCAs de pequeno volume devem receber aprovações de rotulagem para quaisquer produtos vendidos com o logotipo da UTZ Certified.

Essa isenção se aplica a SCAs que realizam todas as suas atividades de manipulação física em um único local, não realizam quaisquer atividades de manipulação física incluídas na tabela acima (na subseção sobre subcontratados) e manipulam fisicamente menos do que os seguintes volumes totais (produtos certificados UTZ + não certificados UTZ) por ano:

Café: 200 MT de equivalente de café verde Chá: 200 MT de equivalente de chá fabricado

Cacau: 100 MT de equivalente de amêndoas de cacau Operadores de varejo e externos

Operadores de varejo e externos (incluindo operadores de serviços alimentícios) não necessitam ser certificados. Caso um desses operadores seja proprietário de marca de um produto certificado pela UTZ, ele necessitará registrar-se como membro e será responsável por cumprir a Política de rotulagem e marcas comerciais da UTZ Certified.

A UTZ Certified reserva-se o direito de realizar auditorias em membros que tenham assinado e enviado uma declaração de “Nenhum manuseio físico”, “Nenhuma declaração de produto” ou “SCA de pequeno volume”. O objetivo dessas auditorias é verificar se esses membros são realmente isentos de certificação e se cumprem os requisitos da Cadeia de Custódia aplicáveis.

Caso essa auditoria revele que o membro não cumpre os requisitos da Cadeia de Custódia aplicáveis ou que não atenda às condições para isenção de uma auditoria externa, a UTZ Certified terá o direito de cobrar os custos da auditoria do membro e cancelar a licença e as aprovações de rotulagem do membro no GIP.

Quem deve ser licenciado no GIP?

Uma licença é uma permissão concedida pela UTZ Certified para usar as marcas comerciais da UTZ e para usar o GIP para registrar transações e gerenciar e armazenar aprovações de rotulagem de produtos da UTZ. Todos os membros certificados e outros membros que negociam produtos puros certificados UTZ (produtos da UTZ que não tenham sido misturados com outros ingredientes, como açúcar, leite etc.) devem ter uma licença válida.

Para membros certificados, a EC solicita uma licença por meio do GIP como parte do processo de certificação (descrito no capítulo 2.3). Para membros que não são certificados (por exemplo, SCAs de pequeno volume e SCAs que não declaram ou manipulam fisicamente produtos da UTZ), a licença é emitida pela Equipe de Suporte ao Membro da UTZ, mediante solicitação do membro e conclusão das declarações necessárias.

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2.3. Processo de certificação geral

Conforme explicado na seção anterior, a maioria dos membros da UTZ necessita ser certificado em relação ao Código e/ou a Cadeia de Custódia, o que significa que eles necessitam receber uma auditoria de uma EC aprovada pela UTZ. As três seções a seguir destacam as etapas a serem seguidas durante esse processo, assim como as condições que se aplicam. O capítulo 2.3 descreve o que é aplicável à certificação tanto para o Código quanto para a Cadeia de Custódia, enquanto que os capítulos 2.4 e 2.5 descrevem os detalhes do processo de certificação para o Código e a Cadeia de Custódia, respectivamente.

Procedimento de certificação geral

O procedimento de certificação geral é mostrado no fluxograma a seguir. Uma descrição detalhada pode ser consultada na tabela abaixo.

Procedimento de certificação geral

EC

Membro

UTZ

1A. Registra-se no site da UTZ 1B. Confirma o registro e fornece a ID, nome de usuário e senha do

membro para o GIP 3. Assina o contrato com o membro

(especificando pelo menos a taxa, o prazo e o escopo da auditoria)

5. Realiza a autoinspeção e a envia para a EC antes da auditoria, juntamente com a documentação

adicional

2. Seleciona a EC aprovada pela UTZ (recomenda-se solicitar orçamentos de várias ECs; não é obrigatório

selecionar a mesma EC do ano anterior)

7. Combina com a EC a data da auditoria

4. Fornece ao membro a versão mais recente dos documentos de certificação

6. Revisa a documentação para se preparar para a auditoria

16. Registra as transações no GIP e mantém a EC informada em caso de

alterações nas informações da certificação

9A. Implementa correções e ações corretivas para resolver não

conformidades

9B. Verifica se as não conformidades foram resolvidas

O membro é certificado? Sim 11A. Informa ao membro e à UTZ Não 12. Revisa a solicitação de licença

As informações estão corretas, completas e claras? A auditoria está em

linha com o Protocolo de Certificação?

14A. Ativa a licença para o membro no GIP 13A. Solicita informações adicionais, esclarecimentos ou correções 11B. Emite o certificado, comunica os resultados da auditoria e envia a solicitação de licença no GIP

13B. Esclarece, corrige e/ou completa as informações e devolve a solicitação de licença

Sim Novo membro? Sim Não Não conformidades encontradas? Sim

10. Toma a decisão sobre a certificação 8. Realiza a auditoria

Não

15. Envia o certificado ao membro Fim

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13

Procedimento de certificação geral

1 A Um novo membro registra-se preenchendo o formulário de registro no site da UTZ Certified.

B A UTZ Certified fornece ao novo membro uma confirmação do registro no GIP, contendo a ID, o nome de usuário e a senha do membro.

2 O membro seleciona e entra em contato com uma EC.

O membro é responsável por entrar em contato com a EC e solicitar uma auditoria dentro do prazo de acordo com as condições de certificação descritas neste capítulo do Protocolo de Certificação. Recomenda-se solicitar orçamentos de várias ECs para escolher aquela que atenda melhor às necessidades do membro. Não é obrigatório permanecer com a mesma EC todos os anos.

Caso um membro mude de EC, ele deve solicitar que a EC anterior forneça à nova EC os resultados da auditoria anterior. A EC anterior deve cumprir essa solicitação em até cinco dias úteis.

3 A EC e o membro assinam um contrato.

4 A EC fornece a versão mais recente de todos os documentos relevantes para certificação da UTZ (ou seja, Protocolo de

Certificação, Código e/ou Cadeia de Custódia, para serem lidos e compreendidos pelo membro.

5 O membro realiza uma autoinspeção para avaliar sua conformidade com a norma e envia pelo menos a documentação

a seguir para a EC antes da auditoria:

- Autoinspeção usando a lista de verificação da UTZ Certified aplicável, indicando que CPs o membro cumpre,

não cumpre ou não são aplicáveis, incluindo uma explicação para todos os CPs

- Autoinspeção do(s) subcontratado(s) (se aplicável)

- Lista dos locais que pertencem aos multi-locais (multisite) ou membros do grupo que pertencem ao grupo ou

multi-grupo (se aplicável)

- Documentação das auditorias da UTZ anteriores, incluindo aquelas que não resultaram em certificação (por

exemplo, auditorias surpresa e auditorias realizadas por diferentes ECs).

- Plano de gestão da fazenda ou grupo

6 A EC prepara-se para a auditoria analisando a documentação apresentada pelo membro (etapa 5), as informações

sobre o membro disponíveis no GIP e quaisquer outras informações relevantes que ela possa ter recebido. Com base nisso, a EC determina se as pré-condições para realizar a auditoria foram cumpridas e, em caso afirmativo, que tópicos merecem atenção especial.

7 O membro e a EC concordam com uma data de auditoria.

8 A EC realiza a auditoria anual em relação aos requisitos do Código e/ou da Cadeia de Custódia (veja os capítulos 2.4 e

2.5).

9 A Caso sejam verificadas não conformidades durante a auditoria, o membro implementa correções e ações corretivas

para resolver essas não conformidades.

B A EC realiza uma auditoria de acompanhamento para confirmar se as correções e ações corretivas foram implementadas e se as não conformidades foram resolvidas.

10 A EC toma a decisão sobre a certificação. Isso não deve demorar mais que 20 dias úteis caso todas as não

conformidades tenham sido resolvidas, ou, no caso de nenhuma não conformidade ter sido identificado, depois do último dia de auditoria.

11 A Caso a EC decida não (re)certificar o membro, a EC informa o membro e a UTZ Certified (por meio do GIP e por e-mail)

sobre a decisão. Para solicitar novamente a certificação, o membro deve seguir as condições de certificação descritas neste capítulo do Protocolo de Certificação. Caso o membro não concorde com a decisão da EC, ele pode apresentar uma reclamação e/ou recurso à EC.

B Caso a EC decida certificar o membro, a EC emite o certificado (mas ainda não o envia ao membro) e solicita uma licença para o membro no GIP no máximo cinco dias úteis após a decisão sobre a certificação ter sido tomada.

12 A UTZ Certified analisa as informações na solicitação de licença no máximo cinco dias úteis após elas terem sido

apresentadas pela EC.

13 A Caso a UTZ Certified considere que as informações na licença estão incorretas, incompletas ou pouco claras, ou que a

auditoria não foi realizada em linha com este Protocolo de Certificação, são solicitadas informações adicionais, esclarecimentos ou correções por parte da EC no relatório de auditoria e/ou licença.

B A EC esclarece, corrige e/ou completa as informações na solicitação de licença e as envia de volta para a UTZ Certified em no máximo sete dias úteis.

14 Caso a UTZ Certified considere que as informações na solicitação de licença estão corretas, completas e claras, e que a

auditoria foi realizada em linha com este Protocolo de Certificação, ela ativa a licença no GIP.

15 A EC envia o certificado ao membro.

16 O membro registra as transações no GIP e mantém a EC informada em caso de alterações nas informações da

(14)

Condições gerais

As condições a seguir são aplicáveis aos membros e ECs, para todos os tipos de certificação e produtos. Condições específicas para a certificação pelo Código e Cadeia de Custódia são explicadas nos capítulos 2.4 e 2.5, respectivamente, que o anexo 1 contém informações adicionais sobre condições de certificação para chá. a. Auditoria anual

Para obter e manter a certificação pelo Código de Conduta e Cadeia de Custódia da UTZ Certified, os membros devem receber uma auditoria anual de uma EC aprovada pela UTZ para realizar auditorias da UTZ para a norma, produto e país aplicáveis.

Um contrato escrito entre o membro e a EC deve estar em vigor antes que a auditoria seja realizada. O contrato deve incluir pelo menos a taxa, o prazo e o escopo da auditoria (ou seja, série de atividades e registros que serão avaliados durante a auditoria).

Durante a auditoria, o auditor deve usar a lista de verificação da UTZ Certified ou uma lista de verificação equivalente preparada durante a análise documental que contenha os mesmos campos da lista de verificação da UTZ Certified. Para auditorias combinadas (quando a norma da UTZ e outra norma são auditadas em conjunto), pode ser usada uma lista de verificação combinada, caso esta tenha sido aprovada pela UTZ Certified.5

O auditor deve incluir comentários sobre os CPs que foram avaliados (indicando pelo menos uma descrição das evidências). Os CPs indicados como não aplicáveis devem incluir uma justificativa para isso. As evidências coletadas durante a auditoria devem ser mantidas pela EC por um período de pelo menos três anos.

Caso sejam usados tradutores durante a auditoria, eles devem ser independentes do membro que está sendo auditado e não devem representar qualquer conflito de interesses. Caso isso não seja possível, os tradutores devem desempenhar uma função neutra e o auditor deve registrar o nome do tradutor e sua afiliação com a organização no relatório de auditoria.

b. Certificado

Caso nenhuma não conformidade seja encontrada durante a auditoria anual ou caso todas as não conformidades identificadas sejam resolvidas de forma satisfatória (veja abaixo no ponto d), a EC emite um certificado usando o modelo de certificado da UTZ Certified para o escopo aplicável. O certificado é válido por um período de 365 dias6 e pode ser prorrogado por um período de até quatro meses (veja abaixo no ponto h

para obter mais detalhes).

A forma de determinar a data inicial do certificado de um membro (e certificados emitidos após o processo de certificação ter sido interrompido) é descrita nos capítulos 2.4 (Códfgio) e 2.5 (Cadeia de Custódia). Certificados subsequentes começam no dia após o certificado anterior vencer, já que a certificação é considerada um processo contínuo.

Entretanto, pode acontecer que a certificação de um ano para o seguinte seja interrompida (por exemplo, porque o membro não é aprovado na auditoria ou decide não solicitar novamente uma certificação). Nesses casos, há uma lacuna de tempo entre os certificados pela duração do período não certificado. Durante esse período, o membro não tem permissão para vender qualquer produto como certificado pela UTZ e a produção desse período (por exemplo, produtos colhidos ou fabricados) não tem permissão para ser vendida como produtos certificados UTZ em um estágio posterior.

c. Licença

Após emitir o certificado (mas antes de enviá-lo ao membro), a EC deve comunicar os resultados da auditoria à UTZ e solicitar uma licença para o membro. Isso é feito preenchendo-se o Relatório Resumido e carregando o certificado no GIP. A licença reflete as informações da certificação e dados coletados pela EC sobre o membro (por exemplo, datas de vencimento, volume certificado e atividades certificadas).

5A aprovação pode ser solicitada enviando-se um e-mail para cbmanagement@utzcertified.org

(15)

15 d. Não conformidades

Caso uma ou mais não conformidades sejam encontradas durante uma auditoria anual, o membro deve implantar uma correção (para resolver a não conformidade) e uma ação corretiva (para eliminar a causa-raiz da não conformidade e evitar que ela torne a ocorrer) antes que possa ser certificado.

O membro é responsável por determinar e implementar as correções e ações corretivas adequadas. A EC tem responsabilidade por verificar (p0r meio de uma auditoria de acompanhamento) se essas ações foram adotadas e foram eficazes na eliminação da não conformidade e de sua causa-raiz.

O membro e a EC concordam com o prazo dentro do qual as correções e as ações corretivas devem ser realizadas. O prazo máximo é de 60 dias úteis.

Em caso de não conformidades graves, a EC pode decidir suspender imediatamente o certificado atual do membro ou decidir não certificar o membro, ao invés de seguir os prazos descritos abaixo, nos pontos e & f.

e. Suspensão

Caso as correções e ações corretivas não tenham sido implementadas satisfatoriamente dentro do prazo acertado, a EC deve suspender imediatamente o certificado do membro por um período de até três meses (caso o membro ainda tenha um certificado válido). A EC imediatamente informa à UTZ Certified (por e-mail) e ao membro sobre a suspensão e, em nome da UTZ Certified, suspende a licença do membro no GIP.

Enquanto a licença do membro estiver suspensa, o membro não pode vender seus produtos como certificados. A EC e o membro devem acordar uma data mutualmente aceitável, antes do final do período de suspensão, para uma (segunda) auditoria de acompanhamento, para verificar se as ações corretivas foram implementadas.

Caso a auditoria de acompanhamento confirme que o membro resolveu todas as não conformidades, a EC revoga a suspensão do certificado, informa à UTZ Certified (por e-mail) e ao membro e, em nome da UTZ Certified, revoga a suspensão no GIP.

f. Não certificação

Caso as ações corretivas não tenham sido implementadas satisfatoriamente dentro do prazo descrito acima (no ponto e), a EC não pode conceder a certificação (ou seja, um primeiro certificado ou um novo certificado após o vencimento do certificado anterior não podem ser emitidos).

Para se tornar certificado, o membro deve receber uma nova auditoria. Para a certificação pelo Código de Conduta, o membro deve esperar pelo menos uma safra/colheita (principal/grande ou média/pequena) ou seis meses, caso a safra seja contínua.

Imediatamente, a EC informa à UTZ Certified (por e-mail e pelo GIP) a ao membro sobre a não certificação.

g. Cancelamento

Quando a EC decide não certificar um membro e o membro ainda tem um certificado válido, a EC pode decidir cancelar o certificado atual do membro, para proteger a integridade da EC e/ou da UTZ. O cancelamento do certificado não pode ser revogado. Para se recertificar, o membro deve receber uma nova auditoria seguindo as condições descritas acima (no ponto f).

A EC imediatamente informa à UTZ Certified (por e-mail) e ao membro sobre o cancelamento e, em nome da UTZ Certified, cancela a licença do membro no GIP.

h. Extensões

Alterações nas informações da certificação que ocorram durante a validade de um certificado e que impliquem em um aumento (ou seja, mais volume, membros do grupo ou locais) podem ser incluídas por meio de extensões.

Extensões precisam ser solicitadas pelo membro à EC. Uma EC pode negar uma extensão caso o membro não forneça evidências suficientes de que a extensão é justificada.

(16)

A EC deve comunicar qualquer extensão à UTZ Certified e solicitar uma extensão da licença por meio do GIP antes que o certificado e a licença atuais vençam. As informações e a documentação obrigatórias para isso incluem:

- motivo da extensão

- data da próxima auditoria (apenas para extensões de tempo) - novo certificado

- Relatório Resumido da auditoria adicional (se aplicável)7.

- lista atualizada de membros do grupo (no caso de uma extensão do grupo)

Caso o membro mude de EC para seu processo de certificação, a EC com a qual o membro tem um contrato válido é aquela que pode conceder uma extensão do certificado (atual) e solicitar a extensão da licença. A tabela a seguir mostra os tipos de extensões possíveis. Uma combinação de duas ou mais das extensão relacionadas abaixo também é possível.

Tipo de extensão Aplicável a Condições

Tempo Código +

Cadeia de Custódia

Pode ser concedida uma extensão de tempo que dure até quatro meses após a data de vencimento do certificado original, mas apenas se uma auditoria de recertificação tiver sido planejada e confirmada, e a extensão de tempo seja solicitada enquanto o certificado ainda esteja válido.

O próximo certificado é emitido para o período restante do novo período de certificação (por exemplo, se for concedida uma extensão de dois meses, o novo certificado será válido para os próximos dez meses).

Durante a validade de uma extensão de tempo, os membros do Código de Conduta não têm permissão para vender produtos de sua nova safra (que serão certificados sob seu novo certificado) como certificados UTZ.

Volume e área Código Até 10% da área e/ou volume de produção certificados de um membro podem ser adicionados ao certificado anualmente, registrando-se a área e/ou volume de produção adicionais junto à EC. Não é necessária nenhuma verificação adicional por parte da EC.

Caso o aumento na área e/ou volume de produção de um membro seja maior do que 10% em um ano, uma auditoria adicional é obrigatória durante aquele ano, antes que a extensão possa ser adicionada ao certificado vigente. Essa auditoria de extensão deve se concentrar na nova área e/ou volume.

Quando o membro decide não ter uma extensão, mas deseja incluir o volume extra no próximo certificado, a EC inclui o volume extra como estoque de passagem no novo certificado após o volume extra ser constatado durante a auditoria anual seguinte. O membro não pode vender o produto até que ele seja verificado por um auditor e incluído no novo certificado.

Caso um grupo ou multi-grupos como um todo aumentem sua área e/ou volume de produção mais de 10% em um ano, uma auditoria adicional do SGI e de pelo menos a raiz quadrada do número de novos membros do grupo e/ou membros com nova área e/ou volume (com um mínimo de cinco) é obrigatória durante aquele ano, antes que a extensão possa ser adicionada ao certificado vigente. Volume só pode ser adicionado se, durante a safra do produto, o produtor ou membro do grupo já tiver cumprido todos os CPs aplicáveis do Código.

Locais Multi-locais

no Código + Cadeia de Custódia

Para incluir novos locais em uma certificação multi-local, uma auditoria dos novos locais e do local central é obrigatória antes que a extensão seja adicionada ao certificado existente.

SCAs que operam no nível de rastreabilidade MB podem adicionar novo(s) locai(is) ao certificado, registrando o(s) local(is) adicional(is) junto à EC. Não é necessária nenhuma verificação adicional por parte da EC.

7 Caso uma auditoria adicional tenha sido realizada para emitir uma extensão, a EC deve enviar um Relatório Resumido da auditoria,

(17)

17

Tipo de extensão Aplicável a Condições

Membro do grupo Código (multi)grupo

Até 10% de novos membros do grupo podem ser adicionados anualmente ao certificado, registrando-se os membros adicionais do grupo (com sua área e volume de produção) junto à EC. Não é necessária nenhuma verificação adicional por parte da EC.

Se mais de 10% de membros do grupo forem adicionados em um ano, uma auditoria adicional do SGI e de pelo menos a raiz quadrada do número de novos membros do grupo (com um mínimo de cinco) é obrigatória antes que a extensão seja adicionada ao certificado existente.

Atividades de processamento

Código +

Cadeia de

Custódia

Para adicionar uma nova atividade de processamento, uma auditoria da nova atividade é obrigatória antes que a extensão seja adicionada ao certificado existente.

SCAs que operam no nível de rastreabilidade MB podem adicionar uma nova atividade de processamento ao certificado, registrando o(s) local(is) adicional(is) junto à EC. Não é necessária nenhuma verificação adicional por parte da EC.

i. Manutenção de registros

Não conformidades , correções e ações corretivas implementadas (baseadas em auditorias anuais e surpresa), relatórios de inspeções internas (para certificação de grupos e multi-grupos) e autoinspeções devem ser documentados, arquivados por um período mínimo de três anos e disponibilizados para o auditor.

2.4. Processo de certificação para o Código de Conduta

Opções de certificação pelo Código de Conduta

Existem quatro diferentes opções para a certificação pelo Código de Conduta8. A opção a ser selecionada

depende do tipo de membro. A opção de certificação determina que Código Núcleo deve ser cumprido, quem é responsável pela conformidade e como a amostra da auditoria externa deve ser determinada. Isso é explicado nas tabelas abaixo.

8Veja o anexo 1 para obter procedimentos de certificação adicionais para chá

Opção 1: certificação individual Aplica-se a um

membro que seja:

Um produtor individual

Responsabilidade pela conformidade:

O produtor individual cumpre todos os CPs aplicáveis.

Amostra para auditoria externa:

O número mínimo de lotes a serem fisicamente auditados pela EC é a raiz quadrada do número total de lotes na fazenda, arredondado para cima para o próximo número inteiro. A EC realiza uma análise de riscos antes da auditoria para analisar que lotes serão fisicamente auditados. Caso a análise de riscos resulte em um alto risco (para todos os lotes ou lotes específicos), a EC pode decidir aumentar o número de lotes a serem fisicamente auditados. A cada ano, uma amostra diferente de lotes deve ser auditada. A identificação dos lotes da amostra e os critérios usados para a análise de riscos devem ser registrados pelo auditor.

Código Núcleo aplicável

Código Núcleo para certificação individual e multi-locais (mais o módulo específico do produto)

(18)

Opção 2: Certificação multi-local Aplica-se a um

membro que seja:

Uma fazenda que consiste de dois ou mais locais que pertencem a produtores diferentes, que usam as mesmas práticas agrícolas e tem um sistema de administração conjunto (portanto, os diferentes locais são considerados como uma fazenda). Há um local central identificado no qual as atividades desses produtores e seus locais são administradas. Há evidências que comprovam que a administração central possui ou é contratada pelos produtores para gerenciar as área de produção e processamento.

Responsabilidade pela conformidade:

A administração central é responsável por todos os produtores cumprirem todos os CPs aplicáveis.

Amostra para auditoria externa:

Todos os locais sob a administração central são fisicamente auditados pela EC, seguindo as condições para a Certificação Individual.

Código Núcleo aplicável

Código Núcleo para certificação individual e multi-local (mais módulo específico do produto)

Opção 3: Certificação do grupo Aplica-se a um

membro que seja:

Um grupo de produtores organizados (membros do grupo) que implementa um SGI. O grupo pode ser organizado como uma associação ou cooperativa, ou gerenciado por um SCA (como um exportador) ou outra pessoa jurídica.

Responsabilidade pela conformidade:

O grupo ou uma pessoa jurídica que organiza o grupo é responsável pelo devido funcionamento do SGI e pela conformidade com os CPs aplicáveis ao grupo. O mesmo grupo ou pessoa jurídica também é responsável pela conformidade dos membros do grupo com os CPs aplicáveis aos membros do grupo.

Amostra para auditoria externa:

O SGI do grupo e pelo menos a raiz quadrada do número total de membros do grupo (arredondado para cima para o próximo número inteiro, sendo, no mínimo, cinco) devem ser fisicamente auditados pela EC. A EC pode aumentar esse número, com base na análise de risco.

A amostra dos membros do grupo que é fisicamente auditada deve ser representativa de todo o grupo. Ela é selecionada com base em uma combinação de uma avaliação baseada nos riscos e de uma seleção aleatória. Os membros do grupo com um sistema de produção consideravelmente diferente ou localizados a uma grande distância do resto do grupo devem ser incluídos na amostra.

Código Núcleo aplicável

Código Núcleo para certificação do grupo e multi-grupos (mais o módulo específico do produto)

Opção 4: Certificação multi-grupos Aplica-se a um

membro que seja:

Um grupo composto por dois ou mais sub-grupos de produtores organizados que são administrados por um SGI comum. Cada sub-grupo também implementa seu próprio SGI. O coordenador do SGI de cada sub-grupo e o gerente do SGI dos multi-grupos trabalham em conjunto para assegurar a devida administração dos multi-grupos.

A certificação multi-grupos é escolhida em situações na quais a produção certificada é exportada sob o mesmo nome dos multi-grupos. Os multi-grupos reservam-se a opção de indicar o nome dos sub-grupos na documentação de venda e no GIP.

Responsabilidade pela conformidade:

Os multi-grupos são responsáveis pelo devido funcionamento do SGI dos multi-grupos e do SGI dos sub-grupos, para os CPs aplicáveis aos grupos, e pela conformidade dos membros dos grupos com os CPs aplicáveis aos membros dos grupos.

Amostra para auditoria externa:

O SGI dos multi-grupos e pelo menos a raiz quadrada do número total de membros de todos os sub-grupos (arredondado para cima para o próximo número inteiro, sendo, no mínimo, cinco) devem ser fisicamente auditados pela EC. A EC pode aumentar esse número, com base na análise de riscos.

A amostra dos membros dos grupos que é fisicamente auditada deve ser representativa de todos os multi-grupos. Ela é selecionada com base em uma combinação de uma avaliação baseada nos riscos e de uma seleção aleatória.

Sub-grupos com um sistema de produção consideravelmente diferente são vistos como pessoas jurídicas individuais. A amostra deve incluir a raiz quadrada desses sub-grupos.

Código Fundamental aplicável

Código Núcleo para certificação do grupo e multi-grupos (mais o módulo específico do produto)

(19)

19

Procedimento de certificação pelo Código de Conduta

Auditorias em relação ao Código devem incluir as seguintes etapas:

Procedimento de auditoria pelo Código de Conduta

1 Reunião inicial com o representante da administração, incluindo o objetivo da auditoria. Essa reunião serve para confirmar o plano de auditoria e as informações-chave relacionadas à auditoria (como escopo e locais), e para explicar a metodologia e natureza da auditoria (amostragem, confidencialidade e imparcialidade).

2 Apenas para certificação de (multi-)grupos:

Avaliação da estrutura e funcionamento do SGI, incluindo: - verificação da lista de membros do grupo

- verificação do contrato ou acordo entre os membros do grupo e o grupo ou a administração do SGI

- revisão dos registros da auditoria interna anual realizada pelo SGI - revisão da forma como as não conformidades são tratadas pelo SGI

- testemunho de auditorias de uma amostra representativa de inspetores internos, para avaliar a competência e o desempenho dos inspetores internos

A duração mínima dessa avaliação, excluindo as auditorias testemunhais, é de 0,5 dia (se for considerado necessário, pode-se dedicar mais tempo)

3 Revisão dos resultados da auditoria externa anterior (se aplicável) e da autoinspeção anual realizada pelo membro.

4 Revisão de toda a documentação relevante, incluindo, pelo menos (se aplicável): - Estimativas de safras

- Procedimento de rastreabilidade - Procedimento de “uso do prêmio UTZ”

- Lista de pesticidas aprovados (a ser comparada com a Lista de Pesticidas Banidos e a Lista de Pesticidas em Observação da UTZ Certified)

- Associação de trabalhadores e dissídio/negociação coletiva 5 Avaliação dos registros, incluindo, pelo menos, aqueles relacionados a:

- Rastreabilidade

- Gestão da produção: plantio, aplicação de fertilizantes, uso de pesticidas

- Colheita: datas, informações dos lotes, volumes (registros de compras e volumes colhidos estimados para certificação de (multi-)grupos)

- Pessoal: contratos, registro de horas, folhas de pagamento. 6 Cálculos de controle do fluxo de produtos.

(20)

Procedimento de auditoria pelo Código de Conduta

7 Avaliação no local, incluindo observação de atividades, verificação de instalações, entrevistas com trabalhadores/funcionários e confirmação de dados (boas práticas agrícolas, produções, condições de trabalho).

Para certificação de grupos e multi-grupos, os seguintes limites de tempo devem ser respeitados para a certificação no local:

 Máximo de oito fazendas por dia por auditor (espera-se que seja menos na maioria dos casos)  Duração mínima para inspeção de uma unidade de processamento: 0,25 dia-homem (se for

considerado necessário, pode-se alocar mais tempo)

Entrevistas com trabalhadores só serão realizadas na ausência de supervisores e gerentes, e a identidade dos entrevistados será sempre mantida anônima.

O número de trabalhadores dos gêneros masculino e feminino para entrevistas deve ser proporcional ao número total de trabalhadores dos gêneros masculino e feminino. Para assegurar que grupos vulneráveis sejam suficientemente representados, pelo menos os seguintes parâmetros também devem ser considerados ao definir a amostra de entrevistados:

 Idade  Etnia

 Situação de emprego (permanente, temporário, meio expediente, pago por produção)  Nível hierárquico

 Tipo de trabalho realizado

 Tempo trabalhando para a organização

Entrevistas sobre discriminação sexual, violência ou abuso sexual devem ser realizadas por auditores treinados em realizar entrevistas sobre esses tópicos. É recomendável ter, sempre que possível, uma auditora na equipe para realizar as entrevistas sobre esses tópicos com as mulheres.

8 Revisão do escritório, incluindo revisão da documentação, verificação cruzada de registros, controle de fluxo de produtos e testes de rastreabilidade (identificação de lotes de matérias-primas até lotes de produtos finais, e vice-versa)

9 Reunião final com a administração, incluindo: - Principais conclusões da auditoria - Não conformidades identificadas - Ações corretivas a serem adotadas

- Prazos e datas de auditorias de acompanhamento

Condições de certificação pelo Código de Conduta

a. Conformidade

Códigos Núcleo e Módulos específicos de produtos

O Código de Conduta consiste de dois Códigos Núcleo (um para certificação individual e multi-local, e um para certificação de grupo e multi-grupos) e vários Módulos específicos de produtos.

Para obter a certificação pelo Código de Conduta, os membros devem cumprir o Código Núcleo e o Módulo específico do produto aplicável à sua situação (por exemplo, uma cooperativa de cacau precisa cumprir o Código Núcleo para certificação de (multi-) grupos e o Módulo de cacau). Eles devem cumprir todos os requisitos para esses dois documentos, que, dependendo das atividades realizadas, são aplicáveis.

Se houver uma contradição entre o que é exigido pelo Código Núcleo e o que é exigido pelo Módulo, o requisito do Módulo tem precedência.

Ano da conformidade

Novos membros devem cumprir os requisitos do 1o ano do Código. Membros que estiverem se recertificando

devem passar para o ano seguinte da certificação (por exemplo, do ano 1 para o 2) até atingirem o ano 4. Isso também se aplica quando o membro muda de EC.

(21)

21 Um membro sempre pode solicitar ser avaliado em relação a requisitos de um ano superior. De forma similar, grupos de produtores com membros do grupo em diferentes anos de conformidade podem solicitar que todos os seus membros sejam avaliados em relação ao ano mais alto.

Quando a certificação é interrompida (por exemplo, porque o membro não cumpre os requisitos da certificação ou decide não solicitar novamente a certificação por um período de tempo), as seguintes condições se aplicam se o membro decidir se recertificar:

A cada ano, o membro deve cumprir todos os CPs obrigatórios aplicáveis, assim como um número definido de pontos adicionais. O membro escolhe que CPs adicionais deve cumprir9.

Subcontratados incluídos na certificação de um membro devem cumprir os requisitos do mesmo ano do próprio membro.

Produção paralela

Produção paralela não é permitida no caso de certificação de (multi-)grupos. Em outras palavras, os membros do grupo não podem ter lotes certificados pela UTZ e outros excluídos da certificação da UTZ. Para a certificação individual e de multi-local isso é permitido, mas apenas se estiver implantado um sistema de identificação e separação que garanta a integridade do produto da UTZ.

b. Primeira auditoria anual

A primeira auditoria anual (para novos membros e para membros cuja certificação foi interrompida) deve ser realizada no período que vai de quatro meses antes a quatro meses após a data de início da primeira safra a ser certificada. Safra pode se referir à colheita principal/grande ou média/pequena. Caso a auditoria seja realizada fora desse período, a safra não poderá ser certificada. Se houver uma safra contínua, a primeira auditoria poderá ocorrer em qualquer momento.

Durante uma primeira auditoria, o auditor verifica todos os registros solicitados no Código para até quatro meses antes da data da auditoria, para ter uma visão geral da manutenção de registros da(s) fazenda(s). Os registros devem cumprir os requisitos do Código a partir da data inicial do certificado.

Quando a auditoria ocorre após o início da colheita, o auditor verifica os requisitos retrospectivamente para o período entre o início da colheita e a data da auditoria.

c. Auditorias anuais subsequentes

Auditorias anuais subsequentes (ou auditorias de recertificação) devem ser realizadas no período que vai de quatro meses antes a quatro meses após a data de vencimento do certificado. Caso a auditoria seja realizada fora desse período, a primeira colheita daquele ano não poderá ser certificada.

Durante uma auditoria de recertificação, o auditor verifica todos os registros solicitados no Código desde a auditoria anterior.

d. Volume certificado

O volume certificado é o volume de produção que um membro tem permissão de vender como certificado UTZ. Ele se baseia em uma estimativa, feita pelo membro, do volume que produzirá durante a(s) safra(s) incluída(s) no certificado. Essa estimativa é verificada pela EC e deve ser feita usando uma metodologia confiável, com base na(s) colheita(s) do(s) ano(s) anterior(es), densidade/contagem de árvores, idade, uso de insumos, pragas e doenças, variedade de plantas, qualidade do solo, localização geográfica, clima etc.

9 CPs adicionais que o membro (ainda) não escolheu cumprir não devem ser incluídos no relatório resumido como sendo uma não

conformidade. É opcional mencionar esses pontos (ou alguns deles) como pontos que precisam ser tratados em futuras certificações.

Período não certificado* Ano da certificação

1,5 ano ou menos Ano da última certificação + 1

Mais de 1,5 e menos de 3,5 anos Mesmo ano da última certificação

3,5 anos ou mais Ano 1 (o membro é considerado um novo

membro)

(22)

e. Estoque de passagem

O estoque de passagem é o estoque físico restante do certificado anterior e que é adicionado ao volume de um novo certificado de um produtor/grupo de produtores. Ele pode se aplicar em duas situações:

1. Se, durante o período do certificado anterior, o volume colhido foi maior do que o volume certificado, esse volume pode ser incluído no novo certificado como estoque de passagem.

2. Se o membro tiver produção certificada do período do certificado anterior em estoque (fisicamente presente no momento da auditoria) que não será vendida durante o período do certificado anterior, a diferença entre os dois pode ser incluída no novo certificado como volume de passagem.

Em ambos os casos, a EC deve avaliar a quantidade e incluir essa quantidade no certificado como “estoque de passagem”.

Volumes entregues a um armazém e anunciados no GIP não podem ser usados como estoques de passagem no novo certificado. (Esses volumes são adicionados automaticamente a uma nova licença.)

f. Certificado

A validade do primeiro certificado (assim como o primeiro certificado após um período não certificado para membros cuja certificação foi interrompida) começa no início da colheita do membro, de forma que todo o período da safra seja incluído no certificado.

Se a safra é contínua, a validade do primeiro certificado começa quando se determina que o membro está conforme, ou nos primeiros quatro meses antes da auditoria, se todos os registros solicitados tiverem sido verificados retrospectivamente desde aquela data.

Certificados subsequentes começam no dia após o certificado anterior vencer.

Certificados para multi-local e multi-grupos relacionam os nomes dos locais e grupos cobertos pelo certificado. O nome que aparece no certificado é o mesmo nome registrado pelo membro no GIP.

2.5. Processo de certificação para a Cadeia de Custódia

Opções de certificação pela Cadeia de Custódia

Existem duas opções diferentes para a certificação pela Cadeia de Custódia. A opção a ser selecionada depende do tipo de membro, determinando quem é responsável pela conformidade e como a amostra da auditoria externa deve ser determinada. Isso é explicado nas tabelas abaixo.

Opção 1: Certificação individual Aplica-se a um

membro que seja:

Um SCA individual.

Responsabilidade pela conformidade:

O SCA individual cumpre todos os CPs aplicáveis.

Amostra para auditoria externa:

Todos os processos e atividades certificáveis realizados pelo SCA individual devem ser fisicamente auditados pela EC.

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