-' Insolvências
,
)
•
IInso
l
vê
nci
as
-
aumento do protesto de títulos
As análises anteriores de "Conjuntura Econômica•· sôbre a solvabilidade em cada ano findo demonstram a forte correlação entre preços. crédito e ren-da pessoal disponível. de um lado. e a solvência. do outro. Quando, po1· exemplo, em virtude de uma alta do custo da vida ou de lenta ascensão das receitas pessoais. são adquiridas me
-nores quantidades dos artigos de con-sumo que ma1s encareceram. as em-prêsas que os produzem ou distribuem encontram muitas vêzes dificuldades em atender os ~cus compromissos
fi-nanceiros para com fornecedores e outros. Enquanto há facilidade na obtenção de cmprést i mos em bancos ou outras fontes. tais dificuldades são superadas. pelo menos temporàri a-mentc. Em 1969, porém. se registrou apreciável aumento do protesto de tí-tulos e de insolvências comerciais nas mais importantes praças, traduzindo agravamento da solvabilidade em re -lação a J 968. embora a ali~ de pre-ços se haja processado. durante gran-de parte do ano, em escala mais mo-desta que em 1968. Só nos últimos meses do período analisado se obser-vou aceleração no particular. Até
de-t.cmhro do ano findo o índ1ce <.lo cu~to da vida na Guanabara subiu 24.2% contra 24.0% em igual época de
1968.
Nestas circunstâncias. não foi uma pressão inflacionária crescente com declínio geral do consumo a causa Ja impontualidade maior dos deve-dores em liquidar os seus compromis-sos financeiros e. mais tarde, do mo-vimento superior de falências c con-cordata<. Só em alguns setores. con-forme veremos
a
seguir, ocorreram modificações dos hábitos dos compra-dores em conscq ü~ncia do encareci-mento. com substituição de alguns bens.A expansão mais lenta dos emprés-timos ao setor privado não permitiu àquelas emprêsas. que experimentaram insuficiente aumento de íngres<os em face da majoração dos seus encargos, utilizarem, na mesma medida do ano anterior. o crédito como solução tem -porária.
Os recursos desta fom1a obtidos do sistema bancário. das Financeiras e
dos Bancos de Investimento aumen-taram ate outubro de 1969 de 31%. Tanto a taxa nominal de crescimento dos empréstimos. ao setor privado. efetuados pelos bancos comerciais
(37,3%) como a relativa ao Banco do Brasil ( 27,4%) se mantiveram aquém dos respectivos valôrcs de
1968.
Aumentam os protestos de títulos
e os proeessos folimentores
Em 1969 (até outubro) 251 mil tí-tulos, no valor de 256 milhões de cru-zeiros novos, sofreram protesto no Rio de Janeiro e em São Paulo (TA-BELA I) . Houve assim aumento de 42.3% do número ( +0,2% no int er-valo anterior) c de 76,8% do mon-tante ( +60,4% em 1967/8).
Esta menor capacidade de firmas e pessoas físicas de amortizarem seus débitos comerciais provocou apreciá-vel aumento de falências c concorda-tas. Segundo indica a TABELA 1!, requereu-se a insolvência de 3 390 emprêsas. enquanto a justiça atendia
SOLVABILIDADE
NO RIO E
S
PAULO
90 80
70
60 50 40o
~ r 1968 n mRESULTADOS Tr-R_I_M...:E:..:S:,.T __ R __ A---,:1 S=---.-- . - - , - - , - _ _ , . - - ,420
NÚMERO (1000) DE TÍTULOS PROTESTADOS 1 1$69 n m I
-FALÊNCIAS DECRETADAS CONCORDATAS DEFERIDAS--ll----l---i270
~===t
~ n==~~~=t==~~t==+-
m w 1 n m w-~170
O
1968 1969 •l!tST'IMA.OOI - Títulos Protestados no Rio de Janeiro c em São Poulo Janeiro o outubro 1967 f9
N.0 em milhares. Valor em milhões de NCrS
1969 Na1urcza dos títulos r-.o Valor Promissórias 104,8 138,6 Duplicatas 146,0 117,4 Total 250,8 256,0
Fonte dos dados originais: Cartórios.
os pedidos rclat•vos a outras L 074.
Nestas condiçõe~. verificou-se de um
ano para ou1ro o acréscimo de 36,9% em processos falimentares iniciados ( - 3,7% no intervalo anterior) e de 54, I % em falências decretadas ou concordatas deferidas ( +8.1% em 1967 8). 1968 1967 N.O Valor N.o Valor 76,4 91,4 70,4 51.9 99.8 53,4 105,5 38.4 176,2 144,8 175,9 90,3
mente deferidas, aumentaram em
pro-porção maior do que era de prever.
A relação entre promissórias e du-plicatas não pagas. de um lado. e fa-lências ou concordatas. do outro, é ilustrada pelos cocficiemcs de vulne-rabilidade, de insolvência efetiva e de
11 - Número de Insolvências. no Rio de Janeiro e em São Paulo Janeiro o outubro 1967/ 9
lno~~olvêncins ln-.olvéncias requeridas Oecrcladns/ Defcridns
Ano fnsolvên .. lnsoJvên·
Fnlênciu~ Concotda· cias FalênciA.> Concorda· cias
,.,
(2}+
(3)'""
(S)+
!6) ( I l (2) (3) (4) ISl (6) (7) 1969 2 922 468 3 390 676 398 I 074 1968 2 179 297 2 476 452 245 697 1967 2 293 278 2 57! 375 271 645Fonte dos dados originais: Cartórios.
Os valôres supra confirmam a
ex-periência colhida no passado. A
con-trolada expansão de crédito foi segui-da do protesto de títulos em escala bem superior. O número de solicita-ções de falência ou concordata
cres-ceu. entretanto, moderadamente. Mas
as insolvências decretada~.
respectiva-dificuldade transitória. O primeiro
dos medidores citados representa o número de insolvências requeridas no
mesmo espaço de tempo, durante o qual são levados a protesto L 000 tí·
tu los. O segundo indica a
quanúda-de quanúda-de insolvências quanúda-decretadas/
deferi-das para os mesmos I 000 títulos
le-111 - Coeficiente de Vulnerabilidade e Medidores Correlatos Rio de Janeiro e São Paulo - Janeiro o outubro 1967/ 9
Ano 1969 1968 1967 112 Coeficiente de vulnerabilidade 13,5 14,1 14,6 Cocficien~e de insolvência ereaivn 4,3 4,0 3,7 Coeficiente de dificuldades financeira.~ transit6ri4l!) 9.2 I 0.1 10,9
vados a protesto.
O
terceiro c últimodos medidores, sendo a diferença en-tre m outros 2 coeficientes, define quantas falências ou concordatas fo-ram requeridas mas não decretadas ou deferidas: A TABELA 111 reúne os resultados acima, apurados nos 3 últimos anos (até outubro). Do exa-me dêsses algarismos se conclui que no último triênio a falta de liquidação
de papéi~ comerciais foi acompanhada
de um número decrescente (em têr-mos reJa ti vos) de insolvências
pedi-das. Simultâncamente, porém, a
quantidade, também relaúva, de fa-lências decretadas e concordatas
defe-ridas aumentou. Com o não-paga-mento de débitos vencidos. elevou-se cada ano o risco de firmas respons
á-veis por tais liquidações terem de can-celar em definitivo as suas atividades ou sofrer restrições temporárias ao exercício destas. Declinou, portanto. no período. a probabilidade de serem vencidas 3\ dificuldades financeiras. antes de a justiça se pronunciar no
processo falimentar encaminhado.
Maiores dificuldades poro o resti-tuição de m6dicos somos
Apesar de seu grande número, as
du-plicatas prote~tadas representam
habi-tualmente menos de metade do
mon-tante de todo. os títulos não pagos.
•
O prejuízo <ofrido por credores de
promissórias. entretanto. costuma ai-
1
cançar apreciável total, em virtude dese tratar geralmente de operações de
maior vulto.
Por 2 motivos distintos o panora
-ma, conforme indica a TABELA I. sofreu modificações substanciais no último ano. A importância média de
uma promissória levada a protesto, NCr$ 1,3 mil, sômcnte excedeu de
8% o resultado de 1968, ao passo que o valor também médio de uma duplicata não liquidada cresceu 60%
(atingindo 0,8 mil cruzeiros novos) no pcrfodo analisado. Além disso. a quantidade destas aumentou mais (46,3% contra 8.5% em 1967/ 8)
que a dos dcmai~ papéis comerciais
(37,2% contra -5,4% no intervalo
anterior).
Verifica-se assim a existência em
1969 de maior pressão quanto ao
cré-dito vinculado a transações comer-ciais (com aceite de duplicata) de que a operações financeiras (com emissão de promissórias) . A solva-bilidade menos satisfatória ficou. outrossim. pràticamente restrita à
I
'
•
!
r
amortização menos pontual de impor-tâncias moderadas (TABELA IV).
Enquanto o protesto de títulos vulto-sos passou apenas do total de 40 para
49 milhões de cruzeiros novos, o de
promissórias c duplicatas de menor quantia pràticameote duplicou: de
I 05 para 207 milhões. Isto não
resul-tou propriamente de acréscimo do
número de papéis comerciais atingi-dos. Enquanto o valor médio de um título de importância moderada em
1968 não passava de NCrS 598 mil. no ano rindo se elevou para 829 mil (+39% ). contra o aumento de sO-mente 1% dos restantes, que
atingi-ram em 1969 a quantia média de NCrS 44,6 mil.
Análise setorial
Um exame das categorias de
respon-s:lveis pelo pagamento de títulos pro-testados de valor unitário elevado
mostra (TABELA V) como caiu ra-dicalmcntc a soma não liquidada por cmprêsas que fabricam ou comercia-lizam bens de consumo ( 12,3 milhões de cruzeiros novos, contra 22 milhões
em 1968) c como aumentou a
quan-tia de obrigações não atendidas por organizações do setor imobiliário (NCrS 7,8 milhões em 1969, contra
0,8 milhão no período anterior). ~ste grupo compreende as construtoras.
firmas de material de construção, companhias imobiliárias etc. Emprê-sas com atividade mal ou não
defini-da foram responsáveis pela ausência de amortinção de promissórias c du-plicatas no total de 8 milhões de cru-zeiros novos ( 16% de todos êstes
IV - Protesto de Títulos no Rio de Janeiro e em São Paulo Segundo o Valor Unitário - Janeiro o outubro 1968/ 9
N.0
em milhares. Volôres em milhões de NCrS.
Valor unitário dO> titulos protestadO> Moderado Elevado Todos 1969 N.O 249,7 I ,I 250,8
Fonte dos dodos ong1nois: Cartórios.
Valor 206.9 49.1 256,0 1968 N.o Valor 175,3 I 04,9 0,9 39,9 176,2 144,8
V - Devedores por Títulos Vultosos Protestados no Rio de Janeiro e em São Paulo - Janeiro o outubro 1968/9 (Milhões de NCrS)
Categoria dos devedores Bens de Consumo Bens de Produção Ramos I mobiliários Particulares Diversos Subtotal Ramos ignorados Total Valor global 1969 1968 12,3 22,0 7,9 3,0 7,8 0,8 6,9 6,3 6.2 4,9 41.1 37,0 8,0 2,9 49,1 39,9
Fonte dos dodos originais: Cartórios.
Variação anual % do total
(%) 1968 9 1967/8 1969 1968 44 + 450 25 35 + 164 + 20 16 8 ~ 875
-
34 16 2 + lO + 91 14 16 + 27 + 390 13 12 + I I +208 84 93 + 176 + 32 16 7 + 23 + 181 100 100VI - Número de lnsolvêncios Segundo o Categoria de Bens ou Serviços
- Rio de Janeiro e São Paulo - Janeiro o outubro 1968/ 9
N .o de insolvências Variação anual (%) % do total
em 1969
Bens uu ~crviços Requeridas Ocerct./Deferidns Requeridos Decret./Oefcridns Dccrc·
ou
Reque- tadns
1969 1968 1969 1968 196819 1967/8 1968/9 1967/8 ridos Deferi·
ridas
Bens de Consumo I 557 I 045 535 327 + 49
+
3 + 64 + 15 46 50Bens de Produção 251 168 IOI 60 +49 - 18 + 68 -17 7 9
Ramos Imobiliários 196 I 17 62 32 + 68
-
1+
94 6 6Diversos 121 82 42 25 +48 -28
+
68-
7 4 4Subtotol 2 125 1412 740 444 +50 3 +67 + 7 63 69
Ramos ignorados I 265 I 064 334 253 +19 4 + 32 + 10 37 31
Total 3390 2476 1074 697 +37 4 + 54 + 8 100 100
VIl - Principais Devedores por Títulos Vultosos Protestados no Rio de
Janeiro e em São Paulo- Janeiro a outubro 1968/ 9 (Milhões de NCr$1
Ramos de atividade das finnas devedoras I Construção Civil 2 Represcnt., lmp./Exportação 3 Alimentos 4 Vestuário 5 Minérios 6 Transportes 7 Gráficas e Editôras 8 Máquinas e Equipamentos 9 Veículos I O Agropecuária Subtotol
Outros ramos c Pessoas Físicas
Total
Fonte dos dados originais: Cartórios.
compromissos). Permaneceu pràtica-mcnte estável a solvabilidade de pes-soas físicas (na classe de obrigações vultosas).
O forte crescimento das insolvên-cias entre firmas de bens de consumo
(TABELA Vi), não obstante haver melhorado para elas o cumprimento de obrigações vultosas, mostra que o equilíbrio entre receita e despesa (in-cluída nesta a amortização de emprés-timos) depende, no grupo em
ques-1969 1968 6,7 0,7 3,5 I ,3 3,0 17, I 2,5 I ,5 2,3 I, I 2,2 0,4 I ,5 0,6 1,3 0,5 1,3 0,1 1,3 0,3 25,6 23,6 23,5 16,3 49,1 39,9
tão, mais das numerosas operações de valor módico que de algumas
transa-ções de vulto. No setor imobiliário a crescente impontualidade no atendi-mento de obrigações vencidas provo-cou logo a seguir um grande número de pedidos de falência e concordata,
em contraste com a diminuição da quantidade de insucessos comerciais no ano anterior. Também as
emprê-sas classificadas em "bens de produ-ção" experimentaram maior dificulda-de em liquidar financiamentos de
cur-VIII - Ramos de Atividade com o Maior Número de Insolvências R
e-queridas no Rio de Janeiro e em São Paulo - Janeiro o outubro 1968/ 9
Ramo de atividade
Vestuário Alimentos
Produtos químicos c farmc.
lnd. e oficinas mecânicas
Representação, imp./exp. Gráficas e Editôras
Móveis Construção
Material de construção
Material e aparelho~ elétricos e eletrônicos
Subtotal
Outros ramos
Total
Fonte dos dodos originais: Cartórios.
x Não consto entre os 1
O
primeiros.114 1969 N.0 de ordem I 2 3 4 5 6 7 8 9
l
O
1968 Quanti· N.0 de Quanli·dade ordem dade
406 2 261 391 I 316 197 3 120 126 4 85 121 5 68 114 8 54 108 6 67 t05 X 36 76 7 56 75 9 52 1 719 I 115 I 671 1 361 3 390 2476
to prazo, daí resultando agravamento das insolvências, inclusive das
decre-tadas/ deferidas.
Pesquisando os I O ramos de ali vi-dade que em 1969 contribuíram com as maiores importâncias de títulos de valor unitário elevado protestados (TABELA Y11), verificamos que sõ-mente o de "alimentos" apresentou melhoria. Esta foi, todavia, decisiva para os resultados de "bens de consu-mo". Nos 9 grupos-restantes, em con-junto, a falta de pagamento de obri-gações vultosas passou de 6,5 milhões de cruzeiros novos em 1968 para 22,6 milhões no ano seguinte. O principal aumento se deu em "construção
civil".
Manteve-se sem alterações impor-tantes em relação ao ano anterior a
seqüência dos ramos de atividade que participaram no período com as maio-res quantidades de insucessos comer-ciais (TABELA VIII). As falências e concordatas requeridas de
"vestuá-rio" que antes ocupavam o 2.0 lugar,
a grande distância de "alimentos".
passaram, entretanto, para o 1.0 pôs-to na lista.
Resumindo estas observações, no-tamos que os I O grupos discriminados na TABELA Vlll figuram com 1 719 insolvências (51% do total) em 1969, contra I I 15 ( 45% do total) no ano anterior. Sua importância, em têrmos relativos, quanto a falências e concor-datas, torna-se evidente ao conside-rarmos que o respectivo númew aumentou na escala de 54%, enquan-to os insucessos nos demais ramos acusaram no último intervalo anual crescimento de 23%.
t ainda elucidativo examinar os fe-nômenos antes referidos à luz da
evo-'
I
'
lução do índice do custo da vida na
1
Guanabara em 1969. ~ste vinha apresentando aumentos percentuais (resultado geral) inferiores aos de 1968 . Mas, graças ao forte impulso sofrido pelos respectivos preços no final do ano, a' taxa acumulada de acréscimo até dezembro superou a correspondente de 1968. Contudo,
as duas principais componentes -custo da alimentação e do vestuário
-seguiram durante todo o ano tendên-cias diametralmente oposta~. A ali-mentação encareceu muito mais do que em 1968, ao passo que os preços de vestuário tiveram alta moderada. Mesmo assim, as insolvências de fir-mas operando no ramo vestuário se
,
•
I
•
I
tornaram bem mais freqüentes e as do ~etor "alimentos" cresceram em ritmo
mnis brando. ~te comportamento
su-gere que em I 969 os consumidores se conforrnaran1 com a forte alta de
gê-nero' alimentícios etc., que assegurou aos produtores c distribuidores receita
' uficicnte, em montante c regularida
-de, para que pudessem, por sua vez,
atender com maior pontualidade os
<cus compromissos financeiros de
vul-to
e
ficassem menos expostos ao riscode falência ou concordata. O mesmo,
entretanto, não ocorreu com "vestu
á-rio". Uma alta módica dos preços in
-duziu os consumidores. ao que tudo
indica. a alterar os hábitos e diminuir as compras. o que se rcfleúu
desfavo-ràvelmcntc sôbre
a
solvabilidade defirmas do ramo.
Além da aúvidade econômica,
a
for-ma de constituição das firmas em
di-liculdades financeiras é fator
impor-tante quando se invcst1ga o risco que um processo falimentar iniciado rc-pre,enta para o futuro da emprésa
anteriores, em 1969 se apuraram
maiores quocientes em relação a
so-Ciedades anônimas do que a
socieda-des de responsabilidade lirrútada ou a
firmas individuais. O início de um
processo falimentar representa, por
-tanto, mais perigo para a sobrevivên -cia de grandes organizações do que
para a de firmas sem maior proj
e-ção. apesar de sua incidência ser me
-nor para as sociedades anônimas do
que para firmas de responsabilidade
limitada ou individuais como foi dito
anteriormente. Em tôdas as 3 categ
o-rias as porcentagens superaram os va.
lôres de 1968, no grupo de socieda
-des anônimas, por margem significa·
tiva Entre as firmas individuais a
quanudade de falências decretadas em
1969 correspondeu a 18% das pedi·
das ( 17% em 1968), entre as
socie-dades de responsabilidade limitada a
24% (22%) c no meio das
socieda-des anônimas a 44% (32% no ano
anterior). l~to mostra que a forma de
constituição representa fator pelo
me-nos tão importante quanto o ramo de
dito etc.). Em conseqüência. o refe-rido passivo médio só cresceu no caso
de firmas individuais c de sociedade~ anônimas (TABELA X). No grupo
mais numeroso, de sociedades de
res-ponsabilidade limitada, ocorreu até
queda expressiva. Finalmente,
as
organizações con~ordatárias, compu-tadas em conjunto, liquidaram pràti-camente todos os seus débitos paracom os respectivos credores e não
apenas uma parcela {no mínimo 60% ), como aconteceu em anos
an-teriores .
Não é de surpreender que, em
vir-tude da predominância désses
elemen-tos favoráveis, o prejuízo dos credo· res de firmas insolventes. no Rio de Janeiro e em São Paulo. se tenha li-mitado a 170 milhões de cruzeiro>
novos, depois de atingir 238 milhõe•
em 1968 (TABELA Xl). Segundo
indicam os resultados da TABELA
IX, o passivo total das I 074 firmas falidas ou concordatárias permaneceu
inferior ao correspondente montante
IX - Número de Falências e Concordatas Segundo a Forma de Constituição das Firmas - Rio de Janeiro e São Paulo- Janeiro o outubro 1968/9
~ORMA DE
CON~TITUIÇÃO
Firmas Individuais
Soe. Resp. Lim.
Soe Anómmas Tôdos Reque· rida~ I 071 I 661 I \10 2 922
Fonte dos dados origino1s· Cortónos.
cnvolv1da De acórdo com os
resul-tados da TABELA IX, nola-se que
às sociedades de responsabilidade limi
-tada corrcspondc habitualmente
a
maior parcela do total das falências
requeridas ou decretadas, seguidas de
firmas individuais c, em ulttmo lugar. de sociedades anônima' T ratando-<c
de concordatas, ,aJ.: olhcr.ar que só
raramente firmas ind1vtdua1' obt~m
dos \CUs credores a a nu. n~1a para a
respectiva homologação.
Outro a'pccto característiCO se to•·
na claro, quando se procede ao
con-fronto do quociente numero de
fa-lcnc1as requeridas numero de
falên-cias decretadas. Tal como em ocasiões
Jnneuo J970
Faléncia..~
19~9 t968
Decre· Rcquc:. Decre·
1ndas ridR\ ta das
197 882 151
395 I 185 265
84 I 12 36
676 2 179 452
atividade. ao analisarmos os insuces-sos comerciais.
Menor o prejui&o de ínsolvêncios
As perdas globais sofridas pelos
cre-dores de emprê,aç falidas ou
concor-datárias dependem não só do número de insucessos ocorridos. como do
pas-Sivo c do ativo efetivamente
realizá-vel. Embora se haja observado que o
passivo médio de uma firma insolvente costuma aumentar em função-
prin-cipalmente -da taxa de elevação dos
preços. em 1969 prevaleceu a influ~n
cm de outro> fatóres ate então sccun· dá rios (eficiência da seleção de c
ré-Concordai a.\
1969 1968
Rcque· De f e· Reque· De f e·
rida\ ri da~ ri das ridn~
48 53 40 37
319 252 199 153
I 0 I 93 58 55
468 398 297 245
das 697 organi7açocs msolventes em
1968. Já o prejuízo não ultrapassou no período 40.::~ do passivo, contra
55% em 1968.
A solvabilidade doscl'e 1959
Ao ~xaminarrnos os principais resul· tados estatísticos referentes à
solvabi-lidade de 1959 a 1969 {TABELA
X 11). observamos 2 períodos
distin-tos, um que terminou em 1964 c o
segundo que abrange, por enquanto.
o qüinqüênio seguinte. Nos 6 anos
iniciai~ o coeficiente de insolvência cfcth a. indicador dos mais
expressi-vos. diminuiu progressivamente de 7.5
X - Passivo Médio de uma Firmo Insolvente no Rio de Janeiro Janeiro o outubro 1968/9 (Milhares de NCrSJ
Forma de constituição Firmas Individuais
Sociedades Resp. Limitadas Sociedades Anônimas
em 1959 para 2,8 em 1964. Isto quer dizer que em 1964 o protesto de I 000
títulos foi acompanhado da falência decretada ou concordata deferida de
1969 197 521 I 384 1968 135 716 L 366
altura os meios de pagamento se
ex-pandiram a taxas crescentes: 38% em
1959160, 44% em 1960/ I, 54% em
1961 '2, 60% em 1962 3 e 85%
XI - Prejuízo Estimado em Virtude de Falências e Concordatas no Rio
de Janeiro e em São Paulo - Janeiro o outubro 1968/ 9
(Milhões de NCrSJ Ano 1969 1968 N.0 dr falências decr. e concorda-tas dtf. I 074 697
cêrca de 3 firmas, contra a de 7 a 8 no início do intervalo. Até 1961 tam-bém o coeficiente de dificuldades
fi-nanceiras transitórias decresceu, mas a seguir voltou ao nível inicial. A essa
Passivo Total 423 436 Prejulto global estimado 170 238 % Prejulzo passivo 40 55 em 1963 4 . A facilidade para se obter ou renovar crédito e a ampla valorização dos estoques deram lugar a que durante anos consecutivos fôsse cada vez menor a incidência do
pro-testo de títulos (TA BELA X 11) e mais fácil o pagamento atraSado de obrigações financeiras já vencidas.
Quando em 1964 se modificou a política econômico-financeira e a
ex-pansão do crédito assumiu ritmo bem mais moderado, não demorou que, no campo da solvabilidade, surgissem as conseqüências. A mais rigorosa sele-ção dos pedidos de empréstimos fêz aumentar novamente o número de
papéis comerciais protestados, e a quantidade de firmas declaradas
in-solventes cresceu uma vez mais, em-bora de forma lenta (de 2,8 em 1964 para 4,3 em 1969, à medida que se protestaram 1 000 títulos) . Também se observa maior vulnerabilidade da economia privada. O respectivo
coe-ficiente passou de 12,4 para 13,5. Si-multãneamente, declina a freqüencia
relativa de firmas em dificuldades ap e-nas transitórias.
A maior ou menor extensão do atual período depende principalmente da mobilização de recursos para
capi-talizar a economia privada. Embora em 1969 se haja conseguido certo
pro-gresso no particular, através da d~mo
craúzação de bom número de emprê-sas, é indispensável não só intensifi
-car como ampliar as providências to-madas. A evolução da solvabilidade em 1969 coost.itui a mais clara indi
-cação neste sentido.
XII - Títulos Protestados e Insolvências no Rio de Janeiro e em São Paulo- 1959/69
Número de títulos em milhares. Volôres em milhões de NCrS.
Tltulos tnsolvências Coeficiente
protestados
Requerida< Decretadas/Deferidas Jnsol- Di fi·
Ano Vulnera· vêncio cu1dade
N.O Valor Fnlên· Concor· lnsol- Fnlên- Concor· lnsol· bilidade efetiva rran.si·
c ias data1 vências c ias datas vências tória
1959 86,5 2,0 1 140 351 I 491 331 318 649 17,2 7,5 9,7 1960 82,0 1,9 826 152 978 251 151 402 11,9 4,9 7,0 1961 78,7 2,6 71 1 169 880 238 132 370 11,2 4,7 6,5 1962 91.6 3,8 798 125 923 190 97 287 1 O, I 3,1 7,0 1963 85,0 5,8 735 146 881 125 122 247 10,4 2,9 7.5 1964 86.4 11,4 975 95 I 070 159 86 245 12,4 2,8 9,6 1965 117,8 28,2 I 385 232 I 617 174 183 357 13,7 3,0 10,7 1966 181,9 96,8 I 989 475 2 464 304 384 688 13,5 3,9 9,6 1967 206,0 106,3 2 683 324 3 007 458 313 771 14,6 3,7 10,9 1968 216,6 177,2 2 631 380 3 011 565 314 879 13,9 4, I 9,8 1969* 250.8 256.0 2 922 468 3 390 676 398 I 074 13,5 4,3 9,2 Fonte dos dados originais: Cartórios.
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* Até outubro. t 16 Conjuntura &:onGmica•
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SIEMENS
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Está faltando um A
noseuP BX
Trocar
o
velho PBX por um nõvo PABX
S1emens e o mesmo que
trocar
um carro
de
bo1 por
um automóvel ú
l
timo tipo.
PABX S1emens e a última palavra
em
comun1cações externas e internas.
É
râp1do,
fácil c versáti
l
, como tudo deve ser
num
mundo
onde
é
proibido perder tempo.
SIEMENS DO BRASIL S.A.
Até
a
telefonista, que pode
ser
mesmo
a
secretária ou a recepcionista, tem
seu
traba
l
ho simp
lif
icado e aliviado.
PABX
Siemens, de fabncação
nac1onal,
está
à
sua disposição com capacidade
a
partir
de 2 troncos e
10·
ramais.
sempre
protegido
pela Assisténcia Técnica Siemens.
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