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ANGOLA EM 30 DIAS. Sumário Executivo. Outubro de 2016

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ANGOLA

EM 30 DIAS

Outubro de 2016

 O Ministério das Finanças tornou público o OGE preliminar para o ano de

2017. No documento, ainda por aprovar em Assembleia Nacional, tem como pressuposto o nível do preço médio de exportação do petróleo bruto de 46 USD/barril, superior aos 40,9 USD previstos no OGE Revisto de 2016 e aos 45 USD/barril que levaram a revisão deste último.

 A Receita Total prevista para 2017 equivale a 18,6% do PIB, o que corresponde

a 3.667 milhões KZ, com um aumento de 5,3% face a 2016.

 A Despesa Total, por sua vez, cresce 7,2% face a 2016, atingindo 24,3% do

PIB, 4.808 milhões KZ, suportada em grande parte pelo incremento das despesas correntes.

 As despesas correntes cresceram na generalidade das subclasses, com

destaque para a subclasse dos Bens e Serviços, verificando-se um incremento de 22,1%. As despesas de capital registam um crescimento de 3,5% face ao corrente ano, atingindo 5% do PIB.

 O défice fiscal deverá reduzir de 5,9% em 2016 para 5,8% do PIB em 2017. O

Governo prevê uma redução da dívida de 61,9% em 2016 para 52,7% do PIB em 2017, influenciada pelo aumento do PIB nominal, que contrasta aos 73,6% previstos pelo FMI (WEO Outubro de 2016). O aumento da dívida reflecte sobretudo o aumento de 6 mil milhões USD no financiamento externo previsto para 2017.

 O Governo prevê que a economia cresça 2,1% em 2017, o que representa uma

melhoria face a taxa de 1,1% apurada em 2016. O PIB não petrolífero tem um peso de 81% sobre o total. O mesmo deverá expandir-se em 2,3%, superior a taxa de crescimento de 1,2% apurada em 2016.

 A taxa de crescimento prevista do PIB petrolífero, de 2016 para 2017, altera

de 0,8% para 1,8%, suportado pelo aumento da produção média de petróleo bruto de 1.793 mil barris/dia estimados em 2016 para 1.821 mil barris/dia em 2017 e do preço médio do petróleo de 40,9 para 46 USD/barril.

 A Massa Monetária, medida pelo agregado M2, cresceu em 13,84% em

Setembro face ao período homólogo, quase a metade do que os 22,17% registados em Agosto e a menor variação em 2016.

 Consequentemente, a inflação deu sinais de desaceleração em Setembro,

fixando-se em 2,14%, retraindo face aos 3,30% verificado no mês anterior. Entretanto, em termos anuais, a taxa de inflação homóloga aproxima-se da barreira dos 40%, tendo evoluído de Agosto a Setembro, de 38,18% para 39,44%. Ainda assim, o aumento em 1,26 p.p. representa a variação mais reduzida da taxa de inflação homóloga desde o inicio do ano.

 A taxa de câmbio manteve-se estável em Setembro, sem variações

significantes desde o mês de Abril, altura em que atingiu 166,7 AOA/USD e 186,2 AOA/EUR. As Reservas Internacionais Líquidas (RIL) em Setembro atingiram 22.928 milhões USD, reduzindo 1,27% face ao mês anterior e 3,84% face ao período homólogo.

 O Egipto juntou-se a Nigéria com a decisão de flexibilizar a taxa de câmbio,

decisão fundamentada pela necessidade de aumentar o influxo de capital estrangeiro e a necessidade de adequação às exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) para beneficiar de um empréstimo de 12 mil milhões USD.

(2)

 O Ministério das Finanças tornou público o OGE preliminar para o ano de 2017. No documento, ainda por aprovar em Assembleia Nacional, tem como pressuposto o nível do preço médio de exportação do petróleo bruto de 46 USD/barril, superior aos 40,9 USD previstos no OGE Revisto de 2016 e do que os 45 USD/barril que levaram a revisão deste último.

 A Receita Total prevista para 2017 representa 18,6% do PIB, o

equivalente a 3.667 milhões KZ, com um aumento de 5,3% face a 2016. Para o aumento contribuíram o incremento em 10,4% das receitas fiscais petrolíferas, fixando-se em 1.695 milhões KZ, e das receitas não petrolíferas de 9,8%, para 1.708 milhões KZ.

 A Despesa Total, por sua vez, cresce 7,2% face a 2016, atingindo

24,3% do PIB, 4.808 milhões KZ, suportada em grande parte pelo incremento das despesas correntes.

 As despesas correntes cresceram na generalidade das subclasses,

com destaque para a subclasse dos Bens e Serviços, verificando-se um incremento de 22,1%. As despesas de capital registam um crescimento de 3,5% face ao corrente ano, atingindo 5% do PIB;

 O défice fiscal deverá reduzir de 5,9% em 2016 para 5,8% do PIB em

2017, como resultado incremento do PIB Nominal em 17%, passando o saldo fiscal global -1.000 Milhões KZ para -1.139,9 Milhões KZ. O Governo prevê uma redução da dívida de 61,9% em 2016 para 52,7% do PIB em 2017, influenciada pelo aumento do PIB nominal, que contrasta aos 73,6% previstos pelo FMI (WEO Outubro de 2016). O aumento da dívida reflecte sobretudo o aumento de 6 mil milhões USD no financiamento externo previsto para 2017 e o aumento 300 milhões USD no financiamento interno.

 Foi divulgado o OGE preliminar de 2017. O Governo antevê que a

economia cresça 2,1% em 2017, o que representa uma melhoria face a taxa de 1,1% apurada em 2016.

 O PIB nominal deverá se fixar em 19.746 mil milhões KZ em 2017,

uma expansão de aproximadamente 17% face ao PIB de 2016. O gap entre a taxa de crescimento do PIB nominal de aproximadamente 17% e da taxa de crescimento real de 2,1% é justificada pela taxa de inflação de 15,8%.

 O PIB para o ano de 2017 é suportado em 81% pelo sector não

petrolífero, correspondendo a um PIB não petrolífero de 15.992,8 mil milhões KZ, expandindo-se em 2,3%, superior a taxa de crescimento de 1,2% apurada em 2016.

 O desempenho do sector não petrolífero é determinado pela

performance esperada para os sectores de energia que deverá crescer 40,2%, da agricultura com uma taxa de 7,3%, da indústria transformadora com 4% e da construção e pescas ambas com 2,3%.

 A taxa de crescimento prevista do PIB petrolífero, de 2016 para

2017, altera de 0,8% para 1,8%, suportado pelo aumento da produção média de petróleo bruto de 1.793 mil barris/dia estimados em 2016 para 1.821 mil barris/dia em 2017. A estimativa para 2017 apresenta-se com optimista, dado os registos de produção média verificada nos últimos anos em que mantiveram-se sempre abaixo de 1.800 mil barris/dia.

 O Governo não antevê, qualquer alteração da produção de

diamantes em 2017, perspectivando que se situe em 8.964 mil quilates, o mesmo nível apurado no OGE de 2016.

Crescimento Económico

Produção e Preço do Petróleo

Finanças Públicas

Economia Real

Orçamento do Estado (milhões KZ)

Despesas Correntes (milhões KZ)

6,8 4,8 3,0 1,1 2,1 -0,9 -2,6 6,5 0,8 1,8 10,9 8,2 1,5 1,2 2,3 -3 -1 1 3 5 7 9 11 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: OGE

PIB PIB petrolífero PIB não petrolífero

0 20 40 60 80 100 120 1550 1600 1650 1700 1750 1800 1850 2013 2014 2015 2016 2017 Fonte: OGE 2017

Produção petrolífera (MBbl)/dia Preço médio do petróleo (USD/Bbl)

3.053,8 3.484,6 3.667,8 3.468,0 4.484,6 4.807,7 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 2015 Prel 2016 Rev. 2017 Fonte: OGE 2017

Receita Total Despesa Total

1562,6 847,6 441,7 671,5 1613,8 1034,8 484,2 680 300 500 700 900 1.100 1.300 1.500 1.700 Remuneração dos

empregados Bens e serviços Juros Transferênciascorrentes

Fonte: OGE 2017

(3)

 O volume de liquidez transaccionada no Mercado Monetário Interbancário (MMI) deu sinais de melhoria em Setembro, tendo registado um aumento de 62,02 mil milhões KZ em Agosto para 72,87 mil milhões KZ no mês seguinte. Entretanto a liquidez média transaccionada entre bancos comerciais em 2016, até Setembro, situa-se em cerca de 88,42 mil milhões KZ, muito abaixo da média em 2015 de 513,55 mil milhões KZ, reflexo do impacto negativo da Contribuição Especial sobre as Operações Bancárias (CEOB) de 0,1% sobre o custo destas operações.

 Contudo, a perspectiva de revogação da CEOB com a aprovação

do OGE 2017, poderá dar novo ímpeto ao MMI

 As taxas de juros do MMI, Luibor, têm seguido tendências

divergentes em função da maturidade. A Luibor overnight (a 1 dia)

aumentou de 13,93% em Agosto para 14,47% em Setembro,

pressionada pela CEOB. Em contraste, as taxas Luibor de maiores maturidades reduziram, no mesmo intervalo de tempo, entre 10 a 86 p.b., destacando-se que na maturidade 6 meses situou-se em 16,48% e na maturidade 12 meses fixou-se em 17,61%.

 A Massa Monetária, medida pelo agregado M2, cresceu em 13,84%

em Setembro face ao período homólogo, quase a metade do que os 22,17% registados em Agosto e a menor variação em 2016.

 O BNA ao não alterar o nível das taxas de juro desde Junho,

suportado pela desaceleração da massa monetária e

consequentemente, da inflação mensal, confere estabilidade adicional sobre a economia. Em Outubro, a Taxa Básica BNA manteve-se em 16%, a Facilidade de Cedência de Liquidez em 20% e a Facilidade de Absorção a 7 dias em 7,25%.

 A inflação deu sinais de desaceleração no mês de Setembro. A

inflação mensal fixou-se em 2,14% em Setembro, retraindo face aos 3,30% verificado no mês anterior, contraindo pelo segundo mês consecutivo, sendo que a taxa apurada em Setembro destaca-se como a mais baixa verificada em 2016.

 O Entreposto Aduaneiro de Angola, apresenta-se como principal

factor de travão sobre os avanços dos preços na economia ao facilitar a entrada de produtos da cesta básica na economia, comercializando-os a um preço mais baixo e flexibilizando os prazos para o pagamento por parte dos fornecedores. O mesmo identifica-se como principal instrumento de redução do efeito pass-trough da taxa de câmbio para a taxa de inflação, até a data muito elevado.

 Consequentemente, a expectativa dos agentes económicos em

relação a evolução dos preços tem melhorado, reforçada pelo discurso do Presidente da República, na Assembleia Nacional, na abertura do ano legislativo, em que deu a conhecer o objectivo principal de situar a inflação mensal em níveis inferiores a 1%, consagrada na taxa de inflação acumulada prevista para 2017 a rondar os 15,8%, presente na proposta de OGE 2017.

 Entretanto, em termos anuais, a taxa de inflação homóloga

aproxima-se da barreira dos 40%, tendo evoluído de Agosto a Setembro, de 38,18% para 39,44%. Ainda assim, o aumento em 1,26 p.p. representa a variação mais reduzida da taxa de inflação homóloga desde o inicio do ano.

 Por sua vez, a inflação acumulada no mês de Setembro já vai em

33,64%, o nível mais alto desde 2003. Entretanto, mantém-se ainda abaixo 38,5% antecipados no OGE Revisto de 2016.

Taxa de Inflação por tipo de bens Taxas de Juro do BNA

8 10 12 14 16 18 20

jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16

Fonte: BNA

Taxa BNA Taxa BNA Cedência O/N

Absorção O/N Absorção 7 dias

%

Transacções no MMI (mm KZ)

Inflação

Mercado Monetário

Inflação e Base Monetária

0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 Fonte: BNA -0,10 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16

Fonte: BNA e INE

Inflação Homóloga (esq) Var. percentual da BM Restrita (dir)

8 13 18 23 28 33 38 43

jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16

Fonte: INE

(4)

 A taxa de câmbio mantém-se estável ao longo do mês de Setembro, sem variações significantes desde o mês de Abril, altura em que atingiu 166,7 AOA/USD e 186,2 AOA/EUR.

 A evolução do kwanza tem sido contrária a perspectiva inicial de

desvalorização da moeda por duas vezes até ao final do ano, para 199 AOA/USD até ao final do terceiro trimestre e de 215 AOA/USD até ao final do ano, tendência tornada pública por alguns meios de comunicação sociais de carácter económico.

 O volume de divisas vendidas fixou-se em 1,10 mil milhões USD em

Setembro, inferior aos 1,20 mil milhões USD vendidos em Agosto e quase a metade da média de aproximadamente 2 mil milhões USD em 2014 e inferior aos cerca de 1,5 mil milhões USD em 2015.

 Como consequência do volume de divisas vendidas, as Reservas

Internacionais Líquidas (RIL) em Setembro atingiram 22.928 milhões USD, reduzindo 1,27% face ao mês anterior e 3,84% face ao período homólogo. As RIL angolanas garantem a cobertura de pouco mais de 6 meses de importações

 A taxa de câmbio no mercado paralelo caiu de aproximadamente

575 AOA/USD em final do Agosto para 470 AOA/USD na última semana de Setembro, uma queda de 18% correlacionada ao aumento da oferta no mercado formal.

 Para 2017, o OGE do referido ano, prevê que seja assegurado o

programa de Estabilidade Cambial, com foco para a garantia da solvência externa da economia, redução da taxa de inflação, suporte do programa de industrialização da economia e a manutenção dos níveis necessários para o comércio externo, factores que servirão de travão para que não ocorram desvalorizações acentuadas no ano.

 Botswana: O Comité de Política Monetária do Banco do Botswana

decidiu manter a taxa de juro de referência em 5,5%, o mesmo nível desde Agosto do ano corrente, principalmente pelo aumento da inflação em 0,2p.p. para 2,8% em Setembro, sendo que mantém-se inferior à meta de 3% a 6% definida pelo Banco Central desde Fevereiro de 2016 quando fixou-se em 3%. A instituição estima que a economia tenha contraído em 0,3% na análise homóloga de Junho de 2016, contrariamente ao crescimento de 3,1% registado na análise de Junho de 2015, em consequência da redução da produção mineira.

 Egipto: O Banco Central decidiu flexibilizar a taxa de câmbio no dia

3 de Novembro. A decisão contribuiu para a desvalorização da libra egípcia (EGP) em relação ao dólar, de aproximadamente 47,7% para 13 EGP/USD, quando a paridade de 8,8 EGP/USD era mantida desde Março do ano corrente. A determinação cambial associada ao aumento da taxa de juro de referência em 3p.p., de 11,75% desde Junho para 14,75%, reflecte a necessidade de aumentar o fluxo de capital estrangeiro e a necessidade de adequação às exigências do

Fundo Monetário Internacional (FMI) para beneficiar de um

empréstimo de 12 mil milhões USD.

 Uganda: O Banco Central decidiu reduzir a taxa de juro de

referência na reunião de Outubro. A contracção em 1p.p., para 13%, representa o objectivo de política monetária expansionista adoptada desde Abril do ano corrente, quando a taxa de juro de referência registava o nível de 17%. A necessidade de estimular o crescimento económico e a redução da inflação em 0,2p.p. para 4,8% em Setembro, reforçaram a decisão da autoridade económica que define como meta a manutenção da inflação em níveis próximos a 5%. Para 2016 o Governo perspectiva que a economia cresça 5%.

Taxas de Câmbio

Venda semanal de Divisas (Milhões EUR) 1, 00 1, 09 1, 18 1, 27 1, 36 1, 45 1, 54 70 90 11 0 130 150 170 190 210

set/14 ja n/1 5 mai/1 5 set/15 ja n/1 6 mai/1 6 set/16

Fonte: Bloomberg; BNA

AOA /E UR (esq.) AOA /U SD (esq.) EUR/USD (dir. )

Mercado Cambial

Economia Regional

Crescimento Económico segundo o FMI

Taxa de juro dos Bancos Centrais

314,60 387,20 138,10 237,10 328,10 226,70 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 Fonte: BNA

09-set-16 16-set-16 23-set-16 30-set-16 07-out-16 14-out-16

Média (Setembro): 269,25 Média (Outubro): 277,40

País / Região WEO Abr.

Angola 2,5 0,0 -3 1,5 1

África do sul 0,6 0,1 0 0,8 1

Nigéria 2,3 -1,7 -4 0,6 2

África subsaariana 3,0 1,4 -2 2,9 1

2016 2017

WEO Out. WEO Out.

7,0 16,0 5,5 14,0 11,8 7,0 16,0 5,5 14,0 14,8 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

África do Sul Angola Botswana Nigéria Egipto Fonte: Bancos centrais Outubro de 2016 Novembro de 2016

(5)

 O Presidente da República de Angola, no discurso à nação, analisou a evolução da inflação e explicou as entraves para o processo de diversificação. O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, discursou na reunião solene de abertura da 5ª legislativa da 3ª legislatura da Assembleia Nacional. Entre os diversos temas analisados, destacam-se a manutenção dos projectos estruturantes de Investimento Público em que fez referência a conclusão em 2017 da nova barragem de Laúca, de Cambambe e da Central do Ciclo Combinado do Soyo, que juntas deverão gerar uma potência até 3,78 mil megawatts. Destacou a nova tendência da taxa de inflação mensal que de aproximadamente 4% diminuiu para 2,14% em Setembro e apontou para a meta de reduzi-la para níveis inferiores a 1%.

 Em relação a diversificação, foi apontado como principal obstáculo gerado pela guerra que colocou

Angola e o Camboja como os dois países do mundo com mais minas anti-pessoais e anti-terrestres, cerca de 2 milhões de minas implantadas, o maior entrave para o desenvolvimento agrícola. O Presidente também realçou a expansão controlada do défice fiscal e do endividamento público como principal base para colmatar a quebra das receitas petrolíferas e para garantir o relançamento da economia, assente numa maior transparência da gestão da coisa pública, na maior eficiência e eficácia dos investimentos e na procura ou promoção do investimento privado.

 A 4ª Conferência Internacional sobre Tributação realizada em Luanda, teve como tema de destaque a

implementação do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA). A Conferência realizada pela Administração Geral Tributária contou com a participação de especialistas em tributação de alguns países como Portugal Moçambique e Quênia, que também implementaram o imposto com taxas de 23%, 17% e 16%, respectivamente. O imposto indirecto que incide sobre o valor acrescentado em transacções de bens e serviços e sobre importações, IVA, será implementado em Angola após um estudo do impacto do mesmo sobre a economia angolana. A participação do país no Centro Interamericano das Administrações Tributárias (CIAT) e no Fórum Africano das Administrações Tributárias (ATAF, sigla em inglês) garantem o suporte para a implementação do IVA de acordo com as necessidades do país e com características simples e modernas, em um período em que Angola apresenta-se como o único país da SADC que ainda não adoptou o imposto.

 Os Bilhetes do Tesouro (BT) já transaccionam com taxas de juro acima dos 20%. A taxa de juro dos

Bilhetes do Tesouro a um ano tornaram-se mais rentáveis aos investidores, chegando a transaccionar a 20,27%, teríamos de recuar até 2009 para encontrar níveis iguais das taxas de juro. Importa destacar que até ao ano de 2013, as taxas de juro para BT com a mesma maturidade atingiram níveis inferiores a 4%. A taxa de juro dos BT apuradas no dia 25 do corrente mês situavam-se em 14,50% para maturidade 91 dias, 18,75% para 182 dias e 20,27% para maturidade 364 dias.

 A oferta de moeda caiu pelo segundo mês consecutivo em Setembro. O Agregado monetário M2

contraiu 0,64% em Setembro face ao mês transacto, segundo dados preliminares divulgados, que representa a segunda contracção consecutiva do indicador que diminuiu 1% em Agosto. Em termos homólogos, o M2 cresceu 13,84% em Setembro, quase a metade da variação verificada em Agosto, de 22,17%, que representa o menor aumento desde Dezembro de 2015. O desempenho do indicador reflecte os esforços da Autoridade Monetária em controlar os avanços da inflação que já atingiu 39,4%.

 As Reservas livres dos bancos comerciais em kwanza caíram quase 20% em Setembro. O volume das

Reservas livres dos bancos comerciais caíram cerca de 19,72% em Setembro face ao mês anterior, situando-se em 83,68 mil milhões KZ, o nível mais baixo desde Outubro de 2015. As reservas em kwanza caiem em nível mais acelerado desde Junho (com reduções mínimas de 14%), impactadas entre outros factores pelo aumento do volume de divisas vendidas pelo BNA aos bancos comerciais nos últimos meses.

 A Coréia do Sul reforça a cooperação com os países africanos na conferência ministerial Korea-Africa

Economic Cooperation (KOAFEC). A conferência ministerial sediada em Seul, capital do Coréia do Sul e

que decorre de 24 a 27 de Outubro tem como objectivo analisar as parcerias público privadas entre os países membros e promover o investimento no sector privado africano. A quinta conferência KOAFEC conta com a presença de Ministros e Vice Ministros das Finanças dos 54 países membros e representantes de instituições regionais como o Banco Africano de Desenvolvimento. O interesse em estreitar as relações com África, poderá contribuir para que as transacções comerciais entre Angola e a Coréia do Sul aumentem, tendo-se em consideração que de 2014 a 2015 ascenderam em 2,72% para 2.187 milhões USD.

 O preço da Unidade Tarifária de Telecomunicações (UTT) irá aumentar em 38,8% a partir de Novembro.

O novo preço da UTT será de 10 KZ, superior em 38,8% ao valor em vigor de 7,2 KZ. O aumento aprovado a 22 de Setembro de 2016 pela Comissão Económica do Conselho de Ministros e pela Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros, entrará em vigor no dia 1 de Novembro, contribuindo para que o custo do cartão de recarga telefónica aumente de 900 KZ para 1.250 KZ.

 A Unidade Técnica de Acompanhamento de Projectos com Financiamento Externo (UTAP) foi criada em

Outubro para gestão do financiamento a projectos públicos. A UTAP criada em Outubro por Decreto Presidencial para funcionar nas dependências do Ministério das Finanças, assume a competência de validar os pedidos de desembolso de fundos em parceria com a Unidade de Gestão da Dívida Pública e de modo independente identificar eventuais constrangimentos e supervisionar a execução dos projectos financiados pelas linhas de crédito.

(6)

2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015 A n gol a 25,1 4,8 3,0 126,8 103,0 5.199,3 4.100,3 35,3 24,8 41,9 28,9 40,7 62,3 -2,9 -8,5 7,49 14,27 Á fri ca do Su l 54,0 1,5 1,3 350,1 313,0 6.483,8 5.694,6 28,2 29,7 32,0 33,7 47,1 50,1 -5,4 -4,4 5,78 4,89 B otswan a 2,1 3,2 -0,3 15,9 12,9 7.548,2 6.041,0 38,3 38,2 35,8 39,7 17,9 17,8 15,7 9,3 3,73 3,10 Camarõe s 23,1 9,2 7,7 35,9 38,9 452,9 475,9 14,6 16,1 13,3 14,2 16,8 18,8 -9,6 -12,2 1,20 0,89 Con go 4,4 3,4 2,5 2,2 2,0 1.151,7 1.051,6 60,6 59,4 59,9 59,3 49,5 60,0 -7,9 -2,6 2,92 5,49 R e p. D e m. Con go 81,7 3,3 3,0 10,7 9,7 452,8 401,8 12,4 11,8 14,7 15,5 34,7 35,6 -0,3 -2,2 6,03 7,56 G an a 26,9 5,7 3,0 6,1 6,4 344,0 354,3 25,0 24,7 29,8 30,7 100,4 83,4 -8,2 -8,9 24,15 24,86 M au rí ci a 1,3 3,6 3,4 12,6 11,6 10.032,6 9.218,4 20,6 22,5 23,8 25,9 56,1 58,1 -5,6 -5,1 0,19 1,33 M oçambi qu e 27,1 7,4 6,3 16,9 15,0 619,3 534,9 31,8 29,4 42,5 35,4 57,0 74,8 -34,4 -41,3 1,10 11,10 N amí bi a 2,2 4,5 4,5 13,2 12,8 5.988,1 5.776,9 35,4 33,7 39,4 39,6 25,0 27,2 -8,5 -9,8 4,63 3,50 N i gé ri a 178,7 3,3 4,4 1,3 1,4 14.769,9 14.940,7 37,3 34,3 33,6 32,3 68,6 68,1 -22,2 -14,2 0,52 3,16 Tan zân i a 47,7 2,5 1,7 4,4 4,0 3.483,6 3.139,7 30,1 27,6 31,3 33,1 13,7 17,4 3,3 0,5 6,19 4,93 Qu é n i a 44,1 7,0 7,0 48,1 44,9 1.028,8 941,8 14,9 15,1 18,0 18,8 35,2 40,5 -9,5 -8,7 4,75 6,84 Z âmbi a 15,5 5,6 3,6 27,1 21,9 1.726,0 1.350,2 18,9 17,5 24,9 25,6 35,1 52,9 2,1 -3,5 7,86 21,11 Z i mbabwe 13,4 3,3 1,5 14,2 14,3 1.070,6 1.064,4 26,6 27,3 28,1 28,5 51,1 53,0 -18,6 -17,3 -0,80 -2,35 Fonte: FMI

População PIB per capita (USD) Dívida Pública (%PIB) Inflação (%) Balança corrente

(%PIB) Receitas (%PIB) Despesas (%PIB)

PIB nominal (USD ) PIB (t v, %)

Indicadores Económicos de Países da África Subsariana

Mercado Monetário e Mercado Cambial

Tabelas de Indicadores Económicos

2015 2 016

Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Taxa de câmbio (média)

USD/AOA 97,619 103,069 125,8 125,8 135,3 135,4 135,3 135,3 155,6 158,9 160,7 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 165,9 EUR/AOA 134,387 125,27 137,9 140,8 151,3 149,0 143,0 147,1 169,9 177,6 179,5 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 185,4 Taxa de ju ro cré dito ( 181 d a 1 an o, %) Empresas Moeda Nacional 13,86 13,88 13,88 14,02 15,22 15,2 15,2 15,11 15,22 15,18 15,21 15,24 15,27 15,1 15,55 15,38 15,17 Moeda Estrangeira 12,07 10,64 12,00 12,00 12,94 12 12 12,97 12 - - - -Particulares Moeda Nacional 13,64 13,59 13,01 12,79 15,34 15,32 15,36 10,14 15,35 15,17 17,19 16,29 17,82 15,41 15,62 15,50 16,92 Moeda Estrangeira 8,15 6,43 3,18 3,18 4,08 3,51 3,51 2,65 6,03 4,65 13,61 10,91 9,69 6,72 7,51 6,72 9,12 Taxa de de pósitos ( 181 d a 1 an o, %) Moeda Nacional 3,87 4,31 4,20 4,65 3,87 3,87 3,85 4,21 3,84 3,86 3,83 3,85 3,99 3,97 3,99 3,96 4,01 Moeda Estrangeira 2,25 2,28 2,33 2,56 3,39 3,3 3,45 2,62 2,98 3,07 3,13 2,74 2,68 2,92 3,03 2,51 2,36

A gre gados M on e tários ( USD )

M1 2.584,6 3.096,9 3.288,2 3.230,2 3.210,5 3.229,9 3.291,4 3.412,4 3.645,4 3.788,0 3.872,1 3.849,5 4.060,9 3.989,6 4.077,1 3.926,2 3.886,6

M2 4.394,7 5.103,5 5.346,8 5.383,2 5.739,7 5.435,6 5.435,3 5.703,7 6.001,2 6.042,8 6.304,5 6.350,7 6.523,4 6.567,4 6.643,1 6.576,5 6.534,3

M3 4.396,7 5.110,1 5.350,0 5.385,8 5.742,7 5.443,5 5.470,5 5.711,8 6.011,0 6.052,3 6.314,0 6.359,1 6.532,2 6.576,9 6.652,6 6.580,7 6.538,6

Taxa Lu ibor ( fim de pe riodo, %)

O/N 4,71 6,14 12,27 13,26 11,81 11,66 11,53 11,31 11.30 11,3 11,01 14,00 13,92 13,92 13,92 13,93 14,47 30 dias 6,99 7,45 10,64 11,4 11,33 11,39 11,32 11,44 11,47 11,67 12,27 13,49 14,2 13,82 14,72 15,08 14,63 90 dias 7,5 8,02 10,87 11,45 11,50 11,55 11,56 11,88 12,1 12,87 13,31 14,4 15,42 15,84 16,24 16,28 15,8 180 dias 8,12 8,5 10,93 11,37 11,60 11,68 11,73 12,21 12,55 13,44 14,01 15,18 16,43 16,71 17,07 17,34 16,48 270 dias 8,82 8,93 10,83 11,19 11,56 11,78 11,89 12,56 12,92 13,87 14,61 15,79 17,29 17,24 16,78 17,06 16,96 360 dias 9,34 9,55 11,14 11,27 11,65 11,89 12 12,84 13,31 14,43 15,26 16,54 18,16 17,64 18,05 17,87 17,61

Taxa Básica ( fim-de -pe riodo, %) 9,75 9 10,25 10,50 10,50 10,50 10,50 11,00 12 12 14 14 16 16 16 16 16

Taxa In flação ( fim-de -pe riodo, y / y , %) 7,69 7,48 10,41 11,01 11,66 12,4 13,29 14,27 17,34 20,26 23,60 26,41 29,23 31,8 35,3 38,18 39,44

Re se rvas in te rn acion ais ( USD ) 31.154 27.276 24.205 24.464 23.842 23.479 24.890 24.572 24.534 23.888 24.297 24.774 24.339 23.977 24.484 23.223 22.928

Produ ção de pe tróle o ( mb/ d) 1,73 1,62 1,81 1,75 1,77 1,81 1,84 1,85 1,73 1,75 1,77 1,79 1,77 1,77 1,77 1,78 1,77

Fonte: BNA, INE, OPEP

dez/14 dez/13

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