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VIII Congresso Brasileiro de Administração e Contabilidade - AdCont a 21 de outubro de Rio de Janeiro, RJ

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Academic year: 2021

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1 Mapeamento do Domínio Conceitual do Construto

Potencial Exportador de Pequenas Empresas

Angela da Rocha, Doutora em Administração de empresas pela IESE Business School IAG PUC-Rio

amc.darocha@gmail.com

Vivian Steinhäuser, Mestre em Administração de empresas pelo IAG PUC-Rio IAG PUC-Rio

peuker.steinhauser@phd.iag.puc-rio.br

Henrique Pacheco, Mestre em Administração de empresas pelo IAG PUC-Rio IAG PUC-Rio

henriquefpacheco@gmail.com

Resumo

Apresenta-se, neste estudo, o mapeamento do domínio conceitual do construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’, com foco no caso brasileiro. Não só a literatura sobre o tema se encontra bastante fragmentada, quanto são poucos os estudos realizados no Brasil que auxiliam no propósito de identificar quais os antecedentes relevantes da entrada de uma pequena empresa no mercado internacional. No campo de Negócios Internacionais, há falta um modelo recente que integre os achados de diferentes literaturas. A pesquisa buscou responder a duas perguntas de pesquisa: (1) Quais as dimensões, sub-dimensões e indicadores do construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’ identificados na literatura? (2) Qual o grau de influência de cada indicador no caso de pequenas empresas brasileiras? O modelo foi desenvolvido com base em uma abordagem teórica baseada em ampla revisão de literatura, depuração e validação por especialistas. O modelo final proposto é composto por três dimensões, dez sub-dimensões e 47 indicadores para o construto. O modelo conceitual proposto deve ser considerado preliminar, devendo ser desenvolvido em sua operacionalização, determinadas as relações entre dimensões, sub-dimensões e indicadores e testado empiricamente em futuros estudos. Além da proposta da modelagem conceitual, o trabalho contribui ao unir a literatura mais antiga sobre exportação com a literatura mais recente de empreendedorismo internacional e born globals.

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2 1. Introdução

A relevância das pequenas e médias empresas para as economias nacionais tem aumentado significativamente nas últimas décadas. No caso brasileiro, essas empresas representam 99% dos estabelecimentos no país e empregam cerca de 52% dos trabalhadores formais não agrícolas. Em comparação, na União Europeia, equivalem a 98% do número total de empresas do bloco e são responsáveis por, aproximadamente, 67% do total de postos de trabalho (Eurobarometer, 2013).

Contudo, tal relevância não se traduz em participação expressiva no comércio internacional brasileiro. Em 2014, 59% das empresas exportadoras do país eram pequenas e médias, mas suas exportações totais, em valor, foram de apenas dois bilhões de dólares, ou seja, menos de 1% do total exportado pelo país, um dos percentuais mais baixos da série histórica iniciada em 1998 (Sebrae, 2015). O resultado é insignificante quando comparado ao caso italiano, em que a participação de PMEs na exportação chegou a 30% (AEB, 2016).

Assim sendo, o entendimento de como desenvolver o potencial exportador de pequenas empresas é relevante para o país. Essa é a premissa com que trabalha a literatura de empreendedorismo internacional, que considera que a habilidade de descobrir e explorar novas oportunidades em diversos países deixou de ser prerrogativa das grandes corporações (Autio, 2005), não havendo restrições relativas ao porte e à idade das firmas. No entanto, os dados da balança comercial brasileira desafiam essa premissa, ao indicarem que cerca de 99% das exportações encontram-se concentradas em número bastante reduzido de grandes firmas. O tema não é novo na literatura de Negócios Internacionais. Já há várias décadas a questão do potencial exportador vem sendo explorada no âmbito dos estudos sobre exportção. Tais estudos, iniciados na década de 1960, foram em grande parte desenvolvidos antes que o fenômeno da globalização se manifestasse plenamente.

Por outro lado, uma literatura mais recente, ainda no campo dos Negócios Internacionais, surge ao final da década de 1980, trazendo consigo uma nova visão da internacionalização das empresas de menor porte no contexto da globalização: o empreendedorismo internacional. Para esses teóricos, as empresas empreendedoras se lançam aos mercados internacionais muito mais cedo e com muito mais facilidade do que suas congêneres de décadas atrás. Desfrutam, ao contrário de suas predecessoras, de avanços nas tecnologias de comunicação e informação e barateamento dos custos de transporte, inserindo-se em um mundo que se tornou menor e mais conectado. Já não se encontram, assim, limitadas a seu país de origem, mas atravessam fronteiras com facilidade nunca dantes experimentada por empresas de porte menor.

Faz-se necessário, portanto, integrar essas literaturas, de modo a mapear o domínio conceitual do construto ‘potencial exportador’ para empresas de menor porte no contexto de economias emergentes, como o Brasil, e contribuir para o desenvolvimento de estudos empíricos futuros. Portanto, o principal objetivo deste ensaio teórico é mapear o domínio conceitual do construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’. A pesquisa buscou responder a duas perguntas de pesquisa: (1) Quais as dimensões, sub-dimensões e indicadores do construto ‘potencial

exportador de pequenas empresas’ identificados na literatura? (2) Qual o grau de influência de cada indicador no caso de pequenas empresas brasileiras?

2. Referencial Teórico

O referencial teórico deste estudo considera as duas literaturas, no campo de negócios internacionais, que tratam de potencial exportador ou internacional das empresas. O primeiro grupo de estudos inclui:

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3 • modelos de pré-internacionalização seminais (Welch & Wiedersheim-Paul, 1980;

Wiedersheim-Paul, Welch, & Olson, 1978);

• modelos graduais de internacionalização (por exemplo, Bilkey, 1978; Cavusgil, 1980; Johanson & Vahlne, 1977, 1990; Johanson & Wiedersheim-Paul, 1975);

• estudos sobre o comportamento e perfil exportador (por exemplo, Becker & Egger, 2013; Cavusgil, Bilkey, & Tesar, 1979)

• estudos sobre barreiras à exportação (por exemplo, Awan, 2011; Cavusgil & Yeoh, 1994; Kahiya, Dean, & Heyl, 2014; Leonidou, 1995, 2004; Shaw & Darroch, 2004; Wright, Westhead, & Ucbasaran, 2007)

• estudos sobre desempenho exportador (por exemplo, Aaby & Slater, 1989; Zou & Stan, 1998; Leonidou & Katsikeas, 2010).

O segundo grupo de estudos examinado encontra-se no campo do empreendedorismo internacional, compreendendo ainda a literatura sobre born globals que, embora de origem diversa, acabou por se incorporar ao empreendedorismo internacional, dada a convergência de objeto de estudo das duas correntes (por exemplo, Aspelund, Madsen, & Moen, 2007; Coviello, McDougall, & Oviatt, 2011; Covin & Miller, 2014; Jones, Coviello, & Tang, 2011; Laufs & Schwens, 2014; Wiklund, Davidsson, Audretsch, & Karlsson, 2011).

A amplitude da literatura consultada torna impossível, neste ensaio, rever detalhadamente cada estudo, levando portanto a uma síntese, necessariamente superficial, de cada grupo de estudos abordado.

Os modelos de comportamento pré-exportador são pouco comuns na literatura consultada, limitando-se aos estudos sobre comportamento exportador. Essa escassez se deve, em parte, à dificuldade do tema e também ao fato de que empresas de países desenvolvidos já avançaram em grande medida para a internacionalização. Assim, é provável que os autores desses países se sintam menos motivados a examinar essa questão. Entre os modelos de pré-internacionalização salienta-se o de Wiedersheim-Paul, Welch e Olson (1978). O modelo proposto por esses autores assume que a maior parte das empresas nesta fase são pequenas e têm apenas um tomador de decisão, cujas características pessoais e experiência exercem forte influência sobre a decisão final. A localização da empresa também é fator importante: se está próxima a outras empresas exportadoras, é provável que desenvolva atitude favorável à exportação. O mérito principal dos modelos de comportamento pré-exportador foi exatamente o de chamar a atenção para variáveis capazes de estimular empresas domésticas a se moverem para mercados externos.

Já os modelos graduais de internacionalização se preocupam com o processo pelo qual as empresas se movem ao longo da internacionalização, em geral compreendendo não só a exportação como outros modos de operação em mercados externos. Destacam-se aí os modelos de estágios de Bilkey e Tesar (1977), Cavusgil (1980), Czinkota (1982) e Reid (1981), denominados por Andersen (1993) de Modelos-I, por verem a exportação como uma inovação. Também se enquadram nessa categoria o Modelo-U (Andersen, 1993), que corresponde ao modelo original de processo de internacionalização de Uppsala (Johanson & Vahlne, 1977, 1990), que vê a internacionalização como processo gradual, sendo a exportação indireta e, posteriormente, a direta, apenas uma etapa da chamada “cadeia de estabelecimento”. As empresas evoluiriam para modos de entrada de maior comprometimento, à medida que aumentassem seu conhecimento e comprometimento com os mercados externos.

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4 Os modelos graduais encontram-se intimamente ligados aos estudos sobre perfis de exportadores. Cavusgil, Bilkey e Tesar (1979) definem o perfil exportador como a combinação de características objetivas associadas ao fato de a empresa exportar ou não exportar. O reconhecimento de perfis exportadores é útil, à medida que pode ser utilizado por órgãos ou agências de fomento à exportação para detectar o potencial exportador de empresas, permitindo que concentrem seus esforços para desenvolver aquelas empresas com maior potencial. O modelo dos autores, conhecido como ‘árvore de probabilidade de exportação’ resultou de pesquisa empírica com pequenas e médias empresas manufatureiras nos EUA. Empresas com perfil exportador apresentavam as seguintes características: expectativas favoráveis com relação à influência da exportação no crescimento da empresa e no desenvolvimento de seu mercado e tamanho maior. Katsikeas, Piercy e Ioannidis (1996), por sua vez, identificaram tamanho, experiência, orientação internacional, tecnologia e competitividade de custos como fatores favoráveis ao desenvolvimento do potencial exportador, enquanto Becker e Egger (2013) encontram relação com inovação de produto e de processo.

Barreiras à exportação são restrições atitudinais, estruturais e operacionais que impedem empresas de iniciar, desenvolver e sustentar a operação em um mercado estrangeiro (Leonidou, 1995). As barreiras à exportação podem ser internas, ou seja, aquelas associadas a recursos organizacionais/capacidades funcionais, informacionais e de marketing e à visão da empresa sobre exportação, e externas, advindas de fatores do ambiente doméstico ou internacional, podendo ser processuais, governamentais, relativas a tarefas e ambientais (Leonidou, 1995, 2004; Pinho & Martins, 2010). Fatores ambientais podem se originar no mercado doméstico, relativos ao governo local, infraestrutura e sistemas logísticos, e no mercado externo, derivados de condições políticas, econômicas e socioculturais deste mercado (Leonidou, 2004; Kahiya, Dean, & Heyl, 2014). O gestor tem papel importante no impacto das barreiras à exportação: gestores avessos a risco, despreparados e com visão reativa percebem barreiras à exportação de forma mais intensa e preocupante. Fatores organizacionais, como a idade da empresa, podem ter influência, devido a limitações de recursos, dificuldades operacionais e restrições comerciais em empresas mais jovens. No Brasil, os fatores identificados em estudos passados mostram tipo de indústria, tamanho da firma, estágio, experiência e grau de envolvimento com exportação como sendo as barreiras mais comumente percebidas (Rocha & Christensen, 1994). A percepção de barreiras parece mostrar-se estável ao longo do tempo (Rocha, Freitas, & Silva, 2008). Além disso, o trade-off entre benefícios e custos da exportação desestimula os gestores (Carneiro, Bianchi, & Gomes, 2016).

Com relação aos determinantes do desempenho exportador, Zou e Stan (1998, p.333) afirmam que a literatura proporciona uma “coleção fragmentada de achados confusos”. Muito foi escrito sobre o assunto, mas não há síntese. Na mais recente avaliação desses estudos, Leonidou e Katsikeas (2010) criticam a falta de conceituação precisa e ancoragem teórica dos construtos. Aaby e Slater (1989) fizeram uma revisão conceitual em 55 estudos entre 1978 e1988 para compilar o conhecimento existente sobre variáveis controláveis como: características da empresa; competências da empresa e estratégia empresarial e o quanto esses fatores podem influenciar o sucesso das empresas que exportam.

O segundo grupo de estudos analisados compreende a literatura de empreendedorismo internacional e born globals. Essa literatura fornece subsídios para a identificação do potencial exportador de empresas em um contexto internacional mais recente, o da globalização. Sua ênfase encontra-se, de um lado, no papel do empreendedor na aceleração do

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5 processo de internacionalização, e de outro, nas estratégias peculiares de expansão internacional adotadas pelas empresas estudadas.

Rialp, Rialp e Knight (2005) revisam trabalhos realizados entre 1993 e 2003, identificando

vários fatores no ambiente interno ou externo à empresa associados ao fenômeno de internacionalização precoce Com relação aos gestores mencionam: visão globalizada, experiência internacional, comprometimento, redes pessoais e de negócios e qualidade da liderança. As variáveis organizacionais seriam: conhecimento e comprometimento de mercado, ativos intangíveis únicos e diferenciados, diferenciação de produto, tecnologia de ponta, inovação tecnológica, estratégia internacional pró-ativa focada em mercados de nicho e geograficamente dispersos, orientação ao cliente, com uma base de clientes bem definida e relacionamento muito próximo e flexibilidade de se adaptar às mudanças externas. Em sua revisão de estudos empíricos cobrindo período similar (1992 a 2004), Aspelund, Madsen e Moen (2007) convergem ao identificar os seguintes aspectos da estratégia das empresas: velocidade do processo de internacionalização, foco em nicho, intensidade internacional, diversidade na seleção de mercados e uso criativo de modos de entrada. Por sua vez, Coombs

Sadrieh e Annavarjula (2009), em revisão crítica com base em 20 anos de pesquisa acadêmica em empreendedorismo internacional, abrangendo 150 estudos empíricos e conceituais,

concluem que o tamanho menor não impede a internacionalização, embora a relação entre tamanho e internacionalização permaneça ambígua e incerta na literatura.

A revisão bibliográfica permitiu o levantamento preliminar dos antecedentes da exportacão ou início do processo de internacionalização de pequenas empresas, que serviu de base para o processo descrito a seguir.

3. Metodologia

Construtos podem ser muito específicos, estreitamente definidos e ter seu conteúdo coberto por um item apenas. Outros, como o caso do construto ‘potencial exportador’, podem ser multidimensionais e complexos, abrangendo mais de um sub constructo (Spector, 1992). O processo de mapeamento do domínio conceitual de um construto consiste em delinear “o que está incluído e o que não está incluído no domínio” (Churchill, 1979, p.67). O mapeamento do domínio conceitual do construto pode ser feito tanto seguindo o procedimento dedutivo como indutivo (Hinkin, 1998). O procedimento dedutivo, adotado no presente ensaio, se baseia em ampla revisão de literatura, buscando-se dimensões e indicadores utilizados em estudos empíricos prévios. O procedimento indutivo faz uso da opinião de especialistas envolvidos com o fenômeno estudado, com o propósito de realizar uma validação dos resultados previamente obtidos. É importante garantir que o significado dado pelos especialistas aos indicadores é o mesmo que foi levantado na revisão de literatura para posteriormente descrevê-los de forma clara e precisa (Mckenzie, 2003). Tais recomendações guiaram a metodologia adotada no presente ensaio.

Portanto, o mapeamento do domínio conceitual do construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’, buscando sua aplicação ao caso brasileiro e, possivelmente, ao de outras economias emergentes com características similares, seguiu quatro fases: (i) fase exploratória, que consistiu em levantamento amplo a partir das literaturas de exportação e de empreendedorismo internacional, no campo dos negócios internacionais; (ii) fase de depuração, em que os pesquisadores analisaram os resultados anteriores; (iii) fase de validação com especialistas; e (iv) consolidação dos resultados.

A primeira fase, exploratória, consistiu de extensa pesquisa bibliográfica sobre as temáticas cobertas pelo estudo. Primeiramente foi feito um levantamento dos artigos seminais sobre

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6 comportamento pré-exportador. Em seguida buscou-se por revisões de literatura realizadas no período entre 1970 e 2016. Seguidamente, foram examinadas as principais bases de periódicos com o objetivo de identificar estudos mais recentes que não foram cobertos pelas revisões de literatura. Por fim, com o objetivo de garantir a contextualização do construto ao ambiente brasileiro, buscaram-se artigos nacionais sobre as temáticas em questão. A partir do material bibliográfico coletado, foram identificadas preliminarmente as dimensões principais do construto ‘potencial exportador’. Nesta etapa foram identificadas cinco dimensões principais.

Na segunda fase, denominada depuração, os resultados preliminares foram discutidos pelos pesquisadores. As discussões tiveram como objetivo delimitar o escopo e confirmar a relevância das principais dimensões identificadas para o propósito do trabalho. Nesta análise, as dimensões principais foram reduzidas de cinco para três. Em seguida, os indicadores foram associados a cada dimensão. A depuração permitiu agrupar os 95 indicadores em 13 sub-dimensões associadas às três sub-dimensões restantes. As 13 sub-sub-dimensões emergiram dos dados, não tendo sido utilizadas classificações já existentes, uma vez que não se identificou um padrão entre os autores que apresentam classificações dessa natureza.

Em seguida, realizou-se a terceira fase do estudo, a validação por três especialistas, com amplo conhecimento teórico e experiência prática em comércio exterior. O objetivo principal da validação foi determinar se cada indicador teria ou não influência no potencial exportador de pequenas empresas brasileiras e avaliar seu grau de influência. Em uma reunião presencial com os três especialistas simultaneamente, a proposta das dimensões, sub-dimensões assim como seus indicadores foi apresentada e explicou-se contexto dos estudos de que cada indicador fora extraído. Solicitou-se que cada especialista respondesse a duas perguntas: (1) Trata-se de um indicador do construto potencial exportador de pequenas empresas brasileiras? (2) Em caso positivo, qual o grau de influência desse indicador sobre o potencial exportador de pequenas empresas brasileiras? Para mensurar o grau de influência foi utilizada uma escala de três pontos, sendo 1 = pouca influência; 2 = alguma influência; e 3 = nenhuma influência. Havendo discordância entre os especialistas, estimulou-se o debate para que se chegasse a um consenso final. Por fim, na última fase, consolidação de resultados, foram integrados os resultados obtidos, chegando-se a três dimensões, dez sub-dimensões e 47 indicadores.

4. Resultados

Inicialmente foram identificadas cinco dimensões a partir da revisão de literatura: (1) Características da Empresa, (2) Características da Estratégia, (3) Características do Decisor, (4) Características da Indústria e (5) Características do Ambiente.

Contudo, considerou-se que, no caso do construto Potencial Exportador, as Características da Estratégia se enquadrariam dentro das Características da Empresa, uma vez que as empresas visadas pelo estudo ainda não se encontram internacionalizadas e, portanto, não dispõem de estratégias internacionais. De fato, as firmas podem dispor apenas de suas capacidades e recursos para desenvolver ou implementar estratégias internacionais futuras, ou seja, a depender de suas características as empresas apresentariam, ou não, potencial para tal.

Por sua vez, as Características do Ambiente são comumente divididas em características do ambiente internacional e do ambiente doméstico. Em relação às características do ambiente internacional julgou-se que estas não seriam relevantes quando se discute o potencial exportador de uma pequena empresa brasileira. Isto porque, uma vez que as empresas vsadas ainda não exportam e, portanto, ainda não selecionaram mercados externos, não seria possível definir e avaliar a priori o contexto internacional no qual a firma irá operar. Já as características do mercado doméstico (econômicas, políticas, sociais etc.) seriam comuns a

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7 todas as empresas de um mesmo país. Ainda que os efeitos do ambiente doméstico variem de acordo com as características de cada firma e da indústria na qual está inserida, entendeu-se que, entre as características externas à empresa, as Características da Indústria seriam mais relevantes para definir o potencial exportador de empresas de um mesmo país.

Dessa forma, priorizando a parcimônia e tendo em vista o objetivo do estudo, de mapear o construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’ para o caso brasileiro, as dimensões principais foram reduzidas a três: Características da Empresa, Características do Decisor e Características da Indústria. Em seguida, cada dimensão foi dividida em sub-dimensões, que resultaram da avaliação dos tipos de indicadores coletados. Após a validação, restaram dez sub-dimensões e 47 indicadores validados e classificados como pouco influentes, algo influente e muito influentes, chegando-se ao modelo conceitual final.

Características da Empresa

A dimensão Características da Empresa foi dividida em cinco sub-dimensões: (1) Tamanho; (2) Propriedade/Governança; (3) Recursos; (4) Capacidades e (5) Produto.

O Tamanho da empresa aparece na maioria dos estudos avaliados, particularmente naqueles anteriores às duas últimas décadas. Embora a importância do tamanho da empresa seja relevante na literatura de exportação (cf. Leonidou & Katsikeas, 2010), os estudos mais recentes ligados ao empreendedorismo internacional, desafiam a importância do tamanho da empresa para definir seu potencial exportador. No entanto, seguindo Coombs, Sadrieh e Annavarjula (2009), decidiu-se incluir essa sub-dimensão na definição do construto por se entender que o tamanho relativo da empresa (menor ou maior) ainda pode ser uma variável relevante em muitas situações, principalmente no contexto brasileiro.

A sub-dimensão Propriedade/Governança engloba aquelas caraterísticas da empresa relativas a estrutura, organização e governança. Keupp e Gassman (2009), entre outros, apontam sua importância para o potencial de internacionalização da empresa.

Duas outras sub-dimensões identificadas foram os Recursos e as Capacidades da empresa. Segundo Barney e Hesterly (2008), os recursos seriam ativos tangíveis e intangíveis que a empresa controla e que podem ser usados para implementar estratégias. Exemplos de recursos são fábricas (ativo tangível), produtos (ativos tangíveis) e a reputação de uma empresa (ativo intangível). As capacidades seriam um subconjunto dos recursos de uma empresa, também tangíveis e intangíveis, que lhes permitem aproveitar ao máximo seus recursos. Apesar do tratamento conjunto dado por Barney e Hesterly (2008), optou-se, neste trabalho, por tratá-los separadamente, uma vez que seu impacto sobre o construto ‘potencial exportador’ pode ser distinto, o que só se poderá verificar, de fato, por meio de futuros testes empíricos.

Por fim, a última sub-dimensão seria a natureza do Produto oferecido pela empresa e a forma de oferecê-lo. Há inúmeros estudos na literatura de exportação que abordam essa dimensão, como indicam Leonidou e Katsikeas (2010). Por exemplo, de acordo com Cavusgil, Bilkey e Tesar (1979), empresas com menor probabilidade de exportar não dispõem de produtos diferenciados em seu mercado doméstico, e Pinho e Martins (2010) identificaram a falta de adaptabilidade do produto/serviço como forte inibidor para pequenas empresas exportarem.

Características do Decisor

Tanto a literatura de exportação quanto a de empreendedorismo internacional atribuem importância crítica ao papel desempenhado pelo decisor em levar uma empresa a exportar (p. ex. Bilkey, 1978; Christensen, Rocha, & Gertner, 1987; McDougall, Shane, & Oviatt, 1994; Peiris, Akoorie, & Sinha, 2012). A dimensão Características do Decisor foi dividida em seis

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8 sub-dimensões: (1) Características Demográficas; (2) Competências; (3) Percepções; (4) Atitudes; (5) Motivações e (6) Estímulos.

A sub-dimensão Características Demográficas engloba características objetivas, tais como a educação e experiência internacional anterior do gestor (Coombs, Sadrieh e Annavarjula, 2009; Keupp & Gassmann, 2009; Leonidou & Katsikeas, 2010).

Já as Competências do Decisor dizem respeito a talentos e capacidades do gestor, como por exemplo a capacidade criativa, capacidade de ser eficiente e perseverante (Peiris et al., 2012; Kahiya et al., 2014), assim como a diferentes formas de conhecimento acumulado pelos gestores (Leonidou, Katsikeas, Palihawadana & Spyropoulou 2007; Pinho & Martins, 2010; Rialp, Rialp, & Knight,2005)

A sub-dimensão Percepções do Decisor também aparece em muitos estudos como um fator influente no processo de internacionalização (Aaby & Slater, 1989; Covin & Miller, 2014; Laufs & Schwens, 2014; Leonidou, 2004; Zou & Stan, 1998).

A sub-dimensão Atitude do Decisor inclui variáveis como alta aspiração, inovatividade, comprometimento e proatividade, que resultam em incentivo a favor da atividade de exportação. Uma atitude positiva com relação à internacionalização reduziria a incerteza no processo de pré-exportação e aumentaria o potencial de a empresa exportar (Welch, Wiedersheim-Paul, & Olson, 1978).

Por fim, as últimas sub-dimensões seriam as Motivações e Estímulos de forma geral vindas do próprio gestor que estimulam o início do processo de internacionalização. Leonidou, Katsikeas, Palihawadana e Spyropoulou (2007), estímulos à exportação, também chamados de motivos ou incentivos, referem-se a todos aqueles fatores que desencadeiam a decisão da empresa para iniciar e desenvolver atividades de exportação.

Características da Indústria

A indústria, segundo Porter (2004), afetaria diretamente o desempenho da empresa ou do conjunto de empresas que nela atuam. A indústria aparece de forma limitada nos estudos de exportação e de empreendedorismo internacional, contrariamente a outras dimensões.

Segundo Leonidou, Katsikeas, Palihawadana e Spyropoulou (2007), o estímulo à exportação resulta de vários fatores, e pode variar de acordo com contextos de tempo, espaço e da indústria. Zou e Stan (1998) propõem que as medidas de desempenho de exportação sejam agrupadas em sete categorias. As características da indústria (intensidade tecnológica da indústria e nível de instabilidade da indústria) são uma dessas categorias, classificadas como externa e não controlável. Keupp e Gassman (2009) classificam os indicadores relacionados à indústria (concorrência doméstica e global da indústria; estrutura da indústria (doméstica ou global); política governamental de apoio a indústria e tipo de setor (tecnologia alta ou baixa, manufatura ou serviço) como antecedentes à internacionalização da firma. Por fim, entendeu-se não entendeu-ser necessário dividir a dimensão Características da Indústria em sub-dimensões, dado que aparece em número reduzido de estudos, com poucos indicadores.

A proposta das dimensões, sub-dimensões e seus indicadores foi apresentada a três especialistas, que validaram a pertinência de cada indicador para o construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’ aplicado ao caso brasileiro e classificaram cada um de acordo com seu grau de importância. Considerações de parcimônia também guiaram o processo, uma vez que é necessário chegar a um conjunto testável de indicadores.

Os Quadros 1, 2 e 3, a seguir, apresentam os indicadores que passaram pelas etapas de depuração e validação, pertinentes às três dimensões principais. As observações feitas após cada quadro buscam exemplificar o tipo de considerações levadas em conta na validação feita

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9 pelos especialistas e não apresentar uma discussão detalhada de cada decisão tomada no decorrer do processo de validação.

Quadro 1: Indicadores validados da dimensão Características da Empresa DIMENSÃO: CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA

1 = Pouca Influência 2 = Alguma Influência 3 = Muita Influência

SUB-DIMENSÃO: Tamanho Faturamento Número de empregados SUB-DIMENSÃO: Experiência da empresa Experiência internacional da empresa

Experiência no negócio

SUB-DIMENSÃO: Propriedades da Empresa/Governança

Familiar/não-familiar

SUB-DIMENSÃO: Recursos

Capacidade produtiva

Redes de relacionamento locais Controle de gestão eficiente

Acesso a recursos financeiros de terceiros

Capital de giro para exportar Redes de relacionamento internacionais Disponibilidade de funcionários com competência multilinguistica Disponibilidade de recursos próprios para investir em exportação SUB-DIMENSÃO: Capacidades Capacidade de desenvolver

novos produtos para mercados estrangeiros

Capacidade de oferecer crédito ao cliente externo

Competências em distribuição

Competências em comunicação Competências de planejamento Competências para apreçamento Competências para oferecer serviço técnico pós-venda Capacidade de mobilizar recursos Capacidade absortiva Capacidade de alcançar especificações técnicas do mercado estrangeiro SUB-DIMENSÃO: Produto Diversificação de linha Grau de diferenciação Grau de inovação Capacidade de realizar adaptações para o mercado externo

Fonte: Elaboração dos Autores.

Dos indicadores de Características da Empresa retirados por não se adequarem a empresas pequenas, destacam-se os indicadores ‘participação no mercado’ e ‘capital aberto/fechado’. Outros indicadores foram agrupados. Por exemplo, os indicadores originais ‘disponibilidade de recursos para investir em exportação’, ‘estoque de recursos’ e ‘recursos financeiros’ foram agrupados e substituídos por ‘disponibilidade de recursos próprios para investir em exportação’; e os indicadores originais ‘capital social’ e ‘redes de relacionamento locais/internacionais’ foram considerados redundantes, mantendo-se o último. Alguns indicadores foram retirados por se considerar que dependem do setor (por exemplo, ‘capacidade de adaptação de estilo/design’).

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10 Quadro 2. Indicadores validados da dimensão Características do Decisor

DIMENSÃO: CARACTERÍSTICAS DO DECISOR

1 = Pouca Influência 2 = Alguma Influência 3 = Muita Influência

SUB-DIMENSÃO: Características demográficas

Origem nacional e cultural Educação

Experiência internacional SUB-DIMENSÃO: Competências

Capacidade de identificar oportunidades no exterior Capacidade de ser criativo Capacidade de ser eficiente Conhecimento sobre os mercados e como exportar e práticas de negócios no exterior

Conhecimento sobre programas de assistência a exportação

Capacidade de ser perseverante SUB-DIMENSÃO: Percepções

Percepção de superar barreiras à exportação Potencial do mercado internacional Expectativa de rentabilidade na exportação Risco percebido SUB-DIMENSÃO: Atitudes

Comportamento inovador Orientação internacional (proatividade e motivação para a exportação) Fonte: Elaboração dos Autores.

Com relação às Características do Decisor, os processos de depuração e validação foram mais longos, uma vez que o grande número de atitudes provenientes da literatura apresenta superposições. A sub-dimensão ‘motivações estímulos’ foi retirada no processo de validação por especialistas, considerando-se a superposição de seus indicadores com os de outras sub-dimensões. Problemas de superposição ocorreram com diversos indicadores, como o indicador ‘capacidade de mobilizar recursos’, que reuniu vários outros indicadores apontados na literatura. A questão das barreiras à exportação também conduziu a sua redução a um único indicador, ‘barreiras à exportação’, uma vez que a literatura sugere que, quanto mais barreiras são percebidas, mais inibido fica o potencial exportador. Considerou-se, assim, que o tipo de barreira seria menos relevante, dada a grande variedade existente na literatura.

Quadro 3: Indicadores validados da dimensão Características da Indústria

DIMENSÃO: CARACTERÍSTICAS DA INDÚSTRIA

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11 Tipo de setor (tecnologia alta

ou baixa, manufatura ou serviço) Encorajamento da indústria e associações comerciais Intensidade tecnológica Concorrência global da indústria Política governamental de apoio à indústria

Fonte: Elaboração dos Autores.

No que tange as Características da Indústria, cabe observar que a dimensão só se aplica a estudos de mais de um setor, pois o uso desses indicadores não faz sentido quando o estudo se refere à mesma indústria. Foram retirados o indicador ‘contexto geográfico’, por se estar considerando empresas brasileiras, o que poderia variar apenas seria a região do país; e o indicador ‘entrada de competidores estrangeiros no mercado doméstico’, julgando-se que não teria impacto significativo em pequenas empresas. O indicador ‘estrutura da indústria (doméstica e global)’ foi considerado muito similar a ‘concorrência global da indústria’ e retirado, assim como ‘nível de instabilidade’, considerando-se que esse último pode variar em função de ciclos econômicos.

A Figura 1, a seguir, apresenta os resultados gerais do mapeamento do domínio conceitual do construto 'potencial exportador’, com suas dimensões e sub-dimensões.

Figura 1 – Domínio Conceitual do Construto ‘Potencial Exportador de Pequenas Empresas’ para o Caso Brasileiro

Fonte: Elaboração dos autores 5. Considerações Finais

O construto ‘Potencial Exportador’ foi amplamente tratado na literatura mais antiga de exportação, no campo de Negócios Internacionais, como um construto relevante para o entendimento de como levar as empresas a exportarem, preocupação que no passado e até hoje mobiliza governos, entidades sem fins lucrativos e associações empresariais, entre outros atores. Uma nova corrente teórica, a de empreendedorismo internacional, embora sem a preocupação subjacente de promoção às exportações, também explorou de que forma as empresas de menor porte, com características empreendedoras, se lançam desde sua criação, ou pouco depois, aos mercados internacionais, a partir do entendimento de que tal fenômeno encontraria suas causas na globalização. No entanto, as duas literaturas mencionadas permanecem disjuntas, sem que se ponham a dialogar os trabalhos oriundos de ambas as correntes, com vistas a compreender as diversas facetas do fenômeno de internacionalização de pequenas empresas.

No presente ensaio, o interesse dos autores centrou-se no mapeamento do construto “potencial exportador”, adaptando-o especificamente a pequenas empresas e ao caso brasileiro, por se considerar que as duas literaturas que serviram ao referencial teórico são provenientes, predominantemente, de países desenvolvidos da América do Norte e da Europa.

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12 Na literatura de exportação o construto ‘potencial exportador’ aparece de forma fragmentada, nos modelos de pré-internacionalização, nos modelos graduais, nos estudos sobre perfil exportador e nos que abordam comportamento e desempenho exportador e nos levantamentos sobre barreiras à exportação. Já na literatura de empreendedorismo internacional, incluindo os estudos sobre “born globals”, não há a intenção de estudar especificamente esse construto, estando o interesse nas diversas formas de internacionalização possíveis a uma empresa pequena.

A análise e integração dessas duas literaturas permitiu mapear o domínio conceitual do construto ‘potencial exportador de pequenas empresas’ para aplicação ao caso brasileiro, trazendo contribuições distintas de cada uma delas, porém realizando razoável convergência quando se trata de identificar dimensões e características. Acredita-se que os indicadores levantados, validados e classificados possam ser úteis no futuro para teste de modelos que abordem o construto Potencial Exportador. O mapeamento permitiu ainda propor um modelo conceitual preliminar, devendo ser desenvolvido em sua operacionalização, determinadas as relações entre dimensões, sub-dimensões e indicadores e testado empiricamente em futuros estudos.

Para testes futuros do construto, os pesquisadores poderão optar por testar empiricamente o construto completo com todos os indicadores, o constructo intermediário que consideraria apenas indicadores de alguma influência e muita influência, e o construto simplificado abarcando apenas os indicadores de muita influência. O teste de vários modelos é recomendável, dada a necessidade de se chegar a um modelo parcimonioso que possa ser aplicado para selecionar empresas que possam vir a receber suporte de programas de promoção à exportação, direcionando melhor a alocacão desses recursos (Durmuşoğlu, Apfelthaler, Nayir, Alvarez & Mughan, 2012).

O estudo apresenta algumas limitações que devem ser levadas em conta por futuros pesquisadores. Em função do método utilizado, baseado em revisão da literatura, é possível que variáveis e indicadores não tenham sido incluídos no modelo por não constarem da literatura consultada. No entanto, a validação preliminar do modelo por três especialistas contribuiu para reduzir essa potencial limitação. Por fim, não foram feitos estudos exploratórios com amostras de exportadores e não exportadores brasileiros para identificar possíveis peculiaridades do caso brasileiro, o que poderá ser feito em estudos futuros.

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