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Curso de Revisão Exame de Suficiência Contábil º. Comentários Gerais sobre a Prova e Análise de Questões Controversas

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Academic year: 2021

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Material publicado em 30/03/2017

Equipe de Professores Processus. - Este material poderá ser baixado no aluno

online.

Curso de Revisão – Exame de

Suficiência Contábil

2016.2º

Comentários Gerais sobre a Prova

e Análise de Questões Controversas

(2)

Boa tarde a todos,

A equipe de professores da Faculdade Processus, via Curso de Revisão para o Exame de

Suficiência CFC, cumprimenta todos os alunos que se dedicaram ao máximo para chegarem prontos

para a batalha que ocorreu no último dia 16.10.2016. O objetivo deste post é comentar os principais

aspectos da prova, inclusive, questões controversas, em nossa opinião técnica, claro.

Ao analisar a prova percebemos questões mais contextualizadas, sobretudo com

situações problema, além da interdisciplinariedade entre as disciplinas. Por outro lado, observamos

muitas questões abordando CPCs, o que na prova é visto com a nomenclatura NBC TG. Algumas

questões estavam mais robustas que o normal, isto é, maiores e com mais comandos. Esse conjunto

de fatores muito provavelmente tornou a prova cansativa para a maioria dos candidatos. Em outra

via, observamos algumas questões com problemas de formulação, com elementos que dificultaram a

leitura clara do candidato.

No nosso curso abordamos várias temáticas e questões que apareceram na prova desse

último final de semana, condição fundamental para que nossos alunos tivessem condições de obter a

aprovação. De forma geral, vamos abordar os pontos de destaque da prova:

1. Nessa prova a quantidades de pronunciamentos técnicos do CPC, as NBC TG, foi bastante

representativa. Perceba as normas abordadas:

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO CONTÁBIL-FINANCEIRO NBC TG 01 (R3) – REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS (algumas questões)

NBC TG 27 (R3) – ATIVO IMOBILIZADO (3 questões).

NBC TG ESTRUTURA CONCEITUAL – ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E DIVULGAÇÃO DE RELATÓRIO CONTÁBIL-FINANCEIRO NBC TG 12 – AJUSTE A VALOR PRESENTE

NBC TG 16 (R1) – Estoques (5 questões)

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CONTINGENTES

NBC TG 28 (R3) – PROPRIEDADES PARA INVESTIMENTO (2 questões) NBC TG 30 – RECEITAS

NBC TG 31 (R3) – ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA VENDA E OPERAÇÃO DESCONTINUADA

NBC TG 32 (R2) – TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

2. Questões solicitando ao candidato análise um rol de contas contábeis, considerando suas naturezas e grupos, para atribuir valores. (Ex. total do ativo, imobilizado, PL etc.)

3. As demonstrações contábeis têm aparecido com frequência nos exames e neste último não foi diferente. Foram abordas a DFC e a DMPL na segunda edição de 2016.

4. Nos últimos dois exames tivemos questões voltadas para o conteúdo de contabilidade avançada, especificamente para método de equivalência patrimonial.

5. Operações com mercadorias continuaram a aparecer na prova, mas sem a mesma intensidade do exame de 2016.1. É importante ter os conceitos contidos no normativo de estoques na ponta da língua, principalmente aquele que sempre aparece:

os estoques devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor

realizável líquido, dos dois o menor

.

6. Nesta edição foi possível perceber uma certa ênfase às questões relativas imobilizado e depreciação. Verificamos algumas questões que direta ou indiretamente abordaram esses aspectos.

7. O princípio da competência está sempre em voga. Dessa vez os examinadores colocaram o princípio como condição para entender a situação problema de uma das questões. Ok, foi de forma indireta, mas era necessário para entender a questão. Então, fique atento a isso!

8. Apuramos, também, muitas questões envolvendo conceitos de matemática financeira e contabilidade, portanto, atendendo à interdisciplinariedade. Essa parece ser uma tendência da banca para próximos exames? Acreditamos que sim!

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9. Questões já carimbadas no exame, envolvendo a Estrutura Conceitual do CPC, sobretudo no que diz respeito às definições de ativo, passivo, receita, despesa e características qualitativas da informação contábil, geralmente, não são complexas. Por conta disso, as consideramos como “GARANTIDAS” 1 para

pontuar na prova.

10. Em relação aos princípios contábeis a banca vem mantendo a tradição de cobrar algo a respeito – Resolução do CFC nº 750/93. No exame de 2016.2 tivemos duas questões sobre isso. Esse tipo de questão é aquele que você não pode errar, pois é um assunto simples.

11. Com respeito à ética e legislação a prova, aparentemente, apresentou uma questão, abordando a NBCPG

100- Aplicação geral aos profissionais da contabilidade, diferentemente dos exames anteriores, nos quais questões especificas sobre o código de ética eram postuladas. Essa foi uma aparente mudança de curso?

Ainda não podemos prever, mas deve nos manter atentos aos conhecimentos de ética anteriormente cobrados.

12. Nos aspectos relacionados a auditoria, observou-se a volta da discussão sobre os tipos de opinião expressadas pelo auditor, fato que não ocorreu em 2016.1. Além disso, chama atenção o fato de muitas questões apresentarem situações problema. Isso requer maior atenção e interpretação dos candidatos. Nesse exame, na parte de auditoria, tivemos, por exemplo, a questão 46 abordando elementos de evidência de auditoria para formular os papeis de trabalho e ao mesmo tempo a apuração do saldo existente do caixa, considerando fatos contábeis subsequentes.

13. Com respeito à ética e legislação a prova, aparentemente, apresentou uma questão, abordando a NBCPG

100- Aplicação geral aos profissionais da contabilidade, diferentemente dos exames anteriores, nos quais questões especificas sobre o código de ética eram postuladas. Essa foi uma aparente mudança de curso?

Ainda não podemos prever, mas deve nos manter atentos aos conhecimentos de ética anteriormente cobrados.

14. Em Auditoria, Perícia e Ética temos questões preciosas para o resultado da prova. Ao contrário do que muitos candidatos podem pensar é comum receber notícias de alunos não atingiram 25 pontos por conta de 2, 3, 4 ou 5 questões. Nessas três disciplinas temos pelo menos 7 questões, conforme exame de 2016.2.

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que podem garantir a sua aprovação.

Comentários sobre questões controversas – Prova 2016.2

Para efeito de recursos você deve ter em mente que as observações feitas pela equipe de professores são apenas direcionadoras para que vocês possam formular seus próprios recursos. É óbvio que ao receber muitos recursos, com diferentes abordagens, formas de expressar as motivações, a BANCA irá prestar mais atenção em determinadas questões. Por isso recomendamos que você mesmo coloque com suas palavras as abordagens que estamos fazendo a respeito das questões em que recursos podem ser submetidos.

É importante lembrar que para inserir o recurso é preciso entrar no Sistema de Acompanhamento de Inscrição < http://www2.fbc.org.br/sisweb/exame/inscricao/loginExamesAnteriores.aspx > e acessar a opção “Enviar recursos contra o gabarito preliminar”. O horário limite para a postagem de recursos é às 18:00 de amanhã, 21/10/2016.

1. Comentários – Questão 09 – Prova 2016.2

Quanto à polêmica da questão 9, temos tendência a discordar. A questão pede para determinar a equivalência patrimonial da sociedade "A". Apesar de o percentual de participação direta e indireta definirem o controle, este não se relaciona com a posse. Portanto, apesar de controlar a Cia. "B", a Cia. "A" é dona efetivamente de apenas 40% das ações da controlada "B"; logo, a parcela do lucro de "B" que pertence a "A" é 40%xR$200.000=R$80.000. Não observamos nenhum problema. Consideramos, ainda, que a questão força o aluno a distinguir entre posse e controle; entre equivalência patrimonial, consolidação e lucro não realizado.

Nossa visão sobre a possibilidade de aceite de recurso

e/ou possível anulação da questão:

POSSIBILIDADE BAIXA.

2. – Questão 11 – Prova 2016.2

A questão trata de tributos sobre lucro e tem sua fundamentação na NBC 32(R2). Vamos, pois, aos

dados:

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Certa sociedade empresária adquire um equipamento no valor de R$20.000,00, o qual

deverá ser depreciado - pelo método linear e sem valor residual – num período de 4 anos. Portanto,

a depreciação desse bem, sob o ponto de vista contábil, será de R$5.000,00 a cada ano.

No entanto, está posto no enunciado que, para fins fiscais, a legislação permite que o bem

seja depreciado em 2 anos. Essa permissão deixa patente que o bem está sendo usado em 3 turnos -

com depreciação acelerada, portanto. Isso significa que a depreciação anual, normal, de R$5.000,00

será multiplicada pelo fator 2, o que eleva depreciação anual do equipamento para R$10.000,00.

O enunciado informa, outrossim, que, em razão do benefício fiscal, a sociedade

empresária apurou, no encerramento de 2015, um lucro antes dos tributos (lucro contábil, implícito

na natureza do item) de R$100.000,00; e um lucro tributável de R$95.000,00.

A diferença, pois, entre esses dois valores é de R$5.000,00 – ficando claro que a base de

cálculo do primeiro foi diminuída da depreciação normal (R5.000,00) e na base do segundo houve

redução de R$10.000,00, em face da depreciação acelerada.

Vejamos o que a respeito preconiza a NBC 32(R2):

17. Algumas diferenças temporárias surgem quando a receita ou a despesa está incluída no lucro

contábil em um período, mas vai ser incluída no lucro tributável em um período diferente. Essas

diferenças (...) são geralmente descritas como diferenças temporárias (...) as quais são diferenças

temporárias tributáveis e que, portanto, resultam em passivo fiscal diferido:

A) (...)

B) a depreciação usada para determinar o lucro tributável (...) pode diferir daquela usada para

determinar o lucro contábil. A diferença temporária é a diferença entre o valor contábil do ativo e sua

base fiscal, a qual é o custo original do ativo menos todas as deduções referentes àquele ativo

permitidas pelas autoridades tributárias para determinar o lucro tributável dos períodos corrente e

anteriores. A diferença temporária tributável surge, e resulta em passivo fiscal diferido, quando

a depreciação para fins fiscais é acelerada

Conclusão: O Lucro contábil (identificação implícita) – é R$100.000,00. Entretanto, a despesa

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R95.000,00 x 20% = R$19.000,00. (Despesa tributária corrente).

E o “passivo fiscal diferido” (tributos) é 20% X R$5.000,00 (A diferença temporária

tributável = R$1.000,00. A nosso ver, a resposta tecnicamente correta é de fato

ALTERNATIVA B, conforme está no gabarito preliminar.

Há, contudo, no enunciado, uma terminologia não usual, como “despesa tributária total”

etc - não contemplada pelo edital do certame – o que poderá suscitar alguns pleitos para anulação

desta questão 11. É evidente que a tal despesa tributária é constituída pela Contribuição Social e o

Imposto de Renda – únicos tributos incidentes sobre lucro líquido.

Se, entretanto, tais postulações vierem a prosperar, certamente a nulidade não ocorrerá

por razões técnicas, mas por motivos legais, como, por exemplo, infringência ao “princípio da

vinculação ao instrumento convocatório”, constante da lei das licitações.

Nossa visão sobre a possibilidade de aceite de recurso

e/ou possível anulação da questão:

POSSIBILIDADE BAIXA.

3. Comentários – Questão 14 – Prova 2016.2

Questão apresenta problema na sua formulação. A questão indaga como devemos tratar o valor estimado da comissão de vendas. A alternativa correta é a "d", que possui o seguinte enunciado: "como redução do valor realizável líquido"; ora, o valor realizável líquido, por definição é o valor a ser obtido com a venda deduzido de TODOS os gastos estimados para concretizar a venda. Portanto, a sentença mais apropriada para a alternativa seria "como redução do valor realizável". Nesse sentido, não acreditamos que a banca não aceite recursos para esse tipo de situação.

Nossa visão sobre a possibilidade de aceite de recurso

e/ou possível anulação da questão:

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4. Comentários – Questão 25 – Prova 2016.2

Quanto à questão 25, esta realmente apresenta problema relevante de formulação. O mais gritante, em nosso ver, é o fato de não estar claro quanto de matéria prima foi utilizada na produção. Existe um estoque inicial e gastos adicionais com matéria prima. O estudante pode ser levado a pensar que a matéria prima utilizada foi de R$175.000, referentes aos gastos com matéria prima do período, o que o levaria a errar a questão. Na realidade foram utilizados R$375.000 de matéria prima, divididas igualmente por todos os produtos, acabados ou não. A questão deveria ter sido mais clara nesse sentido. Por vezes, esse tipo de questão nos passa a impressão de que a comissão responsável por elaborar essas provas faz isso intencionada. Ao invés de fazer questões bem elaboradas, que façam o aluno pensar, preferem fazer questões fáceis, mas com "pegadinhas" para confundir o candidato.

Nossa visão sobre a possibilidade de aceite de recurso

e/ou possível anulação da questão:

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