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LOGÍSTICA REVERSA EM SUPERMERCADOS PARA CONSTRUÇÃO DE UM MODELO ECOLOGICAMENTE CORRETO VINCULADO AO DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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CONSTRUÇÃO DE UM MODELO

ECOLOGICAMENTE CORRETO

VINCULADO AO DESCARTE DE

RESÍDUOS SÓLIDOS

Rodolfo Jose Sabia (URCA)

rodolfo.sabia@urca.br

Layanne Nara Parente Cardoso (URCA)

layanne_parente@hotmail.com

Andresa Dantas de Araujo (URCA)

andresa_ok@hotmail.com

Vinicius Nascimento Araujo (URCA)

vinicius090314@outlook.com

Mariane Leite de Souza (URCA)

marianee.leitee@outlook.com

A pesquisa foi realizada em uma rede de supermercados da Região Metropolitana do Cariri cearense. Com a aplicação de questionários foram identificados os resíduos mais descartados pela rede de supermercados, os quais, segundo informação interna, são recolhidos por uma empresa terceirizada, sem que ocorra qualquer tipo de separação entre os materiais descartados. Por isso, aplicou-se o Custeio Baseado em Atividades, método ABC, onde os materiais identificados foram alocados em cinco grupos: papel, metal, vidro,

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2 plástico e orgânico. Foram geradas duas classificações em ABC, a primeira relaciona-se ao tempo de decomposição, e a segunda à quantidade de descarte. Concluiu-se que o vidro e os resíduos orgânicos são inversamente proporcionais e ocupam alternadamente as classes A e C. Sendo a classe B ocupada pelo plástico, papel, e metal.

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1. Introdução

De acordo com Araújo et al. (2010) o meio ambiente foi visto por muito tempo como uma fonte inesgotável de matérias-primas para as atividades econômicas, à medida que a sociedade se industrializou, os desafios impostos para o meio ambiente e a saúde pública também avançaram e, na maioria das vezes, desproporcionalmente, o que torna o tema sobre gestão de resíduos relevante.

Na intensidade em que a sociedade evolui, novos métodos devem ser utilizados para a construção de um modelo ecologicamente correto para o descarte dos resíduos gerados. Segundo Maciel (2015), mais de 78 milhões de brasileiros, ou 38,5% da população não têm acesso a serviços de tratamento e destinação adequada de resíduos. Além disso, mais de 20 milhões de pessoas não dispõem de coleta regular de lixo, onde cerca de 10% dos materiais gerados não são recolhidos (MACIEL, 2015).

Nesse trabalho foi realizada a enumeração dos principais resíduos descartados por uma rede de supermercados da região do cariri cearense, para o desenvolvimento de um plano de ação de reaproveitamento destes materiais. Uma forma de atingir este objetivo é a utilização de métodos que listem estes materiais e quantifique quanto à prioridade de cada um, visando identificar quais causam maiores prejuízos ao meio ambiente. A classificação Custeio Baseado em Atividades (ABC) ou Diagrama de Pareto é um dos métodos que podem ser aplicados para este caso.

Considerando o grande número de resíduos gerados na região do cariri, foram selecionados supermercados das cidades de Crato/CE e Juazeiro do Norte/CE com o objetivo de: (i) enumerar os materiais mais descartados diariamente; (ii) identificar, quanto ao tempo de decomposição, quais destes causam maiores prejuízos ao meio ambiente, utilizando a ferramenta conhecida como Diagrama de Pareto; (iii) propor soluções para o seu reaproveitamento.

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4 Foi escolhida uma rede de supermercados, pois este é um setor bem estruturado na região, porém como Solomon (2002) cita, os consumidores se desfazem das coisas, seja porque já realizaram sua função ou possivelmente porque não são mais adequados à visão que eles têm de si próprios (SOLOMON, 2002, p. 248). Logo, surge a necessidade de implantar uma política de particularidade na prestação de serviços, planejando as ações internas e externas deste serviço com qualidade e excelência.

Além da contribuição com o público avaliado, este artigo apresentou a aplicação do método ABC que foi utilizado para a melhoria de serviços, auxiliando no método de reutilização de materiais descartados.

2. Metodologia

No presente trabalho realizou-se um estudo de caso dentro das circunstâncias reais de uma rede de supermercados da região metropolitana do cariri. Foi realizada a aplicação de questionários com a finalidade de identificar e quantificar os produtos mais descartados pelas empresas, e em seguida buscou-se classificar os dados coletados com o auxílio do método ABC, onde as variáveis de custo foram substituídas pelo tempo de degradação dos produtos envolvidos e quantidade de material descartado.

Localizada no estado do Ceará, a rede de supermercados avaliada possui duas unidades instaladas nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte.

O artifício usado para realização deste trabalho foi o desenvolvimento de tabelas e gráficos envolvendo os produtos mais descartados, seguido do seu tempo de degradação no meio ambiente, classificando-os quanto ao grau de prejuízo ambiental causado, com a finalidade de encaminhar, ao fim de sua vida útil, esses materiais para um local de descarte adequado e, se for o caso, apresentar métodos para reutilização dos mesmos. Agregando, por sua vez, conhecimento à sociedade, mostrando-lhe o valor do reuso.

3. Referencial teórico

Para Leite (2003) a Logística Reversa planeja, controla e opera o fluxo logístico do retorno ao ciclo produtivo dos bens de pós-venda e pós-consumo, através dos canais de distribuição

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5 reversos, incorporando-lhes valores de diversas naturezas: ecológico, econômico, logístico, de imagem corporativa, legal, entre outros (LIMA, 2014 apud LEITE, 2003).

A Logística Reversa pode ser caracterizada como uma visão de logística empresarial, que descreve o retorno de produtos, substituição de materiais, redução na fonte, reciclagem, disposição de resíduos, reparação, reforma, e remanufatura de produtos, que podem ser utilizados com a mesma função original, isto é, reintegrados ao mercado primário, ou podem ser direcionados a mercados de segunda mão (LEITE, 2009).

Figura 1 – Processos de logística reversa

Fonte: Adaptado de Blumberg (2004)

De acordo com Becco e Nunes (2010), a Logística Reversa facilita o fluxo de produtos desde a obtenção da matéria-prima, até a sua consumação, podendo ser entendida como anexo das atividades de transferência e conservação necessária, assim como das sequencias de informação para obter baixos custos, com níveis de prestabilidade adequados aos consumidores, colocando os produtos em movimento.

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“Um dos conceitos que está por trás da logística reversa é o conceito de ciclo de vida do produto. O ciclo de vida dos produtos pode ser dividido em quatro estágios: lançamento, crescimento, maturação e declínio. A fase de introdução refere-se ao lançamento do produto no mercado, com demanda mínima e ainda é necessário ajustes. Na fase de crescimento o produto começa a ser conhecido no mercado e, consequentemente, competitivo. Na fase de maturidade o produto já é aceito pelos consumidores e a concorrência já se encontra igualada. Com isso, inicia-se a fase de declínio pela obsolescência do produto” (WILLE; BORN, 20??).

A logística de pós-venda é dada pelo retorno dos produtos sem nenhum ou pouco uso, que voltam aos locais de distribuição por diferentes motivos, para serem reformados, reaproveitados ou descartados. Segundo Souza et al. (2006), o regresso de produtos pós-venda pode ser efetivado pelos próprios agentes da cadeia de distribuição direta, quando a atividade de coleta de produtos devolvidos pode ser feita pelo agente transportador dos produtos novos. Cada elo da cadeia de produtos pós-venda como: coleta, distribuição reversa, seleção/destino e mercados secundários representa uma das atividades principais da logística reversa. A empresa utiliza desses processos para coletar produtos usados, danificados, indesejados, obsoletos, bem como, materiais de embalagem e expedição do usuário final ou do revendedor (ROGERS; TIBBEN-LEMBKE, 1999, p.283).

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Fonte: Leite (2003)

De acordo com Lima et al. 2010 as logísticas reversas de pós-consumo são operacionalizadas os fluxos físicos de partes de produtos originados ao fim da vida útil, estes podem ser desmanchados e reciclados, pretendendo-se ser útil para o mercado secundário de matérias-primas. Se o material desmanchado e reciclado estiver em condições, existe a possibilidade de os produtos ainda apresentarem condições de uso podendo ser destinados a mercados de segunda mão. Muller (2005) relata que a logística reversa de pós-consumo já é utilizada há bastante tempo por fabricantes de bebidas, com a intenção de reutilizar as garrafas.

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Fonte: Dyckhoff et al. (2004)

A partir da Logística Reversa, uma cadeia de suprimentos tem a oportunidade de encerrar o seu ciclo de produção, gerando uma maior lucratividade, redução dos custos, e consolidação de uma imagem positiva e ambientalmente correta para sua marca, demonstrando uma iniciativa correta e consciência pelo meio ambiente, além de gerar oportunidades para novos negócios e consequentemente novos empregos, renda e um melhor capital (MULLER, 2005, pag. 50).

Ching (2001) define o Custeio Baseado em Atividade como: “Método de rastrear os custos de um negócio ou departamento para as atividades realizadas e de verificar como estas atividades estão relacionadas para a geração de receitas e consumo dos recursos”, ainda completa as medidas de saída como: "o resultado ou produto de uma atividade, representado em termos de número de ocorrências da atividade por período”.

Martins (2003, p. 87), nos diz que o Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”.

Segundo Andrade et al.(20??), o método ABC possui vantagens e desvantagens. Algumas das vantagens são: Informação gerencial relativamente mais fidedigna por meio da redução do

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9 rateio; Adequa-se mais facilmente às empresas de serviços, pela dificuldade de definição do que sejam custos, gastos e despesas nessas entidades; Obriga a implantação, permanência e revisão de controles internos. As principais desvantagens são: Gastos elevados para implantação; Necessidade de revisão constante; Dificuldade de envolvimento e comprometimento dos empregados da empresa; Necessidade de reorganização da empresa antes de sua implantação.

Segundo Castro (2010), o método ABC, também conhecido como Diagrama de Pareto ou Relação 80-20, é um estudo realizado pelo italiano Vilfredo Pareto, onde identificou que 80% dos problemas são geralmente causados por 20% dos fatores. As classificações desenvolvidas foram: A: de maior importância, valor ou quantidade, correspondendo a 20% do total; B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo a 30% do total; C: de menor importância, valor ou quantidade, correspondendo a 50% do total (CASTRO, 2010).

Reciclar é tornar a usar o que já foi usado - até, em alguns casos, infinitas vezes. Assim, não é preciso tirar da natureza, novamente, aquilo que ela já nos deu. Reciclar é combater o desperdício. É garantir o futuro, copiando a sabedoria da própria natureza (LOMASSO et al.,2015).

Conforme Brasil e Santos (2004, p.70), a reciclagem carrega vários benefícios para o meio ambiente, e para a sociedade. Como: Diminuição da exploração de recursos naturais; Diminuição da contaminação do solo, da água, do ar e de alimentos; Economia de energia e matérias-primas; Melhoria da qualidade de vida e da limpeza nas cidades.

Segundo a Cempre (2017), até hoje, não é de conhecimento de onde e quais critérios foram utilizados na criação do padrão de cores da coleta seletiva em todo o mundo. No entanto, vários países reconhecem esse padrão como um parâmetro a ser seguido em qualquer modelo de gestão dos programas de coleta seletiva (CEMPRE, 2017).

Os cinco principais materiais caracterizados na coleta seletiva, em cestos de lixo e postos de reciclagem são: Papel/papelão, no qual são identificados pela cor azul; Plásticos, identificados

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10 pela cor vermelha; metais/alumínios identificados pela cor amarela; vidros, identificados pela cor verde; e os resíduos orgânicos, identificados estes, pela cor marrom (RICCHINI, 2016). Segundo Oliveira; Sartori; Garcez (2008) as atividades agrícolas e a agropecuárias geram grande quantidade de resíduos, como restos de culturas, palhas e resíduos agroindustriais, dejetos de animais, os quais, em alguns casos, provocam sérios problemas de poluição. Mas, quando manipulados adequadamente, podem suprir boa parte da demanda de insumos industrializados sem afetar solo e o meio ambiente. A compostagem pode ser realizada em pequena, média e grande escala desde que não causem distúrbios ao meio ambiente e a saúde pública.

A definição de compostagem, não é universal. Encontra-se definida como a decomposição aeróbia de materiais orgânicos, tais como o estrume, folhas, papel e restos de comida, promovida por microrganismos e que decorre em condições controladas convertendo a matéria orgânica num produto estável semelhante ao húmus (SCOTON et al., 2012 apud KIEHL, 1998).

A compostagem tem se apresentado como uma forma eficiente de se reciclar os resíduos de animais e vegetais, sendo um processo de transformação de resíduos orgânicos em adubo humificado (Vespa, 2000).

4. Resultados e discussões

A rede de supermercados abordada para a realização deste trabalho é constituída por quatorze lojas distribuídas em todo o estado do Ceará, com um quadro de funcionários em torno de 1600 colaboradores. Para este estudo foram visitadas especificamente duas lojas localizadas na região metropolitana do cariri cearense, mais precisamente nas cidades de Crato e Juazeiro do Norte.

Os supermercados são classificados como empresas de grande porte, atuantes no mercado de varejo e atacado, possuindo vários fornecedores e clientes. Como sua localização está no fim

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11 da cadeia de suprimentos, significa que esses produtos devem se manter prontos para o consumo, com higiene e segurança devidamente supervisionadas.

Com a aplicação de questionários foram identificados os resíduos mais descartados pela rede de supermercados, os quais, segundo informação da empresa, são recolhidos por uma empresa contratada, sem que ocorra qualquer tipo de separação entre os materiais descartados.

Os materiais identificados foram alocados em cinco grupos: papel, metal, vidro, plástico e orgânico, a fim de identificar qual desses setores apresenta maior percentual gerado. Também foi identificado o tempo de decomposição para tais materiais e indicado qual a destinação mais adequada para cada grupo de materiais (Tabela 1).

Tabela 1 – Resíduos, percentual gerado, tempo de decomposição e destinação adequada

Fonte: Gerado pelos autores

Utilizando o método ABC, os grupos de resíduos descartados foram classificados por nível de prioridade, com base no percentual gerado, sendo que a Classificação A compreende os materiais que merecem maior atenção, a Classificação B os que merecem atenção média e a Classificação C os que merecem menos atenção, quando comparados aos outros grupos (Gráfico 1).

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Fonte: Gerado pelos autores

Com base no tempo de decomposição dos materiais foi elaborada outra classificação ABC, onde a Classificação A compreende os materiais que demoram mais tempo para se decompor, e por isso merecem maior atenção. Na Classificação B estão os materiais que apresentam médio tempo para decomposição e consequentemente merecem atenção média. E na Classificação C são tidos os resíduos com tempo de decomposição pequeno, logo merecem uma atenção menor se comparado aos outros grupos (Tabela 2).

Tabela 2 – Classificação ABC com base no tempo de decomposição

Fonte: Gerado pelos autores

Na classificação A do gráfico 1, que leva em consideração os resíduos gerados, apresenta os resíduos orgânicos como os mais gerados, porém o seu tempo de decomposição é curto,

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13 ocupando a classificação C na tabela 2, que leva em consideração o tempo de decomposição. O vidro de forma semelhante ocupa a classificação A na tabela 2, mas no gráfico 1 tem classificação C.

O papel recebe classificação B quando se leva em consideração o percentual gerado, já quando avalia-se o tempo de decomposição recebe classificação C. O metal, por sua vez recebe classificação C no gráfico 1, enquanto na tabela 2 recebe classificação B. O plástico em ambos os casos recebe classificação B.

Baseado na relação 80-20 do princípio de Pareto foi realizado uma analogia com o caso em questão, onde os grupos papel e orgânico somam juntos 81% dos resíduos gerados pela rede de supermercados, mas só levam 20% do tempo para decomposição. Já os grupos restantes: vidro, metal e plástico, somam 19% dos materiais descartados, mas levam 80% do tempo para se decompor (Gráfico 2).

Gráfico 2 – Relação 80-20

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14 Tornaram-se evidentes os resultados do Método ABC ao passo que ao classificar os materiais em grupos de importância fica evidenciado onde a empresa deve concentrar primeiro os seus esforços para a minimização dos danos ambientais ocasionados pelo descarte incorreto dos resíduos gerados.

O descarte incorreto desses resíduos traz prejuízos para o meio ambiente e a população, causando riscos à saúde. Ações preventivas muitas vezes estão associadas a questões econômicas, uma visão ultrapassada de que a adoção de uma política de logística reversa é de alto custo ainda permeia sobre muitos gestores, esquecendo que garantir qualidade e sustentabilidade para empresa e seus envolvidos é de suma importância.

O descarte correto dos resíduos gerados pela rede de supermercados trará ganhos mútuos para a empresa e o meio ambiente. É relevante orientar uma destinação final de forma adequada para esses resíduos, aplicando o uso da logística reversa para cada tipo de material descartado. As orientações de destinação de reaproveitamento que melhor se adéquam foram elencadas na tabela 1.

Uma vez que são sabidos os efeitos negativos do descarte inadequado dos resíduos no meio ambiente, é necessário identificar alternativas viáveis que anulem ou minimizem tais danos. O vidro descartado pelas empresas apresenta um baixo percentual gerado, porém sua deposição causa muitos danos ao meio ambiente. Entretanto o vidro é um dos materiais mais reciclados, um bom exemplo é que, as garrafas de vidro podem ser reutilizadas no mínimo trinta vezes antes de ser direcionadas para a reciclagem. Na tabela 3 apresenta-se sugestões para o reuso dos resíduos no dia-a-dia.

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Fonte: Gerado pelos autores

Na tabela 1 foi exibida a destinação correta para cada tipo de resíduo, já na tabela 3 foram apresentados soluções para reutilização desses materiais no dia-a-dia, sendo ofertado, portanto, alternativas viáveis tanto para os supermercados, como para os próprios consumidores.

5. Conclusão

Observados os efeitos negativos causados pela destinação incorreta dos resíduos sólidos, por meio da Lei 12.305/10 que estabelece a prevenção e redução na geração de resíduos, reforça as práticas de consumo sustentável na construção de instrumentos que propiciem o aumento da reciclagem e reutilização de resíduo, visando o uso da logística reversa.

O Método de Custeio Baseado em Atividades (ABC) foi aplicado a esse estudo de caso, e atendeu perfeitamente ao objetivo proposto, pois através da análise das atividades, forneceu uma técnica para o tratamento de custos indiretos, a partir das análises das atividades, e dos originadores dos custos, e dos usuários. Os resultados demonstram a relevância do resíduo sólido vidro em relação ao tempo de decomposição, no entendo vale a pena salientar que este resíduo pode ser reciclado infinitas vezes, em que a quantidade descartada do material é muito

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16 pequena, já para o resíduo orgânico verifica-se justamente o oposto, onde o tempo de decomposição é de dois meses a um ano, porém sua quantidade elevada traduz a relevância de uma boa gestão. Ficando os resíduos plástico, papel e metal na classe B, intermediária.

Em suma, a partir das informações obtidas, sugeriu-se as empresas avaliadas que fossem realizados esforços no intuito de reduzir os custos causados por esses descartes inadequados, sendo evidenciado o uso de método ABC, uma vez que proporcionará maior lucro e competitividade, juntamente com a sugestão da coleta seletiva e destinação adequada de resíduos com finalidade na reciclagem dos materiais.

Conclui-se que o equilíbrio econômico, social e ambiental de maneira positiva na sociedade, pode ser alcançado, em relação ao consumo sustentável, pois o consumidor e principalmente a sociedade percebem os benefícios direto e indiretos que os métodos aplicados proporcionam. Esses fatores viabilizam economicamente a reutilização desses recursos, reduzindo custos e melhorando os lucros dentro das empresas, agregando uma iniciativa social, ambiental e economicamente correta.

REFERÊNCIAS

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