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CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA PRIVADA

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Academic year: 2021

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CARACTERÍSTICAS E BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA PRIVADA

Karina Rosa Perochin1 Keli Fernanda de Marchi2 Odir Berlatto3

Resumo: Esta pesquisa tem como tema central previdência privada, que é um assunto de certa complexidade e

pouco divulgado, dificultando o conhecimento da população em geral. Desta forma, será conceituada previdência privada e suas características. Com este enfoque, realizamos um questionário com os docentes da Faculdade da Serra Gaúcha em que foi verificado o conhecimento dos mesmos sobre essa temática e se possuem ou não planos de previdência. Portanto, esta pesquisa se caracteriza como qualitativa, quantitativa, exploratória e bibliográfica.

Palavras-chave: Previdência. Benefício. Plano.

1 INTRODUÇÃO

O presente artigo tem por finalidade demonstrar a previdência privada e seus benefícios, bem como fazer uma análise de critérios que devem ser observados na aquisição de planos de previdenciários. Em vista disso, este estudo fundamenta-se em artigos da internet, livros metodológicos de autores renomados da Economia e Ciências Contábeis.

2 DESENVOLVIMENTO

O aumento da expectativa de vida dos brasileiros ocorreu em consequência de inúmeras mudanças sociais, tais como, saneamento básico, saúde e educação. Portanto, houve um crescimento significativo de pessoas acima dos 60 anos de idade, consequentemente havendo a necessidade de liberação de mais benefícios de previdência social. Corroborando com o mesmo pensamento, Amorim afirma que quando a expectativa de vida aumenta, maior é o desconto do fator previdenciário nas aposentadorias e menor é o valor do beneficio.

No Brasil a Previdência é constituída por três modalidades, sendo elas Previdência Privada Aberta, Previdência Privada Fechada e a Previdência Social. A Previdência Privada ou Complementar foi regulamentada no Brasil em 1977, a partir da Lei de nº 6.435, que em seu artigo 1º, define seu principal objetivo, que é "instituir planos privados de concessão de pecúlios ou renda, de benefícios complementares ou assemelhados

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Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG). Artigo apresentado à disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, ministrada pelo Professor Me. Odir Berlatto.

2 Acadêmico do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG). Artigo apresentado à disciplina de Metodologia do Trabalho Científico, ministrada pelo Professor Me. Odir Berlatto.

3 Mestre em Ciências Sociais. Professor das disciplinas de Filosofia e Ética, Metodologia do Trabalho Científico e Estágios do Curso de Ciências Contábeis da FSG.

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aos da Previdência Social”. No artigo 3°, incisos III e IV, declara que a ação do poder público ao disciplinar essas entidades visa propiciar a integração dos benefícios propostos no "processo econômico e social do País", bem como "coordenar as atividades reguladas por Lei, com as políticas do desenvolvimento social e econômico-financeiro do Governo Federal".

Em 23 de Fevereiro de 1978, a partir dos decretos nº 81.240 e 81.402 foi instituído uma divisão na previdência, criando duas categorias distintas de investimento sendo elas Previdência Aberta e Fechada.

Previdência Privada aberta é destinada à pessoa física e se obtém o plano previdenciário através de bancos ou seguradoras. Esta modalidade visa o lucro e é regulada e fiscalizada pelo Ministério da Fazenda, através de seus órgãos responsáveis. Por conseguinte a Previdência Fechada também conhecida por Fundo de Pensão é destinada a funcionários de empresas não visando o lucro, sendo fiscalizado pela Secretaria de Previdência Complementar (SPC), órgão do Ministério da Previdência Social. Conforme Almeida e Coimbra (2008), todos os trabalhadores contribuem para um fundo geral, e, dessa maneira, os ativos custeiam os benefícios dos inativos. Desse modo, podemos definir a Previdência Social como um regime compulsório.

No entanto, ao longo dos anos houve muitas modificações nas legislações referentes à previdência privada, como por exemplo, as leis complementares de n. º 108 e 109, que causaram novas melhorias nos planos de previdência complementar com a criação de novas regras.

2.1 PGBL - Plano Gerador de Benefícios Livres e VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre

Os principais planos de previdência privada para pessoas físicas existentes no mercado são PGBL - Plano Gerador de Benefícios Livres e VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre. Nos dois casos, define-se a contribuição com o investidor decidindo se faz depósitos esporádicos ou mensais e se o recebimento do valor de resgate será retirado de uma só vez ou em valores mensais. A principal diferença entre esses dois tipos de plano é a tributação do imposto de renda.

O plano PGBL é indicado para pessoas que fazem declaração de imposto de renda no modelo completo devido à possibilidade de abater o valor investido na previdência em ate 12% do valor da base. Porém somente será vantajoso se for utilizado como complemento de

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de imposto de renda em alíquotas variáveis que dependem também da escolha do investidor na hora que adquiriu o plano.

O plano VGBL é indicado para pessoas que utilizam o modelo simplificado de declaração de imposto de renda, pois não há a possibilidade de dedução na declaração. Outro fato importante é que no momento da retirada do valor investido o desconto de imposto (ALMEIDA; COIMBRA, 2008).

2.2 Critérios para aquisição de plano de previdência privada aberta

Na contratação de um plano de previdência complementar aberta deve-se prestar atenção nas cláusulas do regulamento e analisar qual plano é mais vantajoso para o seu perfil e se as mesmas estão de acordo com as regras estabelecidas pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Demonstramos a seguir alguns itens do contrato que devem ser observados antes da contratação:

a) analisar se o plano será pago em uma única parcela ou será dividido em várias parcelas sob forma de renda;

b) o beneficiário poderá indicar uma ou mais pessoas físicas para receber o seu benéfico em caso de falecimento;

c) os valores aplicados ao longo do plano deverão ser em moeda nacional;

d) a sua cobertura deve ser por sobrevivência que é aquela que o beneficio é pago em vida;

e) certificado do participante é um documento particular onde estão inseridas as características principais do plano contratado é emitido pela entidade aberta de previdência complementar (EAPC) o qual é verificada a aceitação do proponente no plano;

f) os participantes podem optar pelo plano VGBL - Vida Gerador de Benefício Livre ou PGBL - Plano Gerador de Benefício Livre;

g) deve conter o fator de cálculo que é o resultado numérico, calculado mediante a utilização de taxa de juros e tábua biométrica, quando for o caso, utilizado para obtenção do valor do benefício a ser pago sob a forma de renda;

h) este contrato terá um período de carência em que não serão aceitas solicitações de regaste ou de portabilidade;

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i) as taxas de juros serão estipuladas pela SUSEP, observado o valor máximo de 6% ao ano;

j) deverá ser estipulado um critério na atualização dos valores.

No quadro abaixo segue alguns exemplos de investimentos mensais a longo e curto prazo e seu respectivo rendimento:

1ª fase: investimento 2ª fase: renda Poupança mensal (R$) Período Rendimento (%) ao mês Valor ao final do período (R$) Período Rendimento ao mês (%) Valor da renda mensal (R$) 100,00 35 anos 1,00 649.526,91 20 anos 1,00 7.081,04 100,00 30 anos 1,00 352.991,38 20 anos 1,00 3.848,26 100,00 25 anos 1,00 189.763,51 20 anos 1,00 2.068,77 100,00 20 anos 1,00 99.914,79 20 anos 1,00 1.089,26 100,00 15 anos 1,00 50.457,60 20 anos 1,00 550,08 100,00 10 anos 1,00 23.233,91 20 anos 1,00 253,29 100,00 5 anos 1,00 8.248,64 20 anos 1,00 89,93 100,00 1 ano 1,00 1280,93 20 anos 1,00 13,96

Gráfico 1: Investimentos a curto e longo prazo Fonte: site Terra por Benigno Ares Financeter

3 METODOLOGIA

Nessa pesquisa utilizamos a metodologia qualitativa, pois segundo Beuren (2009, p.92), “na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado”. Também abordamos a metodologia quantitativa, pois foi empregado instrumento estatístico tanto na coleta quanto no tratamento dos dados. Para isso, foi elaborado um questionário para os professores da Faculdade da Serra Gaúcha. A partir desses levantamentos, Gil (2007) afirma “que as técnicas de interrogação possibilitam a obtenção de dados a partir do ponto de vista dos pesquisados”.

Consequentemente nosso estudo foi exploratório, pois o tema escolhido é pouco abordado, tornando o mesmo bibliográfico a partir da necessidade de serem realizadas pesquisas em artigos e livros específicos da área explorada.

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4 APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Através do questionário aplicado aos professores da Faculdade da Serra Gaúcha, verificamos que 11% dos docentes desconheciam a diferença entre o Plano Gerador de Benefícios Livres (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

Verificou-se também que 53% não possuem o Benefício Previdenciário, porquanto 41% pretendem adquirir num prazo máximo de dez anos. Em vista disso, 47% optaram por designar 10% da sua renda mensal para a previdência privada.

Quando questionados sobre as principais vantagens do benefício, 52% optaram por uma renda complementar no futuro e 26% responderam que seria para abater no imposto de renda, sendo que 61% mencionaram que pretendem adquirir ou possuem o plano PGBL.

Os dados da pesquisa podem ser verificados no gráfico a seguir:

Resultado da pesquisa 53% 41% 11% 47% 52% 26% Não possuem previdência Pretendem adquirir o benefício Desconhecem a diferênça entre PGBL e VGBL 10% sobre a renda Obtenção de uma renda complementar Deduções do IR 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O enfoque da pesquisa realizada foi sobre o planejamento de uma renda complementar no futuro e com a análise das respostas dos entrevistados obteve-se um resultado positivo sobre essa temática, em que houve um percentual além do esperado de pessoas que possuem conhecimento do tema abordado.

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A partir dessa análise pode-se perceber que os entrevistados optaram em sua maioria pelo plano PGBL e consequentemente pelo abatimento do imposto de renda. Os que não possuem plano de previdência pretendem no período máximo de 10 anos adquirirem.

Conclui-se que o tema abordado é de conhecimento do grupo entrevistado e os mesmo possuíam os requisitos básicos para obtenção das respostas aplicadas no questionário. Levando-se em conta o que foi analisado, entende-se que é de suma importância ter um planejamento para um futuro mais tranquilo no que diz respeito ao âmbito financeiro.

6 REFERÊNCIAS

A PREVIDÊNCIA. Disponível em:

<http://www.previdencia.gov.br/conteudoDinamico.php?id=1282 >. Acesso em: 06 mai. 2012.

AMORIM, Daniela. Expectativa de vida no Brasil passa para 73,4 anos, diz IBGE. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,expectativa-de-vida-no-brasil-passa-para-734-anos-diz-ibge-,805645,0.htm>. Acesso em: 17 abri. 2012. ALMEIDA, Antônio Marcos; COIMBRA, Alexandre Augusto. Previdência complementar fechada. Disponível em: < http://www.artigonal.com/authors/99876>. Acesso em: 28 mai. 2012.

ARES, Benigno. Plano de previdência: quando é melhor começar? 2011. Disponível em: <http://invertia.terra.com.br/previdencia/interna/0,,OI273282-EI1806,00.html>. Acesso em: 28 mai. 2012.

BEUREN, Ilse Maria (Org.). Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade: teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

BERLATTO, Odir (Org.). Manual para elaboração e normatização de trabalhos acadêmicos do curso de ciências contábeis. Caxias do Sul: FSG, 2010. Disponível em: <http://www.fsg.br/website_pt/user_files/File/Documentos/COT/ManualContabeis20101.pdf >. Acesso em: 15 mar. 2010.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LEI 6.435, DE 15 DE JULHO DE 1977. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6435.htm> Acesso em: 31 mar. 2012. MARTINS, João Marcos Brito. Dicionários de Seguros, Previdência Privada e Capitalização. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005.

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MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.

PENA, Ricardo. Previdência Complementar no Brasil: história, evolução e desafios. São Paulo, 2008. Disponível em: <http://www.previdencia.gov.br/arquivos/office/3_081014-105451-757.pdf>. Acesso em: 06 mai. 2012.

PGBL E VGBL são os principais produtos de previdência privada. Disponível em:

<http://oglobo.globo.com/economia/pgbl-vgbl-sao-os-principais-produtos-de-previdencia-privada-4140016 >. Acesso em: 05 mai. 2012.

REIS, Ernesto José dos. História da previdência. Rio de Janeiro: 1984. Disponível em: <http://www.ieprev.com.br/portal/conteudo/viewcat.aspx?c=559>. Acesso em: 05 mai. 2012. SILVA, Vânia. Ato jurídico perfeito nos contratos de previdência. Florianópolis, 2009. Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/sites/default/files/anexos/33780-44113-1-PB.pdf>. Acesso em: 06 mai. 2012.

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