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O governo de Portugal na correspondência diplomática do embaixador inglês em Lisboa : (1808-1809)

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Do EP'WIXZDOR

INGLPS

EM

LISBOA

(1808

-

1809)

Jorge PI. b r t i i i s Ribeiro

Cana s e sabe a s invasões francesas em Portugal motivarniii a r e t i r a d a da faniília r e a l portuguesa para o Drnsil e a vinda dc tropas inglesas sob o conwndo de Rrthur l\klleslcy, niio sópara au- x i l i a r o seu tradicional aliado, corno para f i x a r no coritiiiente europeu una base de operações para a iiiarinlia b r i t s n i c a . Na verda- de, o governo p o r t u y Z s recusara-se a aceder

ã s

exigências de Na- polezo, para a s e r i r ao Bloqueio Continental.

De r e s t o , a intervenção francesa ern Esp'vilia provocou o

levantaincnto do 2 de M i o erii bbdrid, que acabou por s e r sufocado pelas tropas de bbrat. 1:ste movirirnto de c a r â c t c r p a t r i ó t i c o e rc- volucioniirio, desencadeou porciir outras iccdidas anglogcis desti113- das a s u b s t i t u i r a s outoriiiciiles e s t a b e l e c i d ~ i s por Juntas,que pas- sarain a exercer um potler sem limites e cuja legitinwck~de Ihes v i -

nlia (1.1 vontacie popular.

E,

a l i á s , por ordem da Junta da C:iliza quc a s tropas es- panliolas que ocupavam o Porto s e retiram do nosso p a i s . Foniw-se entiio na cidade e após a revolta de 18 de J d i o de 1808, 1: Junta

l'rovisional do Supreiiio Governo, &? qual é presidente o Ilispo do

l'orto e monge cartuxo de S. Bruno, D. MtÕnio dc S.José de Gis- t r o ( 1 ) . Gii Agosto, o corpo e x p e d i c i o n ~ ~ i o de S i r Artlii~r ~ c l l e s l e y desembarca em Lavos perto da I'ibweira da Foz, para ajudar a coiii- bater os franceses.

Insere-se no âinbito dus relriç6cs luso-britsnicas e b3- seia-se priiicipal,aie~itc na docunient;rçSo c10 enil>aixndo': iiiglês ein Lisboa, pertencente ao I>ublic Ikcord Office, a comunicação que lio- f e trazemos a e s t e colóquio. I'or e l a

é

possivel conhecerem-se a s opiniões sobre o I'rclado portuense

-

personagem-chave nos aconte- cimentos deste pcriodo

-

bem como os pareceres e sugestóes envia-

(4)

dos para Inglaterra àcerca das reformas necessárias em l)ortugal,a fiin de s e e v i t a r ao país os inales decorrentes de unw. rebelirio jm- pular de conscquências iinprevisíveis

.

Após a derrota das tropas francesas em Agosto de 1808, o k e l a d o f o i chamado para o Conseliio de Regência, cujo ~ e c r e t i r i o João António S a l t e r de Mendonça, em c a r t a datada de Lisboa de 20

de Setcnbro ( 2 ) llie corii~mica t e r sido e l e i t o por;l o iimsiiio pelos

governadores em exercicio, eiii atenção aos serviços por e l e pres- tados para a restauraçiio do governo Icgítimo.

I'odemos 1x0 entanto i n f e r i r que e s t a eleição t e r i a sido

f e i t a com o acordo e talvez por sugestno de Welleslcy ( 3 1 , a Tiiii de f a c i l i t a r a subniiss;?~ das provrncias coiikmdadas pela Junta i10

!'orto, ao governo c e n t r a l .

Nr'io era por6111 fa\ior&el o juizo que o Prelaclo fazia dos r e s t a n t e s governadores, coino transparece no e x t r a a o confidencial

de una missiva do embaixador liortuguês ein Londres, Sousa Cout iiil~o, &zt:lcla de 16 de Outubro de 1806. Coin e i e i t o venios que o Bispo se queixa escar o povo contra o Conselho ile Regência e se pedea con- s e r v a s ; ? ~ no I'orto, do firigadeiro S i r Roobert Wilson, coiiu~ndante da Leal Legião Lusitana, t i d a então pela Única tropa regular e bciii ripetrecliada que e x i s t i a no p a í s ( 4 ) .

Wilson aiirma que o Iiispo estava ;ipenas à espera de um;\ c a r t a da Regência para seguir para Lisboa, enihora r e f i r a nmis a- diante que havendo-se encontrado corn o s e c r e t s r i o do I'relodo, es- t e lhe coiifiara e s t a r D. b t ó n i o na disposição de não p a r t i r ( 5 ) . Noutra c a r t a ,

o

iiiesnio 1toI)ert Wilson expressa a opi.ni50 de que s e r i a altamente desej$vel ihigh1.y d e s i r a b l e ) , o conseguir- -se convencer o l3ispo através de meios :ionestos a ir para a capi- t a l , ocupar o seu lugar no governo c aconselha o g e n e r e l s i r l l a r r y Durrard, pessoa capaz de influenciar o Zninio do i're1;ido a cscre- ver-lhe um c a r t a , o que s e r i a talvez iinis ei'icziz do que ww co- i m i c a ç ã o o f i c i a l da Regência, pois acha que qu~mto inais tenpo L).

h t õ n i o continuar na cidade, mais a atenção do povo ser; d i r i y i - da para o antigo governo da Junta Supreina do Porto, o qual era i i i i t o popular ( 6 ) .

(5)

t a n t o para com o Prelado, ao agradecer-lhe a actuação que teve durante os incidentes de Outubro no Porto ( 7 1 , quando a populaç?io se a i ~ t i n o u contra os ingleses por e s t e s permitirem, na sequên- c i a da Convenção de S i n t r a , o e h a r q u e das tropas n;ipoleÓnicas para k a n p com o produto dos roubos por e l a s perpetrados. D. An- tónio de S. José de Castro, apesar de monge, como todos os homens ~windados

a

une posiç2o cimeira e cliamados a i n t e r f e r i r nos des- tinos dos povos e nações e r a sensível

2

l i s o n j a e

3

adulaçUo, co- mo s e pode i n f e r i r pelo que a c a b m s de d i z e r .

Contudo, o major general J . R . Mckenzie no seti ciiário considera o Bispo do Porto

o

amigo r i ~ i s verdadeiro dos interesses do Príncipe e de Portugal (8). Este general tem

6

opinião ãcerca da capacidade e conduta dos ministros portugueses ( 9 ) ; achando-os egoístas, com fal.ta de energia e i n t r i g u i s t a s . bhckenzie d i z airi- da s e r D. AntÓnio o Cúiico homem da RegCncia a t e r algum coragem e força cle carõcter, e que f o i iiipedido de deixar a sua t e r r a pa- r a s e juntar aos seus colegas pela inveja que es.tes clenionstrarsi~i e pela oposição que esperava encontrar pgr p a r t e del.es, devido ao egoísino que inanifcstav:iin. Através desta afir~rwçiio do general t e - mos a confiriimção, da

referida iiiimizade existente e n t r e o Prelado portuense e os outros governadores. l'amhêin Magalhiies Bas- t o , r e f e r e que L). h t ó n i o n5o queria i r para Lisboa, para "niio a- camradar coni homens corrprados pelos franceses, ou segundo outra versão, escravos dos ingleses" (1.0).

I>rosseguindo no seu d i ã r i o o major general bkckenzie u- firma que muito t e r i a sido t e i t o s e o 13ispo t i v e s s e sido posto

U

t e s t a do governo e que ainda algunun~i coisa se podia cspeix:ir clele, s e fosse induzido a assuniir a s suas funções e fosse apoiado pelo governo iiiglês. O d i á r i o r e f e r e ainiti que o Prelaclo ê oheclecido prontuliiente na rcgi.io do l'oz~o, nZo aaontcccii~lo o iiic?snlo coin o go- vcrno de Lisboa e i s t o c:i!isci de inveja por p:irte dos outr.os ncmbros da I<egênciri.

+

ihi 2 7 de Novcnù~ro de 1.808, o ministro dos nogocios es- trangeiros, George C;imirig, escreve ao Bispo exortando-o a h z e r p a r t e do governo (T1-1, nus o tempo vai passando e

D.

António con- tinua sem dar Iimstras de qucrcr t r o c a r o Porto pela c a p i t a l a fim de i r ocupar o seu lugar de governador, enquanto nwndava, segmdo

(6)

Magalhães Basto, no norte do p a i s "quási como Único senhor" (12). Inrtret:mto Napoleiío i i ~ í d a invadir l'ortugal pela segwid:~ vez, sendo desta f e i t a a f r o n t e i r a nortc, a escolliiila para pene- tração no nosso t e r r i t o r i o , NZo conseguindo e n t r a r enii'ortugal pe- l a foz do bfiftnho, o e x k i t o francês penetrarã no nosso p a i s a t r a - vês de Ciuvcs. Lsta invasso coixmdndada pelo hhreclial. Soult ê ;I que iiinis sofrimentos c danos

ir;

causi:r

5

cidade do I'orto.

D. Antônio de S.Josc de (:astro, entretanto e l e i t o pelo ?cçente Patriarca de Lisboa ( i 3 ) , vai prometendo ao enrbaixador

ui-

glês que breveiiicnre

irg

ocupar o seu Iiignr n:i c a p i t a l . Tnr c a r t a de 3 de Janeiro de 1809 (141, d i r i g i d i a V i l l i e r s , o liispo invoca r;rzÕes de saüde, aiinrkzndo e s t a r indisposto e que tiiilia pensado j ~ a r t i r na s e m a seguinte, nias d i z que não vai pôr ein p e r i ç o a sua segurança pessoal i n u t i l i w n t e , para o que pede a coiiil>reensZo do diploimta, sobl-etudo nuiiul a l t u r a eni clue os ingleses e s t z o a ~ O I I L . I T prt'cmções quííito

5

sua segurança. I'or outro lado teme queas pro- 1iiiicins ilo nortc cntrciii erii ilesordeii~ s c se auscntcir.

Enr Janeiro Lord John Fitzroy é enviado ao Porto como firn de convencer o liispo a i r erectivaincnte fazer parte da l'egêiicia do llci~io (15) e em Fevereiro o rcprcscnt;ini-e brit5iiico iiifoniia Londres ter-llie o Prelado assegurado que, iio priiirciro sin:il de in- vasão de Portugal i r i a para 1,isboa (16). Ao ser-4lie pedidii. opini- ão pelo Bispo àcerca da oportunidade da sua ida para a c<ipit:il, V i l l i e r s aconsellia o I'reLado a que p a r t a , enhora e s t e ao escrever p3Ta Cmning, iiwnifeste o ~ c c e i o dc que Iiaja oposiç50 popular à

s a i d a do Clérigo da cidade, inesino que fosse essa n sua vorrtadc. I s t o vein ao encontro daquilo que Iiiagalli,?ies liasto afiriiw, qiiiiiido d i z não t e r sido permitida pelos portuenses a ida de

D.

pritõnio para Lisboa (17).

Eii clws c a r t a s (18) eiiviadas ao ciirb;iiuridor, o Prelado dtí conta dos preparativos de d e h s a da cickide, do esta'lo de e s l > í r í t o da população, que diz t e r sido animdo atruvGs. de uma proclamcrTo sua e c r i t i c a o governo, que t e r i a adormecido, confiadona protcc- ção dos exércitos espanhol e inglês. Minin ainda que f i c a r á mais algum tempo na cidade (19). Ma primeira missiva (20) o Patriarca e l e i t o mostra-se preocupado com o que s e e s t á a passar na Galiza

(7)

e , com a iminência de um;i nova invasão, o que é temido pela maior

parte da populaçlo. J u s t i f i c a a sua não ida para Lisboa, dizendo que s e r i a "niuito rept-eensivcl e n u t o perigoso" para e l e t e n t a r s a i r da cidade e , retonmdo a argumentação d a c a r t a de 3de Janei- ro, mostra s e n t i r - s e responsável pelo povo, afirmando não poder neiii dever abandoná-lo, pois e s t e c a i r i a no mais coiirpleto desânimo.

O Prelado temia certarilente o s e r apodado de t r a i d o r , pela popula- @o amotinada, apesar de todo o seu poder e p r e s t i g i o e conforine r e f e r e &galliSes Basto, wdcessitava continuar no l'orto para con- servar a conf ianca do povo (2 1)

.

Sabendo por experiência tudo aquilo de que o povo riter- rorizado e inflaniado por oradores l i a e i s é capaz, o Bispo escreve 3s autoridades b r i t s n i c a s dizendo s e r perigoso para e l e abandonar

;? cidade. tU6m d i s t o , e l e sabia que

a

sua r e t i r a d a equivaleria

5

certeza da n30 defesa do Porto, pois n p o p u l a ~ ã o

por

s i

nZo s e r i a capaz de montrir i u i i esqitcnia iiiinimriiiiente c r i c a l contra o in- vasor. Il&il na opinião cle Phgalli~es Basto, o Prelado viu que o continuar na cidade e m a nicllior irmeirade recollier d i - videndos para o Cutiiro, no senticlo de r e i o r c a r a sua posiç3o face aos outros inenbros do governo e tamLiGni de r e f o r ç a r a j ~ da u t o r i -

dade. Mas a s coisas n,?o aconteceram coriio e l e cerramcnte esperava. 0s ingleses tinhali i n t e r e s s e que o Uispo fosse para Lis- boa ocupar o seu lugar no governo, pois, por m lado, i s s o tradu- zir-se-ia num auneiito &e prestcgio do Conselho de Ilegência junto da população, que c o m vimos estava contra e s t e org,io de poder

( 2 2 ) . Por outro lado os I>ritânicos prctendinn~ conseguir a c i è c t i - va subniissiio àas províncias do norte, outrora governadas pela Junta Provisionxl do Supreiim Cavemo, com sede na cidade da V i r - gem. A niellior m e i r a para s e a t i n g i r e s t e objectivo era t e r o seu antigo presidente como membro do governo c e n t r a l , f a c i l i t a n d o a organizaç50 da defesa e adrninistraçiio do t e r r i t ó r i o , aléini de que, assim s e tornaria rnais 6cicil controlar qualquer t e n t a t i v a de in- subordinação, e ainda, porque o consideravam, confoniie vimos ,o Ú- nico elemento e interlocutor válido do governo portupc's.

Não s5o só os ingleses quem tem a percepção da inportân- c i a de

D.

Antônio como membro do Governo, pois em 28 de Janeiro de

(8)

U.

João quer Portugal governado pelas autoridades que r e s i s t i r a m aos franceses, em vez da regência por e l e nomeada. E nessa mesnu e p i s t o l a Canning afirnu s e r Sousa Coutinho de opinilio que a i n - clusáo do bispo do Porto no governo importante (23).

A presença do Patriarca e l e i t o no Conselho íle Regência e r a ainda uma narreira de a m n t a r o prestl"gi.0 deste orgão de po- d e r , i n s t i t u i d o pelo I'r<ncii>e m t c s de p a r t i r para o Brasil. O r -

g5o tão desprestigiado pela t r a i ç ã o de alguns dos seus imicnhros que colaboraram actiimnentc com J u m t e tamòêm pela subinissão que mostrou por ocasião da entrada das tropas francesas na c a p i t a l ein

?807, s e bem que o teniia f e i t o cumprindo ordens do Regente. E s e

U.

Antônio de S. José de Castro publica uma proc1aniciç;io pedindo 5s populações un bom acolhimento para os invasores, a sua actua.. çao, após o 18 de Junlio

ã

t e s t a do governo i n s t i t u í d o no Porto por vontade popular, veio apagar da menGria do p w o qualquer a t i - t ~ d e que pudesse s e r considerada como suspeitosa ou aiiti-patriõ- t ica

.

O p r e s t í g i o do Prelado e n t r e a s autoridades Yigleças vai saber algum abalo coin a entrada do exército de Soult no Porto eimi 29 de Março à e 1809, quanào a Blspo tem cle f u g i r da cidade, indo primeiro para Vila Nova de Gaia e depois por via t i n u para Lisboa.

h

c a r t a datada precisamente 80 inE:~usto dia da entrada dos franceses no Porto e clirigida ao Bispo, V i l l i e r s queixa-se da obstrução e do constrangimento a que e s t á o s u j e i t o s os o f i c i a i s ingleses na execução dos seus cleveres (24). O embaixador chama a- inda a atenção para

o

perigo +a não obediência aos o f i c i a i s por- tugueses e da usurpaçâo do poder ire os julgar pela populaça e diz, s e r i s t o incompativel. com uni plano de salvação do pais. 'Sendo em mente o assassinato

Jo

general Beniardim f i e i r e de i\nclruile e de

,

outros o f i c i a i s , quando reiitavani unin r e t i r a d a c s t r a t c g ' ' 1c:i no sen- t i d o de defender eficazmente a cidade do Porto, considera a anar- quia i q e r a n t e no Entre b u r o e Minho à aproxiniaç20 do invasor, como u l t r a j e s

ã

Polícia e 2 J u s t i ç a . Mirina ainda f i c a r contente s e os culpados forem exemplarmente punidos, pois caso contrário teiiie pela segurança de outros l i a t r i o t a s . Reconmendri ao l3ispo que

(9)

tome em consideração e s t a s sugestões e assegura-lhe que t e n t a r á dar mais a s s i s t ê n c i a à cidade, t a n t o por mar como por t e r r a . Em 5 de Abri? escrevendo para Canning, o diplomata r e t o m a s i d e i a s ex- pressas na c a r t a acabada de r e f e r i r e a f i m que o Bispo não pa- rece t e r sido suficienteinente sensível ao perigo da insubordina- çUo em operações m i l i t a r e s , nem

;

diferença e n t r e o s e r iipoiado pelo povo ou d i r i g i d o por e l e (25).

Em 11 de Abril V i l l i e r s informa o ministro b r i t u i i c o da chegada do Prelado

a

Lisboa, o qual ao chegar n o t i f i c a a Regência pedindo autorização para desembarcar, e s t a responde i s s o

s6

de- pender dele, 11Zo necessitando de permissáo para ir para terra(26). Esta resposta clos outros niembros, parece-nos b a ~ t ~ a n t e Pria, o que a l i á s não vem senão confininr tudo acpilo a t r á s d i t o , p a r t i c u l a r - mente a s iinprcssões do general bckcnzie, da existência de u m c e r t a inveja, por p a r t e d,a Regência eni relaçáo ao Bispo. Apesar de

U.

h t ó i i i o de S.José de Castro

ter

tonwdo lugar no Conselho de Ilegência, aquilo que os ingleses t a n t o desejavam, l i i l l i e r s infor- Londres, que na sua opiniáo a a t i t u d e do Uispo não encoraja o governo b r i t â n i c o a confiar nele, exactanente o que Mackenzie no seu d i z r i o recomendava como f a c t o r indispensZvel para o Patriarca poder levar a bom tenno a sua t a r e f a governativa.

Nota-se neste desliacho que acabrT11ios de r e f e r i r , uiii c e r t o desencanto em relaçiio à actuação do I'relarlo, pelo iiienos &i p a r t e

do embaixador que dele esperava tiiais. Ni&, pcirece tanhém s e r e s t a a opinião do Mrecli,al Beresford ( 2 7 1 , e , sem querermos aqui defcnder ou a t a c a r o bispo, d i x e m s apenas que e l e não era neni tinha iorniriç'Zo m i l i t a r , o que naturalniente s e r e f l e c t i u nJnr8pre- paração da defesa da cidade, além de que, s e r i a extremamente d i - f í c i l acalmar o povo ainotinado; seni pôr em perigo a sua segurança pessoal, nuia a l t u r a de h i s t e r i a colectiva quando uin gcneriil coni o p r e s t í g i o e wii curriculum coiim o de ilernardiiii I'rcire de i\ndr:ide, f o i assassinado pela turba enfurecida.

Se a t é agora analisanios a s opiniões expressas pelas d i - versas autoridades inglesas, em p a r t i c u l a r a do embaixador b i r t 5 , nico em Portugal, eni relaçuo a um^ figura importante & Regência

(10)

;cerca da melhor maneira de governar o p a i s , a fim de e v i t a r um moviwnto popular de c a r ã c t e r insurrecc ion i s t a . Coiii efc i t o o d i -

plornata rnglcs, deinonstra t e r wik? pcrrcpyiio dos ;isontcciiiiczti~~ fora do vulgar. No despacho de 8 de Agosto de 1809, crivi;ir!o a

George Caming ao r e f e r i r - s e aos aconteciiiientos de 1:spnnhii (281 e à iiillnente proimlgação de mi constituiçno que considcra sei. o r.cvivcr dos antigos p r u i c í ~ i i o s da nlorini.<~ui;i (291, o rcpicscntnntc b r i t â n i c o acha que l'ortugal náo continuará s a t i s f e i t o coiri o s i t i i - aç5o a c t u a l quando s e reimirem a s Cortes espanholas. Para e l e a questão é saber s e o Regente deve s e r avisado, de fonm a poder antecipar-se aos e f e i t o s m l f i i c o s de u i n iiirpulso popular, ou s e deve aternpadamente toiiwr disposições para se assegurar da lealda- ile do povo e assim iikanter o trono. Acha que o governo ir-gL.5; tciii de d e c i d i r s e vai pressionar o Prrncipe Regente para que e s t e re-

;i11 ze refoniras, ou s e vai deixar, caso i s t o nso acontelzi, os i i i -

gleses continuareni cni I'ortugal, siijeítos ás dificuldades c 1iei.i- gos de u m possível amrquici, ou de ii6s i.esoliiçÕes. Sçgunilo o d i - plonv~ta a s refonnas nccessSrias deveri:lm çcr volwitarianente cori- cedidas pelo l>r&cipc c asseguradas através de reiiiiino de Cortes oii

de

qualquer outra fornia de representação popular e i n s i s t e d i - zeiido dever

D.

Jono s e r chaii~do

z

atençso coiri t e y o . de feri;;, ;I

poder t o m r irietllcLus :idec~uaJi\s, a i i r i i dc assegurar a tranquilidade e lealdade do pais. Express,mdo 3 sua opinião ãcerca do estado de

e s p i r i t o (Ia populaçáo, assegura e5t;i -gura o p a i s tranqui10,con- trarialiente ao inverno a n t e r i o r , Iiavendo lealdade por p a r t e do povo. I'ovo esse que apcsar de t e r confiança no soberano e nos in- gleses não respeitava o governo, e , s ã llie obedecia por t e r sido ordenado pelo P r h c i p e e s e r apoiado pela Grã-liretama.

No despacho de

18 de Agosto para Lord Strangford, enibai-

xador b r i t k i c o no Rio de Jalieiro, expressa e retoiiin os iiiesiiws pontos de v i s t a , eilù10.r~ aqui ex1>riiiv* 21 opin i50 dc ([LIC 1'0rtiig;il 1150 aguentar; um inês tranquilo depois da graide transformação operada em Espanha, ou s e j a após a reunião de Cortes. E para e l e iwis um;i

vez s e põe o problema de s e o Principe deve deixar o p a í s entre- gue a

uma

convulsão provocada por um incontrolado iinpulso p o l ~ ~ l a r , ou s e se deve antecipar. Opina que o sob<mno deveria conceder a s refornias e mePhoramentos desejados, pois i s t o ein vez de diininuir

(11)

o poder r e a l

iria

aumentii-10 atravzs de

uma

maior prosperidade do país. Repete ainda

mis

uma

vez, que e s t a s concessões deveriam s e r asseguradas para a posteridade colocando a monarquia eaCons- t i t u i ç ã o debaixo da guarda de Cortes ou de qulquer outra forma de representação popular (30).

V i l l i e r s

vai

ainda mais longe e acha que

ê

cegueira pen- sar-se que e s t a questão possa s e r evitada, remetendo tambéma r e s - ponsabilidade desta'decisão para os conselheiros e membros da Re- gência, pois para e l e e s t a

g a ocasião da grandeza ou da fraqueza

do Príncipe, co~~forme e s t e f o r aconselhado a a g i r . Mais unia vez repete que é a a l t u r a do soberano tomar uma a t i t u d e no sentido de irielhorar o p a i s e a s s e y r a r a lealdade do povo. Se o n?io f fizer po-

a lealdade dos portugueses

5 prova e deixarã o p a í s

2

mercê de revoltas populares e aos t e r r í v e i s e f e i t o s de refo- f e i t a s em circunstâncias violentas ( 3 1 ) .

Por tudo aquilo que ficou d i t o , venios que V i l l i e r s

é

uni adepto de reforiiias na contiiiuidade, segmdo o exeiiplo do seu país, Vê-se clarnmente que e l e receia sobretudo um^. revolta, com todo o

seu c o r t e j o de horrores e i~iis&ias e como boni conhecedor que e r a da situação portuguesa, sabe que uma grande partedapopplação an- siava por imidaiiças c r e f o r m s .

3; desde o século W I I I que a s i d e i a s l i b e r a i s tinham a- deptos em Portugal (321, a l i & o próprio movimento de independên- c i a dos Estados Unidos teve sinipatizantes e aderentes no nosso país (33). Ele sabia também que m i t o s dos que colaboraram com os franceses não o fizeram por anti-patriotismo, mas sim porque pen- savam que o governo francês i r i a proporcionar ao nosso país a s r e - f o m s que urgentemente necessitava.

Na época estuda&, existiam já alguns periódicos de ten- dência l i b e r a l t a i s como o Correio Urasiliense e o Correioda Pe- nínsula, o prùneiro começa a s e r publicado em Londres em 1808 e o segundo enl Julho do memano eni Lisboa (34). O Correio Brasi- l i e n s e , por s e r publicado em Londres gozava de i i ~ i i o r 1.ibrrclade de expressão, do que os jornais publicados em Portugal. Estes dois periódicos são ambos anti-franceses e pró-ingleses (35). S o favoráveis a uma monarquia. temperada em que "CortGs reiire-

(12)

s e n t a t i v e s de l a Nation p a r t i c i p e r a i e n t

à

l a d i r e c t i o n des a f - f a i r e s publiques" e fustigam "avec égale vigueur l e despotisme e t l'anarchie" ( 3 6 ) . Taih&ii a Gazeta de Lisboa, apesar de terlos os condicionalismos, publica em 23 e 24

de

Novembro de 1809 uma ain-

p l a referência ao manifesto cia Junta de Sevilha, que determina a reunião de Cortes (37) e no d i a 14 de kzembro do mesmo ano, nuni a r t i g o i n t i t u l a d o "Reflexões sobre a natureza do governo m i l i t a r "

( 3 8 ) , o jornal tonwndc conio e n e q l o o caso francês, c r i t i c a e s t a forma de governar e elogia as "monarchias doces e temperadas".

'Ibdo i s t o sáo expressões de uma corrente l i b e r a l que e- logia o sis.tem inglês e reme a revolução, coim s e vê, e s t a opi-

.

-

nliio coincide com a veiculada para Inglaterra pelo eniùaixador in- glês. J . C . V i l l i e r s t e n d ~ presenciado a anarquia que s e instalou no nosso paTs

2

aproximçZo dos franceses e quando e s t e s Coram c:xpulsos, vendo o povo inquieto e i n s a t i s f e i t o e sabendo que e s t e j: t i n h a tomado consciência <Ia sua força, teme que a s ocorrências cla Espanha sirvam de cxeniplo aos portugucscs, pelo que propõe ao Regente o aproveitar-se da ocasião para Fazer a s reforinas que o país carecia, de m o i r a n e v i t a r convulsões graves. Embora não o

d i g a , V i l l i e r s certamente contava com o apoio da corrente l i b e r a l pró-inglesa 1x1 ~ ~ r o s s c c u ç ~ o das t a r e l a s a que o soberano s e propu- sesse. 'Todo o dcsassosscgo que porventura s e viesse a i n s t a l a r no paFs, i r i a contra os interesses da I n g l a t e r r a , a qual necessi- tava que I1ortugal fosse um lugar seguro e tranquilo, de maneira a poder levar a bain teriin a l u t a contra o poderio napoleõnico, rio- mneadainente contra os exércitos rranceses que ainda ocupavain a Es- panha

.

h despaclio de 14 de Novembro de 1809 para Cord Bathurst, ao tempo s e c r e t â r i o dos negócios estrangeiros, o representante b r i t â n i c o torna a a f i r m r a necessidade de D. João outorgar ima Carta Règia e tanbêm de perniitir a reunicio de Cortes ou de outro corpo l e g i s l a t i v o , representativo da nação, que ncio assumisse os seus poderes por meio de uma revolução ( 3 9 ) . Phis iuiia vez e s t z

presente o iiiedo da revolução, a l i á s a grande preocupação expressa em toda e s t a correspondência de V i l l i e r s que estanms a analisar,; a de e v i t a r uma revolta popular de carácter violento e para isso

(13)

e o s meios a serem u t i l i z a d o s N prossecução desse objectivo. nos devemos esquecer que os episódios sangrentos da RevoluçSo incesa, t a i s como o Terror e a execuçáo de Luís XVI, iimrcarani o imagin?irio dos homens deste tempo, contemporâneos ainda desses sucessos.

O embaixador parece t e r encontrado na Regência alguém que o escuta e que acha serem os meios apontados por e s t e , a me- lhor nnneira de s e e v i t a r uma revolução, ou pelo inenos wn levan- tamento popular de c a r c c t e r violento contra a s autoridades cons- t i t u i & ~ . Ora esse eleiiiento

ê,

nem mais nem nlenos, o P a t r i a r c a e governador do reino L). h t õ n i o de S. José de Castro. Assini em 15 de Novenhro de 1809, V i l l i e r s mostra-se preocupado com o e v o l u i r dos acontecimentos no p a i s vizinho e a f i m ir o Bispo do Porto perguntar Regência s e e s t a s e quer antecipar a um pedido de mu- danças por p a r t e do pow, convocando a naçáo em nome do P r k c i p e , ou se quer t e n t a r a s o r t e , es]>erando que e s t e pedido popular nun- ca s e j a formulado eni l'ortugal. C o ~ ~ u d o , o mais interessante nes- t e despacho é quando V i l l i e r s afirma que o l'relado não tenie os no- vos princípios ( l i b e r a i s portanto) e que e s t á decidido a iiiedidas de antecipaçáo, convocando o povo (40). I s t o veni niostrar s e r o Iiispo um homem de ideias a b e r t a s , tendo coinpreendido s e r c s t c o Único caniinho a t r i l h a r para e v i t a r wiia grande convulsáo ein Por- t u g a l , e l e que tinha vivido horas d r a n i t i c a s , sabia aquilo de que a populaça ainotinada

é

c:ipaz.

V i l l i e r s c o m não podila deixar de s e r , segue de perto todo e s t e processo. 1511 t9 do iiiesino inEs inrorma Bathurst que tendo p e r ~ u t a d o ao Prelado o que pensavain os outros membros da Regên- c i a ;cerca das reformas, fora por e s t e informado que a proposta em causa s e r i a aprovada e adoptada s e viesse da p a r t e de outra pessoa, desconhecia no enttlnto o e f e i t o que causaria sendo ppro- posta por e l e ( 4 1 ) . Aqui mais w a vez nos aparecem evidentes a s divergências e n t r e o Hispo e os outros niembros do governo. Contu- do em I6 de Dezeinbro, o Bispo infonna o

embaixador,

que não con- siderava a reunião de Cortes ou de qualquer outro corpo represen- t a t i v o da naçlio, urgente, ou a t é conveniente, opinando que a

Fs-

panha n5o v a i tomar i i ~ d i d a s semelhantes. O Príncipe i n c l u s i v é t e -

(14)

r i a d i t o que

unw

consulta

i

nação s e t r a d u z i r i a na ùiminuiçáo do seu poder ( 4 2 ) . Através desta afirniação podemos c o n c l ~ i i r t e r o soberano sido pressionado no sentido da execuç5o destas reformas, contudo, s ó uma mais ampla investigaçzo poderá responder cabal- mente a e s t a queStâ0.

Apesar da t e n t a t i v a de introduç50 de medidas nuis l i b e - r a i s nâo t e r sido a c e i t e , V i l l i e r s nno d e s i s t e c em Fevereiro de

1810 em nlissiva para u n clos governadores, D. kíiguel Pereira For-

jaz, recomenda que todos os nielhorainentos do estado sejam volun- trírios e eni nome do l'rhcipe, a1611 de s e r preciso muita cautela e prudência na reuni50 de Cortes s e i s s o f o r decidido. 1:. iiiais uma vez o Jiploiiiata i n s i s t e que a reunirio de Cortes r e s t a u r a r i a o an- t i g o poder e esplendor do trono. Mas o soberano e os governadores do reino 60 querem saber de r e i ò m s , que lhes diminuiria o po- der. O povo esse, alheio a todas e s t a s manobras que se prmluziam nas a l t a s esferris, tecn rle momento outras preocupações I I U I ~ S pre- nrentes.

A

expulsZo dos franceses, que s e aprestavam a invadir pe-

l a t e r c e i r a vez o país e a recoiistruçUo de uni t e r r i t ó r i o devasta- do 1x313 L'uerra. Sul,sequcnteme~ite o exemplo espanhol, conto friicns- so &s Cortes de Ciidis

,

tainbèiri n'5o vai s e r favorãvel a que s e pen- s c em e x i g i r , rcfornws ao governo, por meios mais ou nieiios vio- lentos.

I)e momento a faniilia r e a l continuava no Ilrasil c Bercs-

ford era de facto quem governava i'ortugal. PBs o d e ~ ~ ~ n t e n t a ~ l l e n t ~ vai alastrando e eni 1820, 1.1 anos dcpois das c l a r i v i d e n t e s reco-

mendações f c i t a s por J.C. V i l l i e r s , veio a ncontecer. ;iqullo que e l e mais temia, uma revoluçiio, pela qual

D,

João VI, já então r e i de Portugal, s e viu obrigaao a a c e l t a r aquilo que a n;cçrio lhe pro-

(15)

I\DI?XVIATURAS UTILIZADAS :

A.H.M.P.

-

Arquivo 1listÕrico Ivhuiicipal do Porto A.N.T.T.

-

Arquivo Nacional

da

Torre do Tombo

U.L.

-

U r i t i s l i Library

FO

-

Foreign Office PRO

-

l h b l i c Record O f f i c e

1)

D.

h t õ n i o de S.JDsé de Castro nasceu 110s f i n s da p r i i ~ i e i r a mc- t a d e do s é c u l o W I I I e f a l e c e u em 1814. Professou no Convento de Santa !@ria do Vale da Misericórdia dn Ordem de S. Bruno e f o i e l e i t o Bispo do Porto em 13 de Junho de 1798, c i r ~ o r a

s6

t e - nlia vindo r e s i d i r p a r a e s t a cidade ein 1802.

2 ) A.H.M.P., Livro &AS Prõprias, p.52 e 52v. e Gazeta do Porto: o

CeaZ Português, no. I 5 de Outubro de 1808, p,?2R

-

129.

3) PRO, M, 63/66, p. 167

-

167 v.

4 ) "Je uous reconnnande de nouveau l e mantien du Brig;idier Wilson,

e t de l a Légion dm c c s provinces c a r p e u t - ê t r e c c scr;i l a s e u l e troupe r e g u l i f r e c t bien d i s c i p l i i i é e dans I e royaume." PRO,

,

63/67.

7) A.N.T.T., Mtniatêrio db Re,ino, I"L?ço 356

8) "llemined t h i s day (27.11.1808) a t Oporto, in order t o pay my r e s p e c t s t o t h e Bisl1op, t h c t r u e s t f r i e n d o r tlie i n t c r e s t s 9 f h i s Prince and h i s country i11 Portugal. I was h i g h l y s a t i s f i e r l with our intcrvicw." D.1',., Col. i l l d i t i o n a l , rio. 39,201, Diary

of Major-General. S.R. Mackenzie i n t h e Peninsu7.ar hfar 1808-

-1809, p. 30.

(16)

10) BASTO, Artur & Magalhães

-

I809

-

O Porto sob a 20. invasão francesa. Porto, fiiyresa L i t e r z r i a I:luniinensc, 1926.

11) PRO, FO, 63/74, p.54-57.

12) BASTO, k t u r de Wigalhaes, ob. c i t . , p.46-47.

13) O Bispo do Porto f o i nomeado P a t r i a r c a de Lisboa pelo Regente, em 1809, e , eiii 10 de Vaio de 1809, f o i e l e i t o Vigzrio Capitu- l a r da mesm cidade. A nomeação d e s t e Prelado como P a t r i a r c a nunca chegou a s e r c o n f i m d a p e l a Corte de Roma, por

D,

An- eónio ser f i l h o bastardo. De f a c t o , e r a f i l h o i l e g í t i m o do lS?.

Conde de Resende. 14) PRO, FO, 63/75, p. 67. 15) PKO, 0 63/75.

17) BASTO, Artur

cle

Irbgoll~Zes, ob. c t t . , p. 46-47.

18) I'RO, O 63/75, p. TOS-TOS V. e 206-206 v .

I 1'110, FO, 63/75, p. 20ú-206 v . 20) PRO, FO, 63/75, p . 105-105 V .

21) I3RSTO, m t u r de E!agal.h;ies, ob. cit., p. 46-47. 22) P110, FO, 63/67.

23) PRO, FO, 63/74, p.90-92.

(17)

28) A Junta Central refugiada em SeriiBha tinha tomado a " i n i c i a t i - va revolucion$ria de covocar Cortes" e , em 22 de Vaio, anunci- ou a sua reuni50 a curto prazo.

Além

d i s t o , a Junta tinha tam- bém decidido a consulta à s i n s t i t u i ç õ e s e

5

opiiii,?o p ~ % l i c a , ãcerca da natureza das rcfornas necessârias. ARTOM, Nigucl

-

Antiguo Rêgirnen y revo2uciÒn ZiberaZ, 2% cd., n:ircelona, Edi- t o r i a l A r i e l , S.A., 1983, p. 763.

29) PRO, FO, 63/76, p. 189-792. 30) PRO, O 63/76, p. 205-212. 31) Vide nota a n t e r i o r .

32) W S , Luis A. de Oliveira

-

O P ~ r t o e as origens do % i b e w l , i s - mo fsubsz'dios e observacõesl, c o l . "Documentos e &mórias para a Ilistóriri do Porto", Porto, Cubincte de Ilistórin L Cikidc,

1979.

33) IWQS, Luis A. dc Ollveirri

-

Repercussões em PortugaZ da iride- pendéncia dos Estados Unidos, "Bracara .4uçustd", lirngn, tomo

XXXII

(73-74) Jan.

-

Dcz., 1978.

34) UOIbWIV, Georges

-

Ce p r e ~ e r pgriodique Pibèr~T puLiZ.iè au PortugaZ: Ze Correio da PeninsuLa ou Novo TeZêgrafo (Lisbonne,

3 j1ri2Zet

-

2 a6ut T R i O l , i11 "O Eibemlismo na l'cníiisula Ibê-

r i c a na primeira inctade do s6culo XIX", vol. 2, Lisboa, Sj da Costa liditora, 1982; p. 225-240.

35) BOISVI!KT, Ceorgcs, ob. c i t . , p. 237 36) IUW, ibidem.

37) Gazeta de Lisboa, n!?. T50, 23 de Novembro dc 1809 e n!?. 151,24

de Movembro de 1809.

(18)

40) PRO, FO, 6 3 / 7 7 , p. 223-226. 41) PIZO, O 03/77, 11. 227-232.

42) PRO,

FO,

63/78, p. 20-23. 43) PIZO, M), 6 3 / 7 8 .

Referências

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