Florianópolis,
Julho de
1988-EM
GOIÂN,A,
EM SEU XXII CONGRESSO NACIONAL:
-"Nós,
jornalistas
brasileiros,
decidimos
dar
início
a urna
campanha
que
transforma
a
luta
pela
efetiva
democratização
dos
meios
de comunicação
em
urn
movimento
de,
massa,
que
envolva
amplos
setores
populares
e
.
democráticos. Consideramos
que
a
informação
não
pode
ser
tratada
como
mercadoria
nas
mãos
de
grupos
empresariais,
mas
deve,
sim,
ser urn
bem
público
a
serviço
da
comunidade,
baseado
em
rígidos
princípios
éticos".
'.
.TEMMAIS:'
Cinco
páginas
de
América Latina
nesta
edição
As
UTIs
de
Florianópolis
estão
em
coma
'J:�.
-.
"'-.'
Reitor'
falou.
Veja.
o
quê
e
como.
'na
'página
3
_
-:
\
",,1,
� .._ , -- �,'VOXPOPULI
Informação
é
um
bem
público
Maisde 200
jornalistas,
estudantes deComunicação
eobservadoresde outras
categorias
participaram,
de I a5de
junho,
emGoiânia,
doXXI�Congresso
Nacional dosJornalistasedo congressoExtraordinário.
Depois
decinco diasde
discussão,
examedepropostas,
defesaevotação
emPlenário,
osjornalistas
brasileirosdeliberaramum
conjunto
deprincípios
eprojetos
expressos,
sinteticamente,
nodocumento finaldosdoisencontros,aCartadeGoiânia.
"Nós,jornalistas
brasileiros,
reunidosnoXXIICongresso
Nacionaldacategoria
e noCongresso
Extraordináriao,
realizadosemGoiânia,
de1a5 dejunho
de1988,
decidimosdar inícioa umacampanha
quetransformealuta
pela
efetivademocratização
dos meiosdecomunicação
em ummovimentode massa,que envolvaamplos
setorespopulares
edemocráticos.Consideramos quea
informação não-pode
sertratadacomomercadorianasmãos de grupos
empresariais,
masdeve, sim,
ser umbempúblico
aserviço
dacomunidade,
baseadoem
rígidos princípiois
éticos.Por acreditarmos queas
mudanças aprovadas
naConstituintesãoinsuficientes para submeteraointeresse
público
aestrutura depoder
dos meiosdecomunicação,
assumimoso
compromisso
derearticular mecanismos de luta porpolíticas
democráticasdeComunicação,
com aparticípação
deentidadessindicais, populares
esociais,
�nosso
objetivo
exercerpressão
sobreasdecisões davotação
em29turno daNovaConstituição
eintervirnoprocesso de
elaboração
dalegislação
ordináriarelativa àpolítica
deconcessão de canaisderádioetelevisão.Quanto
àlentaegradual transição
política
tuteladapelos militares, nós, jornalistas brasileiros,
reafirmamosnossoveemente
repúdio
à decisãodaConstituintedefixarem5anos omandato do
presidente
JoséSarney,
contrariandoavontade expressadamaioriado povo brasileiroporeleições
diretasjá.
Damesmaforma,repudiamos
asameaças ostensivasnosentidodeadiaraseleições municipais
marcadasparanovembro desteano.O
adiamento,
seconsumado, significaria
maisumaafrontaaosdireitos elementares de cidadania.
Recessão, desemprego,
arrocho salarialebanesses paraocapital estrangeiro
sãoinevitáveis resultadosdenossasubmissãoaoFMI.
Sobreas
questões
específicas
dacategoria
profissional,
nós, jornalistas brasileiros,
estamosempenhados
naconquista
daunificação
denossaslutas,
com oobjetivo
de
conseguirmos
umanegociação
coletiva de trabalhoanível nacional. Decidimos quea
Federação
Nacional dos JornalistasProfissionaisetodosossindicatos dejornalistas
doPaísdevem darinício àcampanha pela
unificação
dadata-baseem19dedezembro.Alémdisso,
será incluídono
anteprojeto
denossaregulamentação
profissionall
agarantia
dopiso
salarial nacionalnovalorde50 OTNs.
No
Congresso Extraordinário,
queseseguiu
aoXXIICongresso
Nacional, nós, jornalistas brasileiros,
porampla
maioriaede formademocrática,
tomamosadecisãohistóricadefiliaraFENAJà Central Únicados
Trabalhadores, pois,
paranós,
aCUTéacentral sindicalqueefetivamente defendeosinteresses de
organização
eluta da classe trabalhadora brasileira.
Consideramos
que,somente
unidos,
ostrabalhadores irão transformarainjusta
realidadeeconômica
esocial denossoPaís. Coma
filiação
daFENAJ àCUT,
nós,jornalistas
brasileiros,
temosacertezade queestamoscontribuindo para queo
Brasilvenhapertencer,de fatoede
direito,
àqueles
queproduzem
ariqueza".
Goiânia,5
dejunho
de1988MeJhor
Peça
Gráfica
ISet
Universitário
Maio88
Outraquestãoque consideramos vital éo
engajamento
detodasas
forças progressistas
nalutadopovobrasileiroporuma
ampla
reformaagrária
eurbana,
quedemocratize,
omaisrápido possível,
o acessoàpropriedade
da terraemnossoPaís.Aexistênciadelatifúndios
improdutivos
é motivo devergonha
paratodaa
Nação. Exigimos
quesejam assegurados
osdireitosdostrabalhadoresnocampo,quesão
ameaçados
eaviltados atémesmo nodireitoà
vida,
sofrendoperseguições
eassassinatos,
semqueopoder público
nada
faça
em suadefesa.Nós, jornalistas brasileiros,
tambémrepudiamos
apresençadetécnicosdoFMIem nosso
País,
maisuma vezdeterminandoos rumosdenossapolítica
econômica. Trata-se demaisuma
violação
ànossasoberania,
semesquecerosefeitos funestosdaspolíticas
queoFundo
Monetário
historicamenteimpõe.
ZEBO
Jornal Laboratô do do curso de
Comunicação
SocialdaUniversidade Federal deSanta Catarina.Esta
edição
foi elaboradanamadrugada
de 25 dejunho
de1987..
Textos: Ana
Lavratti,
Clarissa Santos, Cláudía
Asterga,
Daniel
Izidoro,
DuardoVeras,
EmersonGaspe
rin,Geraldo
Hoffmann,
lvonei
Fazzioni,
JoãoGrando,
LucieneAbdo,Lucimar
Polli,
MileneCorrêa,
Marta Moritz,Monique
Van Dresen,Rafael
Masseli,
RitaCosta,
Rogério
Silva,
Remir
Rocha,
RuteEnriconi,
SimoneDias,Taciana Xavier.
Diagramação:
Cláudia
Carvalho,
Cláudia
Coelho,
Carol,Denyrs Rodrigues,
Ivandos
Santos,
IlkaGoldschmidf,
MarcosCardoso,
Rute Enriconi.
Arte: Marta Moritz
Fotografia:
Carlos
Locatelli, Philippe
Arruda,
João CarlosGrando.
.Laboratório Foto-,
gráfico:
PedroMello,
PaÜJ.o
'Brito,
Philippe
Arruda.
Edição,
coorde-nação
esupervisão:,
professores
Henrique
Finco,
Luiz AlbertoScotto,
Raimundo Caruso, Ricardo Barreto..
Acabamento'
e impressão:
Fundação
daProdutividade
Edição
Gráfica: Ricardo Barreto Telefone:
(0482)
33.9215 Telex: (0482) 240 BRCorrespondêncfa:
Caixa Postal472,
Departamento
de Comunicação
eExpressão,
Curso deJornalismo,
Florianópolis,
SCDistribuição
gratui-Desmentidos:
ossos
da
ofício
Os
jornalistas
sempresãoacusados porseus entrevistados,
dementirosos. Ounãoescrevem
o que foi
dito,
ou escrevemerrado. Uma matéria
publicada
no último Zero foi alvo de
acusações
dessetipo.
O entrevistado fez uma
declaração,
efoi desmentidopelo
Jornal Universitário (JU).Amatériaerasobre
as
edições
noCentrodeCiênciasHumanas
(CCH),
eas'
declaraçõesforam feitaspelo candidato
avice-diretor do centro, Marcos
Ribeiro.
Vemaí
a
Ilha de
edição
Autorizada dia 22 de
junho
a guia deimportação
efechada a operação de câmbio
para a
aquisição
da ilha deedição.
que oDepartamento
deComunicação adquiriu junto
àSony,
noJapão.
Oconjunto
deequipamentos
inclui doisvo-5850
-gravadores
videocassete,
U-Matic, 1 RM-440
-que é o
editoreletrônico que articulaos
doisVO-5850edois
monitores,
cabos econexões,eumlote de 200 fitas KCS e 200 KCA. Aoperação
de câmbio no Bancodo Brasil ficouem US$ 28.500
dÓlare;
e refere-se aoprimeiro
lote de
equipamentos
para olaboratório de
Produção
de Vídeo.Futuramente, segundo
negociações
emandamento,
oDepartamento
deComunicação
importará
câmaras para gravações internas e externas, visan
do, com isso, prover alunos e
professores
deequipamentos
básicos para
disciplinas
deTelejornalismo
I eII, Projetos
Experimentais
eproduções,
deprogramasdidáticosde
apoio
àsatividadesdeaula.
Eleição
disputada
•
muda
direção
do
curso
Ribeiro declarouaoZero
que "havia
procurado
o JornalUniversitáriopara falar sobreas
novidades na
eleição
da direto ria do CCH" (o centro é oprimeiro
da UFSCatereleições
universais).
Segundo
ele, ojornal alegou
"falta de espaçopara
publicação
damatéria, Diasdepois
dadistribuição
doZero,
o JU desmentiatudo,declaran
doque Marcos havia batido um
recorde de mentiras. Comose
já
nãobastassemos
apelos
visuaisbombardeadospor todos so cantos do curso,
sem sequer poupar o banheiro, os candidatos à
administração
de-Jornalismo
disputaram
osvotos
catequisando
eatémesmoteatralizando. O resultado aca
bou sendo
proporcional
à' per formance. Apantomina
utiliza-'
da na
campanha
coroou oquartetoformado
pelos profes
sores Lu is Alberto Scotto (co
ordenador),
Hélio Schuch, (vice),Eduardo Meditch(chefede
Departamento)
eRicardo Barreto
(sub-chefe).
votos para
'Scotto
contra os31,63%
de Mauro. Nachefia,
Eduardosomou
67,22%
eFinco33,50%.
O número de votosnulos foi irrisório:apenas dois,
entanto, foram
registrados
26embranco.
"A
eleição
éalgo
impor
tanteporquevocêdeveescolher
um só entre
muitos",
afirma oestudante de
jornalismo
PedroSantos. Pedro,que
pela
primeira
vez numa
eleição
eé natural.daGuiné-Bissau, contaque já
teveduas
oportunidades
para votar:"Não votei porque não acredi
tavanas
propostas",
Apartirdosegundo
semestre Pedro terácondições
de avaliar se suasexpeçt,íl�iVilS (oram"
çumpndas.
Quanto
aoseleitos,
cabeatarefade não
decepcionar
nem ele,nem os outros 128 estudantes,
professores
efuncionários,
queacreditaram em sua
competên
cia para
administrar
um cursoque consome cerca de dez mil
laudas mensais e sofre de uma
falta
aguda
deequipamentos.
"jornalistas",
osfuturos vitoriososiniciaramodebate.
Adecisão de Uma Nova
Proposta
-composta
pelos
candidatos Mauro Pommer(co
ordenadoria),
Sônia Maluf (vice),
Henrique
Finco (chefe deDepartamento)
eAglair
Bernardo
(sub-chefe)
:..:emdisputar
aseleíções
foilegitimar
a suaposição
ideológica
dentro docurso,analisao
professor
Finco.Ocurso teve três coorde nadores
temporários'
no últimoano, desde
que
o futuro,sub,
Hélio,
deixou 00 cargo emjunho
passado. Hélio foi eleitoem
86,
com um mandato de dois anos;tendonaquelaépoca
o
professor
Francisco Karamcomo seusub-coordenador. O resultado estatístico
das
eleições
do dia 22 mostrouque houve um número recorde
de
estudantes
votantes:129;
além de apontarrachaentre os
funcionáriosquedividiramseus
votos para a chefia de
departa
mento. Eduardo e Barreto
levaram
quatro
votos contra osdois de Finco e
Aglair.
Foramregistrados,
nototal, 65,42%deNa versão do JU, "as
novidades" a que Marcos se
referia eram os
planos
deação
desua
chapa,
enaverdade,eleshaviam
procurado
oscandidatospara que
opinassem
sobre onovo,tipode
eleição,
eprocuraram também o representante
dos funcionários. A matéria
publicada
no JU com essasentrevistas causou
polêmica:
acandidata à diretoria Ana Maria Beck mandou uma carta corri
gindo
uma série de erros queforam escritos, enquanto Mar
cosmandou outraesclarecendo
suas
posições,
e lamentando asacusaões de "mentiroso".
Azebra ficoupor conta
do debate
promovido
no dia anterior àseleições.
Quem'
esperou que a
chapa
derrotadaque defende a
formação
decomunicólogos,
através
daret.rica,pusesse anocaute a
chapa
do
jornalismo
técnico - iludiuse.
Não houve tambéma tradi
cional troca de
"gentilezas",
apesar dachapa
vencedora, aOpção Jornalismo,
ter-se preparado espartanamente. Armados
de
citações
elivros,
deautoresZerrata
No
expediente
doúltimoZero faltaram os nomes de Elaine Tavares, Ivonei Fazzioni
e Paulo Lanmkuhl Vieira, que
'
fizeram textos. Além disso, a
reportagem "Os desterrados da
terrado Brasil. ForamdeIvonei Fazzioni e "Cenas do Transtor noColetivo",deElaine Tavares.
ta
Circulação dirigida
Taciana
Xavier
Clarissa
Santos , . . :.ZERO'
, " ';',ç
.'-
- -' :JUL 88
P
2
. , _',".
'c ' _' , " ,.,'
" _, ' " ':,
:"
'':
','
, .• ' .r: ,P,ALAVRA DO REITOR
'�URP
é
um
direito
constitucional"
As
opiniões
e
promessas
do
novo
reitor
ZERO
- Comoé
possível
qualificar hoje
oensinoda UFSC?Há
necessidade
de urnamudança
de
currículos?
BRUNO
SCHELEMPER-O
ensinodegraduação
da Univer sidadeapresenta
níveis dequali
dade bastantediferenciadas.
Nóstemos
hoje
cursosmuitobons,
de excelente nível reconhecido noPaís
todo,
etemostambémcursosque tem uma carga horária excessiva e que não estão aten
dendo
às necessidades dosprofis
sionaisespecíficos
..Z
-Qual
arazão,
no seuentendimento,
doscursosestaremdefasados?
B.S.
-Isso,
no meuentendimento,
é fruto de um sistemavigente
quedificulta
ecoloca
oaluno
muitodentro'
de urnaformação
específica, dentro
dasala de
aula. Ehá
um acréscimoexagerado
dedisciplinas
que não têm nada a ver com aformação
profissional.
Colocando
0-aluno
dentro da necessidade de ser
aprovado
numa série dediscipli
nasque muitas yezes
representam
perfumarias.
Isso quer.dizer,
aquilo
quenãovaiserútilnavidaprofissional
do aluno. Temosumsistema
de ensino montado em cima dedisciplinas
edematérias,
é o que nós, chamamos de currículo
materiocêntrico.
Eu tenho urnaproposta
mas acho que ela nãoprecisa
necessariamenteservir para todaa
Universi
dade.
Cada Curso
quefaça
suaopção
de acordocom seuinteresse
particular.
Z
-Quais
asmudanças
quepretende
fazer
comrelação
às
estruturas _ e o
conteúdo
dos
currículos.
B.S.
- O que nóspreten
demos é que
haja
um currículocarrerocêntrico,
ou.
seja,
que ocurrículo
seja
montado combases
na
definição
prévia
doperfil
doprofissional
a serformado.
Z -
Com
relação
à
contratação
de
professores
emalgw;ts
cursos,
já
foi resolvida?
B. S.-
Há
poucas
semanas,
o
presidente
assinou umaautorização
de uniaexposição
de motivos quetinham
sido
encaminhadas
-por
quatro
ministros
propondo
aexcepcionalidade
da
Foto: João CarlosGranda/Zero
"Fui
compelido
aintervir
naNutrição"
contratação
deprofessores.
Essaexposição
de motivosnãoémuito
clara,
eladeixa
uma série de dúvidas.Apesar
daexcepcionali
dade
estarautorizada'
nós não temosainda
elementos
concretosque nos
digam quais
áreas ouquais
as vagasefetivas
que nóspodemos
contratar e em quecondições
isso vaiacontecer.
Z -Sem
acontratação
deprofessóres
noiní ciodo
semestrecontribuiu para que muitos pro
fessores de
áreasdiferentes,
comoo caso
de
alguns professores
daElétrica
que deram aula paraestudantes de
Computação.
Isso
não
prejudicou
oaluno?
está
cheia de
falhas'
_ B.
S.
-Não,
eupenso
quenão.Pois são
departamentos
quehá
muitosprofessores
formados
na área' da
Computação,
Então
8[0
professores
que tinhampleno
conhecimento
do
assuntoda
matériae que,
portanto,
estavamhabilitados
alecionar
essas disciplinas.
Esseperíodo
queforam'
dadasasaulasnão
trouxe
nenhum
.
reflexo
negativo,
pelo
contrário,
fez
•corn.que os
alunos
nãoficassemsem essas
disciplinas.
Z
- Por que cursos comoEngenharia
Mecânica são
osmaisadiantandos dentro da Universida
de?
Eles recebem umvolume
maior
de
recursos?
.
__
B.
S.
-' O que acontece éque cursos na área
tecnológica
recebem
muitosrecursos na área de convênios deprojetos especí
ficos econsultorias
que ospróprios
professores
realizam.
OCentro
Tecnológico
recebehoje
urn recurso
orçamentário
menorque 1
%
do que afundação
daEngenharia
canaliza- paraaquele
centro.
Z
-Qual
suaopinião
sobre
aseleições
noCentro
deCiências
Humanas,
onde seoptou
pelo
voto
universal,
considerado
maisdemocrático?
-B.S
-Eu entendo que cada
Centro
deva escolher suaforma
de
eleição.
O sistema de ensinonãodeve
ser urnsistema únicodentro
da
Universidade
emfunção
da
heterogeneidade
das áreas deconhecimento.
Z-- O
ex-reitor Rodolfo
Pinto
da Luzprometeu
aosestudantes
dejomalismo
que atéofmal
de
suagestão
ele instalaria
a
Rádio
Universitária.
OSr.
já
tomou
posse
e arácljo·
ainda
nãofoi
instalada.
OSr.
pretende
acelerar
o processode
implanta
.ção
da rádio?
B.
S. -O
que existe é queosequipamentos
necessários para ofuncionamento
da rádio aindanão
chegaram
deforma
integral
na
-Uníversídadg.
Os
recursos existem mas oequipamento
queprecisa
paraoseufuncionamento
aindanãoestá
integralizado
cornotambém
para o estúdiode TV.
Esses
equipamentos
estão chegando
e espera-se que no maiscurto
espaço
detempo
elaseja
efetivamente
implantada.
Z-
No
próximo
semestreo cursode
jornalismo já
terá seulaborat6rio
de
TV e a.râdio
instalados?
B.S.
-Sern
.
dúvida.
Eu acredito que sim. Esse atraso foi
em
função
da falta derecursos etambém
opróprio
departamento
de
jornalismo
quefez
uma série dereformulações
em termos de necessidade deequipamento,
isso
também acabou virando urna
dificuldade.
HRádio
•VaI
ser
instalada'
, �I. Z-Com
relação
aoespaço
ffsieo do curso
de
jornalismo, já
poderá
sertransferido
nopróx�
mo
semestre?
B. S.
-.Eu
não tenho dúvidas .quanto
a isso. Eudei
ordens ao
pró-reitor
para que eleagilizasse
isso para que no-início dejulho
possa se .fazer
asalterações
necessárias.Estou
convencido
que para oinício do 29 semestre O curso dejornalismo
poderá
setransferir.
-,Z -
Com
o
congelamento
da
URP,
os
professores
entraramna
justiça
eganharam
oprocesso,mas a Universidade
alegou
quenão
tem dinheiro para pagar,comoficouessa
questão?
B. S.
-Nós provamos que
(risos)'
realmente
não temosdinheiro.
Eupessoalmente
achoinjusto
eespero
que oSupremo
Tribunal
Federal dêganho
decausa ao
pagamento
da URP nomais cúrto espaço de
tempo
possível.
Eu acho que é um' direito constitucional. Infelizmente, nós,
emfunção
de estarmos
exercendo
umafunção
administrativatemosquerecorrer a
'
decisão
judicial.
Mas ao mesmotempo
solicitamos
aoMEC
querepasse o
dinheiro.
Os 272professores
queentraramemação
judicial corresponde
a30 milhões decruzados,
eauniversidade
não tem dinheiro. Ojuiz
aceitoujustificativa
que a Universidadenãotemrecursosparaopagamen
to e
determinou
na semanapassada
que oMEC
temdez
diaspara
o repasse dos recursos,esseprazovence nodia 19
de
julho.
Z -
Com
relação
às
maté
rias
publicadas
nojornal
ZERO,
oSr.
tomouconhecimento sobre
as.-denúncias
noHospital
Universit\
rio? Já
foram tomadas
algumas
providências?
'B.
S.
-£
claro que em
todos os setores da
atividade
humana
existemfalhas,
AUniver
sídade
estácheia
defalhas,
todos nós temosfalhas,
ninguém
éperfeito.
Umhospital
que temquase
800 funcionários
certamente
que temfalhas,
Nagrande
maioria das
vezes
eletem
sido extremamenteútil,
salvando
muitas
vidas.
Z-Está
circulando
naimpren
sacatarinense quesuaadministra
ção
estásofrendo
umdesgaste
político?
B.
S.
-Não,
aocontrário,
que acho que esse
apoio
político
está crescendo.
Porque
asmedidas
que nós temos
tomado desde
oprimeiro
momento,
refletem
aaspíração
da
comunidade
universitária. Por
exemplo
aintervenção
no
Departamento
de
Nutrição
quea
principio pode
parecerumato de
autoritarismo,
naverdade
eu
fui
compelido
aissoeteveumareceptividade
muitogrande
nacomunidade
universitãriá,
que
reconheceu
anecessidade tendo
em vista os
problemas
que
oDepartamento
vinhá
enfrentando.
:e
claroque
sempre
existem
frustrações,
sempre.
existeaquele
que não
concorda
não sepode
querer
unanimidade. que
seriauma
burrice.
Naverdade
aUni
versidade não deve ter essa
unanimidade,
elaperderia
suanoção
de crítica esobretudo
autocrítica.
Entrevista
aRute
Enriconí (1
t
1
t
Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina
CHIPS
X
NEURÔNIOS
\
no
sil}�cato,
nãoficagrávido,
'nãotua fenas...O homem nãopode ser
substituído pela
maquina
sem que secrienovasformasdeabsorção
damão-de-obra
"jogada
pra escanteio". Fatalmente haverá
trabalha-'
dores altamente especializados
numa ponta da linha e
operários
sem
qualificação alguma
naoutra.
-Temos necessidade deuma
nova
revolução: reequipar
oparqueindustrial para melhorar a'qualida
de dos
produtos,
a seremlançados
nos mercados internoeexterno, e
aumentar a
lucratividade",
argu
mentam os
empresários.
"S0I)10Scontraaautomação
quesefaça
aoarrepio dos problemas sociais. Se
produzimos
riquezas,
queremosparticipar
desuadistribuição
enãose,r
marginalizados com um pontape nos
fundilhos",
contrapõem ostrabalhadores."
Operário
dá
mais
lucro
que
robô
o
homem ainda,
é
melhor
que
as
"latínhas'
Em 1830,os tecelões
ingle
sesenfrentaram"a
pau"
ainvençãodotear
mecânico,
quelhes roubavao emprego. Quebraram teares a
marretadas,
J;s
nãoconseguiram
pararaRevoluçãoIndustrial. O que
-dizerde umtrabalhadorbrasileiro,
metalúrgico,
que, de macacão,capacete e martelo em
punho,
àsportas do século XXI, estivesse
prontoa
espatifar
oprimeiro
robôqueencontrassepelafrente? Esta pergunta do ferramen teiromecânico
Joaquim
dosSantosAndrade,
o"Joaquinzão
", abriu odebate
"Automatizaçâo
Industrial
-Avanços, Perspectivas
e EfeitosSócio-Econômicos",
realizado natarde do dia
20,
no auditório daReitoria da Universidade Federalde
Santa Catarina.
Joaquinzão,
um pouco aca-'nhado
"para
falar aespecialistas",
.foi
logo
avisando aos industriais, tecnocratas,professores
e estudantes de
Engenharia,
acomodadosnamesa e na
platéia
queomovimentosindical não se atreve a barrar os
avanços daciênciaedatecnologia.
-Quem
pode
sercontraissoquando
o Incor - Instituto doCoração,
de São Paulo, dá vida apessoas condenadas? Quando a
Medicina cura as 'mais diversas
deficiênciasdo corpohumano? Não sódevemos preservar, masdefender
a
qualquer
custo esses avanços. £;um processo irreversível. Temos que passar por uma
modernização.
Porém,
não podemos esquecer os27 cortadores decanaqueviraram bóias-frias porque foramsubstítuf dos por umaúnica
máquina,
Nemos20 tecelões que deram
lugar
aumtear mecânico e
simplesmente
perderam
seusempregos.SUCATA
O Brasil
já
perdeu suacondição
deexportador
deprodu
tos
primários (madeira, minérios,
borracha,
café,
algodão,..). Apolítica
de"substituição
deimpor
tação"
de Juscelino Kubitschek(1955-61)transformou-onum
país
"supostamente"
industrializado.Deixou deser
agro-exportador
paracompetirnomercadointernacional
com
produtos
manufaturados. Ossetores têxtil e autornobilfstico
tomaram a dianteira da mecaniza
ção.
- Fizemos
nossa 'revolução
industrial', a única que até agora provocou,vítimas.
Segundo
dadosda
Fundação
GetulioVargas,
nosúltimos 30anos,sócom aintrodu
çãodo tratorno campo,onúmero
detrabalhadoresruraisdiminuiude
60 para
30%
dapopulação
ativa.Parte da mão-de-obra
expulsa pela
mecanização
daagricultura
foiabsorvida
pelas
fábricas.Orestanteformou os "exércitos de
reserva",
os"bolsões de
miséria",
asfavelas. O parqueindustrialbrasilei
ro, montado com
tecnologia
estrangeiraparao
"milagre
econômico",virousucata nadécada de 80. Constituído
95%
de médias epequenas empresas, sem qualquer
padronização
deprodutos, perdeu
sua
competitividade.
Qualsetorvaiabsorveros
operários
quecomeçam a ser substitufdospelas
máquinas
automáticas,
sob o pretexto de oPaís rião
chegar
aofinal do séculocom a"indústria
suja
"?"DESEMPREGO TECNOLOGICO"
Em
1985,
o Brasil investiu40 milhõesdedólaresnacompra de
equipamentos de automação. No
mesmo ano, previa-se'
que o País
gastaria de 20 a 30 milhões de
dólares na expansão
'do
uso darobótica,
noperíodo
88-89. Atéomomento,essesgastosnão
ultrapas
saram aUS$4milhões.
"Hoje
está cientificamente comprovado que ohomem,
com seu conhecimento eSua
sensibilidade,
éumrobômuitomais barato que o robô de lata" intervém o ex-reitor da UFSC
�
organizador do encontro,
Gaspar
Erich Stemmer.A
substituição
do homempela
máquina,
emalguns
setoresdaindústria avança numa velocidade
No
quadro
negro
eramais difícil'Coração
de
Jesus
íncorpora
o
vídeo didático
em
suas
aulas
Durantetoda uma semanade
junho,
oColégio Coração
de Jesus(CCJ)
promoveudiversoseventosemhomenagem
aos seus 90 anos. Ascomemorações
tiveram início nocomeço do ano com a
implantação
do
"Coração
VídeoInformática",
umcircuito interno de
TV,
pioneiroem Santa Catarina. Os alunos, pais,
ex-alunos, professores
e autoridadescivis puderam
presenciar
o'que Irmã NormaFeuser,
quedirige
ocolégio
há 10 anos, considerou
principal
meta do
colégio:
aimplantação
doensinocomauxíliodevídeos.
O
Colégio Coração
deJesus,
fundado
pelas
Irmãs da Divida Providência que vieramdaAlemanhacom esse único
objetivo,
sempre foisegundo
Irmã
Normaumainstituição
de ensino
pioneira
em SantaCatari-na.
Sobre a suagestão, a diretora afirma. O
enfoque
maior é dadoà'
educação
de crianças até 10anos e,noúltimos tempos,foi
aperfeiçoado
o ensino de segundo grau para que
estesuprisseas
exigências
dovestibu-, lar.
O circuito interno de
TV,
instalado no dia 23 de março, tem
como finalidade ilutrar, aprimorare
. auxiliar o
professor
a desenvolver asua aula. A
administração
esteveapreensiva
quanto à esta medida ehouve uma surpresa com a
grande
receptividade
dopúblico.
O sistema é constituído de
umacentralonde ficam instaladosos
vídeose 82pontosde
recepção.
São 127 turmas, desde oberçário
até ocientífico,
divididas nos trêsperío
dos,favorecidascomesta
tecnologia.,
Há também
a
produção
defitas
próprias.
Todo oequipamento
écontrolado por cinco alunos do
Colégio,
por sugestão daprópria
empresaqueoinstalou. Irmã Norma
declarou que isso é uma vantagem pois os jovens são mais criativos e
ousados.Desta
forma,
foidiminuídoa distância entre
professor
ealuno,
permitindo
queagoraos dois aprendam e discutam
juntos.
Oprofessor
não é mais o
�co'
"dono" doconhecimento.
O
próximo
passo.éainstalação
deumsistema decomputadorespara
os
alunos,
pois
paraaadministração
pedagógica já
existe.Marta Moritz
de20a
50%ano,
mas o"desempre
go
tecnológico"
ainda não é omaior problema do País. Estalisti
camente nem existe,
porém,
nospróximos
dezanos se tornaráumaespécie
de"desemprego
estrutural". Se somado ao
"desemprego
crônico
conjuntural"
resultará emcifras assustadoras. E, todos os
anos,
precisam
sercriadosde doisatrês milhões de empregos para atender ao crescimento
demográfi
co. Isso porque as estatísticas de
desemprego
só acusam quem perdeuo emprego enão quem nunca
teve um,
embpra
já
o tivesseprocuradovariasvezes.
ROBO GRÁVIDO?
Se a
introdução
das novastecnologias
(robótica,
microeletrônica, máquinas
de comandonumérico...) for feita de modo
muito brusco,
provocará
umacatástrofesocial. E difícil dizer se
estamos preparadosparaaautoma
tização.
Temos no Brasilregiões
ultra-atrasadas e 'supermodernas, permeadas por todas as fases do
desenvolvimento. Até os
empresá
rios relutam: "Como
podemos
pensar em automação se nem
sabemos fazer um
plano
de trabalho"?,
interpela
HelmuthSommer,
diretor
industrial da Embraco, deJoinville.
Aautomação mudatambém
a relação
capital/trabalho. Sempre
sefezcrerque "salário éremuneração do trabalho, portanto, é
controlável;
lucro éremuneração
do capital - é intocável". O robô
nãoreivindica
salários,
nãoingressa
Pára ame_nizar um que bra
quebra de
interesses,
aautomação
tem que ser discutida e avaliada. Política salarial, ensino
profissio
nal,
poljtica industrial,
reserva demercado terão, que passar por
modificações radicias,
concordampatrõese empregados.Como? Não
se sabe. O empresariado quer se
apropriar da maior parte dos
resultados da
produtividade.
Ostrabalhadores terão que lutar
pela
redução
dajornada
detrabalho,porfontes alternativas de emprego
(sobretudo no setor
quaternário
-serviços)
eparticipação
nos lucrosdas "fábricas sem
operários".
A '20nstituinteignora
oassunto.Geraldo Hoffmann
Curso
pré-vestibular:
o
comércio
da
educação
Já estão abertas as
incrições
para os cursinhos da cidade. Com a
aproximação
do vestibulardeinvernoedo
segundo
semestre,acorridaaospré-vestibulares
tem novamenteo seuinício. A cidade oferece quatro
cursos
pré-vestibulares:
Geração,
Barriga Verde,
BarddaleEvoluir.O curso
Geração
é o maisprocurado
peloscandidatos. Nassuas11 salas são ministradas as aulas do
terceirão, extensivo,semi-extensivoe
super-intensivo para um número de
aproximadamente 1000 alunos, nos
trêsturnos.
Outra opção para os que
desejam
entrar am algum cursopré-vestibular
éoBarriga
Verde,quefica situado ná rua
Deodoro,
nocentro. Além do extensivo,
dispõe
também de
semi-extensivo,
comum' custode35900cruzadosatéodia 30de
junho
e aulas de manhãe à tarde.
Terceirão,
extensivo, semiextensivoesuper-intensivo.Estassão
as alternativas
disponíveis
llP curseBarddal,
que conta com sete salas e900
alunos,
comaulas nosperíodos
matutino,
vespertino
enoturno.900 vagas foram abertas
pára
osemi-extensivo.
A maisnovaopção.da cidade
em se tratando de cursinhos é o
Evoluir. Sua
sede,
na rua JerônimoCoelho,
abriga
atualmente 11 Oalunos, que cursam o
intensivo,
emduas salas. Apropostaparaofuturo é
expandir
o curso, através dosemi-extensivo que
começará
em agosto.Serão duas salas porturno, com 60
alunos cada, a um preço de
7.30Ô
cruzados por mês e uma taxa dematrículade5.700 cruzados. PROCURA
Um detalhe
importante
é queos
próprios
cursinhosjá
foram maisrentáveis,
mashoje
não o são tanto"em vista da decadência do
próprio
'vestibular".
Com a lei
5692,
posta emvigor
em1971,
ficou estabelecida aprogressão automática dos alunos. Baseado nessa progressão, o aluno
que estivesse apto não
precisaria
denotapara passar à série
seguinte.
Sóque
os alunos começarama avançaràsoutrasséries
independente
dassuascondições
intelectuais. Atéchegarem
aovestibular.
Ali,
barradosuma,duase até três vezes, correram para os
cursinhos.Ea
coisa
virou comércio.A realidade é que,
indepen
dente do curso, o candidato
precisa
.
preparar-se muito bem se
quiser'
chegar
àuniversidade.Ofato deestarneste ou
naquele pré-vestibular
nãogarante a vaga de
ninguém.
Apesar
dos cursinhos fornecerem uma boa
base para o vestibular, vale ressaltar
que sem estudar um pouco não se
chega
alugar
algum.Emerson
Gasperin
P 4
" �ZERO
. 'JUL 88
A
hist6ria
todacomeçou
com a
publicação pela
Secre
taria
Municipal
dosTranspor
tes
de
Fortaleza,
de
umacarti
lha
-a
segunda
dasérie
"His
t6rias
doDia-a-Dia,
que contaa
hist6ria
de
umgrupo
detrabalhadores
que
precisava
do
transporte
coletivo para che
gar
aotrabalho.
Ó
ônibus
atrasa,
está
superlotado
equebra
nocaminho.
Enfim:
apronta
tudo
oque
qualquer
usuário do
serviço
sente emqualquer
parte
do
país.
Para
complicar
avida
dospersona
gens
dahistorinha,
elesche
gam
tarde
noserviço
etêm
que
seexplicar
aospatrões,
colocados
nacartilha
nomesmo
lado dos
donos dosônibus
DESAFIOS
Prefeita
assusta
Eles
ameaçam
deixar'
�povo
a
pe
Uma
hist6ria
emquadri
nhos
colocou
aprefeita
de
'Fortaleza,
Maria Luiza Fonte
nele,
nas manchetes dostrês
principais jornais
dopaís.
Ma
ria
Luiza,
que
já freqüentou
as
manchetes
dosjornais
por
ter
sido eleita
pelo
PT;
por
ser
mulher;
tersido
eleita
noNordeste
emais tarde
por tersido'
expulsa
doPartido
dosTrabalhadores,
voltou às capas
dos
jornais
cariocas
epaulis
tas,
depois
de
tersido acusada
de
incitar
osusuários
dostransportes
coletivos
aque
brar
osônibus.
Na capa,
frase
anarquista
-os
capitalistas.
Para resol
ver asituação,
ospersonagens
resolvem
quebrar
osônibus
ecolocar
fogo
numdoscarros.A
Polícia
Federal
não
gostou
nahistória
eresolveu
investigar
aPrefeita
eaSecre
tária dos
Transportes,
Cristina
Badini,
comoincitadoras
dequebra-quebra.
A VOZ DO
DONO
Os
jornais
oGlobo,
Jornal
doBrasil
e oEstado
deSão
Paulo,
resolveram
acatara
opinião
dos
empresários
epublicaram
notícias acusando
a
cartilha
deincitar
violênca.
O
Jornal
doBrasil
publi
cou
dia
8de
junho
uma manchetena
capa
quedizia:
"Car
tilha
sugere acearense
que
quebre
ônibus". Ainda
na capa,um texto queresumeama
téria
diz,
depois
de
umasérie
de
acusações,
"v.,
e tem na�
.
OS
empresanos
capa
umafrase do
pensador
anarquista
1.
Proudhon
...
Na
página
cinco
amatéria
aparececom o
título "Cartilha
da
Prefeitura
deFortaleza
recomendaaopovo
quebrar
ôni
bus".
No
dia
seguinte
foi
a vezdo
Globo
e oEstado
deSão
Paulo
apresentarem
asmaté
rias
a seusgostos.
OGlobo
chama,
numapágina
quesó
tem
notícias
policiais,
umamatéria
com otítulo:
"Operá
rio
seguecartilha
daPrefei
tura e
quebra ônibus",
ini
ciando
o texto com acélebre
fórmula: "Menos de
24horas
depois
de aSecretaria Munici
pal
dosTransportes
de Fortaleza
distibuir
acartilha 'His
t6rias
doDia-a-Dia'
, queinci
ta o povo a
depedrar
osôni
bus,
ooperário
...
e segueacusando o
operário.
O Estadão
apresenta
um texto'compoucas
diferenças.
O
ÓBVIO
Obviamente
aPrefeita
esua
Secretária dizem
que nãoincitam.
Naverdade,
ahistó
ria
conduz oleitor
à
organiza
ção
do seubairro,
maspassa
pelo
terrenoperigoso
do quebra-quebra.Em
nenhum
momento a
cartilha sugere que
as
pessoas
façam depedração.
Mostram
oquebra-quebra
como o
resultade
domauserviço
prestado pelas
empresas.
Seria
infantil
dizer que
no casonão
há
asugestão.
Os
empresários, por
sua _vez,
prometeram
"tiraros veí
culos das
ruas caso asmani
festações
populares
conti
nuem".
Nessabriga
toda
nin-...0
interior,
aexpressão
"quebra"
aparece trêsvezes noinício
de
umapágina.
Isso
assustouosdonosdos
ôni
bus
a
polícia
e a'
grande
imprensa.
guém
lembrou
desugerir
umamelhoria
naqualidade
dos
serviços.
Foi
lembrada apenas
acartilha,
quefoi
considerada
de
subversiva.
Ivonei Fazzioni
Eleições:
olha
os
acordos!
ainda,
serem "asprévias
umfator
demotivação
amilitantes
afastadosefrustrados
com oPMDB".A
coligação
PDS!pFL
têmcomoprovável
candidato,
oex-governador
Colombo Salles(PDS),
e seu viceserá
indicado
porurnapré-convenção
do
PFL.Insatisfeito
coma
indicação
de
ColomboSalles,
odeputado
estadual doPDS Mário
Cavalazzi,
propõe
queo candidato dopartido
saia de uma
convenção
Municipal.
Enquanto
isso,
o PLjá
temo seu
candidato,
oex-reitor
da
UFSC,
Rodolfo Pintoda
Luz,
que devaráoficializar
suacandidatura
embreve.
_Em entrevista
coletiva
àImprensa,
no dia23/06,
Sérgio
Grando da FrentePopular, lançou
ummanifesto
àpopulação
deFlorianópolis
consolidando
suacandidatura.
Grando
justificou
oapoio
d;�diversas
legendas
na suacampanha,
dizendo "todosospartidos
quemeapóiam
não são novos,pois
apresentam
umalonga
história
de resistênciaaopoder.
A Frentesurgiu
como urnaalternativade voto".
AFrente
Popularespera
queaAssembléia
Nacional Constituinte
termine os seustrabalhos
àtempo,
para
que oseleitores
commenos de dezoito anospossamvotar. "Seráumcasuísmoseissonãoacontecer",ressaltou
Grando.
Por contar com menos de 200.000
eleitores,
Florianópolis
teráseupleito
em umturno,
aocontrário dasgrandes
capitais
brasileiras
que contarão comeleições
emdois turnos.
Flávio
Valente(PT),
éfavorável
aos doisturnos,
pois
"haverá
urnamaiorpolitização
dapopulação.
Num
primeiro
momento,
serãoescolhidos
oscandidatos
e ospartidos.
Comosegundo
momento,
oseleitores
discutirão
asdiferentes
propostas", Segundo
Valente,
"as
regras
dojogo
estãolançadas.
Temos
queconcordar,
aosdominantes
é interessante um turno s6".Sérgio Grando,
também defende
aeleição
emdois
turnosporachá-la
umprocesso
maisdemocrático.Diante de tanta confusão entre
partidos,
reuniões,
candidatos
econvenções,
acampanha,
prossegue.
Aspromessas
demelhoria da cidadeecondições
de
vida, logo
começarão
aaparecer.Segundo
oscandidatos
ecandidatos acandidatos,
tudo édemocracia.
Aoseleitores,
asbatatinhas.
Lucirnar Polli
eRomirRocha
Dia
15 denovembro,
cerca de 140 mil eleitoresestarão decidindo o futuro da
capital
catarinense,
entrecandidatos
das maisdiferentes
correntesideol6gicas.
Atéagora, apenas
Flávio
Valente,
doPT,
tevesuacandidaturaoficializada.
Sérgio Grando,
vemde'
urnacoligação gigante
da
FrentePopular,
departidos,
como:PDT- PSB- PC do B-
PCB-PV
ePDP
(este
últimoformado
por dissidentes do
PMDB).
A secretária
municipal
deeducação,
AnitaPires,
odeputado
estadual AluísioPiazza,
e overeador
Rogério
Queiroz
concorremdentro doPMDB
pela
representação
do
partido
naspróximas
eleições
municipais.
O Diret6rioMunicipal
do PMDB decidiráonomedo futurocandidato
emreunião de
cúpula,
queserealiza
nasegunda
quinzena
de
julho.
A FrentePopular
poderá
receber
oapoio
deAnita
Pires,
se forderrotada
na reunião do PMDB. Elaadmite
arealização
de
coligações
entreo seupartido
eoutros.
Também favorável
aelas,
o vereadorRogério
Queiroz
semostrainsatisfeito
com aforma
utilizada paraaescolha
doscanditatos,
argumentando
que "acúpula,
cercade,
50 pessoas, não-pode
decidir
por 8000 filiados".Preocupado
com o esvaziamento dopartido,
ressaltou
JUL
88'
,ZERO"
P
5
J