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Maca sem agrotoxico. E possivel?

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(1)

UNIVERSIDADE

FEDERAL

DE sANTA CATARINA

CENTRO

DE

CIÊNCIAS

AGRÁRIAS

DEPARTAMENTQ

DE

EITQTECNIA

~

Maçã

sem

agrotóxico.

E

possível?

Hêtel

Leepkaln

Jv' va

JH-

Relatório de Estágio apresentado

como_

um

dos requisitos

para a

obtenção

do grau

de

Engenheiro

Agrônomo

pela Universidade Federal

de

Santa Catarina.

(2)

TÍTULO: Maçã

sem

agrotóxico.

É

possível?

ÁREA:

Fruticultura

AcADÊM1cAz

Hézfel

Lezpkzzzn

CURSO:

Agronomia

-

UFSC

ORIENTADOR:

Prof

Aparecido

Lima

da

Silva

SUPERVISOR:

Eng”

Agr”

Laercio Meireles

LOCAL:

Centro

da

Agricultura

Ecológica

(CAE)

-

Ipê/RS

PERÍoDoz

22

zzzfevereíro

zz

22

de

março

de

1996.

795-O

O

282

UFSC

(3)

Ã5$š>'<f5

r Q

À

minha

familia,

Àqueles que

acreditam

na

vida, e

que

1 r

somente

atraves

do

amor

a

verdade, e possível ser verdadeiramente livre.

(4)

e

Deus

escolheu as coisas

humildes

do

mundo,

e as desprezadas,

e aquelas

que

não

são,

para

reduzir a

nada

as

que

são;

a fim

de

que ninguém

se vanglorie

na

presença

de

Deus.

Porque

a loucura

de

Deus

é

mais

sábia

do

que

os

homens;

e a fraqueza

de

Deus

é

mais

forte

do

que

os

homens.

(5)

LISTA

DE

TABELAS

Tabela l - Relação das associações e

número

de farnílias que

recebem

assessoria

do

CAE.

Tabela 2 - Concentração de

N, P205

e

K2O

da

cama

de aviário, considerando densidade 0,6

(6)

1.

INTRODUÇÃO

... ..

2.

APRESENTAÇÃO

DO

CENTRO

DE

AGRICULTURA

ECOLÓGICA

-

CAE

2.1

As

Associações ... ..

2.2

A

Comercialização ... _.

3.

O MANEJO

ECOLÓGICO

DA

MAc1ETRA

... ..

3.1 Instalação

do

Pomar

... ..

3.2

Dados

Climáticos da safra 95/96 ... ..

3.3

Manejo

de

Cobenura do

Solo ... ..

3.4

Manejo

de Cobertura

do

Solo e Plantas Alelopáticas ... ..

3.5 Polinização ... .. 3.6

Poda

... ._ 3.7 3.8

F

itossanidade ... .. 3.8.1

Doenças

... .. 3.8.2 Insetos ... _.

4.

MANEJO

NUTRICIONAL

E

FITOSSANITÁRIO

NUM

SISTEMA

AGROECOLÓGICO

PARA MACIEIRA

... ..

4.1 Biofertilizantes ... ..

4.1.1

Como

preparar o biofertilizante ... ..

4.2

As

Caldas ... ... ..

4.2.1 Calda Bordalesa ... ..

(7)

4.3 Análise dos

Componentes do

Biofertilizante ... .. 33

`

4.4 Calendário de Aplicação ... .. 37

5.

CONSIDERAÇÕES SOBRE

O MANEJO NO

POMAR

ECOLOGICO

... ..

39

5.1 Comercialização ... ..

40

5.2 Avaliação

do

Pomar

... _. 41

6.

coNsIDERAÇöEs

FINAIS

... ..

43

7.

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

CON

SULTADAS

... ..

46

ANEXOS

... ..

49

ANEXO

1 -

DEPOIIVIENTO

DO

AGRICULTOR

DELVINO

MAGRO

... _. 50

ANEXO

2 -

CALENDÁRIO

DE

APLICAÇÃO

UTILIZADO

NA

CULTURA

DA

MACIEIRA

~

RECEITUÁRIO

AGRONÔMICO

... ._ 53

ANEXO

3 -

RELAÇÃO DE ALGUNS AGROTÓXICOS

PROIBIDOS

OU

RESTRITOS

EM

OUTROS

PAÍSES

E

USADO

NO

BRASIL

NA

CULTURA

DA

MAÇÃ.56

ANEXO

4 -

coNTRoLE

B1oLÓG1co

DE ÁcARos

DA

MAc1E1RA

... .. 59

ANEXO

5 -

DESTAQUES

DO

RELATÓRIO

ENTREGUE

À

ACADEMIA NACIONAL

(8)

O

presente trabalho constitui o relatório de estágio livre de conclusão de curso. Cuja temática escolhida -

Maçã

sem

agrotóxico.

É

possível? - se deu

em

função de

um

anseio

pessoal, na busca de maiores informações e confrontações

com

um

manejo

ecológico tão

discriminado e conflitante ao

mesmo

tempo.

O

estágio ocorreu

no

período de

22

de fevereiro a

22

de

março

de 1996, na cidade

de Ipê, município

do

Rio

Grande do

Sul,

no

Centro de Agricultura Ecológica -

CAE-

Ipê.

No

mesmo

foi possível

acompanhar

algumas atividades desenvolvidas pela entidade,

no

que diz

respeito a associação dos produtores, a produção ecológica e a comercialização.

O

presente relatório objetivou levantaras formas de controle ecológico, utilizado

para insetos e doenças, a questão nutricional da planta e a relação existente entre o

homem

e o ambiente

em

que se encontra, a partir de

uma

experiência real vivenciada por agricultores

no

estado

do

Rio

Grande do

Sul.

Os

estudos partem da “Teoria da Trofobiose” de Francis Chaboussou, que

afirma

existir

uma

relação estreita de dependência entre a condição

nutricional da planta e seu parasita.

9

Essa concepção parece justificada, pois

segmdo

a qual:

“Todo

o processo vital

encontra-se sob a dependência das satisfação das necessidades

do

organismo vivo, seja ele

vegetal

ou

animal”

(CHABOUSSOU,

1987).

Na

elaboração

do

relatório a fundamentação para a discussão sobre o manejo ecológico da macieira

(Malus

domestica), baseou-se nas experiências de Delvino

Magro,

(9)

9

Técnico Agn'cola e de Sebastião Pinheiro, Engenheiro

Agrônomo

e Florestal, juntamente

com

auxílio de outras publicações.

Este relatório está organizado

em

diferentes capítulos, além das considerações finais,

referências bibliográficas e anexos.

(10)

2.

APRESENTAÇÃO

DO

CENTRO

DE

AGRICULTURA ECOLÓGICA

-

CAE

Com

o objetivo de

comprovar

e viabilizar

uma

proposta de produção agrícola,

fundamentada na utilização racional dos recursos

do

ecossistema, tendo

como

referencial a

Teoria da Trofobiose de Francis Chaboussou, Mania José Guazelli,

agrônoma

e militante de grupos ecológicos e dos direitos

humanos

juntamente

com

outra militante

do

Movimento

de Defesa da Mulher, organizam

em

1984 o Projeto Vacaria, hoje Centro de Agricultura Ecológica (CAE-IPÊ).

O

Centro de Agricultura Ecológica está localizado

no

município de Ipê -

RS,

na

serra gaúcha. Esta região é caracterizada por

um

relevo acentuado,

com

altitudes

em

torno de

790

m. Solos latossolo bruno álico,

com

substrato basalto.

O

clima segundo a classificação de

Köppen

é Ctb - Clima temperado;

com

temperatura

média no

mês

mais frio abaixo de 18°C,

com

verões frescos, temperatura média

no

mês

mais quente abaixo de

22°C

e

sem

estação seca definida

(IAPAR,

1994).

As

chuvas são

bem

distribuídas,

com uma

precipitação anual de 2.250

mm

e temperatura média anual de 16°C.

A

vegetação predominante é a “Floresta

Ombrófila Mista”,

com

introdução recente da fruticultura temperada e a olericultura.

Em

1988, o

CAE

passa a fazer parte a nível intemacional, da rede Terra

do

Futuro

(Frantiosjorden),

com

sede

em

Estocolmo

- Suécia. Esta organização é

composta

por 65

grupos que trabalham para

um

desenvolvimento ecológico e social

em

todo o

mundo,

de

onde

o

CAE

passou a receber recursos financeiros até o ano de 1995. Essa participação possibilitou

(11)

ll

também

intercâmbios

com

estudantes e profissionais suecos, asiáticos, latino-americanos e

africanos.

A

partir de 1989, o centro é incorporado à rede de

Promoção

de Tecnologia

Altemativa

(PTA)

do

Brasil,

com

sede

no

Rio de Janeiro.

Neste

mesmo

ano,

com

a organização da Feira de Agricultores Ecologistas

em

Porto Alegre, pela Cooperativa Ecológica Coolméia, que reúne

em

seu quadro de associados:

produtores, consumidores e servidores, os trabalhos

com

os agricultores adquiriram maior

sustentação.

Como

fruto destes, surge a primeira Associação de Agricultores Ecologistas de

Ipê e Antônio Prado

(AECIA),

com

o envolvimento da Pastoral Rural e da juventude.

Atualmente, o

CAE

desenvolve trabalhos

com

associativismo e atividades de extensão agrícola. Presta assessoria a

ONG”s,

instituições públicas e privadas. Oferece cursos e

visitas as propriedades que estão produzindo fundamentadas nos princípios agroecológicos.

As

visitas são solicitadas por técnicos da

EMATER

-

RS,

estudantes de agronomia de todo o

Brasil, técnicos agrícolas, professores, pesquisadores, agricultores, entre outros.

O CAE

atua na área de publicações de livros, livretos e folhetos, traduções, e

em

edições

com

outras entidades afins.

O CAE

busca atuar na comercialização, produção agroecológica, educação

ambiental, saúde alimentar, na formação de lideranças e desenvolvimento da agroindústria

artesanal. Elabora programas que

envolvem

e valorizam o trabalho da

jovem

e da mulher

agricultora.

Desenvolvem

atividades profissionais

no

projeto cinco Engenheiros

Agrônomos.

Um

reside

em

Porto Alegre, desenvolvendo atividades de publicações, assessorias e cursos para

o Brasil e Exterior.

Um

na cidade de Torres, expandindo o trabalho

com

outras associações

(inclusive

em

Santa Catarina) e desenvolvendo trabalhos

com

fiuticultura tropical.

Os

outros

três

agrônomos

residem na propriedade e trabalham na

Coordenação do

Centro, prestam

assessoria as associações, organizam cursos e visitas, trabalham na área da educação, formação

de lideranças e assistência técnica.

Exercem

também

função

no

centro:

um

técnico agrícola,

um

administrador da propriedade,

uma

secretária e mais duas pessoas responsáveis pela alimentação e limpeza.

(12)

2.1

As

Associações

Atualmente o

CAE

e

EMATER-RS

prestam assessoria a 9 associações na organização, produção, industrialização e comercialização de seus produtos. Elas estão listadas

na Tabela 1.

Tabela

1 -

Relação

das associações e

número

de

famílias

que

recebem

assessoria

do

CAE.

NoME

DA

AssocrAÇÃo/MUNICÍPIOS

FAMÍLIAS

AECIA

- Associação dos Colonos Ecologistas de Antônio Prado e Ipê 22

ACERT

- Associação dos Colonos Ecologistas da Região de Torres 14

APEMA

- Associação dos Produtores Ecologistas de

Lima

Pereira - Ipê 10

APEVES

- Associação dos Produtores Ecologistas de Vila Segredo - Ipê 12

Associação

Mata

Nativa - Flores da

Cunha

O7

AERA

- Associação dos Ecologistas Rurais de Antônio Prado -Ipê

O8

APESAA

- Associação dos Produtores Ecologistas de Santo

Antão

Abade

- 10

Ipê

APESC

- Associação dos Produtores Ecologistas de Santa Catarina - Ipê 11

APE]

- Associação dos Produtores Ecologistas de

São

José - Ipê 12

As

associações alcançam

uma

média de

520

pessoas, totalizando 106 famílias

onde

a maioria é

do

município de Ipê.

As

associações organizadas são regidas pelos próprios agricultores, que elegem

um

presidente e

uma

comissão de ética, sendo responsável pela avaliação das propriedades e dos

produtos comercializados.

O

pequeno

produtor,

quando

trabalhando isolado, está aos

poucos

sendo massacrado pelo sistema vigente. Deste

modo

o que

o

CAE

tem

difundido e proposto é

uma

(13)

13

conhecimento entre os setores envolvidos e a valorização

do

trabalho das mulheres e dos

jovens.

Esse

mecanismo tem

auxiliado a desenvolver junto ao agricultor

uma

consciência da necessidade de gerenciamento de sua propriedade.

Os

espaços ociosos estão sendo

ocupados

na industrialização de seus produtos (suco de

uva

e

massa

de tomate), agregando

valor a mercadoria, oferecendo melhor qualidade e buscando eliminar os atravessadores.

Em

fim,

esses agricultores

possuem

um

padrão de vida mais elevado,

quando

comparados

com

os pequenos produtores rurais da região e

do

restante

do

país.

Acreditamos ser as associações de agricultores,

uma

alternativa eficiente aos pequenos produtores de nosso país, que enfrentam a situação vigente inadequada tecnologicamente, inviável economicamente, excludente socialmente e insustentável

ecologicamente.

2.2

A

Comercialização

O

volume

de produtos “in natura” e industrializados comercializado pelas

associações de produtores ecológicos, e' de aproximadamente 124 t/mês. Destas: 88 t são

comercializadas na Feira dos Agricultores Ecologistas e

em

pontos de entrega

em

Porto Alegre; 12 t são comercializadas pela Coolméia, O8 t na feira

em

Vacaria e 16 t entre Rio de Janeiro e

São

Paulo.

Todos

os finais de semana,

saem

dos municípios caminhões cheios de mercadorias

com

destino a feira

em

Porto Alegre. Estes são

acompanhados

por ônibus que levam homens,

senhoras e

moços

agricultores, que irão trabalhar

montando

as barracas, organizando e

vendendo

seus produtos.

Destacamos

como

pontos relevantes a esse processo: o acesso

do

produtor à presença

do

consumidor quebrando o

“muro”

que divide

o

campo

da cidade.

Na

feira os agentes

do

processo trocam informações, expectativas e impressões, até então escondidas

no

(14)

sistema convencional de mercado.

Nessa

troca, o agricultor considerado muitas vezes

como

“colono” (expressão pejorativa)

tem

satisfação de ser

chamado

“produtor ecologista”.

Com

isso, seu horizonte de informações é ativado, e

0

mesmo

tem

prazer

em

oferecer

um

produto de melhor qualidade - tanto para

quem

produz

como

para

quem

consome

- e digno de

credibilidade.

Todas

as associações trabalham

com

produtos industrializados e há alguns já

registrados,

como

é

o

caso

do

suco de

uva

e da

massa

de tomate. Tanto o tomate

como

a

uva

estão presentes

em

quase todas as propriedades da região.

Com

a fabricação artesanal, esses

produtos

chegam

ao

mercado

da capital

do

estado e até a grandes redes de supermercados

do

país.

O

Sítio

Boa

Terra,

em

São

Paulo, iniciou revendendo os produtos industrializados dos produtores gaúchos à rede de supermercados Pão-de-Açúcar, abastecendo principalmente a

capital paulista. Esse contato desencadeou

numa

abertura de

mercado

muito promissora. Neste ano os pedidos incluíam outros produtos

como

a cebola, a moranga-japonesa e o tomate,

com

demanda

muito maior que a oferta.

Os

preços pagos são sempre melhores que os oferecidos pelos atravessadores,

que

anteriormente se beneficiavam

com

a exclusividade na

compra da

produção e dos baixos preços.

Com

estas alternativas de mercado, os agricultores

vêem

na organização a

possibilidade

do

aperfeiçoamento, de melhorar a qualidade da produção e

do

gerenciamento,

buscando principalmente competitividade e viabilidade econômica.

Como

resposta, a

AECIA,

está organizando a primeira cooperativa de comercialização e três de seus sócios estão

construindo

uma

agroindústria para processar o suco da uva e a

massa

de tomate. Entre as

associações a expectativa para trabalhar

com

outros produtos industrializados

também

é

(15)

15

3.

o MANEJQ

ECOLÓGICO DA

1vL›.c1ErRA

A

cultura de macieira é a parte que será melhor detalhada

do

estágio, foi efetuada na

propriedade

do

Sr. Delvino

Magro.

Na

época

do

mesmo,

estava sendo realizada a comercialização da variedade Gala e início da colheita da variedade Fuji.

Delvino

Magro

é técnico agrícola na prefeitura e exerce atividade particular

em

sua propriedade na produção de fi'utas: pêssego, ameixa, kiwi e caqui

numa

área de 0,5 ha.

dois anos implantou mais 0,5 ha de pereira. Esse

pomar

está próximo de sua residência

no

interior

do

município. .

O

agricultor foi

o

responsável técnico pela introdução da

maçã

na região,

no

ano de

1974.

Das

30

variedades introduzidas pela rede oficial junto aos agricultores, somente 5 (Gala,

Fuji,

Golden

Delicious, Royal

Red

Delicious e Starkrimson) apresentaram condições de cultivo

e destas apenas 3 (Gala, Fuji e

Golden

Delicious) são

economicamente

viáveis.

Até

1985, utilizou e

recomendou

toda a tecnologia convencional para este cultivo.

Foi

quando

conheceu

Maria

José Guazelli, resolvendo, então, por

em

prática a “Teoria da Trofobiose”, conforme consta

no

depoimento

do

Anexo

1.

Em

1987, o agricultor implantou um,

pomar

de 1,0 ha de macieira,

numa

área

afastada, longe de olhares críticos,

porém

entre dois

pomares

de

maçã

que

recebem manejo

(16)

3.1 Instalação

do

Pomar

Como

o objetivo

do

pomar

não era estudar porta-enxerto e cultivares copa, as

mudas

foram obtidas junto a agricultores. Esse aspecto deve ser considerado, pois

no

caso de

uma

doença virótica a planta não irá expressar todo o seu potencial de produção devido à

qualidade sanitária das

mesmas,

por outro lado, é dificil perceber e impossivel controlar

quando

esta se manifesta

no

pomar.

Como

porta-enxertos estão presentes

no

pomar:

Mambakaido,

MM

106 e

MM

111 (vigorosos);

M

7 (semi-vigoroso) e

M

9 (ananizante).

As

variedades copas

Fuji e Gala são as de maior importância econômica, as mais plantadas e as mais adaptadas.

O

pomar

foi implantado

em

1,0 ha

com

as plantas distribuídas

num

espaçamento predominantemente de 5

x

3 m,

somando

ao todo

850

plantas.

No

plantio foram alocadas 2

filas da variedade Fuji e 1 fila da variedade Gala, altemadamente. Isso é devido a

uma

maior

eficiência na polinização, já que a macieira necessita de polinização cruzada, e por essas

variedades apresentarem compatibilidade na polinização.

No

início o solo recebeu

uma

aração e correção de calcário

onde

a dose aplicada,

representa aproximadamente 1/3 da dose que é indicada oficialmente. Esse

método

é empregado, pois a

recomendação

de calcário para fruticultura leva

em

conta

40

cm

de profundidade, considerando

uma

aração profunda.

Por

outro lado, por ser

uma

dose muito

elevada, é responsável pela alteração da microfauna

do

solo.

Somente

em

1995, é

que

novamente

foram colocados 4 t de calcário superficialmente.

Na

mesma

época

em

que as

mudas

foram implantadas, foi acrescentado ao

pomar

250 kg

de cloreto de potássio, 50

kg

de bórax e

500

Kg

de fosfato natural

em

toda área.

Destacamos

que o cloreto de potássio poderia ser substituído pelas cinzas,

mas

sua obtenção é

dificil.

Como

o

K

é de grande importância na atividade enzimática, seu uso neste caso passa a

(17)

3.2

Dados

Climáticos

da

safra 95/96

Precipitação pluviométrica, ocorrida durante o ciclo 95/96 e médias mensais de

30

anos da região.

MÊS

ocoRR11)A

(mm)

NORMAL

(mm)

1931-1960 Janeiro - 95 149,9 139,0 Fevereiro - 95 151,5 129,0

Março

- 95 54,9 121,0 Abril - 95 72,4 109,0

Maio

- 95 42,5 103,0 Junho - 95 146,8 135,0 Julho - 95 233,2 135,0

Agosto

- 95 94,9 171,0 Setembro - 95 143,9 168,0

Outubro

- 95 72,9 145,0

Novembro

- 95 27,9 133,0

Dezembro

- 95 127,4 150,0 Janeiro -

96

341,9 139,0 Fevereiro - até 12/02/96 136,2 129,0

Fonte: Estação Meteorológica

FEPAGRO,

Veranópolis -

RS.

Total de horas de frio:

782

horas irregularmente distribuídas

no

período.

Fonte: Estação Meteorológica

EMBRAPA,

Vacaria-RS. Ocorrência de granizo: 11 de

dezembro

de 1995.

(18)

3.3

Manejo

da

Cobertura do

Solo:

Neste sistema de produção, o solo é considerado o fator mais importante, pois é

no

mesmo

que

irão ocorrer as mais diversas reações que darão suporte para todo o potencial

produtivo das plantas.

Deste

modo,

nunca

pode

ficar descoberto.

As

plantas de cobertura são mantidas

em

toda área, nas linhas e nas entre linhas da cultura somente são retiradas de volta das macieiras

as gramas, os cipós e as cordas.

Num

sistema convencional, é aplicado herbicida junto da

planta, provocando desequilíbrio na vida

do

solo (matando predadores e microorganismos)

bem

como

causando injúria e contaminações na cultura e

no

meio.

Como

plantas de cobertura e

adubação verde o agricultor usa: aveia preta

(Avena

strigosa), ervilhaca (Vícía vilosa),

azevém

(Lolium multi/lorum), trevo branco

(T

rifolíum repens), trevo vermelho

(T

riƒolíum pratense) e

algumas residentes

como

a língua-de-vaca

(Rumex

obtusífolius), os picões (Bídens spp) e

dente-de-leão

(T

araxacum

ofƒicinale) entre outras.

“A

aveia,

como

todas as gramíneas, concentra potássio, e silício e

absorve cálcio e carbono

com

muita eficiência, incorporando-os

em

sua estmtura e

tomando-os

disponíveis

no

perfil

do

solo sob forma orgânica ao final

do

ciclo, além de produzir

em

vida exudatos que estimulam a vida microbiana.

A

ervilhaca, além de concentrar cálcio e magnésio,

fixa

até

90

kg

de

nitrogênio/ha/ano através de fixadores de vida simbiótica”

(VIVAN,

1995).

A

introdução de espécies exóticas é necessária, na redução

do tempo

em

que as

nativas levariam para regenerar o solo sozinhas.

Após

um

determinado

tempo

as plantas nativas encontram condições de estabelecimento levando o

pomar

a

uma

situação de eficiência na sucessão ecológica. Outro

fator que não

pode

ser desconsiderado, é que as plantas residentes são indicadoras da condição

do

solo.

Por exemplo

a

guanxuma

(Sida sp) indica solos compactados.

Por

apresentar raiz

(19)

19

silício que ela concentra inativa o alumínio trocável e

toma

disponível a absorção

do

fósforo,

(VIVAN,

1995).

As

sementes da aveia são renovadas a cada 2 anos e a da ervilhaca a cada 3 anos.

As

plantas

recebem

1

ou

2 roçadas por ano para serem

acamadas

e decompostas mais

rapidamente. Desta forma, há

um

aumento

da

umidade do

solo,

uma

regulação na temperatura

do

mesmo

para os microrganismos, abafamento de outras plantas residentes, contribuição na formação da matéria orgânica e proteção

do

solo contra a erosão. Durante 0

invemo

não são efetuadas as roçadas, para que as plantas

possam

produzir sementes e

venham

a perenizar

no

local. São adicionados ao

pomar

15

m3

(metros cúbicos) de esterco de animais (normalmente usa

cama

de aviário). Este

pode

ser utilizado

em

qualquer época,

mas

sempre

em

cima das

plantas de cobertura.

Tabela

2 -

Concentração de N,

P205

e

K20

da

cama

de

aviário, considerando

densidade

0,6.

coMPoNENT1:s

VALORES

MÉDIos

TOTAL/na/ANO

(kg)

Nitrogênio

(%)

3,0 189

Fósforo (P205)

(%)

3,0 189

Potássio

(K2O) (%)

2,0 126 Relação

C/N

11/1

Fonte:

RUEDEL,

(1991).

Adaptado

por

Leepkaln

e Santos, 1996.

Conforme

Tabela 2, dos 15

m3

de

adubo

orgânico,

com

densidade 0,6 da

cama

de

aviário, é reduzido à 9.000 kg. Considerando

70%

da matéria seca, estes irão fomecer: 189

kg

N,

189

kg

de

P205

e 126

kg

de

K20.

Segundo

(Recomendações),

o

utilizado oficialmente para

pomares

de

maçã

em

manutenção

é 100

kg

de

N, 40 kg

de

P205

e 80

kg

de

K20

por hectare. Deste

modo,

a quantidade aplicada é superior as necessidades exigidas

no

pomar

e apresenta

um

bom

excesso

(20)

que irá

compensar

o processo de mineralização

do adubo

orgânico, Para então tornar os

nutrientes disponíveis à planta.

O

papel dos adubos orgânicos não consiste apenas

no fomecimento

de elementos químicos para a nutrição das plantas.

Mas

é fundamental para o fortalecimento e multiplicação

de bilhões de bactérias, minhocas, fungos, actinomicetos e protozoários. Esses

executam

funções de aeração

do

solo, processamento de nutrientes e limitação na multiplicação das

pragas, num. ciclo de

etema

competição pela vida.

É

aí que se encontra a grande

vantagem

dos

adubos orgânicos sobre os insumos convencionais.

3.4

Manejo

de Cobertura

do

Solo e Plantas Alelopáticas

São

consideradas plantas alelopáticas aquelas que inibem, por

algum

mecanismo ou

substância tóxica, o crescimento de outra.

as plantas

têm mecanismos

de comunicação entre si, através de

substâncias voláteis

em

nível

de

filosfera e exudatos

em

nível de rizosfera.

Esses são dois

mecanismos que

determinam quais as espécies

que

constituirão,

sob a definição de “forma vegetal”, determinado estágio de sucessão”

(VIVAN,

1995).

Em

consulta a pessoas idosas (entre elas sua

mãe

de 84 anos de idade) e

com

alguns experimentos

em

canteiros de fiuticultura, o agricultor elaborou

uma

lista de plantas que

devem

ser retiradas

do

pomar, principalmente, das linhas

onde

a cultura está estabelecida. Solo

com

cobertura permanente, só retirando

com

enxada as gramas (capim-de-burro, capim grosso etc.),

(21)

21

3.5 Polinização

“A

polinização trata da transferência

do

pólen da antera para o estigma da flor

ou

de outra planta. Para a macieira considera-se polinização

cruzada

quando

essa ocorre entre cultivares diferentes”

(EMPASC,

1986).

No

manejo

convencional as plantas

que florescem

na

mesma

época da florada da

maçã

são retiradas para

que

as abelhas (Appís melzfera), principal inseto polinizador,

intensifique seu trabalho na flor desejada. Já que esta não é muito apreciada e

nem

muito

atrativa pelas

mesmas,

principalmente

quando

estão presentes na

mesma

área flores amarelas,

que são muito mais atraentes e

com

melhor qualidade de pólen.

No

pomar

visitado, esta preocupação não ocorre e

nenhuma

flor é cortada, pois a abelha

quando começa

a encher

um

favo de mel

com

uma

determinada flor, irá continuar até

acabar de enchê-lo seja de picão

ou

de maçã.

Como

a quantidade de flores de

maçã

é muito maior tal preocupação não é considerada

no

pomar.

Por

outro lado, o

mesmo

se localiza entre

dois

pomares

convencionais e que

possuem

abelhas, o

que

favorece esse manejo.

Segundo

(EMPASC,

1986) a escolha da variedade Gala

como

polinizadora permite

uma

frutificação efetiva de 85,9%. Esse é

um

fator importante a ser considerado, pois a cultivar

polinizadora apresenta precocidade, desse

modo

facilita o manejo e o aproveitamento das

aplicações dos tratamentos sanitários. Evitando desperdício

com

a baixa densidade (no caso de

ser

uma

variedade tardia).

A

polinização é de fundamental importância para

uma

fecundação eficiente e

consequentemente

boa

produção. “Nesse processo, segundo

EMPASC

(1986), estão

envolvidos fatores intemos

como:

incompatibilidade, tipo e localização das flores e polinização

cruzada.

E

fatores extemos: temperatura, chuvas,

umidade

relativa

do

ar, ventos e nutrição”.

Sabendo

que é dificil conseguir

uma

perfeita coincidência na florada, a cultivar

polinizadora está disposta de forma a oferecer

um

melhor cruzamento de pólen e consequentemente fertilização.

(22)

Neste ponto, destacamos que a polinização é de fundamental importância na cultura

da maçã.

Em

pomares

de grande extensão e

quando

ocorre floradas

em

grande quantidade de

uma

determinada planta, o corte

pode

ser aplicado para não

comprometer

a fecundação na maçã.

3.6

Poda

A

poda

de

condução

é

uma

prática usada para obtenção

do

tipo de copa desejada,

buscando facilitar os tratamentos culturais

como

o

raleio e a colheita,

bem como

melhorar a

qualidade dos fiutos, agindo na coloração e

no

sabor.

A

opção

de não intervir,

num

sistema agroecológico, refere-se a

uma

escolha de agir

apenas

no

sentido

do fluxo

natural

do

desenvolvimento dos sistemas vivos.

É

agir não pela

ótica industrial, que reduz as plantas apenas para satisfazer a

uma

expectativa de

mercado

e

exploração. Onde, plantas

com

menor

porte são importantes para facilitar os tratos culturais, a

colheita e as aplicações dos agrotóxicos. Muitas das ações são para efetuar

uma

correção dos

problemas de incompatibilidade na escolha

do

porta-enxerto (tanto pelo tipo de solo

como

pela variedade copa) e

manejo

inadequado efetuado

no

solo.

No

manejo

ecológico as podas são

pontuais, de

modo

a se obter o

máximo

de resultado

com

o

mínimo de

trabalho e de

dano

ambiental

(VIVAN,

1995).

“O

sistema de

condução

vaso

modemo,

consiste de

um

tronco

com

3 a 5 braçadas lateriais, dispostos radialmente,

com

ângulo de até 40°

com

o prolongamento imaginário

do

tronco”

(EMPASC,

1986).

No

pomar

visitado,

em

relação as podas de frutificação, são realizadas a

poda

verde

e a

poda

de inverno.

A

poda

de verão (poda verde) é efetuada durante

o

mês

de dezembro. Nesta

poda

são retirados apenas

30%

dos

ramos

ladrões de

20

em

20

dias, isso é para diminuir o stress na recu era ão da “ferida rovocada” e ara fortalecer o sistema radicular ›J 'á

(23)

23

Já a

poda

de

invemo

(poda seca) é efetuada entre os meses de junho e agosto. Esta

poda

é realizada nos ramos. Fortalecendo deste

modo,

a brotação desde o início

do

galho,

buscando produção de frutos

em

toda a extensão dos ramos.

3.7 Raleio

O

raleio é efetuado

manualmente quando

a fiuta está

no tamanho

de

uma

azeitona.

O

mesmo

deve ser concluído

30

dias após a floração, para que o fruto não cresça muito, pois isso

é indesejável.

Um

excesso de frutos deixados na planta desvia os nutrientes das

gemas que

estão

em

diferenciação para a próxima safra.

Por

outro lado sobrecarrega a planta

com

muitos

frutos

mas

de

pequeno

tamanho. Esses fatores estão diretamente relacionados ao balanço

hormonal da planta, correndo o risco, de alternância de produção

quando

o raleio não for

bem

efetuado.

“A

macieira frutifica

em

órgãos especializados

chamados

esporões,

brindilas, dardos e

em

gemas

terminais e laterais de

ramos

que se

formam

no

ciclo anterior” (El\/IPASC, 1986).

Nesta safra (1996), ocorreu

um

ataque de gorgulho

do

milho (Sítophulus zeamaís) na variedade Fuji, e verificou-se que o

mesmo

ataca, preferencialmente,

onde

se encontram 2

frutos juntos.

Como

o agricultor

não

irá utilizar o

manejo

químico para controlar a praga,

o

que

se pretende realizar é

um

manejo

mais rigoroso.

O

que se pretende é deixar apenas

uma

fruta pôr estrutura de reprodução (cachopa), principalmente

em

esporões e brindilas, impedindo desse

modo

que o inseto tenha condição de

se alojar entre os frutos. Outra possibilidade que

vem

sendo considerada é o plantio de

mucuna

entre a cultura, nesse caso recomenda-se a

mucuna

anã (Stizolobíum deeríngíanum),

ou

macerado

de folhas de

mucuna

para aplicação foliar. Ressaltamos que destas possibilidades,

(24)

3.8 Fitossanidade

3.8.1

Doenças

Na

cultura da

maçã

é freqüente o aparecimento das podridões. Essas

surgem

nos

frutos ainda

no

pomar

e muitas Vezes só se marrifestarão na

câmara

fria.

Listamos a seguir algumas podridões encontradas e

uma

forma prática para serem

detectadas, e corrigidas

com

um

manejo

ecológico.

a)

Podridão pôr

deficiência

de

Boro

A

planta geralmente apresenta secamento nas pontas dos ramos.

Nos

frutos a

podridão inicia de dentro para fora, é fácil de ser percebida através de

um

corte horizontal.

O

aparecimento dessa podridão, esta diretamente relacionado a problemas na implantação

do

pomar. Essa podridão, é corrigida

no

manejo ecológico

com

a aplicação

do

biofertilizante

Super

Magro,

abordado

no

item 4.1.1.

b)

Podridão

parda

Trata-se de

uma

podridão seca, geralmente dura e presa a casca

do

fruto,

onde

pode

ser observado a frutificação

do

fungo (Monílliafrutícola). Essa podridão

pode

levar os frutos a

mumificação.

c)

Podridão

amarga

É

a mais

comumente

encontrada, Glomerella cingulata é

o

agente etiológico da podridão. Caracteriza-se por ser aquosa e solta

no

fruto.

Um

dos fatores que causa deficiência

é o

Mg.

O

manejo

realizado para controlar a podridão parda e podridão

amarga

e' pela

aplicação

do

biofertilizante, sempre altemando

com

calda bordalesa

ou

com

a calda sulfocálcica

(25)

25

3.8.2 Insetos

Na

agricultura regenerativa,

ou

biológica, os insetos são considerados indicadores

biológicos .de desequilíbrio. Isso faz

com

que os

métodos empregados no

cultivo,

como

a

estrutura

do

solo, as adubações, a escolha dos cultivares quanto o clima da região, sejam

estudados e avaliados constantemente.

Para este tipo de agricultura, o controle das “pragas” está diretamente ligado ao

mane'o

J or ânico

do

solo e este z deve oferecer as lantas condi ões de

um

desenvolvimento

equilibrado e sadio.

A

Teoria da Trofobiose defende que o aparecimento das pragas está diretamente relacionado a susceptibilidade das plantas e isso é devido a questões de nutrição

ou de

intoxicaçao.

Segundo

essa teoria,

uma

planta equilibrada, estando

em

crescimento vigoroso

ou

em

descanso hibernal, não é nutritiva para o parasita.

Porque

os

mesmos,

não apresentam capacidade de efetuar proteólise, isto é, não

tem

condições de

decompor

proteínas estranhas,

sabem

fazer proteossíntese. Partindo desse pressuposto, o parasita necessita encontrar na

planta hospedeira alimento solúvel,

em

forma de aminoácidos, açúcares e minerais que ainda

não foram incorporados

em

macromoléculas insolúveis.

E

isso só ocorre

quando

há inibição na

proteossíntese

ou quando

há excesso de produção de aminoácidos.

Deste

modo,

a matéria orgânica

do

solo é fundamental.

Todos

os elementos necessários para o desenvolvimento das plantas são fornecidos pela decomposição das plantas

de cobertura, adição de

composto

e pelo biofertilizante criado e desenvolvido dentro da própria

propriedade.

O

biofertilizante é conhecido popularmente

como

“Super

Magro”

e será

abordado

num

capitulo específico, posteriormente.

Quando

analisamos o solo

como

parte integrante de

um

sistema maior, vivo e dinâmico,

compreendemos

a função da matéria orgânica otimizando todo o processo. Partindo desse ponto,

um

solo degradado exige

um

suporte muito maior de matéria orgânica, pois não

(26)

doente, e por isso depende de energia extra, alimento solúvel

em

quantidade.

Como

não se

mantém

sozinho, a cultura nele estabelecida,

também

não será diferente e passa a exigir maiores cuidados.

a) Controle

da

Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus)

A

mosca-das-frutas é considerada praga-chave da macieira.

As

moscas procuram

os fiutos verdes,

pouco

desenvolvidos, para realizar a oviposição.

As

larvas

formam

galerias nos fiutos atacados, e

vêem

a morrer devido a acidez dos

mesmos.

Os

tecidos atingidos, se

tornam

secos, escuros e fibrosos não

acompanhando

o desenvolvimento dos tecidos não atacados,

causando defomiações

no

fruto.

Também

ataca frutos próximos da maturação, e nesses casos

a lan/a consegue completar seu ciclo

(GALLO,

1988).

No

pomar

visitado, o controle da mosca-das-fiutas é feito pela aplicação de “Super

Magro”

com

calda sulfocálcica (3 ml/litro d°água) adicionado a

um

composto

para mosca. Esse

composto

é a base de raízes de algumas plantas que

contém

a enzima peroxidase. Essa enzima

(em

uma

grande quantidade)

quando

oxidada fianciona

como

repelente para a mosca. Observações a

campo

mostram

que a

mosca

não ataca frutos já ovipositados, isto é devido a perpetuação da espécie naquele fruto.

A

partir de janeiro o controle da mosca-das-frutas passa

a ser

um

desafio, a

medida

que inicia o processo

com

desenvolvimento dos frutos e maturação,

aumenta

o teor de

K

econsequentemente a proteossíntese. Entretanto, a partir

do

momento

que

a planta entra

em

senescência, é a proteólise que se encontra

em

evidência

onde

açúcares

simples, nitrogênio livre e aminoácidos

passam

a se acumular na seiva.

Segundo

VIVAN

(1995), síntese e livre não são estados encontráveis de maneira

linear na planta. Perturbações ambientais, intervenções humanas, ciclos

como

floração, pega de

frutos, germinação, etc.

São

periodos de sensibilização

onde

síntese e livre estão

numa

correlação muito estreita. Esse foi o primeiro ano, que foi possível produzir fiutos

sem

problemas

com

a mosca-das-fiutas.

Segundo

dados obtidos

com

0 agricultor Delvino

Magro,

em

relação a mosca-das-frutas, antes da aplicação

com

composto,

ou

seja, somente

com

(27)

27

Dados

sobre o composto,

bem como

forma de processamento, ainda não foram divulgados oficialmente, por se encontrar

em

fase de teste.

b) Controle

de

ácaros

Na

cultura da

maçã

é freqüente o ataque

do

ácaro vermelho (Pononychus ulmí).

Tanto adultos

como

as formas jovens atacam as folhas da macieira, causando extravasamento

de líquido celular, conferindo coloração bronzeada caracteristica.

Pode

vir a diminuir o

tamanho do

fiuto, provocar

queda

prematura de folhas, redução na florada e na frutificação,

bem como

reduzir o crescimento -dos

ramos

(EMPASC,

1986).

Geralmente os ácaros são considerados pragas secundárias. Grandes explosões populacionais

do

ácaro ocorrem devido ao controle químico que é

dado

a mosca-das-frutas,

esses produtos

matam

os inimigos naturais dos ácaros entre outros. Desta forma, a planta não

encontra altemativas de defesa

nem

condições de equilíbrio.

O

controle para o ácaro é efetuado após o da mosca-das-fi'utas, passando o

mesmo

a exercer igual potencial de

dano

econômico.

No

pomar

visitado, é realizado

um

monitoramento referente a população de ácaros e

de seus predadores.

No

Anexo

4, estão os fax obtidos junto a

EMATER

de Ipê, para maiores

análises de

comparação

com

um

pomar

vizinho cultivado

no modelo

convencional, de

propriedade

do

Sr. Antoninho Righez.

Entre os predadores

do

ácaro, o Stethorus sp, é o mais importante. Encontra-se

também

representantes da família Phytoscidae, Stigmasidae e outros

como

Orius e Olígota.

É

considerado, nível de

dano econômico

a presença de 12 - 15 formas jovens por

folha

(GALLO,

1988). Partindo deste referencial,

documentos

obtidos via fax

(Anexo

4)

mostram

que o

pomar

do

Sr. Delvino

Magro

não

se encontra

com

problemas de ácaro

no

periodo de 11/O1/96 a 22/02/96.

A

presença dos

mesmos

é muito inferior ao que é estabelecido

(28)

É

possível observar que à

medida

que a média de formas jovens aumenta,

surgem

consequentemente os inimigos naturais. Isso

pode

ser explicado pelo aparecimento de alimento para os predadores (fax

do

dia 22/02/96).

No

pomar

do

Sr. Antoninho Righes, a média de presença de formas jovens é muito

superior, e faz-se necessário

um

controle rápido.

Por

outro lado pode-se considerar quase

inexistente a presença de inimigos naturais.

O

fax

do

dia 31/01/96, apresentam média inferior

aos demais, isto provavelmente é decorrente de

um

controle realizado antes da

amostragem

e

não por

um

controle biológico.

Apesar da

pequena

quantidade de repetições, pode-se avaliar a autoregulação

no

cultivo ecológico e a alta dependência causada pelo uso de produtos químicos

no manejo

convencional.

c) Controle

da

cochonilha (Eurhizococcus brasiliensis)

Essa cochonilha é conhecida

como

pérola da terra

ou

carrapato da raíz, ataca o sistema radicular e suga a seiva para seu alimento.

Como

sintomas, as plantas atacadas,

apresentam

murchamento

e secamento das folhas, levando a planta a morte.

A

cochonilha coloca seus

ovos

abaixo da superficie

do

solo, junto às reentrâncias das raízes.

A

cochonilha se

desenvolve nos primeiros

20

cm

de solo, e

quando

a planta se encontra equilibrada o inseto

ataca o sistema radicular e não encontra aminoácidos livres, vindo desse

modo

a desaparecer

pôr falta de alimento.

Segundo

técnicos da

EMATER-RS,

a língua de vaca

(Rumex

oblusifolíus) é o hospedeiro da cochonilha e a

recomendação

dada aos produtores é que a

mesma

deve ser eliminada

do

pomar. Solução esta que não

tem

o porque de ser efetuada

num

manejo

ecológico.

Segundo

informações

do

agricultor, essa cochonilha sobrevive

quando

colocada

em

ácido sulfúrico pôr

um

minuto e desta fonna não há produto químico que possa

destruí-la.

O

controle é feito unicamente através

do emprego

da matéria orgânica,

(29)

29

4.

MANEJQ

NUTRICIONAL

E

F1TossANITÁR1o

NUM

s1sTEMA

AGRoEcoLÓGIco PARA

MACIEIRA

4.1 Biofertilizantes

O

agricultor recebeu acessoria de outras pessoas interessadas na área da produção

ecológica de alimentos

como

é

o

caso

do Engç

Agrônomo

e Florestal, Sebastião Pinheiro,

atualmente trabalhando

no

Instituto Brasileiro de

Amparo

ao

Meio

Ambiente

(IBAMA)

em

Porto Alegre.

Com

quem

discute a Teoria da Trofobiose e principalmente o uso dos

biofertilizantes.

Aos

poucos

estes,

com

muito estudo passaram a elaborar

um

fermentado

com

sais

para utilizar

como

adubação foliar, e desta fonna, oferecer às plantas todos os nutrientes

que

a

mesma

necessita para se encontrar “equilibrada”.

Buscam

principalmente,

uma

fonna que não agrida o ambiente e

nenhuma

de suas relações.

Onde

as plantas,

possam

expressar todo

o

seu

potencial de autorregulação.

Em

resumo, o que se pretende é oferecer as plantas

uma

imunidade natural,

onde

a nutn`ção passa a ser o principal agente na proteção e

manutenção do

equilíbrio e da sanidade da cultura

em

relação as influências externas.

O

biofertilizante é conhecido popularmente

como

“Super

Magro”,

trata-se de

uma

mistura de esterco verde, melaço, leite, água e micronutrientes. Através de

uma

fermentação

(30)

e pulverizado sobre as plantas cultivadas, sozinho

ou

adicionado a calda bordalesa

ou

a calda

sulfocálcica (essas exercendo função fiingistática).

O

“Super

Magro”

contém

uma

quantidade muito grande de princípios ativos e esses

são potencializados através da fermentação.

Por

ser

formado

de matéria orgânica de alta

qualidade, é

um

composto

rico

em

microorganismos desejáveis que atuarão

como

predadores

da

sama

da macieira (Venturia ínaequalís),

do

ácaro vermelho

(Panonychus

ulmí) e da mosca-

das-frutas (Anastrepha spp), entre outros.

Atualmente, a

Empresa

Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(EMBRAPA),

Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Sebastião Pinheiro

(IBAMA),

vêm

estudando

o

biofertilizante

sem

nenhuma

restrição de uso. Reportagens

no Globo

Rural e publicações

em

livros, fazem

com

que

ocorra

uma

grande

demanda

em

todo o país na busca de maiores informações sobre o

mesmo.

Os

trabalhos desenvolvidos

com

“Super

Magro”

no

pomar

de

maçã

fez

com

que

a adequação

do

mesmo

fosse sendo considerada e elaborada para outras

culturas. Atualmente é

empregado

em

hortaliças e fruticultura

em

geral por muitos produtores

ecologistas e convencionais. Ele oferece possibilidades de ser aplicado a qualquer cultura,

desde que, se conheça a fisiologia da

mesma,

as épocas de maiores necessidades nutricionais

dentro de cada ciclo, suas limitações e contra indicações de aplicação

(com ou sem

as caldas).

O

“Super

Magro”

não é

um

“pacote fechado” oferecido ao produtor.

Ao

contrário, é

uma

opção

de o

mesmo

poder exercer sua atividade, buscando conhecê-la

em

profundidade e

participando

do

mecanismo,

sem

grandes interferências.

Apenas

conduzindo o sistema

num

fluxo

definido de ener ia.

Não

a licando

um

roduto se indo a enas

um

calendário 2

mas

oferecendo a planta condições de

um bom

desenvolvimento.

4.1.1

Como

preparar

0

bioƒertilizante

O

“Super

Magro”

é feito

em

uma

caixa de

250

litros (pode ser

uma

caixa de água),

(31)

31

Adicionar a caixa de

250

litros:

- 1 balde de

20

l de esterco verde de gado; - 3

kg

de melaço;

- 1 litro de leite; - 3 baldes de água.

Para iniciar a fermentação, tampar o recipiente e deixar descansar por 3 dias.

Após

3 dias: Colocar na caixa de fermentação, mais 1

kg

de melaço, 1/z litro de leite e

1 balde de água (para ativar a fermentação).

A

partir deste ponto, os nutrientes

passam

a ser

incorporados separadamente. Dissolver 2

kg

de Cloreto de Cálcio

em

um

pouco

de água e

adicionar ao fermentado.

Mexer

e deixar descansar por aproximadamente

uma

semana.

Abrir a caixa e repetir a

mesma

operação

com

incorporação de 1

kg

de melaço , 1/z

litro de leite e l balde de água na caixa, mais

um

nutriente da lista abaixo.

- 1,5

kg

de

Ácido

BÓn`co

ou

Bórax;

- 2

kg

de Sulfato de Zinco (ZnSO4);

-

350 g

de Sulfato de

Manganês

(MnSO4);

- 2

kg

de Sulfato de

Magnésio

(MgSO4)

(salamargo);

- 50

g

de Sulfato de Cobalto (CoSO4);

- 100 -

200 g

de Molibdato de Sódio;

-

200 g

de Sulfato de Ferro (F eSO4); -

300 g

de Sulfato de

Cobre

(CuSO4.

Ao

final de 2

meses

o biofertilizante está pronto e

pode

ser aplicado a

4%

nas

macieiras,

sem

prazo de validade definido.

Quando

a fermentação for realizada

em

dias quentes, o período de descanso

pode

ser reduzido para 4 - 5 dias, pois a

mesma

é acelerada. Outro aspecto que

pode

ser considerado

é a separação

em

duas partes dos micronutrientes de maior quantidade

como

o Cálcio e o Boro. Esses geralmente são colocados

no

inicio da elaboração

do

biofertilizante, pois os

(32)

processo.

O

Ca

e

B

alteram o

pH

do meio

e por isso

matam

alguns microorganismos que estão agindo na fermentação. 4.2

As

Caldas

4.2.1

Calda

Bordalesa - 1

kg

de

Cobre

(Cu), - 1

kg

de Cal; -

400

litros de água;

Modo

de Preparar:

Dissolver 1

kg

de cobre

em

350

litros de água e a Cal nos 50 litros restantes.

Após

dissolver a Cal, adicioná-la ao Cobre.

Obs.:

Nunca

inverter o processo de adição para não ocorrer decantação.

Usar

baldes de

plástico

ou

de madeira.

- Antes de aplicar a calda bordalesa, usar

200 ml

de leite

em

100 litros de água para quelatizar

o Cu. Aplicar

nomesmo

dia. '

-

A

calda bordalesa

pode

ser usada antes da floração e depois da formação

do

fruto para

não

ocorrer inibição e deformação

do

cálice.

4.2.2

Calda

Sulfocálcica

Geralmente é

comprada

pronta,

mas

em

casos de não ser encontrada,

pode

ser feita

pelo próprio produtor.

Misturar a seco

20

kg

de enxofre (S) e

20

kg

de Cal virgem, aos

poucos

acrescentar

(33)

33

Em

um

tonel de 160 litros, colocar 100 litros de água quente.

Aos

poucos,

acrescentar a pasta

no

tonel

sem

parar de

mexer

por aproximadamente 1 hora

em

fogo intenso.

A

água

que estiver sendo evaporada, deve ser reposta (água quente).

Em

casos de

derramamento

durante a fervura, adicionar

um

pouco

de água fria.

Depois de pronta deve ser guardada

em

lugar escuro.

É

utilizada para tratamento de

invemo

e a aplicação

pode

ser de até

10%.

4.3 Análise dos

Componentes

do

Biofertilizante

(Baseado

em

informações pessoais

do

Eng°

Agrônomo

e Florestal, Sebastião Pinheiro)

O

uso

do

esterco

no

biofertilizante está diretamente relacionado

com

o baixo custo

da matéria prima

bem como

a qualidade da matéria orgânica de que o

mesmo

é fonnado. Esta

contém

muitos elementos que são necessários para

um

bom

desenvolvimento das plantas.

Pode

ser encontrado

no

esterco: nitrogênio, fósforo, cálcio, potássio, magnésio, enxofre, cloro,

sódio, ferro, molibdênio, zinco,

manganês

e boro,

embora

em

pequena quantidade.

“No

esterco está presente

uma

bactéria importante

no

início da

fermentação Bacíllus subtilís. Esta bactéria produz alfa-amilase, importante para absorção foliar

do

Cálcio e

do

Magnésio”.

(PINHEIRO,

1995).

Destacamos

neste ponto a necessidade de estudos direcionados à realidade

do

agricultor,

bem como

a importância de maiores esclarecimentos dos processos envolvidos na produção. Pois para o agricultor é sua profissão que está sendo desenvolvida, e não é lógico

que

o

mesmo

ignore totalmente o que está ocorrendo

quando

passa a adotar

um

calendário de recomendação, pois por trás de cada aplicação existem vários processos envolvidos. Para

exemplificar essa opinião cito

um

episódio ocorrido

onde

um

professor de fitopatologia da

Universidade Federal

do

Rio de Janeiro vinha há alguns anos procurando isolar essa bactéria

com

o objetivo de torná-la acessível aos produtores.

Desconhecendo

totalmente que

no

(34)

veículo naturalmente,

sem

correr 0 risco de pagar pela

compra

de

um

produto biotecnológico já

que o esterco não corre 0 risco de ser patenteado

(RAMOS,

1996).

O

leite

no

biofertilizante exerce função de

tamponamento do

pH.

Por

outro lado é

Ótimo

meio

de cultura e

pode

ser substituído pelo soro de leite. Já o melaço é rico

como

fonte

energética, pois é

um

subproduto da cana, e esta se caracteriza por ser

uma

planta muito

eficiente na extração de nutrientes

do

solo. Deste

modo,

estes componentes são fomecedores de alta quantidade de energia livre que será usada na alimentação das bactérias, fungos e

leveduras durante a fermentação. A-adição de esterco, melaço e leite junto

com

cada nutriente,

visa ativar a fermentação e posteriormente,

quando

diluído, irão agir na penetração dos

mesmos

nas folhas das plantas.

A

água exerce a função reguladora de temperatura e diluição dos elementos envolvidos

ou

adicionados

no

processo.

Em

relação ao tipo de fermentação a ser adotada, está dependerá da condição

do

agricultor

em

manipular o fermentado e da sua condição de infra-estrutura.

De

modo

geral,

defende-se o uso da

uma

fermentação aberta, por ser mais simples seu manejo (não corre

o

risco de

uma

explosão pelo

acúmulo

de gás metano).

As

bactérias que se desenvolvem

no

biofertilizante,

seguem

uma

ordem

de declínio,

dentro da caixa,

em

relação a presença de oxigênio.

Mesmo

um

recipiente

em

presença de Oz,

irá apresentar

um

ambiente anaeróbio, quanto mais

próximo do

fundo

do

recipiente. Isto

mostra a dinâmica e a eficiência dos microorganismos envolvidos

no

processo.

As

bactérias, fungos e leveduras aceleram a fermentação, pois

usam

compostos ricos

em

Carbono, Nitrogênio e sais inorgânicos, para seu metabolismo e liberam carboidratos,

proteínas e gorduras entre outros. Este produto se encontra

em

equilíbrio e

pode

ser absorvido

diretamente pelas plantas,

sem

gasto de energia e

sem

apresentar incompatibilidade.

Segundo

PINHEIRO

(1995),

no

final

do

processo fermentativo,

podemos

encontrar

(35)

35

A

opção

de adicionar os sais se justifica pelo enriquecimento

do

produto final e por apresentar baixo custo

em

relação aos produtos químicos recomendados. Outro fator é que pela fermentação os sais deixam de apresentar problemas de intoxicação, pois se encontram

em

equilibrio termodinâmico, semelhante ao que ocorre

com

a matéria orgânica

no

solo.

A

adição parcelada dos sais está diretamente ligada ao grau de entropia provocada pelos

mesmos. São

muitas reações fisicas e químicas ocorrendo

com

uma

grande quantidade de

energia.

Uma

adição

em

conjunto, envolve sinergismo e antagonismo,

embora

algumas pessoas,

como

é o caso de José Lutzenberger da

Fundação

Gaia de Porto Alegre, que

também

estudam o biofertilizante,

afirmam

que por se tratar de sais não apresentariam problemas desta natureza.

Em

relação a quantidade de nutriente a ser incorporada

no

fermentado, esta

não

deve

ser muito grande para não

comprometer

o desenvolvimento da vida microbiana e

nem

muito pequena, ao ponto de não ficar disponível para as plantas os elementos metabolizados.

O

que

se

procura é chegar a quantidades que

promovam

o melhor grau de organização das partículas

no

sistema de produçao.

Essa quantidade de nutrientes, é explicada pela expressão matemática fatorial OE-!),

partindo

do

ponto que: quanto maior

o

número

de elementos adicionados,

menor

será a quantidade individual deles.

No

caso

do

“Super

Magro”,

estão envolvidos 9 elementos, istoé,

fatorial de 9!

(9x8x7x6x5x4x3x2xl)

=

362.880. Este resultado, na teoria, é

o

quanto

pode

ser

diminuída a dose dos elementos que serão adicionados a solução.

Os

nutrientes, desta forma, não apresentam problemas

de

intoxicação e injúria nas

plantas, pois as

mesmas

absowem

somente o que necessitam.

O

restante cai sobre o solo, que

ao contrário dos produtos químicos solúveis, que são adicionados sempre junto as plantas,

contaminando o solo e causando injúria

como

é o caso dos herbicidas. Esses pelo contrário,

irão favorecendo a vida microbiana,

aumentando

sua atividade reprodutiva, teor de matéria

orgânica e consequentemente tornando disponível para as plantas.

'

A

pulverização foliar é a melhor forma de aplicação, pois o fertilizante é rapidamente absorvido pelos estômatos, sendo conduzido transversalmente via simplasto, garantido pelas

(36)

comunicações citoplasmáticas entre

uma

célula e outra e via apoplasto, isto é, pela parede e

espaços intercelulares.

Para facilitar o

manejo do

biofertilizante, este

pode

ser feito

em uma

caixa de água de

250

litros,

que

após o térmico da fermentação será diluído

em

água de 3 -

5%

para então ser

aplicado.

Deve

ser mantido fechado, para evitar entrada de «sujeira e à sombra, para não

comprometer

a fermentação.

Em

caso de produção de mudas, essas

podem

ser molhadas

em

“Super

Magro”

puro, o

mesmo

pode

ser feito para sementes favorecendo proteção e nutrição.

Foram

realizados testes, na propriedade, envolvendo outras frutíferas

como:

pereira,

kiwizeiro, ameixeira e pessegueiro. Esses experimentos envolviam aplicações de “Super

Magro”

+

Calda Bordalesa, Super

Magro

+

Calda Sulfocálcica.

Somente

com

“Super

Magro”,

com

calda bordalesa e

com

calda sulfocálcica.

Foram

tomadas anotações e realizado inferências

para cada cultura dentro de suas limitações, necessidades e época de aplicação.

Como

recomendação no

verão, não aconselha usar a calda sulfocálcica junto

com

“Super

Magro”,

em

pêssego e ameixa, para nao queimar a cultura.

O

biofertilizante

vem

sendo estudado pela

ENBRAPA,

e pelas Universidades Federais de Pelotas e Viçosa. Estas últimas colaborando

no

sentido de averiguar essas

inovaçoes tecnológicas.

Segundo

PINHEIRO

(1995), o melhor horário de aplicação

do

biofertilizante é de

manhã

ou no

final da tarde.

Por

ser rico

em

enzimas e coenzima

como

a coenzima

A

(CoA), que facilita o metabolismo.

As

enzimas presentes

no

“Super

Magro”

quando

em

contato

com

o

CO;

presente nas folhas

atuam

como

desacopladoras de enzimas maléficas e

como

regeneradoras de tecido.

O

“Super

Magro”

exerce fiinção fungicida, bacteriostática (inibindo a multiplicação

das bactérias) e repelente de insetos, pois ao ser aplicado nas folhas, altera o cheiro da planta,

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