UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE sANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRIAS
DEPARTAMENTQ
DE
EITQTECNIA
~
Maçã
sem
agrotóxico.
E
possível?
Hêtel
Leepkaln
Jv' va
JH-
Relatório de Estágio apresentado
como_
um
dos requisitospara a
obtenção
do grau
deEngenheiro
Agrônomo
pela Universidade Federalde
Santa Catarina.TÍTULO: Maçã
sem
agrotóxico.
É
possível?
ÁREA:
Fruticultura
AcADÊM1cAz
HézfelLezpkzzzn
CURSO:
Agronomia
-UFSC
ORIENTADOR:
Prof
Aparecido
Lima
da
Silva
SUPERVISOR:
Eng”
Agr”
Laercio Meireles
LOCAL:
Centro
da
Agricultura
Ecológica
(CAE)
-Ipê/RS
PERÍoDoz
22
zzzfevereíro
zz22
de
março
de
1996.
795-O
O
282
UFSC
Ã5$š>'<f5
r Q
À
minha
familia,Àqueles que
acreditamna
vida, eque
1 r
somente
atravesdo
amor
a
verdade, e possível ser verdadeiramente livre.e
Deus
escolheu as coisashumildes
do
mundo,
e as desprezadas,e aquelas
que
não
são,para
reduzir anada
asque
são;a fim
de
que ninguém
se vangloriena
presençade
Deus.Porque
a loucurade
Deus
émais
sábiado
que
oshomens;
e a fraquezade
Deus
émais
fortedo
que
oshomens.
LISTA
DE
TABELAS
Tabela l - Relação das associações e
número
de farnílias querecebem
assessoriado
CAE.
Tabela 2 - Concentração de
N, P205
eK2O
dacama
de aviário, considerando densidade 0,61.
INTRODUÇÃO
... ..2.
APRESENTAÇÃO
DO
CENTRO
DE
AGRICULTURA
ECOLÓGICA
-CAE
2.1
As
Associações ... ..2.2
A
Comercialização ... _.3.
O MANEJO
ECOLÓGICO
DA
MAc1ETRA
... ..3.1 Instalação
do
Pomar
... ..3.2
Dados
Climáticos da safra 95/96 ... ..3.3
Manejo
deCobenura do
Solo ... ..3.4
Manejo
de Coberturado
Solo e Plantas Alelopáticas ... ..3.5 Polinização ... .. 3.6
Poda
... ._ 3.7 3.8F
itossanidade ... .. 3.8.1Doenças
... .. 3.8.2 Insetos ... _.4.
MANEJO
NUTRICIONAL
E
FITOSSANITÁRIO
NUM
SISTEMA
AGROECOLÓGICO
PARA MACIEIRA
... ..4.1 Biofertilizantes ... ..
4.1.1
Como
preparar o biofertilizante ... ..4.2
As
Caldas ... ... ..4.2.1 Calda Bordalesa ... ..
4.3 Análise dos
Componentes do
Biofertilizante ... .. 33`
4.4 Calendário de Aplicação ... .. 37
5.
CONSIDERAÇÕES SOBRE
O MANEJO NO
POMAR
ECOLOGICO
... ..39
5.1 Comercialização ... ..
40
5.2 Avaliação
do
Pomar
... _. 416.
coNsIDERAÇöEs
FINAIS
... ..43
7.
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CON
SULTADAS
... ..46
ANEXOS
... ..49
ANEXO
1 -DEPOIIVIENTO
DO
AGRICULTOR
DELVINO
MAGRO
... _. 50ANEXO
2 -CALENDÁRIO
DE
APLICAÇÃO
UTILIZADO
NA
CULTURA
DA
MACIEIRA
~RECEITUÁRIO
AGRONÔMICO
... ._ 53ANEXO
3 -RELAÇÃO DE ALGUNS AGROTÓXICOS
PROIBIDOS
OU
RESTRITOS
EM
OUTROS
PAÍSES
E
USADO
NO
BRASIL
NA
CULTURA
DA
MAÇÃ.56
ANEXO
4 -coNTRoLE
B1oLÓG1co
DE ÁcARos
DA
MAc1E1RA
... .. 59ANEXO
5 -DESTAQUES
DO
RELATÓRIO
ENTREGUE
À
ACADEMIA NACIONAL
O
presente trabalho constitui o relatório de estágio livre de conclusão de curso. Cuja temática escolhida -Maçã
sem
agrotóxico.É
possível? - se deuem
função deum
anseiopessoal, na busca de maiores informações e confrontações
com
um
manejo
ecológico tãodiscriminado e conflitante ao
mesmo
tempo.O
estágio ocorreuno
período de22
de fevereiro a22
demarço
de 1996, na cidadede Ipê, município
do
RioGrande do
Sul,no
Centro de Agricultura Ecológica -CAE-
Ipê.No
mesmo
foi possívelacompanhar
algumas atividades desenvolvidas pela entidade,no
que dizrespeito a associação dos produtores, a produção ecológica e a comercialização.
O
presente relatório objetivou levantaras formas de controle ecológico, utilizadopara insetos e doenças, a questão nutricional da planta e a relação existente entre o
homem
e o ambienteem
que se encontra, a partir deuma
experiência real vivenciada por agricultoresno
estado
do
RioGrande do
Sul.Os
estudos partem da “Teoria da Trofobiose” de Francis Chaboussou, queafirma
existiruma
relação estreita de dependência entre a condiçãonutricional da planta e seu parasita.
9
Essa concepção parece justificada, pois
segmdo
a qual:“Todo
o processo vitalencontra-se sob a dependência das satisfação das necessidades
do
organismo vivo, seja elevegetal
ou
animal”(CHABOUSSOU,
1987).Na
elaboraçãodo
relatório a fundamentação para a discussão sobre o manejo ecológico da macieira(Malus
domestica), baseou-se nas experiências de DelvinoMagro,
9
Técnico Agn'cola e de Sebastião Pinheiro, Engenheiro
Agrônomo
e Florestal, juntamentecom
auxílio de outras publicações.
Este relatório está organizado
em
diferentes capítulos, além das considerações finais,referências bibliográficas e anexos.
2.
APRESENTAÇÃO
DO
CENTRO
DE
AGRICULTURA ECOLÓGICA
-CAE
Com
o objetivo decomprovar
e viabilizaruma
proposta de produção agrícola,fundamentada na utilização racional dos recursos
do
ecossistema, tendocomo
referencial aTeoria da Trofobiose de Francis Chaboussou, Mania José Guazelli,
agrônoma
e militante de grupos ecológicos e dos direitoshumanos
juntamentecom
outra militantedo
Movimento
de Defesa da Mulher, organizamem
1984 o Projeto Vacaria, hoje Centro de Agricultura Ecológica (CAE-IPÊ).O
Centro de Agricultura Ecológica está localizadono
município de Ipê -RS,
naserra gaúcha. Esta região é caracterizada por
um
relevo acentuado,com
altitudesem
torno de790
m. Solos latossolo bruno álico,com
substrato basalto.O
clima segundo a classificação deKöppen
é Ctb - Clima temperado;com
temperaturamédia no
mês
mais frio abaixo de 18°C,com
verões frescos, temperatura médiano
mês
mais quente abaixo de22°C
esem
estação seca definida(IAPAR,
1994).As
chuvas sãobem
distribuídas,com uma
precipitação anual de 2.250mm
e temperatura média anual de 16°C.A
vegetação predominante é a “FlorestaOmbrófila Mista”,
com
introdução recente da fruticultura temperada e a olericultura.Em
1988, oCAE
passa a fazer parte a nível intemacional, da rede Terrado
Futuro(Frantiosjorden),
com
sedeem
Estocolmo
- Suécia. Esta organização écomposta
por 65grupos que trabalham para
um
desenvolvimento ecológico e socialem
todo omundo,
deonde
o
CAE
passou a receber recursos financeiros até o ano de 1995. Essa participação possibilitoull
também
intercâmbioscom
estudantes e profissionais suecos, asiáticos, latino-americanos eafricanos.
A
partir de 1989, o centro é incorporado à rede dePromoção
de TecnologiaAltemativa
(PTA)
do
Brasil,com
sedeno
Rio de Janeiro.Neste
mesmo
ano,com
a organização da Feira de Agricultores Ecologistasem
Porto Alegre, pela Cooperativa Ecológica Coolméia, que reúneem
seu quadro de associados:produtores, consumidores e servidores, os trabalhos
com
os agricultores adquiriram maiorsustentação.
Como
fruto destes, surge a primeira Associação de Agricultores Ecologistas deIpê e Antônio Prado
(AECIA),
com
o envolvimento da Pastoral Rural e da juventude.Atualmente, o
CAE
desenvolve trabalhoscom
associativismo e atividades de extensão agrícola. Presta assessoria aONG”s,
instituições públicas e privadas. Oferece cursos evisitas as propriedades que estão produzindo fundamentadas nos princípios agroecológicos.
As
visitas são solicitadas por técnicos da
EMATER
-RS,
estudantes de agronomia de todo oBrasil, técnicos agrícolas, professores, pesquisadores, agricultores, entre outros.
O CAE
atua na área de publicações de livros, livretos e folhetos, traduções, eem
ediçõescom
outras entidades afins.O CAE
busca atuar na comercialização, produção agroecológica, educaçãoambiental, saúde alimentar, na formação de lideranças e desenvolvimento da agroindústria
artesanal. Elabora programas que
envolvem
e valorizam o trabalho dajovem
e da mulheragricultora.
Desenvolvem
atividades profissionaisno
projeto cinco EngenheirosAgrônomos.
Um
resideem
Porto Alegre, desenvolvendo atividades de publicações, assessorias e cursos parao Brasil e Exterior.
Um
na cidade de Torres, expandindo o trabalhocom
outras associações(inclusive
em
Santa Catarina) e desenvolvendo trabalhoscom
fiuticultura tropical.Os
outrostrês
agrônomos
residem na propriedade e trabalham naCoordenação do
Centro, prestamassessoria as associações, organizam cursos e visitas, trabalham na área da educação, formação
de lideranças e assistência técnica.
Exercem
também
funçãono
centro:um
técnico agrícola,um
administrador da propriedade,
uma
secretária e mais duas pessoas responsáveis pela alimentação e limpeza.2.1
As
AssociaçõesAtualmente o
CAE
eEMATER-RS
prestam assessoria a 9 associações na organização, produção, industrialização e comercialização de seus produtos. Elas estão listadasna Tabela 1.
Tabela
1 -Relação
das associações enúmero
de
famíliasque
recebem
assessoriado
CAE.
NoME
DA
AssocrAÇÃo/MUNICÍPIOS
N°
FAMÍLIAS
AECIA
- Associação dos Colonos Ecologistas de Antônio Prado e Ipê 22ACERT
- Associação dos Colonos Ecologistas da Região de Torres 14APEMA
- Associação dos Produtores Ecologistas deLima
Pereira - Ipê 10APEVES
- Associação dos Produtores Ecologistas de Vila Segredo - Ipê 12Associação
Mata
Nativa - Flores daCunha
O7
AERA
- Associação dos Ecologistas Rurais de Antônio Prado -IpêO8
APESAA
- Associação dos Produtores Ecologistas de SantoAntão
Abade
- 10Ipê
APESC
- Associação dos Produtores Ecologistas de Santa Catarina - Ipê 11APE]
- Associação dos Produtores Ecologistas deSão
José - Ipê 12As
associações alcançamuma
média de520
pessoas, totalizando 106 famíliasonde
a maioria édo
município de Ipê.As
associações organizadas são regidas pelos próprios agricultores, que elegemum
presidente e
uma
comissão de ética, sendo responsável pela avaliação das propriedades e dosprodutos comercializados.
O
pequeno
produtor,quando
trabalhando isolado, está aospoucos
sendo massacrado pelo sistema vigente. Destemodo
o queo
CAE
tem
difundido e proposto éuma
13
conhecimento entre os setores envolvidos e a valorização
do
trabalho das mulheres e dosjovens.
Esse
mecanismo tem
auxiliado a desenvolver junto ao agricultoruma
consciência da necessidade de gerenciamento de sua propriedade.Os
espaços ociosos estão sendoocupados
na industrialização de seus produtos (suco deuva
emassa
de tomate), agregandovalor a mercadoria, oferecendo melhor qualidade e buscando eliminar os atravessadores.
Em
fim,
esses agricultorespossuem
um
padrão de vida mais elevado,quando
comparados
com
os pequenos produtores rurais da região edo
restantedo
país.Acreditamos ser as associações de agricultores,
uma
alternativa eficiente aos pequenos produtores de nosso país, que enfrentam a situação vigente inadequada tecnologicamente, inviável economicamente, excludente socialmente e insustentávelecologicamente.
2.2
A
ComercializaçãoO
volume
de produtos “in natura” e industrializados comercializado pelasassociações de produtores ecológicos, e' de aproximadamente 124 t/mês. Destas: 88 t são
comercializadas na Feira dos Agricultores Ecologistas e
em
pontos de entregaem
Porto Alegre; 12 t são comercializadas pela Coolméia, O8 t na feiraem
Vacaria e 16 t entre Rio de Janeiro eSão
Paulo.Todos
os finais de semana,saem
dos municípios caminhões cheios de mercadoriascom
destino a feiraem
Porto Alegre. Estes sãoacompanhados
por ônibus que levam homens,senhoras e
moços
agricultores, que irão trabalharmontando
as barracas, organizando evendendo
seus produtos.Destacamos
como
pontos relevantes a esse processo: o acessodo
produtor à presençado
consumidor quebrando o“muro”
que divideo
campo
da cidade.Na
feira os agentesdo
processo trocam informações, expectativas e impressões, até então escondidasno
sistema convencional de mercado.
Nessa
troca, o agricultor considerado muitas vezescomo
“colono” (expressão pejorativa)tem
satisfação de serchamado
“produtor ecologista”.Com
isso, seu horizonte de informações é ativado, e
0
mesmo
tem
prazerem
oferecerum
produto de melhor qualidade - tanto paraquem
produzcomo
paraquem
consome
- e digno decredibilidade.
Todas
as associações trabalhamcom
produtos industrializados e há alguns járegistrados,
como
éo
casodo
suco deuva
e damassa
de tomate. Tanto o tomatecomo
auva
estão presentes
em
quase todas as propriedades da região.Com
a fabricação artesanal, essesprodutos
chegam
aomercado
da capitaldo
estado e até a grandes redes de supermercadosdo
país.
O
SítioBoa
Terra,em
São
Paulo, iniciou revendendo os produtos industrializados dos produtores gaúchos à rede de supermercados Pão-de-Açúcar, abastecendo principalmente acapital paulista. Esse contato desencadeou
numa
abertura demercado
muito promissora. Neste ano os pedidos incluíam outros produtoscomo
a cebola, a moranga-japonesa e o tomate,com
demanda
muito maior que a oferta.Os
preços pagos são sempre melhores que os oferecidos pelos atravessadores,que
anteriormente se beneficiavamcom
a exclusividade nacompra da
produção e dos baixos preços.
Com
estas alternativas de mercado, os agricultoresvêem
na organização apossibilidade
do
aperfeiçoamento, de melhorar a qualidade da produção edo
gerenciamento,buscando principalmente competitividade e viabilidade econômica.
Como
resposta, aAECIA,
está organizando a primeira cooperativa de comercialização e três de seus sócios estão
construindo
uma
agroindústria para processar o suco da uva e amassa
de tomate. Entre asassociações a expectativa para trabalhar
com
outros produtos industrializadostambém
é15
3.
o MANEJQ
ECOLÓGICO DA
1vL›.c1ErRA
A
cultura de macieira é a parte que será melhor detalhadado
estágio, foi efetuada napropriedade
do
Sr. DelvinoMagro.
Na
épocado
mesmo,
estava sendo realizada a comercialização da variedade Gala e início da colheita da variedade Fuji.Delvino
Magro
é técnico agrícola na prefeitura e exerce atividade particularem
sua propriedade na produção de fi'utas: pêssego, ameixa, kiwi e caquinuma
área de 0,5 ha.Há
dois anos implantou mais 0,5 ha de pereira. Esse
pomar
está próximo de sua residênciano
interior
do
município. .O
agricultor foio
responsável técnico pela introdução damaçã
na região,no
ano de1974.
Das
30
variedades introduzidas pela rede oficial junto aos agricultores, somente 5 (Gala,Fuji,
Golden
Delicious, RoyalRed
Delicious e Starkrimson) apresentaram condições de cultivoe destas apenas 3 (Gala, Fuji e
Golden
Delicious) sãoeconomicamente
viáveis.Até
1985, utilizou erecomendou
toda a tecnologia convencional para este cultivo.Foi
quando
conheceuMaria
José Guazelli, resolvendo, então, porem
prática a “Teoria da Trofobiose”, conforme constano
depoimentodo
Anexo
1.Em
1987, o agricultor implantou um,pomar
de 1,0 ha de macieira,numa
áreaafastada, longe de olhares críticos,
porém
entre doispomares
demaçã
que
recebem manejo3.1 Instalação
do
Pomar
Como
o objetivodo
pomar
não era estudar porta-enxerto e cultivares copa, asmudas
foram obtidas junto a agricultores. Esse aspecto deve ser considerado, pois
no
caso deuma
doença virótica a planta não irá expressar todo o seu potencial de produção devido àmá
qualidade sanitária das
mesmas,
por outro lado, é dificil perceber e impossivel controlarquando
esta se manifesta
no
pomar.Como
porta-enxertos estão presentesno
pomar:Mambakaido,
MM
106 eMM
111 (vigorosos);M
7 (semi-vigoroso) eM
9 (ananizante).As
variedades copasFuji e Gala são as de maior importância econômica, as mais plantadas e as mais adaptadas.
O
pomar
foi implantadoem
1,0 hacom
as plantas distribuídasnum
espaçamento predominantemente de 5x
3 m,somando
ao todo850
plantas.No
plantio foram alocadas 2filas da variedade Fuji e 1 fila da variedade Gala, altemadamente. Isso é devido a
uma
maioreficiência na polinização, já que a macieira necessita de polinização cruzada, e por essas
variedades apresentarem compatibilidade na polinização.
No
início o solo recebeuuma
aração e correção de calcárioonde
a dose aplicada,representa aproximadamente 1/3 da dose que é indicada oficialmente. Esse
método
é empregado, pois arecomendação
de calcário para fruticultura levaem
conta40
cm
de profundidade, considerandouma
aração profunda.Por
outro lado, por seruma
dose muitoelevada, é responsável pela alteração da microfauna
do
solo.Somente
em
1995, éque
novamente
foram colocados 4 t de calcário superficialmente.Na
mesma
épocaem
que asmudas
foram implantadas, foi acrescentado aopomar
250 kg
de cloreto de potássio, 50kg
de bórax e500
Kg
de fosfato naturalem
toda área.Destacamos
que o cloreto de potássio poderia ser substituído pelas cinzas,mas
sua obtenção édificil.
Como
oK
é de grande importância na atividade enzimática, seu uso neste caso passa a3.2
Dados
Climáticosda
safra 95/96Precipitação pluviométrica, ocorrida durante o ciclo 95/96 e médias mensais de
30
anos da região.
MÊS
ocoRR11)A
(mm)
NORMAL
(mm)
1931-1960 Janeiro - 95 149,9 139,0 Fevereiro - 95 151,5 129,0Março
- 95 54,9 121,0 Abril - 95 72,4 109,0Maio
- 95 42,5 103,0 Junho - 95 146,8 135,0 Julho - 95 233,2 135,0Agosto
- 95 94,9 171,0 Setembro - 95 143,9 168,0Outubro
- 95 72,9 145,0Novembro
- 95 27,9 133,0Dezembro
- 95 127,4 150,0 Janeiro -96
341,9 139,0 Fevereiro - até 12/02/96 136,2 129,0Fonte: Estação Meteorológica
FEPAGRO,
Veranópolis -RS.
Total de horas de frio:
782
horas irregularmente distribuídasno
período.Fonte: Estação Meteorológica
EMBRAPA,
Vacaria-RS. Ocorrência de granizo: 11 dedezembro
de 1995.3.3
Manejo
da
Cobertura do
Solo:Neste sistema de produção, o solo é considerado o fator mais importante, pois é
no
mesmo
que
irão ocorrer as mais diversas reações que darão suporte para todo o potencialprodutivo das plantas.
Deste
modo,
nuncapode
ficar descoberto.As
plantas de cobertura são mantidasem
toda área, nas linhas e nas entre linhas da cultura somente são retiradas de volta das macieirasas gramas, os cipós e as cordas.
Num
sistema convencional, é aplicado herbicida junto daplanta, provocando desequilíbrio na vida
do
solo (matando predadores e microorganismos)bem
como
causando injúria e contaminações na cultura eno
meio.Como
plantas de cobertura eadubação verde o agricultor usa: aveia preta
(Avena
strigosa), ervilhaca (Vícía vilosa),azevém
(Lolium multi/lorum), trevo branco
(T
rifolíum repens), trevo vermelho(T
riƒolíum pratense) ealgumas residentes
como
a língua-de-vaca(Rumex
obtusífolius), os picões (Bídens spp) edente-de-leão
(T
araxacum
ofƒicinale) entre outras.“A
aveia,como
todas as gramíneas, concentra potássio, e silício eabsorve cálcio e carbono
com
muita eficiência, incorporando-osem
sua estmtura etomando-os
disponíveisno
perfildo
solo sob forma orgânica ao finaldo
ciclo, além de produzirem
vida exudatos que estimulam a vida microbiana.A
ervilhaca, além de concentrar cálcio e magnésio,fixa
até90
kg
denitrogênio/ha/ano através de fixadores de vida simbiótica”
(VIVAN,
1995).A
introdução de espécies exóticas é necessária, na reduçãodo tempo
em
que asnativas levariam para regenerar o solo sozinhas.
Após
um
determinadotempo
as plantas nativas encontram condições de estabelecimento levando opomar
auma
situação de eficiência na sucessão ecológica. Outrofator que não
pode
ser desconsiderado, é que as plantas residentes são indicadoras da condiçãodo
solo.Por exemplo
aguanxuma
(Sida sp) indica solos compactados.Por
apresentar raiz19
silício que ela concentra inativa o alumínio trocável e
toma
disponível a absorçãodo
fósforo,(VIVAN,
1995).As
sementes da aveia são renovadas a cada 2 anos e a da ervilhaca a cada 3 anos.As
plantas
recebem
1ou
2 roçadas por ano para seremacamadas
e decompostas maisrapidamente. Desta forma, há
um
aumento
daumidade do
solo,uma
regulação na temperaturado
mesmo
para os microrganismos, abafamento de outras plantas residentes, contribuição na formação da matéria orgânica e proteçãodo
solo contra a erosão. Durante 0invemo
não são efetuadas as roçadas, para que as plantaspossam
produzir sementes evenham
a perenizarno
local. São adicionados ao
pomar
15m3
(metros cúbicos) de esterco de animais (normalmente usacama
de aviário). Estepode
ser utilizadoem
qualquer época,mas
sempreem
cima dasplantas de cobertura.
Tabela
2 -Concentração de N,
P205
eK20
da
cama
de
aviário, considerandodensidade
0,6.
coMPoNENT1:s
VALORES
MÉDIos
TOTAL/na/ANO
(kg)Nitrogênio
(%)
3,0 189Fósforo (P205)
(%)
3,0 189Potássio
(K2O) (%)
2,0 126 RelaçãoC/N
11/1Fonte:
RUEDEL,
(1991).Adaptado
por
Leepkaln
e Santos, 1996.Conforme
Tabela 2, dos 15m3
deadubo
orgânico,com
densidade 0,6 dacama
deaviário, é reduzido à 9.000 kg. Considerando
70%
da matéria seca, estes irão fomecer: 189kg
N,
189kg
deP205
e 126kg
deK20.
Segundo
(Recomendações),o
utilizado oficialmente parapomares
demaçã
em
manutenção
é 100kg
deN, 40 kg
deP205
e 80kg
deK20
por hectare. Destemodo,
a quantidade aplicada é superior as necessidades exigidasno
pomar
e apresentaum
bom
excessoque irá
compensar
o processo de mineralizaçãodo adubo
orgânico, Para então tornar osnutrientes disponíveis à planta.
O
papel dos adubos orgânicos não consiste apenasno fomecimento
de elementos químicos para a nutrição das plantas.Mas
é fundamental para o fortalecimento e multiplicaçãode bilhões de bactérias, minhocas, fungos, actinomicetos e protozoários. Esses
executam
funções de aeração
do
solo, processamento de nutrientes e limitação na multiplicação daspragas, num. ciclo de
etema
competição pela vida.É
aí que se encontra a grandevantagem
dosadubos orgânicos sobre os insumos convencionais.
3.4
Manejo
de Cobertura
do
Solo e Plantas AlelopáticasSão
consideradas plantas alelopáticas aquelas que inibem, poralgum
mecanismo ou
substância tóxica, o crescimento de outra.
as plantas
têm mecanismos
de comunicação entre si, através desubstâncias voláteis
em
nívelde
filosfera e exudatosem
nível de rizosfera.Esses são dois
mecanismos que
determinam quais as espéciesque
constituirão,sob a definição de “forma vegetal”, determinado estágio de sucessão”
(VIVAN,
1995).Em
consulta a pessoas idosas (entre elas suamãe
de 84 anos de idade) ecom
alguns experimentosem
canteiros de fiuticultura, o agricultor elaborouuma
lista de plantas quedevem
ser retiradas
do
pomar, principalmente, das linhasonde
a cultura está estabelecida. Solocom
cobertura permanente, só retirando
com
enxada as gramas (capim-de-burro, capim grosso etc.),21
3.5 Polinização
“A
polinização trata da transferênciado
pólen da antera para o estigma da florou
de outra planta. Para a macieira considera-se polinizaçãocruzada
quando
essa ocorre entre cultivares diferentes”(EMPASC,
1986).No
manejo
convencional as plantasque florescem
namesma
época da florada damaçã
são retiradas paraque
as abelhas (Appís melzfera), principal inseto polinizador,intensifique seu trabalho na flor desejada. Já que esta não é muito apreciada e
nem
muitoatrativa pelas
mesmas,
principalmentequando
estão presentes namesma
área flores amarelas,que são muito mais atraentes e
com
melhor qualidade de pólen.No
pomar
visitado, esta preocupação não ocorre enenhuma
flor é cortada, pois a abelhaquando começa
a encherum
favo de melcom
uma
determinada flor, irá continuar atéacabar de enchê-lo seja de picão
ou
de maçã.Como
a quantidade de flores demaçã
é muito maior tal preocupação não é consideradano
pomar.Por
outro lado, omesmo
se localiza entredois
pomares
convencionais e quepossuem
abelhas, oque
favorece esse manejo.Segundo
(EMPASC,
1986) a escolha da variedade Galacomo
polinizadora permiteuma
frutificação efetiva de 85,9%. Esse éum
fator importante a ser considerado, pois a cultivarpolinizadora apresenta precocidade, desse
modo
facilita o manejo e o aproveitamento dasaplicações dos tratamentos sanitários. Evitando desperdício
com
a baixa densidade (no caso deser
uma
variedade tardia).A
polinização é de fundamental importância parauma
fecundação eficiente econsequentemente
boa
produção. “Nesse processo, segundoEMPASC
(1986), estãoenvolvidos fatores intemos
como:
incompatibilidade, tipo e localização das flores e polinizaçãocruzada.
E
fatores extemos: temperatura, chuvas,umidade
relativado
ar, ventos e nutrição”.Sabendo
que é dificil conseguiruma
perfeita coincidência na florada, a cultivarpolinizadora está disposta de forma a oferecer
um
melhor cruzamento de pólen e consequentemente fertilização.Neste ponto, destacamos que a polinização é de fundamental importância na cultura
da maçã.
Em
pomares
de grande extensão equando
ocorre floradasem
grande quantidade deuma
determinada planta, o cortepode
ser aplicado para nãocomprometer
a fecundação na maçã.3.6
Poda
A
poda
decondução
éuma
prática usada para obtençãodo
tipo de copa desejada,buscando facilitar os tratamentos culturais
como
o
raleio e a colheita,bem como
melhorar aqualidade dos fiutos, agindo na coloração e
no
sabor.A
opção
de não intervir,num
sistema agroecológico, refere-se auma
escolha de agirapenas
no
sentidodo fluxo
naturaldo
desenvolvimento dos sistemas vivos.É
agir não pelaótica industrial, que reduz as plantas apenas para satisfazer a
uma
expectativa demercado
eexploração. Onde, plantas
com
menor
porte são importantes para facilitar os tratos culturais, acolheita e as aplicações dos agrotóxicos. Muitas das ações são para efetuar
uma
correção dosproblemas de incompatibilidade na escolha
do
porta-enxerto (tanto pelo tipo de solocomo
pela variedade copa) emanejo
inadequado efetuadono
solo.No
manejo
ecológico as podas sãopontuais, de
modo
a se obter omáximo
de resultadocom
omínimo de
trabalho e dedano
ambiental
(VIVAN,
1995).“O
sistema decondução
vasomodemo,
consiste deum
troncocom
3 a 5 braçadas lateriais, dispostos radialmente,com
ângulo de até 40°com
o prolongamento imagináriodo
tronco”(EMPASC,
1986).No
pomar
visitado,em
relação as podas de frutificação, são realizadas apoda
verdee a
poda
de inverno.A
poda
de verão (poda verde) é efetuada duranteo
mês
de dezembro. Nestapoda
são retirados apenas30%
dosramos
ladrões de20
em
20
dias, isso é para diminuir o stress na recu era ão da “ferida rovocada” e ara fortalecer o sistema radicular ›J 'á23
Já a
poda
deinvemo
(poda seca) é efetuada entre os meses de junho e agosto. Estapoda
é realizada nos ramos. Fortalecendo destemodo,
a brotação desde o iníciodo
galho,buscando produção de frutos
em
toda a extensão dos ramos.3.7 Raleio
O
raleio é efetuadomanualmente quando
a fiuta estáno tamanho
deuma
azeitona.O
mesmo
deve ser concluído30
dias após a floração, para que o fruto não cresça muito, pois issoé indesejável.
Um
excesso de frutos deixados na planta desvia os nutrientes dasgemas que
estão
em
diferenciação para a próxima safra.Por
outro lado sobrecarrega a plantacom
muitosfrutos
mas
depequeno
tamanho. Esses fatores estão diretamente relacionados ao balançohormonal da planta, correndo o risco, de alternância de produção
quando
o raleio não forbem
efetuado.“A
macieira frutificaem
órgãos especializadoschamados
esporões,brindilas, dardos e
em
gemas
terminais e laterais deramos
que seformam
no
ciclo anterior” (El\/IPASC, 1986).
Nesta safra (1996), ocorreu
um
ataque de gorgulhodo
milho (Sítophulus zeamaís) na variedade Fuji, e verificou-se que omesmo
ataca, preferencialmente,onde
se encontram 2frutos juntos.
Como
o agricultornão
irá utilizar omanejo
químico para controlar a praga,o
quese pretende realizar é
um
manejo
mais rigoroso.O
que se pretende é deixar apenasuma
fruta pôr estrutura de reprodução (cachopa), principalmenteem
esporões e brindilas, impedindo dessemodo
que o inseto tenha condição dese alojar entre os frutos. Outra possibilidade que
vem
sendo considerada é o plantio demucuna
entre a cultura, nesse caso recomenda-se a
mucuna
anã (Stizolobíum deeríngíanum),ou
macerado
de folhas demucuna
para aplicação foliar. Ressaltamos que destas possibilidades,3.8 Fitossanidade
3.8.1
Doenças
Na
cultura damaçã
é freqüente o aparecimento das podridões. Essassurgem
nosfrutos ainda
no
pomar
e muitas Vezes só se marrifestarão nacâmara
fria.Listamos a seguir algumas podridões encontradas e
uma
forma prática para seremdetectadas, e corrigidas
com
um
manejo
ecológico.a)
Podridão pôr
deficiênciade
Boro
A
planta geralmente apresenta secamento nas pontas dos ramos.Nos
frutos apodridão inicia de dentro para fora, é fácil de ser percebida através de
um
corte horizontal.O
aparecimento dessa podridão, esta diretamente relacionado a problemas na implantação
do
pomar. Essa podridão, é corrigida
no
manejo ecológicocom
a aplicaçãodo
biofertilizanteSuper
Magro,
abordadono
item 4.1.1.b)
Podridão
parda
Trata-se de
uma
podridão seca, geralmente dura e presa a cascado
fruto,onde
pode
ser observado a frutificação
do
fungo (Monílliafrutícola). Essa podridãopode
levar os frutos amumificação.
c)
Podridão
amarga
É
a maiscomumente
encontrada, Glomerella cingulata éo
agente etiológico da podridão. Caracteriza-se por ser aquosa e soltano
fruto.Um
dos fatores que causa deficiênciaé o
Mg.
O
manejo
realizado para controlar a podridão parda e podridãoamarga
e' pelaaplicação
do
biofertilizante, sempre altemandocom
calda bordalesaou
com
a calda sulfocálcica25
3.8.2 Insetos
Na
agricultura regenerativa,ou
biológica, os insetos são considerados indicadoresbiológicos .de desequilíbrio. Isso faz
com
que osmétodos empregados no
cultivo,como
aestrutura
do
solo, as adubações, a escolha dos cultivares quanto o clima da região, sejamestudados e avaliados constantemente.
Para este tipo de agricultura, o controle das “pragas” está diretamente ligado ao
mane'o
J or ânicodo
solo e este z deve oferecer as lantas condi ões deum
desenvolvimentoequilibrado e sadio.
A
Teoria da Trofobiose defende que o aparecimento das pragas está diretamente relacionado a susceptibilidade das plantas e isso é devido a questões de nutriçãoou de
intoxicaçao.Segundo
essa teoria,uma
planta equilibrada, estandoem
crescimento vigorosoou
em
descanso hibernal, não é nutritiva para o parasita.Porque
osmesmos,
não apresentam capacidade de efetuar proteólise, isto é, nãotem
condições dedecompor
proteínas estranhas,só
sabem
fazer proteossíntese. Partindo desse pressuposto, o parasita necessita encontrar naplanta hospedeira alimento solúvel,
em
forma de aminoácidos, açúcares e minerais que aindanão foram incorporados
em
macromoléculas insolúveis.E
isso só ocorrequando
há inibição naproteossíntese
ou quando
há excesso de produção de aminoácidos.Deste
modo,
a matéria orgânicado
solo é fundamental.Todos
os elementos necessários para o desenvolvimento das plantas são fornecidos pela decomposição das plantasde cobertura, adição de
composto
e pelo biofertilizante criado e desenvolvido dentro da própriapropriedade.
O
biofertilizante é conhecido popularmentecomo
“SuperMagro”
e seráabordado
num
capitulo específico, posteriormente.Quando
analisamos o solocomo
parte integrante deum
sistema maior, vivo e dinâmico,compreendemos
a função da matéria orgânica otimizando todo o processo. Partindo desse ponto,um
solo degradado exigeum
suporte muito maior de matéria orgânica, pois nãodoente, e por isso depende de energia extra, alimento solúvel
em
quantidade.Como
não semantém
sozinho, a cultura nele estabelecida,também
não será diferente e passa a exigir maiores cuidados.a) Controle
da
Mosca-das-frutas (Anastrepha fraterculus)A
mosca-das-frutas é considerada praga-chave da macieira.As
moscas procuram
os fiutos verdes,pouco
desenvolvidos, para realizar a oviposição.As
larvasformam
galerias nos fiutos atacados, evêem
a morrer devido a acidez dosmesmos.
Os
tecidos atingidos, setornam
secos, escuros e fibrosos não
acompanhando
o desenvolvimento dos tecidos não atacados,causando defomiações
no
fruto.Também
ataca frutos próximos da maturação, e nesses casosa lan/a consegue completar seu ciclo
(GALLO,
1988).No
pomar
visitado, o controle da mosca-das-fiutas é feito pela aplicação de “SuperMagro”
com
calda sulfocálcica (3 ml/litro d°água) adicionado aum
composto
para mosca. Essecomposto
é a base de raízes de algumas plantas quecontém
a enzima peroxidase. Essa enzima(em
uma
grande quantidade)quando
oxidada fiancionacomo
repelente para a mosca. Observações acampo
mostram
que amosca
não ataca frutos já ovipositados, isto é devido a perpetuação da espécie naquele fruto.A
partir de janeiro o controle da mosca-das-frutas passaa ser
um
desafio, amedida
que inicia o processocom
desenvolvimento dos frutos e maturação,aumenta
o teor deK
econsequentemente a proteossíntese. Entretanto, a partirdo
momento
quea planta entra
em
senescência, é a proteólise que se encontraem
evidênciaonde
açúcaressimples, nitrogênio livre e aminoácidos
passam
a se acumular na seiva.Segundo
VIVAN
(1995), síntese e livre não são estados encontráveis de maneiralinear na planta. Perturbações ambientais, intervenções humanas, ciclos
como
floração, pega defrutos, germinação, etc.
São
periodos de sensibilizaçãoonde
síntese e livre estãonuma
correlação muito estreita. Esse foi o primeiro ano, que foi possível produzir fiutossem
problemas
com
a mosca-das-fiutas.Segundo
dados obtidoscom
0 agricultor DelvinoMagro,
em
relação a mosca-das-frutas, antes da aplicaçãocom
composto,ou
seja, somentecom
27
Dados
sobre o composto,bem como
forma de processamento, ainda não foram divulgados oficialmente, por se encontrarem
fase de teste.b) Controle
de
ácarosNa
cultura damaçã
é freqüente o ataquedo
ácaro vermelho (Pononychus ulmí).Tanto adultos
como
as formas jovens atacam as folhas da macieira, causando extravasamentode líquido celular, conferindo coloração bronzeada caracteristica.
Pode
vir a diminuir otamanho do
fiuto, provocarqueda
prematura de folhas, redução na florada e na frutificação,bem como
reduzir o crescimento -dosramos
(EMPASC,
1986).Geralmente os ácaros são considerados pragas secundárias. Grandes explosões populacionais
do
ácaro ocorrem devido ao controle químico que édado
a mosca-das-frutas,esses produtos
matam
os inimigos naturais dos ácaros entre outros. Desta forma, a planta nãoencontra altemativas de defesa
nem
condições de equilíbrio.O
controle para o ácaro é efetuado após o da mosca-das-fi'utas, passando omesmo
a exercer igual potencial dedano
econômico.No
pomar
visitado, é realizadoum
monitoramento referente a população de ácaros ede seus predadores.
No
Anexo
4, estão os fax obtidos junto aEMATER
de Ipê, para maioresanálises de
comparação
com
um
pomar
vizinho cultivadono modelo
convencional, depropriedade
do
Sr. Antoninho Righez.Entre os predadores
do
ácaro, o Stethorus sp, é o mais importante. Encontra-setambém
representantes da família Phytoscidae, Stigmasidae e outroscomo
Orius e Olígota.É
considerado, nível dedano econômico
a presença de 12 - 15 formas jovens porfolha
(GALLO,
1988). Partindo deste referencial,documentos
obtidos via fax(Anexo
4)mostram
que opomar
do
Sr. DelvinoMagro
não
se encontracom
problemas de ácarono
periodo de 11/O1/96 a 22/02/96.
A
presença dosmesmos
é muito inferior ao que é estabelecidoÉ
possível observar que àmedida
que a média de formas jovens aumenta,surgem
consequentemente os inimigos naturais. Isso
pode
ser explicado pelo aparecimento de alimento para os predadores (faxdo
dia 22/02/96).No
pomar
do
Sr. Antoninho Righes, a média de presença de formas jovens é muitosuperior, e faz-se necessário
um
controle rápido.Por
outro lado pode-se considerar quaseinexistente a presença de inimigos naturais.
O
faxdo
dia 31/01/96, apresentam média inferioraos demais, isto provavelmente é decorrente de
um
controle realizado antes daamostragem
enão por
um
controle biológico.Apesar da
pequena
quantidade de repetições, pode-se avaliar a autoregulaçãono
cultivo ecológico e a alta dependência causada pelo uso de produtos químicos
no manejo
convencional.
c) Controle
da
cochonilha (Eurhizococcus brasiliensis)Essa cochonilha é conhecida
como
pérola da terraou
carrapato da raíz, ataca o sistema radicular e suga a seiva para seu alimento.Como
sintomas, as plantas atacadas,apresentam
murchamento
e secamento das folhas, levando a planta a morte.A
cochonilha coloca seusovos
abaixo da superficiedo
solo, junto às reentrâncias das raízes.A
cochonilha sedesenvolve nos primeiros
20
cm
de solo, equando
a planta se encontra equilibrada o insetoataca o sistema radicular e não encontra aminoácidos livres, vindo desse
modo
a desaparecerpôr falta de alimento.
Segundo
técnicos daEMATER-RS,
a língua de vaca(Rumex
oblusifolíus) é o hospedeiro da cochonilha e a
recomendação
dada aos produtores é que amesma
deve ser eliminadado
pomar. Solução esta que nãotem
o porque de ser efetuadanum
manejo
ecológico.Segundo
informaçõesdo
agricultor, essa cochonilha sobrevivequando
colocada
em
ácido sulfúrico pôrum
minuto e desta fonna não há produto químico que possadestruí-la.
O
controle é feito unicamente atravésdo emprego
da matéria orgânica,29
4.
MANEJQ
NUTRICIONAL
E
F1TossANITÁR1o
NUM
s1sTEMA
AGRoEcoLÓGIco PARA
MACIEIRA
4.1 Biofertilizantes
O
agricultor recebeu acessoria de outras pessoas interessadas na área da produçãoecológica de alimentos
como
éo
casodo Engç
Agrônomo
e Florestal, Sebastião Pinheiro,atualmente trabalhando
no
Instituto Brasileiro deAmparo
aoMeio
Ambiente
(IBAMA)
em
Porto Alegre.
Com
quem
discute a Teoria da Trofobiose e principalmente o uso dosbiofertilizantes.
Aos
poucos
estes,com
muito estudo passaram a elaborarum
fermentadocom
saispara utilizar
como
adubação foliar, e desta fonna, oferecer às plantas todos os nutrientesque
amesma
necessita para se encontrar “equilibrada”.Buscam
principalmente,uma
fonna que não agrida o ambiente enenhuma
de suas relações.Onde
as plantas,possam
expressar todoo
seupotencial de autorregulação.
Em
resumo, o que se pretende é oferecer as plantasuma
imunidade natural,
onde
a nutn`ção passa a ser o principal agente na proteção emanutenção do
equilíbrio e da sanidade da cultura
em
relação as influências externas.O
biofertilizante é conhecido popularmentecomo
“SuperMagro”,
trata-se deuma
mistura de esterco verde, melaço, leite, água e micronutrientes. Através de
uma
fermentaçãoe pulverizado sobre as plantas cultivadas, sozinho
ou
adicionado a calda bordalesaou
a caldasulfocálcica (essas exercendo função fiingistática).
O
“SuperMagro”
contém
uma
quantidade muito grande de princípios ativos e essessão potencializados através da fermentação.
Por
serformado
de matéria orgânica de altaqualidade, é
um
composto
ricoem
microorganismos desejáveis que atuarãocomo
predadoresda
sama
da macieira (Venturia ínaequalís),do
ácaro vermelho(Panonychus
ulmí) e da mosca-das-frutas (Anastrepha spp), entre outros.
Atualmente, a
Empresa
Brasileira de Pesquisa Agropecuária(EMBRAPA),
Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e Sebastião Pinheiro(IBAMA),
vêm
estudandoo
biofertilizante
sem
nenhuma
restrição de uso. Reportagensno Globo
Rural e publicaçõesem
livros, fazem
com
que
ocorrauma
grandedemanda
em
todo o país na busca de maiores informações sobre omesmo.
Os
trabalhos desenvolvidoscom
“SuperMagro”
no
pomar
demaçã
fezcom
que
a adequaçãodo
mesmo
fosse sendo considerada e elaborada para outrasculturas. Atualmente é
empregado
em
hortaliças e fruticulturaem
geral por muitos produtoresecologistas e convencionais. Ele oferece possibilidades de ser aplicado a qualquer cultura,
desde que, se conheça a fisiologia da
mesma,
as épocas de maiores necessidades nutricionaisdentro de cada ciclo, suas limitações e contra indicações de aplicação
(com ou sem
as caldas).O
“SuperMagro”
não éum
“pacote fechado” oferecido ao produtor.Ao
contrário, éuma
opção
de omesmo
poder exercer sua atividade, buscando conhecê-laem
profundidade eparticipando
do
mecanismo,sem
grandes interferências.Apenas
conduzindo o sistemanum
fluxo
definido de ener ia.Não
a licandoum
roduto se indo a enasum
calendário 2mas
oferecendo a planta condições de
um bom
desenvolvimento.4.1.1
Como
preparar0
bioƒertilizanteO
“SuperMagro”
é feitoem
uma
caixa de250
litros (pode seruma
caixa de água),31
Adicionar a caixa de
250
litros:- 1 balde de
20
l de esterco verde de gado; - 3kg
de melaço;- 1 litro de leite; - 3 baldes de água.
Para iniciar a fermentação, tampar o recipiente e deixar descansar por 3 dias.
Após
3 dias: Colocar na caixa de fermentação, mais 1kg
de melaço, 1/z litro de leite e1 balde de água (para ativar a fermentação).
A
partir deste ponto, os nutrientespassam
a serincorporados separadamente. Dissolver 2
kg
de Cloreto de Cálcioem
um
pouco
de água eadicionar ao fermentado.
Mexer
e deixar descansar por aproximadamenteuma
semana.Abrir a caixa e repetir a
mesma
operaçãocom
incorporação de 1kg
de melaço , 1/zlitro de leite e l balde de água na caixa, mais
um
nutriente da lista abaixo.- 1,5
kg
deÁcido
BÓn`coou
Bórax;- 2
kg
de Sulfato de Zinco (ZnSO4);-
350 g
de Sulfato deManganês
(MnSO4);
- 2
kg
de Sulfato deMagnésio
(MgSO4)
(salamargo);- 50
g
de Sulfato de Cobalto (CoSO4); ›- 100 -
200 g
de Molibdato de Sódio;-
200 g
de Sulfato de Ferro (F eSO4); -300 g
de Sulfato deCobre
(CuSO4.Ao
final de 2meses
o biofertilizante está pronto epode
ser aplicado a4%
nasmacieiras,
sem
prazo de validade definido.Quando
a fermentação for realizadaem
dias quentes, o período de descansopode
ser reduzido para 4 - 5 dias, pois amesma
é acelerada. Outro aspecto quepode
ser consideradoé a separação
em
duas partes dos micronutrientes de maior quantidadecomo
o Cálcio e o Boro. Esses geralmente são colocadosno
inicio da elaboraçãodo
biofertilizante, pois osprocesso.
O
Ca
eB
alteram opH
do meio
e por issomatam
alguns microorganismos que estão agindo na fermentação. 4.2As
Caldas
4.2.1Calda
Bordalesa - 1kg
deCobre
(Cu), - 1kg
de Cal; -400
litros de água;Modo
de Preparar:Dissolver 1
kg
de cobreem
350
litros de água e a Cal nos 50 litros restantes.Após
dissolver a Cal, adicioná-la ao Cobre.
Obs.:
Nunca
inverter o processo de adição para não ocorrer decantação.Usar
baldes deplástico
ou
de madeira.- Antes de aplicar a calda bordalesa, usar
200 ml
de leiteem
100 litros de água para quelatizaro Cu. Aplicar
nomesmo
dia. '-
A
calda bordalesapode
ser usada antes da floração e depois da formaçãodo
fruto paranão
ocorrer inibição e deformação
do
cálice.4.2.2
Calda
SulfocálcicaGeralmente é
comprada
pronta,mas
em
casos de não ser encontrada,pode
ser feitapelo próprio produtor.
Misturar a seco
20
kg
de enxofre (S) e20
kg
de Cal virgem, aospoucos
acrescentar33
Em
um
tonel de 160 litros, colocar 100 litros de água quente.Aos
poucos,acrescentar a pasta
no
tonelsem
parar demexer
por aproximadamente 1 horaem
fogo intenso.A
água
que estiver sendo evaporada, deve ser reposta (água quente).Em
casos dederramamento
durante a fervura, adicionarum
pouco
de água fria.Depois de pronta deve ser guardada
em
lugar escuro.É
utilizada para tratamento deinvemo
e a aplicaçãopode
ser de até10%.
4.3 Análise dos
Componentes
do
Biofertilizante(Baseado
em
informações pessoaisdo
Eng°
Agrônomo
e Florestal, Sebastião Pinheiro)O
usodo
estercono
biofertilizante está diretamente relacionadocom
o baixo custoda matéria prima
bem como
a qualidade da matéria orgânica de que omesmo
é fonnado. Estacontém
muitos elementos que são necessários paraum
bom
desenvolvimento das plantas.Pode
ser encontrado
no
esterco: nitrogênio, fósforo, cálcio, potássio, magnésio, enxofre, cloro,sódio, ferro, molibdênio, zinco,
manganês
e boro,embora
em
pequena quantidade.“No
esterco está presenteuma
bactéria importanteno
início dafermentação Bacíllus subtilís. Esta bactéria produz alfa-amilase, importante para absorção foliar
do
Cálcio edo
Magnésio”.(PINHEIRO,
1995).Destacamos
neste ponto a necessidade de estudos direcionados à realidadedo
agricultor,
bem como
a importância de maiores esclarecimentos dos processos envolvidos na produção. Pois para o agricultor é sua profissão que está sendo desenvolvida, e não é lógicoque
omesmo
ignore totalmente o que está ocorrendoquando
passa a adotarum
calendário de recomendação, pois por trás de cada aplicação existem vários processos envolvidos. Paraexemplificar essa opinião cito
um
episódio ocorridoonde
um
professor de fitopatologia daUniversidade Federal
do
Rio de Janeiro vinha há alguns anos procurando isolar essa bactériacom
o objetivo de torná-la acessível aos produtores.Desconhecendo
totalmente queno
veículo naturalmente,
sem
correr 0 risco de pagar pelacompra
deum
produto biotecnológico jáque o esterco não corre 0 risco de ser patenteado
(RAMOS,
1996).O
leiteno
biofertilizante exerce função detamponamento do
pH.Por
outro lado éÓtimo
meio
de cultura epode
ser substituído pelo soro de leite. Já o melaço é ricocomo
fonteenergética, pois é
um
subproduto da cana, e esta se caracteriza por seruma
planta muitoeficiente na extração de nutrientes
do
solo. Destemodo,
estes componentes são fomecedores de alta quantidade de energia livre que será usada na alimentação das bactérias, fungos eleveduras durante a fermentação. A-adição de esterco, melaço e leite junto
com
cada nutriente,visa ativar a fermentação e posteriormente,
quando
diluído, irão agir na penetração dosmesmos
nas folhas das plantas.
A
água exerce a função reguladora de temperatura e diluição dos elementos envolvidosou
adicionadosno
processo.Em
relação ao tipo de fermentação a ser adotada, está dependerá da condiçãodo
agricultor
em
manipular o fermentado e da sua condição de infra-estrutura.De
modo
geral,defende-se o uso da
uma
fermentação aberta, por ser mais simples seu manejo (não correo
risco de
uma
explosão peloacúmulo
de gás metano).As
bactérias que se desenvolvemno
biofertilizante,seguem
uma
ordem
de declínio,dentro da caixa,
em
relação a presença de oxigênio.Mesmo
um
recipienteem
presença de Oz,irá apresentar
um
ambiente anaeróbio, quanto maispróximo do
fundodo
recipiente. Istomostra a dinâmica e a eficiência dos microorganismos envolvidos
no
processo.As
bactérias, fungos e leveduras aceleram a fermentação, poisusam
compostos ricosem
Carbono, Nitrogênio e sais inorgânicos, para seu metabolismo e liberam carboidratos,proteínas e gorduras entre outros. Este produto se encontra
em
equilíbrio epode
ser absorvidodiretamente pelas plantas,
sem
gasto de energia esem
apresentar incompatibilidade.Segundo
PINHEIRO
(1995),no
finaldo
processo fermentativo,podemos
encontrar35
A
opção
de adicionar os sais se justifica pelo enriquecimentodo
produto final e por apresentar baixo custoem
relação aos produtos químicos recomendados. Outro fator é que pela fermentação os sais deixam de apresentar problemas de intoxicação, pois se encontramem
equilibrio termodinâmico, semelhante ao que ocorre
com
a matéria orgânicano
solo.A
adição parcelada dos sais está diretamente ligada ao grau de entropia provocada pelosmesmos. São
muitas reações fisicas e químicas ocorrendocom
uma
grande quantidade deenergia.
Uma
adiçãoem
conjunto, envolve sinergismo e antagonismo,embora
algumas pessoas,como
é o caso de José Lutzenberger daFundação
Gaia de Porto Alegre, quetambém
estudam o biofertilizante,afirmam
que por se tratar de sais não apresentariam problemas desta natureza.Em
relação a quantidade de nutriente a ser incorporadano
fermentado, estanão
deveser muito grande para não
comprometer
o desenvolvimento da vida microbiana enem
muito pequena, ao ponto de não ficar disponível para as plantas os elementos metabolizados.O
que
seprocura é chegar a quantidades que
promovam
o melhor grau de organização das partículasno
sistema de produçao.
Essa quantidade de nutrientes, é explicada pela expressão matemática fatorial OE-!),
partindo
do
ponto que: quanto maioro
número
de elementos adicionados,menor
será a quantidade individual deles.No
casodo
“SuperMagro”,
estão envolvidos 9 elementos, istoé,fatorial de 9!
(9x8x7x6x5x4x3x2xl)
=
362.880. Este resultado, na teoria, éo
quantopode
serdiminuída a dose dos elementos que serão adicionados a solução.
Os
nutrientes, desta forma, não apresentam problemasde
intoxicação e injúria nasplantas, pois as
mesmas
absowem
somente o que necessitam.O
restante cai sobre o solo, queao contrário dos produtos químicos solúveis, que são adicionados sempre junto as plantas,
contaminando o solo e causando injúria
como
é o caso dos herbicidas. Esses pelo contrário,irão favorecendo a vida microbiana,
aumentando
sua atividade reprodutiva, teor de matériaorgânica e consequentemente tornando disponível para as plantas.
'
A
pulverização foliar é a melhor forma de aplicação, pois o fertilizante é rapidamente absorvido pelos estômatos, sendo conduzido transversalmente via simplasto, garantido pelascomunicações citoplasmáticas entre
uma
célula e outra e via apoplasto, isto é, pela parede eespaços intercelulares.
Para facilitar o
manejo do
biofertilizante, estepode
ser feitoem uma
caixa de água de250
litros,que
após o térmico da fermentação será diluídoem
água de 3 -5%
para então seraplicado.
Deve
ser mantido fechado, para evitar entrada de «sujeira e à sombra, para nãocomprometer
a fermentação.Em
caso de produção de mudas, essaspodem
ser molhadasem
“SuperMagro”
puro, omesmo
pode
ser feito para sementes favorecendo proteção e nutrição.Foram
realizados testes, na propriedade, envolvendo outras frutíferascomo:
pereira,kiwizeiro, ameixeira e pessegueiro. Esses experimentos envolviam aplicações de “Super
Magro”
+
Calda Bordalesa, SuperMagro
+
Calda Sulfocálcica.Somente
com
“SuperMagro”,
com
calda bordalesa ecom
calda sulfocálcica.Foram
tomadas anotações e realizado inferênciaspara cada cultura dentro de suas limitações, necessidades e época de aplicação.
Como
recomendação no
verão, não aconselha usar a calda sulfocálcica juntocom
“SuperMagro”,
em
pêssego e ameixa, para nao queimar a cultura.O
biofertilizantevem
sendo estudado pelaENBRAPA,
e pelas Universidades Federais de Pelotas e Viçosa. Estas últimas colaborandono
sentido de averiguar essasinovaçoes tecnológicas.
Segundo
PINHEIRO
(1995), o melhor horário de aplicaçãodo
biofertilizante é demanhã
ou no
final da tarde.Por
ser ricoem
enzimas e coenzimacomo
a coenzimaA
(CoA), que facilita o metabolismo.As
enzimas presentesno
“SuperMagro”
quando
em
contatocom
oCO;
presente nas folhasatuam
como
desacopladoras de enzimas maléficas ecomo
regeneradoras de tecido.
O
“SuperMagro”
exerce fiinção fungicida, bacteriostática (inibindo a multiplicaçãodas bactérias) e repelente de insetos, pois ao ser aplicado nas folhas, altera o cheiro da planta,