«nú M
11
v I v _ __;_;-_- _ _,_ ._--n-¡
7-CM
z -í--H107
H.
UNIVÍRSIDÀDE FEDERAL DE SANTA CATARINA
FACULDÃDE DE KEDICINA
DEPARTAMEÚTO DE CLÍNICAS
w°\
21
*HEPATITE ALCOOLICA - AHÃLÍSE BIOQUÍMICA E HISTOPATOLOGICA DE
14 CASOS í 7 \ FERNANDO RITZMANN GINÀ MAGNANI _ NTONIO DE ÊOUZA C-O in tri* `.`> 12' FASE DE MEDICINA FLORIANOPOLIS, NOVEMBRO DE 1979
É
L~
v
AGRADECIMENTO
'
f Agradecemos ao Dr. Antônio Carlos F. da Cunha pela atencao e ori~
entação que nos dispensou na realização do presente trabalho.
*JU ¬> [rj Í; ›~›-s
2
Ê
V. IT* INT O 1 ... DUÇAO..,... E MÉTODOS. RESULTADOS... DÍSCUSSAO IU FJ '”-1 PI! soøoonoeno coNcLUsõEs.°... _ Rmmcíâs B1BLI0GRÀFícÀs. IEDICE e n n no 0 u o eo na u 9 z ou 9 e eøen 0 Q o aos n O eua 0 e oo» u w a Página I. àó ~¬¡- r- ‹›. D .. 6 r'¬ .z K ..l§ ..l6 ..l7'O
RESUMO
Os autores analisam 14 casos de Hepatite Àlcoôlica. Treze pacien»
tes são do sexo masculino e 1 do sexo feminino. A idade média foi de \›4 '\1
anos, sendo 15 leucodêrmicos e 1 melanodêrmico.
O alcoolismo crônico foi condição comum a tödos os pacientes.
Os princinais achados 1aboratoriais_foram bilerrubinemieJ média
de 4,65 mg/dl, retenção de bromossulfaleinâ media de 26,8%. Houve hi-
poalbuminemia (abaixo de 5,0 g/dl) em 7 casos e nipergemaglobulinemia
(acima de ¡__¡
u .ET
C`\
CQ\ fl.: FJ \/ em 8 casos. A gamaglutamiltranspeptidase teve uma
media de 510 mU/ml, fosfatase alcalina media de 228,25 mU/ml, transami-
nase oxalacêtica média de 39,57 mU/ml, transaminase glutâmico-pirúvica
média de 40,0§ mU/ml. O tempo_de protrombina médio foi de 15,49 segun~
dos e a atividade de protrombina média ` foi de
18%.
C0 \›4
O material histológico foi obtido por biôsie hepática percutânea
G--' ¬P-'_
I*-{ fã rã 'JU C) U C1
«Í 'PaO
1
Atualmente tem aumentado a morbidade e a mortalidade devido as
lesões hepáticas provocadas pelo alcoolismo.›
A Hepatite Alcoôlica ê uma inflamação aguda ou crônica do HD _ -vn ado
P3
como resposta a necrose parenquimatosa provocada pelo etanol que tem
sido reconhecido como droga hepatotôxica direta, provocando dano hepá-
tico independente da carência nutricional (2, 5). _
Sendo a Hepatite Alcoôlica uma afecção frequentemente reversível
(2), e que C0O ei dos pacientes com esta patologia que continuam a beber
desenvolvem cirrose hepática (5)» Consideramos importante fazer o diag»
nôstico de H. A. com a finalidade de orientar adequadamente o paciente
a fim de evitar a evolução para cirrose hepática, a qual nos E.U.À. ê
a quarta causa de morte em adultos (2).
Os aspectos morfológicos da H. A. são definidos por fenômenos de~
generativos dos hepatôcitos com necrose focal, predominante na regiao
centro-lobular, e infiltrado de polimorfonucleares. A esteatose ê co~
_ . :_ - ..,_ _. ø . `_
mum e coexistem varios graus de fiorose e cirrose hepatica, embora a
H. A. possa ocorrer em fígado praticamente normal (5).
Este trabalho tem como objetivo a analise das alterações bioquí-
micas na H. À., abordando os aspectos morfológicos encontrados na bióp-
psia hepática
\
-MATERIAL E MÉTODOS
Foram analisados o\O prontuários do arquivo médico do Hospital de
Caridade de Florianópolis - SC, dos quais foram selecionados la, de a~
cordo com as provas bioquimicas previamente determinadas e com a biôp-
sia hepática que confirma o diagnóstico de Hepatite Àlcoôlica.
l. Eletroforese de proteinas, especificamente albumina, alfa l globuli-
na
9
As provas bioquímicas consideradas como criterio foram:
, alfa 2 globulina, beta globulina, gama globulina, proteinas totais
relaçao albumina/globulina. 2. Gamaglutamiltranspeptidase _ . D7 ,I 4: 5.
Bilerrubina total englobando bilerrubinas direta e indireta
Fosfatase alcalina F Transaminase oxalacêtica 6. Transaminase glutâmico-pirúvica 7. 8. 6
Tempo e atividade de protrombina
Retenção de bromossulfaleina.
Para a computação dos dados foi estabelecido o protocolo anexo,
Nossa amostra de 14 casos foi constituída por 15 pacientes do se-
xo masculino e l do sexo feminino, com idade variando de
RESULTADOS
Í\) 6 a 50 anos
(média de 57 anos), sendo 15 leucodêrmicos e l melanodêrmico.
Dez pacientes eram casados, B solteiros e havia antecedentes de
alcoolismo há mais de 10 anos em todos os casos sendo a ingestão con-
siderada intensa (mais de 500 ml por dia) em lã casos, enquanto que
um casosa ingestão diaria era de É a 5 aperitivos, sem determinar a do-
se real
QUADRO l + Hepatite Alcoôlica: análise de ln casos
quanto à idade e raça.
,__,,...:_...W. V z ._ _. ___' V _ ______ ___`__ __» _: _ _. ...M HQ de casos Idade em anos Raça 1 2 5 ¿,_ 5 '6 7 8 9 BO ll 12 15 14 26 45 EO 48 58 EO 55 56 45 BO 50 58 8 29 ¡\. ¬_ Branea Branca Branca Branca Branca Branca Branca Branca Negra Branca Branca Branca Branca Branca ~= -› _..._...~ GUI 0 4
8
QUADRO 2 ¬ Hepatite Alcoôlica: análise de lu casos
quanto à ingestão de álcool.
NQ de casos Ingestão de álcool
l 2 5 4 25 6 7 8 9 * 10 ll ¡_¡ Í\) 13 I-' 4:- A suspeita de hepz ; › Etilista crônico l-5 aperitivos/d ia há 20 anos
2 cervejas pretas/dia há l5 anos
A l l garrafa de cao ¬ ¬ _ l garrafa de cac l litro de cachaça/dia 4 Etilista inveter
litro de cachaça/dia há 50 anos
haça/dia há l9 anos naça/dia há lš anos :J _(D \ ló anos ado
1 litro de cachaça/dia há 25 anos
Q.. ( D 2 garrafas. ce _. D 93* rveja/dia 12 anos Etilista crônico , 1 Àlcoôlatra ha l5 anos
'Alcoôlatra crônico (500 ml/dia)
5 litros de cachaça/dia há l5 anos
alcoólica part
2;. t+ (0 iu das provas bioquímicas
alteradas e o diagnóstico foi confirmado pela biópsia hepática. Dentre
as 1 provas bioouímicas salientamos _\. a 'amaelutamiltransneptidase O .L .. por if' ser
uma enzima muito sensível, que se eleva nos processos que ocupam espa-
»OO e fazem colestase (1). Seus níveis considerados normais no soro fo~
ram 6 a 28@üUš%àra O homem e 4 a.l8 IU para a mulher (l).
‹ ‹
.
Quanto aos resultados dos exames complementares, a albumina va ~
riou de 1,61 a 5,75 g/dl. A alfa l globulina teve uma variação de 0,05
a 0,75 g/dl e a alfa 2 globulina de O,#5 a l, \) fu g/dl. A beta globulina
foi de 0,81 a l,52 g/dl e gama globulina de 6,61 a 2,66 g/dl. As pro-
_(-I' (D [-1 \ #25 ,GJ U) d. O <_›. .í> }-' U) ' ` tiveram a variação de 5,10 a min ‹.¬›~lf¬1l¬'~~.. ' ¬ “ Í a/ 001 ln fo¬ oe O 5 a lÊ0. -~‹ - Õ V... cz. _._ _ , Co OO g/dl e a relaçao
álbu-Quâneo 2 H
,34 J
na oireta variou de 0,1
casos variando de l7'a 51%.
C- .J . (1 \ 11 ")\ K3 JI' xa (D 9
Foi observada uma hipoalbuminemia (abaixo de 5,0
e houve uma -ipergâmaglobulinemia (acima de
siderodae características de H. A. segundo Galemboe (2).
A bilerrubinemia variou de O6 ig/dl '71 e 9 _ 1 ` Il direi 'V' 9. A coo1'c¬~ l›__J Õ\ c Km U1 LL (D U ._J .J L)0 m `\ ,cz Í-' \_/ em T ce - sos, sendo que em l caso não foi efetuada a eletroforese de proteinas
1' g/dl) em 8 casos con-
mg/dl a 24,62 mg/dl. A bilerrubi-
0,1? a 5,48 me/cl
1 retenção de bromossulfaleína foi realizada em apenas 5 dos lb
1 ¬eoe ou ^to a
_ 1.. ‹_ . _ - ¬ .. \
z 1- , - epe 1 nl 11 1. z1_i1›= me _Q ce- ¿.eU ‹
reta, retenção de bromoeeulfaleina. `
albumina, gama globulina, bilerrubinas iotal, direta e indi-
NQ ee _ ››> _.| W..
u S3
É
ima Gama glob. Biler. toëal BEcaeoe, ,E/dl M 5/dl í ,ngm/d Í me 6 U1H BSP l 2 3,. É. 5 6 7 OO 9 10 ll 12 15 14 ._~z_______" l (I\ š--' OX ON l 2 ~Q \o 5,00 .TJ io -yr 5,75 __52 \_)\ \.› 1,91 8° O0 U1 l _. KN \-J \) ON KN ND Ux (3 2,01 §1š9 O \1 Oo \O c; \ G\ 29” 1,1-` 1,59 1995 2,05 0,61 1,63 \› KN U1 2 1,63 1vN1 -Q l 4:. LW o of o 11,18 2,55 \, 1: C) 2»59 1 \) .ErQ (j`\ 70 TU C) -' 1, Q `\_N .L~' |-1 ‹:5?“ xa Çfi) 4:. ' 2,70 O ul \9v \m \3 1: O\ V zw OO .r LãQ C"\ CA"\ C3 É-J \-› Fx) C\ Km Eb c Ki .r C'-T) _! ,. CO \,, i'-* \.. o_'\ o\ (Í) \O \) O \¿ 1 ...J ON -9 .ä\ " __L r z 5 z- 'sê \»O \_Q W O'\ \z\ l 9,99 `\› \â -e OC O
W
. 1 2,61 2,12 1,10 1,55 0994 0,17 C3 (§\ __: 1,95 of W,,,,,,__,,_. . Q* \., Co ox .c 0/ W...1--_._-¬zz__z-z1_ _ › ;.Q...._i]: ~^^11// `-l /O ___ ¶,_J \O \¡, ¡‹...J f" 17 22 17 Hêdie __, 'a EQ -Q ,__,,,- ___-___ 1 9 5_?_._.,__...ii _ 9 .-.__ ._.,L<Í.ÉÊ...»zz --.:z:z»..-.. kz JT' ()`\ 1 __;Ê¿§ pf :3 ..__.LÍlO
As variaçoes-observadás na gamaglutamiltranspeptidese foram de
76 mU/ml a l.26O mU/ml, estando assim esta enzima elevada nos 15 casos
em que foi dosada, conforme demonstra o Gráfico.l.
12501.
5oo-
-" mU/ml a 450~ z #00- ' ~ 550~ Beol 250~ 'W
\\\
à
\\\\\\l ~ q\\
AÍOIQ/
7
/
//
~/
éläázf//»/¿É??
0 W ' A uz .i ¿; / z/ /C»/C/ 1-' U \,× __" gq \\ O\. 'Q CO \OÊ
I-'O z_z Í' ' 'l CasosGRÁFICO l ~ Hepatite Àlcoôlica: análise de la cases quanto â
gamaglutamiltranspcptidase.
As alteracees da fosfatase alcalina foram observadas em lã casos
variando de 82 a 524 mU/nl, enquanto que em l caso ela esteve dentro
FJ \./ U
dos limites normais (abaixo de 50 mU/Á
GQ .J G O-_
Q» O.
(Ds <'%~ _]
.
A transaminase i nicooxela i (Õ 513
trensaminase glutâmicopirúvica de 6 a 242 mU/ml, sendo que
e
primeiraesteve em niveis mais elevados que a segunda em l§ casos.
+_| f\)
O tempo de protrombina foi de e l5,4 segunõos sendo considere
do aumentado em E casos. A atividade de protrombina variou de C›\ PJ a lOO
estando diminuída em 5 casos.
variou de 21 a 255 mU/ml e a lã lfi l ‹-1 (7. ,zJ 12*
Qicoxalceci O ,CD
miltranspeptidase (GGT), ..¡3
Oo W Ú §`_)mO
QUADRO Q - Hepatiüe Alcoôlica: análise de
- alcalina
orotrombina e atividade de proürombina. V'
___!
/"\Q Ç:> \_/
\:°
casos quonío e fiamo^lUt‹-
trans ninase gluzf -
`
"
(GOT), üransaminsse glutâmico pirúvica (CPm1, teuoo
casos _wU/ml_ _mU[ml_WH fifilml mU/ml M _ seguwdos orotr
' 1....-...l 4"' Í `^ "
i_._...-:,_--- -'JI' _ _ __¬__:_*^' _. /..._í1.;:;_..._,.., _ _ 1 _____fi' ,~~ ______ _, _ '
JQ de GGT FA GOT GPT Tempo orozr Àciv
-1 2 5 LI. 5 6 110 255 76 200 515 52% 7' 1260 8 9 1o 11 12 15 14 ku (Tx Jr 157 167 56% 1...; U3 1 O /_;. \) C/3 \.O ~@ -Q [\) _.1 C) ~Q \J Ó`\ }:-1 -_ r¬ _ / v OQ \O bxN O1) 11.8 521 186 \_O 1:- 82 10 Ch O`\ 55 22 21 76 128 8 L1 FU \J1 \1 ku f\> 100 -Ê ox cn ¬:<` \O 50 1 52 19 6 8 8 16 62 15 24.2 14 55 55 ao V8 55 12,5 E-J \)"1 C) l#97 15,5 15,5 12,0 1550 15,0 14,0 15,2 ? ¬ Õ š;1k ._ l-E-J-Q (ÍI\ Oo
Õ
m 510,76 228,25 89,57 10,09 _ 15,19 35,1 ‹.-.--- ,_--¬-››-‹›._,-,_..\l- .-- sos ( Quadro 5).Fibrose portal foi enconürada
Q
*-3 _:. E5 H:_) z ...I 9 casos, Cl *s ~---- ===- -M fz: zzv ~f;----¬z~-.---- ~ *W--_› , z-zf V» z- - ___,_z__ ._..._.,.1...,..,._¬.-.§~zz_z _ __ _ z _ _ _ _ __ 1- ___.. ___-. _.
Os achados anátomowpaiolôgicos demonstraram esteatoso eo ll casos
e infiltrado portal também em ll casos e, cirrose hepetico em 1 casos
'ado oe po¬1moríonucl »
eres em 7, corpúsculos de Mallory, colestase e edema colwlor em -
CO fx
U0QPO 2 ~ Hcpatlto fllooolica analise histológica me Lesces \ ...z z °_ “_-.»... -W ~ ....--z _- --_¬~.._--›z»~A-- »---'--...w__.__zW _.: Lncidência 0 % ./ Estesâosc bibfose 90rL¬l l-I3 htrado do
E
W E- _| vorjusfiulos cv Nallory Colezte 0 E0010 celulâr Fct »¿¬ âinusoldawNecrose nlàlinfi eúclorosance
fx !-H C7 ¬.› ~ c0n»-cl0oul9:) Ó U)O Ad-pg5§_M_ 4___”_;_ Á! *___ l InfÚlcrJdo portal 1 9 7 6 6 6 Q É 2 ê_ _ à-= -.Í ¬77 -,...,..- -- -»- __? z _ _ _- ~ » _- - ...¬-_. ~... zz_z:¬1,___....-~¬~V z_..: __: ... «Q mà uw «Ã `\_| QO às \fl '\fl 50,28 50300 u CO \"l 02,85 429 \_r\ U1 71 28,57 21 ,qa 10,28 í\› Co lim.- 0 1 ››-~ ---
vz.-D1scUssÃo
A Hepatite alcoólica ê considerada precursora da cirrose hop W* CÍ- ,.1.
_ __ _! _¡_. l__. _ _ ¡_ _/ I ._,_
ca, tem caracteristicas reversiveis e aparece geralmente apos o habito
continuado durante anos da ingestão de bebidas alcoólicas (2).
Nosso trabalho mostrou uma idade media de 5? anos e predomínio da
H. Á. no sexo masculino e na raça branca. Segundo Gonçalves (5) a idade
'¬ ¬ « ~.
__. ‹›' nf. ¬1 WI..-1 ‹ 1» ¬
'
media foi de I." _;
i anos e, 1 CC!5 fl) ,__|
B (D
e da raça branca.
cientes, tendo sido a ingestão considerada intensa. Dos
sedes por Gonçalves (3) havia história
nos em l5 casos e entre 5 e l0 anos em
mente 78
Observamos a presença de alcoolismo de longa data
\5 ow
\J4
mais de 10 anos em l00% dos casos.
acordo com Galambes
dos casos, acomtanhada do hipergamaglo bulinemia=
minuiçao da albumina em ` /'\ '\.› \/ _(.J 9 A hipoalbumineniz ~ /,/ oh dos caso "\1 e 2l,57%. Em nossa amostra S
nte houve .íeconinio do sexo masculino
em todos os pa-
l9 casos anaLi~
de alcoolismo de mais de 10 a-
U casos, periazendo respectiva-
a ingestão de álcool datava de
na nossa amostra aconteceu em 50% dos casos. De
incidência de nipoalbuminemia foi de 50 a 75%
5 ‹_.. - "|‹¬~' cz' C? O 'D .('G._ _ CCL .l-- fx Km ×../ Ú ‹.»f`I Ç.) |_1 <Í (7) Ú)
Em nosso trabalho houve hi-
pergamaglobulinenia em 8 casos perfazendo 57,1%, enquanto Gonçalves en-
controu»a em 50,7% (ÉÊ.
A bilerrubinemia esteve elevada em ll casos dando um nercentual
dê 78,57%. Gonçalves e colaboradores encontraram bilerrubinas acima de
l,5 ng% em 37% dos casos (5). Segundo Galanbos a elevação das bilerru-
binas ocorreu em 60 a 90% dos casos (2).
P-' $-
Dos casos analisados somente 5 possuíam a jrova de retenção de
bronossulfaleina, estando a mesma aurentada en toüos elos. Em 2 cases
tivemos valores acima de 20%. Heitor Rosa äiz que a retencao de brones~
sulfaloína está aumentada devido ao déficit circulatôrio intrahepático
associado a necrose celular. Portanto, quanto maior a retenção de bro-
mossulfaleína (normal: 0 s 9% até 45 minutos; na cirrose os valores es-
Ci'
fl)
2
O acima de 20%), maior ê o índice Q..
culatória (7).
A gamaglutamiltranspeptidase
14
/\ Ç.) Q) T) só foi dosada em l5 casos es-
tando elevada em lOOfl. Foi considerada a prova laboratorial mais expre~
ssiva deste trabalho. Ela e o indicador mais sensível na injúria heyá~
tica pelo álcool (6) sendo, inclusive, segundo Dani mais sensível que
a fosfatase alcalina (l, 1\.
â
z
0 Em 38% dos casos de Levi foi considerada
anormal e houve relação entre a extensão da necrose e os níveis de GGT
(6). Segundo este mesmo autor os niveis de GGT seriam mais elevados no
sexo feminino, o que não foi encontrado em nosso trabalho, tendo sido
inclusive a dosagem mais baixa (?6 md/ml) no único caso do sexo femi-
nino que tivemos. Lafargue considera significativos os niveis superio~
fazendo 92,5%.
A fosfatase
H: fl) rtO
IÍ-3 ;-J (Õ Â) _;
encontrado en 12 casos de nossa àesquisa, per»
res a 90~mU/ml (n), _
ina esteve aumentada em l2 casos e dentro dos li-
mites normais em l caso; dando respectivamente 92,5% e 7,7%. No traba-
trapassando
A transaminase oxalacêtica
comparaçao
taxas normais em l5 a 27% e a maior parte dos pacientes teve taxas
BOOU (2). A
lho de Galambos o aumento da fosfatase alcalina foi de 60 a 30% não ul~
L _ . . .
;Í.)O
'fã CJ.
Q O P3
trirlo do limite superior normal (2).
1-' \.Q Ka» U U1 teve um: N- _^ do /\ CQ O P5 \__z Í' 1 bs (iu P. . CIO \O \.¬ -e
mU/nl do trabalho de Gonçalves (5). Galanbos obteve
:U/ml em
Ç.) (+ O\
esteve elevada em nossa estatistica em 64,23% sendo a
taxa inferior a de Gonçalves que foi de 95% (5). Tivemos 2 casos acima
de 200 mU/ml correspondendo a ln,2Ê%, menor que a incidência de
Gonçal-7
ves que foi de n casos ou 25% (5).
A transamigase glutânico pirúvica (GPT) esteve aumentada em 28,567
dos casos e, en l caso tivemos um aumento acima
mais elevada que a GPT em l5 casos tende estes resultados coincididó^com
a observação de Gonçalves e Leevy (5, 5).
A atividade de protrombina abaixo de 70% ocorreu em 5 casos (2l,n2?).
.Oz co í\› O O U/nl. A GOT foi
No trabalho de Gonçalves 5 casos apresentaram atividade protrombinica
V1 t U
en re 50 e 20%
-. ~.¬¬ .¬' . z ,¬ '- ¬..' .zr--z.. . ‹,¬f.›--'
As lesoes Lociuu is caracteristicas He, ti
distribuiçao zonal da 1 " ~ “ r'\ \)\ \_/ 9 ~ ~
6
E
soa TZ; fa <"!~ (Do exsudato de caráter infla Í) ri-
LÍ
\
H
ilcoôlica sao a
io, a pre~
sença de esteatose e cor;úscules hialinos de Mallory (2). O cerfiúsculo
hialino de Mallory (CHM) não ê patognomõnico de H. À. nem de hejatopa~
tia alcoôlica, mas seu achado associado a infiltrado de polinorfenucle-
Ore » s c e com _ocalizaçao celtrolobL_ar W c«li  vw'< ~1l¬ É e w 5” nulto sugestivo wmv de H. À.
Ho nosso trabalho o (3 foi encontrado em 6 dos L_J _
.ET
/“\ Lz \./ 0
casos (42,85%), en»
quanto Goncalves encontrou~o em l2 casos ou 75% (5). Encontramos estea-
tese em 7@, U1 _\3 ZR dos casos contra lOO% de Gonçal¬os
(5). O infiltrado por- 1~- _
-15
tal esteve presente em ll casos (78,57%), fibrose portal em'9 casos
(6Q,- \) CUW \)`\ infiltrado de polimorfonucleares em 7 casos (50%), colesta«
\/ U /\ ._r;- í\› U O0. \fl ëã ››_/ \-'D
se em 6 casos (42,85%), edema celular em 6 casos ectasia si-
nusoidal em 4 casos (28fl57%), necrose hialina esclerosante em 5 casos
_ cirrose em 5 casos' necrose em 2 casos (l4,23%) e
_ PÔO). /'\ f\) l-' \¶ -fr \_) É-fl \./ \9 .fx _! JI' \J /\ \N \)`| Q . “Q š-J xfi cz -\ \./ 9 OO ¡._J \_§, (J\
adipose em 2 casos ¬ -cá l Gonçalves-relata de infiltrado por «
ON (`
Ç; (`
`c~i
tal, de fibrose portal, lOO% de infiltrado de polimorfonucleares,
(Í,\
.Q <>\ de colestese, 25% de ectasia sinusoidal, 68% de necrose hialina es-
clerosante, 59% de cirrose e lOO% de necrose.(3).
z
C.: O EE' O t-4 Cu É/1 7 O df Q\ 5,; _J. 1. O etanol ê hepat OO coôlica. Ô Ui Cr!
e condiciona o aparecimento da Hepatite Al~
2. O etilismo crônico foi fator preponderante encontrado na análise dos ld casos.
5. Hepatite Alcoôlica ê uma condição prê»cirrôtica.
4. A idade média dos pacientes com hepa
5. Os __ nacientec __" u D do sovo “-~ masculino -__..- toran mais .. ._ L- acometidos L,
(_¡. ...là <-t' (D
6. Houve nredominância da raca branca (02
alcoólica foi 57 anos.
/_\ \.Q Í\) \a Of) 5% Õx \_/ V5 OO \«:= às \/ Q ¿ , . 1 "
7. A gamaglutaniltranspeptidase estava acima dos limites normais nos lí
casos em que foi dosada.
8. A fosfatase alcalina esteve aumentada em 92,5% dos casos analisados.
9. O diagnóstico definitivo de hepatite alcoólica sô pode ser
la biópsia hepática.
H: (D
se, o infiltrado portal e a fibrose portal.
1
z
ito pe~
esteato-Nome:___
c1RRoSE
HEPÁTICA _§EEgiii§_AL¢QQg1o¿
ANEXO Í__ _ ____ _ ___ _Idade:________N9
registro:____
Data internação: Est. civil: Sexo: Cor:
Profíssão:__________ _____ Natural.: Procedência:
Fumo:_ _ ___ _____ _ _____ ___ _.
ExAMEs,coMPLEMENTAREs
' V ' ~^ ' Í ›DATAs _»---_í__.._.--«__ l) Eletroforese pnot. Albumina › Glob. °¿L H ‹›L,zi*'_
II II X Prot¿~toais ~ Relaçao A/G ' Z 1.”, __ _ __ Í Í Í Í Í Í Í ÍÍ ÍÍÍÍ _ _ Í 2) Gama GT ' ` 5) Bilerr, totais `“ 'lí I! - direta t' H _ Í' ` indireta \r~
. A) Fosfatase alcalina›
fm-»_-1-=. ; .:›;.~¿~=__._.'___~i-f-_-z¬.,..,,,`,,.._ _,___._¬:__.._ ,._..__._...._Í_,_,_$___ _ _ _ _ ______Y___m_Í_Í Í_ 5) Gow GPT~_¬
amar 4. _ ___ Í ÍÍÍÍÍ Í ` 6) Tempo de protrombina' Atividade " f t Q I* _ _ AD/N 7) Retençao ~ de BSP 8) Diag.p/
biópsia 9) Outros t \ 1 \ ' 1¬‹
.a ,
:-3
.ÉmL2 C3 -~{ 5: BÍBLIOGRÁF (2
¡,`L',> CQ
l. DANI, Renato et alli. Gastroenterologia. Guanabara Koogan, Rio de
Janeiro, l978, p. 595.. _
V
2.'GALAMBGS, John T. “Hepatitis olconólica“z ln.- El Higado y sus Enfer-
A
P; 501-15
C1 (D 5.: ví- L-Jâ H: .J
.
medddos. Barcelona, Editorial
_,› ._l ._
3. GONÇALVES, Carlos Sandoval et alli. äepatite Àlcoólica -
2 (
19 casos. Arq. Gnstroent; S. Paulo l
peptidase activity. Lo Nouvelle Presse
p. l697-8. -
' '
5. LEEVY, Carrol M. et alli. "Doença hepática
wl D\i ÓQ nico -- . H. A . . _ ricana, Jul, l9?59 p. 909¬9l8. ÉS: o
in a district general hospital. Gut,fl973, 19, 52l-
._J
\o -Q ca Ó
›
ú¬
.: de América do Norte. Doenças do
E-' \¿) \.] tá C3 C* “_ « Mëdicaã OO J \-K' de $`_1 Q.. O bx Ó\ nz 1): 27» l975- *F' ..._ @\ ,CL §...!. Ô ale, 5 (2?), Jul, 19 qlcoolico“. ln.- ,CLO ¡ _. W Ju \ Q .J _.r~
_gado. Ed. Interame
U1N \)'
7. ROSA, Heitor. Cirrose Hepática. Sinopse, Rio de Janeiro, 5 (l):l5-2
4. LAFARGUE, P. Red Value of the determination of gamma glutamyl trans-
76,
6. LEVI, - J. & CHALMERS, D. M. Recognition of alcoholic live? disease
rjâ ¢'¬_, 4- :S «« .,.:.,,_ _ ,¬ ._
ICC
_ _N-Çllam-»TCC UFSCCM
0.1.07UFSC Autor: Ritzmann, Femando
CM
_ Título: Hepatite alcoólica 1 análise biIIIIII |I| II III Il I IIIIIIHIII
E , í972s_o'1141 _ _A¢.2533o2 . . i X' ' Ex.: uFsc Bsccsm -= 1.7 C*=f¬¬-T- «J ¬-«_ «L f ~»-'-' fz' ‹..."`› f-u ä