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Sistemas distribuídos para a monitorização em ambiente industrial

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Academic year: 2021

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João José Poito

Coelho

Sistemas distribuídos para a monitorização em

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João José Poito

Coelho

Sistemas distribuídos para a monitorização em

ambiente industrial

Dissertação apresentada à Universidade de Aveiro para umprimento dos

requisitos ne essários à obtençãodo graude Mestrado emEngenharia

Me- âni a, realizada sob orientação ientí a de José Paulo Oliveira Santos,

Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Me âni a da

(4)
(5)

Presidente/ President Prof. Doutor Vitor Manuel Ferreira dos Santos

ProfessorAsso iadodoDepartamentodeEngenhariaMe âni adaUniversidadede

Aveiro

Vogais /Committee Prof. Doutor José Paulo OliveiraSantos

Professor Auxiliar do Departamento de Engenharia Me âni ada Universidadede

Aveiro(orientador)

Prof. Doutor Pedro Ni olau Faria daFonse a

Professor Auxiliardo Departamentode Ele tróni a, Tele omuni ações e

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AgradeçoàBresimar,aoEng. Ri ardoCarvalho,aoEng. AlexandreFerreira

e espe ialmenteEng. ArmandoCavaleiro,quea ompanhou omeu trabalho

mais de perto, pela oportunidade de desenvolver este trabalho, em que me

foi dado todo o material e apoio ne essário para a realização de um bom

trabalho.

Agradeço a todos os meus amigos,pela amizade e apoio que me

demons-traram ao longo deste trabalho. Em espe ial quero agrade er a todos os

amigos mais hegados, em que foram passados momentos inesque íveis de

grande ompanheirismoao longodo urso.

Porúltimo,agradeço espe ialmenteàminhaMãe,àminha irmã,aoManel,

à Helena e ao Zé pelo apoio onstante, ao longo desta longa aminhada,

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(9)

troladores, Sistemas de ontrolo distribuídos em tempo-real, Sistemas

em-bebidos,Sistemas de manufa tura.

Resumo Nas últimasdé adas tem sidovisível aproliferação dos sistemas

in orpora-dos ou embebidos nas apli ações industriais. Nestes sistemas, o ontrolo

é geralmente distribuído, o que impli a que vários omponentes troquem

informação entre si. Por outro lado, essatro a de informação é suportada

por uma rede de omuni ação que interliga esses mesmos. Devido a

rigo-rosos requisitostemporais,aspe tos omo oproto olo de a essoaomeio,a

velo idadede transmissão, o tamanho das mensagens,serviços de ontrolo

e supervisão da rede apresentam-se de elevadarelevân ia para este tipo de

sistemas.

Na presente dissertação é revelado um estudo de importantes fatores

te nológi os em ambiente CIM e apresentada uma solução de baixo usto

a ser implementada no hão de fábri a, ao nível do ontrolo de sensores e

atuadores. Nesseintuito,foramestudadosum proto oloabertoeumapilha

proto olar open sour e que permitisse es alabilidade, exibilidade e

me a-nismos dedeteção de erros.

Para omprovar o fun ionamento do sistema foi implementado um

de-monstrador representativo om o proto olo de omuni ação proposto, o

CANopen. Este é omposto por dois nós CANopen e por um omputador

(10)
(11)

distributed ontrolsystems,Embedded systems,Manufa turingsystems

Abstra t In the last de ades the proliferation of embedded systems has been visible

in industrial appli ation. The ontrolin these systems is generally

distribu-ted whi h impliesan ex hange of informationbetweenseveral omponents.

Subsequently, the information ex hange is supported by a ommuni ation

network that onne ts allthe respe tive omponents. Dueto rigorous time

requirements, features su h the medium a ess proto ol, bitrate, message

length, ontrolservi esandnetworksupervisionpresentrelevan etothe

dis-tributed systems.

The urrent dissertationpresentsastudy inimportantte hnologi alfa tors

in CIM environment and a low ost solution to be implemented at shop

oor, insensorsand a tuators ontrol level. Inthatsense,itwasstudied an

open proto olandaopensour esta kwhi hallowedmodularity,s alability,

exibility and errordete tionme hanisms.

Toverifythesystem'sperforman e,arepresentativedemonstrator ontaining

the proposed ommuni ation proto ol was implemented. This is

onstitu-ted with twoCANopen nodesand a omputertoanalyze and ongure the

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1 Introdução 1 1.1 Enquadramento eMotivação. . . 1 1.2 Problema . . . 2 1.3 Objetivos . . . 2 1.4 Organização da dissertação . . . 3 1.5 Publi ações ienti as . . . 3 2 Estado da Arte 7 2.1 Históriada evolução dosparadigmas demanufatura . . . 8

2.2 Classi ação dossistemas deprodução . . . 10

2.3 Computer Integrated Manufa turing . . . 11

2.4 Arquiteturas dasComuni ações Industriais. . . 16

2.4.1 Redes deFábri a . . . 17

2.4.2 Redes deCélula. . . 18

2.4.3 Redes deCampo . . . 18

2.5 Arquitetura dosSistemasdeControlo . . . 19

2.5.1 Arquitetura Centralizada . . . 20

2.5.2 Arquitetura Distribuída . . . 21

2.5.3 Arquitetura Centralizada e Distribuída . . . 24

2.6 Sistemasde Controlo Distribuído emTempo-Real . . . 24

3 Redes de omuni ação 27 3.1 Devi eNet . . . 27 3.2 PROFIBUS . . . 29 3.3 Modbus RTU . . . 30 3.4 EtherCAT . . . 32 3.5 Ethernet Powerlink . . . 33 3.6 PROFINET . . . 34 3.7 Modbus/TCP . . . 34 3.8 CANopen . . . 35

3.8.1 Proto olosubja ente CAN. . . 38

3.8.2 Di ionário deObjetose Ele troni Data Sheet . . . 43

3.8.3 Network Management . . . 45

3.8.4 Servi e Data Obje ts . . . 47

3.8.5 Pro ess Data Obje ts . . . 47

3.8.6 Serviço deSin ronização . . . 49

(14)

4 Implementação 53

4.1 Arquitetura daimplementação . . . 53

4.2 MóduloI/O- CANopen . . . 54

4.2.1 Camadafísi a . . . 55

4.2.2 Pilha Proto olar CANopen . . . 57

4.2.3 Hardware . . . 60

4.2.4 Outros omponentes . . . 67

4.3 Interfa egrá a de onguração eanálise . . . 68

4.3.1 Conversor USB-CAN . . . 69 4.3.2 Interfa e Grá a . . . 70 5 Con lusões 77 5.1 Con lusões . . . 77 5.2 Trabalho futuro . . . 79 Bibliograa 81 A Dadospadrão do proto olo CANopen 85 A.1 Camadafísi a . . . 85

A.2 Comuni ation Obje ts . . . 85

A.3 Standardized devi e appli ation proles . . . 86

A.4 Comuni ação SDO . . . 87

A.4.1 Códigodefalha . . . 87

A.4.2 Leitura a elerada . . . 88

A.4.3 Es rita a elerada . . . 89

A.5 Comuni ação PDO . . . 90

A.5.1 Conguração da omuni ação PDO . . . 90

A.6 Des riçãodo serviço emergên ia . . . 91

A.6.1 Códigosde erro . . . 91

A.6.2 Codi açãoda ausade erro . . . 92

B Código de apli ação do PIC32 na Explorer16 93

(15)

3.1 Alguns proto olos eldbus utilizadosno âmbitoindustrial [32℄.. . . 27

3.2 Tabela om astaxasde transmissão e tamanho de rede possíveis no pro-to oloDevi eNet [33℄. . . 28

3.3 Método de arbitragem dea essoao barramento CAN [4 ℄.. . . 41

3.4 Valoresa eitáveis no ampo DLC[33℄. . . 42

3.5 Pro esso de ltragemdo barramento CAN [4 ℄.. . . 43

3.6 Tiposdedados quedenem asentradas do di ionário deobjetos. . . 44

3.7 Estruturagenéri a dodi ionário de objetos CANopen. . . 44

3.8 Comuni ação dependentedosestadosNMT(Adaptado apartir de [41 ℄). . 45

4.1 Des riçãodospinos doMCP2551.. . . 56

4.2 Alinhamento dospinosno one tor 9-pin D-Sub. . . 57

4.3 Tabela omparativa daspilhasproto olaresabordadas. . . 59

4.4 Comparação entreastrês famíliasdo mi ro ontroladores da Mi ro hip. . . 61

4.5 Taxas de transmissão dasrespetivasposiçõesdo rotary swit h . . . 66

4.6 LEDs omtarefasde feedba k sobre a omuni ação.. . . 68

4.7 Tabelados amposque ompõema trama de leituraa elerada SDO. . . . 72

4.8 Tabelados amposque ompõema trama de es ritaa elerada SDO. . . . 72

4.9 Comandos paraalterarosestadosNMT. . . 73

4.10 Entradas dodi ionário de objetospara a onguração da sin ronização. . 73

4.11 Código deestado da mensagemHeartbeat. . . 74

4.12 Entradas dodi ionário de objetospara a onguração do serviço Heartbeat. 74 4.13 Variáveisde uma onguração de transmissão dedados. . . 75

A.1 Re omendações doBit Timing CANopen. . . 85

A.2 Objetosde omuni ação. . . 85

A.3 Tabela omo ospers de equipamento CANopen. . . 86

A.4 Códigos de falhado serviçode transferên ia dedadosSDO. . . 87

A.5 Bytede omando parapedido deleitura. . . 88

A.6 Bytede omando pararesposta aopedidode leituraa elerada. . . 88

A.7 Bytede omando damensagem de es ritaa elerada. . . 89

A.8 Bytede omando para onrmaraes rita. . . 89

A.9 Parâmetros detransmissão PDO. . . 90

A.10Parâmetros dere epção PDO. . . 90

A.11Tiposdetransmissão PDO. . . 90

A.12Des riçãodos ódigos deerro. . . 91

(16)
(17)

2.1 Modeloabstratodo sistemade manufatura(Adaptado apartir de [8℄). . . 7

2.2 Evolução ronográ adosparadigmas de produção.. . . 8

2.3 Evolução dosparadigmas de produção (Adapatado a partir de[7 ℄). . . 9

2.4 ModeloY -S heerdo sistema(Adaptadoa partir de [15℄). . . 12

2.5 Sistema detransporte dematerial AGV [18 ℄. . . 14

2.6 Sistema dearmazenamento e re uperação automáti a [19℄. . . 15

2.7 Modelohierárqui o dossistemasde fabri oautomatizados. . . 17

2.8 Camadas domodelo EPA (Adaptado apartir de [24℄). . . 19

2.9 Sistema de ontrolo. . . 19

2.10 Sistema de ontrolo entralizado. . . 20

2.11 Sistema de ontrolo distribuído. . . 21

2.12 Diagramadeblo osdetalhadodeumsistemade ontrolodistribuído (Adap-tadoa partir de [24℄). . . 22

2.13 Representaçãotemporaldotempoentreaamostragemeaatuação (Adap-tadoa partir de [24℄). . . 23

3.1 Esquema da omuni ação Devi eNet. . . 29

3.2 Esquema de fun ionamento do proto olo PROFIBUS (Adaptadoa partir [35℄). . . 30

3.3 Pilha proto olar do PROFIBUS[34 ℄. . . 30

3.4 Estruturada mensagem MODBUS-RTU.. . . 31

3.5 Trama EtherCAT (Adaptadoa partir [38℄). . . 33

3.6 CANopen eo modelode referên ia OSI(Adaptadoa partir de[41 ℄). . . . 37

3.7 Des riçãodo proto olo CANopen (Adaptado apartir de [42℄). . . 37

3.8 Níveis detensão do barramento CAN. . . 39

3.9 Segmentosda mensagemCAN [45 ℄. . . 39

3.10 Formato de umatrama de dadospadrão. . . 41

3.11 Formato de umatrama estendida.. . . 42

3.12 Esquema da omuni ação NMT(Adaptadoa partir de [42℄). . . 45

3.13 Estados NMT. . . 46

3.14 Esquema de omuni ação SDO(Adaptadoa partir de [42 ℄). . . 47

3.15 Esquema de omuni ação PDO(Adaptado apartir de [42℄). . . 48

3.16 Conguração doserviço de omuni ação de tempo ríti o. . . 48

3.17 Esquema doserviço de sin ronização(Adaptado apartir de [42℄). . . 49

3.18 Esquema temporalda mensagem desin ronização (Adaptado a partir de [41℄). . . 50

(18)

4.1 Arquitetura global dasolução para o sistemapretendido. . . 54

4.2 Componentesprin ipais deumnó. . . 55

4.3 Trans eiver deAlta Velo idade Compatível. . . 55

4.4 Esquema elétri o dotrans eiver [49℄. . . 57

4.5 Esquema daarquitetura domóduloI/O. . . 60

4.6 Hardwareutilizado parao nó. . . 60

4.7 Diagrama da arquiteturageral doPIC32. . . 62

4.8 Grá o obtido experimentalmente de duasPWMssobrepostas. . . 65

4.9 Fotograa dosrotary swit hs. . . 66

4.10 Ilustração dainformação apresentadapelo LCD. . . 67

4.11 Interfa eentre o omputador eo barramento. . . 69

4.12 Fotograa do sistemadesenvolvido. . . 70

4.13 Gestão dodi ionário de objetos.. . . 71

4.14 Estruturada mensagem NMT. . . 72

4.15 Gestão e onguraçõesda redeCANopen. . . 73

A.1 Formato da mensagem depedidode leitura deforma a elerada . . . 88

A.2 Formato da mensagem derespostaao pedidode leiturade formaa elerada 88 A.3 Comuni ação SDO:Formato dasmensagem de es ritaa elerada . . . 89

A.4 Comuni ação SDO:Formato da mensagem de onrmação dees rita . . . 89

C.1 Esquema dospinosdo mi ro ontroladorPIC32MX795F512L. . . 99

(19)

ADC Analog-to-Digital Converter

ADU Appli ation Data Unit

AGV Automati Guided Vehi le

AS/RS Automated Storage/Retrieval System

CAD Computer Aided Design

CAE Computer Aided Engineer

CAM Computer Aided Manufa turing

CAN Controller Area Network

CAP Computer Aided Planning

CAQ Computer Aided Quality

CiA CAN in Automation

CIM Computer Integrated Manufa turing

CIP Common Industrial Proto ol

CNC Controlo Numéri oComputorizado

COB-ID Communi ation Obje t Identier

CRC Cy li Redundan y Che k

CSMA/NBA Carrier Sense MultipleA ess with Non-destru tive BitwiseArbitration

DLL Dynami Link Library

DNC Dire t Numeri al Control

DS Draft Standard

DR Draft Re ommendation

EDS Ele troni Data Sheet

(20)

EtherCAT Ethernet Control AutomationTe nhonogy

FIFO First In,FirstOut

HMI Human Ma hine Interfa e

I/O Input/Output

ISO International Organization for Standardization

JIT Just in Time

LCD Liquid CrystalDisplay

LED Light EmittingDiode

MAC Medium A ess Control

NMT Network Management

OSI Open SystemsInter onne tion

PDO Pro ess Data Obje ts

PDU Proto ol Data Unit

PNO Probus User Organization

PPC Produ tion Planning and Control

PROFIBUS PRO essField BUS

PROFINET PRO ess Field NET

PWM Pulse Width Modulation

RAM Random A essMemory

ROM ReadOnly Memory

SCADA Supervisory Control andData A quisition

SDO Servi e Data Obje ts

SPI Serial Peripheral Interfa e

TDMA Time Division Multiple A ess

TCP/IP TransmissionControl Proto ol/Internet Proto ol

TT Time-Triggered

Tq Time-quantum

USB Universal Serial Bus

WIP Work in Pro ess

(21)
(22)
(23)

Introdução

1.1 Enquadramento e Motivação

Atémeados doanos70,ossistemas de ontrolo automáti o omputorizado baseavam-se

emarquiteturas entralizadas, que onsistiamnum omputadoraexe utarum i lo

in-nito de umalgoritmode ontrolo que apli ava determinadas atuações apartir de dados

sensoriais. Contudo, já na altura, eram indi ados ertosin onvenientes omo a elevada

ablagem eo elevadoesforço omputa ional, umavez quetodososdispositivosestavam

ligados aumaunidade entral depro essamento [1℄.

A pressão e onómi a e a legislação laboral e ambiental mais restritiva onduziram

a que a indústria re orresse a sistemas om melhores níveis de automatização numa

perspe tiva de melhorar o ontrolo de qualidade de pro essos e produtos e também de

reduzir ustos. Com o passar do tempo os problemas das arquiteturas entralizadas

tornaram-se ada vez mais evidentes. Por essa razão, surgiram ossistemas de ontrolo

distribuídos,umasoluçãoquesebaseianadistribuiçãodefun ionalidadesdosistemapor

várias unidades pro essadoras interligadasentresi por umaredede omuni ação [1℄.

O aumento da integração eletróni a permitiu onstruir nós om dimensões

reduzi-das, om interfa e Input/Output (I/O) e uma ou mais interfa es de omuni ação. As

reduzidas dimensões permitiram que estas pudessem ser olo adas dentro dos próprios

sistemas a ontrolar, dando origem aos sistemas de ontrolo distribuídos e embebidos.

Este pro esso de implementar um sistema de ontrolo no interior do próprio sistema a

ontrolar, surge emapli açõesdesde o ontrolo de umautomóvel, de umavião, de

má-quinas ferramentas, de robs, de instrumentação médi a, ou até mesmo ao ontrolo de

experiên ias emlaboratórios.

Ossistemasde ontrolo distribuídoa arretamvantagens omoadiminuiçãodos

us-tos de ablagem, melhor utilização de re ursos, omposição dos sistemas por módulos,

fa ilidade de re onguração e diagnósti o. Contudo, impli a que vários omponentes

troquem informação entre si. Essa informação é geralmente tro ada re orrendo a uma

rede de omuni ação que interliga todos os omponentes intervenientes no sistema de

ontrolo. Este tipo de implementação pode por isso trazer problemas omo o

apare i-mento deatrasosintroduzidos namalha pelo pro essode omuni ação, oque degradao

(24)

1.2 Problema

A res ente ompetitividade e globalização do mer ado obrigam a novos desaos e

no-vos on eitos para os sistemasde produção, omvista ao aumento da suaexibilidade,

modularidade, adaptabilidade, apa idade de ooperação ede integração. A integração

dos re ursos fabris, o suporte dosuxos de informação na instalação fabril omo forma

de aumentar a produtividade e a exibilidade são elementos essen iais para o aumento

da ompetitividade dasempresase a haveparao seusu esso. Todavia,agrande

diver-sidade deproto olosde omuni açãoedeequipamentosfabrisdi ultam essaintegração

e aumentam os ustosde produção dasempresas.

As omuni ações industriais têm requisitos diferentes para os vários níveis do

pro- esso industrial. As apli ações industriais usadas no hão da fábri a ontêm ada vez

maiselementos omsistemasin orporadosouembebidos. Nonívelemqueeste trabalho

in ide, um dosrequisitosprin ipais passa pela suapre isão temporal, umavez que este

tipode redesgeralmente sãodimensionadospara partilhardadosnumaredede

omuni- ação, om umnúmero de nós signi ativo,que por vezes ontrolam pro essos ríti os,

onde falhas podem resultar em onsequên ias imensuráveis. No desenvolvimento de

sis-temasdistribuídoséfundamentalapresentarem apa idades omoarápidaadaptaçãoàs

mudanças, maior robustez e a fá il integração para ontrariar prin ipalmente a rigidez

de algumasarquiteturas de ontrolo sema apa idade de resposta dinâmi a.

O ontrolo implementadodeumaformadistribuída, poderáa arretar atrasos

asso i-ados à omuni ação da informação de ontrolo, devido à transmissão de dados, a erros

e omissões. A questão sobre a pre isão temporal asso iada a umarede partilhada é

di-fí il de ser assegurada quando se trata de transmitir informação de ontrolo neste tipo

de redes. O proto olo de a esso ao meio, a velo idade de transmissão, o tamanho da

mensagem e quantidade de tráfego na rede são ondi ionantes, om um peso relevante

no atraso temporal entre o instante em que é amostrado um pro esso e o instante em

queé apli adoo ontrolo nesse mesmopro esso.

Tendo em onta que os atrasos podem ser inuen iados pelo proto olo de

omuni- ação utilizado e pela sobre arga da rede, nos sistemas de tempo-real, estes aspe tos

ganhammaiorimportân ia,umavezquesenãoforemsatisfeitasassuasne essidadesde

pre isãotemporal,quernos ál ulosquer nas omuni ações,a qualidadedodesempenho

do ontrolo do sistema é omprometida. Por exemplo, um sistema que tenha a função

de ontrolar a posição de um braçorobóti o, ertasordens terão de ser dadasa tempo,

paraevitar onsequên ias om ustosimensuráveis.

1.3 Objetivos

No âmbito desta dissertação, serão estudados importantes fatoreste nológi os para

de-senvolver uma solução parti ular para uma implementação em ambiente Computer

In-tegrated Manufa turing (CIM) para os sistemas integrados de produção. O objetivo

prin ipal passa pela implementação de uma rede industrial, parainterligar dispositivos

I/O, que seja ável, de baixo usto, que não esteja dependente do seu posi ionamento

(25)

Nessesentido, osseguintes objetivosdeverãoserrealizados:

ˆ Levantamento do estado de arte: Em que serão abordados aspetos importantes

sobre omodelo CIMealgumas redesde omuni ação em ambienteindustrial;

ˆ Denir umarede de ampoapósrealizadas algumas omparações;

ˆ Implementar osmódulos I/O omumproto olo de omuni ação es olhido.

ˆ Desenvolverumainterfa e quepermitaqueo utilizador seja apazde efetuar

dife-rentes ongurações;

Amdeatingirosníveisdesejadosdeexibilidadeeagilidade,aimplementaçãodeve

ser apazde umprirosseguintesrequisitos:

ˆ Modularidade: A atribuição de diferentes funções a módulos espe í os torna o

sistemaespe ializado e es alável;

ˆ Reduzir o esforço de programação: O ato de reprogramar sistemas inteiros em

ordemparalidar omasmudançasdeproduçãoouaadiçãoouremoçãode

ompo-nentespodesermuitodemorada edispendiosa. Assim,umdosprin ipaisobjetivos

é terumsistema ompou a ounenhumane essidade de reprogramação, tro ando

todo otrabalho para onguração, no qualserá maisfá il emaisrápido;

ˆ Possua apa idadesparainteragir omoutrosproto olosmaisutilizadoparaníveis

superiores.

1.4 Organização da dissertação

A dissertaçãoestá organizadaem5 apítulos:

ˆ No apítulo2éapresentadooestadodeartequeabordaossistemasdemanufatura

e o paradigma CIM. Em virtude da abordagem à produção em ambiente CIM

são des ritas ara terísti as gerais sobre as redes de omuni ação industrias e os

sistemas de ontrolo.

ˆ No apítulo 3 são apresentados alguns proto olos de omuni ação industriais em

que sãomen ionadas asprin ipais ara terísti as geraisde ada um. O proto olo

CANopenédes ritoemmaispormenor,umavezqueserviudesuportenarealização

deste trabalho.

ˆ No apítulo 4é justi ada ases olhasrealizadas naimplementação e des reveem

detalhe alguns pormenores sobre osnós riadose da interfa e desenvolvida paraa

onguração dosrespetivosnós.

ˆ No apítulo 5 são apresentadas as on lusões relativas ao trabalho desenvolvido e

algumassugestõesparatrabalho futuro.

1.5 Publi ações ienti as

De seguida serão apresentados alguns estudos desenvolvidos no âmbito de dissertações

(26)

O autor [1 ℄ apresenta uma ontribuição teóri a nas redes de omuni ação em

siste-masde ontrolodistribuídos,impulsionadaporestessistemaspossuíremelevadalatên ia

quando omparada oma orrespondentelatên ia numsistemanão distribuído,no qual

é induzida pela redee poderá ausar degradação do desempenho e estabilidadedo

on-trolo. Oseuestudoé fo adonasredesde omuni ação baseadas embarramento elétri o

série om meio partilhado, nos aspe tos da arquitetura fun ional, nos paradigmas de

disparo das omuni ações e nos proto olos Medium A ess Control (MAC ). Através de

uma ferramenta de simulação TrueTime, o autor simulou modelos simples de sistemas

distribuídos de ontrolo,quepermitiramanalisaro efeitode latên iainduzidopelarede,

sobinuên iadeváriospadrõesdetráfegoedeváriosproto olosdea essoaomeioMAC.

Oautor[2℄napro uradeumasolução inovadora,versátil,e onómi a,de alto

desem-penho e fá il utilização no âmbito da domóti a des reve a implementação de umarede

domóti a baseada nasredes Ethernet e CANopen. Asua implementação passapor

uti-lizar uma redeController Area Network (CAN)/CANopen omo barramento de ampo

para ligar sensores a umarede entral, on ebendo umpequeno sistema de iluminação

utilizando sensores e atuadores usados em Domóti a e o gateway CANopen-Ethernet

implementado. Des reve algunsdossensores utilizados, omo:

ˆ BinaryInput; ˆ BinaryOutput; ˆ Analog Input; ˆ Analog Output; ˆ Dimmer; ˆ Detetor deMovimento; ˆ Detetor dePresença; ˆ Painéisde Controlo; ˆ Detetoresde Humidade; ˆ Sensor de Luz; ˆ Sensoresde Temperatura; ˆ Controlo deTemperatura;

ˆ Medidor deConsumo Elétri o;

ˆ Orbiters.

Como trabalho futurofaz referên ia aoportedapilha proto olar CANopenutilizada no

omputador apartir do "CAN Festival"para osmi ro ontroladores.

O autor [3 ℄ analisou a interligação de uma rede do tipo Fieldbus, vo a ionada para

o nível mais baixo da hierarquia CIM, numa infraestrutura global de omuni ações

in-dustriais. Oobjetivo do autorpassou por permitir aintegração, emambienteCIM,das

fun ionalidadeseatividades obertasporessetipoderedes,quesãoespe ialmente

vo a- ionadas para apli açõesde tempo ríti o. Apresentaumestudo realizadono âmbitoda

produção integrada por omputador, os uxos de informação emambiente CIMe redes

de omuni ação paraosníveis inferioresdahierarquia CIM.

O autor [4℄ apresenta um trabalho que tem por base um sistema om um nó

on-trolador responsável por re eber informação do nó sensor, pro essar essa informação e

(27)

tenhaumdeterminado omportamento. Onó ontroladornestetrabalho usaté ni asde

ontrolo digital, nomeadamente ontrolo adaptativo, sistema apaz de modi ar o seu

omportamentoemrespostaavariaçõesdinâmi asdopro essoa ontrolarouavariações

do ponto de fun ionamento do pro esso, implementado num mi ro ontrolador de baixo

usto, tendo omo suporte o barramento CAN. Apresenta um estudo bené o para o

levantamento realizado sobreo proto olo CAN.

Os autores [5℄ apresentam um artigo útil para a introdução ao estudo dos sistemas

de produção. Apresenta umestudo sobreosparadigmasde manufatura,tiposde

produ-ção, requisitosfuturos dossistemasde produção, arquiteturas lássi asparasistemasde

(28)
(29)

Estado da Arte

Aprodução onsistenopro essodetransformaçãoque onvertematéria-primaou

produ-tos semi-a abados emprodutos nais om valor no mer ado. Os produtos são

transfor-mados apartir do trabalho manual, dasmáquinas,ferramentas eenergia. Este pro esso

pode ser de omposto emvários passosaté serobtido o produto nal. Os passos

indivi-duais sãodenidos omooperaçõesde produção [6℄.

Asempresasilustradas podemserdivididas emdoistipos. Empresasde manufatura

quesãotipi amenteidenti adaspelaproduçãodeartigosdis retos, omoo asodos

au-tomóveis, omputadores, máquinas-ferramentas e o omponentes que asintegram.

Em-presasde pro essamento queestão rela ionadas om umpro esso de produção ontínua

omoo asodaproduçãode energia,papel, omida, materiaisde onstrução, quími ose

plásti os[7℄.

As estratégias organiza ionais que denem as diretrizes de produção, tais omo, o

tipode produção eo planode produção alongo oumédio prazo, sãoinuen iadas

prin- ipalmentepelapro urae pelas perturbações externas(vergura2.1).

Figura2.1: Modelo abstratodosistemade manufatura (Adaptadoa partir de [8℄).

Osresultadosdopro essode produção sãoosprodutosa abadosqueserãoentregues

ao mer ado dea ordo om asexigên ias dos liente. Tendo em onta a vida útil de um

(30)

de planeamento e ontrolo, que passa pela possibilidade de serem apresentadas ações

orretivasaolongodotempo,podeserumaaspetoful ralparaosu essodeumaempresa.

2.1 História da evolução dos paradigmas de manufatura

Oambientefabrilen ontra-seem onstanteadaptaçãoàsexigên iasdos lientes,inovando

desta forma om ainformatização e te nologiasde automação (vergura 2.2e2.3).

Figura2.2: Evolução ronográ a dosparadigmas deprodução.

Antes do sé ulo XX, predominava a produção do tipo artesanal, em que o trabalho

erarealizadoportrabalhadoresespe ializados. Arevoluçãoindustrialfoiumpassomuito

importante para a evolução dossistemas de produção e por onsequente introdução de

novostiposdeprodução, omeçando porajudar aprodução artesanalatéàprodução de

produtos quemuitodi ilmente seriampossíveis artesanalmente.

Mesmono mundo automóvel, em1896, Ford onstruiu artesanalmenteo seu

quadri- i lo, assim hamado devido aos seus pneus estreitos, pare idos aos de uma bi i leta.

Nesta épo a a maioria dos arros eram onstruídos emquantidadeslimitadas, seguindo

umtipode produção artesanal. Essa seriaumadasrazõespara quea empresa de

auto-móveis de Ford não tivesse êxito. Todavia, mais tarde, reentra no negó io e, em 1908,

a Ford lança no mer ado dos Estados Unidos, o modelo T. Com base nas teorias de

Taylor,o on eitodeproduçãoemmassa, araterizada pelaproduçãodomesmoproduto

em larga es ala, utilizando uma linha de montagem rígida, mudando o paradigma da

existên ia de pequenaso inas ompessoalaltamente espe ializado para,grandes áreas

de trabalho, om equipamento espe ializado e deelevado usto[7 ℄.

A introdução da linha de montagem de produção, em média o i lo de trabalho de

montagem, ou seja, o tempo que o operador trabalha, antes de repetir a mesma tarefa,

foireduzida de 514 minutos para2,3minutos[9℄.

O modelo de produção em massa requer estabilidade e ontrolo das variáveis de

entrada,dosmer adosedaforçadetrabalho. Masapartirdosanos70,estesparâmetros

tornaram-se mais instáveis devido às utuações e onómi as, ao aumento do poder do

onsumidor, àhomogeneidade do mer ado e om aglobalização dosmer ados.

Aprodução emmassaidealizada por Ford foiin apaz de tratar asvariaçõesno tipo

deproduto. Asempresaspre isavamdesetornaremmais ompetitivas, amde umprir

asexigên iasdomer adoparaareduçãodepreços,melhorqualidadedoproduto,reduzir

o tempo de entrega e diversi ar a oferta. Por isso, a rigidez da produção em massa,

(31)

OJust in Time (JIT )foiuma losoa degestão deoperações, introduzida por uma

empresa japonesa, a Toyota Motor In , supervisionado pelo engenheiro- hefe Tai hii

Ohno, depoisdeterestudadoomodeloFord[9℄. Estalosoa onsisteemteromaterial

erto no lugar erto,na hora erta,eliminando desta forma,asexistên ias eusando um

ontrolo muito simples. Produzir em JIT requer um uxo ontínuo de materiais e de

informação oordenados de a ordo om umsistemapull, a trabalhar omum tempo de

i lopróximo aodo takt time,umtempo de i loque édenido emfunção da pro ura.

Muitasempresas,espe ialmentenorte-ameri anas, estudaramo sistemade produção

da Toyota, utilizando omobaseo on eitolean produ tion,noqual oobjetivo prin ipal

era eliminar o desperdí io em todas as atividades, onseguindo fabri ar produtos om

menor tempodeprojeto,menoresexistên ias,melhorqualidadee omreduzidostempos

de onguração.

Nadé adade80,muitas empresas pro uraram desenvolverparadigmasete nologias

à pro ura da exibilidade. Porém, nos anos 90, foram desaados pela ne essidade de

aumentar a agilidade. Amanufatura ágil, introduzida pelo Instituto Ia o a na

Univer-sidade de Lehigh, onsiste na apa idade do sistemaseadaptar de umamaneira rápida

e rentávela mudanças ontínuase inesperadas no ambientede produção [10 ℄.

Figura2.3: Evoluçãodosparadigmas de produção (Adapatadoa partir de [7℄).

O impa to da agilidade na manufatura, no projeto do produto, no rela ionamento

om lientes,bem omonaproduçãotemsidoexpressoporquatroprin ípiossubja entes

[11 ℄: dar valor ao liente, apa idade de reagir a alterações, o valor do onhe imento

humanoe ashabilidades e apa idade de onstruir par erias virtuais. Ostrês primeiros

prin ípios podem ser en ontrados no paradigma do lean produ tion, o quarto prin ípio

faz a diferença entre a lean manufa turing da manufatura ágil: na manufatura ágil as

empresas formam alianças temporárias om outras empresas, até mesmo on orrentes,

parareagirasituaçõesinesperadas, ombenefí iosmútuospara ambasasempresas [10℄.

Nosdiasdehoje,os on eitosdelean manufa turing edemanufaturaágilpodemser

bené os paraas empresas que ome em do zero oupara empresas in apazesde

supor-taremgrandes ris osnan eiros. Ambossebaseiamnoprin ípiodeforne erprodutosde

alta qualidadee de baixo usto om omínimo de desperdí io.

Com o onstante aumento da pro ura de produtos ada vez mais personalizados a

baixos preços no mer ado, surgiu o on eitos mass ustomisation [12℄. A mass

usto-misation requer bons níveis de exibilidade e agilidade, utilizando pro essosexíveis, a

(32)

diversosprodutospersonalizados.

Esteúltimoparadigmamen ionadopodeserumaboaabordagemparaosdiasdehoje,

vistoqueasempresasoperam adavezmaisemambientesmaisexigenteseimprevisíveis.

E estas novas abordagens podem não ser sinónimo de obter produtos mais aros aos

obtidos, por exemplo, pelaprodução emmassa.

2.2 Classi ação dos sistemas de produção

Os sistemas deprodução podemser lassi ados dea ordo omo layout de produção e

volume de produção [7 ℄.

A lassi ação realizadade a ordo om olayout deumsistemade produção,

orres-pondeà lassi açãodo sistemadeprodução dea ordo omadisposiçãodasinstalações

físi as. Nasindústrias de produção, de itens dis retos, é possívelen ontrar três layouts

de produção prin ipais: xed position, produ tow layout e pro ess layout.

Noesquemadaxed position,oprodutonãomudadeposição,devidoaoseutamanho

e peso, por issosão osoperadores easmáquinas ase adaptaremao produto.

No esquema do produ t ow layout, o equipamento está disposto numa linha de

produção, demaneiraa minimizar otempo de transporte entre máquinas. Otransporte

pode ser realizado manualmente, através de transportadores automáti os, robs e por

Automati Guided Vehi le (AGV). Este layout apresenta baixos tempos de transporte

e um simples sistema de planeamento e ontrolo de produção. Mas apresenta pou a

exibilidade na mudança do produto e requer um investimento elevado, ao dupli ar o

equipamento na linhade produção.

Noesquema depro esslayout, asmáquinassão agrupadasde a ordo omo pro esso

defabri o. Destaforma adaprodutopodeterasuasequên iadeoperações. Estelayout

éadequadoparaobat hprodu tiontype,poisapresentaexibilidadeebaixoinvestimento.

No entanto, apresenta baixa e iên ia no transporte de material e maior omplexidade

no sistemade planeamento e ontrolo de produção.

Os sistemas de produção lassi ados de a ordo om o volume de produção podem

ser divididosemtrês ve tores[6℄: job shop,produção em loteseprodução emmassa.

No asodo jobshop, sãoproduzidaspequenasquantidadese geralmente omgrande

variedade de produtos. Por isso, o material utilizado para este tipo de produção deve

ser exível e deve suportar grande variedade de produtos. A produção de

máquinas--ferramentas, moldese aviõessão algunsdosexemplosdeste tipo de produção.

Aprodução emlotes orrespondeà produção de quantidadesmédias domesmo

pro-duto, naqual têm umapro uraregular. Geralmente oequipamento utilizado neste tipo

de produção é on ebidoparater taxasdeprodução elevadas. Épossívelen ontrar este

tipode produção nafabri ação deequipamentos eletróni ose de móveis.

Aprodução em massaestárela ionada om aprodução espe ializada aum pequeno

númerode produtos, omvelo idades de produção elevadas. Como oobjetivo passapor

terelevadasvelo idades deprodução,oequipamentoea plantadafábri a sãodedi ados

àprodução deumdeterminado produto. Estetipode produção éutilizada,porexemplo

(33)

2.3 Computer Integrated Manufa turing

O paradigma CIM onsiste na integração das atividades da empresa, rela ionadas om

a produção, de te nologias de informação, omo base de dados, que permita a tro a e

partilha dedados [13℄.

Paraumaempresa onseguirresponderaosdesaosdomer ado,temqueadotarmeios

quepermitam,nãosótratare ientementetodaainformaçãone essáriaàsuaoperação,

omo tambémdisponibilizar essainformação. Por exemplo, quandoumaempresa

apre-senta uma base de dados para ada departamento, torna-se ompli ada a transferên ia

de dados. A m de eliminar o tempo de transferên ia de dados, este on eito propõe

uma base de dados omum. Desta forma, os diferentes se tores, omo o de marketing,

design e planeamento de sistemas,vão seaproximar.

Éfundamentalinterligar todososníveisdeumaempresa,demodoatomaras

melho-res medidas,para quesepossamaumentara produtividade e oslu ros. Por isso,é ada

vez maisimportante omodo omo ouxodeinformação éplaneado eimplementado. O

desaodeproduzirdeforma ágil, omgrandeexibilidade,baixo ustoealtaqualidade,

exige que toda a informação envolva todos os intervenientes que ne essitem, de forma

simplese imediata, emtempo-real [14℄.

Como é ilustrado na gura 2.4, o modelo Y representa a integração de várias

ati-vidades organizativas e té ni as, ligadas e oordenadas, num ambiente de produção,

atravésde umsistemade informação totalmenteintegrado. Asatividades organizativas

orrespondem ao planeamento, gestão e ontrolo de produção. As atividades té ni as

referem-seao ComputerAided Design (CAD), ComputerAidedManufa turing (CAM),

Computer Aided Planning (CAP), Computer Aided Engineer (CAE) eComputer Aided

Quality (CAQ )[15℄.

No lado esquerdo do modelo estão as atividades de planeamento e ontrolo da

pro-dução, enquanto do ladodireito estão asatividades té ni as de engenharia e produção.

Na parte superior do modelo estão situadas as atividades relativas ao planeamento e

na parte inferior a se ção da implementação, onde são in luídas as atividades

respon-sáveis pelo ontrolo da produção. No meio do modelo Y são representadas a base de

dados que alimenta o uxo de informaçõesdo sistemas, por exemplo om, dados sobre

osequipamento, níveis de existên iaselistas de materiais[15 ℄.

Asatividadesopera ionaisestãorela ionadas omoProdu tionPlanningandControl

(PPC). Este orresponde àsatividadesdesde queérealizada umaen omenda,passando

pelaestimativa de ustos epeloplaneamento deprodução, om ajustamento da

apa i-dade,seforne essário, atéàgestãodemateriais, lançamento dasordensde ompra ede

produção. Oestadodasordensdeproduçãoé ontroladoapartirdare olha dedadosda

planta fabril. Por suavez,estesdadospermitem ontrolarquantidades defabri o, usto

e tempos deoperação.

Produ tion Planning and Control

Paraenfrentaras res entesexigên iasdos onsumidores, oPPCéumelemento de isivo

naestratégiadasempresasparaenfrentaras res entesexigên iaspelamelhorqualidade,

maiordiversidade de produtose produtosnais mais onáveis. Éum elemento entral

na estrutura de um sistema de manufatura, fundamental para garantir a e iên ia e a

(34)

Figura2.4: Modelo Y- S heerdo sistema(Adaptadoa partir de[15℄).

O PPC é baseado num onjunto de funções inter-rela ionadas, para omandar o

pro esso produtivo e oordená-lo om osvários se tores administrativosda empresa. A

suaintegração dependedotipodeindústria,dimensãoe,asváriasestruturas naempresa

em questão[17 ℄.

A prioridade é queo PPCseja umsistemade apoioà produção, que omande e

o-ordeneo pro essoprodutivo,fundamentalpara umpriro planeamento eaprogramação

dospro essos de maneirae az, paraassim satisfazerosrequisitosde tempo,qualidade

e quantidadesdo sistemaprodutivo.

Computer Aided Planning

O planeamento é um pro esso importante omo elo de ligação entre o projeto e

pro-dução. É muito importante o plano de trabalhos desde o estado ini ial até ao estado

naldo produto. Aferramenta CAP vêmpor issoauxiliaràelaboração dasequên ia de

operações, omoopro essamento,montagem einspeção,ne essáriasparaaproduçãodo

produto. É também de referir que esta fase tem omo base as espe i ações feitas no

desenhoté ni o, porque ara terísti as omo aspropriedades dosmateriaisetolerân ias

podem serinuentes neste plano.

Osprin ipaispassosda elaboração doplano dopro esso são:

ˆ seleçãoda matéria-prima;

ˆ determinação dasequên ia de operações;

ˆ seleçãodo tipo de máquinasque exe utam asoperações;

(35)

ˆ a essórios eequipamentosde inspeção;

ˆ determinação deparâmetros de produção (velo idadede orte,avanço,et .);

ˆ determinação de tempos de fabri ação (tempo para a preparação, tempo de

pro- essamento,tempo demaquinagem).

Computer Aided Design

Opro esso de desenhopodeser divididonas seguintes fases[15 ℄:

ˆ Con eção;

ˆ Desenvolvimento;

ˆ Detalhe.

A fasede on eção orresponde àanálise e avaliaçãode várias soluçõese propostas.

Nafasededesenvolvimentoassoluçõessãoavaliadas,porexemplo,atravésda onstrução

deprotótipos. Por m,afasededetalhe orrespondeàrepresentação eespe i açãodas

peças. Nesta última fasejáé realizada apreparação dasinstruçõesparaa produção.

Atravésda ferramenta CAD todo estepro esso de desenho pode sair bene iado. O

CAD tem omo base oseditores grá os, onstituídos por um onjunto de rotinas que,

permitema riaçãoe manipulação deimagens ompostas omo auxíliodo omputador.

A sua utilização permite riar, atualizar e do umentar umprojeto. O tempo de

desen-volvimento diminui ea qualidade émelhorada. Por isso, éevidente queesta ferramenta

visao aumento da produtividade de on eçãodo projeto.

Computer Aided Engineering

OCAEéumaferramenta que omplementa oCAD,poisbaseia-sena onstruçãoe teste

deprotótipos,anívelde software e,permiteavaliaraexequibilidadee fun ionalidadedo

produto, umavez queforne e ferramentas omputa ionais de análiseme âni a,

inemá-ti a e deelementos nitos.

Aanálise realizadaatravésdestaferramenta aprimoraa qualidadedo produto,visto

queveri a seoproduto obede eàs ara terísti as me âni as e estruturaisexigidas.

Computer Aided Manufa turing

A omponenteCAMrefere-seao ontroloinformatizadodetransporte,armazenamentoe

dasmáquinasdeprodução. Tantoaprodução autónoma omoasformasorganiza ionais

paraa produção exíveis podemser abordadas através destaatividade.

Asmáquinas de ontrolo numéri o foram um dosprimeiros passos dados na

produ-ção assistida por omputador. As máquinas de ontrolo numéri o surgiram, nos anos

inquenta, depois de uma demonstração bem su edida no Instituto de Te nologia de

Massa husetts. O uso das máquinas de ontrolo numéri o permitiu melhorar

substan- ialmente a qualidade e repetibilidade dos produtos produzidos. Por isso, nos anos 70,

surgem as máquinas-ferramentas om Controlo Numéri o Computorizado (CNC ). As

máquinas CNCequipadas omsistemasautomáti os dealimentaçãode peças, armazém

de ferramentas e tro a de ferramentas automáti a, apazes de exe utar interpolações e

ompensações dasdimensõesdas ferramentas, permitiram diminuir ostemposnão

(36)

automati amente programas de maquinagem, pois a elaboração manual de programas

é uma tarefa que pode dar muito trabalho e ser sus etível a erros humanos. A riação

automáti adosprogramas, apartirdeopós-pro essador onguradoparaamáquinaem

questão,veioreduzirotempode on epçãodeumprograma,mastambémapossibilidade

de analisar melhorasestratégiasde maquinagemutilizadas.

Aintrodução dosrobspermitiu o aumento daprodutividade, darobustez, da

velo- idade e da resistên ia a ambientes adversos. Há muitas denições paraos robs, omo

adenição realizadapeloInstitutoAmeri anodeRobóti a,quedene "orob é um

ma-nipulador multi-fun ional, programável, projetado para mover materiais, omponentes,

ferramentas oudispositivosespe iais atravésdemovimentos programáveis variáveis para

a exe ução de uma variedade de tarefas". Na indústria, em geral, é apli adona pitura,

soldadura, montagem ou emoperaçõesde manuseamento de material.

Ossistemas de produção automatizados podemser otimizados seo forne imento de

ferramentas, peçase materiais de produção tambémfor automáti o. O AGV, ilustrado

pela gura 2.5, é um sistema de transporte de material inteligente, exível e versátil.

Alimentadoa partir de baterias e, ontrolado por mi ropro essador, onsegue-se mover

numa trajetória pré-denida. É apaz de se moverem todas asdireções, para arregar

ou des arregar automati amente materiais, mesmoemambienteshostis.

Figura2.5: Sistemade transportede material AGV[18 ℄.

Um Automated Storage/Retrieval System (AS/RS ) é vo a ionado para armazenar

temporariamente materiais, atravésde dispositivosautomáti ose geridoporte nologias

deinformação,semintervençãohumana. Estessistemassãoamplamenteutilizados,para

armazenarmatérias-primas,peçasintermediárias,produtosa abados,ferramentas,peças

para re uperar e peças não onformes. Apresenta-se omo umaboa solução de

armaze-namento,vistoque,otimizaoespaçodearmazenamento,porquepodeterumaestrutura

om elevada altura e om orredores estreitos. Também a nível superior, o sistema de

ontrolodeproduçãoébene iado,poisforne einformações, omoasexistên iasedatas

de forne imento no sistema, evita ruturas e possibilita uma gestão em tempo-real (ver

gura2.6).

Um entrodepro essamentoédenidoporumamáquina om ontrolonuméri o, om

tro a de ferramenta automáti a equepodelidar oma exe uçãodevárias operaçõesde

trabalho numpro esso ontínuo. Opro esso demaquinagempodeser onsiderado omo

um exemplo lássi ode um entro de pro essamento. Os entros de pro essamento são

(37)

muito omplexas,mesmo emníveisde produção depequeno porte. Integração de várias

operaçõespermite queotempo depro essamento sejabemreduzido [15℄.

Figura2.6: Sistemade armazenamento e re uperação automáti a [19℄.

Uma élulade fabri oexível onsiste emmáquinasautomatizadas, omumsistema

de armazenamento intermédio e uma estação de arregamento e de aperto automáti o.

Pode onterfunções omputorizadasamde propor ionaro ontrolo daferramenta,

va-riáveisespe iaisemonitoramentoemtempo-real. Assim,uma éluladeproduçãoexível

é omposta por váriasmáquinas-ferramentas ontroladasnumeri amente, quepode

pro- essar automati amente partes de produção similares durante um período prolongado.

Se a aquisiçãoea deposição de peçasde produçãotambém for automatizado,as élulas

de produção,em seguida,sãoexíveis[15 ℄.

O sistema de produção exível onsiste num sistema de pro essamento, em que o

sistema de uxo de materiais e o sistemade uxo de informação, estão interligados

en-tre si. Através de programas de ontrolo, o omputador assume o transporte de peças

de produção e das ferramentas, bem omo o forne imento às instalações de produção.

A sequên ia de operações pode ser exível, uma vez que o transporte não se baseia

numa ordem espe í a de pistas da máquina. Uma vez que as estações de

pro essa-mento são forne idas om programas de ontrolo numéri o, a partir do omputador de

ontrolo do sistema de produção exível, isto pode ser interpretado omo um sistema

Dire tNumeri alControl (DNC). Asestaçõesdepro essamentoindividuaissãoemgeral

(38)

Computer Aided Quality Assuran e

Cada vez mais ossistemas de veri ação dasempresas de produção são automatizados,

porexemplo, omsensoresesistemasdevisão,eoplaneamentodopro essodeveri ação

apoiado por sistemas informáti os. Os pro edimentos de teste podem ser apresentados

atravésda estatísti a epesquisasparaplanear operaçõesde ontrolo dequalidade.

Asquestõesde qualidadee ontrolo a ompanham opro esso desde averi ação dos

materiais de entrada, o ontrolo de qualidade do pro esso de produção e, o ontrolo do

produto nal. Segundo [15℄, a des oberta tardia de qualquer erro pode levar a grandes

ustos, ou por outras palavras, a garantia da qualidade pode onstituir até 50% dos

ustosde produção.

Vantagens

Asprin ipais vantagens doparadigma CIMpodemserlistadas omo [13;20 ℄:

ˆ Aumento da produtividade: a eliminação da redundân ia de informação onduza

umamelhor gestãoe ontrolo dosre ursos, ommelhorias arondar os40a 70%;

ˆ Aumento daexibilidade: umavezqueainformaçãoépartilhadaépossívelterum

ontrolodes entralizado,oquelevaamelhorararapidezderespostaaperturbações

externas einternas;

ˆ Aumento da qualidade: a integração de sistemas automatizados reduz o número

de falhas, uma vez que a informação nun a é dupli ada. Com o sistema CIM é

possívelaumentar2 a5 vezes aqualidade doproduto;

ˆ Redução do tempo do projeto: umavez quea informação do desenho do produto

é partilhada por todasasequipas responsáveis, onsegue-se obterumaredução na

ordem dos15 a30%no tempode desenhono projeto;

ˆ Workin Pro ess (WIP): este tipo degestão integrada permite umareduçãode 30

a 60%do trabalho emprogresso.

2.4 Arquiteturas das Comuni ações Industriais

OCIMenglobatodasasatividadesnossistemasdefabri o,nãosóasoperaçõesdefabri o,

omo a oordenação e ooperaçãoentre osdiferentessubsistemas. As omuni ações são

umaspetoimportante, umavez queasatividadesdefabri odesenvolvidas,emambiente

CIM,traduzem-seessen ialmentepelatransferên ia,armazenamentoepro essamentode

informação. Outro fator a ter em onta passa pela heterogeneidade do ambiente fabril,

no que to a aos equipamentos, por isso é importante denir normas nos sistemas de

omuni ação.

As omuni ações requerem infraestrutura té ni as, omo o software e o hardware, e

regras que ondi ionem aspe tosté ni osefun ionais, omoosproto olos. É

fundamen-tal que estastenham apa idade de tornar a informação de uma lo alização geográ a

a essível para outra e, por outro lado, om apa idade de transferir informação de um

ponto para o outro omeventual ne essidade de armazenamento de informação por

pe-ríodosdenidos ouindenidos detempo.

Segundo a International Organization for Standardization (ISO ), os sistemas de

(39)

seja referente àsindústrias de fabri o dis reto, o modelo, ilustrados na gura 2.7, pode

também serapli adoao ontrolo depro essos [3 ℄.

Figura2.7: Modelohierárqui o dossistemasde fabri o automatizados.

Adivisãoemdistintosníveisébaseada, entreoutrosaspe tos,nostiposdeatividades

realizadasnasempresas,egeralmente,nautilizaçãodediferentestiposderedesde

omu-ni ação nosdiferentes níveis. A partirdeste modelo osuxos de informação podemser

mais per etíveis. Os uxos verti ais orrespondem aos uxos entre entidades de níveis

hierárqui os adja entes e os uxos de informação horizontais aos uxos entre entidades

do mesmonível.

Nasáreas dotopo da pirâmide,rela ionadas omo planeamento ou oma

engenha-ria de on eção, as omuni ações devem satisfazer tro as om grandes quantidades de

informação, nasquais têmde serpro essadas duranteperíodosrelativamentebaixos.

Osníveisinferiores dahierarquia geralmentetro ampequenasquantidadesde

infor-mação,quene essitamserpro essadasdeformarápida, porqueabaixonívelsão

ontro-lados pro essos industriais de tempo ríti o. Este tipo de transações tem normalmente

umaperiodi idade í li a efrequên ia relativamente elevada.

Asredesparaosníveismaisbaixosdahierarquiadasredesde omuni açãosão

desig-nadaspor redesde ampo ou eldbus,que sãobasi amente vo a ionadas parainterligar

sensores,atuadores e ontroladores.

Asatividades rela ionadas omo ontrolo do pro esso industrial estão intimamente

ligadas à estrutura de omuni ações que lhes serve de suporte. Daí surge também a

adoção de um modelo hierárqui o para a arquitetura de omuni ações. A estrutura de

ontrolopodevariaremnúmerodeníveis,entrequatroeseis,masaoníveldaarquitetura

de omuni açõesé usualestar dividido emtrês.

Di ilmenteseria apazdeexistirumaúni aredede omuni ação apazdesatisfazer

osrequisitosne essáriosparaastro asdeinformaçãoexistentesnumambienteindustrial,

devido às distintas ara terísti as que o ambiente pode ter. Nos níveis inferiores da

hierarquia CIM,podemser abordadas diferentessoluções.

2.4.1 Redes de Fábri a

As redes de fábri a são vo a ionadas para os níveis superiores da hierarquia da

(40)

pro esso e demateriais e asáreasde engenharianan eira e omer ial.

O uxo de informações arateriza-se essen ialmente para os níveis inferiores, nas

ordens de fabri o e nasinformações asso iadas ao seu es alonamento. E para osníveis

superiores, relativas aoestado dasordens de fabri o, àqualidade do pro esso produtivo

e aospedidosde aquisiçãode materiaise re ursos.

Por isso,asredes defábri adistinguem-sepelofa tode teremde apresentar

ara te-rísti asquepermitam umelevado uxodeinformação semrequisitostemporais ríti os.

2.4.2 Redes de Célula

Asredes de élulapro uram satisfazerasne essidades intermédiasdahierarquia. Como

foi men ionada anteriormente, uma élula agrupa um onjunto de equipamentos que

ooperampara a exe uçãode umatarefa.

Aeste nívelpretende-se orrespondera atividades omo o es alonamento, o

sequen- iamento,exe uçãodetarefas,re olhadosdadosdaqualidadedeproduçãoere olha dos

dados relativosaodesempenho dosequipamentos onstituintes de uma élula.

Estas redes sãopretendidas para transferirparaníveis des endentesinformação que

podem onter, porexemplo,ordensde exe uçãodeoperaçõesouprogramas de ontrolo,

e emsentido as endente devemdisponibilizar informação sobre a evolução e resultados

dasoperações exe utadas.

Por isso, este nívelapresenta uxos de informação de volume intermédio om

requi-sitosde tempoexigentes, masquepodemnãoser ríti os.

2.4.3 Redes de Campo

As redes de ampo apresentam ara terísti as vo a ionadas para o ontrolo direto do

pro esso industrial, nomeadamente a exe ução de algoritmos de ontrolo, nos

equipa-mentos oudispositivosqueatuamsi amente nopro esso dosprodutosaoperar. Desta

forma, a interfa e om o pro esso é realizada através de sensores e atuadores, em que

alguns podemapresentar apa idades de pro essamento omplexas.

Aeste nívelosuxos deinformação apresentam, por isso, umreduzido volume,mas

om requisitostemporais ríti os.

Omodelode referên ia Open SystemsInter onne tion (OSI ) servede basepara

des- reveraarquitetura on eptualde umsistemade omuni ação genéri o. Masem

apli a-ções de tempo-realos re ursos omo a apa idade de pro essamento e a quantidade de

memória por vezessãolimitados. Como édesejáveltambémamenor latên iapossível,o

modelo de referên ia OSImuitas vezes não é totalmente implementado, podendo

desig-nar aestaimplementação par ial,representada pelagura2.8, deEnha ed Performan e

Ar hite ture EPA [21 ; 22 ℄.

A amada físi a é responsável pela odi ação, des odi ação e temporização dos

bits, pela sin ronização e pelas ara terísti as físi as do barramento, omo a topologia

da rede, o anal físi outilizado paraa omuni ação, a taxa de transmissão, o tamanho

máximo do barramento, o número máximo de nós que podem ser ligadas à rede e a

imunidadeàsinterferên ias eletromagnéti as [23 ℄.

A amada da ligaçãode dados o upa-se da transferên ia de informação entre vários

pontosdarede,en apsulando/desen apsulandoainformaçãosobaformadetramas,pelo

(41)

A amada de apli ação sele iona os serviços om as funções apropriadas para ada

umadasapli ações[24 ℄.

Existemdiferentestiposdetopologiaspossíveisparaasinfra-estruturasde

omuni a-ção de tempo-real emsistemasdistribuídos: barramento, estrela,anel, malha ouárvore,

ontudo asmaisutilizadas emsistemas de tempo-realsão astopologias embarramento

e emanel[25; 26℄.

Figura2.8: Camadasdo modeloEPA (Adaptadoa partir de [24℄).

2.5 Arquitetura dos Sistemas de Controlo

A res ente des entralização ao níveldasfunçõesde ontrolo e a res ente utilizaçãode

dispositivosinteligentesbaseados emmi ropro essadoresoumi ro ontroladores, riaram

ondiçõesne essárias paraodesenvolvimento dasredes de ampo.

Umsistemade ontrolotemumpapelrelevanteparaofun ionamento orretoeseguro

de umpro esso industrialde qualquer natureza. Independentemente da omplexidade e

dimensãodopro essoindustrialem ausa,estepodeserde ompostoemtrêssubsistemas,

omoérepresentadopelagura2.9: pro esso ontrolado, ontroladoreoperadorhumano.

Figura2.9: Sistema de ontrolo.

O ontroladoréumequipamentointermediário, umavezqueinterageatravésdeduas

interfa es distintas om osoutros doissubsistemas.

Ainterfa e queinterage omo pro esso ontrolado,denida omo ainterfa e de

ins-trumentação, onsiste num onjunto de sensores e atuadoresque transformam ossinais

físi os do pro esso ontrolado emsinais om ara terísti as apropriadaspara serem

(42)

uma quantidade físi a e apaz de a onverter num sinalmensurável por um utilizador.

Os sensores podemser de vários tipos, desde sensores detemperatura, humidade,

lumi-nosidade, pressão,entreoutros. Os sensores sãopor issoum omponenteimportantena

malha de ontrolo,vistoquepermitequeo ontrolador onheçaoestado dosistema. Na

sua ausên iaqualquer tipode ontrolo por realimentação seriaimpossível ser realizado.

O atuador é um elemento da malha de ontrolo que pretende ontrolar o sistema. A

sualo alizaçãofísi a é muitoimportante, tendo muitas vezes de seguirrequisitos muito

espe í os, atravésde me anismosme âni os, pneumáti oou elétri os.

Ainterfa e que interage omo operador humano, denida omo ainterfa e

homem--máquina ouHuman Ma hineInterfa e (HMI), onsistenum onjuntodedispositivosde

entrada e saída, que permitem a interação om um operador humano. Esta interação

tipi amente realiza-se ao nível da denição dos parâmetros do pro esso e da supervisão

da respetiva evolução. Muitas vezes deve ser olo ada num lo al remoto do sistema a

ontrolar, omo,porexemplo,emfábri asondesãomuitasvezes entralizadasem entros

de omando,para umagestão global simpli ada.

Basi amente, o ontrolador é responsávelpor ontrolara evolução do pro esso

atra-vés da exe ução de um algoritmo de ontrolo adequado, a partir do pro essamento da

informaçãooriundadainterfa edeinstrumentaçãoedaHMI. Pararealizarestasfunções

o ontroladordispõe deumaestruturafun ional,baseadanautilizaçãode equipamentos

adequadosao pro esso em ausa, quesuporta aexe uçãodo algoritmo de ontrolo.

2.5.1 Arquitetura Centralizada

A arquitetura omum nossistemas deautomação industrial ede ontrolo eraa

entrali-zada, até aos anos80. Como é apresentada pela gura 2.10, a arquitetura entralizada

onsistenumponto entralondetodoopro essamento de ontroloérealizadoeondesão

idealizados todosos omandos paraseremapli ados aopro esso [23 ℄.

Figura2.10: Sistemade ontrolo entralizado.

Otipodetopologiaemestrelaa arretaalgumasimpli idade,porqueainformaçãoestá

entralizada e é sin ronamente oordenada por apenasuma unidade pro essadora. Mas

algumas in onveniên ias podem serlevantadas, umavez que ossensorese/ou atuadores

podem estardispersos,originando algunsproblemas omo [23℄:

ˆ Umagrande on entração de ablagemjunto do ontrolador, omosproblemas de

atravan amento inerentes, resultandoem di uldadedeinstalação e manutenção;

ˆ Uma extensão poten ialmente muito grande da ablagem total, om um elevado

(43)

ˆ Sensibilidadeaoruído,muitoemparteporqueamaioriadastransmissõesI/Oeram

analógi as.

Estetipode arquiteturaapresentatambémbaixa abilidade, umaavariadaunidade

entral omprometeriaofun ionamento detodoo onjunto. Estein onvenientepodeser

ríti o,sepelanaturezaou ondi ionantee onómi anãosejaa eitávelquepossao orrer

uma interrupção do pro esso. O número de entradas e saídas estão limitadas, tendo

em onta, que um possível aumento do sistema possa originar mais pro essamento, de

tal formaque aunidade entral possa não terre ursos su ientesparapro essar todaa

informação [27℄.

2.5.2 Arquitetura Distribuída

Problemas omo alguns men ionados na arquitetura entralizada impulsionaram outras

soluções, omo os sistemas de ontrolo distribuído. Várias funções de ontrolo, omo

o ál ulo e a supervisão podem estar distribuídos pelos vários elementos do sistema,

normalmente designados nósou nodos.

Figura2.11: Sistema de ontrolo distribuído.

Agura2.11, lari aque adanótemautonomiadepro essamentoe adaumdestes

elementosfaz interfa e omopro essoatravésdosrespetivos omponentesde I/Oe om

osrestantesnósdo sistemaatravésde umsistemade omuni ação. Apenasé ne essário

um analde omuni ação omumatodosparainterligá-los,masdestaformaéne essário

que haja um sistema de omuni ação que suporte todas as tro as de informação entre

osvários nós eque garanta o bomfun ionamento do onjunto, omníveis de segurança

a eitáveis paraquea informação nãoseja adulteradae hegue íntegra ao seudestino.

Oalgoritmode ontrolo já nãoseexe uta apenasnumaúni aunidade ontroladora,

onde é relativamente fá il sin ronizar todas as atividades desempenhadas. Passa a ser

ompostopormúltiplosprogramasquerequeremsin ronizaçãoe omuni açãoadequadas.

Apesar desta arquitetura apresentar simpli ação da ablagem, a omplexidade da

suaimplementaçãoémaior, ontudoapresentaoutrasvantagens, omoamaiorliberdade

ao res imento do sistema, ao nível da apa idade de pro essamento e da omuni ação.

(44)

haja apa idade de omuni ação disponível. Se a apa idade de omuni ação  ar

es-gotada, a solução passa pela des entralização do pro essamento da informação, riando

módulos ompro essamentosindependentes, demaneiraaqueainformação ir ulepelas

vias de omuni ação, omuns a todosos módulos, para que a informação seja re ebida

por todos, e estes as utilizem em função das suas ne essidades. Quando se riam

mó-dulos espe ializados num determinado tipo de pro essamento, ada um deles faz o seu

pro essamento independente e ao mesmotempodosrestantes módulos[1℄.

Generi amente quando se trata de sistemas de ontrolo distribuído poderão advir

ertasvantagens omo [1℄:

ˆ Otimização de re ursos: Numa apli ação distribuída é inerente um tipo de

pro- essamento paralelo, otimizando assim a gestão de tempos e re ursos. Com a

apa idade de ál ulo de ada nó, a informação re olhida poderá ser tratada, ao

linearizar e digitalizar a informação, para  ar menos sus eptível a erros durante

umatransmissão e diminuira quantidade de informaçãotransportada narede;

ˆ Modularidade: A apa idade de pro essamento dosnóspossibilita que

fun ionali-dadesespe í assejamatribuídas a adanó. Aointerligar osváriosnósatravésde

uma rede onduz a uma estruturação mais modular e, onsequentemente, menos

omplexa,bene iandodestaformanamanutençãoenaevoluçãodestessistemas;

ˆ Cablagem: O uso de uma rede partilhada torna a ablagem mais simples e om

maisvantagens. Por exemplo, numsistemabaseado num barramento de ampo,é

possívelfazer ir ularumnúmero elevado desinaisdiferentes sobreo mesmomeio

geralmente omum abo omdois ouquatro ondutores;

ˆ Es alabilidade: Esta ara terísti a indi a a habilidade de manipular uma porção

res ente detrabalho, deformauniforme, ouestar preparadoparaadi ionarnovos

elementos;

ˆ Tolerân ia a falhas: Os sistemas de ontrolo distribuído onseguem repli ar o

mesmo programaem vários nós riando umaredundân ia espa ial. Assimse uma

dasrépli as falhar outrapoderáa substituir;

ˆ Partilhadedados: Comoainformação nãoestá entralizada,a redepropor ionaa

fa ilidade napartilha de informação.

Figura2.12: Diagramadeblo osdetalhadodeumsistemade ontrolodistribuído

(45)

A gura2.12, apresenta o diagrama de blo os detalhado de umsistema de ontrolo

distribuído, assim omo os tempos de pro essamento e de omuni ação asso iados ao

seu fun ionamento. Odiagrama lari aa proveniên ia de possíveisatrasos quepodem

estar asso iados tanto ao pro essamento das tarefas em ada nó omo à utilização do

barramento. Épossívelidenti arosatrasosquemedeiamentreoinstantedeamostragem

eoinstantedeatuação. Essesatrasossãodedoistipos: tempodepro essamentointerno

em adaumdosnós, omo

tps

,

tpc

,

tpa

,eotempointroduzidopelome anismode ontrolo

do a essoaobarramento, omo

t

b

. Essesatrasoslevamaque existain erteza quanto ao

instantedeatuaçãosobreosistema. Podetambémexistirin ertezaemrelaçãoaoinstante

de amostragem,dependendodomodo omoéfeita aativaçãodatarefaresponsávelpela

mesma.

Otempode a essoaobarramento depende dométodode ontrolo de a essoao meio

espe í o de ada barramento, do tipo de tráfego e dos me anismos de es alonamento

utilizados [24 ;28 ℄.

Figura2.13: Representação temporal dotempo entre aamostragem ea atuação

(Adap-tadoa partirde [24 ℄).

A gura 2.13, apresenta os tempos envolvidos entre o instante de amostragem e o

instantedeatuaçãopara ada i lode ontrolo. Operíododeamostragemérepresentado

por

h

. As setas para ima e para baixo representam, respetivamente, o instante de

amostragem e o instantede atuação. Através dessa imagem fa ilmentese pode deduzir

otempoentreaamostragemea atuação,sabendo queesteévariável, de i lopara i lo

de ontrolo,e originandopor issoin ertezano instantede atuação:

t

sa

= tsc

+ tca

(2.1)

Essa in ertezaé designada,neste ontexto,por jitter. Podem-se obteroutras expressões

mais pormenorizadas para

t

sa

. Basta omparar a gura 2.13 om a gura 2.12 para se

obterem asexpressões:

t

sc

= t

ps

+ t

b

(2.2)

t

ca

= t

pc

+ t

b

+ t

pa

(2.3)

O valor de

t

sa

varia onsoante o tráfego presente no barramento e o me anismo de

(46)

2.5.3 Arquitetura Centralizada e Distribuída

Em termos on eptuais,osaspe tosque mais ontrastam aarquitetura distribuída om

a entralizada são:

ˆ A apli açãode sistemade omuni ação partilhado;

ˆ O barramento de ampo, que permite introduzir uma grande simpli ação de

a-blagem e redução dorespetivo usto;

ˆ A distribuiçãodo algoritmode ontrolo, oqual pode serdividido emvárias partes

que exe utamparalelamente em ada umdosnós;

A informação re olhida deve ser a mais ompleta, orretae atual sobre o estado do

pro esso, para que o ontrolo seja realizado de forma mais e az quer em termos da

qualidade do ontrolo.

A integração e apli ação em larga es alarequer umaarquitetura adequada que

sus-tenteasinteraçõesne essáriasà on retizaçãodosobjetivosglobaisdosistema. A

arqui-tetura dos sistemas deautomação industrial e de ontrolo tem vindo a evoluir ao longo

dostempos,havendohojeum larodomíniodasarquiteturasdistribuídas,asquais

apre-sentam inúmeros benefí ios relativamente às arquiteturas mais antigas, baseadas num

modelo entralizado de ontrolo e operação.

2.6 Sistemas de Controlo Distribuído em Tempo-Real

Osavançoste nológi osaliados omdiminuiçãodos ustosdeimplementaçãofa ilitaram

a introdução dos sistemas de ontrolo de tempo-real distribuídos. Hoje em dia, este

tipodesistemasestão presentesemdispositivosqueinteragem omoquotidiano deuma

forma direta, mas pelo o fa tode serem in orporadas faz om queos utilizadores nais

não tenham muitas vezes ons iên ia dasuaimportân ia,ou mesmo dasuaexistên ia.

Um sistema designa-se por tempo-real quando a orreção do seu omportamento

depende não sódo valornal resultanteda suaação mas também doinstante temporal

emqueessevaloré produzido. Ossistemasdetempo-realpodem lassi ar-sedea ordo

om otipo de restriçõestemporais, emhard ou soft [29 ℄.

Umsistema de tempo-real é do tipo hard se a produção do resultado para além do

instante temporal imposto pela deadline pode originar falhas atastró as na operação

do sistema ou no ambiente em que este se insere. Neste tipo de sistemas a falha

pro-duzida pode ter onsequên ias fatais, omo por exemplo, no aso de uma passagem de

nível automáti a. Se a an ela não for fe hada dentro de um período de tempo bem

determinado após a deteção da aproximação do omboio pode dar-se um a idente que

pode resultar naperdade vidas[24℄.

Seporoutroladoodeadlinepudersero asionalmenteultrapassado, omperdado

de-sempenho do sistema mas sem onsequên ias desastrosas, então o sistema de

tempo-real diz-se do tipo soft. Um exemplo típi o, são as apli ações multimédia, omo

por exemplo,ostreaming de vídeo [24℄.

Para que os sistemas de ontrolo estejam distribuídos, o meio de omuni ação tem

de apresentar elevados níveis de rendimento e abilidade ne essários para este tipo de

apli ações. Deve garantir o transporte da informação dentro de um intervalo de tempo

Referências

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