uN|vERs|DADE
FEDERAL DE
sANTA
cA`TAR|NA
E
cENTRo
sÓc|o
EcoNô|v||co
cuRso
DE
GRADUAÇÃD
EM
c|ÊNc|As
EcoNô|v||cAs
PERFIL
DA EMPRESA
TRANSPORTADORA
DE
CARGA
INADIMPLENTE
Monografia
submetida
ao Departamento de
CiênciasEconômicas
paraobtenção de
carga horáriana
disciplinaCNM
5420
-
Monografia
Por:
Guilherme Costa
_Orientador: Prof°:
Roberto Meurer
Área de
Pesquisa:Economia
FinanceiraPalavras
Chave:
inadimplência, transportadora, crédito.CENTRO
SÓCIO
ECONÔMICO
›-a Á A
N
CURSO
DE
GRADUAÇAO
EM
CIENCIAS
ECONOMICAS
PERFIL
DA
EMPRESA
TRANSPORTADORA
DE
CARGA
INADIMPLENTE
A
Banca
Examinadora resolveu atribuir a nota §,Q ao aluno Guilherme Costa nadisciplina
CNM
5420
-
Monografia, pela apresentação deste trabalho.Banca
Examinadora:
lãiltiz/WW
Orientador: Prof°:
Roberto Meurer
Prof°.:
Rogério
Grohnertdos
Sfitof
I/
uN|vERs|DADE
FEDERAL DE
sANTA
cATAR|NA
cENTRo
sócio
EcoNôM|co
cuRso
DE
GRADUAÇÃO
EM
c|ÊNc|AsEcoNô|v||cAs
N
PERFIL
DA
EMPRESA
TRANSPORTADORA
DE
CARGA
INADIMPLENTE
Monografia
submetidaao
Departamentode
CiênciasEconômicas
para obtençãode
carga horária na disciplinaCNM
5420
-
Monografia
`Por: Guilherme Costa
Orientador: Prof°: Roberto Meurer
Área
de
Pesquisa:Economia
FinanceiraPalavras Chave: inadimplência, transportadora, crédito.
pelo
amor
dedicado
em
todos
osmomentos
e
principalmente nosde
dificuldades.AGRADECIMENTOS
Agradeço
primeiramente aomeus
pais por todo investimento despendido, pelo incentivo, por todo carinho,amor
e educaçãoque
refleteno que
sou hoje.Agradeço
aDeus
por terme
iluminadoem
todos osmomentos.
Agradeço
aomeu
amor
Carolina por tercompreendido
osmomentos
de ausência.Agradeço
ao Prof°.: Sérgiode
OliveiraRamos
por compartilharseus conhecimentos de estatística.
Agradeço
aomeu
Orientador Prof°. RobertoMeurer
por tercompartilhado seus conhecimentos, e principalmente por ter
me
feito despertarpara os princípios
da
moralidade eda
éticaque
são fundamentais na formaçãode
|.|sTA
DE
TABELAS
... _. |.|sTADE
ANExos
... ..v ue|.ossÁR|o
... _.Resumo
... _. 1|NTRoouçAo
... .. 1.1DEFINIÇAO
DO PROBLEMA
... .. 1.2OBJETIVOS
... .. 1.2.1 Objetivo geral ... .. 1.2.2 Objetivos específicos ... .. 1.3METODOLOGIA
... ._ 2.REFERENCIAL
TEÓRICO
... _. 2.1CRÉDITO
BANCÁRIO
... _. 2.1.1 Avaliaçãode
crédito ... ..2.1.2 Risco, incerteza e retorno ... _.
3.
s|sTEMA
BANcÁR|o
... ._3.1
BANcos
coMERc|A|s
... _.3.2
os BANcos
co|v|ERc|A|sNo coNTExTo
NAc|oNAL
... ..3.3
os BANcos
DE
INVESTIMENTO
... _.3.4
os BANcos
Mú|_T|P|_os ... ._3.5
INSTITUIÇAO
FINANCEIRA.
... _.3.6
MODALIDADE DE
FINANCIAMENTOS
... ..3.6.1 Leasing (ou Arrendamento Mercantil) ... ..
3.6.2
FINAME
-
Agência Especialde
Financiamento Industrial ... ..n n n n ¡ . u I : n u n n n n n u n n n ¡ - ¡ n n n ¡ ¡ u un VII IX
X
i×:›i×›i×›Ni×›-›4
8 9 11 13 13 13 14 15 16 16 18 193.6.3 Crédito Direto
ao Consumidor
-
CDC
... ..214.
PERFIL
DO
INADIMPLENTE
... ..244.1
IDADE
DA EMPRESA
NA DATA
DA
CONCESSÃO DO
CRÉDITO
... ..241 _.
4.2COMPROMETIMENTO
DO FATURAMENTO
MEDIO
MENSAL
EM RELAÇAO
AO
DESEMBOLSO MENSAL
TOTAL
... ..254.3RESTRIÇÃO
DE CRÉDITO JUNTO
À SERASA
(Centralização de serviços dos bancos S.A) ... ..264.4
PONTUALIDADE
NA SOLVÊNCIA DAS OBRIGAÇÕES
FINANCEIRAS
... ..274.5
DEiv|oNsTRAT|vos
F|NANcEiRos
... ... ..294.ô|DADE
MED|A
DA
FROTA
... __; ... ..3o4.7GRAu
DE
oNERAÇÃo
DA
FRDTA
... ..314.aPRAzo
Dos
i=iNANc|A|v|ENTos ... ..s2 4.9PERCENTUAL DE
ENTRADA
No
i=|NANc|A|viENTo. ... ..335
ANÁi.|sE
EsTATísT|cA
Dos
DADos
... ..355.1.
REsuLTADo
Dos
TESTES
... ..375.1.1 Comentários ... ..38
6
coNcLusÃo
... ..391.
REFERÊNCIAS
B|BL|oGRÁF|cAs
... ..41ANExos
... ..43TABELA
1 - Distribuição da frotade caminhões
por idade ... ..< ... _.TABELA
2-
Idade média da frotade caminhões que
trafegamem
estradasbrasileiras ... _.
TABELA
3-
Distribuiçãode
frota ... ._TABELA
4
- Idadeda
empresa
... _.TABELA
5 -Comprometimento
faturamento ... ._TABELA
6 - Restrição noSERASA
... _.TABELA
7 - Pontualidade nospagamentos
... ._TABELA
8- Demonstrativos financeiros ... ._TABELA
9 - Idade médiada
frota ... _.TABELA
10 -Grau
de oneraçãoda
frota ... ._TABELA
11 -Prazo dos financiamentos ... _.TABELA
12 - Percentualde
entrada _ ... ._TABELA
13 - Distribuição qui-quadrado _______________________________________________________________ _.TABELA
14 - Resultado dos testes _______________________________________________________________________LISTA
DE
ANEXOS
ANEXO
1:Documentaçao
para confecçao/complementaçaodo
cadastro. ... ..ANEXO
2: Ficha Cadastral Pessoal Jurídica ... ._ANEXO
3: Ficha CadastralPessoa
Física ... ..ABCT
- Associação Brasileirade
Cargas e Transportes_
ANFAVEA
- Associação Nacional dos Fabricantesde
Veículos AutomotoresBNDES
-Banco
Nacionalde
DesenvolvimentoEconômico
e SocialC.F.M.M. -
Comprometimento do
FaturamentoMédio
CDB
- Certidãode
Depósito BancárioCDC
- Crédito Diretoao Consumidor
CDI - Crédito Direto lnterbancário .
CEF
- CaixaEconômica
FederalFINAME
- Agência Especialde
Financiamento IndustrialICMS
- Circulaçãode
Mercadorias e ServiçosIOF -
Operações
FinanceirasMNI
-Manual
de
Normas
e InstruçõesR.O.B - Receita Operacional Bruta
RDB
- Recibode
Depósito BancárioSAC
- Sistemade
Amortização ConstanteSERASA
- Centralização dos Serviços dosBancos
S.ASPC
- Serviçosde
Proteçãoao
CréditoTJLP
-Taxa de
Juros aLongo
PrazoTR
-Taxa
ReferencialX
RESUMO
Este trabalho
tem
o objetivode
traçar o perfil das transportadorasinadimplentes
que
adquiriramcaminhões
atravésde
financiamento junto àInstituição Financeira.
-
agência Florianópolis. Foi utilizada a análise para a concessãode
crédito na pesquisade
56 transportadorasda
região do estadode
Santa Catarina,que
adquiriramcaminhões
atravésde
financiamento no periodode
janeiro adezembro de
1997.Além da
contextualização dos problemasque o
setor enfrentaem
nosso país,dadas
as condições das vias e o sucateamentoda
frota, constam nesta
monografia
conceitosde
economia
financeira indispensáveisao
estudo, taiscomo
linhasde
crédito bancário, critériosde
avaliaçãode
tomadores
de
empréstimo, sistema bancário, modalidadesde
bancose
modalidades
de
financiamentos.Os
dados
dasempresas que
serviramde base
para a pesquisa foram organizados
em
tabelas,de
acordocom
os seguintescritérios: idade
da
empresa; comprometimento sobre o faturamentomédio
mensal; restrições
de
crédito junto aSERASA;
pontualidade dos pagamentos;demonstrativos financeiros; idade
média da
frota; graude
oneraçãoda
frota;prazo dos financiamentos e percentual
de
entrada.Os
resultados alcançadosapontam
para o perfil dos inadimplentes no setor, caracterizando-os de acordocom
os critérios da análisede
dados
e prestando informações úteis aosDada
a extensa malha rodoviária constante no território brasileiro, oramo
de
transportes porcaminhões
éum
setor estratégicoda
economia,com
repercussões na distribuiçãode
bens, circulação da produção agrícola, preço finaldo
produto, etc. Para obom
funcionamentodo
setor, éde
fundamental importância o usode
equipamentos novos,com
grande capacidade de carga ebaixo custo (e tempo)
de
manutenção; no entanto,como
o custode
taisequipamentos é relativamente alto, freqüentemente ultrapassando a casa
dos
cem
mil reais, a figurado
financiamento para aquisição torna-se fundamental para a renovação e incrementoda
indústria transportadora.A
Instituição Financeira,que
atuaem
financiamentosdo
ramo, dispõede
um
cadastrocom uma
sériede
informações úteis sobre seus clientes, muitos dos quais vieram a cair
em
inadimplência após o contrato. Traçar o perfil
de
tais inadimplentes, identificandoe organizando suas principais características diferenciadoras, permitirá
reconhecê-los previamente e adotar medidas
de
segurança nas relaçõescomerciais, tornando o
mercado
mais aberto, transparente e contribuindo para obom
desenvolvimentodo
setor.Como
os bens financiados sãode
alto valor, qualquer inadimplência trazconseqüências graves tanto para o
banco
quanto para asempresas
do setor, pois o prejuizo decorrentede
tais inadimplências gerauma
retraçãodo
oferecimentode
financiamentos por parteda
instituição financeira,bem
como
o enrijecimentode
suasnormas
e critériosde
concessão, oque
dificulta o acesso de outrasempresas
a tais linhasde
crédito.A
relevânciado tema
é evidente, pois o setorde
transportes rodoviários é vital para aeconomia
brasileiracomo
um
todo,que não
2 rodoviária deficiente e mal conservada, o
que
acentua a necessidade de veículosem
boas condiçoese
relativamente novos,que
favoreçam a segurança ediminuam
os custosde
produção. '_
1.1
DEFINIÇÃO
DO
PROBLEMA
Embora
à Instituição Financeira atue noramo de
financiamentos paratransportadoras na aquisição
de
caminhões, dispondode
um
cadastro de clientescom
vários tiposde
referências técnicas e comerciais,não
há registrode
um
estudo
que
determine o perfil dos clientes inadimplentesdo
setor. Tal lacunaconstitui
um
grande desperdíciode
informações que, pela faffáde
uma
organização sistemática,
com
análise estatísticade
seus conteúdos,perdem
muito
de
sua utilidade.1.2
OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo geral .
ldentificar o grau
de
inadimplência e delinear o perfildo
inadimplente nacarteira
de empresas
transportadorasde
cargasque
adquiriramcaminhões
noperíodo
de
janeiro adezembro de
1997 junto auma
instituição financeira,considerando nove fatores
ao
qual amesma
colocacomo
indispensáveis naanálise
da
concessãode
crédito. “1.2.2 Objetivos especificos:
ldentificar dentro da carteira das
empresas
transportadorasde
cargada
instituição financeira, quais dos nove fatores
de
análiseao
qual a instituiçãocoloca
como
indispensável -.-na» análisede
crédito, estão associados à1.3
METODOLOGIA
Utilizou-se
do método
descritivo no primeiromomento
e analítico dedutivo no segundo, para análise e discussão dos resultados; adotou-se a provaestatística
do
“qui-quadrado” para testar a associação entre variáveis.O
universodesta pesquisa é voltado para as transportadoras
que
compram
caminhões
através de financiamento, e
que
são o objetode
estudo deste projeto.Os
dados
levantados foram fornecidos pela Instituição Financeira,
que deram
suporte àanálise desenvolvida.
O
período considerado foide
janeiro adezembro de
1997,sendo que
abrangeu até2002
em
funçãodo
prazo dos financiamentosque
em
alguns casos
chegou
há sessenta meses.Os
testes foram realizadosseparadamente
entre a variável “inadimplência” e cadaum
dos nove fatoresao
qual obanco
colocacomo
indispensáveis na análisedo
créditoque
são:o Idade
da
empresa
na datada
concessãodo
crédito;o
Comprometimento do
o faturamentomédio
mensalem
relaçãoao
desembolso
mensal;o Restrições
de
crédito junto aSERASA;
z Pontualidade na solvência das obrigações financeiras;
z Demonstrativos financeiros;
o Idade
média de
sua frota;o
Grau de
oneraçãoda
frota; z Prazo dos financiamentos;o Percentual
de
entrada.Determinando a associação e correlação
de
cada fatorcom
a2.
REi=ERENc|A|_
TEÓR|co
No
Brasil, depois dadécada de
50,quando
sedeu
ofamoso
“surto rodoviário”,em
conseqüência da politica desenvolvimentistade
JuscelinoKubitschek, o
caminhão
tornou-se o principal veículo mais apropriado e utilizadopara o transporte
de
cargas. ÍA
escolhado
veículo e a otimizaçaodo
seu uso repercutem diretamente naqualidade e na eficiência
do
transportede
cargas,sendo que
a capacidadede
transporte, a agilidade, a segurança,
o
menor
custo eo
menor número de danos
ecológicos determinará qual o veículo mais adequado: _
a forma ideal seria aquela que utilizasse os equipamentos mais
adequados, econômicos, seguros e menos danosos ao meio ambiente,
em
estradas bem conservadas, conduzidos por motoristas experientes eem
boas condições fisicas. Infelizmente, isso não acontece no Brasil.(REIS, 2002, p.72).
De
acordocom
Reis (2002, p. 72), alémde
a frota estarem
péssimascondições
de
uso, maisde
76%
das rodovias não apresentam condiçõesde
uso.Agravando
a situação, há motoristasque
dirigem até 18 horas por dia. paracompensar
o baixo frete.A
concessão das principais rodovias peloGoverno
Federal contribuiu naelevação dos custos
do
setor,com uma
redede
quase
onze mil quilômetrosde
estradas
com
pedágios, totalizando7%
das vias brasileiras pavimentadas; noEstado
de
São
Paulo o percentual alcança 17%.As
dificuldades para renovar a frotaagravam
a situação, especialmenteem
milhões
de
veículos,tem
maisde
dez anosde
uso. Estima-seque
a idademédia
da
frota sejade
quatorze anos", (REIS, 2002, p.72).Trazendo
dados
um
pouco
mais precisos,segundo
informaçõesdo
GElPOT,http://vvvvw.smabc.org_br/dieese/public/diepubl9.htm (apud
site:<http://vwwv.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp) a frota brasileira
de
transporte
de
carga é constituída por cercade
um
milhão oitocentos e trinta e seismil unidades, das quais
72,12%
já trafegam há maisde
um
década,como
sedenota da seguinte tabela: '
TABELA
1 - Distribuição da frota de caminhões por idadeAno
de fabricação Veículos ,%%
acumulado 1 990 (e anteriores) 1.324.192 72,12 72,12 1991 44.693 2,43 74,55 1 992 24. 903 1,36 75,91 1 993 38.232 2,08 77,99 1 994 54.413 2,96 80,95 1 995 72. 386 3,94 84,89 1 996 42.169 2,30 87,19 1 997 63.743 3,47 90,66 1 998 60.819 3,31 93,97 1 999 55.436 3,02 96,99 2000 55.217 3,01 100,00TOTAL
1.836.203 100,00 100,00 Fonte: (site:<http://www.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp>)Como
sedepreende dos dados da
tabela, háuma
grande disparidadeetária entre os veículos
que
trafegam transportando cargas pelas rodoviasnacionais;
ao
ladode modelos
novos, tecnologicamente evoluídos,menos
poluentes, mais seguros e econômicos, fluiuma
grandemassa
decaminhões
desgastados, já
com
maisde dez
anosde
uso,que
colaboram para alargar asestatísticas
de
acidentes, poluição,consumo
e elevaçãode
preços. Este6
pouco
rigorosas, baixos salários dos motoristas, baixamargem
de lucro e elevados preçosde
veiculos novos ede
peçasde
reposição.A
tabela abaixo demonstra a idademédia
da
frota e a participaçãoem
percentuais
de
veículosque
trafegamem
estrada brasileiras.TABELA
2-
Idademédia da
frotade
caminhões que
trafegamem
estradas brasileiras IDADE ' PARTICIPAÇAO 1 a 5 anos33%
6 a 10 anos22%
11 a 20 anos38%
21 a 31 anos7%
Fonte: (site:<http:/Ivvvwv.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp>)Mesmo
este último percentual,de modestos
7%, indicaque
centoe
vinte e seis mil veículos de carga trafegamem
estradas brasileiras; sãocaminhões
que
provavelmente estão
em
atividadedesde
o diaem
que
foramcomprados
e seu estadode
conservação deve estar absolutamente combalido, alémde
qualquernorma
mínimade
segurança e eficiência (vale lembrar que,segundo
pesquisado
Professor Paulo Fernando Fleury,
morrem
cinqüenta mil pessoas porano
em
acidentes automobilísticos no pais,
e
em
metade
destes há participaçãode
caminhões. (Estado
de
São
Paulo, 08.08.2000,apud
site:<http://vi/\/i/\iv.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp).
A
frota brasileira apresentaum
desgaste temporal e fisico preocupante, oque
retarda o fluxo dos transportes,aumenta
oconsumo
de
combustiveis e a emissãode
gases poluentes,com
inevitáveis reflexos sobre a economia, asegurança e meio-ambiente.
A
venda de caminhões no mercado
interno, nosúltimos dez anos, foi da
ordem de
3%
da frota total,dados
daANFAVEA,
oque
deixa evidente
que
uma
mudança
neste setor só se fará possivelcom
oincremento das
vendas de
veiculos novos e a desativação progressivados
veículos mais antigos, visto
que
maisde
50%
da frota pertence a transportadoresrecursos estritos, adquirem veículos descartados pelas
empresas de
transporte .(site:<http://vwvw.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp>)_
TABELA
3-
Distribuiçãode
frotaPROPRIETÁRIO
FROTA
PARTICIPAÇÃOAutônomos 378.204 50,83%
ETC
- Empresa de Transporte de Carga 213.388 28,68%TCP
- Transportadora de Carga Própria 152.398 20,48%Total 743.990 100,00%
Fonte: (site:<http://wvvvv.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp>)_
Segundo pesquisa realizada pela Jornauto Pesquisa, a análise da idade
da frota indica que a renovação do parque circulante tem sido apenas
suficiente para absorver o crescimento da atividade econômica e
reposição de veículos inservíveis.
A
média nacional obtida, de 6,6 anos, coincide com a da pesquisa feitaem
1998.O
que chama a atenção é asensível mudança de idade média por região do pais, indicando
uma
descentralização das compras de veículos novos. Por outro lado, asfrotas de tamanho médio, que se encontram mais diretamente sujeitas ao
impacto das circunstâncias econômicas, são as que apresentam os
veículos mais velhos entre as categorias pesquisadas. As frotas grandes
têm,
em
média, parques mais novos, fruto do maior acesso ao créditoe um realinhamento mais veloz às novas exigências do mercado, problemas ainda não equacionados adequadamente para as frotasmédia. (<http://vwwv.smabc.org.br/dieese/public/diepubl9.htm>, apud
site:<http://wvvvv.guiadotrc.com.br/advocacia/frota.asp>)
Dos
anaisdo
llCongresso
Nacionalde
Transportadoresde
Cargasda
ABCT,
que
tevesede
em
Florianópolis,podemos
extrairque
o setor rodoviáriode
cargas responde pela
movimentação de
72%
das mercadorias no Brasil,operando
com
mais de quarenta milempresas
e quatrocentos e cinqüenta milcaminhoneiros autônomos, reunindo frota
com
faturamentode
vinte e cinco bilhõesde
reais,somente
noano
passado.Trata-se
de
um
setor cuja participação éde
evidente importância para odesenvolvimento econômico de nosso país,
mas
que
enfrenta sérias dificuldades;8
caminhões,
que
ultrapassa oscem
mil reais a unidade, oque
por si só obsta arenovação natural
da
frota, recai sobre asempresas
e motoristasautônomos do
setoruma
pesada
carga tributária, alémdo
ônus dos pedágios que, alémdo
seu valor excessivo, os benefícios aos usuáriosnao
correspondem às taxaspraticadas, vide o estado atual das rodovias brasileiras.
Dadas
as condições atuaisde
trabalho, a renovação da frota ou aquisiçãode
um
caminhão, para aquelesque
nãotêm
disponibilidade financeira paracomprá-lo à vista (o
que
constitui a grande maioria), se torna mais viável atravésde
financiamentos.Os
bancos
oferecem crédito atravésde
várias modalidadesde
financiamentos para aquisiçãode
veiculos,com
taxas pré-fixadas e prazos determinados conforme condições e possibilidadesde pagamento
dasempresas
que
irão aderir ao financiamento.2.1.
CRÉDITO
BANCÁRIO
Segundo
Silva, (1997, p.63), Crédito consiste na entregade
um
valor,que
tanto
pode
ser na forma de empréstimo oude
financiamento, aum
tomador, medianteuma
promessa de
pagamento. Trata-sede
um
instrumentode
políticanegocial a
que empresas do
comércio eda
indústria utilizamcomo
facilitador nasvendas, especialmente as realizadas a prazo,
com
vários benefícios para aspartes, tais
como
incremento no volumede
recursos,adequações
de prazos,diversificação dos riscos,
aumento
da liquidez e minoração dos custos.Trata-se
de
um
instrumentode
evidente valoreconômico
e social (SILVA,1997, p.68), pois fomenta a atividade das empresas, estimula o
consumo
e
ademanda,
facilita às pessoasde
baixo poder aquisitivo o acesso abens
necessários à vida
e
auxilia asempresas
namanutenção de
suas atividades e na2.1.1 Avaliação
de
CréditoComo
sedepreende do
próprio conceito, aconcessão do
valor sedá
medianteuma
promessa de
pagamento, ou seja,um
evento futuro e incerto,que
introduz na relação financeira o elemento risco, o
que
faz necessáriauma
análiseda
propostade
crédito, tendoem
vista as condições pessoaisdo
tomador, aviabilidade
de
seuempreendimento
e a capacidadede
pagamento. Para talanálise, é
amplamente
difundido o sistema dos cinco Cs: Caráter, Capacidade,Condições, Capital e Colateral, citados por
Weston
e Brigham1 (apud SILVA,1997, p.76)
que contêm
variáveis relacionadasao
riscoe
viabilizam o melhordirecionamento
do
negócio, lembrando aindaque
o autor acrescenta o sextoC
que
é ode
Conglomerado,onde
se analisa aempresa de
um
modo
geralconhecendo
sua(s) controladora(s) e controlada(s) formandoum
conceito sobre asolidez
do
conglomerado e nãoapenas
daempresa
(SILVA, 1997, p.88).2.1.1.1
O
CaráterComo
a avaliação subjetivado
caráterdo
tomador está relacionada à suaintenção
de
cumprir a obrigação no futuro,que não
é verificável nomomento
da
concessão
do
crédito, obanco
tomarácomo
critériode
avaliação as informaçõessobre o
passado do
cliente, especialmente noque
toca à pontualidadeno
cumprimento
de
seus compromissos pretéritos.O
critério mais relevante naavaliação
do
“risco moral”do
negócio é a pontualidade. (SILVA, 1997, p.77).Para estimar a pontualidade
do
cliente, aempresa pode
se utilizardos
registros
que
mantém
nas relações comerciais correntes,bem
como
pode
verificarem
cartórios e jornaisde ampla
circulação a existênciade
protestos porfalta
de
pagamento
ou aceite. Muitasempresas
organizam convênios para trocade
informações sobre seus clientes, detectando atrasos e outros sinaisde
dificuldades financeiras, facilitando a consulta a outros fornecedores,
além
daqueles indicados pelo cliente.São
comuns, no casode
análisede
condiçõesde
pessoa fisica, as consultas ao
SPC, que tem
seubanco de dados
alimentado1
10
pelas próprias
empresas
filiadas,quando
seus créditospadecem
de
atraso oufalta
de
pagamento. (SILVA, 1997, p.77;79).2.1.1.2
A
capacidadeO
termoCapacidade
é bastante amplo,podendo
tanto significarrestritivamente capacidade
de
pagamento,como
também
os fatoresque
tornam aempresa
competitiva ebem
estruturada,como
competência empresarial, potencialde
produção, organização administrativa e comercial.Como
focode
análise, é fundamental conhecer acerca das decisões estratégicas
tomadas
pelaempresa
(SILVA, 1997, p.79), oque
influenciaem
seu crescimento (e capacidadede
pagamento), a diversificaçãode
seus produtos e sua inserçãoem
váriosnichos
de
mercado.Quanto
à análise da estrutura organizacional da empresa,deve-se tomar
em
conta vários fatores direta e indiretamente determinantes na sua capacidade futura, taiscomo
finanças, produção, marketing e organização administrativa (SILVA, 1997, p.80;81).2.1.1.3
As
CondiçõesSão
caracterizadascomo
“condições” aqueles fatores externos emacroeconômicos
que
afetam a atividade empresarial, especialmente algunsramos de
atividadeque tem
especial sensibilidade amudanças
da políticaeconômica
e demais influências externas.Segundo
Pesquisa citadapor Silva(1997, p.83), os
ramos
com
maior representatividade nos quadrosda
inadimplência na cidade
de
São
Paulo são os das indústrias mecânica, têxtil,metalúrgica e química, totalizando
um
percentualde
60%. Empresas
cujoramo de
atividade é estreitamente ligado a outro sofre influênciasem
eventuaisquedas de
liquidez. Outros fatores externos
que
afetam a atividade empresarialsão
asazonalidade
do
produto (sorvete) ou da matéria prima (produtos agrícolas); amoda,
que
obrigauma
constante atualização dos estoques; a essencialidadedo
produto,que
influencia a constância dasvendas
ante aqueda de
poder aquisitivodo
consumidor; o porte da empresa, prisma fundamental para a análise pois,salvo exceções, as
empresas de
menor
porte são mais vulneráveis a intempériesapresentam
uma
situação econômico-financeira mais vantajosaque
outras(SILVA, 1997, p.84;87). `
2.1.1.4
o
capitalO
capital émedido de
acordocom
índices financeiros, taiscomo
bens
erecursos disponíveis para a quitaçãode seus débitos (Silva, 1997, p. 87). Neste
caso é preeminente o papel
da
análise financeira para a decisão sobre aconcessão do
Crédito.É
possível realizar a análise financeira por meiode
demonstrativos contábeis
de
balanço e demonstraçãode
resultado. Ciente destesdados, o analista terá
uma
visão bastante realista sobre opanorama
econômico,financeiro e patrimonial
do
cliente.2.1 .1 .5 Colateral
O
Colateral é representado pelos ativosque
o clientepode
como
garantiade
segurança para seu crédito (hipoteca, penhor, anticrese, alienação fiduciária,entre outros) , especialmente
quando
a análise apontar deficiências nos outrosfatores
de
risco. Alguns critérios sãode
especial relevância na definiçãoda
garantia (SILVA, 1997, p.96): o risco representado pelaempresa
e pela operação; a praticidade na sua constituição e custos incorridos; a proporção entre o valorda
dívidae
o valorda
garantia; a depreciabilidade da garantia,bem
como
o controleque
o tomadortem
sobre ela, e a sua liquidez.2.1.2 Risco, Incerteza e
Retorno
Riscos,
em
sua definição fundamental, é toda possibilidadede
prejuízofinanceiro
em
relação adado
ativo.Segundo
Silva (1997, p.97), pode-seclassificar os riscos
em
“internos” e “e×ternos”.O
risco internocompreende
osriscos ligados à produção e ao produto, tais
como
alteraçõesdo
ciclode
produção, falta
de
matéria prima,manutenção de
estoques, quebrade
máquinas,entre outros riscos ligados à administração
da
empresa,como
mudanças de
diretoria,
de
cultura empresarial, riscos ligadosao
nívelde
atividade,como
12
como
dependênciade
capitaisde
terceiros e dependênciade
recursos externos;riscos ligados à falta
de
liquidez, cuja situação mais extrema é a insolvência.Denominam
riscos externos aqueles alheios à estrutura financeira e administrativada
empresa, taiscomo
aqueles relacionados a medidas políticas eeconômicas de amplo
aspecto, riscos ligados aosfenômenos
naturais e ecológicos, riscos ligados ao tipode
atividade e às fragilidadesdo
mercado
e, porfim, riscos ligados
ao
tipode
operaçãode
crédito eleita para a relação entre obanco
e o tomador. (SILVA, 1997, p.98)De
acordocom
Gitman (1997, p.203), o retornode
um
investimento émensurado de
acordocom
o totalde
lucros e perdasque
dele advém,em
determinado períodode
tempo,em
função da variaçãodo
valordo
ativo, mais a receita. Para Securato (1993, p. 28) o conceitode
retorno está vinculadoao
conceitode
risco, pois enquanto este éuma
probabilidade, talcomo
um
desviopadrão, aquele.é considerado
um
valor futurocomo
possibilidade aleatória,da
qual
conhecíamos
sua distribuiçãode
probabilidades.Salienta o
mesmo
autorque
é evidente a relaçãode
proporcionalidadeentre estes dois elementos, pois, quanto maior o risco assumido pelo investidor,
maior
é
a sua expectativade
retorno.Tendo
em
vista a relação entre risco eretorno aplicada às relações financeiras, encontram-se diferentes taxas
de
retorno,
de
acordocom
o risco envolvido, poiscomo
lembra Securato (1993,p.127), “teremos (...)
um
conjuntode
variáveisque
afetarão o risco própriodo
ativo; as condiçõesde mercado
éque
irão caracterizar o valordo
resgate,sem
que
exista a necessidadede
crises paraque
o retorno esperado não ocorra”.3.1
BANCOS
COMERCIAIS
De
acordocom
MNI
(apudFORTUNA
1999, p.21), é função dosbancos
comerciais suprir e financiar o comércio, a indústria, e as
empresas
prestadoresde
serviços, podendo, no cumprimentode
suas finalidades, descontar títulos; abrircontas, realizar operações especiais, captar depósitos, obter recursos junto a
instituições oficiais e externas, e prestar serviços, inclusive estabelecendo convênios.
Bancos
comerciais, públicos ou privados, configuram-secomo
instituiçõesfinanceiras monetárias por suas atividades
de
captaçãode
depósitos livrementemovimentáveis, tais
como
contas correntes, e sua finalidade éde
sen/ircomo
intermediário financeiro entre aquelas pessoas físicas ou jurídicas
que dispõem
de
um
excedentede
recursos e aquelasque
deles necessitam para incrementarsua produção, por meio
de
um
crédito' seletivo.(FORTUNA,
1999, P.22)3.2
OS BANCOS
COMERCIAIS/PRIVADOS
NO
CONTEXTO
NACIONAL.
A
criação dosbancos
comerciais privados possibilitouuma
nova impulsãodo
sistema bancário,uma
vezque
os investimentoseram
realocados nos diversossetores da economia. Dentro da estrutura
do
Sistema Financeiro Nacional, os bancos comerciais, por suas funçõesde
intermediação, constituem a basedo
14
sistema monetário, pois no processo
de
intermediação financeira criammoeda,
através
do
efeito multiplicadordo
crédito.(LOPES & ROSSETI
1992, p. 342),De
acordocom
Lopes
e Rosseti (1992, p. 344), a redede
agênciasde
bancos comerciais alcança a cifra
de
75%
do
número de
agênciasde
intermediação financeira
em
atuação no país noano de
1990.O
número
desedes
de
bancos comerciaisem
operação no periodochegou
a cento e sete,sendo
quatro oficiais federais, vinte
e
três oficiais estaduais, sessentae
oito privadosnacionais e doze privados estrangeiros.
3.3
OS BANCOS
DE
INVESTIMENTO
.
Segundo
Fortuna (1999,p.V24), os bancos
de
investimento foram criadospara canalizar recursos a
médio
e longo prazo - dilatando prazosde
operaçõesde
empréstimos e financiamento
-
e fortalecer o processode
capitalização dasempresas, sobretudo por meio
de compra de máquinas
e equipamentos eda
subscrição
de
debêntures e ações.Aos
bancosde
investimento évedado
mantercontas correntes (o
que
caracterizaria investimentos a curto prazo) ecaptam
recursos pela emissão
de
CDB
eRDB,
atravésda
captação e repassede
investimentos
de
origem externae
interna,e
pelavenda de
fundosde
investimento.
Estas instituições financeiras
também
têm
a funçãode
orientar a aplicaçãodos recursos repassados via subscrição e aquisição
de
títulos,ordenando
eampliando
a
capacidade produtivada
economia; incrementando a produtividade, racionalizando e modernizando as empresas,bem
como
aumentando
sua eficiência;promovendo
o desenvolvimento tecnológico, via treinamentoou
assistência técnica. .
Os
bancos de investimentosdão
fundamento à estrutura capitalistaprivada, podendo, inclusive, apoiar Órgãos e
empresas do
estadoem
determinadas circunstâncias, sendo-lhesporém vedado
atuar no setorde
empreendimentos imobiliários.Suas
operações ativas são determinadas peloMNI, preparado e editado pelo
Banco
Central,e
compreendem
empréstimos aprazo
mínimo
deum
ano
para flnanciamentode
capital fixo ede
giro; aquisiçãode
ações e obrigações para investimento ou revenda no
mercado de
capitais;repasse
de
recursos obtidos internamente ou no exterior,bem como
lhes prestargarantia.
(FORTUNA,
1999, p.24)Sua
atividade, no entantonão
é livre, conforme lembra Lopes; Rosseti(1992, p.352),
ao enumerar
várias limitações legais (lei 4728/65):Responsabilidade direta por cliente não pode exceder a
5%
do valortotal das aplicações
O
valor médio das operações por cliente não pode exceder a 2,5% domontante total das aplicações; e
O
total das responsabilidades por todas as operações passivas não pode ultrapassar doze vezes o total do capital realizado mais asreservas livres (...)"
3.4
os BANcos
Mú|_T|P|_osOs
bancos múltiplos alteraram significativamente a estruturado
SistemaFinanceiro Nacional e foram criados a partir
da
Resolução 1.524/88 doBanco
Central,
com
a finalidade,de
acordocom
Fortuna (1999, p.28;29),de
racionalizara administração das instituições financeiras, permitindo
que empresas de
um
mesmo
grupo constituam personalidade jurídica única,agregando
sua estruturacontábil
de
balanço e caixae
minimizando seus custos,sem
que confundam
suas funções ou estruturas administrativas.Deste modo, foi facilitado aos bancos comerciais privados, aos bancos
de
investimento, às sociedadesde
crédito imobiliário e sociedadesde
crédito,flnanciamento e investimento agrupar-se
em
uma
mesma
organização bancária,que
se poderia formar por fusão, incorporação, cisão, transformaçãoou
constituição direta. »
Os
bancos múltiplosatuam
em
todos ossegmentos do mercado
financeiro eexercem
suas funções por meiode
carteiras, relacionadas pelo autor já citado (1999, p. 29): Carteira comercial, regulamentada peloBanco
Central; carteirasde
16 investimento; carteira
de
crédito imobiliário; carteirade
aceite e carteirade
desenvolvimento.
É
necessária a existênciade duas
carteiras, ao mínimo, paraque
se configure a existênciade banco
múltiplo.3.5
INSTITUIÇÃO
FINANCEIRA
Em
1929,em
Sao
Paulo, foi fundada à lnstituiçao Financeira. Nestaépoca
a conjunturaeconômica
mundial passava porum
momento
especialmentedifícil,
em
reflexo à quebrada
bolsade
Nova
York, eao
impacto das revoluçoesde
1924, 1930 e 1932. (Publicação interna, p.20)O
grande passo para a criaçãodo
Sistema Financeiro da InstituiçãoFinanceira foi
dado
com
a criaçãodo
Banco de
Investimento eda
Financiadora.Posteriormente, o Sistema adaptou-se às redes
de
computadores edemais
serviços eletrônicoscom
a constituiçãoda
Servel. Simultaneamente, aplicourecursos na agropecuária, fundando
uma
Companhia de
Desenvolvimento.No
ano de
1967, para atuar na Bolsade
Valores, criou a Corretora.Com
o iníciodos
anos setenta apresentou aos brasileiros o financiamento por leasing,
com
acriação da
Companhia de
Leasing-
Arrendamento Mercantil S.A.Mas
para tantasempresas atuassem
com
eficiência era necessárioque
uma
delas prestasseserviços básicos a todas,
dando
azo à criaçãode
uma
empresa de
serviçosauxiliares, ainda
em
1970. Dois anos depois, foi criadauma
empresa de
Empreendimento
e Serviços. (Publicação interna, p.21)Em
outubrode
1997 a instituição foi adquirida porum
grandeGrupo
Financeiro
e
trocoude
razão social.3.6
MODALIDADES DE
FINANCIAMENTOS
Diante
de
um
períodode
retração nacional,como
em
reflexo da criseperante
um
mercado que
precisa incrementar seus investimentos ou suasoperações.
A
faltade
disponibilidadede
recursos provoca a inadimplênciafinanceira, cuja avaliação é fundamental para
que
as politicas adotadas porempresas
ebanco
sejam benéficas para todos os agentes envolvidos.O
financiamentode caminhões
é destinado à aquisiçãode
bens duráveiscom
valore
prazo pré-determinados,que
devem
serpagos
em
prestaçõesmensais.
O
bem
adquirido servecomo
garantia da operação,ficando
alienadoao
banco quando
a modalidadedo
financiamento forCDC
ouFINAME
- e arrendadoquando
for Leasing, até a quitaçãodo
financiamento.Os
sistemasde
financiamentos utilizados são oSAC
e a Tabela Priceque
também
é conhecidacomo
Sistema Francêsde
Amortização.O
riscode
inadimplência fica por contado
banco
financiador. .Os
financiamentos calculados peloSAC
usualmente resultamnuma
prestação inicial
de
maior valorquando comparada
à prestação equivalenteno
sistema da Tabela Price, visto
que
incluitambém
nesta parcela o inícioda
amortização
do
principal.Desde
modo, vistoque
os juros são calculados sobre oprincipal, a amortização se torna mais rápida
e
diminui o valor dos jurosao
finaldo
pagamento.Na
tabela Price as prestações e o saldo devedor são corrigidosmês
amês
de
«acordocom
aTR
pelos bancos privados e anualmente pelaCEF. Tendo
em
vista
que
a amortização inicial dos juros é menor, neste sistema o saldo devedordo
compradorcomeça
a se reduzir a partirda
metade do número de anos
estabelecido
em
contrato, e,como
as prestações incidem namesma
peridiocidade
que
o reajustedo
saldo devedor, não há resíduos aserem pagos
pelo compradorao
finaldo
financiamento.O
sistema financeiro oferece diversos tiposde
empréstimos,que
variamde
acordocom
a capacidadede
pagamento, interesse, mercado, entre outrosfatores. Nesta pesquisa serão analisados os mais utilizados na Instituição
18
3.6.1 Leasing (ou
Arrendamento
Mercantil)O
Leasing éuma
operaçãode
longo prazo na qual a Arrendadora adquireum
bem, escolhido pela Arrendatária, para uso destaem
prazos e condições estipuladasem
contratocom
fixaçãode
valor residual eopção de compra ao
término
do
contrato.O
valorda compra pode
ser definidode
acordocom
o valorde mercado
oucom
oVRG
cujo percentual é definidoem
contratocom
base noprazo
de
operação e contabilizada a depreciaçãodo
bem
(FORTUNA,
1999. p.177).
O
financlamento por Leasing permite a aquisiçãode
qualquer bem, móvel ou imóvel, nacional ou importado,sem
que
aempresa
se descapitalize, e seucusto
pode
ser lançadocomo
despesa
operacional, oque
possibilita a atualizaçãodo
equipamento, permitindo a fruiçaosem
a propriedade.Segundo
Fortuna (1999, p. 177), os benefícios mais relevantesque
estesistema traz
ao
arrendatário sao o financlamento integraldo
bem, a liberaçãodo
capital
de
giro, a possibilidadede
atualizaçãodo
bem
durante a vigênciado
contrato, prazo
de
operaçao compatívelcom
a amortização econômica, possibilidadede
flexibilidadedos
prazos,dedução de
aluguéise
não imobilizaçãode
equipamento (oque
gera duplaeconomia de
impostode
renda), maior eficáciafiscal pela aceleração da depreciação, simplicidade contábil e melhoria
dos
indices financeiros.O
arrendamento éum
contrato entre duas partes: o arrendador, que é o dono do ativo, e o arrendatário, que é o seu usuário. Do ponto de vistade
um
arrendatário, o arrendamento éum
financiamento flexível epermite melhor programação de mais investimentos permanentes. Através do arrendamento, uma empresa pode manter-se atualizada com
os avanços tecnológicos e deduzir do imposto de renda os pagamentos
periódicos. Os arrendadores são beneficiados com as deduções fiscais
proporcionadas pelas despesas com depreciação e com encargos
financeiros. (GROPPELLI & NIKBAKHT, 1999, p. 292)
Como
principais características do Leasing, aponta-se opagamento
à vistaao
fornecedor; 0 faturamentodo
equipamentoem
nome
da
Arrendadora; a concessãode
prazode
vinte e quatro ou trintae
seis meses; a não imobilizaçãodo
equipamento; a depreciação acelerada do bem; a dedutibilidade das contra-inclusão
de
impostos, acessórios e sen/iços;e
a extensão das garantiasdo
equipamento à arrendatária;Os
beneficiários das operaçõesde
Leasing são asPessoas
Físicas eJurídicas, exceto
empresas de economia
mista, públicas e cartórios.Os
Bens
passíveis
de
negociação incluemMáquinas
e equipamentos novos ou usados,nacionais ou importados, inclusive serviços, impostos e acessórios.
A
principal garantiaé
o arrendamentodo
bem
e o sistemade
amortização é o Sistema Price,com
entrada mínima sugeridade
20%
e vencimento na datade
aniversário da contratação, admitida a adequação.Como
principais indexadorespodemos
citar a TR,o
dólar, o CDI, ou aindacom
taxa pré-fixada,sendo
esteúltimo o utilizado pela Instituição Financeira.
A
Incidênciade
Imposto sobre Serviços éde
0,25%, cobrado nas parcelas, e o segurodo
negócio é obrigatório,em
nome
do
arrendatário ecom
cláusulaque
indica
como
beneficiária a Arrendadora. A3.6.2
FINAME
-
Agência
Especialde Financiamento
IndustrialDe
acordocom
Silva (1997, p. 196), financiamentosde
longo prazotendem
a ser utilizados pelas
empresas
para financiar bensdo
ativo imobilizado, talcomo
o
FINAME,
uma
linhade
financiamentodo
BNDES,
destinado a projetosde
expansão
das empresas.Lembra
Fortuna (1999, p. 150)que
oBNDES
objetivaamparar financeiramente
empresas
com
sede
no Brasil cujos projetos se incluamno âmbito das “Políticas Operacionais
do
SistemaBNDES”,
operando diretamenteou por meio
de
agentes financeiros.As solicitações de financiamento ao
BNDES
devem ser iniciadas comuma consulta prévia, na qual são especificadas as características
básicas da empresa solicitante e do seu empreendimento, necessários
ao enquadramento da operação nas Políticas Operacionais do sistema
BNDES. Esta consulta prévia deve ser encaminhada diretamente ou pó
intermédio de
um
dos agentes financeiros à Carteira Operacional de Enquadramento da área de Crédito do Sistema BNDES. (FORTUNA,20
Trata-se
de
uma
modalidadede
financiamento para aquisiçãode máquinas
e equipamentos nacionais novos; e à
medida que
o vencimento das parcelastorna-se igual ou inferior a
um
ano, seus valores são transferidos para o passivocirculante.
Suas
principais características são serum
financiamentode
longo prazo,com
pagamento
ao fornecedorapós
o repassedo
recurso pelaFINAME,
tendo o equipamento faturadoem
nome
do
Financiado e tendo a possibilidadede
inclusão no contratode
carênciade
três a dozemeses
sem
amortização durante o período,além de
permitirao
beneficiário a imobilizaçãodo
equipamento e o benefíciode
créditodo
Imposto sobre a ICMS.Quando
aos valoresmáximos
para financiamento, há vários critérios.São
concedidos financiamentos
de
80%
àmédia empresa
com
R.O.B - entre setemilhões oitocentos e setenta
e
cinco mil reais a quarenta e cinco milhoesde
reais;e à grande
empresa
com
R.O.B. superior a quarenta e cinco milhõesde
reais.Financiamentos de
90%,
por sua vez, são concedidos à microempresa
com
R.O.B. até novecentos mil reais e àpequena empresa
com
R.O.B. entrenovecentos mil reais e sete milhões oitocentos e setenta e cinco mil reais.
Também
estão aptas para receber esta modalidadede
financiamento ostransportadores
autônomos de
cargas e asempresas de
qualquer porte dentrodos programas regionais e sistemas integrados
de
transportesde
passageiros.Podem
ser Beneficiárias deste sistema as pessoas físicas ou Jurídicas,exceto as
empresas
públicas oude economia
mista.Os
bensque
podem
serobjeto
do
financiamento são os Equipamentos novos cadastrados naFINAME
com
Índicede
Nacionalização maior ou igual a60%.
Garantia principal
é
a Alienação fiduciária e o Sistemade
amortização é oSistema
SAC
com
flutuação, tendocomo
Entrada minima:10%
ou20%
eVencimento todo dia quinze
do segundo
mês
subseqüenteao
crédito ou diaquinze após prazo de carência.
O
lndexador é aTJLP
- Pré-Flutuante e o sistema3.6.3 Crédito Direto
ao
Consumidor
-CDC
O
CDC
éuma
linhade
crédito para aquisiçãode
máquinas e equipamentos novos ouusados
nacionais ou importadoscom
comprovação do
direcionamentopela emissão
de
Nota Fiscalcom
Alienação Fiduciária a favordo Agente
Financeiro.O
prazo desta modalidadede
financiamento varia na maior parte dos casosentre três e vinte e quatro
meses
e, usualmente, financiade
50 a80%
do valordo
bem.
As
taxas são prefixadas no caso das operaçõescom
prazo superior a trintadias e vinculado à TR, se
com
prazo superior a quatro meses,sendo vedado
à financiadora vinculá-las à variação cambial(FORTUNA,
1999, p. 130)Suas
caracteristicas são opagamento
à vistaao
fornecedor/beneficiário, aalienação
do
equipamento ao agente financeiro, e existênciade
prazos flexiveis, apossibilidade por parte
do
beneficiáriodo
creditodo
ICMS
ede
imobilizaro
equipamento. V
Os
Beneficiáriospodem
ser asPessoas
fisicasou
jurídicas, excetoempresas
públicas oude economia
mista.Os
bens financiáveispodem
ser equipamentos novos ou usados, nacionais ou importados.A
garantia principal é aAlienação fiduciária ao Agente Financeiro, no corpo
da
Nota Fiscal e o Sistemade
amortização é o Sistema Price,
com
Entrada mínima sugeridade 20%,
prazode
um
a trinta e seis meses, vencimento a trinta diasdo
créditoem
data aniversário,admitida a equalização
do
primeiro vencimento e lndexador pré-fixado.O
Impostoque
recai sobre o financiamento é o IOFcom
taxade 1,5% ao
ano, amortizado juntamente
com
as parcelas.Os
três tiposde
financiamentos citados (Leasing,FINAME
e
CDC)
apresentam exigências
de documentos
e informações especificas para avaliaçãodo
cadastrodo
cliente e análise para a concessãodo
crédito solicitado.A
confecçãodo
cadastro pela Instituição Financeira exige os seguintes documentos:22
cadastro padrão
da
Instituição devidamente preenchido e Assinado;cadastro dos sócios/diretores devidamente preenchido e assinado,
juntamente
com
a copiade
seu registro geral, seu cadastrode
pessoafísica e comprovante
de
residência recente (água, luz ou telefoneconvencional -
máximo de
dois meses);cópia
do
contrato Social e todas as alteraçõescom
a respectivaautenticação
da
Junta Comercialdo
estado, ou Estatuto e suas respectivasatas;
dois últimos balanços e
um
balancete, ou ainda impostode
renda da pessoa jurídica (do último ano), caso aempresa
seja tributadocom
base
no Lucro Presumido ou simples;
relação
do
faturamento dos últimos doze meses; relaçao da frota;relação
de
endividamento bancário (curtoe
longo prazo)com
leasing,consórcio,
FINAME
e outros;relação
de
patrimônio daempresa e
dos sócios (que no caso dos sóciospode
ser o impostode
renda pessoa físicado
último ano);cópia
do
cartão do Cadastro Nacional daPessoa
Jurídicaem
vigor;carta
de
Autorizaçãodo
Banco
Central ; eem
casode
FINAME,
enviartambém
a Certidão Negativa de Débitodo
Instituto Nacional
de
Seguridade Social, a Certidãode
Regularidadedo
Fundo de
Garantiado
Tempo
de
Serviço, a Certidão Negativade
Débitosde
Tributos e Contribuições Federais e a Certidão Negativade
Débitos quanto à dívida ativa da União, dentrodo
prazode
validade.O
estudo realizado tevecomo
base os resultados dos últimos cincoanos
conforme relatórios emitidos pela Instituição, das cinqüenta e seis transportadorastomadoras
de
financiamentos, onze se encontram inadimplentes.Esse
demonstrativo inclui tabelas
que
objetivam traçar o perfildo
inadimplente a partirde
nove fatores variáveis relevantes, conforme os parâmetrosde
análisede
crédito
da
Instituição Financeira.4.1
IDADE
DA
EMPRESA
NA DATA DA
CONCESSAO
DO
CRÉDITO.
Segundo
Silva (1997, p.82) “a análiseda
idade dasempresas
propicia-nosimportantes informações,
de
formaque
num
conjuntode
grandenúmero de
empresas
insolventes, [...], a grande maioria das insolvências ocorre na faixade
três a seis
anos
da data da fundação.”Este fator identifica a idade
da
transportadora na datada
concessãodo
crédito.
TABELA
4
- Idadeda
Empresa
(de 2 a 5 anos,de
6 a 20 anose
acimade 20
anos).
ToTA|. DE
TRANsPoRTADoRAs
-
PoR
DATA DE |=uNDAçÃo (56)FuNDAçÃo ToTAL PERcENTuAi.
De 2 a 5 anos 1 1
20%
6 a 20 anos 36
64%
24
TOTAL
DETRANSPORTADORAS
INADIMPLENTES -POR
DATA DEFUNDAÇÃO
(1 1)FUNDAÇÃO ToTA|. PERcEN'ruAL
De 2 a 5 anos 1 1 100%
TOTAL
DETRANSPORTADORAS
ADIMPLENTES-
POR
DATA DEFUNDAÇÃO
(45)FUNDAÇÃO ToTA|. PERcENTuA|.
6 a 20 anos 36
80%
Acima de 20 anos 09
20%
Fonte: Elaborado pelo autor
Das onze empresas
constantes na categoriacom
faixade
idade entre dois e cinco anos, todas se tornaram inadimplentes, totalizando o significativo percentualde 100%.
Tais empresas, ainda
em
seus estágios iniciaisde
desenvolvimento,exigem
um
aporte maiorde
capital e recursos, muitas vezes inalcançáveis a seussócios ou gerentes, o
que
dificulta amanutenção da
liquidezda
empresa
em
suascontas, visto
que
não háum
nivel minimode
capital circulante líquido.4.2
COMPROMETIMENTO DO FATURAMENTO
MÉDIO
MENSAL
EM
RELAÇAO
AO
DESEMBOLSO MENSAL
TOTAL
Este fator demonstra o quanto o somatório
do desembolso
mensalque
atransportadora possui, já considerando o
desembolso
com
o financiamentopleiteado, representa sobre o faturamento
médio
mensalda
mesma.
É
comum
uma
empresa
conceder o créditoe
também
estimar o limitemáximo que
o solicitantepode
receber.O
mais recomendável éque
o limitenão
seja superior a 1/3 dos recursos próprios
do
cliente.TABELA
5 -Comprometimento
Faturamento
(baixo até20%,
aceitável20
àToTA|_
DE
TRANSPoRTADoRAS
|=|NANc|ADAS -PoR coMPRo|v|ET|MENToDo
FATuRAMENTo
MED|o MENSAL. (56) TOTAL¿_
_;
7 46TOTAL DE
TRANSPORTADORAS
ÍNADIMPLENTES -POR
COMPROMETIMENTO
DO
FATURAMENTO
MÉDIO MENSAL. (11)ToTAL DE
TRANSPoRTAooRAS
AD|MPLENTES -PoR
coMPRoMET||v|ENToDo
FATURAMENTO
MED|o MENSAL. (45)Fonte: Elaborado pelo autor
A
maior concentraçãode
inadimplentes possui comprometimentodo
faturamento
médio
mensal superior a20%,
oque
indicaque
tais transportadorastrabalham
com
margens de
lucratividade constantes ou atémesmo
em
declive,dado o
alto graude
reservade
sua receita mensal.4.3
RESTR|ÇÃo DE cRÉD|To JUNTO
À SERASA
A SERASA
é
uma
empresa
brasileira, criadaem
1968,que
atua na análisede
informações financeiras. Contacom
um
banco de dados
sobreempresas
e
pessoas fisicas