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A DEMANDA e OFERTA

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Academic year: 2021

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Disciplina –Economia

Resumo das Aulas Ministradas Cursos: Administração

UNIESP – 2º semestre / 2016 – Turno: Noite Prof. Norberto Devulski Verderame

A DEMANDA INDIVIDUAL

Definição - A demanda ou procura de um indivíduo por um determinado bem ou serviço refere-se a quantidade desse bem que ele deseja e está capacitado a comprar, por unidade de tempo.

1) A demanda é um desejo e não a realização desse desejo. É um desejo de comprar. A realização do desejo de dá pela compra do bem desejado. Portanto demanda é diferente de compra.

2) Para que haja demanda por um bem é preciso que o indivíduo esteja capacitado a pagar por esse bem

3) A demanda é um fluxo por unidade de tempo, ou seja, devemos expressar a procura por uma determinada quantidade em um determinado período de tempo.

Elementos que influenciam a Demanda

1) O Preço – A quantidade procurada de um bem é influenciada por seu preço.

Quanto maior o preço menor deverá ser a quantidade demandada de um bem ou o inverso, ou seja, quanto menor o preço, maior deverá ser a quantidade demandada de um bem. 2) A Renda do Consumidor – Uma elevação na renda está associada a uma elevação nas quantidades compradas. São os chamados Bens Normais.

Existem exceções. São os chamados Bens Inferiores e Bens de Consumo Saciado.

Exemplos: Bens Inferiores: São bens cuja demanda varia inversamente a variações na renda do consumidor. Se a renda aumenta, a demanda diminui e vice-versa. Exemplo: carne de segunda e roupas rústicas. Um indivíduo tem um aumento na renda. Sua demanda por carne de segunda poderá diminuir, sendo o seu consumo substituído por carne de primeira, que é mais cara. – Bens Saciados: O desejo do consumidor está satisfeito após um determinado nível de renda. Normalmente alimentos como arroz, açúcar, sal. Se aumentar a renda do consumidor, não aumentará significativamente a demanda desses bens.

3) Os gostos, preferências e os hábitos – A Demanda depende dos hábitos, gostos e preferências dos consumidores.

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4) As Expectativas sobre Preços, Rendas ou Disponibilidades – As expectativas que as pessoas têm em relação ao futuro dos seus rendimentos e em relação ao comportamento dos preços.

5) Os preços dos bens relacionados – A demanda de um produto pode ser afetada pela variação no preço de outros bens.

Isso ocorre em relação aos Bens Complementares e aos Bens Substitutos

Bens Complementares: Tendem a aumentar a satisfação do consumidor quando utilizados em conjunto. A elevação no preço de um deles produz uma redução na demanda de outro e vice versa. É o exemplo do pão e da manteiga. Também temos como exemplo um aumento no preço dos automóveis deverá diminuir a procura por combustíveis.

Bens Substitutos ou Concorrentes: São aqueles cujo consumo de um pode substituir o consumo de outro. Uma elevação no preço de um bem produzirá aumento na demanda do outro e vice versa. A manteiga e a margarina. A Coca Cola e a Pepsi Cola. Há um deslocamento da curva de demanda, supondo um aumento no preço do bem substituto. 6) Propaganda – Os hábitos ou gostos são alterados, “manipulados” por propaganda e campanhas promocionais. Podemos ter campanhas para aumentar o consumo ou para diminuir o consumo de bens, como por exemplo “o fumo é prejudicial à saúde”. Ou “beba mais leite que faz bem à saúde”.

7) Crédito – Expansão ou contração de crédito à disposição dos consumidores 8) Qualidade e Utilidade

9) Inovações Tecnológicas

10) Aumento no nº de habitantes

TRATAMENTO MATEMÁTICO DA FUNÇÃO DEMANDA

Vimos anteriormente que a demanda é função (ou depende) de vários elementos, tais como, o preço do próprio bem (Px), da renda do consumidor (R), do preço dos bens relacionados (Pbr), do gosto ou preferência do consumidor (G), e também das expectativas do consumidor sobre preço, renda e disponibilidades (E).

Em linguagem matemática expressaremos estas relações da seguinte forma: D = f(Px,R,Pbr,G,E) onde:

D = quantidade procurada do bem X por período de tempo F = função de

Px = o preço do bem X R = a renda do consumidor

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Mas enfocaremos a relação entre quantidade demandada e preço, mantendo constantes os outros determinantes da demanda.

Portanto esta expressão deve ser lida da seguinte forma: A quantidade do bem X demandada por um indivíduo em um determinado intervalo de tempo é função do preço do bem X, mantendo-se os demais elementos que influenciam a demanda, constantes.

Então a função representativa da demanda é: D = A – BP onde:

D = Quantidade demandada do bem X P = Preço do bem X

A = Coeficiente Linear

B = inclinação da função demanda – Coeficiente Angular

A RELAÇÃO ENTRE A QUANTIDADE DEMANDADA E O PREÇO DE UM BEM Exemplo Prático – Litros de Refrigerantes x Preços dos Refrigerantes

Preço Quantidade Pontos 7,00 0 A 6,00 5 B 5,00 10 C 4,00 15 D 3,00 20 E 2,00 25 F 1,00 30 G

Após a projeção do gráfico de Demanda, teremos uma curva inclinada para a esquerda, o que denota que quanto maior o preço de um bem, menor é a quantidade demandada e vice-versa.

A curva da Demanda envolve um conceito de máximo, uma vez que nos mostra a quantidade máxima que o consumidor deseja adquirir a cada preço diferente.

Naturalmente o consumidor está disposto a pagar preços menores que os indicados pela curva de demanda e nunca maiores.

LEI GERAL DA DEMANDA

Toda vez que o preço diminui, a quantidade demandada aumenta e vice-versa. Porque há essa relação inversa?

Ela ocorre devido aos chamados efeitos substituição e renda, que agem em conjunto. Suponhamos uma queda do preço do bem. Podemos dividir o efeito dessa queda de preço sobre a quantidade demandada assim:

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a) Efeito Substituição

Se o preço de um bem aumentar, enquanto os preços dos outros bens permanecem os mesmos, o consumidor procurara substituir o consumo desse bem, passando então a consumir um bem similar.

b) Efeito Renda

Se a renda do consumidor fica a mesma e o preço de um determinado bem diminuir, a renda do consumidor se eleva (renda real) e aí ele aumenta o consumo desse bem. É como se a renda houvesse aumentado. Há também a direção contrária.

EXCEÇÕES A LEI DA DEMANDA

Os bens de GIFFEN – São bens de baixo valor, mas de grande peso no orçamento doméstico de pessoas de baixa renda. Se esse bem aumentar seu preço, seu consumo tende a aumentar, e não a diminuir. Antes do aumento desse bem, os consumidores pobres ainda podem comprar outros bens mais caros que o de Giffen; após o aumento de preço não sobra renda suficiente para comprar outros produtos mais caros. Continuarão consumindo maiores quantidades do bem de Giffen. A curva da demanda é positivamente inclinada Os bens de VEBLEN – São bens de consumo ostentatórios, que dão prestígio social. São os artigos de luxo, como obras de arte, carros de luxo, jóias, etc.

Certos consumidores acham que a aquisição desse tipo de bem lhes confere prestígio social. Pode acontecer que a quantidade demandada por bens de luxo cresça conforme fique mais caro.

A DEMANDA DE MERCADO OU AGREGADA

É quando entra no mercado mais de um consumidor. É obtida a partir da soma das quantidades demandadas das curvas de demanda individuais a cada possível preço.

DEMANDA NÃO LINEAR

A curva de Demanda não é necessariamente linear. O seu traçado deve, entretanto respeitar a Lei Geral da Demanda. Em outras palavras, deve inclinar-se negativamente e revelar a inversão do sentido do comportamento entre preço e quantidade.

A curva da demanda pode ser uma linha reta, uma linha curvilínea ou outra curva qualquer, regular ou irregular, mas em geral decrescente.

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Preço Quantidade Demandada 25,00 100 20,00 140 15,00 200 10,00 300 5,00 500

DIFERENÇAS ENTRE VARIAÇÕES DA DEMANDA E NA QUANTIDADE DEMANDADA

Variações da Demanda – Deslocamento da curva da demanda, devido a alterações nas variáveis.

Na quantidade demandada – É o movimento de um ponto para outro na própria curva de demanda, devido à queda ou aumento no preço do próprio bem.

RETA DA DEMANDA EM UM GRÁFICO

Sempre voltada para a esquerda. Preço e Demanda representam variáveis inversamente proporcionais, ou seja, quando uma aumenta a outra declina e vice versa.

A OFERTA INDIVIDUAL

Definição - A quantidade de um bem que um único produtor deseja vender no mercado, por unidade de tempo.

a) A oferta é uma aspiração, um desejo e não a realização de desejo. Ela é um desejo de vender. A venda é a realização do desejo.

b) A oferta é um fluxo por unidade de tempo

Devemos expressar a oferta de um bem como sendo uma determinada quantidade em um determinado período de tempo. Devemos especificar a unidade de tempo em que o produtor deseja oferecer a mercadoria, se por dia, semana, mês, ano, etc.

ELEMENTOS QUE DETERMINAM A OFERTA 1) O preço do bem.

Quanto maior o preço, maior deverá ser a quantidade ofertada do bem no mercado. O inverso também é verdadeiro.

Na análise do ofertante deve sempre ser relacionado o custo de produção e a receita total a se obter. Se o preço não for suficiente para cobrir os custos não haverá estímulo para se oferecer a mercadoria.

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2) O preço dos fatores de produção

Os preços pagos pela utilização dos fatores de produção, junto com a tecnologia empregada, determinam o custo de produção. Redução no preço desses fatores diminui os custos, tornando a produção mais lucrativa. O aumento da lucratividade estimula a empresa a aumentar a produção e a oferta de seu produto no mercado.

3) A tecnologia

Ela se relaciona com os custos de produção. Obtém-se um volume maior a custos menores, que aumentarão a lucratividade da empresa, estimulando a produção e aumentando a oferta. 4) O preço de outros bens

A oferta de um bem pode ser afetada pela variação nos preços dos bens que sejam substitutos ou complementares.

Substitutos – Exemplo milho e soja

Complementares – Aqueles que apresentam alteração na produção em virtude da variação de preço de outro bem. Exemplo: Carne e Couro

5) Expectativas

O produtor, na sua decisão de produção atual, também leva em consideração as alterações esperadas de preços. Por exemplo, se um criador de gado acredita que haverá um aumento no preço da carne no futuro, é provável que retenha o fornecimento atual de gado para o abate a fim de aproveitar preços mais altos no futuro. Isso provoca uma diminuição da oferta atual de carne.

6) Condições climáticas

Nos produtos agrícolas em especial, as condições climáticas exercem grande influência na oferta. Por exemplo, a geada sobre a oferta de café.

TRATAMENTO MATEMÁTICO DA FUNÇÃO OFERTA

Vimos até agora que a quantidade de um bem X qualquer, que um produtor individual deseja oferecer é função do preço do bem X (Px), do preço dos fatores de produção (Pfp), da tecnologia (T), do preço dos outros bens (Pob), das expectativas (e) e, quando for o caso, das condições climáticas (Cc).

Em linguagem matemática expressaremos as relações da seguinte forma: OF = f(Px, Pfp,T, Pob, E, Cc) onde:

OF = Quantidade ofertada F = Função de

Px, o preço do bem X.

Pfp = Preço dos fatores de produção T = Tecnologia

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Se supusermos que todos os elementos que afetam a oferta do bem X, com exceção do preço, sejam constantes, a única variável a sofrer modificação será o preço da mercadoria, enquanto tudo o mais permanece constante.

Nessa condição, a função oferta será dada por: OF = f(Px)

OF = C + DPx onde, OF = Quantidade ofertada

Px = Preço do bem X (Variável independente) C = intercepto da função oferta

D = Inclinação da função oferta

ESCALA DE OFERTA INDIVIDUAL

Mostra a quantidade máxima de um determinado bem ou serviço que esse produtor estará disposto a oferecer a diferentes pelos possíveis.

Exemplo Prático

Preço Quantidade de camisas Pontos 140,00 400.000 A 120,00 400.000 B 100,00 400.000 C 80,00 300.000 D 60,00 200.000 E 40,00 100.000 F

Esta lista mostra a quantidade máxima de camisas que o produtor está disposto a oferecer a cada preço e chama-se escala de oferta. Ela mostra a relação existente entre os preços e quantidades.

Quando o preço aumenta, a oferta aumenta.

Preços acima de 100,00: a quantidade é constante (400.000), em virtude de haver sido atingido o limite de pleno emprego dos fatores.

Exemplo de uma equação de oferta: OF = -2 + 2Px ( Construir gráfico )

LEI GERAL DA OFERTA

A oferta de um produto ou serviço qualquer, em determinado período de tempo, varia na razão direta da variação de preços desse produto ou serviço, a partir de um nível de preços tal que seja suficiente para fazer face ao custo de produção do mesmo até o limite superior de pleno emprego dos fatores de produção quando se tornará constante, ainda que os preços em referência possam continuar oscilando, mantidas constantes as demais condições.

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Segundo essa lei, toda vez que o preço (P) aumenta, a quantidade ofertada ( Q ) aumenta, toda vez que o preço diminui, a quantidade ofertada diminui.

OFERTA DE MERCADO

É a soma das quantidades ofertadas pelos produtores individuais a cada preço Exemplo Numérico

Preço Produtor A Produtor B Mercado (A+B)

100 400 600 1000

80 300 500 800

60 200 400 600

40 100 300 400

Deve-se destacar o número de produtores / vendedores aptos a participar do mercado. A oferta também depende do número de produtores existentes. Se o número de firmas aumentar, a curva desloca-se para a direita. Exemplo: Produtor A: OF = -2 + 2Px e Produtor B : OF = -1+Px Resolução – Somar as duas equações OFERTA NÃO LINEAR A curva de oferta não é necessariamente linear. O seu traçado deve, entretanto, respeitar a Lei Geral da Oferta. Em outras palavras a curva da oferta deve inclinar-se positivamente e revelar a existência de uma relação direta entre preço e quantidade A curva de oferta pode ser uma linha reta, curvilínea, ou outra curva qualquer, regular ou irregular, mas geralmente crescente. Exemplo Numérico: Preço Quantidade ofertada 25,00 540

20,00 500

15,00 420

10,00 300

Referências

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