PROGRAMA'
DE
Pós-GRADUAÇÃO EM
ENGEN|-|AR|A
DE
|`=›RoDuçÃo
Aplicação
do Método
AHP
- Processo
Analítico Hierárquico-
àSeleção
de
«Helicópteros
paraApoio
Logístico àExploração e'Produção
de
Petróleo“Offshore” `
Paulo
Pereirade Almeida
D|ssERTAÇÓo
suBMET|DA
À
uN|vERs|DADE
FEDERAL DE
SANTA
CAT/-\RlNAcomo
REQu|s|To
PARc|A|__PARA
OBTENÇAO Do
T|TuLo
DE
MESTRE EM
ENGENH/\R|A
DE
|=>RoDuÇAo
_ zRio
de
Janeiro2002
Paulo
Pereirade Almeida
Aplicação
do Método
AHP
- Processo
Analítico Hierárquico-
àSeleção
de
Helicópteros para
Apoio
Logístico àExploração
eProdução de
Petróleo “Offshore”Esta dissertação foi julgada e
aprovada
para a obtençãodo
títulode
Mestreem
Engenharia
de Produção no
Programa de Pós-graduação
em
Engenhariade
Produção da
Universidade Federalde
Santa Catarina.Florianópolis,
28
de
novembro de
2002.fz
Prof.
Edson
P
eco
Paladini, Dr.Coordndo
do Curso
Banc Examinado
«A
Prof. Sérgio Ido
Granemann,
Dr.`
ador
(UCB)
Prof. Carlos
Manuel
Taboada
Rodrigues, Ph. D.(UFSC)
2
-
Q
QL/É
Prof. Macul Chraim, Dr.
Manoel
Gomes
de Almeida
(in
memoriam)
Agradecimentos
À
Petrobrás e à Universidade Federalde
Santa Catarina, pela oportunidadede
crescimento.
Ao meu
orientador, Professor Dr SérgioRonaldo Granemann,
pelo inestimávelapoio.
A
todos os docentesque
ministraram as aulasdo
curso, pela dedicação ecompetência. `
Aos
meus
familiares e a todas aspessoas amigas que
ofereceram estímulona
transposição
dessa
etapa.Aos
companheiros:Álvaro Brazil Protásio
Annando
Oscar
Cavanha
FilhoCarlos
Augusto
Arentz PereiraManoel
FurloniPaulo
Cezar Bayer Candal
Pedro
Henriquede
OliveiraCaldas
su|v|ÁR|o
Lista
de
Figuras viiiLista
de
Tabelas xResumo
xii Abstract xiiicAPiTuLo
1 -|NTRoDuçÃo
1.1 - Justificativado
Trabalho 1 1.2 - Objetivos 4 1.2.1 - Geral4
1.2.2 - Específicos 4 1.3 - Limitações 5 1.4 - Metodologia 5' 1.5 - Estruturado
Trabalho 6CAPÍTULO
2 -MODELO
DE
SELEÇÃO
DE
HELICÓPTEROS
BASEADO NA
RELAÇÃO cusTo vERsus DESEMPENHO
2.1 - Introdução 7
2.2 - Considerações quanto
ao
Desempenho
dos
Helicópteros 82.3- Considerações quanto à
Regulamentação
Aeronáutica 122.4 -
Modelos
de Helicópterosde Médio
Porte 142.4.1 - Introdução 14
2.4.2 -
Modelo
Bell212
152.4.3 -
Modelo
Bell412
SP
162.4.4 -
Modelo
Sikorsky76
A
172.4.5 -
Modelo
EurocopterDauphin
2(
SA
365
N
)18
2.5 - Especificação
de
Helicópteros para Finsde
Contratação20
cAPíTu|.o
3 -APo|o
|v|u|.T|cR|TÉR|oÀ
DEc|sÃo
3.1 - Introdução
32
3.2 -
Métodos
Multicritérios32
3.3 -
o
Método
AHP
34
CAPÍTULO
4
-ESTUDO DE
CASO:
ORDENAMENTO
DE
PROPOSTAS
DE
|~|EL|cÓPTERos
PARA JULGAMENTO
DE
|.|c|1'AÇÃo4.1 - Introdução
46
4.2 - Aplicação
do
Método
AHP
46
4.2.1 - “Software”
de
Apoio Utilizado46
4.2.2 - Atributos
ou
Critérios-
Definições e Justificativasdas
Escolhas47
4.2.3 - Alternativas
49
4.2.4 - Estrutura
da
Hierarquia 514.2.5 - Resultados Obtidos
52
4.2.6 - Análise
dos
Resultados55
4.3 - Aplicação
do Método
de Custo versusDesempenho
59
4.3.1 -
Execução dos
Cálculos59
4.3.2 - Resultados Obtidos
60
4.3.3 - Análise
dos
Resultados60
4.4 -
Comparação
entreos
Resultados Obtidos pelos DoisMétodos
61.cAPíTu|_o
5 -coNcLusÃo
ea
REFERÊNCIAS
|3|B|.|oGRÁi=|cAsse
ANEXO
I -Dados
de
“Performance”Necessános aos
Cálculosde
Custo versusDesempenho
'ANEXO
II - Cálculodos
Tempos
de
Vôo
eConsumos
de
Combustível para QuatroANEXO
III - Cálculodo
Número
de
Passageirosna Missão 110
IFR para osModelos
de Helicópterosdo
Estudode
Caso
ANEXOHIV
- Gráficosdas Pontuações
Obtidas para Critérios e Alternativasna
LISTA
DE FIGURAS
Figura 2.1 - Fotografia
de
um
helicóptero Bell212
16Figura 2.2 - Fotografia
de
um
helicóptero Bell412
17Figura 2.3 - Fotografia
de
um
helicóptero Sikorsky76
18
Figura 2.4 - Fotografia
de
um
helicópteroDauphin
2,SA
365
19Figura 4.1 - Estrutura
da
Hierarquia para Aplicaçãodo
Método
AHP
51Figura 4.2 - Gráfico
de
Análisede
Sensibilidadecom
Ênfase
em
Custo eDesempenho
57
Figura 4.3 -
Gráfico de
Análisede
Sensibilidadecom
Ênfaseem
Idade eHoras
Totais
Voadas
57
Figura 4.4 - Gráfico
de
Análisede
Sensibilidadecom
Ênfaseem
Equipamentos
Adicionais e
Capacidade de
Bagagens
58
Figura 4.5 - Gráfico
de
Análisede
Sensibilidadecom
Equivalência entreTodos
osSeis Critérios
58
Figuras
do
Anexo
IVFigura A4.1 -
Gráfico de
Critérios-
Entrevistado AlfaFigura A4.2 - Gráfico
de
Critérios-
Entrevistado BravoFigura A4.3 - Gráfico
de
Critérios-
Entrevistado CharlieFigura A4.4 -
Gráfico de
Critérios-
Entrevistado DeltaFigura
A4.5
-Gráfico de
Critérios-
EntrevistadoEcho
Figura
A4.6
-Gráfico de
Critérios-
Entrevistado FoxtrotFigura A4.7 -
Gráfico de
Critérios-
Entrevistado GolfFigura A4.8 -
Gráfico de
Critérios-
Entrevistado HotelFigura A4.9 - Gráfico
de
Critérios-
Entrevistado IndiaFigura
A4.1O
-Gráfico
de
Critérios-
Entrevistado JulietFigura A4.11 -
Gráfico de
Alternativas-
Entrevistado AlfaFigura
A4.12
-Gráfico de
Altemativas-
Entrevistado BravoFigura
A4.13
-Gráfico de
Altemativas-
Entrevistado CharlieFigura
A4.16
-Gráfico de
Altemativas-
Entrevistado Fo›‹trotFigura
A4.1?
-Gráfico de
Alternativas-
Entrevistado GolfFigura
A4.18
-Gráfico de
Alternativas-
Entrevistado HotelFigura
A4.19
-Gráfico de
Alternativas-
Entrevistado IndiaLISTA
DE
TABELAS
Tabela 2.1 - Planilha de. Aplicação
do Método de
Comparação
entre Propostasde
Helicópteros,
com
Base
naRelação
Custo versusDesempenho
30
Tabela 3.1 - Escala
de Julgamentos de
Saaty38
Tabela 4.1 - Altemativas para o Estudo
de
Caso
50
Tabela 4.2 -
Pontuações
para os Seis Critérios52
Tabela 4.3 - Somatórios
das
Classificaçõesdos
Critérios53
Tabela 4.4 -
Pontuações
para as Quatro Alternativas54
Tabela 4.5 - Somatórios
das
Classificaçõesdas
Altemativas55
Tabela 4.6 - Planilha
de
Aplicaçãodo Método
Custo versusDesempenho
no
Estudo
de
Caso
L59
Tabela 4.7 - Resultados
das
Aplicaçõesdos
Métodos
AHP
e Custo versusDesempenho
no
Ordenamento
das
Altemativas 61Tabelas
do
Anexo
ITabela
A1
.1 -Peso Máximo
de
Decolagem
Limitado porTemperatura
(ao Níveldo
Mar) para o
Modelo
Bell212
_
Tabela
A1
.2 -Peso Máximo
de
Decolagem
Limitado porTemperatura
(ao Níveldo
Mar) para o
Modelo
Bell412
SP
Tabela
A1
.3 -Peso Máximo
de
Decolagem
Limitado porTemperatura
(ao Níveldo
Mar) para o
Modelo
Sikorsky76
A
Tabelas
do
Anexo
IITabela A2.1 - Planilha
de
Cálculodos
Tempos
de
Vôo
eConsumos
de
Combustível para os
Modelos
Bell212
e Bell412SP
nas
Três Missões Típicasdo
Atual
Método
de
Comparação
entre Propostasde
Helicópteros fTabela A2.2' - Planilha
de
Cálculo dosTempos
de
Vôo
eConsumos
de
Combustível para os
Modelos
Sikorsky76A
eSA
365N
nas TrêsMissões
TípicasTabelas
do
Anexo
III_
V
Tabela A3.1 - Planilha
de
Cálculodos
Tempos
de
Vôo
eConsumos
de
Combustível'
na Missão 110
IFR ARESUMO
O
presente trabalho propõeum
modelo
para seleçãode
helicópteros destinados à prestaçãode
apoio logístico às atividadesde
exploração eprodução de
petróleo“offshore",
com
base no método
AHP
(“Analytic Hierarchy Process”),Processo
Analítico Hierárquico.
O
modelo
é aplicável a contextos logísticos similaresao da
Bacia
de
Campos,
com
uma
frotade
helicópterosoperando
no regimede
"pool”,no
qualcada aeronave
voa, por mês,um
número
de horaspróximo
aum
limitemáximo
definido, e aempresa
contratante pode, a qualquer tempo,aumentar ou
reduzir o
número
de aeronaves da
frota, para ajustá-lo às variaçõesde
demanda.
O
método de
seleção atualmenteem
uso pela Petrobrás,baseado na
relação custo versusdesempenho,
é apresentado e discutido.O
método
AHP
emerge
como
preferível para utilizaçãono novo
modelo,como
resultadode
uma
pesquisabibliográfica sobre os vários
métodos
multicritériosde
apoio à decisão.Um
estudode
caso é então exposto, simulandouma
concorrência para contrataçãode
helicópteros,
na
qual quatro tiposde aeronaves são
apresentados.O
novo
modelo,
com
base no método
AHP,
e omodelo
atual,baseado
na
relação custoversus
desempenho, são
utilizadosseparadamente.
Os
resultadossão
comparados,
e as diferenças entre elessão
analisadas.As
duas
principaisvantagens
do novo
modelo são
a diversificação dos critériosde
julgamento,
de
acordocom
'a atual tendênciados
especialistas, e o “trade-off”entre os custos e o nível
de
serviço, favorecendo amodemização
tecnológicada
frota
de
helicópteros e oaumento
da confiança dos
passageirosno
transporteaéreo. Conclui-se
que
onovo
modelo,baseado no
método AHP,
é válido paraABSTRACT
The
present dissertation proposes amodel
for the selection of helicopters, forproviding Iogistic support to the offshore oil expioration
and
production activities,based on
theAHP
(Analytic Hierarchy Process) method.The
model
applies toIogistic contexts similar to the existing in the
Campos
Basin, with a fleet ofhelicopters operating in the pool regime, in which
each
aircraft flies, monthly, anumber
of hours near amaximum
defined limit,and
the contractor can, atany
time, increase or reduce the
number
of the fleet aircraft, to adjust it to thedemand
variations.
The
selectionmodel
which is currentlyused
by Petrobras,based on
the costversus performance ratio, is
exposed
and
discussed.The
AHP
method
emerges
aspreferable to
be
used
in thenew
model, as the result of a bibliographic researchon
the several multicriteria
methods
for decision assistance.A
case
study is thenexposed, simulating a bid for contracting helicopters, in which four types of aircraft
are presented.
The
new
model,based on
theAHP
method,and
the current model,based on
the cost versusperfomance
ratio, are separately used.The
results arecompared, and
the differencesbetween
them
are analyzed.The
two mainadvantages
of thenew
model
are the diversification of thejudgement
criteria, in
accordance
with the present trend of the experts,and
the trade-offbetween
the costsand
the service level, inducing the technologicalmodemization
of the helicopter fleet
and
the increase of the passengers' confidenceon
the airtransport.
The
conclusion is thattheproposed
model,based
on theAHP
method,1
|NTRoDuÇÃo
1.1 Justificativa
do
Trabalho
Na
atividadede
exploração eprodução de
petróleono
ambiente marítimo(“offshore”),
os
helicópteros constituemuma
ferramenta logísticade ampla
utilização
em
todas as regiões produtorasdo mundo,
incluindoMar
do
Norte, Golfodo
México, Oriente Médio, África,Sudeste
da
Ásia eAmérica
do
Sul.Considerando que esse modal de
transporte éreconhecidamente
dispendioso, as decisões quanto à escolhadas aeronaves
devem
tomar-se dentrode
critérioscuidadosos
de
avaliaçãode
custos,em
confrontocom
os resultados.Na
Baciade
Campos,
onde
se concentra a maior parteda produção de
petróleodo
Brasil, registra-seuma
expressiva atividade logísticade
apoio por helicópteros,a maioria
dos
quais vinculados a contratosde
afretamento entre asempresas de
transporte aéreo e a Petrobrás.
Operam
atualmentena
Baciade
Campos
cercade
80
unidades marítimas(número
variávelem
funçãodas
atividades exploratórias), incluindo plataformasfixas e flutuantes
de
perfuração e produção,além
de
navios destinadosao
lançamentode
tubulações flexíveis submarinas, aoperações de
produção,amiazenamento
edescarregamento de
óleo e a outras atividades especializadas.Essas
unidades situam-se a distâncias, a partirda
principalbase
de apoioterrestre, na faixa
de
60
a120
milhas náuticas.O
apoio logísticoque
se faz necessário,englobando
o transportede
pessoal, combustível, produtos químicos destinados àsoperações nos
poços, alimentação,variedade
de
outros itens, envolve a utilizaçãode
cercade 120 embarcações
deapoio e cerca
de
40
helicópteros.O
transporte aéreo se aplica principalmenteao
pessoal,atendendo
auma
demanda
que
já se aproximade
40.000 passageiros pormês
(computando-se ospercursos
de
ida ede
volta).A
seleçãodos
helicópteros, por meiode
licitações, tem-se pautado porum
método
no
qual se calcula o custodo
transportede
uma
unidadede
peso,ao
longode
missões
típicas representativasda
realidade operacional,em
média
ponderada.Esse
cálculo é executado paracada
helicóptero ofertado pelasempresas
operadoras, levandoem
conta os indicadores numéricosde
desempenho
(publicadosnos manuais dos
fabricantes) e os preços cotados.Cabe
obsen/arque
as diferençasde
desempenho
existentes entre os vários'modelos de
helicópteros disponíveisno
mercado
são
a principal razão paraque
se adoteesse
critériomisto.
A
operação dos
helicópterosem
regimede
“pool”,conforme
ocorrena
Baciade
Campos,
se caracteriza pela existênciade
uma
frota relativamente numerosa,numa
determinada base,com
utilização próximaao
limitemáximo
recomendável
de
horasde vôo
pormês,
por aeronave.Nessas
condições,quando
uma
variaçãoda
demanda
de
transporte induz aum
aumento ou
reduçãodo
número
de
helicópterosda
base, onúmero
de horasvoadas
pormês
tende a semanter
próximoao
limitemáximo
recomendável,configurando
uma
utilização otimizadados
equipamentos.Os
parâmetrosde
aferiçãode
desempenho
dos
helicópterossão
vários, incluindovelocidade, autonomia,
número
de
assentos para passageiros,peso
transportávelespecífico
de
combustível e pelopeso
máximo
de
decolagem, entre outrasvariáveis.
No
método de
seleção atualmenteempregado
pela Petrobrás,são
estabelecidasmissões
típicas,com
definiçãodas
distâncias, níveisde vôo, temperaturas e todasas
demais
informações necessáriasao
cálculodo
tempo
de vôo
eda
cargapaga
aser transportada
em
cada
missão, paracada
helicóptero.Para
esses
cálculos,são
utilizadas tabelas técnicasbaseadas nas
cun/asde
“performance” publicadas pelos fabricantes
dos
diversosmodelos de
aeronaves.Utilizando-se o
número máximo
recomendável
de
horasvoadas
mensais, oque
écaracterístico do regime
de
“pool”, calcula-se então a cargapaga
mensal, paracada
helicóptero, e,em
seguida, é feito ocruzamento
com
os preços cotadospelas
empresas
licitantes,combinados
pormeio de
uma
fónnula estabelecidana
fomulação
do
modelo. Daí seobtém
o custo por unidadede peso
transportada,que
vem
a ser o elemento finalde comparação,
definindo oordenamento das
propostas.
Não
obstante osbons
resultados alcançados pela Petrobrásna
seleçãodas
aeronaves
que
compõem
a frota, pela aplicaçãodesse método
ao longo dos anos,registra-se atualmente
uma
tendência a ampliar a abrangênciada sua
aplicação,de
modo
que
outros atributosde comparação sejam
considerados,além
do custoe
do
desempenho
nas missões
típicas.Essa
tendênciatem
sido manifestadanas
opiniões
de pessoas
experientes nas atividadesde
contratação e gerênciade
transporte aéreo “offshore”,bem
como
nas
opiniões expressas pelos usuáriosregulares
dos
helicópteros.Os
novos
atributos seriam, entre outros, oano de
fabricação, as horas totaisvoadas, a capacidade
de
transportede
bagagens, alguns itens ligadosao
confortodisponibilidade
de
ar condicionado, e, finaimente, a utilizaçãode novos
equipamentos
relacionados àsegurança de vôo
(alémdos
já exigidos pelalegislação aeronáutica). Para incluir
esses novos
atributos e fazê-los interagircom
desempenho
e preços,não
é suficiente trabalharapenas
com
a análise de custoversus
desempenho.
A
incorporaçãode
elementos quantitativos e qualitativosao
problema,
esses
últimos dificilmente monetarizáveis, limita a análise poressa
ferramenta.
A
nova
situação criada configuraum
problema de
decisãoancorado
por múltiplos critérios.
Os
métodos
multicritériosde
apoio à decisãoemergem
no
caso
como
solução plausível para o tratamentodo
problema.No
presente trabalho, é utilizado particulannente o'AHP
(“Analytic HierarchyProcess"),
Processo
Analítico Hierárquico (Saaty, 1982).Com
base no
AHP,
partindo-seda
atual metodologia e acrescentando-se os váriosnovos
atributosde comparação,
pretende-sechegar
aum
modelo
paracomparação
entre propostas de contrataçãode
helicópteros destinados àoperação
em
regimede
“pool".1.2 Objetivos
1.2.1 Geral
Avaliar
um
processo para a seleçãode
helicópteros destinadosao
apoio logísticoàs atividades
de
exploração eprodução de
petróleo “offshore”,em
regimede
"pool",
com
base no método
AHP
- Processo Analítico Hierárquico.1.2.2 Específicos
Apresentar e discutir o
modelo
atual'de
seleçãode
helicópteros para a Baciade
Campos,
fundamentado
na análisede
custo versusdesempenho.
Efetuar
um
estudode
caso,com
base na
realidade operacionalda
Baciade
Campos
enos dados de
desempenho
dos modelos de
helicópteros disponíveisno
mercado,de
modo
acomparar
os resultadosda
aplicaçãodo modelo
utilizadoatualmente e
do modelo
proposto.1.3
Limitações
O
modelo
a ser propostotem
como
premissa aoperação dos
helicópterosem
regime
de
“pool",conforme
a caracteristicada
Baciade
Campos. Nesse
regime, onúmero
de
helicópterosda
frota é variávelcom
ademanda,
e existemnos
contratos cláusulas
de
dispensa e reativação para proveressa
flexibilidade.O
parâmetro indicador
da
necessidadede
aumento
ou
reduçãoda
frota é onúmero
médio de
horasde vôo mensais
por helicóptero.Quando
esse
número
se afasta,para mais
ou
paramenos, do
limite estabelecido para a utilização otimizadadas
aeronaves, decide-se
aumentar ou
diminuir respectivamente o quantitativoda
frota.
Deve-se, portanto, considerar
como
limitaçãodo
presente trabalho asua
aplicabilidade
apenas ao
regimede
“pool”,num
cenário logístico similarao da
Bacia
de
Campos.
_1.4
Metodologia
A
elaboraçãodo
presente trabalho envolveu as seguintes etapas:a) Pesquisa bibliográfica sobre estudos teóricos para seleção
de equipamentos de
b)
Definição de
critérios e altemativas,com
base nas
opiniõesde
20
especialistasem
contratação e gerenciamentode
transporte aéreono
apoio logístico “offshore”. c) Estudode
caso,com
a aplicaçãodo
AHP,
envolvendo a participaçãode
10 especialistas.'
d) Utilização
do
software “Expert Choice forWindows”,
para auxíliono
processode
tomada
de
decisão.e) Cálculo
do
custo versusdesempenho
dos
helicópteros apresentadoscomo
altemativas. ~
f) Análise comparativa entre os resultados obtidos pelo
método
atual e peloAHP.
1.5 Estrutura
do
trabalhoO
trabalhocompõe-se
de
cinco capítulos,sendo
o primeiro introdutório.No
segundo,há
uma
apresentação e discussãodo modelo
atual,com
suas
vantagens e desvantagens,
bem como
as razõesda
atual tendência àdiversiflcação
dos
atributos para aferiçãodos equipamentos
ofertados.No
terceiro capítulo,há
uma
revisão bibliográfica referenteaos métodos
multicritérios
de
apoio à decisão,com
ênfaseno
AHP.
No
quarto capítulo, é apresentado o estudode
caso,com
a aplicaçãodo
método
AHP
etambém
ado
custo versusdesempenho,
seguindo-se acomparação
entreos resultados obtidos.
2
MODELO
DE
SELEÇÃO
DE
HELICÓPTEROS
BASEADO NA RELAÇÃO
CUSTO VERSUS DESEMPENHO
2.1 Introdução'
Este capítulo se destina à apresentação e discussão do.
modelo
atualmenteempregado
de
seleçãode
helicópteros para apoio logístico às atividadesde
exploração eprodução de
petróleo,em
particularno caso da
Baciade
Campos.
A
utilizaçãode
critériosbaseados
no conceitode
custo versus benefício paracomparação
entre helicópteros,nas
licitações, decorre pn`ncipalmentedas
diferenças
de
desempenho
entre os váriosmodelos
existentesno
mercado, compatíveiscom
as especificações emitidas pelaempresa
contratante. Se, porhipótese, o
equipamento
X
é10%
mais caroque
oseu
concorrente Y,mas
pode
gerar
20%
amais
em
desempenho
no
contexto operacional a ser suprido, então asimples
comparação
entre osseus
preçosnão
conduziria os julgadores à melhorescolha, evidenciando a necessidade
de
critérios mistos.Quando
se estabeleceu na Petrobrás o atual critériode
custo versusdesempenho
para a seleção
de
helicópteros, a tarefa apresentou dificuldades,em
funçãodos
seguintes fatores (que ainda prevalecem):
a) os indicadores numéricos
de
desempenho
dos
váriosmodelos de
helicópterossão
diversificados e inter-relacionados;b) as distâncias
da
principalbase
às plataformassão
muito variadas;c) a legislação aeronáutica brasileira
impõe
diferentes exigências quanto aaltemativa e reserva
de
combustível paravôo
visual e por instrumentos.d)
há
também
limitações legais quanto apeso
edimensões dos
helicópteros,em
função
da
resistência estrutural edimensões dos
helipontos das unidadesNo
caso
em
estudo, odos
helicópterosde médio
porte,que
constituem maisde
80%
das aeronaves
a serviçoda
Petrobrásna
Baciade
Campos,
aplica-se oconceito
de operação
em
regimede
"pool", caracterizado pela existência deuma
frota relativamente numerosa,
onde cada aeronave voa
um
número
próximoao
limite
máximo
recomendável
de
horas por mês, considerado atualmentecomo
120.
Esse
limite foi estabelecidocom
base na
prática operacional,de
modo
atomar
compatíveis a utilização otimizada
dos
helicópteros e a estrita obsen/ânciados
procedimentos
de
manutenção
estabelecidos pelos fabricantes, garantindo a segurançade
vôo.Dentro
dessa
lógica,quando
onúmero
médio de
horasvoadas mensais
da frota.tende a se afastar
de
120, para maisou
paramenos,
em
funçãodas
variaçõesda
demanda
de
transporte aéreo,esse dado
funcionacomo
sinalização quanto à necessidadede aumentar ou
diminuir, respectivamente, onúmero
de
helicópterosafretados, providência que,
após
tomada, resultana
normalizaçãodo
processo.O
fatode cada
helicóptero voaraproximadamente
omesmo
número
de
horasque
os demais, naquele contexto, serviu
como
pontode
partida para o estabelecimentode
um
método de
seleção,com
base na
idéiade comparar
quanto
cada
um
poderia fomecer,em
termosde
desempenho
operacional,ao
longo
de 120
horasde
vôo,em
confrontocom
o seu custo mensal.2.2
Considerações quanto ao
Desempenho
dos
Helicópteros/Ao
analisar-se odesempenho
deum
helicóptero destinadoao
apoio logísticoajl as velocidades
de
cruzeiro e subidado
modelo
em
análise, as quais influenciamos
seus tempos
.devôo
nas várias etapas;b) a quantidade
de
assentos disponíveis para passageiros;c) o
peso
máximo
de decolagem do
modelo,que
pode
variarcom
a temperaturaambiente e
algumas
outras condicionantesde
operação;djlo
peso
básico operacional,que pode
variar inclusive entre dois helicópterosdo
mesmo
modelo,dependendo
da
configuração intemade cada
um;e) os
consumos
específicosde
combustíveldo modelo
em
vôo de
cruzeiro eem
subida, os quais influenciam o
peso de
combustívelque
o helicóptero deverátransportar por missão;
f) a
autonomia de
vôo, diretamente relacionadaao
consumo
de
combustível e àcapacidade
dos
tanques (sendo importante observarque
a necessidadede
tanques adicionais,dependendo
da missão e do modelo de
helicóptero,pode
reduzir o
número
de
assentos disponíveis para passageiros).Para efeito
de
um
método de
seleção,assume
particular importância o conceitode
carga paga,
ou
seja, opeso de
tudo oque
o helicópteropode
transportar,numa
determinada missão, a serviço
do seu
usuário (e que, portanto,não
inclui opeso
dos
tripulantes edo
combustível).Esse
conceito se relacionade
pertocom
os de
peso
máximo
de decolagem
(PMD), epeso
básico operacional (PBO),confonne
expostos a seguir.O
PMD,
entendidocomo
opeso
máximo
admissívelda aeronave ao
iniciaruma
operação de
vôo, é calculadocom
base nas
cartasde
“performance” publicadas pelo fabricante, levandoem
conta a resistência estruturaldo
helicóptero,bem
como
sua
potência disponível, e as condições atmosféricasdo
localde
operação.Para
aeronaves
equipadascom
dois motores, tendoem
vista asegurança
operacional, o
PMD
também
levaem
conta a capacidadede
aaeronave
semanter
em
vôo,sem
perdade
altitude, esem
entrar portantoem
situaçãode
emergência,no caso de
sofrerpane
em
um
dos
motores, considerando-seque
o outroNo
estudoda
“performance”de decolagem dos
helicópteros, existem dois efeitosaerodinâmicos
que exercem
particular influência:um
deles é o efeitode
solo1 e ooutro é a sustentação
de
deslocamentoz.Ambos
afetam o cálculo doPMD,
tomando-o
variávelcom as condiçõesde
operação.Além
disso, a temperatura ea
altitude geográfica
são
variáveis importantesporque
ambas
influenciam adensidade
do
ar. Para os helicópterosem
operação
“offshore", é importante ocálculo
do
PMD
limitado pela capacidadede manter
ovôo
pairado, porque, pelainexistência
de
pistanuma
plataforma, torna-se inviáveluma
decolagem
corrida.A
legislaçãoem
vigor,RBHA
(Regulamento
Brasileirode
Homologação
Aeronáutica) n° 135, exige
que
uma
aeronave de
dois motores,quando
operando
em
condiçôes IFR (“lnstrument Flight Rules”),vôo
por instrumentos, transportandopassageiros
em
ambiente "offshore", tenha a capacidadede
semanter
em
vôo
com
apenas
um
dos
motores funcionando, à altitudede
2000
pés, emantendo
uma
razãode
subidamínima de 50 pés
por minuto.Esse
fatortambém
énecessariamente levado
em
contano
cálculodo
PMD
dos
helicópterosque
atendem
às plataformas.A
altitudegeográfica não tem
influência significativana operação
“offshore”porque
os helipontos
das
plataformas ficam muitopouco acima do
níveldo
mar,em
termos
de
densidade atmosférica,porém
a temperatura,em
combinação
com
os
1 - Quando o helicóptero está
em
vôo pairado próximo ao solo, o ar impulsionado pelas pás, aoatingir o terreno, é defletido para fora e para cima, formando
uma
camadacom
maior densidade,comprimida entre o rotor e o solo. Essa camada mais densa faz
com
que as pás desenvolvammaior sustentação, e esse fenômeno é denominado efeito de solo.
2 -
A
sustentação de deslocamento é a parcela de sustentação adicional que o rotor desenvolvequando o helicóptero se desloca a partir de
uma
certa velocidade, por aumento da eficiênciaaerodinâmica das pás, e que portanto não existe durante o vôo pairado. Por causa desse
fenômeno,
um
helicóptero necessita de menos potência para decolar a partir de uma pista(decolagem corrida) do que para decolar de
uma
área restrita, como, por exemplo,uma
clareira dedemais
fatores expostos,tem
influênciano
cálculodo
PMD
da
maior partedos
modelos de
helicópteros.O
peso
básico operacional(PBO)
é definidocomo
opeso
vaziodo
helicóptero,acrescido
dos
óleos lubrificantes e hidráulicos necessários, combustível residual(que
não
pode
serdrenado
dos
tanques),equipamentos
de
salvamento esobrevivência, mais os tripulantes necessários, considerando-se, para efeito
de
planejamento,
cada
tripulantepesando 170
libras.O PBO
é diferente paracada
aeronave,mesmo
em
se tratandode
helicópterosdo
mesmo
modelo,podendo
variarem
funçãode
acessórios, aviônicos adicionais,detalhes
de acabamento,
e pela própria impossibilidade natural de doisequipamentos
com
razoável complexidade teremexatamente
omesmo
peso.A
cargapaga
(c), constituídade
tudo oque
sepode
transportarno
helicóptero, aserviço
do seu
usuário, é equivalenteao
PMD
subtraídodo
PBO
edo
combustível necessário à missão:c
=
PMD
-PBO
- combustívelNa
maioriados
modelos de
helicópteros, é inviável operar, simultaneamente,com
plena
ocupação dos
assentosde
passageiros e plena utilizaçãoda
capacidadedos
tanquesde
combustível, pois, se isso fosse feito, oPMD
seria excedido.Desse
modo, no
planejamentodas
missões, é adotadauma.
soluçãode
compromisso
entre a distância a ser percorrida (que influi diretamentena
quantidade
de
combustível necessária) e onúmero de
passageiros a ser transportado.Nesses
cálculos, percebe-seuma
diferenciação entre osmodelos
de
helicópteros, observando-se
que
algunstêm
maior capacidadede
transportedo
Na
operação
em
regimede
“pool"da
Baciade
Campos,
cada
helicóptero tende avoar
um
número
de
horasaproximadamente
igualao dos
demais, no períodode
um
mês. Daí se observaque
osmodelos
mais velozes,com
tempos de vôo
maiscurtos por missão,
tendem
a executarum
número
maiorde missões
mensais,transportando
um
número
maiorde
passageiros,ou de
carga equivalente, oque
também
constituium
importante fatorde
diferenciação entre os modelos.No
cálculodos
tempos de
vôo, para efeitode
planejamento, tornam-seimportantes os conceitos
de
velocidadede
cruzeiro, velocidadede
subida e razãode
subida.A
razãode
subida (medidaem
pés
por minuto) detemwina otempo que
o helicóptero levará para atingir o nível
de vôo
estabelecido para a missão,deixando então
de
voarna
velocidadede
subida (mais baixa) epassando
a voarna velocidade
de
cruzeiro,ou
seja,_ a velocidade non'nalde operação
em
vôo
nivelado.
As
velocidadesde
subida ede
cruzeirosão
características decada
modelo de
helicóptero,enquanto
a razãode
subida é padronizada pelos órgãoscontroladores
de
vôo.2.3
Considerações quanto
àRegulamentação
Aeronáutica
No
que
se refere à elaboraçãode
um
método
de
seleçãode
helicópteros paraapoio logístico às unidades marítimas, alguns aspectos
da
regulamentaçãoaeronáutica
em
vigorno
Brasiltomam-se
relevantes.Conforme
o exposto, a quantidadede
combustível necessária auma
missao tem
influência direta
na
cargapaga
transportável.E
essa
quantidadede
combustívelpode
variarde
modo
significativoem
funçãodas
condições meteorológicasdo
vôo, considerando
que
a regulamentação aeronáutica estabelece os requisitospara
que
um
vôo
se realize por procedimentos visuais ou por instrumentos,bem
como
as quantidadesmínimas de
combustível a bordoem
cada
uma
das
süuações.Quando
em
VMC
(“visuaI meteorological conditions”), condições meteorológicasvisuais, o
vôo
pode
ser planejado e executadoem VFR
(“visuaI flight rules”),regras
de
vôo
visual.Nos
vôos
em
VFR,
o helicópterodeve
estar abastecido, no mínimo,com
o combustível necessário para voarda
origemao
destino e mais20
minutosem
regimede
cruzeiro,como
reservade
segurança.Quando
em
IMC
(“instrument meteorological conditions”), condições meteorológicas por instrumentos, ovôo deve
ser obrigatoriamente planejado e executadoem
IFR (“instrument flight rules”), regrasde vôo
por instrumentos.Nos
vôos
em
IFR, o helicópterodeve
estar abastecido,no
mínimo,com
o combustívelnecessário para voar
da
origemao
destino, mais o necessário para voardo
destino a
uma
alternativa (obrigatoriamente declaradano
planode
vôo) e para voar mais30
minutosem
regimede
cruzeiro,como
reservade
segurança.Observa-se portanto que,
em
condições meteorológicasque
obriguemao
planejamentode vôo
em
IFR, opeso do
combustível a bordo setoma
bem
maior,reduzindo-se
em
conseqüência
a cargapaga
transportável.A
regulamentação brasileiratambém
é rigorosa quanto às limitações impostasaos
helipontos
das
plataformas e navios,no que
se refereaos pesos
edimensões
máximos
admissíveisdos
helicópterosque
nelespossam
operar.Essas
limitaçõessão
definidasem
funçãoda
resistência estrutural, formato geométrico edimensões de cada
heliponto. Jáhouve exemplos de
plataformasque
operavam,em
outros países,com
helicópterosdo
portedo
Sikorsky61N
(comprimento,com
ambos
os rotores girando,de 22,20m)
e,ao
chegarem
ao
Brasil, tiveramseus
helipontos
homologados
para operarem,no
máximo,
com
helicópterosdo
portedo
Bell 212,
com
17,46m.Ao
se estabelecerem especificações emétodos de
julgamento para as aeronaves, é necessárioum
estudo préviodos
helipontosda
área a ser atendida, paraque
não sejam
contratados helicópterosque
excedam
as limitações impostas pelaregulamentação.
2.4
Modelos de
Helicópterosde Médio
Porte2.4.1 Introdução
Os
quatro principaismodelos de
helicópterosde médio
porteque têm
participadodas
licitações para o atendimento à Baciade
Campos
são
o Bell 212, o Bell412SP,
o Sikorsky76A
e o EurocopterDauphin
2 (SA
365N
).Existe a expectativa
da
apresentaçãode novos
modelos
nas próximas licitações,embora
os maiscomentados,
na literatura técnica eno meio
aeronáutico,sejam
apenas
evoluçõesdos
três últimos citados: Bell412EP,
Sikorsky76C+
e EurocopterEC
155.O
únicomodelo de médio
portecom
projeto inteiramente novo, a entrarem
operação nos
próximos anos,no
apoio logístico “offshore”,deverá ser o
AB
139, aindaem
fasede
ensaiosde
vôo, ecom
previsãode
ser fabricadoem
sériena
Itália pelo consórcioAgusta
/ Bell.Em
1996,uma
das empresas
com
maior experiênciano
atendimento à Baciade
Campos
anunciou a intençãode
obter, junto às autoridades aeronáuticas, ahomologação de modelos de
helicópteros russos paraoperação no
Brasil,mas,
pouco
tempo
depois, aempresa
encerrousuas
atividades, enenhuma
outramostrou interesse pelo assunto.
Os
novos
modelos,quando
forem oferecidosem
concorrências para afretamento,deverão apresentar inovações tecnológicas
em
termosde
conforto para ospassageiros, melhor
ergonomia
para os tripulantes, aviõnicos mais sofisticados edispositivos relacionados
com
asegurança de
vôo,com
destaque para oTCAS
termos
de desempenho, na medida
em
que
é aferido pelo atual método,com
ênfase nostempos de vôo
enas
cargaspagas
transportadas, eles terãopouco
a acrescentaraos
melhoresmodelos
atuais,tendendo
aperderem
as concorrênciasem
funçãodos
seus custos mais altos.A
adoção de
um
método
multicritériode
julgamento,como
porexemplo
oAHP,
seria
uma
opção
paraque
osnovos
modelos,apesar do
acréscimoem
custo,tivessem real possibilidade
de
competircom
os mais antigos.Segue-se
uma
resumida apresentaçãodos
quatro principaismodelos de
helicópteros
de médio
porteque
já participaramdos
processosde
concorrênciapara atendimento à Bacia
de
Campos.
Os
dados de
“performance” necessáriosaos
cálculosde
custo versusdesempenho
referentes aesses
quatromodelos
compõem
oAnexo
7.1ao
presente trabalho.2.4.2
Modelo
Bell212
Desenvolvido a partir
do
Bell205
(Huey),que
foi largamenteempregado
na
guerrado
Vietnã, o212
se diferenciado
antecessor por ser equipadocom
dois motores aturbina, ao invés
de
um,além das
inovações tecnológicas naturaisparaum
projetomais recente. Utilizado
nas
versões civil e militar, e já tendo inclusive integrado afrota
de
transporte presidencialnos
Estados Unidos, o Bell212
teve seu maiordestaque
como
helicópterode
apoio logístico às plataformasde
petróleonas
diversas regiões produtoras
do mundo.
Na
Petrobrás ele foi, durantealgum
tempo,o helicóptero
de médio
porte maisnumeroso da
frotade
apoio “offshore".No
entanto, por
sua
velocidade mais baixaque
asdos modelos
maismodemos
e porseu
nívelde
vibraçãoem
vôo, gerando desconforto nos percursos mais longos, eleFigura 2.1: Fotografia
de
um
helicóptero Bell212
(Fonte.
Banco
de imagens
Sua
mabine,com
portasde
acesso
corrediças, comporta,além dos
dois pilotos,treze passageiros.
O
compartimentode bagagens fica
situadono cone de
cauda.Seu
fabricanteé
aempresa
Bell Helicopter Textron,de
Fort Worth, EstadosUnidos.
2.4.3
Modelo
Bell412
SP
Os
helicópteros designadoscomo
Bell412
eseus
derivados (412SP,412HP
e412EP)
constituem evoluçõesdo
projetodo
Bell 212, diferenciando-se principalmente pelo rotor principalcom
quatro pás,ao
invésde
duas,com
a
redução
do
nívelde
vibração, e peloemprego
de
motores e caixasde
transmissão maismodemos,
tudo resultandono
incrementodo desempenho,
em
termosde
velocidade
e peso
máximo
de
decolagem. Utilizadoem
vários paísesno
apoiologístico “offshore” e
também como
helicópterode
polícia (fotografadosobrevoando o Pentágono
logoapós
o atentadode setembro de
2001),o 412
vem
operando na
Baciade
Campos
com
bons
resultados, tantona
relação custoFigura 2.2: Fotografia
de
um
helicóptero Bell412
E
$.= .. V
. _ ..š:*. .
(Fonte: Portal
do
fabricante Bell Helicopter Te›‹tron,na
Intemet)Sua
configuração
intemade
cabine é similar àdo
212,com
assentos para doispilotos e treze passageiros, e
seu
compartimentode bagagens
se situano cone
de
cauda.
Seu
fabricantetambém
é aempresa
Bell Helicopter Textron,de
FortWorth, Estados Unidos.
2.4.4
Modelo
Sikorsky76
A
Ao
contráriodos modelos do
fabricante Bell, já citados,o
Sikorsky76A
não
resultou
da
evoluçãode
uma
aeronave
militar, tendo sido concebido,desde o
início, para
uso
civil.O
projeto inicial já foi alvode
uma
sériede
evoluções (76A+,76A++,
76B, 76C, 76C+),mas
oS 76A
se
destaca porsua
relação custo versusdesempenho.
Figura 2.3: Fotografia
de
um
helicóptero Sikorsky76
(Fonte: Portal
do
fabricante Sikorsky Aircraft,na
Intemet)No
iníciode suas operações
a serviçoda
Petrobrás,um
S
76A
sofreuum
acidenteque
resultouna
mortede
todos osseus
ocupantes, e issocausou
uma
tendênciade
rejeiçãoao modelo
por partedos
usuários.No
entanto,após
descoberta esanada
a falhade
projetoque
ocasionou o acidente, oS 76A
voltou a inspirarconfiança aos
passageiros,sendo
atualmente o helicóptero maisnumeroso da
Bacia
de
Campos. Empregado
em
muitos paísesno
apoio logístico “offshore” etambém como
helicóptero executivo, oS 76A
é utilizado pela Petrobrásna
configuraçäo
para dois pilotos edoze
passageiros.Seu
compartimentode
bagagens
situa-se atrásda
cabine.Seu
fabricante é aempresa
Sikorsky Aircraft,de
Stratford, Estados Unidos.2.4.5
Modelo
EurocopterDauphin
2 (SA
365N
)Único
modelo de médio
portede
fabricação francesa a teroperado
a serviçoda
Petrobrás, Dauphin se detaca por
sua
velocidade, a mais alta entre asdos
desse modelo
é o rotorde cauda
embutido, tipo 'Tenestron”,que
proporcionaum
nível
de mído
mais baixoque
osdos
helicópterosequipados
com
rotoresde cauda
convencionais,
além de
diminuir o riscode
acidentesno
solo, por contato entrepessoas
e as pás.Figura 2.4: Fotografia
de
um
helicópteroDauphin
2,SA
365
(Fonte: Portal
do
fabricante Eurocopter,na
lntemet)O
Dauphin tem operado
em
vários países,no
apoio logístico “offshore” ecomo
helicóptero executivo.
No
Brasil, a versão executiva é utilizada porgovemos
estaduais, e a versão militar, conhecida pelo
nome
de
Pantera, éempregada
peloExército.
A
configuração
para apoio “offshore”tem
assentos para dois pilotos eonze
passageiros,mas
o fabricante já está produzindoum
modelo
mais espaçoso, conhecidocomo
EC
155,com
lugares para dois pilotos edoze
passageiros.O
compartimento
de bagagens
fica situadono cone de
cauda.Seu
fabricante é aempresa
Eurocopter,de
Marignane, França.2.5
Especificação
dos
Helicópterospara
Finsde
Contratação
Para contornar o problema
da
escolha conflitiva entre os atributos das aeronaves, o primeiro passo, adotadono
âmbitoda
Petrobrás, foi o desenvolvimentode
uma
especificação para helicópteros
de médio
porte,com
as seguintes finalidades: 'a) estabelecer
os
requisitosmínimos de
desempenho
aserem
atendidos pelosmodelos que fossem
apresentados;b) desclassificar
exemplares de
helicópteros que,mesmo
sendo de modelos
aceitáveis,
apresentassem pesos
básicos operacionais muito elevados,em
detrimento
da
carga paga;c) compatibilizar os helicópteros a
serem
contratadoscom
as limitaçõesdos
helipontos
das
platafomwas aserem
atendidas,quando
fosse o caso.Essa
especificaçãoassumiu
o seguinte fonnato básico, sujeito àsadaptações
que
se
fizessem
necessáriasem
cada
processode
contrataçao (Petrobrás, 1990):Helicóptero biturbina de médio porte, equipado para vôo IFR,
com
capacidade nominal de transporte a partir de 11 passageiros, exceto
tripulantes, capacidade mínima estrutural no gancho para 1.500 kg de
carga externa, e
em
conformidade com a relação de equipamentosem
anexo.
Peso máximo de decolagem estrutural não superior a 6.000 kg.
Ano de fabricação não anterior a 1979.
Requisitos de autonomia:
A) “Offshore” '
Autonomia suficiente para o helicóptero, equipado para vôo IFR,
em
paga não inferior a 571 kg, voar desde a base até
uma
plataformasituada à distância de 105 milhas náuticas, pousar, retomar ã base e
seguir para
uma
altemativa situada a 50 milhas náuticas da base,com
reserva de combustível suficiente para voar mais 30 minutos
em
regimede cruzeiro. Nível de vôo: 4.000 pés
AP
no percurso de ida e 3.000 pésAP
nos percursos de volta e para a alternativa. Temperatura: 25°C aonivel do mar. Pressão atmosférica padrao.
B) “Onshore”
Autonomia suficiente para o helicóptero, equipado para vôo IFR,
transportando carga paga externa não inferior a 1.000 kg, voar desde a
base até
um
ponto situado à distância de 10 milhas náuticas, àvelocidade de 50 kt, deixar a carga no destino e retornar à base, à
velocidade de cruzeiro,
com
reserva de combustível suficiente para voarmais 20' minutos
em
regime de cruzeiro. Nível' de vôo: 1.000 pésAP
nospercursos de ida e de volta. Temperatura: 35°C ao nível do mar. Pressão atmosférica padrão.
Essa
especificação é utilizadana
etapade
análise técnicadas
propostas.A
inclusãodo
requisitode
autonomia “onshore” sedeve ao
fatode
que,mesmo
no
caso de
uma
contratação para atendimento nà Baciade
Campos,
existe apossibilidade de, durante a vigência
do
contrato, o helicóptero vir a ser transferidopara a
operação na Amazônia,
em
apoio àssondas
helitransportáveis.A
verificaçãodo
atendimentoaos
requisitos especificados é efetuada paracada
aeronave
cotada,tomando-se
porbase
as tabelasde dados
técnicos referentes acada modelo de
helicóptero(Anexo
I), elaboradas porempresa
de
assessoriaaeronáutica,
com
base
nas curvasde
“performance”dos manuais de
vôo, emitidos pelos fabricantes ehomologados
pelos órgãosgovemamentais
reguladores efiscalizadores
da
aviação civil (FAA,dos
Estados Unidos,CAA,
da Inglaterra,2.6
Elaboração
do Método
de
Comparação
entrePropostas
.O
método de
comparação
entre propostas, formulado posteriormente à especificação, teve pormodelo
a realidade operacionalda
Baciade
Campos.
A
premissa básica para aconcepção de
um
modelo de
comparação
aplicável aum
regimede
“pool” é a utilizaçãode cada
helicópterono
limitemáximo
recomendado
de
horasde vôo mensais
(atualmente consideradocomo
120) ecom
aocupação
máxima
permissíveldos
assentos para passageiros, respeitando-se as limitações
de
cargapaga
por missão.Essa
premissa,mesmo
não
correspondendo
rigorosamente à realidade, constitui ameta da programação dos
vôos
no
regimede
“pool”, oque
a torna conceitualmente válida.A
partirdessa
premissa, estabelecem-semissões de vôo
típicas, as quaissão
definidas e
ponderadas
em
funçãode dados
operacionaisda base
a ser atendida,viabilizando o
emprego
dos
parâmetrosde
aferiçãode
desempenho
dos
helicópteros.
No
caso
da
Baciade
Campos,
foram estabelecidas trêsmissões
típicas,representativas
das
distâncias mais longas,medianas
e mais curtas, optando-serespectivamente pelos valores
de
105,80
e60
milhas náuticas entre abase
e aplataforma a ser atendida.
A
modalidadede vôo
foi escolhidacomo
IFR (vôo porinstrumentos)
na
missão
mais longa eVFR
(vôo visual)nas
outras duas, por maiorprobabilidade.
A
distânciada base
à altemativa, namissão
IFR, foi escolhidacomo
de 50
milhas náuticas, por ser, aproximadamente, a distânciaem
linha retaentre
Macaé
eCampos
(RJ).As
altitudes foram fixadasem
coerênciacom
oManual
de
Planejamento, que, porsua
vez, ébaseado na
regulamentaçãoaeronáutica, para