• Nenhum resultado encontrado

Análise e especificação de requisitos ergonômidos para sistema de recuperação da informação (SRI) na web

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Análise e especificação de requisitos ergonômidos para sistema de recuperação da informação (SRI) na web"

Copied!
194
0
0

Texto

(1)

ANÁ|_|sE

E

EsPEc|F|cAÇÃo

DE 5EQu|s|Tos

ERG9NÔM|cos

PARA

s|sTEMA

DE

REcuPERAÇAo DA

|NFoRMAÇAo

(sR|)

NA

WEB

.

Dissertação

de Mestrado

Maria

Esther

Russo

Lima

Florianópolis

(2)

Maria

Esther

Russo

Lima

. r ou

ANALISE

E

ESPECIFICAÇAO

DE

REQUISITOS

ERGONÔMICOS

PARA

SISTEMA DE

RECUPERAÇAO

DA INFORMAÇÃO

(SRI)

NA

WEB

Esta

dissertaçao foi julgada

e

aprovada

para

a

obtenção do

título

de

Mestre

em

Engenharia

de Produção

no

Programa de Pós-Graduação

em

Engenharia

de

Produção da

Universidade

Federal

de

Santa

Catarina.

,..» Florianópolis,

10

de maio

de

1 Prof. Ric `

nda

Bárcia

Coorde

PGEP

ca

Ex

i

adora

Prof.

Wa

er

de Abr

/Cybis, Dr.

(O

'entador)

Pt

É

Prof

Nerid

s Santos, Dr.

§

š

.

\

r

“ÍA

a

Fëíaginafñe Aguiar, Dra.

(3)

Sumário

Capítulo

1

-

Introdução

1.

Apresentação

... _. 2.

O

tema

e o

tipo

de

pesquisa

... ... ._ 3.

Contexto e

relevância

do

problema

... __

4.

O

problema

... ._

7

5.

Hipótese

... __

10

6. Objetivos ... _. 11 7.

Estudo de caso

... _.

12

8.

A

dissertação ... __

13

isca'-\

Capítulo 2

-

A

busca

e

recuperação

da

informação na

perspectiva

do

usuário

.°°!\°!\°.-`

Introdução ... ._

16

A

trajetória

do

livro

como

suporte

da

escrita ... _.

17

1

Da

nota

de

rodapé

ao

hiperlink ... ._ 21

O

processo

de

busca

e recuperação

da

infomiação e a

qualidade

da

interface ... ._

23

4. Biblioteca virtual: fonte

de

informação

da

sociedade

modema

... ._

28

4.1 Retrospectiva histórica

das

fontes

de

infonnação

... ... ._

29

4.2

As

bibliotecas brasileiras

e as

novas

tecnologias

de

informação

... _.

34

4.3

SRI de

bibliotecas virtuais ... ... _.

36

4.4

informação

com

valor

agregado

... _.

40

5.

O

bibliotecário

e as

novas

tecnologias

de

informação

... _.

45

5.1

O

novo

bibliotecário ... _.

48

5.2

Para

cada

leitor,

seu

livro _ ... _.

52

6.

Considerações

... ._

54

Capítulo 3

-

Interfaces

ergonômicas

para

garantia

da

qualidade

na

recuperação

da

informação

1. introdução ... _.

56

2.

Abordagem

de

design

de SRI

centrado

no

usuário ... _.

58

3.

Envolvimento

das pessoas no

processo

de

melhoria

da

qualidade

de

produtos

_______________________________________________________________ ... ._

61

3.1

Gestão

pela

Qualidade

Total

-

GQT

__________________________________________________________ __

62

3.2

O

Design

Participativo

(PD)

no

desenvolvimento

de

softwares _________________ _.

66

3.2.1

Motivações para

prática

de

PD

_____________________________________________________________ ._

66

3.3

Visão

histórica

do

Participatory

Design

(PD)

... _.

70

3.3.1

Abordagem

de Recursoss

Coletivos (Collective

Resource Approach)

.... ._

70

3.3.2 Projetos

da

União

do Comércio Escandinavos

... _.

72

3.3.3

R/UDAT

(Regiona//Urban

Design

Assistance

Teams)

... ._

73

(4)

3.5

Algumas

técnicas

de

PD

... ... ._

78

3.5.1

Pesquisa

Contextual (Contextual Enquiry) ... ._

79

3.5.2

ETHICS

(Effective Technical

and

Human

Implementation of

Computer-Based Systems)

... _ .

80

3.5.3

Workshop

ou

Seminários

de

PD

... ._

82

3.5.4 Facilitaçäo ... _.

86

3.5.5 Arranjo

de

Caitões (CARD-Collaborative

Analysis of

Requiriments

And

Design)

... ._

88

3.5.6

Diagrama de

Afinidades ... _.

91

3.5.7

Brainstorming

... ._

92

4.

Considerações

... _.

94

Capítulo

4

-

Estudo de caso

para análise

de

requisitos

de

qualidade

para SRI

_L Introdução ... ._

95

2.

Apesquisa

... _.

96

2.1 Viabilidade

do

projeto ... _.

97

2.1.1 Diretoria

da

unidade

de

Natal ... _.

98

2.1.2

Gerência

de

Informática ... ... _.

98

2.1.3

Coordenação

da

Biblioteca ... _.

99

2.2

Pesquisa

com

usuários _______________________________________________________________________________ _.

100

2.2.1

Escolha

da

amostra

.... __; ...

101

2.2.2 Questionário ... ._

102

2.2.3 Validação/Aplicação piloto

do

questionário ... ._

103

2.2.4

Aplicação

do

questionário ... ._

104

2.2.5 Coleta

de dados

... ..

105

2_3AnáIise ... ._

106

2.3.1 Parte

I-

Caracterização

do

tipo

de

usuário ___________________________________________ __

107

2.3.2 Parte ll

-

Serviços a

serem

oferecidos __________________________________________________ __

113

2.3.3 Parte Ill

-

interação

com

o sistema

... __

117

3.

Resultados

... ._125

Capítulo 5

-

Análise

de

Requisitos

'

1. Introdução ... _.

127

2. Requisitos

de

Qualidade para Software

... __128

2.1

Norma

ISO

9241: padrão

de

qualidade

para

interfaces

ergonômicas

... ..130

2.2 Requisitos

para

Sistemas

de Recuperação da

Informação

(SRI) _______________ _.

134

3.

Qualidade

da

interface

de SRI

... ._136

3.1 Requisitos

propostos

_____________________________________________________________________________________ __142

3.2

Exemplos de

interfaces ... __145

3.2.1

Mensagem

e

recursos

para proteção

contra erros ... __145

3.2.2 interfaces

configuráveis

... _.

147

3.2.3 Interface

pouco

amigável

_________________________________________________________________________ __152

(5)

Intrdução ... ... ..155

Serviços a

serem

oferecidos

e os

recursos

para

recuperar

informação

... ._

155

Interação

com

o sistema

... ..156

Outras

recomendações

... ..158 :'>.°°!\°.'^

Capítulo 7

-

Conclusões

... ..160

8

-

Referências Bibliográficas

... ..163 .U¬.4*^.°°!\°"**°

- Anexos

_ Questionário ... ..172

Roteiro

de

entrevista (Diretor

da Unidade de

Natal

CEFET-RN)

... ..175

Roteiro

de

entrevista

(Coordenadora da

Biblioteca) ... ._

176

Roteiro

de

entrevista

(Gerente

de

lnfonnática) ... ..177

Pesquisa

com

usuários

da

intemet realizado

no

CEFET-RN:

priorização

por grau

de

importância

para

usuários

com

idades

entre

13-17

anos

... _.

178

6.

Pesquisa

com

usuários

da

intemet realizado

no

CEFET-RN:

priorização

por

grau

de

importância

para

usuários

com

idades

entre

18-27

anos

... ..18O

7.

Pesquisa

com

usuários

da

intemet realizado

no

CEFET-RN:

priorização

(6)

Lista

de

Figuras

Figura 1- Expectativa

dos

usuários ... _.

Figura

2

- Pilares

de

sustentação

da

GQT

... ._

... ..8

.64 Figura

3

-

Mensagem

de

erro

inadequada

... ..145

Figura

4

-

Mensagem

de

erro

na linguagem

do

usuário ... .. ... ..146

Figura

5

-

Proteção

contra erros involuntários ... ..146

Figura

6

- Interface para

busca

e recuperação

da

informaçao

... ..147

Figura

7

-

Recurso

eficaz

para

busca avançada

... .. Figura

8

-

Convites

para entrada claros

e

eflcientes ... .. ... ..148

... ..149

Figura

9

-Adequação

a individualização ... ..15O Figura

10

-

Configuração

de

teclas

e funçoes

... ..151

(7)

de

Tabelas

Tabela

1

-

Grau de

instrução por faixa etária ... ..108

Tabela 2

-

Forma de

acesso

a

computador

... ..109

Tabela 3

-

Consulta a

intemete

e

biblioteca virtual ... ..110

Tabela

4

-

Vantagens

e

dificuldades

de

interação ... ..112

Tabela 5

-

Acesso

à

registros

em

formato

eletrônico ... ..114

Tabela 6

.- Auto-serviços ... ..115

Tabela 7

-

Resultados

esperados

na recuperação

da

informação

... ..116

Tabela 8

-

Sistema

de

apoio

ao

diálogo

na

realização

da

tarefa ... ..118

Tabela 9

-

Descrição automática

do

tipo

de operação

... ..119

Tabela 10

-

Capacidade de

controle

das ações

por parte

dos

usuários ... ..121

Tabela

11

-

Conformidade

com

as

expectativas

do

usuário ... ..122

Tabela 12

-

Tolerância

a

erros ... ..123

Tabela 13

-

Adequação

a

individualização ... ..124

(8)

Lista

de

Quadros

Quadro

1 - Estágios

de

desenvolvimento

da

infomwatização ... ..23

Quadro

2

-

Taxionomia dos métodos

participativos,

organizados por fases

do

ciclo

de

vida

e

por local

da

atividade ... ..76

Quadro

3

- Requisitos

de

diálogo para garantia

da

qualidade

de

sistemas

de

(9)

Siglas

ARC

-

Collective

Resource Approach

a.C.

-

Antes de

Cristo »

CARD

-

Collaborative Analysis

of

Requirements

and

Design

CCQ

-

Ciclo

de

Controle

da

Qualidade

CD

-

Compact

Disk

CDD

-

Classificação

Decimai

de

Dewey

CE

-

Contextual Enquiry

` `

CEFET-RN

-

Centro

Federal

de

Educação

Tecnológica

do

Rio

Grande

do

Norte

COMUT

-

Rede

de

Comutação

Bibliográfica

CRIQ -

Centro

de

Pesquisa

Industrial

de

Quebec

DTI

-

Instituto

Tecnológico

da Dinamarca

ETHICS -

Effective Technical

and

Human

Implementation

of

Computer-Based

Systems)

A

GQT

-

Gestão

pela

Qualidade

Total

HCI

-

Human-Computerinteration

IBICT

-

Instituto Brasileiro

de

Infonnação

em

Ciência

e

Tecnologia

IHC

-

Interação

Humano-Computador

INFOTEC

-

Instituto

de

Informação Tecnológica

ISO

-

International

Standard

Organization

(10)

NAF

-

Non/vegian

Employers

'Federation

NBR

-

Nonna

Brasileira

NJMF

~

Norwegian

Iron

and

Metal

Workers

'Union

NT

-

Network

Terminator

OPAC

-

Online Public

Access

Catalogue

PD

-

Participatory

Design

PIB

-

Processo de

Busca

e

Recuperação da

Informação

R/U

DAT

-

Regional/Urban

Design

Assistance

Teams

SGDB

Sistemas

Gerenciadores.

de

Banco

de

Dados

SRI

Sistema

de

Recuperaçao da

Informaçao

TECPAR

-

Instituto

de

Tecnologia no

Paraná

TQC

-

Total Quality Control

UFSC

-

Universidade

Federal

de

Santa

Catarina

(11)

Resumo

LIMA,

Maria

Esther Russo. Análise e especificação

de

requisitos

para

sistemas

de

recuperação da informação

(SRI)

na Web.

2001.

208

ÍÍ Dissertação (Mestrado

em

Engenharia de Produção) -

Programa

de Pós-graduação

em

Engenharia de Produção,

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001. .

Partindo de

um

problema

genérico (a reclamação por parte dos internautas

das dificuldades de busca e recuperação

da

informação,

em

virtude

da

baixa qualidade das

interfaces dos sites) e de outro específico (a insatisfação dos usuários da biblioteca

do

CEFET-RN

com

os serviços de acesso a intemet) deduziu-se que, para atender às

expectativas desses usuários,

um

sistema de recuperação da informação (SRI) deve ser

planejado

no

âmbito

do

processo de

armazenagem,

processamento e recuperação

da

informação.

Sendo

este último (o output

do

processo) o objeto de estudo deste trabalho.

Buscando

atender às expectativas dos usuários quanto a qualidade dos SRIS, trabalhou-se

com

a hipótese de que, para solucionar tais problemas, seria necessário projetar

um

sistema

com

base

em

padrões de usabilidade para softwares

recomendados

pela

norma

ISO

9241

-

10 (princípios de diálogo) e a partir de

uma

abordagem

centrada nos usuários.

Os

requisitos

foram sugeridos por

meio

de questionário e submetidos aos futuros usuários, para

que

priorizassem os mais relevantes para a

concepção

de

uma

interiàce

ergonômica

de

biblioteca virtual.

Como

resultado desta pesquisa, obteve-se

uma

lista de

recomendações

para garantia

da

qualidade da interface que irá apoiar o

novo

sistema.

As

especificações

foram utilizadas para analisar SRIs existentes

na

web

e servir

como

parâmetro para o

projeto proposto.

Palavras-chave: Ergonomia, biblioteca virtual, design participativo, recuperação

da

(12)

Abstract

LIMA,

Maria Esther Russo. Análise e especificação

de

requisitos

para

sistemas

de

recuperação da

informação

(SRI)

na Web.

2001.

208

f Dissertação (Mestrado

em

Engenharia de Produção) -

Programa

de Pós-graduação

em

Engenharia de Produção,

Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2001.

Starting from a generic

problem

(the complaints

of

intemet users concerning

the information retrieval difliculties, assigned to the

low

quality of interfaces on the sites)

and,

fiom

another specific

one

(dissatisfaction of the users

of

the library of the

CEFET

-

RN

with services internet access), it

was presumed

that, in order to firlfill the users

expectations, an Infonnation Retrieval

System

(IRS)

must be

planned in the role

of

the

process of storage, processing and retrieval of the information, this last

one

(the output

of

the process) being the objective

of

this study. In the search

of

the firlfillment

of

users

expectations with respect to

IRS

quality, it

was worked

the hypothesis that, to solve the

problems, it

would

be necessary to project a system based

on

usability standards for

software

recommended

by ISO

9241

-10

Dialog Principles, and an address centered

on

the

users.

The

requirements

were

suggested

by

the application of a questionnaire to the firture users, in order to rank the

most

relevant for the conception

of an

ergonomic interface fora

virtual library.

As

result of the search it

was

obtained a list

of

recommendations to assure

the quality of the interface that will support the

new

system.

The

specifications

were

used

to analyze IRS°s existing

on

the

web

and as a parameter for the proposed project.

Key-Word:

Ergonomics, virtual library, participatory design, information retrieval, interface.

(13)

1.

Apresentação

As

novas tecnologias,

com

seu acelerado desenvolvimento e repercussão na

sociedade contemporânea,

têm

sido alvo de discussões e dividido opiniões quanto as suas

vantagens e desvantagens: se elas são a panacéia da

humanidade ou

se a desumanizará,

trazendo graves conseqüências

como

mostrada

nas ficções mais pessimistas. Essas posições

podem

ser constatadas nas obras de

Negroponte

(1995) e

Postman

(1994),

onde Negroponte

faz apologia ao

mundo

digital e acredita nele

como

recurso eficaz para

promover

a

descentralização, a globalização, a harmonização e a capacitação. Para ele, essas

caracteristicas sao

um

triunfo da

nova

era e contribuem para o desenvolvimento

da

humanidade. Já Postman, refletindo sobre os efeitos da tecnologia na sociedade considera

essas caracteristicas vilas.

Corroborando

com

o

pensamento

de Negroponte, Turkle (1995)

vê a cultura da simulação, referindo-se à vida na tela,

como uma

nova

forma de interação

entre as pessoas, inclusive

com

personagens

do

ciberespaço. Isso

muda

a relação

humano-

computador, ultrapassando a barreira

do

seu uso

meramente

lógico para, inclusive, fazer

uma

viagem

nas relações afetivas virtuais. Turkle afirma, ainda, que a tendência dessa

interação é ser feita por

meio

de pessoas simuladas nas nossas telas, agentes

que

nos

ajudarão a organizar a nossa vida pessoal e profissional.

Em

Postman, o tecnopólio é apontado

como

um

estado de cultura

em

que

os

adeptos deste conceito

crêem que

o progresso técnico é a realização

suprema da

(14)

sociedade é vítima

do

tecnopólio e esta cultura surge

quando

a sociedade

tem

seus

mecanismos

de defesa contra o excesso de informação destruídos

ou

enfraquecidos.

Postman

cita a igreja, a familia e os partidos políticos

como

sendo

mecanismos

naturais

controladores

do

fluxo de informação, sob o ponto de vista moral e ideológico.

Barbosa (1998), Drabenstot,

Burman

(2000),

Levacov

(2000), entre outros,

vêem

as tecnologias de

comunicação

e informação

como

algo benéfico à sociedade, por

facilitar o acesso ao vasto conhecimento produzido

no mundo.

Umberto

Eco

(1999)

não

com

tanto otimismo,

ou

pelo

menos

simpatia, as questões que

envolvem

a substituição

do

livro impresso pelos suportes digitais da informação

i

Essa discussão determinista sobre os impactos positivos e negativos

da

tecnologia causados à sociedade cria

uma

dicotomia,

segundo

Benakouche,

em

que, de

um

lado, “estaria a tecnologia

-

que provoca os ditos impactos

-

e

do

outro, a sociedade

-

que

o sofreria” (1998, p. 115). Para a autora, no

campo

das relações sociais, o estudo

da

sociologia da técnica

vem

contrapor-se a essas posições extremistas.

De

acordo

com

a

sociotécnica

(como também

é

chamado

esse

novo

estudo), a metáfora abrir a caixa preta

da

um

novo

enfoque aos propósitos da pesquisa, segundo o qual a “[...]tecnologia e a

sociedade não

podem

ser estudadas isoladamente e sim de forma integrada, considerando

os aspectos técnicos, sociais,

econômicos

e políticos das inovações tecnológicas” (idem).

Ainda

sobre o controverso termo impacto, Pierre

Lèvy

fala de sua

indignação

com

um

cineasta, participante de

uma

mesa

redonda e que era contrário aos

videogames, os

mundos

virtuais e os fóruns eletrônicos.

Lévy

contra-argumenta os ataques

(15)

Não quero de forma alguma dar a impressão de que tudo o que é feito

com

as redes

digitais seja 'bom'. _lsso se_n`a tão absurdo quanto supor que todos os filmes sejam

excelentes. Peço apenas que permaneçamos abertos, benevolentes, receptivos

em

relação à novidade. Que tentemos compreendê-la, pois a verdadeira questão não é ser

contra ou a favor, mas sim reconhecer as mudanças qualitativas na ecologia dos signos,

o ambiente inédito que resulta da extensão das novas redes de comunicação para a vida

~

social e cultural. (1996, p. ll e 12) i

Afirma ainda

que

compreendendo

os avanços tecnológicos é

que

conseguiremos fazer uso deles

numa

perspectiva humanista.

Independente da decisão sobre

quem

está certo

ou

errado, as transformações

estão acontecendo paralelamente a essa discussão, sendo necessário, portanto,

que

convivamos

em

harmonia

com

a tecnologia

sem

sermos escravos dela. Sobre a relação

homem-máquina

no

mundo

industrializado,

Marx

(apud Claret, 1985, p. 75.) faz estas

considerações: “[...]na manufatura e no artesanato, o trabalhador utiliza a ferramenta; na

fábrica ele é

um

servo da maquina.”

Sob

o ponto de vista

do uso

das tecnologias de informação e comunicação,

as organizações que lidam

com

estes recursos

devem

estar atentas ao

novo

cenario e

acompanhar

as transformações, utilizar a tecnologia

como

ferramenta essencial ao

desempenho

de sua função de socializar e democratizar as informações produzidas ao longo

dos

tempos

(seja

composta

por

átomos ou

de bits). Negroponte'

define

a

passagem da

informação registrada

em

papel para a

forma

digital

como

a transformação da matéria

composta

de

átomos

em

bits.

2.

O

tema

e

o

tipo

de

pesquisa

Partindo da premissa da sociotécnica

-

de que tecnologia e sociedade

devem

ser estudadas juntas

-

neste trabalho, é esboçado

um

modelo

de projeto centrado nos

'

(16)

usuários para sistemas de recuperação da informação (SRI) na Webg, a partir

do

qual são

especificados requisitos de usabilidade baseado

em

princípios de diálogo da

norma ISO

9241-103.

A

investigação realizada enquadra-se

como

um

estudo de caso

em

que se utilizou

como

universo de pesquisa

uma

instituição específica

(CEFET~RN)

e a aplicação de

algumas técnicas e ferramentas para análise e indicação de requisitos de qualidade para

o

projeto de

SRI ergonômico

(GOLDEMBERG,

1998).

3.

Contexto

e

relevância

do problema

Baseado no

desenvolvimento das tecnologias de

comunicação

e informação

utilizadas -para veicular a produção intelectual gerada

no

mundo,

torna-se imperativa a

reengenharia dos

SRI

das bibliotecas tradicionais e prepara-las para o

mundo

dos bits, visto

que

estas

têm

como

função primordial a disseminação da informação

em

qualquer

que

seja

o tipo de suporte e formato.

Com

isto, espera-se abrir mais

um

canal de

comunicação

entre

a sociedade e a informação (até então

armazenada

entre paredes e prateleiras),

romper

as

barreiras

do

acesso aos livros, oferecer serviços a

um

maior

número

de usuários e

proporcionar interface compativel

com

o nível de habilidade dos potenciais usuários de

bibliotecas virtuais.

No

entanto, sabe-se que nao é apenas quebrando os velhos paradigmas das

bibliotecas centralizadoras da informação e oferecendo serviços na web,

que

serão

2

A

rede mundial, ou

em

inglês World Wide Web, também conhecida como

WWW

ou Web, é

uma

interface

gráfica interativa

com

hipermídia. Ela reúne os recursos da Internet do mundo todo

em uma

série de páginas

de menu, ou telas, que podem ser acessadas pelo computador

(EDDINGS

apud

PARÍZOTTO,

1994).

3 Norma internacional cujas recomendações visam garantir a segurança e a saúde dos usuários de

computadores. Na. parte 10, encontram-se os principios de diálogo recomendados para projeto de interfaces

ergonômicas de softwares

(17)

garantidos os direitos dos cidadãos de acesso às tecnologias

da

informação. Considerando

as inúmeras dificuldades das pessoas

em

obter informações disponíveis

em

fonnato

eletrônico (principais barreiras à sua democratização através

da

rede mundial), neste

trabalho a atenção é voltada para os fatores

humanos

na interação

humano-computador

(interface para o diálogo usuário-sistema). Trabalhando-se estes fatores

no

planejamento

do

SRI

espera-se minimizar os problemas de qualidade das interfaces, e

com

isto diminuir as

dificuldades

de

busca e recuperação

da

informação por parte dos pesquisadores,

principalmente, os

menos

hábeis

no

uso de tecnologias, acarretando, muitas vezes,

em

desmotivação

no

uso de computadores para realizar suas pesquisas.

Silva,

Márdero

e Cláudio (2000)

colocam

também

como

problemática a

consulta a catálogos

de

bibliotecas disponíveis

na

web, ao

afirmar que

a interface desses

sistemas é

pouco

amigável e dificulta o acesso aos usuários

comuns

(com pouca

experiência).

Aponta

como

principais dificuldades: a localização de assuntos específicos,

provocados,

em

parte, pela inabilidade

do

usuário e por outra, por problemas no design

da

interface

do

sistema, geralmente são páginas confirsas e incompreensivas.

No

âmbito das novas interfaces de SRI's utilizados para apoiar a interação

dos usuários de bibliotecas

com

catálogos on-line, Twidale e Nichols (1998),

ambos

do

Computing Department da

Universidade de Lancaster (UK), desenvolveram o Ariadne.

Trata-se de

um

sistema de ajuda para apoiar progressivamente a formulação de busca e

recuperação

da

informação de forrna interativa.

O

objetivo desse sistema é facilitar o acesso

à infonnação pelo usuário final

sem

a intervenção de

um

intennediador (ou

com

o

mínimo

de apoio por parte dele).

Uma

das forrnas encontradas para apoiar essas atividades,

segundo

(18)

conhecimento

humano.

Outra alternativa

complementar

semelhante foi construir

uma

interface

que

apoiasse ativamente a interação

com

um

intermediário/bibIiotecário

ou

outro

usuário, ampliando o potencial de interatividade natural

do

sistema de recuperação

da

informação,

ao

incluir recursos

humanos

no processo.

A

abordagem

social utilizada pelos autores consiste

em

aproveitar os

conhecimentos dos intermediários humanos, mais

do que

o uso de recursos sofisticados de

funcionalidade

do

sistema,

como

agentes inteligentes.

Consideram

também

que

esse

sistema é claramente mais eficaz e adaptável

do que

se construíssem somente

uma

interface

inteligente estática

i

Em

estudos preliminares, Twidale e Nichols (idem) concluíram

que

as

razões mais prováveis da necessidade de ajuda por parte dos usuários são ocasionadas pelo

aumento

da quantidade e da variedade de informaçoes disponiveis

em

formato eletrônico;

também

como

pela rapidez das

mudanças

dos

novos

'sistemas de informações, as

novas

funcionalidades, versões e interfaces para os sistemas existentes.

Segundo

os autores, os

~

`

1

usuários de informações mais experientes utilizam as tecnologias de pesquisa

como

forma

de suprir suas necessidades de constante atualização das suas habilidades. Acreditam ainda

que muitos dos usuários (talvez a maioria) nao

achem

a tecnologia. intrinsecamente

interessante,

mas

apenas meios tediosos utilizados a fim de obter as informações

que

lhes interessam.

Acrescentam

ainda que,

mesmo com

algumas melhorias nos designs das

interfaces dos serviços de bibliotecas, os usuários continuam tendo dificuldades

com

(19)

4.

O

Problema

Rodrigues (2000) coloca

como

pontos a serem considerados na

concepção

de projetos de bibliotecas digitais, de

que

estas, inicialmente, “irão armazenar e dar acesso

a

volumes

cada vez maiores de informações multimedia”,

num

segundo

momento,

“estarão

acessíveis a qualquer hora e de qualquer lugar", possibilitando,

também,

o acesso a textos

completos (full text) e,

num

estágio mais avançado, as bibliotecas digitais possibilitarão a

“ligação virtual entre todas as bibliotecas", transformando cada

uma

delas

em

um

nó,

que

unidas, se transformariam

em uma

“biblioteca digital

em

escala planetária”.

Baseado

nas considerações de Rodrigues, a biblioteca

do

CEFET-RN

encontra-se

no

primeiro estágio de evolução

rumo

à biblioteca virtual.

O

processo de

informatização da biblioteca

do

CEFET

(LIMA,

1997) iniciou‹se

em

1994

com

a

implantação

do

Sistema

“BOOK”

desenvolvido pela equipe técnica da instituição.

O

software ainda é utilizado para realizar os processos de empréstimo, devolução,

armazenagem,

processamento de obras e para recuperação da informação através de

estações de trabalho para acesso on-line ao catálogo

do

acervo.

Em

1996

o sistema foi

reestruturado

com

o objetivo de ampliar a oferta de sewiços, sendo incluidos o acesso a

titulos de periódicos e ao acervo de fitas de vídeo. Esses sistemas funcionam através

de

rede local e na versão 96, foi ativado o processo de registro e leitura de código de barras de

livros e carteiras de usuários.

Em

1998 foram instalados pontos de acesso à internet

(ESCOLA TÉCNICA

FEDERAL

DO

RIO

GRANDE DO

NORTE,

1999).

A

visão de futuro para a Biblioteca

do

CEFET-RN

é integrar-se ao

(20)

partir de 1998

(LIMA,

1999), estabeleceu-se para

2001

a

meta de

realização

da

reengenharia

do

sistema visando a implantação de biblioteca virtual.

Como

parte

do

programa, foi realizada

em

1998

uma

pesquisa envolvendo os usuários e servidores

da

biblioteca,

com

o objetivo de medir os indicadores

de

desempenho

dos serviços, qualidade

no

atendimento ao cliente e o clima organizacional, a

fim

de investigar a satisfação destes

com

a realidade

da

época e suas expectativas quanto as

mudanças

futuras.

Para pesquisa de satisfação dos usuários utilizou-se

uma

amostra de

3%

do

universo (cerca de 3.700 usuários) representados por professores, alunos e técnico-

administrativos.

De

acordo

com

os indicadores investigados, o gráfico

da

figura 1 mostra as

expectativas dos usuários quanto aos serviços de maior importância e o grau de satisfação

com

relação ao

desempenho

dos

mesmos.

Figura 1- Expectativa dos Usuários

í

-_í

I _

Fonte: Escola Técnica Federal do Rio Grande do Norte

Os

resultados indicaram

como

pontos de insatisfação dos usuários o

(21)

consulta, respectivamente. Analisando sob o ponto de vista da relação importância x

satisfação, o acesso à internet foi considerado

como

ponto critico (4,54 x 3,15).

Além

destes indicadores, nas questões abertas foi possível constatar as principais causas dos

problemas apontados, atribuídos ai

qualidade dos equipamentos disponiveis para os

usuários, acesso lento, falta de pessoal para tirar dúvidas, desatualização

do

acervo,

deficiência de dados no catálogo de fitas de vídeo e periódicos etc. Estes problemas

implicam

em

dificuldades para recuperar informações.

Com

base nesses resultados, percebe-se que os usuários exigem qualidade,

agilidade, eficácia e eficiência nos serviços. Por tratar-se de

uma

organização

que

dá apoio

à

educação

tecnológica para o nível

médio

e superior, a biblioteca deverá integrar-se ao

mundo

das tecnologias de

comunicaçao

e informação a

fim

de atender às reais expectativas dos usuarios, não se limitando apenas ao empréstimo de obras,

mas

devendo

preocupar-se

também

com

a pesquisa e extensao (função das bibliotecas de universidades), aumentando, assim, a sua contribuição para o desenvolvimento social e tecnológico.

Para o planejamento da

nova

fase, é fundamental inicia-lo pela resolução de

um

dos problemas básicos apontados pelos usuários: a dificuldade de interação

com

o

sistema de recuperação da informação (SRI). Diante das

mudanças

na relação usuário -

SRI

com

a inserção de

computadores no

processo, a qualidade das interfaces destes

novos

sistemas passa a ser o centro das atenções para pesquisas na área de disseminação

da

informação. Sobre 0 assunto,

Levacov

(2000, p. 270) faz as seguintes considerações:

Nesta itltima década, conhecida como os anos “clicantes”, assistimos à a.rte da

tipografia sendo substituída pela icnografia, com importantes implicações

semióticas. Dizemos que “navegamos” ou “surl`amos` o “oceano” ou território do

“ciberespaço” de informações contidas

em

formato eletrônico. E,

com

perturbadora freqüência, pela ausência de mapas (interfaces) adequados, ainda

(22)

Baseado

nesta premissa e a partir dos problemas detectados, levantou-se a

seguinte questão: quais os requisitos de qualidade para o planejamento

do

SRI que venha

a

atender às expectativas dos usuários quanto à facilidade de uso das tecnologias

de

informação e a eficacia nos resultados de busca?

5.

Hipóteses

Para atender às expectativas dos usuários quanto a: qualidade, agilidade e

eficácia dos serviços, diante da progressiva ofeflza de informações digitais, as bibliotecas

têm

duas alternativas: a primeira é que, se utilizarem sistemas convencionais (manual),

devem

iniciar pela informatização de seus processos; e a segunda é que, se já

forem

informatizadas,

devem

promover

a socialização dos seus serviços e acervo através da web,

implantando sistemas virtuais de acesso.

Em

ambos

os casos a interação entre o usuário e a

biblioteca passará ,aa ser feito por

meio

da tela

do

computador. Considerando

que

a

passagem do

atendimento face a face para a interaçao usuário-tela nao deva discriminar os

que tenham pouca ou

nenhuma

experiência

com

a tecnologia de informação, formulou-se

uma

hipótese basica e outra secundária,

conforme

demonstrado.

a) Básica

Os

SRIs

destas bibliotecas deverão oferecer interfaces ergonômicas de

modo

a atender as expectativas dos usuários, independente

do

seu grau de experiência, de

modo

a

(23)

h)

Secundária

Twidale e Nichols 4 consideram

que

para resolver os problemas de

usabilidade dos SRIS, estes precisam ser projetados para serem utilizados pelos "iniciantes

perpétuos

Baseada

nesta concepção formulou-se

como

hipótese secundária para

solucionar problemas de usabilidade dos sistemas, a análise e especificação de requisitos

de

diálogo para interface

humano-computador

aplicando as

recomendações

da

norma ISO

9241-10

e através de

uma

abordagem

colaborativa.

6.

Objetivos

a) Geral

Visando corroborar

com

as hipóteses formuladas para esta pesquisa, o

objetivo geral

do

trabalho é propor especificações de aspectos de usabilidade para

SRI

de

bibliotecas virtuais a partir de

uma

abordagem

colaborativa baseada

em

padroes

internacionais de

ergonomia

de software para interação

humano-computador.

b) Olzjetivos Especlƒicos

- Fazer revisão da literatura sobre SRI,

Ergonomia

e

Design

Participativo

<PDݒ

4 .

op. cit. _

5 Design Participativo é

um

conjunto de técnicas utilizadas para conduzir o envolvimento dos usuários de

(24)

- lniciar

um

estudo de caso para obtenção dos requisitos de qualidade para

SRIS

de

forma

colaborativa;

- Aplicar os princípios ergonômicos

recomendados

pela

norma ISO-9241-IO

para o design da interface;

- Utilizar os princípios da

norma

e os requisitos dos usuários para analisar os

aspectos positivos e negativos das interfaces de sistemas para recuperar

informaçao na internet; .

-

Recomendar

o uso das técnicas de

Design

Paritipativo

(PD)

para projeto

centrado nos usuários;

-

I

Recomendar

especificações de usabilidade para o design de

SRI

de biblioteca

virtual.

7_.

Estudo de

Caso

Com

o intuito de dar continuidade a este trabalho através da participação das

pessoas

no

desenvolvimento de tecnologias de informação, iniciou-se

um

estudo de caso a

partir da aplicação de instrumentos de pesquisa de

modo

a envolver os usuários

no

processo

de análise e .especificaçao de requisitos de usabilidade para SRI.

Uma

amostra

representativa dos futuros usuários participou da pesquisa exploratória, cujo objetivo era

conhecer as suas expectativas quanto ao sistema proposto. Inicialmente, foram realizadas se

entrevistas

com

pessoas-chave da administração

do

CEFET-RN

(projeto piloto), na

perspectiva de viabilidade do- projeto.

Em

um

segundo

momento,

buscou-se envolver os

(25)

através de questionário, e,

numa

perspectiva futura, recomenda-se o uso de técnicas

de

design pariticipativo

como

alternativa para envolver diretamente os usuários

no

processo de

desenvolvimento

do

projeto e durante o ciclo de vida

do sqflwareó

que apoiará o sistema.

A

base da pesquisa foi a utilização dos padrões ergonômicos para

usabilidade de softwares

recomendados

pela

norma

já citada, cujos requisitos de diálogo

humano-computador

foram

priorizados pelos usuários potenciais, resultando

em

especificações de usabilidade para interface de SRI.

8.

A

Dissertação

O

teor desta dissertaçao aborda os aspectos de usabilidade

do

SRI

de

bibliotecas virtuais,

conforme

apresentado nesta introdução.

O

corpo

do

trabalho está

dividido

em

seis capitulos

conforme

estrutura a seguir:

Capítulo 1

-

Apresenta

em

linhas gerais o trabalho desenvolvido, versando

sobre o

tema

abordado e a pesquisa realizada a partir de

um

contexto

do problema

e o

problema

central.

Na

seqüência são identificadas: a hipótese levantada para solucionar a

questão da pesquisa, os objetivos gerais e específicos

do

trabalho e

o

delineamento

do

estudo de caso, realizado para corroborar

com

a hipótese estabelecida.

Capítulo 2

-

Trata da revisão da literatura sobre o processo de busca e

recuperação da informação na perspectiva

do

usuário.

No

contexto, é feito

um

resgate sobre

a trajetória

do

livro

como

suporte da escrita e a evolução

do

seu formato, visando melhorar

5

Presman (1996) define o paradigma do ciclo de vida clássico corno: “[...luma abordagem sistemática,

seqüencial ao desenvolvimento do software que se inicia no nível do sistema e avança ao longo da análise,

(26)

a

comunicaçao

com

o leitor.

Também

sao abordadas as novas tecnologias na perspectiva

do

profissional da informação diante

do

novo

cenário. Neste sentido, é sugerida a

mudança

na

cultura organizacional,

em

virtude das transformações nos procedimentos tradicionais

de

trabalho, provocadas pelo uso das novas ferramentas inseridas

no

cotidiano

do

bibliotecário.

Capítulo 3

- Baseado

na revisão

do

capitulo anterior, sobre a influência das

novas tecnologias de informação no

modo

de trabalho e na

comunicação

social, apresenta-

se

um

referencial teórico sobre

Ergonomia

e

Design

Participativo

(PD)

como

proposta para

realização de projeto centrado nos usuários.

A

revisão aborda as formas de participação

social atraves da Gestão pela Qualidade Total

(GQT),

a sociotécnica representada pela

PD

e

algumas técnicas para conduzir os trabalhos de envolvimento das pessoas

em

projetos

participativos para análise de requisitos de softwares.

Capítulo 4 -

A

partir da visão geral das questões

que envolvem

a tecnologia

da

informação e a participação das pessoas

no

processo de desenvolvimento tecnológico, é

relatado o estudo de caso realizado

com

o objetivo de traçar os caminhos trilhados

mmo

à

especificação de usabilidade para o sistema proposto. Neste estudo, faz-se

o

detalhamento

do

instrumento de pesquisa e a respectiva analise dos resultados

como

embasamento

para

as

recomendações

apresentadas

no

capítulo final para trabalhos futuros.

Capítulo 5

-

Neste capítulo são aplicados os conhecimentos adquiridos a

partir da revisão da literatura e os resultados da pesquisa anterior para avaliar interface de

SRIS disponíveis na Web.

O

objetivo desta análise geral é identificar os pontos positivos e

negativos das interfaces dos SRIS e exemplificar os requisitos priorizados pelos usuários

(27)

_ Capítulo 6

-

Faz-se o fechamento

do

trabalho

com

as

recomendações

para

trabalhos futuros.

Capítulo 7

«

São

apresentadas as conclusões finais das ações realizadas até o

(28)

cAP|TuLo

2

-

A BuscA

E

RECUPERAÇÃO DA

iNFoRMAÇÃo

NA

PERSPECTIVA

Do

usuÁR|o

1.

Introdução

O

avanço das tecnologias de

comunicação

torna inevitável a virtualização da

informação e, conseqüentemente, a proliferação das bibliotecas virtuais.

Segundo

.l.\/.larchiori

(l997),

quando

a maioria das bibliotecas estiver conectada à rede, teremos

uma

biblioteca

global.

Levy

acredita que nós já estamos convivendo

com

a virtualização das

comunidades, empresas e da democracia

-

a cibercultura. Para ele, as técnicas, a

economia

e os costumes nunca foram tão rapidamente desestabilizados. Diante disto, questiona se

devemos

temer

uma

desrealização geral, afirmando:

a virtualizaçao nao e

nem

boa,

nem

má,

nem

neutra. Ela se apresenta como o

movimento

mesmo

do “devir” - ou heterogênese - do humano. Antes de temê-la,

condena-la ou lançar-se às cegas a ela., proponho que se faça o esforço de aprender,

de pensar, de compreender

em

toda sua amplitude avi.1“tualização (1996 p. ll-12).

Sobre a

comunicação

da informação por

meio

dos livros,

que

há tanto

tempo

vem

disseminando cultura à sociedade, Antônio Houaiss, na década de oitenta, antes da

proliferação das redes de

comunicação

via computador, já previa suas

mudanças,

principalmente, na área editorial, advindas das transformaçoes

do

suporte

da

escrita e

considerando a evolução dos meios digitais.

Em

relação à importância

do

conteúdo

do

livro

e

não

da sua forma atual, para a comunicação, afirma:

[...l folhas de papel impressas, alçadas, coligadas e vestidas,

numa

unidade

normalmente portátil (mesmo que a duas mãos) - esse livro pode desaparecer: mas não

~

desaparecerão,

com

sua fisicidade, as suas mensagens e seus códigos: isso que se

chama dialetos literários, isso que se

chamam

dialetos científicos, isso que se chama

dialetos tecnológicos - e assim por diante.

O

computador que equivaler a soma de

todos os livros será

um

servo daqueles dialetos - da linguagem oral, que e' sobretudo

(29)

Diante das evidências dos fatos e dos caminhos

do

papel,

mmo

ao

meio

digital, Houaiss (idem, p. 18) trata da realidade

do

livro

como

sendo apenas

o

“vestíbulo”

do

que aconteceria dali a dez, vinte, trinta anos e

que

ao chegar_essa época, seriam

considerados velharias “[...]papel., impressão, livros passarão a objetos dignos de estudos

arqueológicos”. Passados quase vinte anos, desde as previsões e angústias do lexicógrafo e

crítico literário, o livro impresso ainda não é alvo

do

estudo de arqueólogos,

mas

à

medida

que as novas gerações forem assumindo os postos de trabalhos e de

comandos

no

ciberespaço, as formas de transmissão de conhecimento passarão a acontecer, cada vez

mais, por

meio

da interação

humano-computador.

Neste capítulo é feita

uma

retrospectiva sobre a história

do

livro, principal

suporte da escrita

que tem

resistido ao longo dos séculos

como

veículo de

comunicação

para acesso à informação.

Também

são abordadas questões relativas à evolução

do

seu

formato diante dos avanços tecnológicos,

em

que

os meios digitais

competem

com

os

impressos. Neste sentido, o processo de recuperação da informação pelos usuários é

colocado sob o ponto de vista da inserção de bibliotecas virtuais paralelas às tradicionais,

o

papel

do

bibliotecário enquanto mediador

do

processo e a visão dos usuários, suas

expectativas e necessidades.

2.

A

trajetória

do

livro

como

suporte da

escrita

Emanuel

Araújo (1986), ao referir-se à história da editoração do livro, divide

em

quatro as suas fases de evolução: o livro dos bibliotecários, dos

monges, dos

impressores e dos editores.

A

escrita foi criada para registrar as informações; o livro, para

(30)

garantir a qualidade das obras, da produção e da comercialização diante

da

demanda.

Em

todas estas fases, para processar, normalizar, organizar e disponibiliza-los ao público,

sempre

existiram os bibliotecários.

Araújo destaca,

também,

a importância da invenção

do

códice

ou

codex7, a

partir

do

século II a.C._, que revolucionou o desenvolvimento

do

livro: “[...]já se afirmou,

aliás,

que

o códice significou

uma

mudança

radical na história

do

livro, talvez mais

importante

que

a de Gutemberg, pois o atingiu

em

sua forma atual” (idem, p.39). Esta

passagem

marcou, na história

do

livro, a transição, não só

do

seu formato,

mas também

do

seu

modo

de produção. Até então, os textos

eram

selecionados, compilados, reproduzidos e

disseminados pelos bibliotecários,

A

esta fase

do

livro, Araújo

chamou

de Livro

dos

Bibliotecários.

Para ser produzido

no novo

formato (códice), a partir desta época, o livro

passa a ser elaborado nas oficinas dos mosteiros, chegando, então, a fase do Livro

dos

Monges.

Nesta fase, passou-se a dar maior importância aos detalhes de qualidade editorial das obras.

O

Monge

Bento

de Núrsia (480-549) foi o responsável pelo

movimento

sistemático

da

editoração medieval.

Nos

mosteiros, as oficinas editoriais

compostas

por

monges

e noviços produziam trabalhos de compilação de manuscritos, transcrição,

ilustraçãoe cópias a serem distribuídas, principalmente, na

comunidade

religiosa.

Com

a invenção

do

papel e da xilogravura, novidades introduzidas

no

final

do

séc. XIII ao

XV,

o pergaminho e os manuscritos, até então suporte e processo de escrita,

7

Livro feito de folhas costuradas ou juntas, substituindo o antigo formato dos rolos de papiro (Grande

(31)

respectivamente, aos

poucos

vão

dando

espaço ao

novo

suporte e aos

novos

processos

de

produção.

A

difusão da tipografia foi fundamental para encerrar completamente a era

dos manuscritos,

em

função da rapidez e

aumento

da produçao* incrementada pela

tecnologia da imprensa.

Na

evolução

do

livro, este período foi conhecido

como

o do Livro

dos lmpressores.

A

passagem do

Livro dos

Monges

para o dos Impressores

ou

do manuscrito

para o impresso é considerada, por

Emanuel

Araújo,

como

um

passo importante

na

história

do

livro:

Aceita-se como ponto pacíñco que a partir de Johann Gutemberg (c. 1400-

1468?), que superou a arte da xilotipia

com

a invenção dos tipos móveis, surgiua

profissão do “impressor`. Ora, os pioneiros do livro impresso foram, na realidade,

mais do que simples “impressores`, na medida

em

que tiveram de buscar

elementos destinados a facilitar a leitura, substituindo a riqueza intrínseca dos

manuscritos por

uma

qualidade diferente, a da paginação. (p.46)

A

partir

do

século

XVI

surgem

as primeiras casas publicadoras

ou

editoras, e

a partir

do

século XVIII,

com

a Revolução Industrial e o

aumento

da produção de livros, as

funções de tipógrafo

ou

impressor e livreiro se separam.

A

medida

que a produção de livros

foi aumentando,

também

aumentaram

as exigências por produtos de melhor qualidade

técnica, de

modo

a superar a qualidade

do

manuscrito. Para atingir esta qualidade, agilizar

o

processo de transformação

do

manuscrito

em

composição

tipográfica e manter o texto o

mais fidedigno possivel e visualmente agradavel, surgiu a figura

do

editor.

Durante o

século

XIX,

esta função era exercida pelos filólogos.

O

surgimento da profissão de Editor

marcou

época na história da construção

do

livro, considerada por

Emanuel

Araújo

como

o período

do

Livro dos Editores, sobre

o

(32)

O

horizonte semântico da palavra “editor” chegou, assim, a dilatar~se de forma

polissêinica para quase todas as áreas dos modernos meios de comunicação, sempre

com

sentidos especializados: editor de som, editor de

VT

(= vídeo-tape)

etc.

No

âmbito restrito da produção de livros, contudo, “editoração” poderia

definir-se hoje no Brasil como o conjunto de tarefas do editor, que consistem basicamente

em

supervisionar a publicação de originais ein todo 0 seu fluxo pré-

industrial (seleção, normalização) e industria_l (projeto gráfico, composição,

revisão, impressão e acabamento), (idem, p. 54).

O

processo de evolução

do

texto e

do

livro, enquanto

meio

de comunicação,

é

marcado

pela busca da qualidade da interface texto~leitor.

Em

conseqüência da

produção

industrial e

do

desenvolvimento tecnológico nas artes gráficas, foram surgindo os

profissionais especializados

em

normalização, projeto gráfico, ilustração entre outros, a fim

de preservar as qualidades intrínsecas

do

livro. Inicialmente trabalhando

com

ferramentas

convencionais

como

pranchetas, esquadros e normógrafos, hoje,

com

a ajuda

do

computador

e softwares especializados, este profissional passou a ser conhecido

como

designer gráfico.

A

preparação de originais, atualmente, conta

com

ferramentas tecnológicas

que vão desde a

produção do

texto digital, sua edição, apresentação, até a difusão virtual.

Dependendo

da qualidade da informação e

do

gosto

do

leitor, o texto poderá ser

amplamente

impresso

ou

nunca vir a se transformar

em

papel.

No

âmbito dos sistemas de recuperação da informação (SRÍ) das bibliotecas

virtuais, possiveis a partir dos suportes digitais e das novas tecnologias de

comunicação

(Internet), os designers gráficos, apoiando-se nos principios ergonômicos para interação

humano-computador,

são os responsáveis pela qualidade da interface dos SRI's.

Sua

preocupação básica é planejar interfaces amigáveis, de forma a garantir a eficácia

do

desempenho

dos usuarios, proporcionando~lhes

uma

interação corn o texto na tela, tão

boa

(33)

especialistas quanto para iniciantes, atendendo basicamente as reais necessidades

dos

usuarios, respeitando o nivel de instrução e as habilidades de cada

um

com

recursos

tecnológicos.

2.1

Da

nota

de rodapé ao

hiperlink

A

interatividade

com

sistemas virtuais de informação inseridos pelas redes

de

computadores têm

acarretado profundas modificações

no

modo

de vida e de trabalho,

afetando, inclusive, o

comportamento

das pessoas.

Sao

comuns

os problemas

com

adolescentes e adultos “fissurados”

em

videogames, jogos eletrônicos e bate-papo

na

internet, transformando-sedo, muitas vezes,

em uma

espécie de vicio. Turkle, op. cit.

exemplifica a

mania

das interações virtuais,

ou

“cultura da simulação”

-

como

a

chama -

ao citar o dilema de

um

adolescente

que

se encontra entre o real e o virtual, às duas horas

da manhã,

numa

sala de computadores, jogando/interagindo nos

MUD's8

sem

conseguir

sair dele e, pensando:

Neste

MUD

estou a descontrair-me, a fazer conversa de chacha (sic.). Neste outro

MUD,

entrei

numa

guerra de lança-charnas. Neste último, estou

numa

de sexo da

pesada. Ando a viajar entre os

MUDs

e

um

trabalho de casa de fisica que vou ter

de entregar amanhã de manhã, às 10 horas.(p. 17).

Do

mesmo

modo,

a sociedade esta se adaptando e

dependendo

dos recursos

eletrônicos

que

virtualizam as operações e as suas próprias ações, utilizando-os para gerir

sua vida.

A

popularização dos computadores domésticos e as facilidades de

comunicação

a

distância, introduzidas pelo uso de redes

como

a Internet,

tem

contribuído para

que

tais

8 Os

MUDs

(Multi User Domains) são jogos interativos,

em

que os participantes desempenham papéis no

espaço virtual, podendo navegar, conversar e constmir novos mundos. As janelas do computador permitem

(34)

mudanças

ocorram. Bancos, lojas, escolas, universidades relações de amizade, casamentos,

estão sendo possíveis por

meio

de contato virtual.

A

virtualizaçao nao acontece necessariamente

com

o uso de recursos

tecnológicos de última geração; para Pierre

Levy

(1996), os nossos sentidos

têm

sido

virtualizados durante toda a evolução dos meios de comunicação, afirmando que:

[...] o telefone para a audição, a televisão para a visão, os sistemas de

telemanipulaçoes para o tato e a interação sensório-motora, todos esses

dispositivos virtualizam os sentidos (p. 28)

[...] os operadores mais desterritonalizados, mais desatrelados de

um

enraizamento espaço-temporal preciso, os coletivos mais virtualizados e

virtualizantes do mundo contemporâneo são os da tecnociência, das finanças e

dos meios de comunicação(p. 18).

O

uso

do computador

como

ferramenta de virtualização

do

texto, trouxe

uma

nova forma

de leitura, tornando-a mais dinâmica, ágil e de maior acessibilidade,

embora

muitos não aceitem, pelo

menos

os resistentes à

nova

tecnologia.

Com um

único

equipamento, é possivel ter acesso a sons, imagens e movimentos, proporcionando diversas

sensações (leitura/interação), tanto visual e auditiva,

como

a sensório-motora.

Na

interação

com

hipertextos, os hiperhnks e os recursos de hipermídia,

permitem

ao leitor acessos as diversas partes

do

texto, e simultaneamente, consultar fontes externas (sites).

Nos

livros, os atalhos para localizar a informação (hiperlinks/âncoras), são

feitos por

meio

de notas de rodapé, índices remissivos, sumários, referências bibliográficas,

listas de fotos, de figuras etc, cujo acesso e o toque dos dedos nas páginas referenciadas.

De

acordo

com

Ribeiro e Juca (2000), na

nova forma

de interação

com

o hipertexto, a leitura

passa a ser

em

cadeia, o texto extrapola os limites fisicos da página e o acesso à

(35)

interação

com

o texto virtual,

Lévy

(idem) considera

que

isto só ocorre

quando

a percepção

humana

capta as informações:

O

virtua.l só eclode com a entrada. da subjetividade humana no circuito, quando

num mesmo

movimento surgem a indeterminação do sentido e a propensão do

texto a significar, tensão que

uma

atualização, ou seja, uma interpretação, resolverá na leitura.

[.._] a digitação e as novas formas de apresentação do texto só nos interessam

porque dão acesso a outras maneiras de ler e de compreender (p. 40).

De

acordo

com

o

pensamento

de Lévy, a informação enquanto

armazenada

na

memória do

computador, são apenas dados disponíveis ao público. Esta só se

virtualizara,

conforme

o autor,

quando

acessada, interpretada e avaliada pelo usuário,

quanto à relevância para sua pesquisa.

3.

O

processo de

busca

e

recuperação da informação

e a

qualidade

da

interface

Na

perspectiva da virtualização da informação, a oferta de SRIS9 disponiveis

na internet cresce

em

proporções geométricas, de

modo

que,

em

pouco tempo

de existência

da rede, já é possivel obter acesso,

em

grande parte gratuito, às principais fontes

de

informação

do mundo.

Esta grande oferta provoca competição entre os provedores, fazendo

de

modo

a prevalecer o melhor serviço e o melhor preço. Paralelamente, cresce

também

o

interesse das pessoas por acesso a serviços virtuais de informação, comércio eletrônico e

comunicação, sendo atraídos

também

pela interatividade proporcionada pela rede.

Diante da

demanda

e

em nome

da democratização da informação, os

provedores

apóiam

seus argumentos para conquistar usuários, vencer os concorrentes e

garantirem seu espaço na grande teia (rede).

Um

desses argumentos

pode

ser notado

no

9

Yahoo, Cadê, Google, Altavista etc. são alguns dos sistemas de recuperação da informação na internet mais

Referências

Documentos relacionados

O caso de gestão a ser estudado irá discutir sobre as possibilidades de atuação da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e Educação Inclusiva (PROAE) da

Depois de exibido o modelo de distribuição orçamentária utilizado pelo MEC para financiamento das IFES, são discutidas algumas considerações acerca do REUNI para que se

Em 2008 foram iniciadas na Faculdade de Educação Física e Desportos (FAEFID) as obras para a reestruturação de seu espaço físico. Foram investidos 16 milhões

Não obstante a reconhecida necessidade desses serviços, tem-se observado graves falhas na gestão dos contratos de fornecimento de mão de obra terceirizada, bem

Apesar da melhora de desempenho nas compras dos setores pesquisados, os instrumentos de pesquisa utilizados permitiram verificar que na Universidade Federal de

intitulado “O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e programas” (BRASIL, 2007d), o PDE tem a intenção de “ser mais do que a tradução..

No Brasil, a falta de uma fiscalização mais rigorosa é uma das razões que possibilitam que certas empresas utilizem os estágios como forma de dispor de uma mão-de-obra

Então são coisas que a gente vai fazendo, mas vai conversando também, sobre a importância, a gente sempre tem conversas com o grupo, quando a gente sempre faz