21 a 25 de Agosto de 2006 Belo Horizonte - MG
Projeto de Norma ABNT/COBEI – Métodos de Medição e Níveis de Referência para
Exposição a Campos Elétricos e Magnéticos na Freqüência de 50 e 60 Hz
Eng. Julio Cesar Ramos Lopes
Eng. Marcus Barthus
Eletropaulo Metropolitana S.A
Emcert
julio.lopes@aes.com barthus@emcert.com.br
Eng. José de Melo Camargo
Eng. Victor Vellano Neto
Eletropaulo Metropolitana S.A
Fundação CPqD
jose.camargo@aes.com vellano@cpqd.com.br
Eng. Enéas Bittencourt Pinto
CPFL
ebpinto@cpfl.com.br
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo apresentar o Projeto de Norma ABNT 03:077.1-002 – Métodos de medição e níveis de referência para a exposição a campos elétricos e magnéticos na freqüência de 50 Hz e 60 Hz, projeto este desenvolvido na comissão de estudo CE:03:077:01 – Compatibilidade Eletromagnética, do COBEI (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Iluminação e Telecomunicação), e bem como uma análise das regulamentações vigentes no Brasil e internacionalmente sobre a exposição humana a campos elétricos e magnéticos que serviram de orientação para o desenvolvimento deste Projeto de Norma.
PALAVRAS-CHAVE
Campos elétricos, campos magnéticos, linhas de transmissão, subestações, circuitos de distribuição. 1. INTRODUÇÃO
Diversas organizações nacionais e internacionais assim como inúmeros países têm emitido regulamentações estabelecendo limites para a exposição de pessoas a campos elétricos e magnéticos, tanto para condições ambientais quanto para ocupacionais.
No Brasil existem duas publicações, uma de caráter normativo e outra de caráter de resolução, que tratam deste assunto para o público em geral. A de caráter normativo refere-se à Norma NBR 5422 – Projeto de Linhas Aéreas de Transmissão de Energia Elétrica, publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), de 1985, sua última revisão, estabelecendo limite para campo elétrico para linhas de alta tensão acima de 69 kV. Entretanto, não estabelece qualquer parâmetro para limite de campo magnético. A ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), através da Resolução 303 de 2 de julho de 2002, adotou para avaliação da exposição humana a campos elétricos e 1/12
magnéticos de rádio-freqüência provenientes de estações transmissoras de serviços de telecomunicações na faixa de freqüências 9 kHz e 300 GHz, os limites propostos pela ICNIRP (International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection).
A ICNIRP é uma organização não governamental constituída por uma equipe multidisciplinar de cientistas de vários países que tem reconhecimento oficial da OMS (Organização Mundial da Saúde). Além destas publicações, para o público ocupacional existe a Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho, a NR 9 que refere-se ao Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, do Ministério do Trabalho e Emprego. No seu item 9.3.5.1.c, estabelece que para as avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores a riscos ambientais deverão ser considerados os valores dos limites previstos na NR 15 ou, na ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Higyenists). Como a NR 15, Atividades e Operações Insalubres, não consideram as atividades desenvolvidas pelos trabalhadores nas redes e subestações elétricas como insalubres, e não fixa valores limites para campos elétricos e magnéticos para a freqüência de 60 Hz, os valores limites a serem observados para exposições ocupacionais são os da ACGIH, conforme estabelecido na NR 9.
A crescente preocupação da população quanto a possíveis efeitos prejudiciais destes campos à saúde humana, aliada à falta de uma diretriz brasileira para limites de exposição do público em geral a campos elétricos e magnéticos de 60 Hz, tem trazido inúmeras dificuldades às empresas concessionárias de transmissão e distribuição de energia elétrica na ampliação e reforma de seus sistemas elétricos. Este documento tem por objetivo analisar as regulamentações existentes das diversas organizações internacionais, voltadas à limitação da exposição humana aos campos elétricos e magnéticos de 60 Hz, e divulgar o projeto de Norma 03:077.1-002, Métodos de medição e níveis de referência para exposição a campos elétricos e magnéticos na freqüência de 50 Hz e 60 Hz, projeto este desenvolvido na Comissão de Estudo CE 77 da ABNT/COBEI.
2. LEIS, NORMAS E DIRETRIZES
A compilação das regulamentações existentes sobre a limitação da exposição humana a campos elétricos e magnéticos de freqüências extremamente baixas, 50 e 60 Hz, mostra que elas podem ser enquadradas em duas linhas principais. Uma delas é a das regulamentações publicadas por órgãos normativos nacionais e internacionais que obedece a uma diretriz de caráter mais técnico e estabelece limites baseados em evidências e constatações comprovadas em estudos científicos. A outra linha é a de regulamentações emitidas por órgãos governamentais, na forma de leis e decretos, que além de evidências científicas consideram também outros aspectos de natureza política, social, econômica e a percepção de risco da população em geral.
As normas elaboradas pelas organizações normativas ou comitês de estudos internacionais são geralmente recomendações e a sua aplicação não é de caráter obrigatório. Fazem parte deste grupo as normas e diretrizes da ICNIRP, da ABNT, da IEC, da ACGIH e outros organismos correlatos.
As leis e decretos publicados pelos órgãos governamentais dos diversos países são de aplicação obrigatória e geralmente consideram as recomendações feitas por estas organizações, acrescentando outras restrições e, algumas vezes, limites mais conservativos para determinadas condições e locais de exposição. Adotando estes limites mais restritivos a legislação procura atender muitas vezes anseios da população, abrandando a angústia provocada pela percepção de risco à saúde. É importante ressaltar que esta percepção de risco, na maioria das vezes, está mais baseada na falta de informação sobre o assunto do que em comprovações científicas.
Por estarem embasadas em estudos de caráter científico que consideram as mais diversas situações de exposição e de ambiente, as normas e diretrizes elaboradas pelas organizações normativas e comitês técnicos internacionais são válidas e aplicadas da mesma forma e com as mesmas restrições e limites 2/12
nos diversos países, indiferentemente da posição geográfica e das condições sociais e econômicas da população.
Por outro lado, as leis e decretos emitidos pelos governos dos diversos países apresentam consideráveis variações nos limites e restrições impostas, considerando a situação social e econômica própria de cada país. As leis mais recentes sobre este assunto têm levado em consideração o Princípio da Precaução, que tem se mostrado um embasamento jurídico cada vez mais empregado nas questões e legislações ambientais em todos os países. Entretanto, a aplicação deste Princípio tem sido analisada com muito cuidado pela OMS, pois o seu emprego de forma generalizada, algumas vezes sem muito critério, pode provocar a perda de credibilidade das diretrizes e limites baseados em estudos científicos reconhecidos e recomendados pela própria OMS.
3. PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992, adotou o Princípio da Precaução, redigido da seguinte forma no item 15 do texto:
De modo a proteger o meio ambiente, o Princípio da Precaução deve ser amplamente observado pelos Estados, de acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis para prevenir a degradação ambiental.
No Artigo 174 do Tratado da União Européia, assinado em 1992 em Maastricht, na Holanda, o Princípio da Precaução foi formulado como:
Tomar ações prudentes quando houver evidência científica suficiente (mas não necessariamente prova absoluta) que a falta de ação possa causar danos e onde a ação possa ser justificada com razoável avaliação de custo-efetividade.
Face às incertezas científicas atualmente existentes em diversas áreas, têm sido crescentes os movimentos no mundo, dentro e fora dos governos, para a adoção de medidas de precaução no gerenciamento de riscos. A diversidade das ações tomadas depende da gravidade dos danos e do grau de incerteza que cercam o problema. Quando os danos associados ao risco são pequenos e a sua ocorrência incerta, é de bom senso não se fazer nada ou muito pouco. Por outro lado, quando o dano potencial é grande e existe pouca incerteza quanto a sua ocorrência, as medidas tomadas para eliminar os riscos são significativas.
O Princípio da Precaução é geralmente aplicado quando existe um alto grau de incerteza científica e é necessário se adotar medidas para um risco potencialmente sério sem esperar os resultados de novas pesquisas científicas. Essa abertura existente na definição do Princípio da Precaução tem levado a interpretações e aplicações muito distintas.
No ano 2000, a Comissão Européia definiu diversas regras para a aplicação deste princípio, incluindo a análise de custo-benefício. De acordo com as regras estabelecidas pela Comissão Européia, as medidas baseadas no Princípio da Precaução, tomadas quando se considera a necessidade de alguma ação, deverão ser:
• Proporcionais ao nível de proteção escolhido; • Não discriminatórias na sua aplicação; • Consistentes com medidas similares tomadas;
• Baseadas em levantamento dos potenciais benefícios e custos da ação ou da falta de ação (inclusive com análise de custo-benefício onde for apropriado e exeqüível);
• Sujeitas à revisão, à luz de novos dados científicos;
• Capazes de fixar responsabilidades de se buscar as evidências científicas necessárias para uma avaliação de risco mais abrangente.
Uma variante do Princípio da Precaução que tem sido adotada em alguns países é a Prudent Avoidance ou Prevenção Prudente. Ela pode ser descrita como a adoção de medidas preventivas de baixo custo que podem ser tomadas para reduzir, no caso a exposição do público a campos elétricos e magnéticos. O termo prudente, da expressão Prevenção Prudente, refere-se aos gastos mínimos realizados nas medidas tomadas para se fazer a redução da exposição individual ou da população, mesmo na ausência da certeza de que estas medidas estarão efetivamente reduzindo o risco.
Recentemente, a OMS realizou em Luxemburgo uma conferência científica internacional para analisar e sugerir medidas para a aplicação do Princípio da Precaução a campos elétricos e magnéticos de freqüências extremamente baixas. Esta conferência faz parte de uma série de ações que a OMS vem tomando a fim de atender uma solicitação feita em 1999 na 3a Conferência Interministerial Européia
sobre Saúde e Meio Ambiente para que levasse em consideração a necessidade de aplicar rigorosamente o Princípio da Precaução na avaliação de riscos e para adotar uma atitude mais preventiva e pró-ativa com relação a riscos.
Na conferência de Luxemburgo, foram feitas apresentações sobre os prós e os contras da aplicação do Princípio da Precaução. Como pontos fortes a favor da aplicação do Princípio foram destacados os seguintes:
• A enorme diferença que existe entre uma boa ciência e política pública baseada em uma boa ciência. A política pública envolve muitas outras coisas além de ciência;
• A necessidade de se distinguir entre Riscos onde nós conhecemos os efeitos e as probabilidades,
Incerteza onde nós conhecemos os efeitos e não as probabilidades, e Ignorância onde nós não
temos conhecimentos nem dos efeitos e nem das probabilidades;
• Os diferentes níveis de provas requeridas para os diferentes propósitos. Um nível menor é adequado para o Princípio da Precaução. Um nível maior é necessário para a certeza científica; • O direcionador para a certeza científica leva a mais “falsa negativa” (a exposição era perigosa
apesar de tudo);
• O público deseja minimizar “falsa negativa” e tem uma maior tolerância à “falsa positiva” (a exposição era benigna apesar de tudo);
• A necessidade de reconhecer os limites da análise de custo-benefício.
A argumentação apresentada contra a aplicação do Princípio da Precaução foi mais embasada nos muitos problemas decorrentes da aplicação em si do que nas medidas de precaução propriamente dita. Como pontos fracos da aplicação do Princípio da Precaução foram colocados os seguintes:
• A aplicação do Princípio da Precaução em muitas ocasiões foi feita não pela ausência de informação científica, mas por que as pessoas ignoraram as evidências existentes e não observaram o que deveria ter sido observado;
• O Princípio da Precaução já está bloqueando novos desenvolvimentos como os da comunicação móvel sem fio e os de organismos geneticamente modificados, além de dificultar o progresso econômico e social;
• A prevenção de riscos sérios e bem conhecidos como o fumo, a obesidade e os acidentes de carro, poderá permanecer com poucos investimentos enquanto se gasta dinheiro com supostos riscos. Foi citada como exemplo a aplicação do Princípio da Precaução na França, interrompendo a vacinação contra a hepatite B, devido ao temor de que a vacina pudesse causar esclerose múltipla, embora isto nunca tenha sido comprovado;
• O Princípio da Precaução aumentará o número de demandas judiciais, pois ele aumenta o sentimento de que qualquer risco é inaceitável e deveria ser banido. O medo de processos judiciais pode levar os tomadores de decisão no Poder Público a decisões que estão menos preocupadas com a proteção da saúde pública do que em evitar riscos de serem levados às cortes judiciais; • Outro problema está correlacionado com as informações falsas empregadas por grupos ativistas
para pressionar autoridades a tomar ações contra riscos percebidos.
Preocupada com a correta aplicação do Princípio da Precaução, a OMS elaborou o documento
Precautionary Framework for Public Health Protection. Este documento apresenta uma Estrutura de Precaução que é um conceito global, abrangendo procedimentos sobre o que levar em consideração
no controle de riscos que são conhecidos e certos ou incertos. São dois os objetivos da Estrutura de
Precaução:
• Antecipar possíveis ameaças à saúde e responder apropriadamente de forma a reduzir exposições antes da introdução de um novo agente físico, químico ou biológico.
• Cuidar das preocupações públicas que um problema de saúde em potencial, ou percebido, mas não comprovado, despertou após a introdução de um agente.
Entre a adoção de diretrizes baseadas em estudos científicos e o Princípio da Precaução a OMS recomenda os seguintes cuidados:
Na ausência de informação científica completa, a Estrutura de Precaução:
• Não é uma base para substituir diretrizes científicas existentes. Todas as diretrizes
internacionais e muitas nacionais sobre os limites de exposições humanas são baseadas em resultados de pesquisas de efeitos sobre a saúde que são consistentes, reproduzíveis, confirmados por diferentes laboratórios e identificam claramente níveis de exposição a agentes físicos, químicos ou biológicos que são nocivos aos seres humanos. Adicionalmente, os limites de exposição incorporam fatores de segurança que toleram incertezas em qualquer limiar identificado para efeitos estabelecidos.
• Não é apropriada para a ampliação ou desenvolvimento de diretrizes. Onde existirem
diretrizes estabelecidas, é importante que suas bases científicas não sejam enfraquecidas pelo emprego da “Estrutura de Precaução” para dar suporte a reduções arbitrárias dos limites de exposição.
4.
REGULAMENTAÇÕES DE ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAISSão apresentadas a seguir as normas publicadas e em elaboração pelas principais organizações normativas internacionais. Destacam-se neste grupo as diretrizes emitidas pela ICNIRP, que embora não possam ser consideradas como norma técnica, como é o caso das publicações da IEC e IEEE, foram elaboradas por uma comissão internacional de especialistas e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento humano, após uma meticulosa análise dos estudos e pesquisas que vêm sendo desenvolvidos sobre a exposição humana a campos elétricos e magnéticos ao longo de mais de duas décadas em todo o mundo.
4.1. CENELEC
O CENELEC (Comité Européen de Normalisation Electrotechnique) é o Comitê Europeu para Normalização Eletrotécnica. Foi formado em 1973 como uma organização sem fins lucrativos, sob a legislação belga. Através da Diretiva 83/189/EEC, foi oficialmente reconhecido como a Organização de Normalização Européia no campo da eletrotécnica pela Comissão Européia.
O CENELEC publicou em 1995 a Pre-standard ENV 50166-1, Human exposure to electromagnetic
fields – Low-frequency ( 0 Hz a 10 kHz), que estabelece limites de exposição com base em efeitos de
curta duração correlacionando a densidade de corrente induzida pelos campos no corpo humano e seus efeitos em funções do sistema nervoso.
Face à dificuldade de se realizar medições de densidades de correntes induzidas, as grandezas utilizadas pelo CENELEC para estabelecer os limites de exposição são o campo elétrico e a densidade de fluxo magnético, que são correlacionados à densidade de corrente no corpo por modelagem matemática e por extrapolação de resultados de investigações de laboratório.
Tabela 1 – Norma ENV 50166-1 - CENELEC
Valores limites para 60 Hz Campo Elétrico (kV/m) Densidade de Fluxo Magnético (µT)
Ocupacional 25* 1333
Público em Geral 8,33 533
* com restrição de tempo de exposição
4.2. IEC
A IEC (International Electrotechnical Commission) foi oficialmente fundada em junho de 1906, em Londres, onde ficou sediado seu Escritório Central. Sua fundação foi a concretização de uma aspiração resultante do Congresso Internacional de Eletricidade realizado em setembro de 1904, em St. Louis, nos Estados Unidos da América.
A IEC recentemente criou novos comitês técnicos para células combustíveis e métodos para avaliação de campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos associados à exposição humana. O Comitê Técnico TC 106, Metodologia para Avaliação de Campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos Associados à Exposição Humana, tem como objetivo preparar normas sobre a metodologia de medição e cálculo para avaliação da exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos na faixa de freqüência de 0 Hz a 300 GHz. Suas principais tarefas são:
• Caracterização do ambiente eletromagnético considerando a exposição humana; • Métodos, instrumentação e procedimentos de medição;
• Métodos de cálculo;
• Métodos de avaliação da exposição produzida por fontes específicas; • Padrões básicos para outras fontes;
• Avaliação de incertezas.
Esse comitê não tem por finalidade estabelecer limites de exposição e métodos de mitigação dos campos. É constituído pelos seguintes grupos de trabalho.
• WG1: Measurement and calculation methods for low frequency (0 to approximately 100 kHz) electric and magnetic fields and induced currents;
• WG2:Characterization of low frequency electric and magnetic fields produced by specific sources;
• WG3: Measurement and Assessment of Human Exposure to High Frequency (9 kHz to 300 GHz) Electromagnetic Fields;
• WG4:Characterization of high frequency electromagnetic fields and SAR produced by specific sources;
• WG5: Generic standards: general application and common practices.
4.3. IEEE
O IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) é uma associação técnica profissional sem fins lucrativos que reúne mais de 380.000 membros em 150 países.
Através de seus membros, o IEEE é uma autoridade líder em áreas técnicas que abrangem desde engenharia de computadores, tecnologia biomédica, telecomunicações, eletrotécnica, tecnologia aeroespacial, e equipamentos eletro-eletrônicos, dentre outras.
Em 1999 o IEEE publicou a revisão da norma Std C95.1 – Standard for Safety Levels with Respect to
Human Exposure to Radio-Frequency Electromagnetic Fields, 3 kHz to 300 GHz, estabelecendo
limites de segurança para exposição humana a campos eletromagnéticos em rádio-freqüência, 3 kHz a 300 GHz.
Em 2002 o IEEE publicou a revisão da norma Std C95.6 - Standard for Safety Levels with Respect to
Human Exposure to Radio-Frequency Electromagnetic Fields, 0 to 3 kHz, baseada nos resultados de
avaliação da literatura científica relevante, e efeitos comprovados que estão bem estabelecidos e para os quais os limiares de reação estão compreendidos. Os limites de campos serão obtidos dos limites de densidade de corrente ou campos elétricos internos.
Tabela 2 – Norma C95.6 - IEEE
Valores limites Campo Elétrico (kV/m) Densidade de Fluxo Magnético (µT)
Ocupacional 20 27100
Público em Geral 5 9040
4.4. ACGIH
A ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Higyenists) foi fundada em 1938, com a missão organizacional: A comunidade ACGIH de profissionais eleva a saúde e segurança do
trabalhador através da educação e do desenvolvimento e disseminação do conhecimento técnico e científico.
Desde a sua primeira reunião, a ACGIH criou comitês permanentes encarregados de encaminhar os mais importantes assuntos de higiene industrial: normas técnicas, uniformização de relatórios de doenças ocupacionais e outras moléstias entre trabalhadores, código de saúde industrial, dentre outros. Atualmente, os 12 comitês da ACGIH estão focando suas ações em diferentes temas, tais como: saúde e segurança na agricultura, bio-aerosóis, agentes infecciosos, índices de exposição biológica, valores limites de tolerância de substâncias químicas, e valores limites de tolerância de agentes físicos.
Indiscutivelmente, as atividades mais conhecidas da ACGIH são as do Comitê de Valores Limites de Tolerância para Substâncias Químicas, criado em 1941. Este grupo ficou encarregado da investigação, recomendação e revisão anual dos limites de exposição a substâncias químicas. E em 1944 passou a ser uma comissão permanente. Sua primeira lista foi publicada em 1946 com 148 limites de exposição. O termo “Valores Limites de Tolerância” foi introduzido em 1956, e a primeira publicação do Documento destes valores foi feita em 1956. Atualmente, a lista de Valores Limites de Tolerância contém 642 substâncias químicas e agentes físicos, assim como 38 Índices de Exposição Biológica para substâncias químicas selecionadas. Dentre os valores limites, a ACGIH publica os valores de exposição em situações ocupacionais para campos elétricos e magnéticos, que são reconhecidos e adotados pelos países associados, dentre eles o Brasil, através do Ministério do Trabalho e Emprego. Estes valores são os adotados pelo Ministério do Trabalho e Emprego através de suas Normas Regulamentadoras de Segurança e Saúde no Trabalho para a exposição máxima de trabalhadores, durante a jornada de trabalho de 8 horas diárias.
Tabela 3 – Recomendações da ACGIH
Valores limites para 60 Hz Campo Elétrico (kV/m) Densidade de Fluxo Magnético (µT)
Ocupacional 25 1000
4.5. ICNIRP
A ICNIRP (International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection) foi criada em maio de 1992 durante o Oitavo Congresso Internacional da IRPA (International Radiation Protection
Association) como uma organização científica internacional independente. Ela é a sucessora do INIRC
(International Non Ionizing Radiaton Committee), criado em 1977 pela própria IRPA, a qual publicou o documento Ínterim Guidelines on Limits of Exposure to 50/60 Hz Electric and Magnetic Fields – 1990, revisando o Environmental Health Criteria 35 – Extremely low Frequency Fields, publicado pela OMS em 1984.
As funções da ICNIRP são: investigar os perigos que podem ser associados com as diferentes formas de radiações não ionizantes, desenvolver diretrizes internacionais sobre limites de exposição a radiações não ionizantes e tratar de todos os aspectos de proteção a estas radiações.
Em 1998 a ICNIRP revisou estudos anteriores e publicou seu Guidelines for Limiting Exposure to
Time-Varying Electric, Magnetic and Electromagnetic Fields (up to 300 GHz), que são diretrizes que
estabelecem limites para a exposição humana a campos elétricos e magnéticos para freqüências de 0 Hz até 300 GHz. Estas diretrizes foram estabelecidas tomando como base uma detalhada revisão de toda literatura científica publicada sobre efeitos biológicos provocados pela exposição de seres vivos, não apenas humanos, a campos elétricos e magnéticos, incluindo efeitos térmicos e não térmicos. Em 2001, após uma nova revisão de toda a literatura científica publicada, a ICNIRP manteve os limites anteriormente publicados.
As bases para estabelecer os limites recomendados em suas diretrizes são colocadas pela ICNIRP conforme trecho traduzido diretamente do Guidelines:
Estas diretrizes para limitação da exposição foram desenvolvidas após uma análise abrangente de toda a literatura científica publicada. Os critérios aplicados durante a revisão, foram desenvolvidos para avaliar a credibilidade dos vários resultados relatados (Repacholi e Stolwijk, 1991; Repacholi e Cardis, 1997) e somente efeitos estabelecidos foram usados como base para as restrições da exposição propostas. A indução de câncer pela exposição de longa duração a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos, não foi considerada estabelecida. Por essa razão, estas diretrizes são baseadas em efeitos na saúde de caráter imediato, a curto prazo. No caso dos efeitos potenciais da exposição a longo prazo, tais como aumento de risco de câncer, a ICNIRP concluiu que os dados disponíveis são insuficientes para prover uma base para fixar restrições à exposição, embora pesquisas epidemiológicas tenham produzido evidências sugestivas, mas não convincentes, de uma associação entre possíveis efeitos carcinogênicos e a exposição a densidade de fluxo magnético de 50/60 Hz em níveis substancialmente inferiores aos recomendados nestas diretrizes.
A ICNIRP estabelece limites diferentes para a população ocupacional e o público em geral, por considerar que os trabalhadores são adultos e estão geralmente expostos a condições conhecidas e são treinados para estar atentos ao risco potencial e tomar precauções apropriadas. O público em geral, por outro lado, é constituído de pessoas de todas as idades e estados de saúde, e pode incluir grupos ou indivíduos mais suscetíveis à exposição a campos elétricos e magnéticos, que não têm consciência desta exposição. Os limites para a exposição do público em geral são muito mais rigorosos que para a população ocupacional exposta.
A base científica para o desenvolvimento das restrições básicas para a exposição a campos na faixa de freqüência entre 1 Hz e 10 MHz está na correlação entre a densidade de corrente induzida pelos campos no corpo humano e seus efeitos em funções do sistema nervoso.
O fator de segurança utilizado para exposição ocupacional para freqüências na faixa de 4 Hz a 1 kHz é igual a 10, resultando numa densidade de corrente máxima de 10 mA/m². Para a exposição do público em geral foi adotado um fator de segurança de 50, e uma densidade de corrente máxima de 2 mA/m². Tabela 4 – Recomendações para público geral
Freqüência (kHz ) (f) E (V / m) B (µT) 0,025 – 0,820 250/f 5/f 0,820 – 3 250/f 6,25 3 – 150 87 6,25 150 – 1 000 87 0,92/f 8/12
Tabela 5 – Recomendações para público ocupacional Freqüência (kHz ) E (V / m) B (µT)
0,025 – 0,820 500/f 25/f
0,820 – 65 610 30,7
5.
PROPOSTA DE NORMA ABNT/COBEIEsta proposta de Norma possui como referência normativa a IEC 617868 de 1998, que trata sobre medição de campos elétricos e magnéticos de baixa freqüência, metodologia e instrumentação e também adota como referência as diretrizes do guia de limitação da ICNIRP3 para a exposição do público geral em torno das instalações de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica.
5.1. ESCOPO DA PROPOSTA DE NORMA
Esta Norma aplica-se a todas as instalações de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica operadas na freqüência de 50 ou 60 Hz envolvendo:
• Usinas geradoras de energia elétrica; • Subestações de energia elétrica;
• Linhas de transmissão de energia elétrica;
• Circuitos de distribuição de energia elétrica acima de 1 kV.
A Norma estabelece metodologia de medição e níveis de referência de exposição a campos elétricos e magnéticos de 50 Hz e 60 Hz para o público geral, não abordando níveis de referência para o público ocupacional por estes níveis estarem definidos nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego.
A Norma fornece um guia para medição dos valores eficazes abordando os limites de magnitude de 1 V/m a 50 kV/m e 100 nT à 100 mT para campos elétricos e magnéticos, respectivamente. Em especial a Norma:
• Define terminologia;
• Identifica os requisitos de especificação do medidor de campo; • Define os requisitos aplicáveis à incerteza da instrumentação; • Descreve as características gerais dos campos;
• Descreve os princípios operacionais da instrumentação; • Descreve os métodos de medição.
5.2. CRITÉRIOS PARA ESTABELECIMENTO DE VALORES DE REFERÊNCIA
A condição básica para o estabelecimento de valores de referência está relacionada no principal mecanismo de interação dos campos elétricos e magnéticos com as células, que é a indução de corrente elétrica onde ocorrem os efeitos biológicos durante o período de exposição. Tais efeitos são de caráter imediato, como estimulação das células nervosas do cérebro, nervos periféricos e músculos, incluindo o coração. Para os campos elétricos além de choques e queimaduras causadas por contato com objetos condutores, em função da corrente aplicada, surgem dificuldades de respiração e fribrilação ventricular (batimento cardíaco desordenado).
Os efeitos biológicos comprovados acima descritos são de caráter imediato com exposição de curto prazo. Os estudos sobre os possíveis efeitos de exposição de longa duração não encontram sustentação nos mecanismos biológicos conhecidos da interação entre campos elétricos e magnéticos com os seres vivos, bem como em estudos laboratoriais in vitro ou em animais.
O nível de restrição básica para exposição humana está estabelecido a partir de correlações entre as grandezas físicas e seus efeitos biológicos da exposição, sendo a grandeza física para tais correlações é a densidade de corrente. O valor de 100 mA/m2 foi estabelecido como referência, a partir do qual são
excedidos os limiares para mudanças agudas como na excitabilidade do sistema nervoso.
5.3. NÍVEIS DE REFERÊNCIA
Os níveis de referência para o público em geral correspondem a campos com densidades de corrente inferiores a 2 mA/m2, adotando-se um fator de segurança igual a 50 com relação ao nível de restrição
básica.
Na Tabela 6 estão mostrados os níveis de referência para campo elétrico e magnético, no limite da faixa de segurança da linha de transmissão, no lado externo do perímetro da subestação ou usina e no limite do afastamento mínimo do circuito de distribuição.
Tabela 6: Níveis de referência em valor eficaz de exposição a campos elétricos e magnéticos
Freqüência 50 Hz 60 Hz
Campo Elétrico (kV / m) Magnético (µT) Elétrico (kV / m) Magnético (µT)
Público em Geral 5 100 4,16 83,3
Em situações de exposição a campos em diferentes freqüências simultâneas, deve ser utilizada a formulação abaixo descrita, extraída do documento ICNIRP, que deve ser aplicada dentro da faixa de freqüência de interesse. Campo elétrico:
1
10 1 1 1≤
+
∑
∑
> = MHz MHz i i MHz Hz i ia
E
E
E
Onde:
E
i=
campo elétrico medido na freqüência i;=
E
nível de referência do campo elétrico dado pela Tabela 4 e 5. a 87= V m Campo magnético:1
10 65 65 1≤
+
∑
∑
> = MHz kHz j j kHz Hz j jb
B
B
B
Onde:
B
i=
campo magnético medido na freqüência j;=
B
nível de referência do campo magnético da Tabela 4 e 5;b
=
6
,
25
µ
T
5.4. MEDIÇÃO DE CAMPOS MAGNÉTICOS ALTERNADOS
A abordagem da metodologia de medição foi baseada no documento IEC 617868. Para a medição de
campo magnético, a Norma define a especificação dos instrumentos que devem ser fornecidos e/ou características a serem satisfeitas, como: incerteza de medição (exatidão); escala de magnitude; banda passante; faixas de operação de temperatura e de umidade; fontes de potência; legibilidade da escala; dimensões do instrumento e compatibilidade eletromagnética.
Definem-se, também, as principais fontes de incerteza que estão associadas com a medição do valor eficaz da densidade do fluxo magnético em ambientes de medições diferentes, como: incerteza de calibração; posicionamento da sonda em campos não uniformes; resposta em freqüências ou limitações da banda passante; interferência eletromagnética do ambiente; constante de tempo do instrumento; e temperatura.
Considera-se que as medições correspondem à avaliação da exposição de todo o corpo humano dos que estão presentes no local e hora da medição. Como partes do processo para desenvolver o protocolo de medição para determinar a exposição humana, devem ser claramente indicadas para determinar os requisitos de instrumentação e calibração, por exemplo, banda passante, e escala de magnitude. O protocolo deve indicar quais parâmetros de campo devem ser medidos, quando as medições serão feitas e como as medições devem ser feitas.
5.5. MEDIÇÃO DE CAMPOS ELÉTRICOS ALTERNADOS
Para a medição de campo elétrico, a Norma define a especificação dos instrumentos que devem ser fornecidos e/ou características a serem satisfeitas, como: incerteza de medição (exatidão); escala de magnitude; banda passante; faixas de operação de temperatura e de umidade; fontes de potência; legibilidade da escala; dimensões do instrumento e compatibilidade eletromagnética.
Na determinação total da incerteza de medição associada com o valor eficaz do campo elétrico em ambientes de medições diferentes, devem ser levadas em consideração de forma apropriada todas as fontes de incerteza, calibração e medição. Muitas das fontes de incerteza podem ser desprezíveis ou, dependendo do tipo de medidor, podem não ser aplicadas a uma dada situação.
Considera-se que as medições correspondem a expor todo o corpo humano dos que estão presentes no local e hora da medição. A medição do campo elétrico em campos uniformes tem uma interpretação mais restrita ao determinar a exposição humana, isto é, a medição do campo representa a exposição humana apenas para aquela porção de anatomia humana a qual coincidiria com o local da medição. Diferentemente dos campos magnéticos, campos elétricos são perturbados pelo corpo humano. Como partes do processo para desenvolver o protocolo de medição para determinar a exposição humana, devem ser claramente indicadas para determinar os requisitos de instrumentação e calibração, por exemplo, banda passante e escala de magnitude. O protocolo deve indicar quais parâmetros de campo devem ser medidos, quando as medições serão feitas e como as medições devem ser feitas.
5.6. ANEXOS
A Norma tem seis anexos que, juntos possuem informações suficientes para a realização de treinamento específico para realizar as medições. Os anexos são:
• Características gerais de campos elétricos e magnéticos; • Medidores de densidade de fluxo magnético;
• Medidores de intensidade de campo elétrico;
• Instrumentação de medição de campo magnético uniforme; • Unidades;
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
A adoção de normas técnicas que regulamentem e determinem parâmetros de referência para orientação à construção, operação e manutenção das instalações elétricas dos sistemas elétricos de potência vem contribuir para uniformizar os procedimentos de avaliação e diminuir o impacto ambiental que estas instalações provocam.
Recomenda-se que a Comissão de Estudo CE 77 da ABNT/COBEI continue desenvolvendo projetos de normas neste assunto, a fim de atender as necessidades de segurança, construção, operação e manutenção das instalações do sistema elétrico brasileiro.
A adoção dos valores de referência de exposição humana do guia ICNIRP3 constitui uma posição mais
conservadora do que a adoção de limites propostos por outras normas e ao mesmo tempo garante a utilização de valores estabelecidos com bases em efeitos biológicos comprovados cientificamente e mais amplamente aceitos em nível internacional.
12/12 Recomenda-se, pelo exposto neste artigo, que caso seja estabelecida uma regulamentação governamental sobre o assunto, que se tenha uma discussão ampla e faça-se uma análise global sobre o mesmo, para que a legislação não traga mais dúvidas e eleve negativamente a percepção de risco da população. Somos um país com uma elevada necessidade desenvolvimento social e econômico de curto prazo.
7. INTEGRANTES DO PROJETO DE NORMA
Além dos autores deste artigo, este projeto de Norma teve a participação dos seguintes representantes: Antônio C. Lara Duca (ANMT);Antônio Carlos Morais de Queiroz ( Cosern);Antônio Mauro Silva, Pedro S. Sumodjo (Consumidor);Armindo Fernandes Cadilhe,Carlos Alberto da Cruz (Light); Athanasio Mpalantinos Neto,Carlos Ruy M. Barbosa,Fernando Dart,Hamilton Moss de Souza,Luis Adriano Cabral Domingues,Paulo Roberto G. de Oliveira,Victor Hugo Andrade (CEPEL);Carlos A. R. de Avellar(ABRADE); Carlos Antonio França Sartori, José Roberto Cardoso (USP – Poli); Cesar de Barros Pinto (ABRATE); Celso Dória, Leonel Freire Fonseca (Bandeirante Energia); Daniel Martin Paganini (SEW); Dalton de Oliveira C. do Brasil, Delmo de Macedo Correia (ONS); Dalton de Oliveira Silva, Jorge Amon Filho, José Antonio Simas Bulcão (Furnas); Dorival Heeren (Siemens); Durval da Rocha Carvalho (Eletrobrás); Elizeu Pereira Vicente (MME/SEE); Ernesto A. Mertens Filho (Elektro); Erni J. V. Nicodem, Roberto Zirbes (Eletrosul); Francisco César Tiveron, Nilton Jaime de Souza (PMSP – SVMA); Francisco R. Sabino Jr. (CHESF); Gernan E. Guimarães (CEMIG); Jorge Rufca, Kleiber T. Soletto (IEE/USP); Leonel Sant’Anna (ABRICEM); Marcelo Melo da Costa, Vanderlei G. Machado (Eletronorte); Maricy Aparecida M. Busico (Eletropaulo); Mario Leite Pereira Filho (IPT); Nelson Gouveia (USP – F. Medicina); Paulo C. Texeira, Roberto Moreno (CTEEP); Raimundo Pedreira (COELBA); Sebastião Eleutério Filho (CENPRA); Sergio de Aguiar Portugal (INMETRO); Victor Wünch Filho (USP – F. Saúde Pública).
8.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1 Associação de Normas Técnicas (ABNT). Projeto de Linhas Aéreas de transmissão de
energia Elétrica – NBR 5422.
2 Agencia Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Resolução 303 – regulamento sobre
Limitação da Exposição a campos Elétricos, Magnéticos e Eletromagnéticos na faixa de freqüência entre 9 kHz e 300 GHz. 2002.
3 International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection (ICNIRP). Guidelines for
Limiting Exposures fo Time-Varying Electric, Magnetic, and Electromagnetic Fields (up to 300 GHz),
Health Physics, Vol 74, pp 494-522.
4 World Health Organization (WHO). The International EMF Project (EMF) http://www.who.int/peh-emf/project/en/
5 European Committee for Electrotechnical Standardization (CENELEC). European
Prestandard ENV 50166-1, Human Exposure to Eletromagnetic Fields – Low Frequency
6 Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE) – Standard for safety levels with
respect to human exposure to electromagnetic fields. Std C95.6.2002.
7 American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH). Documentation of the
Physical Agents Threshold Limit Values. EUA
8 IEC 61786 (1st edition) – Measurement of low-frequency magnetic and electric fields with regard to exposure of human beings – Special requirements for instruments and guidance for measurements.
9 Associação Brasileira de Compatibilidade Eletromagnética e Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo. Documentos do projeto de P&D Gerenciamento de Campos Elétricos e Magnéticos. Brasil.